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Em uma medida que causou polêmi- ca entre os clubes, a Série B mudou os critérios de distribuição das cotas de TV da competição. A alteração impõe uma certa “meritocracia” na partilha dos direitos de TV. A decisão aconte- ceu em reunião do Conselho Técnico dos clubes no Rio de Janeiro. Até o ano passado, o valor era dis- tribuído igualitariamente entre as equipes. Neste ano, por proposta de América-MG e Figueirense, que caíram da Série A no ano passado, haverá oito níveis de distribuição das cotas. Com a proposta, o time catarinense, 18º na elite em 2016, é quem irá embolsar o maior valor (R$ 6,4 milhões). Atrás dele vem Santa Cruz (R$ 6,2 milhões) e América-MG (R$ 6 milhões). Inter e Goiás, com contrato fixo com Série B impõe ‘meritocracia’ em cota de TV POR ADALBERTO LEISTER FILHO BOLETIM NÚMERO DO DIA QUINTA-FEIRA, 23 DE FEVEREIRO DE 2017 WWW.MAQUINADOESPORTE.COM.BR Clubes da Segunda Divisão irão ganhar conforme o desempenho no ano anterior. A exceção ficou por conta de Internacional e Goiás, que já tinha contrato fixado com a Globo. Os gaúchos receberão R$ 60 milhões, cerca de 10 vezes mais que os rivais. 1 50mi De Libras investirá o Liverpool para unir o Centro de Treinamento dos profissionais com a estrutura dos jogadores de base do time. 704

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Em uma medida que causou polêmi-ca entre os clubes, a Série B mudou os critérios de distribuição das cotas de TV da competição. A alteração impõe uma certa “meritocracia” na partilha dos direitos de TV. A decisão aconte-ceu em reunião do Conselho Técnico dos clubes no Rio de Janeiro.

Até o ano passado, o valor era dis-tribuído igualitariamente entre as

equipes. Neste ano, por proposta de América-MG e Figueirense, que caíram da Série A no ano passado, haverá oito níveis de distribuição das cotas. Com a proposta, o time catarinense, 18º na elite em 2016, é quem irá embolsar o maior valor (R$ 6,4 milhões). Atrás dele vem Santa Cruz (R$ 6,2 milhões) e América-MG (R$ 6 milhões).

Inter e Goiás, com contrato fixo com

Série B impõe ‘meritocracia’ em cota de TV

POR ADALBERTO LEISTER FILHO

B O L E T I M

ME

RO

DO

DIA

QUINTA-FEIRA, 23 DE FEVEREIRO DE 2017

WWW.MAQUINADOESPORTE.COM.BR

Clubes da Segunda Divisão irão

ganhar conforme o desempenho no ano anterior. A exceção

ficou por conta de Internacional e Goiás, que já tinha

contrato fixado com a Globo. Os gaúchos receberão

R$ 60 milhões, cerca de 10 vezes mais que os rivais.

1

50miDe Libras investirá o Liverpool para unir o

Centro de Treinamento dos profissionais com a estrutura dos jogadores

de base do time.704

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S A D A C R U Z E I R O F E C H A C O M C I M E D

O Grupo Cimed está de volta ao vôlei masculino com o patrocínio ao Sada Cruzeiro, atual campeão da Superliga. O contrato é válido até junho. Além do vôlei, a Cimed também está presente no automobilismo e no futebol.

Com o acordo, a marca irá estampar a camisa do líbero em todos os campeonatos da temporada. O logo da farmacêutica também estará presente em backdrops e placas.

L A K I N G S C O N T R O L A F I L I A L

Dona do Los Angeles Kings na NHL (liga norte-americana de hóquei no gelo), a AEG Sports quer intensificar a sinergia com da franquia com o Eisbären Berlin, que compete na Liga Alemã de Hóquei no Gelo. Assim, o time da NHL passará a controlar as operações da equipe alemã. O Eisbären Berlin ganhou sete títulos na liga alemã entre 2005 e 2015, sendo os últimos três de forma consecutiva.

AT L É T I C O AT R A S A A R E N A

A mudança do Atlético de Madrid para a arena Wanda Metropolitano poderá ser adiada. O problema atual é com as obras de acesso ao novo estádio colchonero. A primeira fase das obras deveria ser concluída antes de setembro, o que não irá ocorrer.

Segundo José Luis Infanzón, diretor geral de Espaço Público, Obras e Infraestrutura Madri, a obra terá que estar pronta antes do início das operações do estádio.

a Globo, não entram nessa conta. Os gaúchos abocanham R$ 60 milhões, enquanto os goianos ficam com R$ 35 milhões.

Entre os “primos pobres”, Náutico (R$ 5,8 milhões), Londrina (R$ 5,6 milhões) e CRB (R$ 5,4 milhões) ficam com cotas maiores por conta da colocação obtida na Série B em 2016.

Os demais clubes da segunda divisão na temporada passada abocanham R$ 5,2 milhões. É o caso de Criciúma, Luverdense, Ceará, Brasil de Pelotas, Vila Nova, Paysandu, Paraná e Oeste.

“Ficou interessante. Levar em conta meritocracia é uma ten-dência no futebol. Também será interessante para estimular os clubes a conseguir uma colocação melhor nas últimas rodadas, mesmo que já não disputem nada [ascensão à Série A ou fuga do rebaixamento à C]”, afirmou Robinson de Castro, presidente do Ceará, que foi favorável à ideia.

Em um nível abaixo na repartição do butim de TV estão os ti-mes que ascenderam da Série C (Boa, Guarani, ABC e Juventu-de) terão direito a só R$ 4,1 milhões.

Entre os 18 clubes que discutiram a proposta, sete foram favo-ráveis e 11 contrários. Contudo, os votos dos times melhores co-locados no último campeonato têm peso maior, daí a proposta ter sido aprovada.

“No meu entendimento, não houve uma análise técnica mais aprofundada em cima do que foi votado”, critica Sérgio Serra, presidente do Paysandu, que votou contra.

“E se formos examinar a meritocracia, é preciso estabelecer que critérios serão seguidos. O Paysandu ganhou a Copa Verde, o Juventude chegou às quartas de final da Copa do Brasil. Isso não foi levado em conta”, argumentou.

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Em meio à polêmica da aprovação da lei que despenaliza a violência do-méstica contra mulheres na Rússia, a Nike divulgou, na última semana, um vídeo forte. Uma garota que canta clichês de gênero muda o discurso ao avistar grandes atletas mulheres. Foi um grito feminista em um mercado claramente conservador.

Talvez ao pensar exclusivamente em mercado a curto prazo, jogar com a maioria e fugir de polêmicas seja a atitude mais inteligente. Mas grandes marcas, que sabem de sua grandeza, tem a noção que essa é uma linha míope a ser seguida. Grandes marcas falam, falam alto, e têm responsabili-

dade em seu meio. O posicionamento politicamente correto é, invariavel-mente, um caminho mais louvável.

Nos últimos dias, clubes brasileiros têm atuado de modo distinto na hora de se posicionar sobre assuntos delica-dos. E dois casos mostram caminhos diferentes. No clássico entre Flamen-go e Botafogo, ambos os clubes foram desastrosos em suas redes sociais. O primeiro pela absoluta falta de sen-sibilidade, o segundo pela resposta agressiva. De maneira geral, ambos ignoraram a morte de um torcedor e elaboraram um discurso para a maio-ria, teoricamente sem erro.

Foi o caminho contrário que trilha-

ram Corinthians e Palmeiras nesta semana, com uma série de ações em conjunto. Difícil, pelo histórico re-cente, que exista continuidade na ini-ciativa e que não haja derrapadas nas redes sociais, com excessos contra ri-vais em um ambiente tão hostil. Mas, certamente, é o mais saudável.

Clubes de futebol precisam adotar uma postura mais responsável para servirem de plataforma mais confiável entre empresas e seus próprios torce-dores. Se tiverem receio, basta lembrar que Nike peitou até Vladimir Putin pelo o que entendeu ser mais correto.

Clubes, como marcas, têm responsabilidade na imagem

O P I N I Ã O

POR DUDA LOPES

novos negócios da Máquina do Esporte

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O Flamengo tem um novo parceiro. O clube fechou com o Deezer, um serviço de música on-line, por streaming. No aplicativo, haverá um canal para o time, com listas de canções que remetem a momentos marcantes da equipe carioca, como o título mundial de 1981 e os campeonatos brasileiros vencidos nas últimas décadas.

O próximo passo da parceria será a criação de contas dos joga-

dores do Flamengo. Dessa manei-ra, os torcedores também poderão acompanhar o gosto musical de seus ídolos. Nomes de fora do futebol, do esporte olímpico, tam-bém participarão da parceria.

Para divulgar o Deezer flamen-guista, a empresa contou com a presença do cantor Wesley Safa-dão, que gravou um vídeo para chamar os torcedores para o apli-cativo. Ele, inclusive, gravou uma

música para homenagear a equipe do Rio de Janeiro.

A estratégia do Deezer é pare-cida com a de seus concorrentes. O primeiro a chegar no Brasil foi o Napster, que fechou uma par-ceria com o Corinthians. A estra-tégia é semelhante: conta exclusi-vas para corintianos, com acesso a conteúdo focado nos torcedores. Uma das promessas, por exemplo, é mostrar o que os jogadores escu-tam na concentração.

Outra empresa do segmento que apostou no esporte foi o Spotify. Nesse caso, a companhia acertou uma parceria com o Palmeiras, bastante focada nas playlists dos jogadores do elenco do time.

O Deezer já tem outros con-tratos com times de futebol, mas sempre estrangeiros. Ainda em 2013, a companhia fechou uma parceria com o Lille, da França. No fim do ano passado, houve um passo maior, com acordos com o Manchester United e o Barcelona.

POR DUDA LOPES

Deezer fecha com Flamengo e reforça música online no futebol

O Flamengo irá voltar ao Maracanã, pelo menos para a estreia do time na Libertadores. O clube en-trou em acordo com a Concessionária Maracanã SA e atuará contra o San Lorenzo na arena carioca.

Em nota oficial, o clube fez questão de ressaltar que se trata de um acordo pontual, sem nenhuma relação com o novo processo de concessão do es-

tádio que ocorre no momento.Na segunda-feira, por sinal, a GL Events, par-

ceira do Flamengo na tentativa de assumir o es-tádio, desistiu da negociação. Apenas a francesa Lagardère ficou na disputa para gerir a arena, mas o time carioca já afirmou que não deverá fazer par-ceria com a empresa para assumir a estrutura.

Flamengo fecha com concessionária e volta ao Maracanã