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Universidade Federal do Par Instituto de Geocincias Programa de Ps-Graduao em Geofsica PsDisciplina Geologia do Petrleo

Bacias Sedimentares Brasileiras Bacia de CamposAndrei Gomes de OliveiraBelmBelm-PA 2007

Sumrio1. Introduo 2. Estratigrafia 3. Magmatismo 4. Cartas e Sees Geolgicas 5. Sistemas Petrolferos 6. Formaes e Rochas Geradoras 7. Rochas Reservatrio 8. Rochas Capeadoras ou Selantes 9. Tipos de Trapas 10. Sees Ssmicas 11. Gravimetria 12. Batimetria 13. Magnetometria 14. Perspectivas da Bacia 15. Concluses 16. Bibliografia

IntroduoBacia de Campos

Figura 1 Esquema ilustrativo da Bacia de Campos.

IntroduoApresentao

Desenvolvimento associado a formao do oceano Atlntico; Atlntico; Separao entre Amrica do Sul e frica se deu na era Mesozica, atrs; cerca de 140 milhes de anos atrs; ObservaObserva-se trs estgios: pr-rift, rifteamento e espalhamento do estgios: pr-rift, fundo ocenico; ocenico;Fase Pr-Rift: intumescncias e distenses da crosta continental Pr-Rift: associadas a atividades magmticas e vulcnicas; vulcnicas; Fase Rift: fraturamento e falhas normais gerando estruturas do tipo grabenRift: grabenhorst; horst; Fase Proto-Oceano e Ocenico: esforos tensionais provocam a ProtoOcenico: separao crustal, com acreo de nova crosta ocenica. ocenica.

IntroduoAs trs seqncias:

Figura 2 Esquema ilustrativo da Bacia de Campos.

Introduo

Figura 3 Reconstruo tectnica das bacias sedimentares na configurao pr-deriva prcontinental. continental.

Introduo

Figura 4 Reconstruo tectnica das bacias sedimentares na configurao desde a fase pr-rift at a fase pr-deriva prprcontinental. continental.

Introduo

Figura 5 Imagem mostrando a cadeia meso-ocenica. meso-ocenica.

Introduo

Figura 6 Imagem mostrando a cadeia meso-ocenica. meso-ocenica.

IntroduoApresentao

Situada em guas territorias do Rio de Janeiro, cobrindo cerca de Janeiro, 115. 115.800 km, dos quais apenas 600 km so em rea emersa; km, emersa; Ao norte, a bacia parcialmente isolada da Bacia do Esprito Santo, Santo, Vitria, na regio de guas rasas, pelo Alto de Vitria, um bloco elevado de embasamento que coincide com a terminao oeste da Cadeia de Vitria-Trindade, Vitria-Trindade, importante lineamento ocenico daquela rea (Cainelli e Mohriak, 1998) e ao sul, a bacia parcialmente isolada da 1998) Bacia de Santos pelo Alto de Cabo Frio; Frio; Em guas profundas no existe separao estrutural entre as bacias de Campos e Esprito Santo, tambm entre Campos e Santos. Santos.

Introduo

Figura 7 ilustrao contendo linhas batimtricas.

Figura 8 ilustrao contendo linhas batimtricas.

Introduo

Figura 8 ilustrao contendo falhas lstricas e outros eventos tectnicos.

IntroduoLocalizao

A Bacia de Campos est localizada na poro sudeste do Brasil, ao longo da costa norte do estado do Rio de Janeiro. Janeiro. Possui uma rea de aproximadamente 115.800 km at a lmina 115. dgua de 3.000m. 000m

EstratigrafiaSobre um substrato basltico (aproximadamente 130 milhes de anos), clsticos, coquinas, foram depositados sedimentos clsticos, grosseiros a finos, e coquinas, tipicamente alvio-lacustres, representativos da fase rift; alviorift; Estes sedimentos so recobertos, em toda a bacia, por rochas clsticas e evaporitos aptianos, cuja possana (espessura de um estrato geolgico aptianos, ou uma srie de camadas, medida pela perpendicular ao plano de estratificao) estratificao) aumenta para leste-nordeste; leste-nordeste; Com o rompimento continental e o estabelecimento do golfo inicial, inicial, instalouinstalou-se uma plataforma clstico-carbontica do tipo rampa clstico(Formao Maca); Maca) Esta plataforma foi afogada, no Albo-Cenomaniano, pelo progressivo Albo-Cenomaniano, basculamento da bacia e estabelecimento da fase de oceano aberto; aberto; Deste modo, do Cenomaniano at o Paleogeno, foram depositados Paleogeno, calcilutitos, calcilutitos, margas e folhelhos de gua profunda, contendo reservatrios arenosos turbidticos e seus equivalentes de gua rasa, caracterizando uma fase transgressiva de sedimentao; sedimentao;

Estratigrafia

Figura 9 Seo Estratigrfica da Bacia de Campos.

EstratigrafiaNesta bacia, uma discordncia regional marca a passagem do Cretceo para o Tercirio; Tercirio; Sobre esta discordncia, assentaram-se arenitos turbidticos com grande assentaramespessura e ampla distribuio, resultantes da progradao de um conjunto de sistemas deposicionais, formados por leques delticos, deposicionais, delticos, plataforma carbontica, sedimentos de talude e bacia, que se carbontica, bacia, estenderam at o fim do Tercirio; Tercirio; No Arcabouo estrutural da bacia destaca-se a presena de rea de destacaembasamento raso na regio costeira, onde sedimentos tercirios assentamassentam-se sobre basaltos (embasamento econmico da rea); rea); Aps a linha de charneira aparecem sub-bacias contendo horsts e subhorsts grabens, separados pela feio positiva do Alto de Badejo. Estas feies grabens, Badejo. foram aparentemente deslocadas por falhamentos transcorrentes, principalmente na rea sul. sul.

Estratigrafia

Figura 10 Seo Geolgica Esquemtica da Bacia de Campos.

EstratigrafiaSuperimposto a este arcabouo da fase tafrognica, ocorre outro estilo tectnico que afeta a seo ps-sal; ps-sal; Esta estruturao responsvel pela formao de grande nmero de feies dmicas, alinhadas ao longo de falhamentos lstricos, que dmicas, lstricos, evaporticas; morrem nas camadas evaporticas; Nas reas onde o sal apresenta grande espessura, esta movimentao , j Eoalbiano, estendeuMioceno; iniciada no Eoalbiano, estendeu-se at o Mioceno; Deste modo, a movimentao inicial salfera controlou a distribuio das facies carbonticas permo-porosas, e posteriormente, durante o permo-porosas, desenvolvimento das falhas de crescimento, determinou a formao de calhas estruturais profundas; profundas; Estas ltimas, captando os arenitos turbidticos que estavam sendo lanados na bacia, controlaram sua geometria e continuidade lateral; lateral; Onde a halocinese foi menos intensa, a sedimentao destes reservatrios processou-se de forma mais uniforme e extensa, formando processoucorpos do tipo blanket. blanket.

Estratigrafia

Figura 11 Seo Ssmica da Bacia de Campos.

Estratigrafia

Figura 12 Esquema de modelo deposicional da Bacia de Campos.

Estratigrafia

Figura 13 Seo Estratigrfica da Bacia de Campos.

MagmatismoA parte sul da Bacia de Campos, em frente ao Alto do Cabo Frio, Campos, Frio, apresenta um padro estrutural sedimentar diferenciado do restante da bacia. bacia. Isso acontece em vrias seqncias sedimentares, desde o pacote rift at a seo do Mioceno Inferior; Inferior; Localizao desta ocorrncia engloba uma rea de 4.500km (entre a Falha 500km de Borda da Bacia de Campos a oeste/noroeste, o contorno batimtrico de 2.000m a leste/sudeste, a rea dos poos 1-RJS-107 e 1-RJS-348 a sul e a 000m RJSRJSregio do Paleocanyon de Enchova a norte. norte.

Magmatismo

Figura 14 Carta Estratigrfica da Bacia de Campos rea de Cabo Frio.

MagmatismoPrincipais feies geolgicas da parte sul da Bacia de Campos rea do Cabo Frio

Figura 15 Seo Geolgica Esquemtica das feies geolgicas da Bacia de Campos.

Magmatismorea sul da Bacia de Campos Seo geolgica.

Figura 16 Seo Geolgica Esquemtica da Bacia de Campos.

MagmatismoMagmatsmo intenso durante o espalhamento do fundo ocenico

Figura 17 Seo ssmica esquemtica mostrando um cone vulcnico da Bacia de Campos

MagmatismoModelo de deposio de bentonitas, pressupe a existncia, nas cercanias da bentonitas, Bacia de Campos, de vulco(es) subareo(s) e altamente explosivo(s) Campos, (pliniano) que periodicamente liberava(m) material vucanoclstico para a troposfera superior; superior; Dispersos pela a ao dos ventos, os vulcanoclastos acabaram por se depositar interdigitados aos sedimentos marinhos da Formao Ubatuba e de sua alterao resutando em bentonitas; bentonitas; Na Bacia de Campos, a influncia deste vulcanismo se fez sentir, do Campos, Neoconiaciano ao Maastrichtiano (25Ma), de duas maneiras principais: aporte 25Ma), principais: de vulcanoclastos e ao de sismos e terremotos associados, que foram associados, responsveis pelo disparo de correntes de turbidez e pelas deformaes de extratos de sedimentos j assentados (Caddah et al. 1998). al. 1998)

Magmatismo

Figura 18 Modelo do vulcanismo que originou as betonitas do Cretceo Superior.

Cartas de EventosCarta de eventos

Figura 19 Cartas Geolgica da Bacia de Campos.

Cartas Estratigrficas

Figura 20 Carta Estratigrfica da Bacia de Campos.

Sees Geolgicas

Figura 21 Seo Geolgica Esquemtica da Bacia de Campos.

Sistemas PetrolferosSistema Petrolfero Lagoa Feia - Carapebus

No principal sistema petrolfero j caracterizado nas bacias brasileiras, as rochas geradoras so folhelhos calcferos da Formao Lagoa Feia depositados em ambiente lacustre salobro/salino da fase rifte da bacia. bacia. So rochas com elevado potencial gerador, teor de carbono orgnico que pode chegar a 9% e espessura mxima na faixa de 300 m (Guardado et al. 2000), com querognio do tipo I. al. 2000), Tais rochas atingiram condio ideal de maturao e expulso de petrleo durante o tercirio e saturaram com petrleo rochasrochasreservatrio posicionadas em diversos horizontes estratigrficos, estratigrficos, desde os basaltos fraturados do substrato da bacia, coquinas na seo rifte, carbonatos do cretceo e tercirio e corpos turbidticos rifte, posicionados em diversos nveis estratigrficos, alguns deles bastante rasos, situados prximo ao fundo do mar. mar. A denominao aqui empregada Lagoa FeiaCarapebus faz Feia referncia ao gerador e aos reservatrios localizados no nvel estratigrfico mais elevado, ocorrendo outros em posies mais inferiores, como acima mencionado. mencionado.

Sistemas PetrolferosSistema Petrolfero Lagoa Feia Carapebus

Para a seo ps-sal, a migrao secundria deu-se por falhas psdeunormais de geometria lstrica que, como dutos para nveis estratigrficos mais elevados, se abastecem de petrleo ao encontrarem janelas abertas na camada evaportica; estas lacunas evaportica; estratigrficas foram originadas pelo fluxo sedimentar no sentido das regies mais profundas, situadas a leste. Os reservatrios mais leste. significativos da bacia, pelo volume que encerram, so os turbiditos Carapebus, neotercirio, arenosos da Formao Carapebus, do neo-cretceo e tercirio, capeados por folhelhos da Formao Ubatuba. Ubatuba.

Sistemas PetrolferosSistema Petrolfero Lagoa Feia Carapebus

As trapas desenvolveram-se associadas evoluo da halocinese desenvolveramsinsedimentar na bacia, de tal sorte que incluem um carter misto estrutural-estratigrfico. estrutural-estratigrfico. O Sistema Petrolfero Lagoa FeiaCarapebus foi o responsvel pela Feia origem dos maiores campos descobertos no Brasil at os dias de hoje, tais como Marlim, Albacora, Roncador, Barracuda e Marimb, todos Marlim, Albacora, Roncador, Marimb, em turbiditos. turbiditos. Encerrando tambm volumes muito importantes de petrleo aparecem reservatrios em outras unidades estratigrficas, tais como os carbonatos da Formao Maca (campos de Garoupa, Bonito, Garoupa, Bonito, Bicudo, Bicudo, Linguado e Pampo), arenitos do Albo-Cenomaniano Pampo), Albo(campos de Namorado e Cherne), os basaltos fraturados da Cherne), Formao Cabinas no Campo de Badejo e as coquinas da Formao Lagoa Feia no Campo de Trilha. Carbonatos tercirios da Trilha. Formao UbatubaMembro Siri, que ocorrem na poro de guas Ubatuba Siri, rasas da bacia, encerram apreciveis volumes de leo pesado, biodegradado. biodegradado.

Sistemas PetrolferosSistema Petrolfero Lagoa Feia Carapebus

Os leos da Bacia de Campos apresentam densidade entre 14 API 14 e 32 API (Mello et al. 1994), definindo misturas entre petrleos 32 al. 1994), biodegradados e outros no submetidos destrutiva ao bacteriana. bacteriana. As misturas foram conseqncia de sucessivos pulsos de migrao al. 2000) secundria ao longo do tempo (Guardado et al. 2000).

Sistemas Petrolferos

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Sistemas Petrolferosgneogneo-Sedimentares (Conceitos)

Empecilho a ocorrncia de petrleo e pesquisa petrolfera; petrolfera; DiziaDizia-se que intruses e extruses de material magmtico nas bacias sedimentares destruam a matria orgnica e o petrleo previamente rochas-reservatrio. gerado e obliteravam os poros das rochas-reservatrio. Tectnica distensiva associada ao magmatismo abriria as trapas, causando remobilizao e conseqnte perda do petrleo existente. existente. Sabe-se que diques e soleiras de diabsio e derrames de basalto Sabedeterioram a qualidade das sees ssmicas porque causam perda do sinal, formao de mltiplas e divergncia esfrica, e podem prejudicar a interpretao dos dados pela formao de falsas estruturas devido ao efeito de pull-up. pull-up. Por outro lado, os fatores positivo do magmatismo, em alguns casos, chegam a superar estes problemas. problemas.

Sistemas Petrolferosgneogneo-Sedimentares (Marcos estratigrficos e Indicadores deposicionais magmticos)

Em virtude do seu carter geologicamente iscrono, as cinzas vulcnicas so excelentes marcos estratigrficos. Bentonitas derivadas da alterao estratigrficos. de cinzas vulcnicas tm sido identificadas em vrias bacias sedimentares brasileiras. brasileiras. Um dos exemplos mais interessantes o denominado marco 3 dedos da seo peltica santoniana da Formao Ubatuba, Bacia de Campos, detalhadamente estudado por Caddah et al. (1994). al. 1994) Essas camadas de origem vulcnica so registradas nos perfis eltricos como 3 picos de baixa resistividade e alta porosidade, com espessura variando de 1 a 2 m, separados entre si por 5 m a 10 m de folhelho marinho. So interestratificados ilita-esmectita (bentonitas) marinho. ilitacom altos teores de gua livre e microporosidade intercristalina. intercristalina. Essas camadas bentonticas ocorrem acima dos reservatrios turbidticos cretceos da Formao Carapebus em alguns campos petrolferos da rea sul da Bacia de Campos. Isso sugere que as correntes de turbidez podem Campos. ter sido formadas pelos eventos distensivos que favoreceram a extruso do magma traqutico. Neste caso, as bentonitas tambm podem ser bons traqutico. indicadores deposicionais. deposicionais.

Sistemas Petrolferosgneogneo-Sedimentares (Rochas-Reservatrio Magmticas) (Rochas

Dependendo do nmero de vesculas e do grau de diagnese e de fraturamento, derrames de basalto e soleiras de diabsio podem ser bons reservatrios de petrleo. Sistema petrolfero contendo rochaspetrleo. rochasreservatrio magmticas ocorrem nos campos de leo de Badejo e Linguado, Linguado, situados na poro sul da Bacia de Campos, produzem Campos, leo a partir de basaltos fraturados da Formao Cabinas. Esse Cabinas. tipo de acumulao em rocha-reservatrio magmtica foi um dos rochaobjetivos principais buscados no incio da explorao dessa bacia, mas depois ficou em segundo plano em virtude do sucesso que vem sendo turbidticos. obtido com a explorao de reservatrios turbidticos. Dois exemplos de campos de petrleo contendo basalto e diabsio como rochas-reservatrio so mostrados na figura a seguir. rochasseguir.

Sistemas Petrolferosgneogneo-Sedimentares (Rochas-Reservatrio magmticas) (Rochas-

Figura 23 Rochas-reservatrio dos campos de Dapingfang, China ( esq.), e RochasAguada San Roque, Argentina ( dir)

Sistemas Petrolferosgneogneo-Sedimentares (Rochas Selantes Magmticas)

A presena de fraturas primrias conectando vesculas pode contribuir no aumento da permeabilidade. permeabilidade. O basalto Cabinas, produtor de leo nos campos de Badejo e Cabinas, Linguado, Linguado, Bacia de Campos, foi detalhadamente estudado por Campos, Mizusaki (1986), que observou, em testemunhos de poo, que o leo 1986), de Badejo ocorre em zonas vesiculadas, em microporos presentes vesiculadas, inclinadas, na matriz vtrea e em fraturas inclinadas, cujas paredes esto recobertas por cristais eudricos de calcita com at 1 cm de dimetro. dimetro.

Sistemas PetrolferosGerao / Maturao

Incio da janela de gerao de leo: Oligoceno / Mioceno; Mioceno; Persiste at hoje na maior parte da bacia. bacia.

Sistemas Petrolferosreas de Maturao e Gerao

Figura 24 Seo Geolgica Esquemtica de alguns sistemas petrolferos da Bacia de Campos.

Formaes e Rochas GeradorasPerfil geoqumico.

A anlise geoqumica do pacote peltico da bacia indicam a existncia de intervalos de excelente potencial gerador, maduros na seo rift rift Feia; da Formao Lagoa Feia; Outros estudos, bem como evidncias geolgicas diretas, indicaram que estes gerados alcanaram a janela de gerao de leo to leo somente no Oligoceno, ou em tempo ainda mais recente; Oligoceno, recente; Deste modo, o leo, gerado a grande profundidade, aps extensa leo, migrao vertical e lateral, preencheu as estruturas e outras armadilhas presentes na Bacia de Campos nesta poca, tornando-a tornandoaltamente petrolfera; petrolfera;

Formaes e Rochas Geradoras

Figura 25 Modelos de Gerao, Migrao e Acumulao de leo na Bacia de Campos.

Formaes e Rochas GeradorasFolhelhos e Margas da Formao Lagoa Feia

COT: 2 a 6%. Localmente 9%. IH: at 900 mgHC/g COT. Espessura: 100 - 300 m. Matria Orgnica: Tipo I e II. S2: at 38 mgHC/g de rocha.

Formaes e Rochas Geradoras

Figura 26 Alguns dados do tipo de matria orgnica da Formao Lagoa Feia da Bacia de Campos.

Rochas ReservatrioAps uma dcada de explorao na Bacia de Campos, foram sendo Campos, descobertas novas acumulaes de hidrocarbonetos, as quais esto presentes em praticamente todos os reservatrios da bacia, desde basalto fraturado e coquinas do Neocomiano, at arenitos turbidticos Neocomiano, do Mioceno Inferior; Inferior; O Campo Badejo um exemplo de armadilha estrutural na seo rift, rift onde o basalto fraturado e vesicular e coquinas do Neocomiano produzem leo gerado dos folhelhos depositados nos baixos adjacentes; adjacentes;

Rochas Reservatrio

Figura 27 Seo geolgica esquemtica do Campo de Badejo na Bacia de Campos.

Rochas Reservatrio

Figura 28 Seo geolgica regional na poro sul da Bacia de Campos, mostrando o contexto estrutural e estratigrfico do Campo de Badejo (mod. Tigre, 1988).

Rochas ReservatrioO Campo Pampo um exemplo de armadilha estrutural em cabornatos oncolticos e oolticos porosos da Formao Maca Inferior (Eoalbiano); Eoalbiano) Esta estrutura foi formada por movimentao de sal, com o crescimento; desenvolvimento de anticlinais ladeados por falhas de crescimento; Em reservatrios de estruturao semelhante, obteve-se produo de obteveLinguado, Bonito, Bicudo, leo nos campos de Linguado, Bonito, Bicudo, Enchova e este ltimo a primeira descoberta da bacia, em 1974.

Garoupa,

Rochas Reservatrio

Figura 29 Seo geolgica esquemtica do Campo de Pampo na Bacia de Campos.

Rochas Reservatrio

Figura 30 Seo geolgica esquemtica ilustrando a configurao estrutural-estratigrfica do Campo estruturalde Garoupa, Bacia de Campos.

Rochas ReservatrioOs demais reservatrios so constitudos por arenitos turbidticos do Eocretceo ao Neotercirio, os campos de Cherne e Namorado Neotercirio, produzem leo de arenitos acanalados do Albiano-Cenomaniano, Albiano-Cenomaniano, estruturados por intensas halocinese; halocinese; So ainda fortemente afetados pelos falhamentos gravitacionais halocinticos; halocinticos; Alm deste campos, os arenitos do Cretceo so produtores de leo em Pirana. Pirana.

Rochas Reservatrio

Figura 31 Seo geolgica esquemtica dos Cherne e Namorado na Bacia de Campos.

Rochas Reservatrio

Figura 32 Modelo deposicional esquemtico dos Campos de Cherne e Namorado na Bacia de Campos.

Rochas Reservatrio

Figura 32 Modelo deposicional esquemtico dos Campos de Cherne e Namorado na Bacia de Campos.

Rochas ReservatrioOs campos de Carapeba e Pargo so produtores de leo de arenitos Neocretceo, areal; turbidticos do Neocretceo, de maior distribuio areal; So ainda fortemente afetados pelos falhamentos gravitacionais halocinticos; halocinticos; Alm deste campos, os arenitos do Cretceo so produtores de leo em Pirana. Pirana.

Rochas Reservatrio

Figura 33 Seo geolgica esquemtica dos Campos de Carapeba e Pargo na Bacia de Campos.

Rochas ReservatrioOs campos de Bicudo e Bonito, tambm produtores de leo de Bonito, carbonatos oncolticos e oolticos da Formao Maca, , subjacente, Maca, foram localizadas jazidas de leo em extensos corpos de arenitos eocnicos, eocnicos, estruturados por halocinese; halocinese; Estas jazidas so, em parte, controladas por acunhamento e trucamento, por um canyon do Oligoceno; Oligoceno; NoteNote-se que, igualmente dentro do canyon, lentes de arenioto do Neocanyon, Neohidrocarbonetos. Oligoceno so portadoras de hidrocarbonetos.

Rochas Reservatrio

Figura 34 Seo geolgica esquemtica dos Campos de Bicudo e Bonito na Bacia de Campos.

Rochas Reservatrio

Figura 34 Seo geolgica esquemtica do Campo de Roncador e Talude na Bacia de Campos.

Rochas ReservatrioCampo Roncador

Descoberto em 1996 pelo poo pioneiro, perfurado em lmina dgua Janeiro, de 1.845 m e a 130 km do litoral do Estado do Rio de Janeiro, o Campo de Roncador, em volume de petrleo, a maior acumulao Roncador, em turbiditos cretceos j encontrada na Bacia de Campos. Campos. O petrleo de Roncador encontra-se em arenitos do Maastrichtiano, encontraMaastrichtiano, e a geometria do campo complexa, fruto da evoluo deposicional complexa, que acompanhou movimentos halocinticos e diversos episdios erosivos. erosivos. Essa complexidade geomtrica acompanhada por grande variao na densidade do petrleo para cada zona produtora ou bloco da acumulao, entre 18 e 31 API. O campo segmentado por 18 31 API. uma falha normal de orientao NW SE e rejeito da ordem de at 200 NW 27 31 m. No bloco baixo dessa falha aloja-se o petrleo mais leve (27 a 31 alojaAPI), API), enquanto no bloco alto foi acumulado o leo pesado (18 a 22 18 22 API) API). O volume de petrleo in place de 9,7 bilhes de barris e a reserva de Roncador pode alcanar 2,9 bilhes de barris (Rangel et al. 1998). al. 1998)

Rochas Reservatrio

Figura 35.a Seo convertida em profundidade na Bacia de Campos, com interpretao geolgica das principais seqncias tectonossedimentares, ilustrando feies halocinticas em guas profundas.

Rochas Reservatrio

Figura 35.b Dados fsicos do Campo de Roncador na Bacia de Campos.

Rochas Reservatrio

Figura 36 Seo de correlao cronoestratigrfica, baseada em dados de poos, ilustrando o Campo de Roncador, Bacia de Campos (mod. Barroso, 2000). Notar o conjunto de falhas normais que afeta a rea, compartimentando a acumulao numa srie de blocos independentes.

Rochas ReservatrioCampo Albacora

Ocorrida em 1984, a descoberta deste campo foi a primeira entre os 1984, super-gigantes Campos, super-gigantes de gua profunda da Bacia de Campos, o que abriu para explorao vasta fronteira at ento intocada; intocada; O poo pioneiro foi perfurado em lmina dgua de 293m e constatou 293m uma seo arenosa de seis corpos turbidticos empilhados, com empilhados, idades entre o Albo-Cenomaniano e o Mioceno, situado a AlboMioceno, 300m 300m mar; profundidades entre 2.300m e 3.300m abaixo do nvel do mar; Os arenitos produtores contatados pelo pioneiro estendem-se estendemlateralmente, para guas profundas, distncias variveis para cada Mioceno, nvel, sendo que o reservatrio do Mioceno, o mais amplo, avana at a lmina dgua de 2.000m. 000m A porosidade de 17% nos arenitos mais antigos e de 30% nos 17% 30% turbiditos do Mioceno. Mioceno. O volume de leo da jazida encontra-se trapeado em reservatrios de encontraOligocnica. idade Oligocnica. J os reservatrios do Mioceno guardam vasta capa de gs; gs;

Rochas ReservatrioCampo Albacora

A densidade aumenta no sentido dos reservatrios mais jovens, 30 Albo17 sendo de 30 API nos do Albo-Cenomaniano e de 17 API nos do Mioceno (Candido e Cora, 1990) o volume de leo in place da 1990) ordem de 4,5 bilhes de barris (Tigre et al. 1990); al. 1990)

Rochas Reservatrio

Figura 37.a Seo geolgica ilustrativa dos diversos reservatrios saturados de petrleo no Campo de Albacora, Bacia de Campos (mod. Candido e Cora, 1990)

Rochas Reservatrio

Figura 37.b Mapa geolgico esquemtico da regio sudeste brasileira, mostrando as bacias tafrognicas do continente, a regio de vulcanismo tercirio ao longo do Alto de Cabo Frio e a regio do vazio albiano associado zona de falha antittica de Cabo Frio. .

Rochas ReservatrioCampo Marlim

Foi descoberto em 1985 por um poo pioneiro perfura em lmina 835m dgua de 835m; Volume de leo in place da ordem de 14 bilhes de barris (Tigre et al. al. 1990), 1990), a maior acumulao petrolfera j encontrada em territrio brasileiro. brasileiro. O reservatrio do Campo de Marlim abriga petrleo de densidade entre 17 e 21 API, biodegradado. Nas pores oeste e noroeste do 17 21 API, biodegradado. campo, aparecem depsitos de geometria alongada que registram as distais. fcies arenosas ligadas a canais alimentadores dos lobos distais. As fcies que constituem o reservatrio de Marlim so: arenito fino a so: mdio, mdio, macio; macio; interlaminados sltico-arenoso-argiloso, sltico-arenoso-argiloso, bioturbado; bioturbado; e arenitos muito finos com ripples, interpretados como ripples, sendo depsitos originados pela ao de correntes de contorno em guas profundas que retrabalham os espessos corpos turbidticos (Guardado et al. 1989). al. 1989)

Rochas Reservatrio

Figura 38 Modelo deposicional esquemtico do Campo de Marlim na Bacia de Campos.

Modelos Deposicionais

Figura 39 Modelo deposicional esquemtico da Bacia de Campos.

Modelos Deposicionais

Figura 40 Modelo deposicional esquemtico da Bacia de Campos.

Modelos Deposicionais

Figura 41 Modelo deposicional esquemtico da Bacia de Campos.

Modelos Deposicionais

Figura 42 Modelo deposicional esquemtico da Bacia de Campos.

Rochas Capeadoras ou SelantesCalcilutitos Margas e Folhelhos

Tipos de Trapas da BaciaEstrutural Estratigrfico Misto (reservatrio Paleogeno)

MigraoMigrao principal atravs de falhas lstricas (gerador da Formao Lagoa Feia reservatrios drift); drift);

Principais Poos Produtores

Figura 43 Seo geolgica esquemtica da Bacia de Campos.

Sees Ssmicas

Figura 44 Seo ssmica e gravimtrica da Bacia de Campos.

Sees Ssmicas

Figura 45 Modelo ssmico esquemtico da Bacia de Campos.

Sees Ssmicas

Figura 45.a Modelo esquemtico de arquitetura crustal da Bacia de Campos.

Sees Ssmicas

Figura 45.b Seo ssmica na Bacia de Campos, mostrando a assinatura ssmica da megasseqncia sinrifte (NeocomianoBarremiano), da megasseqncia transicional (Aptiano) e da megasseqncia ps-rifte ou marinha (AlbianoRecente).

Sees Ssmicas

Figura 45.c Perfil geossmico (A) e seo geolgica (B) na Bacia de Campos, mostrando as principais seqncias estratigrficas das megasseqncias sinrifte, transicional e ps-rifte ou marinha.

Sees Ssmicas

Figura 46.a Seo ssmica de reflexo no Campo de Marlim, Bacia de Campos (mod. Candido e Cora, 1990)

Sees Ssmicas

Figura 46.b Seo ssmica na Bacia de Campos (Alto de Cabo Frio), mostrando cones vulcnicos do Tercirio (em detalhe). .

Gravimetria

Figura 47 Seo ssmica e gravimtrica da Bacia de Campos.

Batimetria

Figura 47.a Perfil batimtrico da Bacia de Campos.

Magnetometria

Figura 47.b Perfil magnetomtrico da Bacia de Campos.

Perfil Gama Ray

Figura 48 Perfil Gama Ray Formao Cabinas.

Perfil Gama Ray

Figura 49 Perfil Gama Ray Formao Lagoa Feia.

Perfil Gama Ray

Figura 50 Perfil Gama Ray Membro Coqueiros.

Perfil Gama Ray

Figura 51 Perfil Gama Ray Membro Retiro.

Perfil Gama Ray

Figura 52 Perfil Gama Ray Formao Maca.

Perfil Gama Ray

Figura 53 Perfil Gama Ray Membro Outeiro.

Perfil Gama Ray

Figura 54 Perfil Gama Ray Membro Goitacs.

Perfil Gama Ray

Figura 55 Perfil Gama Ray Formao Ubatuba e Carapebus.

Perfil Gama Ray

Figura 56 Perfil Gama Ray Membro Tamoios.

Perfil Gama Ray

Figura 57 Perfil Gama Ray Formao Carapebus.

Perfil Gama Ray

Figura 58 Perfil Gama Ray Formao Embor.

Perspectivas da BaciaEm 2010 ser a maior bacia sedimentar produtora do Brasil, correspondendo 92% 92% do total. total. Logo isto s poder ocorrer se os investimentos previstos em novas plataforma for concludo nos prazos estabelecidos. estabelecidos.

ConclusesA produo de petrleo alcanou 1,5 milho de barris/dia, recentemente, dos quais a Bacia de Campos responsvel por 74%. Em termos de reservas, essa 74% bacia contm cerca de 84% das reservas brasileiras. De 84% brasileiras. acordo com o contexto geolgico e estratgico, em termos de pesquisa geolgica e de tecnologia de produo, pode-se dividir a Bacia de Campos em trs podecompartimentos principais: proximal, intermedirio e principais: distal. distal.

ConclusesO compartimento proximal se localiza entre a linha de costa e a lmina dgua de 100 m aproximadamente. aproximadamente. Apresenta bom potencial exploratrio para as coquinas da fase rift, para os arenitos e calcarenitos do Albiano Inferior, para arenitos turbidticos do Cretceo Superior e do Eoceno Inferior. A resoluo ssmica nesse Inferior. compartimento ainda no atingiu um nvel desejado para a explorao, requerendo novos parmetros e novas tecnologias de aquisio e processamento ssmico. ssmico. Alguns aspectos geolgicos favorveis do compartimento proximal so: o bom potencial das so: rochas geradoras do rift; rotas de migrao de rift; hidrocarboneto, favorecidas pelo estilo estrutural da rea; rea; qualidade do leo at aqui detectado, etc. etc.

ConclusesO compartimento intermedirio se localiza aproximadamente entre as cotas batimtricas de 100 e 2.000 m. o compartimento com investigao exploratria mais efetiva, pois grande parte da rea est coberta por levantamento ssmico 3D e os poos exploratrios esto menos dispersos do que o compartimento proximal. Quase todos os campos de proximal. petrleo descobertos na bacia se encontram nesse compartimento, incluindo os campos gigantes de Marlim, Marlim Sul, Albacora, Albacora Leste, Roncador, Barracuda, etc. etc.

ConclusesO compartimento distal se localiza aproximadamente entre a cota batimtrica de 2.000 m e a regio das muralhas de sal, situadas em lminas dgua em torno de 3.000 m. Esse compartimento apresenta grande espessura da seo do Cretceo Superior e a distribuio dos sedimentos controlada pela grande movimentao halocintica. Trata-se de uma nova halocintica. Tratafronteira exploratria com grande potencial para hidrocarbonetos e requer tecnologias avanadas de aquisio ssmica e perfurao de poos. poos.

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Bibliografiahttp://www.petrobras.gov.br http://www.drm.rj.gov.br http://www.cprm.gov.br

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