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  • 8/13/2019 5 Memorial PROFUNCIONRIO

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    PROFUNCIONRIO

    Memorial de Maria Gezilene de Sousa Gomes

    Encontro realizado na Escola Major Otvio Pitaluga, no dia apresentado pelaprofessora formadora Luciane Bonessoni da Silveira. Esse mdulo desde oincio me seduziu pois por no ter o manual fui procur-lo na internet e isso meinstigou a pesquisar sobre as pessoas, fatos, leis envolvidos no contexto.

    Foi muito interessante estudar esses temas. Gostei muito da forma como oautor trabalha o texto, num formato de histrias verdicas, contandoexatamente o dia-a-dia da escola. Por meio dessa metodologia e ainda com aorientao da tutora do curso, foi possvel refletir acerca das diversas situaesencontradas no interior da escola e tomar uma mudana de postura com

    relao a algumas delas, visto que como profissional da educao evidencia-sea necessidade de um trabalho harmnico, de respeito, valores e cidadania.

    preciso conhecer o campo em que se atua para se ter um bomdesempenho no trabalho a ser desenvolvido.

    Estudei tambm diversas temticas presentes no ambiente escolar, taiscomo: a importncia dos rgos colegiados e participao nesses de todos osseguimentos da escola; a Proposta Pedaggica da escola que deve serelaborada coletivamente e de forma coerente com o Regimento Escolar,

    documentos que fundamentam a vida escolar; aprendi a classificar as escolasde acordo com sua mantenedora; entrevistei pessoas que passaram peloexame de admisso, uma prova que era realizada antigamente para a

    promoo do nvel primrio para o ginsio; investiguei as famosas EscolasNormais, sendo a primeira em Niteri, na capital da Provncia do Rio de Janeiroe as alteraes que houveram por meio da Lei 5692/71, que transformou ocurso Normal em habilitao para o magistrio, e a Lei 9394/96, que reiterou

    o curso normal, em nvel mdio, como alternativa para a formao deprofessores a atuarem na Educao Infantil e no Ensino Fundamental; arelevncia em se pensar em educao como um todo, no apenas como

    responsabilidade da escola, mas um papel das mais diversas instituiessociais, como a famlia, a igreja, etc.; o papel do funcionrio da escola peranteos alunos, tendo em vista que o ambiente escolar deve ser educacional, nolimitando-se as quatro paredes da sala de aula; e muitas outras temticasdebatidas em sala de aula com os colegas que trabalham em outras escolas.

    Foram propostos os seguintes temas A escola pblica como espao daeducao de qualidade: Constituio e LDB e Gnese histrica dos

    funcionrios: religiosos coadjutores, escravos serviais, subempregosclientelsticos e burocratas administrativos. Reconstruindo ident idades,respectivamente. Oportunizou-me relembrar o processo de ocupao

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    portuguesa, um tanto astucioso, do territrio brasileiro; a forma com que osndios se submeteram educao europeia; a interao entre portugueses endios delineando uma cultura indgena civilizada; a fundao da primeiraescola (elitizada) do Brasil; etc. Mesmo que os jesutas tivessem como objetivoa difuso da f e a converso dos nativos, as misses acabaram como maisum instrumento do colonialismo, onde em troca do apoio poltico da Igreja, oEstado se responsabilizava pelo envio e manuteno dos missionrios, pelaconstruo de igrejas, alm da proteo aos cristos.

    Outro aspecto importante a ser lembrado, foi a questo da Constituiode 1988, nossa sexta Carta Magna que dedica um espao exclusivo educao. Por meio de sua promulgao evidencia-se uma preocupao com aqualidade da educao dos brasileiros, igualdade de condies de acesso epermanncia na escola, liberdade de aprender, pesquisar, expressar o

    pensamento, pluralismo de idias e concepes pedaggicas, gratuidade noensino, valorizao dos profissionais que atuam nessa rea e gestodemocrtica do ensino pblico.

    Analisamos aspectos histricos acerca da gnese dos funcionrios. Emsntese, inicialmente surgiram os coadjutores, irmos religiosos que auxiliavamos padres Jesutas, encarregados das aulas. Trabalhavam como enfermeiros,sacristes, horticultores, bibliotecrios, etc., atividades relacionadas aoprocesso de ensino. Com a expulso dos Jesutas foram institudas aulasrgias, a cargo de uma nica pessoa: o professor. Esse, quando auxiliado era

    por um escravo. Por volta de 1834, com a multiplicao das escolas, surgiramduas formas de funcionrios, ambos assalariados uns responsveis pelaconservao e outros pela secretaria da escola por indicao poltica ouconcurso pblico. Ainda hoje temos os QI que so pessoas indicados poraquele ou outro amigo.

    Funcionrios: profissionais valorizados ou servidores descartveis? eFuncionrios: gestores na democracia escolar, nos permitiram analisaralgumas concepes, criadas pela sociedade em geral, acerca das atividadesdesenvolvidas por professores e funcionrios nos estabelecimentos de ensino.

    Os primeiros, muitas vezes, so considerados o centro do processo ensinoaprendizagem, responsveis pelas atividades fins, quando na verdade oproduto final resultado de um trabalho coletivo. Entretanto, desde momentoscomo a chegada a escola, por meio do cumprimento do porteiro e a realizaoda matrcula, at a sada, aps o aluno ter estudado em uma sala de aulalimpa, ter tomado uma merenda nutritiva que o fortaleceu e aumentou suacapacidade de concentrao, ocorre um movimento no sentido de atingir aaprendizagem dos alunos, todavia, no apenas de ensin-los, mas de educ-los numa totalidade, formando conscincias e valores com os quais os alunos

    iro se deparar em sua prtica social. E essas atividades so chamadas meios.