5.2. Religião 41 - Universidade Católica Editora · Babilónia e a Bíblia 42 6. A Nabateia e os...

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INTRODUÇÃO 7

TÁBUA CRONOLÓGICA 9

CAPÍTULO IGeografia da terra de Israel 111. As regiões geográficas da Terra

de Israel 141.1. Planície costeira e Shefelah 141.2. A Montanha (ha‑Har) 15a) GALILEIA 16b) SAMARIA 16c) JUDEIA 17d) NEGEV 181.3. A depressão do Jordão 181.4. O Planalto transjordânico 22

CAPÍTULO IIO contexto histórico e geográfico de Israel. Territórios e povos circunvizinhos 231. Egipto 241.1. História 24a) Época Tinita 25b) O Império Antigo (dinastias III‑VI): 25c) Primeiro Período Intermédio (dinastias

VII‑X) 26d) O Império Médio (dinastias XI‑XIV) 26e) Segundo Período Intermédio

(dinastias XV‑XVII) 27f) O Império Novo (dinastias XVIII‑XXI) 27g) Época Baixa 281.2. Religião 291.3. Literatura 302. Moab e os Moabitas 303. Ammon e os Ammonitas 324. A Assíria e o seu império 344.1. A história da Assíria 35a) O Antigo Império Assírio 35b) O Império Médio Assírio

(1400‑1070) 35c) O Novo Império Assírio (932‑612) 36d) O Império Universal da Assíria 36e) A “Paz Assíria” 37f) Ruína da Assíria 384.2. Religião 385. Babilónia 385.1. A História de Babilónia 39a) I Dinastia da Babilónia (1836‑1531) 39b) Dominação dos Cassitas

(1530‑1150 a.C.) 40c) O tempo da confusão (1150‑930 a.C.) 40d) A época neobabilónica ou dos

Caldeus (612‑523) 40

e) A Babilónia dos últimos tempos 415.2. Religião 415.3. Literatura 415.4. Babilónia e a Bíblia 426. A Nabateia e os Nabateus 426.1. História 436.2. Lista dos reis nabateus a

partir do ano 100 (a.C) 446.3. Religião 46

CAPÍTULO III O mundo político ao tempo de Jesus 471. O contexto cultural do período

intertestamentário 491.1. Fontes históricas para o estudo do

período intertestamentário 491.2. Coordenadas sociais e políticas do

período intertestamentário 501.3. Situação social e política do período

intertestamentário 522. A Diáspora judaica 562.1. A diáspora oriental 562.2. A diáspora egípcia 572.3. A diáspora no período helenístico 583. As consequências da helenização da

Palestina 61a) Criação de cidades livres 61b) Imposição de uma cultura de tipo

humanista 61c) Combate activo às tradições

religiosas locais 614. O contexto religioso do

judaísmo intertestamentário 684.1. Consequências da revolta

do ano 70 694.2. Os ecos da literatura da época 704.3. As instituições judaicas 71

CAPÍTULO IV As vias de comunicação, regiões e cidades da Palestina 771. As cidades da ‘Via Maris’ e sua

importância estratégica 80a) GAZA 80b) LAQUIS 81c) GEZER 82d) JAFA 83e) CESAREIA MARÍTIMA 85f) MEGUIDO 87g) ACRE 89h) ROSH HANIkRÁ 912. A região da Alta Galileia 92a) TELL HAZOR 92

Índice Geral

b) O Ecce Homo 1575. Cenáculo 1586. Dormição 1607. Ain karen 161a) A igreja da Visitação 161b) A igreja de S. João Baptista 1638. Emaús – Nicópolis 163

CAPÍTULO VIII As cidades de Belém e Hebron 1651. Belém 1661.1. A história 1661.2. A cidade messiânica 1671.3. Significado cristão da cidade de

Belém 1692. Hebron 170

CAPÍTULO IX Planície costeira, Shefelah e cidades Filisteias 1731. A Shefelah 1742. Os Filisteus 1742.1. Origem 1742.2. As cidades 175a) Asdod 175b) Áshkalon 175c) Gath (kiryat Gath) 176d) Ácaron ou Ekron 176

CAPÍTULO X A Áraba e o deserto do Negev 1771. Jericó e Arredores 1791.1. Dos inícios até à época de Josué 1791.2. De Josué até Herodes 1811.3. A Jericó herodiana 1821.4. Dos árabes aos nossos dias 1821.5. Arredores de Jericó 183a) Fonte de Eliseu 183b) Monte da Quarentena (ou das

Tentações) 1832. Qumrân (kirbet Qumrãn) 184a) De 875 – 740 (a.C.) 184b) De 125 (a.C.) até 100 (a.C.) 184c) Finais do séc. I (a.C.) 185d) Entre 132 e 134 (d.C.) 1852.1. Os Manuscritos 1862.2. A Comunidade 1893. Ein Gedi (Engaddi) 1904. Massada 1915. Sodoma 1946. O Deserto e o Monaquismo 194a) ‘Laura’ de koziba 196b) ‘Laura’ de S. Sabas 198c) O Mosteiro da ‘Quarentena’

ou de Duka 1987. As Cidades do Negev 198

b) DAN: 94c) HERMON 95d) BANIAS 96e) BETHSHEAN 97f) SÉFORIS – Zippori 1003. Ao redor do ‘Lago da Galileia’ 104a) TIBERÍADES 105b) MAGDALA – TARICHEES 106c) kINERET 107d) TABGHA 107e) CAFARNAUM 108f) kOURSI 111g) HIPPOS 111h) MONTE TABOR 111i) CANÁ 114j) NAZARÉ 115

CAPÍTULO V A Estrada dos Patriarcas: a memória e as tradições patriarcais 1191. A Samaria 120a) A História 121b) A cidade de Sebaste 123c) A cidade da Samaria da época

romana 1242. Os Samaritanos: povo e religião 126

CAPÍTULO VIJerusalém a cidade e a sua história 1291. O nome 1302. Situação geográfica 1323. A cidade pré‑davídica 1324. Na época da monarquia 1335. Do fim do Exílio à época dos

asmoneus 1356. O período asmoneu 1367. De Herodes até ao domínio

bizantino 1378. Da conquista árabe ao séc. XX 1409. Domínio britânico e independência 142

CAPÍTULO VII Jerusalém e seus monumentos cristãos 1431. O Monte das Oliveiras e seus

Santuários 144a) Betânia 144b) Betfagé 145c) Memorial da Ascensão 146d) Pater Noster (Eleona) 146e) Dominus Flevit (o Senhor chorou) 148f) Getsémani ou Horto das Oliveiras 148g) O túmulo de Nossa Senhora 1522. Santo Sepulcro 1523. Bethesda – Santa Ana 1544. A Via‑Sacra 156a) Flagelação 157

Ein Gedi 242Getsémani 242Haifa – Monte Carmelo 242Hazor (Tell Hazor) 242Hebron 242Jafa – Joppe (Iafo) 242Jericó 243Jerusalém 243kadesh Barnea 243Magdala (Migdal) 243Mar da Galileia 243Mar Morto 243Meguido 244Monte Carmelo 244Monte das Bem‑aventuranças 244Monte das Oliveiras 244Montes Garizim e Ebal 244Montes Gilboé 244Monte Sião 244Monte Tabor 244Nazaré 244Pater Noster 244Poço de Jacob 245Rio Jordão 245Rosh Hanikrá (Escadas de Tiro – Ras Hanaqura) 245Samaria 245Siquém 245Tabgha 246

Anexo II MEMÓRIA DE PEREGRINOS CÉLEBRES PARA A HISTÓRIA DA TERRA SANTA 2471. O Peregrino ‘Anónimo de Bordéus’

(333) 2472. A Peregrina Egéria (383‑ 385) 2493. Antonino de Placência 2504. Pantaleão de Aveiro 250

Anexo IIIITINERÁRIOS DE PEREGRINAÇÃO 252I – Peregrinação com Itinerário

para 8 dias 253II – Peregrinação com Itinerário

para 10 dias 256III – Itinerário para 15 dias,

com subida ao Sinai 259

ÍndiceCIDADES, MONTES, SANTUÁRIOS, VIAS 263

Beersheba 200Tell Arad 201Mampshit 202Avdat 202

CAPÍTULO XIA Península do Sinai 2051. A Península do Sinai 206a) A História da Península do Sinai 206b) O Mosteiro de Santa Catarina 2102. O Sinai e a Bíblia 212a) O Itinerário do Êxodo 212b) Teofania 212c) Gebel Mussa 215d) Timna 215

CAPÍTULO XIILiturgia e festas judaicas 2171. O Shabbat 2192. Pesah / Massôt 2213. Shâbu’ôt / Qâsîr 2234. Sukkôt / ’Asip 2245. Rôsh Hashânah (Ano Novo) 2266. Yôm Hakkipurim (Yôm kippur) 2277. Purîm (festa das sortes) 2298. Hanukkah (renovação – festa da luz) 2309. O Templo e o Culto 231a) Teologia do Templo 235b) A Sinagoga e sua importância 237c) O culto sinagogal 238

Anexo I LUGARES BÍBLICOS E A SUA MEMÓRIA (Referências textuais) 240Acre 240Ain karem 240Ascensão 240Banias (Cesareia de Filipe) 240Beersheva (Poço do juramento) 240Belém 240Betânia 240Betfagé 240Bethesda – Santa Ana 240Betsaida 241Betshean 241Bet Shemesh 241Cafarnaum 241Caná da Galileia 241Cenáculo 241 Cesareia Marítima 241Corozaim 242Dominus Flevit 242

Etzion Geber: 83, 206

FFiladélfia: 61, 78

GGadara: 61Galileia: 16, 19, 29, 37, 65, 66, 88, 92, 100, 101, 102, 104, 106, 109, 112, 120, 174, 182Galileia (Montes da): 91Garizim (Monte de): 17, 51, 123, 127, 244Gath: 176Gaza: 14, 27, 44, 80, 81, 175, 176, 202Gebel el‑Arus: 16Gebel Adatir: 16Gebel Catherina: 206, 210, 211Gebel Eslamyeh (Monte Ebal): 17Gebel Fuq’ ah: 15Gebel Germak (Monte Merón): 16Gebel Heider: 16Gebel Mussa: 206, 215Gebel es‑Seih: 95Gebel Serbal: 206, 215Gebel el‑Telg: 96Gebel Turan: 16Genin: 16Gezer: 28, 82, 83

HHaifa: 85, 89, 92, 115,241Hazor: 83, 88, 92, 93, 241Hebron: 16, 17, 18, 105, 166, 170, 171, 241Hermón: 12, 19, 61, 95, 96Hesbon: 78Herodion: 55Hippos: 61, 111

JJafa: 83, 84, 85, 174, 241Jamat: 12Jerasah: 61Jericó: 18, 19, 32, 54, 64, 83, 179, 181, 182, 183, 184, 197, 243Jerusalém: 7, 8, 17, 18, 29, 37, 38, 40, 41, 44, 54, 58, 59, 60, 61, 66, 67, 71, 72, 73,82, 83, 85, 86, 94, 120, 121, 123, 126, 127, 129, 130, 132, 133, 134, 135, 136, 137, 138, 139, 140, 141, 142, 143, 144, 145, 146, 148, 149,

AAbilla: 61Ácaron (= Ekron): 176Acre (Ptolomaide): 88, 89, 90, 100, 240Akko: 14, 90Arnon: 12, 22, 31, 78Asdod: 175Áshkelon: 175Avdat: 202, 203

BBanias: 19, 50, 61, 94, 95, 96, 97, 240Beersheba: 12, 18, 170, 171, 198, 199, 200, 240Beirute: 88, 92Belém: 165, 166, 167,168, 169, 240Bem‑aventurancas (Monte das): 104, 108, 244Betânia: 144, 146, 240Betel: 83, 120, 126,200, 218,Betfagé: 145, 240Betsaida: 16, 241Bethshean: 60, 61, 87, 92, 93, 97, 98, 99, 241Beth Shemesh: 241Beth‑Sur: 83Biblos: 88

CCafarnaum: 16, 88, 107, 108, 109, 241Caná: 114, 115, 241Canaã: 11, 22, 24, 27, 28, 39, 78, 119, 170, 180, 202, 213Carmelo: 14, 15, 27, 88, 89, 112, 242, 244Cenáculo: 137Cesareia: 14, 50, 54, 56, 84, 85, 86, 87, 96, 97, 138, 241

DDan: 12, 94, 200Debir: 82

EEin Gedi: 21, 190, 191, 242Escândalo (Monte do): 144Esdrelón (Jezrael): 15, 16, 87, 120Efraim: 17, 120, 212Emaús: 83, 163

Índice

Cidades, Montes, Santuários, Vias

152, 153, 155, 156, 159, 160, 163, 167, 170, 171,175, 179, 182, 185,193, 195, 197, 198, 200, 201,243Judá: 11, 24, 29, 32, 37, 40, 41, 56, 80, 89, 122, 134, 165, 171, 199, 201Judeia: 12, 16, 17, 18, 20, 29, 32, 44, 52, 55, 56, 61, 65, 66, 67, 82, 83, 84, 85, 119, 120, 121, 138, 174, 198

KKarkemish: 40, 88Kineret: 16, 19, 104, 107Koursi: 111Kumidi: 80

LLáquis: 37, 81, 83

MMachronte: 55Magdala (= Tarichees): 106, 243Mampshit: 46, 202, 203Maris (Via): 78, 80, 87, 100, 109, 119, 175, 176, 199, 206Meguido: 29, 40, 50, 82, 83, 87, 88, 89, 92, 95, 109, 244Massada: 50, 55, 185, 186, 191, 192, 193, 194Mosteiro de Santa Catarina: 210

NNablus: 17, 123Naín: 113Nazaré: 100, 115, 116, 117, 244Neftali: 16, 109, 112Negev: 12, 13, 17, 18, 20, 44, 45, 46, 177, 198, 199, 203, 210, 213

OOliveiras (Monte das): 17, 18, 132, 144, 145, 146, 147, 148, 151, 157, 2449

PPalestina: 12, 16, 19, 27, 37, 38, 40, 42, 46, 52, 55, 56, 57, 58, 60, 61, 65, 67, 80, 82, 89, 90, 92, 93, 96, 98, 100, 101, 102, 107, 120, 122, 171, 174, 189, 194, 202, 211Pella: 61Peregrinação (Via): 206Piraton: 83

QQuarentena (= Monte das Tentações): 179, 180, 182, 183, 184, 197, 198, Qumrãn: 50, 63, 70, 183, 184, 185,189

RRosh Hanikrá ‑ Ras‑ain‑Naqurah: 14, 91, 245 Regis (Via): 78, 80, 87, 199

SSamaria: 10, 12, 16, 17, 24, 36, 50, 51, 54, 55, 56, 58, 65, 66, 80, 119, 120, 121, 122, 123, 124, 126, 127, 135, 174, 245Sebaste: 122, 123Scopus (Monte): 17, 132, 144Séforis: 100, 101, 102, 103Shur (Via): 206, 212Sião (Monte): 132, 133, 149, 152, 159, 244Sicar: 17, 64Sídon: 88, 92, 94Siloé: 73, 137Sinai: 12, 18, 26, 205, 206, 207, 208, 211, 212, 214, 215, Siquém: 17, 120, 126, 218, 245Sodoma: 21, 194Soreá: 94 Sumur: 80

TTabor: 16, 111, 112, 113, 244Técua: 18Tahanak: 87Tabgha: 107, 245Tefon: 83Tel Aviv: 83, 85Tell Arad: 72, 200, 201Tell Dothan: 120Tell es‑Sultan: 179, 183Templo (Monte do): 132, 133Terra Santa: 7, 11, 12, 94, 114, 125, 143, 159, 170, 247Tiberíades: 16, 19, 50, 92, 100, 102, 104,105, 107, 114, 115, 184

UUgarit: 88, 175

YYabné: 69, 70, 71Yoqne’am: 83, 87

ZZafed: 92Zabulon: 109, 112

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Introdução

“Peregrinar” na terra de Israel é uma experiência que remonta às origens do homem bíblico e que se situa já na própria experiência de Abraão, o Pai dos crentes. O seu chamamento ‘deixa a tua casa e a casa de teu pai e vai para terra que Eu te indicar’ (Gn 12,1) constitui um apelo eterno a todo o crente para que, em peregrina‑ção para a eternidade, se ponha a caminho em demanda da Terra da promessa. Por isso, a experiência de Abraão tornou‑se assim como que o protótipo de todo o peregrinar em busca do absoluto de Deus. A ‘Peregrinação’ na Terra Santa não é mais do que uma actualização permanente, um convite contínuo ao homem de hoje para que se ponha a caminho, na certeza que a meta que busca só a encontrará em plenitude na Jerusalém celeste (Ap 21).No entanto, a ‘Peregrinação’ não foi apenas uma realidade vivida na História Bíblica, quer com o povo de Israel, desde a época patriarcal até ao regresso que se seguiu à Shoáh (o Holocausto), mas faz também parte da experiência cristã que desde as origens fez da peregrinação à terra de Jesus um dos seus grandes momen‑tos de experiência espiritual. Alguns desses momentos foram‑nos testemunhados por notáveis peregrinos. Bastaria citar Santa Helena, mãe do imperador Constantino, o anónimo ‘Peregrino de Bordeaux’ que visitou a Terra Santa (em 333), deixando‑nos um itinerário da sua estadia, a peregrina Egéria (entre 380 e 390), inúmeros santos e, mais recentemente, os Papas Paulo VI e João Paulo II. Todos eles fizerem dessa experiência um momento único das suas vidas e dela nos deixaram um testemunho ímpar para a vivência da nossa fé.Por isso, fazer uma caminhada na Terra Santa é, antes de mais, assumir em nós uma experiência que a identidade da nossa fé nos legou e estabelecer uma aproximação ao espaço da ‘encar‑nação’ da Palavra de Deus. Trata‑se não só de seguir os passos daqueles que nos precederam, desde os tempos imemoriais dos Patriarcas até aos nossos dias, mas essencialmente de reafirmar que a nossa fé tem uma componente existencial e temporal que assume o tempo e o espaço como dimensões soteriológicas que uma peregrinação nos ajuda a viver e a actualizar.Ao preparar um itinerário de peregrinação, procuramos colocar em evidência as componentes históricas e geográficas do país de forma que cada peregrino possa assumir, em termos espirituais e

G U I A B Í B L I C O E C U L T U R A L D A T E R R A S A N T A

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vivenciais, aquilo que sempre dizemos como sendo um dos mis‑térios mais importantes da nossa fé: A encarnação da Palavra de Deus. É nesta terra, com seus limites e suas riquezas, que essa Palavra entrou na história e fez aliança entre Deus e o Seu povo. A fé cristã assumiu isso em plenitude na pessoa de Jesus e na sua existência no tempo, consumada pelo seu Mistério pascal em Jeru‑salém. Ao fazê‑lo, deu um novo sentido à Cidade santa, fazendo dela a imagem da Jerusalém celeste de que nos fala o Apocalipse (Ap 21) e para a qual caminhamos como peregrinos do Além.Este trabalho contempla, para além das coordenadas do espaço (geografia) e do tempo (história), muitos elementos de carácter cultural e sociológico, destacando os elementos da liturgia judaica e do culto, bem como os grupos sociais e religiosos que conferem ao judaísmo do período intertestamentário (séc. II a.C. até séc. II d.C.) uma dimensão pluralista que contrasta em muito com aquilo que por vezes pensamos ou vemos escrito em muitas obras que analisam essa época. Estamos, na realidade, em presença, de um período de grande riqueza cultural e vivencial. Importa ter isso presente para compreendermos a mensagem de Jesus. Aliás, sem este enquadramento de fundo, muitos dos elementos que são essenciais para compreendermos a mensagem de Jesus e o Novo Testamento ficam desenquadrados e de difícil compreensão.Este Guia não se ocupa com os caminhos actuais, procurando antes pôr em destaque os itinerários históricos e culturais do Povo de Israel na sua longa e contínua caminhada à descoberta do ‘Terra da Promessa’, numa busca incessante de responder aos apelos e aos desafios de Yahwé. É este mesmo desafio que hoje é feito a todos aqueles que voltam a peregrinar pelos mesmos itinerá‑rios, sentindo no pó dos seus passos as inúmeras peregrinações do ‘Hommo Viator’ em demanda da ‘Nova Terra’ da promessa: ‘Vem, Senhor’!