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    PROBLEMAS MENAIS E DE COMPORAMENOCoordenadora:Profa. Luciana Vargas Alves Nunes

    Vice-Coordenador: Prof. Heber Odebrecht Vargas

    ESTUDANTE

    3srie

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    6 MOD 313 PROBLEMAS MENAIS E DE COMPORAMENO4 SEMANAS 04 28 2014

    GRUPO DE PLANEJAMENTOCOORDENADORA: Profa. Luciana Vargas Alves Nunes Depto. de Clnica Mdica CCS Fone: 3371-2234

    VICE-COORDENADOR: Prof. Heber Odebrecht Vargas Depto. Clnica Mdica CCS Fone 3371-2234

    EQUIPE DE PROFESSORES-TUTORES:

    Grupo 01 - Prof. Daniel Martins Neto Depto. Clnica Mdica CCS

    Grupo 02 Prof. Diego Cavicchioli Depto. Clnica Mdica CCS

    Grupo 03 Prof. Eduardo Rafael da Veiga Neto Depto. de Anatomia CCB

    Grupo 04 Profa. Estefania Moreira Depto de Cincias Fisiolgicas CCB

    Grupo 05 Profa. Maria Stela Paganelli Depto. Clnica Mdica CCS

    Grupo 06 - Profa. Janeth Satie Ito Ono Depto. Clnica Cirrgica CCS

    Grupo 07 - Prof. Jos Manoel Silvestre Depto. de Clnica Cirrgica CCS

    Grupo 08 -Prof. Marcos Liboni Depto de Clnica Mdica CCS

    Grupo 09 - Profa. Mirian Zebian El Kadri Depto de Clinica Mdica CCS

    Grupo 10 - Prof. Wander Eduardo Sardinha Depto de Clinica Cirrgica CCS

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    MAPA CONCEIAL

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    INTRODUO

    As doenas mentais esto entre as enfermidades mais comuns que afligem os seres humanos. As doenasmentais foram descritas como doenas sagradas nos primeiros escritos mdicos. Hipcrates em 460 a.C 370 a.Cformulou a primeira classificao das doenas mentais nomeando a melancolia, a mania e a parania. Da melancolia

    aos neurotranmissores e o advento dos primeiros psicofrmacos, exigiu-se critrios diagnsticos mais precisos eoperacionais e uma classificao estatstica internacional de doenas, a Classificao Internacional de Doenas, emsua dcima verso (CID-10) cataloga cerca de quase cem transtornos mentais e de comportamento.

    A prevalncia das doenas mentais alta, as doenas mentais de maior prevalncia na prtica clnica so: a

    esquizofrenia que afeta cerca de 1% da populao, o transtorno afetivo bipolar, outro 1%, a depresso unipolar,

    outros 10 a 20%, a dependncia do lcool acomete de 10 a 12% da populao mundial, os problemas do tabaco

    representam os maiores problemas de sade pblica e a maior causa de morte previnvel.

    A prevalncia de transtornos mentais na populao adulta alta, mas as pessoas que procuram algum tipo decuidado mdico esto em torno de 20%. Portanto, um quinto da populao necessita de algum tipo de ateno numperodo de 12 meses, apresentando algum tipo de queixa ligada ansiedade, psicoses, depresso e dependncia delcool e drogas. Este fato torna importante a aquisio, por parte do mdico generalista, de conhecimentos, atitudes

    e habilidades para o manejo de transtornos mentais e do comportamento.Alm disso, necessrio o reconhecimento dos aspectos emocionais relacionados s doenas fsicas quando

    queremos ter a exata dimenso da evoluo e prognstico de cada enfermidade. Formar um profissional na rea desade conceber um ser humano tanto na sade como na doena e como um indivduo biopsicossocial.

    A maioria das doenas mentais causada por genes que interagem com o meio ambiente durante a vida. Nossosgenes no decidem nossos destinos, pois interagem com os componentes ambientais e a combinao das diferentesexperincias de vida molda quem somos.

    Os transtornos mentais podem interagir com uma doena fsica em trs direes:

    A O transtorno mental pode ser uma consequncia da doena fsica, como, por exemplo, um quadrodepressivo decorrente de uma patologia grave e/ou incapacitante;

    B O transtorno mental pode se apresentar na clnica geral atravs de uma manifestao orgnica, por exemplo,atravs de dores locais ou generalizadas;

    C Pode haver comorbidade entre o Transtorno mental e o distrbio de origem somtica.

    A Associao Mundial de Psiquiatria juntamente com a Associao Mundial de Escolas Mdicas sugerem umaabordagem dos Problemas Mentais e de Comportamento: em trs tpicos sumarizados abaixo:

    A Conhecimento: nesse tpico o objetivo o conhecimento do funcionamento mental, a semiologia psiquitrica,bem como os principais transtornos psiquitricos.

    B Habilidades: nesse tpico o objetivo que se aprenda a manejar a relao mdico-paciente, colhendo osdados da histria psiquitrica do paciente, realizar um exame do estado mental; fornecer, com facilidade, ainformao sobre o diagnstico e tratamento ao pacientes e familiares e, finalmente, prescrever o tratamento

    adequado, e promover a adeso ao tratamento.C Atitudes: nesse tpico, o objetivo reconhecer que a profisso da medicina requer um aprendizado durantetoda a vida; que o mdico demonstre capacidade de raciocnio crtico e tolerncia com a incerteza e que sejareceptivo a outras opinies; que possa ser capaz de trabalhar de maneira construtiva com outros profissionais desade; que possa respeitar os pacientes e compreender os seus sentimentos atravs de uma boa relao mdico-paciente; que seja capaz de reconhecer a importncia da famlia e do meio ambiente em que vivem os pacientese, finalmente, que seja capaz de reconhecer o valor da psiquiatria como disciplina mdica e conhecer aimportncia da promoo de sade mental e da preveno dos transtornos psiquitricos.

    Bem-vindos ao mdulo que, certamente, ir ajud-los a

    compreender quando a mente e a molcula se encontram.

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    OBJEIOS EDCACIONAIS DO MDLO

    Possibilitar ao estudante conhecer o funcionamento e o desenvolvimento do aparelho psquico, diferenciando onormal dos principais transtornos mentais e do comportamento, em uma abordagem epidemiolgica, etiolgica,clnica e teraputica.

    Identificar as estruturas anatmicas do sistema nervoso central mais relacionadas ao comportamento e sua

    correlao com a neuroimagem.

    Promover o conhecimento dos princpios de neurotransmisso qumica como entendimento dos transtornosmentais e do comportamento e em seus tratamentos.

    Promover o conhecimento das funes psquicas facilitando a semiologia com o enfoque no exame do estadomental dos pacientes, exames complementares especficos, integrando esse conhecimento na relao mdico-paciente.

    Conhecer os principais transtornos mentais e de comportamento desde a sua epidemiologia, etiopatogenia,quadro clnico, diagnstico diferencial, evoluo, tratamento e preveno.

    Conhecer a classificao dos transtornos mentais e do comportamento da CID-10 e DSMIVR . Conhecer alguns transtornos mentais orgnicos cuja apresentao clnica psiquitrica.

    Conhecer alguns transtornos psiquitricos da infncia.

    Conhecer os princpios das condutas teraputicas e de reabilitao psicossocial.

    Conhecer os principais fatores psicolgicos que alteram uma condio fsica.

    Conhecer a neuroanatomia funcional e comportamental.

    Conhecer as comorbidades clnicas das substncias de abuso.

    Conhecer os princpios gerais de psicofarmacologia.

    Avaliar risco de suicdio.

    Conhecer os princpios da psicoterapia comportamental e psicanaltica

    PALESTRA 1 Anatomia do Sistema LmbicoDia 04/08/14 14:00 s 16:00 Sala 241/CCB | Prof. Eduardo Rafael da Veiga Neto

    PALESTRA 2 Os Genes Interagem com o AmbienteDia 04/08/14 16:00 s 18:00 Sala 241/CCB | Prof. Wagner Jos Martins Paiva

    PALESTRA 3 Encefalopatia heptica por dependncia de lcoolDia 06/08/14 10:00 s 12:00 Sala 540/CCS | Profa. Mirian ZebianPALESTRA 4 Drogas anticraving naltrexona, VARENECLINA, BUPROPIONA dissulfiram, acomprosato, e

    uso de ansiolticos em abstinncia alcolicaDia 06/08/14 14:00 s 18:00 Sala 553/CCS | Profa. Estefnia Moreira

    PALESTRA 5 NeuroAnatomia Alterao do Comportamento Decorrente de Leses CerebraisDia 11/08/14 14:00 s 17:00 Sala 241/CCB | Prof. lvaro Algusto Domingues da Silva

    PALESTRA 6 Psicofarmacologia: Antidepressivos e Estabilizadores do HumorDia 13/08/14 14:30 s 18:00 Sala 553/CCS | Profa. Estefnia Moreira

    PALESTRA 7 Neuroanatomia e NeuroimagemDia 18/8/14 14:00 s 18:00 Sala 201/CCB | Prof. Gilberto Ota

    PALESTRA 8 Noes Gerais sobre PsicanliseDia 18/08/14 1100 12:00 Sala 540 /CCS | Dr. Marcelo Jose de Castro

    PALESTRA 9 Emergncias PsiquitricasDia 19/08/14 15 s 18:00 Sala 540 | Profa. Luciana Vargas Alves Nunes

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    PALESTRA 10 Psicoterapia Cognitiva ComportamentalDia 20/08/14 8:15 s 10:00 Sala 540/CCS | Profa. Mirian Zebian El Kadri

    PALESTRA 11 - Psicofarmacologia: Antipsicticos Tpicos e AtpicosDia 21/08/14 14:00 s 18:00 Sala | Profa. Estefnia Moreira

    PALESTRA 12 lteraes Imunolgicas e Endcrinas da Depresso e do EstresseDia 26/08/14 14:00 s 16:00 Sala 540/CCS | Profa. Edna Maria Vissoci Reiche

    PALESTRA 13 Transtornos de Dficit de ateno e Hiperatividade ampliadores cognitivosDia 27/08/14 08:15 s 12:00 Sala 540 CCS | Profa. Maria Stela Lessa Paganelli

    CASOS CLNICOSCASO CLNICO 1:

    Ajude seu paciente a parar de fumar Alteraes vasculares ligadas ao tabaco Prof. Heber Vargas eProf. Wander SardinhaDia 06/08/14 08:15 s 10:00 Sala 540/CCS

    CASO CLNICO 2Transtorno de personalidade Prof. Marcos Liboni

    Dia 13/08/14 08:15 s 10:00 Sala 540/CCS

    ATIVIDADES PRTICASPRTICA Neuroanatomia

    Dia 08/08/14 14:00 s 16:00 | Turma A | Sala 236 Morfologia CCB16:00 s 18:00 | Turma B | Sala 236 Morfologia CCB

    PRTICA AnatomiaDia 22/08/14 14:00 s 16:00 | Turma B | Sala 236 Morfologia CCB

    16:00 s 18:00 | Turma A | Sala 236 Morfologia CCBPRTICA Anatomia - REVISO

    Dia 25/08/14 14:00 s 16:00 | Turma B | Sala 236 Morfologia CCB16:00 s 18:00 | Turma A | Sala 236 Morfologia CCB

    1 04/0 0/0/1408:15 - 08:30 Abertura do Mdulo e Reunio dos Tutores Sala 540/CCS08:30 - 12:00

    TodosGrupos tutoriais Problema 1: Iluso do todo poderoso CCS

    14:00 - 16:00 Palestra 1: Anatomia do Sistema LmbicoProf. Eduardo Rafael da Veiga Neto

    04/08/142 feira

    16:00 - 18:00Todos

    Palestra 2: Os genes interagem com o ambienteProf. Wagner Paiva

    Sala 241/CCB

    08:15 - 12:00 Habilidades ver cronograma05/08/143 feira 14:00 - 18:00

    TodosEstudo Orientado

    08:15 - 10:00

    Caso clnico 1: Ajude seu paciente a parar de fumarProf.Heber VargasAlteraes vasculares ligadas ao tabacoProf. Wander Sardinha

    10:00 -12:00

    Todos

    Palestra 3: Delirium Encefalopatia hepticaProfa. Mirian Zebian

    Sala 540/CCS

    06/08/144 feira

    14:30 - 18:00 Todos

    Palestra 4: Drogas anticraving naltrexona, VARENECLINA,BUPROPIONA dissulfiram, acomprosato, e uso deansiolticos em abstinncia alcolicaProfa. Estefnia Moreira

    Sala 553 /CCS

    08:15 - 10:30 Todos Grupos tutoriais Problema 2: Perda de Controle CCS07/08/145 feira

    14:00 - 18:00 Todos Estudo Orientado08:15 - 12:00 Todos PIN 3 ver cronograma14:00 - 16:00 Turma A

    08/08/146 feira

    16:00 - 18:00 Turma BPrtica: Neuroanatomia

    MorfologiaSala 236/CCB

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    Semana 2: 11/08/ a 15/08/148:00 08:158:15 12:00

    Reunio dos TutoresGrupo Tutorial Problema 3: Entre a pobreza e a riqueza

    CCS11/08/142 feira

    14:00 - 18:00Todos Palestra 5: NeuroAnatomia Alterao do Comportamento

    Decorrente de Leses CerebraisProf. lvaro Algusto Domingues da Silva

    Sala 241/CCB

    08:15 - 12:00 Habilidades ver cronograma12/08/143 feira 14:00 - 18:00 Todos Estudo orientado

    08:15 - 10:00 Todos Caso clnico 2: Transtorno de personalidadeProf. Marcos Liboni

    Sala 54013/08/144 feira

    14:30 - 18:00 Todos Palestra 6: Psicofarmacologia: Antidepressivos eEstabilizadores do Humor Profa. Estefnia Moreira

    Sala 553

    08:30 - 10:30 Grupos Tutoriais Problema 4: Ser que tenho problemano corao CCS14/08/145 feira

    14:00 - 18:00Todos

    Estudo orientado08:00 - 12:00 PIN 3 ver cronograma15/08/14

    6 feira 14:00- 18:00Todos

    Estudo Orientado

    Semana 3: 18/08 a 22/08/14

    8:00 08:1508:15 - 10:50

    Reunio dos TutoresGrupos tutoriais Problema 5: Os Genes interagem com o

    ambienteCCS

    11:00 - 12:00

    TodosPalestra 7 - Noes Gerais sobre Psicanlise

    Dr. Marcelo Jose de CastroSala 540

    18/08/142 feira

    14:00 18:00 Todos Palestra 8:Neuroanatomia e Neuroimagem

    Prof.Gilberto OtaSala 201/CCB

    08:15 - 12:00 Habilidades ver cronograma19/08/143 feira 15:00 - 18:00

    Todos Palestra 9: Emergncias PsiquitricasProfa. Luciana Vargas Alves Nunes

    Sala 540

    08:15 - 12:00 Palestra 10: Psicoterapia Cognitiva ComportamentalProf. Alex Gallo Sala 54020/08/144 feira

    14:30 18:00Todos

    Estudo orientado08:15 - 12:00 Grupos tutoriais Problema 6: Medo de contaminar CCS21/08/14

    5 feira 14:00 - 18:00Todos Palestra 11: Psicofarmacologia: Antipsicticos Tpicos e

    Atpicos Profa. Estefnia Moreira Sala 540

    08:15 - 12:00 Todos PIN3 ver cronograma14:00 - 16:00 Turma B

    22/08/146 feira

    16:00 - 18:00 Turma APrtica: Anatomia

    MorfologiaSala 236/CCB

    Semana 4: 25/08 a29/08/148:00 08:1508:15 12:00

    Todos Reunio dos TutoresGrupo Tutorial: Passos 6 e 7 do problema 6

    14:00-16:00 Turma B25/08/142 feira

    16:00-18:00 Turma APratica Neuroanatomia reviso

    Prof.. Eduardo Rafael da Veiga NetoSala 236/CCB

    08:15 - 12:00 Todos Habilidades ver cronograma26/08/143 feira 14:00 - 18:00 Todos Palestra 12: Alteraes imunolgicas e endcrinas da

    Depresso e do Estresse Profa. Edna ReicheSala 540

    08:15 - 12:00Palestra 13: Transtorno de Dficit de Ateno e

    Hiperatividade Ampliadores Cognitivos (vdeo)- Profa. Maria Stella Paganini

    Sala 540/CCS27/08/144 feira

    14:00 - 18:00

    Todos

    Estudo Orientado

    08:15 - 10:00 AVALIAO COGNITIVA Sala 52228/08/145 feira 14:00 - 18:00

    TodosEstudo Orientado

    29/08/146 feira 14:00 18:00 Todos AVALIAO PRTICA Sala 236/CCB

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    ABORDAGEM E AVALIAO DO PACIENTE COM SINTOMAS PSIQUITRICOS:UMA AVALIAO MULTIAXIAL

    O sistema multiaxial avalia o paciente nos eixos dos transtornos clnicos, nos fatores contextuais, nas reas deincapacidade e na qualidade de vida. Os Transtornos clnicos incluem os transtornos mentais e mdicos geraisclassificados na Classificao Internacional de Doenas (CID), desenvolvida pela Organizao Mundial da Sade(OMS). Avalia os fatores contextuais psicossociais e ambientais que contribuem para o desenvolvimento e

    exacerbao do transtorno atual (problemas relacionados com famlia, casa, relacionados com educao, trabalhoeconmicos, legais, relacionados com o ambiente, a cultura, e pessoais). As reas de incapacidades tm umaavaliao global do funcionamento de cuidados pessoais, ocupacional, familiar e social de forma geral. O nvel dequalidade de vida percebido pelo paciente varia de pssima a excelente.ROTEIRO PARA ANAMNESE PSIQUITRICA

    A) Identificao: nome, sexo, idade, estado civil,escolaridade, raa, profisso, religio, residncia.

    B) Queixa Principal: registrar em poucas palavras, deve ser escrita conforme apresentada pelo paciente, coloqueaspas na declarao para indicar que as palavras so do paciente. O motivo da consulta e h quanto tempo vemocorrendo os sintomas referidos.

    C) Histria da Molstia Atual: o examinador fala o menos possvel, procurando no fazer sugestes. Na descrio

    da doena, usar as prprias palavras do paciente e, sempre que possvel, confrontar as informaes obtidas comos familiares. Descrever os sintomas desde seu aparecimento e sua evoluo. Mudanas comportamentais queculminaram com a busca assistncia. Esclarecer o sentido de termos imprecisos como nervosismo, problema denervos, loucura. Ateno aos fatores ambientais que, eventualmente, tenham representado um papel nodesencadeamento do quadro atual. Pesquisar transtornos mentais previstos, tratamentos realizados, uso depsicofrmacos, eletroconvulsoterapia internaes psiquitricas. Tambm importante anotar se o paciente j fezou no psicoterapia, de que tipo, e por quanto tempo.

    D) Antecedentes Familiares: Composio familiar, enfermidades mentais (psicoses, alcoolismo, dependncias,epilepsia, suicdio). Outras molstias. Consanguinidade. Filho adotivo. Resposta familiar a medicamentos. Maustratos e/ou negligncia na infncia.

    E) Antecedentes Pessoais:

    E1 Histria pr-natal:concepo, parto (normal ou operatrio, a termo ou prematuro,traumas, anoxias); perodoneo natal.

    E2 Infncia:desenvolvimento neuro psico motor quando sentou, andou, falou, controlou esfncteres.

    Desenvolvimento da linguagem atraso, gagueira.

    Padres do sono e psicolgicos sonambulismo, medo de escuro, bruxismo, tiques, terrores noturnos, medos,enurese noturna ou encoprese, roer as unhas.

    Doenas prprias da infncia sarampo, coqueluche, caxumba. Convulses ou desmaios. Outras molstias ecomplicaes.

    Escolaridade rendimento, dificuldades gerais e especficas de aprendizado, adaptao ao ambiente escolar.

    E3 Adolescncia:Histria psico sexual masturbao, primeiros contatos sexuais, abusos sexuais.

    Problemas emocionais ou fsicos prprios do adolescente fuga de casa, rebeldia, problemas de alimentaoobesidade ou anorexia, comportamento anti social (delinquncia, uso de lcool ou outrasdrogas).

    E4Idade adulta: Trabalho escolha profissional, conflito, nmero e durao dos empregos, emprego atual,ambiente de trabalho, stress.

    Sexualidade adulta relaes sexuais pr-matrimoniais, casamento, aparecimento de disfunes sexuais(falta ou perda sexual, averso sexual, falha de resposta genital, disfuno orgsmica, ejaculao precoce,vaginismo, dispareunia, impulso sexual excessivo), prticas contraceptivas e doenas sexualmentetransmissveis.

    Desenvolvimento de novos papis maternidade, paternidade, atitudes frente a gravidez e ao nascimento dosfilhos.

    Outras doenas infecciosas, txicas ou degenerativas. Traumatismos crnio enceflicos. Cirurgias realizadas.Hbitos (fumo, lcool, drogas).

    E5 Maturidade e Velhice:Modificaes psico fisiolgicas climatrio, reaes psicolgicas as mudanas corporais.

    Aposentadoria ociosidade, queda de renda, perda dos vnculos de amizade no ambiente de trabalho,

    atividades ps-aposentadoria ocupacionais ou de lazer.

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    Perda de amigos e familiares. Ambiente familiar e social do idoso. Enfermidades.

    E6 Constelao familiar e ambiental:Situao da famlia pais casados, separados, abandono do lar.

    Famlia nuclear Cnjuge, filhos, idade, religio, grau de instruo, ocupao.

    Filhos nmero e idade. Preferncia e rejeies. Educao.

    Condies fsicas da residncia. Nvel socioeconmico.

    F) Interrogatrio sobre os diversos aparelhos: Roteiro comum. Ateno especial a dados sugestivos de doenaspsicossomticas ou queixas da linha comicial;

    G) Exame fsico: Roteiro habitual, com ateno especial ao exame do sistema nervoso.

    H) Exame do estado mental:

    H1 Impresso geral:

    a) apresentao (fcies, vesturio, higiene pessoal); mmica; contato;

    b) comportamento e atividade psicomotora; velocidade do discurso, posturas bizarras, movimentos anormais,agitao;

    c) atitude em relao ao examinador: usa-se termos como amistoso, hostil, evasivo, reservado ouqualquer outro adjetivo descritivo.

    H2 Conscincia:Alteraes da conscincia: Diminuio da conscincia-turvao (confuso mental); obnubilao:estreitamento (estado crepuscular). Abolio ou suspenso (paroxstica ou prolongada coma). Transtornos dosono (hipersnia, insnia).

    Explorao da conscincia: auto- observao. Expresso fisionmica (atenta, sonolenta, fatigada), atitude(reaes aos estmulos, indiferena pelo meio exterior), queixas (cabea oca, idias confusas).

    H3 Orientao: autopsquica (quanto a prpria identidade)

    Alopsquica (temporo espacial no tempo e no espao).

    Distrbio da orientao orientao diminuda ou abolida (desorientao aptica, amnstica, amencial)

    Temporalidade

    Predomnio do presente (retardo mental, demncia, mania, histeria).

    Predomnio do passado (sndrome depressiva).

    Predomnio do futuro (angstia, fobia).

    Explorao da orientao interrogatrio sobre o paciente e o mundo exterior. Conduta do paciente.

    H4 Ateno: espontnea e voluntria. Distraibilidade (escolar).

    Patologia da ateno hiperprosexia, hipoprosexia aprosexia.

    Explorao da ateno observao direta do paciente (fcies, atitude). Maior ou menor contato entrepaciente e medico. Facilidade ou dificuldade em estimular a ateno do paciente. Testes (adio ou subtraode nmeros sucessivos).

    H5 Memria:fixao e evocao.

    Distrbios quantitativos para mais: hipermnesia; para menos: hipomnesia

    amnsia (anterograda /fixao, retrograda/evocao e retroanterograda ou total).

    Distrbios qualitativos fenmeno do j visto; fabulao; alucinao mnmica.

    Explorao da memria no decorrer da entrevista se faz uma avaliao sumria do estado da memria, tantopara fatos recentes (fixao) como para fatos remotos (evocao). Quanto fixao, pode se utilizar o teste derepetio: palavras e nmeros (3 a 6 algarismos).

    H6 Inteligncia: capacidade de abstrao, conceituao, elaborao. Nvel intelectual QI (Idademental/cronolgica).

    QI acima de 110= Inteligncia acima da mdia (superdotado).

    De 90 a 110= Inteligncia normal ou mediana.

    Abaixo de 70= Inteligncia abaixo da mdia, (retardo mental leve: QI 50-69, moderado: QI 35-49, grave: QI20-34, profundo: QI abaixo de 20).

    Explorao da inteligncia-escolaridade, tipo de vocabulrio, uso de conceitos concretos e abstratos. Fazer

    perguntas prprias ao nvel de escolaridade. Propor questes referentes s semelhanas ou diferenas entrealguns conceitos (ex. semelhanas entre cachorro e gato, diferena entre lago e rio). Uso de provrbios para

    interpretao (ex. O que o povo quer dizer com "Quem tem boca vai a Roma?").

    Para uma avaliao mais acurada do nvel intelectual, o paciente deve ser encaminhado para realizar testespsicomtricos.

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    H7 Sensopercepo: conhecimento pelos rgos do sentido.

    Alterao na intensidade das sensaes: hiperestesia, hipoestesia e anestesia.

    Alterao da percepo: agnosia (visual no identifica o objeto ou forma que lhe apresentado; ttil noidentifica objetos mediante o sentido do tato; auditiva ouve sons e rudos, mas no pode identific-los pois noos compreende).

    Alterao da sntese perceptiva: iluso

    Alterao da representao: alucinao (auditiva, visual, olfativa, gustativa, ttil, cenestsica, cinestsica);alucinose; pseudo alucinao.

    Explorao da sensopercepo inspeo expresso fisionmica, atitude, interrogatrio do paciente.Dissimulao.

    H8 Pensamento: associao de idias elaborao racional das idias. Operaes do pensamento: conceito,juzo e raciocnio.

    Patologia da capacidade conceitual: desintegrao e condensao dos conceitos, perda das relaes

    conceituais ou pensamento incoerente, deficincia conceitual.

    Patologia dos juzos: juzo nulo ou rebaixado. Juzo aumentado ou exaltado. Juzo desviado ou falso delrio(percepo delirante, ocorrncia delirante e reao deliroide).

    Patologia do raciocnio: inibio ou acelerao de curso de pensamento, perseverao, prolixidade, bloqueioou interceptao de pensamento, pensamento obsessivo, desagregao de pensamento, deficinciapatolgica do raciocnio (pensamento alterado no retardo mental e pensamento deteriorado demencial).

    Explorao do pensamento inspeo e interrogatrio do paciente durante a anamnese.

    H9 Afetividade:Estado de nimo ou humor bsico.

    Afetos humor, emoo, paixo e sentimento.

    a) Alteraes da afetividade: a responsividade emocional da pessoa durante o exame, conforme inferida apartir de suas expresses e comportamento hipertimia, hipotimia; apatia ou afeto embotado; irritabilidadepatolgica; labilidade afetiva; puerilismo; angstia ansiedade; ambivalncia afetiva; inadequao emocional.

    Explorao da afetividade expresso fisionmica, atitude, conduta. Expresso verbal do paciente.

    Interrogatrio sobre o estado afetivo. Riso, choro: labilidade emocional.b) Humor: a emoo (raiva, depresso, vazio, culpa, etc) subjacentes percepo que a pessoa tem do

    mundo.

    H10 Volio:Ato volitivo: Deliberao Resoluo Execuo.

    Distrbios da Volio Excitao psicomotora (epilptica, esquizofrnica, manaca, reativa, alcolica). Hipobulia.Estupor (catatnico, depressivo). Atos impulsivos. Tiques.

    Sintomas catatnicos: Sugestibilidade patolgica obedincia automtica, flexibilidade crea: Negativismo mutismo, pararespostas; Estereotipias movimento e verbais.

    Explorao da volio dados da anamnese e observao do comportamento do paciente.

    H11 Linguagem: Alteraes da linguagem oral por causas orgnicas DISARTRIA dificuldade para articular as

    palavras; DISLALIA omisso, substituio ou deformao dos fonemas; DISFEMIA perturbao naemisso das palavras, intermitente, sem que existam alteraes dos rgos da expresso (gagueira); AFASIA perda parcial ou total da faculdade de exprimir os pensamentos por sinais e de compreender esses sinais.

    Alteraes da linguagem oral por causas funcionais Bradilalia; Logorreia; Mutismo; Ecolalia;

    Neologismo; Estereotipia verbal.

    Alteraes da mmica expressiva hipermimia; hipomimia; paramimia.

    Explorao da linguagem durante a anamnese. importante frente a casos de perturbao da linguagem falada,verificar capacidade auditiva como causa da alterao.

    I) Exames complementares:eletroencefalograma, neuroimagem e outros exames laboratoriais necessrios para acaracterizao da patologia e tratamento (ex. gama GT, ltio, transaminases, pesquisa de substncias psicoativas,cortisol, interleucinas ).

    J) Testes psicolgicos:Testes psicomtricos para avaliao de dficit cognitivo e elaborao de perfil psicolgico(detectar traos de personalidade) atravs de testes projetivos.

    K) Diagnstico abrangente Eixo I:Dever ser feito com base na Classificao Internacional de Doenas (CID10). O diagnstico deve ser feito com base nos critrios prprios, alm de avaliao de gravidade do caso, comverificao de riscos especficos (scio-familiar e/ou pessoal) e prognstico.

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    Eixo II: nvel de incapacitao.

    Eixo III: fatores contextuais. Deve ser verificada a existncia de estressores biopsicossociais, que possamfuncionar como elementos desencadeantes ou mantenedores de crise, identificao de comorbidade e do ndicede qualidade de vida atual frente doena.

    L) Planejamento teraputico Estabelecimento das diretrizes de tratamento para o caso avaliado bem comopromoo da sade e adeso ao tratamento.

    M) Tarefa: Enviar uma entrevista digital de pacientes com transtorno mental (anamnese, exame fsico, examescomplementares, exame do estado mental, diagnstico abrangente, tratamentos baseados em evidncias, confrontocom a literatura, referncias bibliogrficas).

    PROBLEMAS

    1

    R, 25 P S M , , . A 16 , , , , , , . E ,

    . D , 2 , . A . . A, , ,, , . A , , , , . Q , , , , , . A .

    2 O S. P, 58 , . , , . A , . H , , . O , , , .P 18 .I, , . . , . .

    , , , .F . N . F . F .A , , , , ++/4, , . A ++/4+, 2 RCD 3 RCE. M . A AP , (1,9 /L) (2,3 E/L).

    3 M 25 , , ,

    . H 5 , 15 , , .R , . N

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    , . N . P , , . A . N , . F P S . N ,

    . H , . N , , D .G , . C , . O . A 900/ /. O 0,8 E/L, SH 4,5 I /L 0,9/L.

    4 E P S, R, 23 , , , , . S , , , , : . A , , , , . R P S, , . O , , , ,

    . E , .

    5 S, 34 , , , , .N . , , , , , . P,

    : , , , . F . A, S 3 . R ,, , .

    R, 23 , P S . J

    , . R . F, , , , . C , . Q

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    . N P H .S , S. R, . , , . S

    R R . N B. N E , 18 , , E . A , B. A , . O R . O 5

    . S. R 6 . C 5 . S.R , , . F .

    CASO CLNICO 1 AJUDE SEU PACIENTE A DEIXAR DE FUMAR

    Identificao:Srgio.., 27 anos, sexo masculino, branco, solteiro, escolaridade ensino mdio, religio catlicano praticante, funcionrio pblico, natural e procedente de Londrina, Paran, atendido no Pronto Socorro Cirrgicodo Hospital Universitrio de Londrina.

    Queixa e Durao:Dificuldades na deambulao e claudicao h 30 dias.Histria da Molstia Atual:O Sr. Srgio queixava-se de dificuldade de deambulao e claudicao h 30 dias,

    aps uma leso por trauma em terceiro dedo do p esquerdo, que evoluiu com necrose do leito ungueal e queda daunha. Referia dor intensa no local, principalmente noite que o impedia de dormir e o obrigava a ficar com o ppendente. O paciente relatou que h cerca de um ano comeou apresentar aparecimento de ndulos hiperemiadosno trajeto das veias que melhoravam aps 10 dias e depois apareciam em outro lugar. Referia tambm palidez ecianose de mos e ps acompanhadas de esfriamento seguidas de hiperemia e s vezes acompanhadas de dor,principalmente nos perodos de maior consumo de tabaco.

    Histria Tabagstica: O paciente iniciou o consumo dos cigarros aos 13 anos de idade e foi aumentandogradativamente at que chegou a fumar dois maos por dia. J acorda de madrugada e antes do caf da manh j

    fuma. Relata que o primeiro cigarro da manh o que traz mais satisfao e fuma mais frequentemente pela manh.Tem dificuldades de no fumar em ambientes proibidos salas do trabalho, igrejas e nibus. O paciente fuma mesmodoente, quando necessita ficar de cama a maior parte do tempo. J tentou parar de fumar mais de trs vezes, masvolta a fumar por ter muita ansiedade e porque o cigarro acalma-o. O paciente tabagista e fuma cerca de 40cigarros por dia h 10 anos.

    No est motivado a parar de fumar (fase pr-contemplativa).Interrogatrio sobre diversos aparelhos: Apresenta frequentemente tosse com pigarros, principalmente

    pelas manhs e perodos de falta de ar.Histria patolgica: H trs meses foi internado por uma semana pelas alteraes circulatrias. Desde ento,

    tem perodos de confuso mental leve e alterao do perodo sono/viglia.Histria Familiar: Pai alcolatra e tabagista, faleceu de cncer do pulmo.Exame fsico: REG, agitado e desorientado no tempo/espao, com tremores intensos generalizados, sudorese,

    febril (38 graus). Ictrico, desidratado, descorado e aciantico.

    Seg. ceflico: sp.Trax: Pulmes com roncos nos 2 hemitrax. Corao com bulhas rtmicas taquicrdicas.Pulsos: pulsos tibial posterior e pedioso ausente a esquerda e pedioso ausente a direita. leso necrtica no 3

    dedo do p esquerdo, apresentava tambm edema do p, manchas hipercrnicas no trajeto das veias em ambos osmembros inferiores e polpas digitais cianticas em mos e ps.

    Foi internado e aconselhado a descontinuar com o tabagismo como a nica medida de impedir a progresso da

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    doena.Exames Complementares: Foi submetido a arteriografia femoral bilateral que evidenciou ocluso de artrias

    tibiais posterior e anterior a esquerda com circulao colateral divergente em saca-rolhas (sinal de Martorell), sem re-enchimento de troncos distais e artrias proximais normais.

    Os testes sanguneos foram todos normais, inclusive o VHS, mucoprotenas, provas para diagnstico decolagenoses e lipidograma.

    HD: 1 Tromboangeite obliterante

    2 Sndrome de dependncia do TabacoConduta no Internamento na Cirurgia Vascular:Devido a falta de condies para revascularizao o pacientefoi submetido a tratamento com alprostadil por 30 dias. Em seguida foi submetido a simpatectomia lombar a esquerdae a neurotripsia dos nervos sensitivos perifricos. Recebeu alta em 10 dias com melhora da leso e da dor com arecomendao de parar totalmente com consumo do tabaco.

    Evoluo: Aps 30 dias retornou com necrose de todo o ante-p esquerdo, com piora da dor e do edema. Referiaque no havia conseguido parar de fumar embora tivesse pleno conhecimento que o cigarro era a principal causa dasua doena. Foi submetido a amputao transmetatarsiana. Na evoluo apresentou necrose da pele da regio plantare foi submetido a amputao em tero proximal de perna esquerda. O membro foi encaminhado ao exame antomo-patolgico que evidenciou segmentos arteriais e venosos com trombose e infiltrado inflamatrio inespecfico em todasas camadas do vaso e preservao da limitante elstica interna. O paciente recebeu alta com orientao para parar defumar, bupropiona, adesivos de nicotina em doses decrescentes e retorno em 15 dias. O paciente no compareceu aconsulta agendada.

    Aps 6 meses o paciente retornou ao PS com leso necrtica em p direito que se estendia at o calcneo,ausncia de pulso poplteo. Foi submetido a amputao primria supra-patelar. Referia que no conseguia parar defumar e que estava desempregado, recebeu alta com as mesmas orientaes, porm de novo no retornou.

    Retornou aps 12 meses com leso necrtica em 2 dedo da mo esquerda. Fora trazido da casa de deteno,pois estava cumprindo pena por trfico de drogas. Continuava fumando. Os pulsos radial e ulnar a esquerda estavamausentes. Foi submetido a arteriografia de membro superior esquerdo, que evidenciou ocluso de artrias ulnar eradial em seu tero mdio. Foi submetido a simpatectomia cervical a esquerda e amputao de falange distal de 2dedo de mo esquerda. Recebeu alta no 5 dia aps a cirurgia e falou que s pararia de fumar quando perdesse asduas mos.

    Reflexes:1 O aconselhamento Mnimo para parar de fumar (PAPA) Pergunte, Aconselhe, Prepare e Acompanhe.2 Terapia cognitivo-comportamental e medicamentosa para cessar o consumo do tabagismo;3 Apoio Medicamentos.

    4 Relacionar a tromboangeite obliterante e sua relao estreita com tabagismo e sua dependncia.5 Realizar o diagnstico diferencial com a arteriosclerose e com as outras arterites.6 Identificar a relao do tabagismo com a arteriosclerose perifrica.7 Identificar o mecanismo de ao do fumo na TAO e diferenciar com o da arteriosclerose.8 Estudar o mecanismo de dependncia do tabaco e seu tratamento:

    Consenso do de dependncia de nicotina; Texto de Tromboangeite; Texto Mecanismo do Tabaco na aterosclerose.www. consensos.med.br abuso e dependncia do lcool, abuso e dependncia de nicotina.

    1 Associao Brasileira de Psiquiatria: LARANJEIRAS, R. Consenso sobre a Sndrome de Abstinncia dolcool (SAA) e seu tratamento.Revista Brasileira de Psiquiatria, v.22, n.2, p. 62-71, 2000.2 Consenso sobre o tratamento de dependncia de nicotina:MARQUES, ACPR.; CAMPANA, A.; GIGLIOTTI, AP. et al. Consenso sobre o tratamento de dependncia de

    nicotina.Revista Brasileira de Psiquiatria, v.23, n.4, p. 200-214, 2001.3 BRITO. Cirurgia vascular.4 MAFFEI. Cirurgia vascular.5 REICHERT, J., ARAJO, A.J., GONALVES, C., GODOY, I., CHATKIN,J.M., SALES, M.P., SANTOS,S.R.Diretrizes para cessao do tabagismo 2008.Jornal Brasileiro de PNEUMOLOGIA 2008;34:845-880.6- CONSENSO sobre o tratamento de dependncia de substncias psicoativasAssociao Mdica Brasileira e Conselho Federal de Medicina Projeto Diretrizes - Abuso e Dependncia daCocana - http://www.projetodiretrizes.org.br/projeto_diretrizes/005.pdf7- USURIOS DE SUBSTNCIAS PSICOATIVAS Abordagem, diagnstico e tratamento2 EDIOhttp://www.mp.pe.gov.br

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    CASO CLNICO 2 TRANSTORNO DE PERSONALIDADE

    PROF. MARCOS LIBONIabiana, 28 anos, trabalha em um escritrio, escolaridade ensino mdio, tem uma relao com um companheiro h

    cerca de 2 anos, natural de Londrina, Paran.Veio para o setor de psiquiatria aps ter ameaado atirar-se do ltimo andar do prdio Jlio Fuganti de Londrina, aps

    uma discusso com seu companheiro. Chamou-se a emergncia para tir-la do lugar em que ameaava atirar-se e

    encaminhada para o setor de psiquiatria.Na consulta tinha uma aparncia atraente, bem vestida e sedutora. Fabiana era agradvel em um momento, masirritada, propensa a discusses e acessos de raiva em outros. Se queixava que j tinha feito terapia com vriosprofissionais e que eles no se importavam muito com ela. Fabiana tinha ameaado suicidar-se no passado apsdiscusses por sentir-se abandonada e no amparada pelas pessoas com a quais se relacionava. A razo dessasameaas de suicdio era, ela dizia, em parte por envolver-se emocionalmente de modo intenso com as pessoas e no sercorrespondida. Tem um sentimento crnico de vazio e muito medo do abandono.

    Histria pregressa: Fabiana relata que o pai era alcoolista e abandonou a famlia quando ela tinha 4 anos. Ela amais velha de uma prole de duas irms. A me trabalhava muito e ela ficava muito sozinha cuidando da irm menor. Aos 6anos de idade, a me casou-se novamente e o padrasto era muito atencioso. O padrasto era gentil com ela, brincavahoras a fio com ela, coisa que a me nem sempre podia fazer. O padrasto fazia Fabiana sentir especial e com frequnciaela a chamava de minha princesinha. Fabiana foi abusada pelo padrasto dos 7 aos 16 anos, quando saiu de casa.Inicialmente ele acariciava-a tocava em seus genitais e dizia que era isso que os pais faziam com todas as menininhas para

    lhes mostrar como as amavam. Dizia que era um segredo deles e no deveria contar para ningum. Aos 13 anos de idadeo padrasto comeou a ter relaes sexuais com ela, mas ela s resolveu por um fim naquilo aos 16 anos. Teve umadiscusso com a me e a irm e foi embora de casa, nunca mais voltou a ver a me e o padrasto. Sempre discutiu com ame e no sentia protegida por ela. Seu padrasto sempre a defendia nas brigas com a me.

    Comeou a viver com um companheiro 10 anos mais velho, mas discutia muito por questes triviais. Hoje, j est noseu quinto relacionamento e todos terminaram por acessos de raiva e ameaas de suicdio.

    Mudou de emprego vria vezes, discutia e julgava que no a compreendiam. Estava neste emprego h quatro mesese j pensava em mudar.

    Hiptese Diagnstica: Qual o Diagnstico de transtornos de personalidade do caso 2 Discutir:1 transtornos de personalidade Dependente;2 transtornos de personalidade Paranoide;3 transtornos de personalidade Esquizoide;4 transtornos de personalidade Emocionalmente Instvel;

    5 transtornos de personalidade Histrinica;6 transtornos de personalidade Ananctica;7 transtornos de personalidade Ansiosa;8 transtorno de personalidade Anti social.

    BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA

    PSIQUIATRIA E PSICOLOGIA

    ANDREASEN N. Admirvel crebro novo.Porto Alegre:ArtmedANDREASEN N. Introduo a psiquiatria.Porto Alegre: Artmed.AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Practice guideline for the treatment of patients with nicotine dependence.American Journal of Psychiatry, Washington, v.151, p.1-31, 1996.AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. DSM-IV:Manual diagnstico e estatstico de transtornos mentais:PortoAlegre: Artmed.AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Diretrizes para o tratamento de transtornos Psiquitricos.Compndio 2006. Porto Alegre: Artmed.BRASIL. Ministrio da Sade. Secretaria Executiva. Secretaria de Ateno Sade. Coordenao NacionalDST/AIDS. Panorama Nacional para lcool e Outras drogas. A poltica do ministrio da sade para a atenointegral a usurios de alcool e outras drogas.Disponvel em: http://www.inverso.org.br/blob/69.pdf.BODEGA, N. Psiquiatria no hospital geral.Porto Alegre: Artmed.CATALDO NETO; GAUER G; Psiquiatria para o estudante de Medicina. Porto Alegre: PUC.

    CORDIOLI, A. V. Psicofrmacos.Porto Alegre: Artmed.CORDIOLI, A. V. Psicoterapias. Porto Alegre:Artmed.DALGALARRONDO,P.Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais.Porto Alegre: Artmed.FOGEL, B.; SCHIFFER, R. Neuropsychiatry.Baltimore: Williams & Wilkins.GRAEFF, F.G.; BRANDO, M.L. Neurobiologia das doenas mentais. So Paulo: Lemos.LEDOUX, J. O crebro emocional: os misteriosos alicerces da vida emocional.Rio de Janeiro: Objetiva.

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    MARQUES, ACPR.; CAMPANA, A.; GIGLIOTTI, AP. et al. Consenso sobre o tratamento de dependncia de nicotina.Revista brasileira de psiquiatria.v.23, n.4, p.200-214.MATTOS,P. No mundo da lua.So Paulo: Lemos.ORGANIZAO MUNDIAL DA SADE.Classificao de transtornos mentais e de comportamento da CID-10.Porto Alegre: Artes Mdicas.RANGE,B.Psicoterapias cognitivo-comportamentais.Porto Alegre: Artmed.ROMALDINI, J.H. Hipotireoidismo por drogas.REICHERT,J. et al. Diretrizes para cessao do tabagismo 2008.Jornal Brasileiro de pneumologia. Brasilia,v.34,n.11, p. 845-880. 2008.SADOCK, B. J.; SADOCK, V. A. Compndio de Psiquiatria: Cincia do comportamento e psiquiatria clnica. PortoAlegre: Artmed.SEIBEL,S.D.;TOSCANO JR.A.(Ed.).Dependncia de drogas.So Paulo: Atheneu.SELIGMAN, M.E.P. O que voc pode mudar e o que no pode mudar. Rio de Janeiro: Objetiva.

    .SIQUEIRA, J.E.; NUNES, S.O.V. A Emoo e as doenas.Londrina: UEL.

    ANATOMIACROSSMAN.;NEARY. Neuroanatomia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.NOBACK, SROMINGER, DEMAREST.Neuroanatomia estrutura e funo do sistema nervoso humano.SoPaulo:Premier.SADOCK, B. J.; SADOCK, V. A. Compndio de Psiquiatria: Cincia do comportamento e psiquiatria clnica. PortoAlegre: Artmed.NUNES, S.O.V.; CASTRO, M.P. Tabagismo: Abordagem, tratamento e preveno. Londrina: EDUEL 2011. 224pgSOBOTA.J. Atlas de anatomia humana.Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.WOLF-HEIDEGGER, G. Atlas de anatomia humana.Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.GUYTON, A. C.; HALL, J. E. Tratado de fisiologia mdica.Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.

    FARMACOLOGIAKATZUNG, B. G. Farmacologia bsica e clnica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.DeLUCIA, R.; OLIVEIRA-FILHO, R. M. Farmacologia integrada. Rio de Janeiro: Revinter.RANG, H. P. et al. Farmacologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.GOODMAN, L.S. As bases farmacolgicas da teraputica. Rio de Janeiro: McGraw-Hill.GRAEFF, F. G.; Guimares, F. S. Fundamentos de psicofarmacologia, So Paulo: Atheneu.2005; 03ex.STAHL, STEPHEN; Psicofarmacologia Bases neurocientficas e aplicaes clnicas prticas, 3 edio;Livraria MdicaSTAHL, S. Psicofarmacologia. Rio de Janeiro: MEDSI.STAHL, S. Stahl's Esential Psychopharmcology. Neurocientific Basis and Practical Applications.Cambridge:Cambridge Univerity Press.

    NEUROLOGIABICKERSTAFF.E.R. Exame do paciente neurolgico.Rio de Janeiro: Atheneu.OLIVEIRA, J. M.; AMARAL, J. R. Princpios de neurocincias.So Paulo: Tecnopress.MACHADO, A. Neuroanatomia funcional.So Paulo: Atheneu.DIAMENT, A .; LEFVRE, A .B. Neurologia infantil.So Paulo: Atheneu.

    GENTICANUSSBAUM, R.L.; MCINNES, R. R.; WILLARD, H. F. Thompson & Thompson:Gentica Mdica. Rio de Janeiro:Guanabara Koogan.LEWIS, R. Gentica humana. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.BORGES-OSRIO, M. R.; ROBINSON, W.M. Gentica humana.Porto Alegre: Artmed.BRITO. C.J. Cirurgia vascular. Rio de Janeiro: Revinter.CONSENSO sobre o tratamento de dependncia de substncias psicoativas

    Associao Mdica Brasileira e Conselho Federal de Medicina Projeto Diretrizes - Abuso e Dependncia daCocana - http://www.projetodiretrizes.org.br/projeto_diretrizes/005.pdfUSURIOS DE SUBSTNCIAS PSICOATIVASAbordagem, diagnstico e tratamento2 EDIOhttp://www.mp.pe.gov.brLARANJEIRAS, R. Consenso sobre a Sndrome de Abstinncia do lcool (SAA) e seu tratamento.Revista Brasileira

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