(5-emanátio-...Gouveia, e do sr. José Luís Gou veia J.or, completou 8 anos. — No dia 12, a...
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Preço 1 $00 Quinta feira 18 de Ju lho de 1957 A no II * N,® 122
(5-emanátio-
N F O R M C U L T U R A . . R E C R E I O
P r o p r i e t á r i o , A d m i n i s t r a d o r e f d i t o r
V. S. M O T T A P I N T O
R E D A C Ç Ã O E AI-IV.IN1STRAÇÃO — AV. D. N U N O A L V A R E S PEREIRA • 18 - T E L E F . 026467
— -------------------- -----------------M O N T I J O ---------- ---------------- ------------------COM POSIÇÃO E IM PRESSÃO — T IP O G R A F IA «G R A F E X » — T E L E F . 026 236 — M O N TIJO
D I R E C T O R
Á L V A R O V A L E N T
-se aE's uma pergunta que
envolve uma questão primária e profunda.
— Definha-se a ra ça ?Há que p e n e t r a r nos
meandros da psicanálise e da profilaxia, nos estreitos caminhos da observação directa e até no âmago das intrínsecas causas da hora.
Antes de mais, vamos a dividir a matéria nos seus
dois aspectos s o c ia is : o físico e o moral.
Quanto ao aspecto f í s ic o :
— É evidente que os tempos de Viriato, da sua monstruosa clava, de D. Afonso
P O R T U G A L P IT O R ES C OG U I M A R Ã E S
Miradouro no parque da Penha
Ainda e sempre a montanha !Ao subir à Penha, é admirável, é encantador o panorama que
dali se observa.No pírque há um miradouro; e deste miradouro, alcandorado
nas rochas abruptas e debruçado sobre os abismos, disírutam-se aspectcs paisagísticos sem içu a l!
A natureza caprichou em juntar no mesmo ramalhete as rudes flores dos montes e as esplendorosas vegetações dos longes, formando assim os quadros mais belos da terra portuguesa.
Desse balcão de pedras toscas, o viandante deleita a vÍ9ta por dilatadas extensões e orgulha-se da terra onde nasceu.
Sente-se pigmeu, sente-se m inúsculj perante a majestade olímpica do local e do momento.
Subam ao parque da Penha, em Guimarães, e digam se é razoável conhecer Paris, Londres, Madrid, Roma, sem o conhecer prim eiro!
raçaHenriques, da sua estupenda espada, de D. Nuno e de tantos outros guerreiros e s padaúdos e gigantescos, já lá Vai há muito.
Hoje já ninguém podia com a claVa, com a espada, ou com um simples estoque,
A verdade, porém, é que a alimentação era sàdia, o ar mais puro, e as doenças destruidoras de tecidos e célulaseram quase desconhecidas, ou apareciam raramente com outros títulos.
O s homens atassalhavam- -se com carnes assadas no espeto e cometiam todos os excessos que a ciência alimentar agora condena ine- xoràvelrrente.
E, no entanto, os hércules abundavam e a História regista os seus famosos feitos de força e destreza.
Quais a s razões desta transformação ?
Queremos colocar em primeiro plano o acréscimo da população e a degenerescência, cientificamente demonstrada, do próprio indivíduo através dos séculos.
E sse indivíduo tende, pois, para o enfraquecimento da espécie, mercê desses factores e doutros secundários, embora também importantes.
Parece, portanto, que o definhamento físico é um fenómeno inevitável, ainda que previstamente mais lento e até menos profundo.
Iríamos compará-!o à degenerescência das plantas, que grau a grau Vão perdendo as suas características de gerações, se não houvesse outras forças impulsionadoras e ocasiona- doras do caso humano.
Entre estas forças disporemos a ânsia de gozo e de prazer, a falta de regras na vida, o esbanjamento do metabolismo individual, o excesso e o abuso de excitantes, a super alimentação, os vícios, — tudo que concorre para abreviar a existência.
Nesta conformidade, não restam dúvidas de que apenas as e x c e p ç õ e s conseguem uma longevidade mais ou menos prolongada.
A Ciência, não obstante, afirma que a vida humana é hoje mais longa e que é vulgar encontrar indivíduos com idades avançadas, quando ainda há poucos anos a m édia dessa vida era de cinquenta a sessenta.
Não nego que a Vida se ja
Haverá Guerra?P o r - A m a r a l F r a z ã o
Atrevo-me a afirmar que não, embora não me apo- i quente que os outros digam o contrário.
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E não há guerra, pelo menos nestes tempos mais chegados, claro.
Está bem de ver que as guerras não acabaram. É certo, porém, qu<\ quando foi da de 1914-18 e se ass inou a paz, houve promessas categóricas de que aquela seria a última.
Inventou-se, para isso, uma Sociedade das Nações que não deu nada para assegurar a paz eterna, assim como se inventou a Organização das Nações Unidas que também pouco tem dado.
E posso dizer isso porque outras tem havido depois daquela e um dia haverá uma, então, que arrasa tudo. M as não é para já, afigura-se-me.
Mas como ia dizendo, não há guerra. E porquê? Porque o medo a tem evitado. Parece um paradoxo masnão é.
E a propósito de medo, lembro me de uma velha comédia para amadores que se intitulava <Os dois medrosos».
Nessa comédia havia dois homens que se odiavam por causa duma mulher. Resolveram bater-se à espadai mas o medo de um e de outro era tanto que nunca cruzaram os espetos, embora o ódio persistisse entre ambos.
É o caso. Há nações que se odeiam, mas receiam bater-se porque duvidam do resultado da luta.
S e tivessem a certeza de vencer, já estávamos em guerra e parte da humanidade tinha desaparecido.
E tinha desaparecido porque a ferocidade do homem contra o homem está cada vez mais acentuada. O s engenhos e as bombas estão aperfeiçoadíssimas e todos os dias a aperfeiçoarem-se melhor.
A arte e a ciência de matar, segundo o pensamento dos contendores e m . . . paz, estão a melhorar consideravelmente. À arte e à ciência de salvar vidas é que se liga menor importância.
Ora a b ó b o ra !
actualmente mais longa do que há quarenta ou cinquenta anos atrás ; mas acho que a comparação se deVe fazer entre as idades de agora e as de há cem ou duzentos anos.
Comparando assim, Ver- -se-á que ainda estamos muito longe daquela dura
ção de séculos recuados.E em todo o caso, não
podemos esquecer que as sulfamidas, as vitaminas, os bióticos e penicilinas e pro- micinas e terramicinas e todas essas drogas da <ina» e do «ol> muito têm concorrido, juntamente com os pro-
(Continua n a p á g in a 4 )
18-7-957 A P R O V IN C IA 3
A G E N D A
E L E G A N T EMONT J O
A n iv e rsá r io sJ U L II O
— No dia 1, o menino Júlio Manuel da Costa Fernandes, filho do nosso dedicado assinante sr. Alvaro José Vintém Fernandes.
— No dia 2, a sr.a D. Benvinda Cardoso dos Santos, filha do nosso estimado assinante sr. José Júlio dos Santos.
— No dia 4, a sr.a D. Leandra Baptista, esposa do nosso prezado assinante sr. Cândido Ceia Alves Baptista.
— No dia 4, a menina Adriana de Sousa Aragão, afilhada do nosso dedicado assinante sr. [Jvel Supias de Castro.
— No dia 6, a gentil menina Maria Manuela Ferreira Branco, estremosa netinha do nosso dedicado amigo e assinante, sr. João Ferreira.
— No dia 7, o menino João Diogo da Veiga Santana, m.sso estimado assinante.
— No dia 8, a menina Etelvina Alves Oliveira, filha do nosso prezado assinante sr. Joaquim A. de Oliveira.
— No dia 10, o Furriel sr. José António Caria, nosso edimado assinante.
— No dia 11, o sr. António Manuel Sousa Silva Gervásio, neto do nosso prezado assinante sr. Fernando da Silva Manhoso.
— No dia 11, o menino José António Baptista Gouveia, filho da sr.a D. Maria Leonor Baptista Gouveia, e do sr. José Luís Gouveia J.or, completou 8 anos.
— No dia 12, a menina Maria Cristina Bernardo de Sousa, filha do nasso estimado assinante sr. José António de Sousa.
— No dia 12, completa 9 anos a menina Isaura M a r ia Teixeira Augusto, afilhada da nossa estimada assinante sr.a D. Joana V icente da Silva.
— No dia 12, a gentil menina Cristina Bernardo de Sousa, filha do sr. José António, nosso prezado assinante, completa as suas 19 risonhas primaveras. ,
— No dia 15, o sr. Alvaro da Costa Silva, nosso dedicado assinante, rompleta os seus 21 anos de idade.
— No dia 15, a sr." D. Joana Vicente da Silva, noss i estimada assinante.
— No dia 15, a menina Orcélia Maria Sousa Silva Gervásio, neta do nosso dedicado assinante sr. Augusto Gervásio.
— No dia 15, completa o seu 2.° aniversário o menino Carlos A lberto Gomes de Castro, filho do nosso dedicado assinante sr. Manuel Teixeira de Castro.
— No dia 16, o menino Jacinto Luis da Silva Carvalheira, afilhado do nosso assinante sr. Virgílio da Costa J.or.
— No dia 16, o menino Armando José Fernandes Pelirú, filho do nosso dedicado assinante sr. Francisco José Pelirú.
— No dia 16, o sr. N io lau Madeira Soares, nosso dedicado amigo e assinante.
— No dia 16, completou o seu8.° aniversário o menino Carlos Arsénio Gonçalves (ía Silva, filho do nosso estimado assinante, sr. Ernesto Maria Rodrigues da Silva.
— No dia 17, o sr. Manuel Marques Contramestre, nosso estimado assinante.
— No dia 18, o menino Bernardino José de Matos A. Cunha, completa o seu 5.° aniversário, filho do sr. Bernardino Natálio A. Cunha, nosso prezado assinante.
— No dia 19, a menina Noélia Tomé Martins, neta do nosso estimado assinante sr. Manuel Jerónimo.
— No dia 20, a sr.a D. Maria da Silva Carvalheira da Costa, esposa do sr. Virgílio da Costa J.or.
— No dia 21, o menino Mário Augusto Salgado Bibeiro, filho do nosso prezado assinante sr. Joaquim Sérgio Caria Ribeiro.
— No dia 21, a sr.a D. Ana Maria Caria Peixoto, n o s s a dedicada assinante em Coimbra.
— No dia 31, a menina Maria Virgília Carvalheira da Costa, filha do nosso dedicado amigo e assinante, sr. Virgílio da Costa Júnior.
H 1 .° d e D ezem broem aiieáeei da Sal
Fomos e observámos.Acedendo ao gentil convite que
nos fiz e r a m , acompanhámos a Banda e não nos arrependemos.
Depois da recepção no Largo dos Açougues, da sessão de boas vindas, em que usaiam da palavra o sr. Presidente da Câmara, o sr. Dr. Acácio Faria, num primoroso e eloquente discurso, e o sr. Ab!lio Diniz pela Banda, depois do jantar de confraternização, que se realizou no Salão de Festas da Sociedade Filarmónica Visconde de Alcácer, — que comemorava o seu 127.° aniversário ! —, efectuou- -se o anunciado concei.to no Jardim Municipal, vistosamente engalanado e iluminado.
Era este, paia nós, o ponto culminante.
Embora já não fosse original a ideia de conglobar e juntar duas Biudas Civis na execução das mesmas peças, é sempre motivo para nos regozijarmos, pelo lado artístico e até pela fraternidade entre duas congéneres na Arte Musical.
Não perdemos o nosso tempo.Não vimos, é evidente, fazer a
crítica do acontecimento, pois para tanto nos faltam os requisitos e conhecimentos indispensáveis. Limitar-nos-emos, portanto, à nossa opinião pessoal, desapaixonada e justa.
E sempre duma grande dificuldade essa realização, demandando enorme esforço, intuição, e competência por parte de quem a dirige. A impossibilidade manifesta de ensaios em conjunto, a diversidade natural de temperamentos dos executantes, e até a diferença dalguns instrumentos, torna a realização extremamente dificultosa.
De tudo se saiu com proficiên-
Banda DemccráHca2 de Janeiro
Nos dias 4 e 5 de Agosto desloca-se esta popular e prestigiosa Banda Montijense à cidade de Guimarães, onde vai realizar concertos e abrilhantar as festas Gual- terianas. Sabemos que a Banda será recebida no Salão Nobre do Grémio do Comércio, onde lhes darão as «boas vindas».
Estão também em perspectivas de futuros contratos, deslocações da Banda a Setúbal, a Arruda dos Vinhos e ao Sobial do Monte Agraço.
Está, portanto, de parabéns a Banda Democrática 2 de Janeiro pelo apreço com que a distinguem, e Montijo partilhando igualmente dessa distinção por ver que uma de suas Bandas Civis é assim apreciada e em toda a parte honra os pergaminhos musicais da nossa terra.
«A Província» regista, com todo o júbilo, estes factos e faz sinceros votos pelos êxitos e prosperidades da Banda montijense.
cia e acentuada elevação o Maestro António Gonçalves, — regente das duas Bandas, pelo que lhe endereçamos as nossas sinceras felicitações.
De todos os números executados em conjunto, o que mais nos agradou foi o 1.° andamento da 5.3 Sinfonia de Beethowen, sentindo que um tumulto infernal .de crianças, em volta do coreto, nos não deixasse apreciá-lo em profundidade.
Na 2.a parte do concerto, apenas com a 1.° de Dezembro, gostámos de todo o programa. A execução foi perfeita, a regência superior. Queremos distinguir a Rapsódia Húngara, de Liszt. — difícil partitura — , que arrancou à assistência uma entusiástica ovação. A destacar o naipe dos clarinetes e os «baixos», que alcançaram um verdadeiro êxito.
Felicitamos as duas Bandas e o seu Regente. Todo o concerto, quase exclusivamente constituído por música clássica, foi justamente aplaudido.
E com os nossos idênticos aplausos, reiteramos os nossos agradecimentos pela excelente noite de Arte que nos proporcionaram.
«A Província» — N.° 122 18-7-1957
A n ú n c i o2.a P u b lic a ç ã o
P e lo Juizo de D ire ito da c o m a rc a de M o n tijo e l.a s e c ç ã o se fa z sa b e r q u e se acha d e sig n a d o o dia v in te e trê» de Ju lh o, p e la s d ez h o ra s, p a ra a a rre m a ta ç ã o em 2.a p ra ça e em h a sta p ú b lic a , à po rta do T r ib u n a l, desta c o m a rc a , do p ré d io u rb a n o in fra c ita d o , p e n h o ra d o n os a u to s de E x e c u ç ã o de S en ten ça q u e ARTUR FER N AN D ES A L V E S RIBEIRO, c a sa d o , p r o p r i e t á r i o , r e s id en te em L isb o a m o v e co n tra o* e x e c u ta d o s : José M aria F lam b ó .Magno e m u lh er Deo- lin d a N o g u e ira M agno, co m e rc ia n te s , e o u tro , p ara d e les h a v e r a q u a n tia de 94.635$10:
Bens a A rrem atar N úm ero um
Utn p ré d io u rb a n o de rès-do- -ch ão e p r im e iro a n d a r situ a d o no L a r g o do P o ço , da v ila da M oita, d esta c o m a rc a , d escrito na C o n s e r v a tó r ia d o R e g isto P re d ia l, d esta co m a rc a , sob o n ú m ero sete m il se isce n to s e tr in ta e sete a fo lh a s cen to e um a v e r s o do L iv r o B -v in te e in s c r ito na m a triz u rb a n a da fr e g u e s ia da M oita, sob o a r t ig o q u a r e n ta , co m o v a lo r m a tr ic ia l c o rr ig id o de v in te e tr ê s m il tr e z e n to s e v in te e o ito escu d o s, in d o à p ra ça p o r m etad e d e ste v a lo r .
M on tijo , 28 de Junh o de 1957 V erifiq u ei a e x a c t id ã o :
O Juiz de D ireito Octávio Dias Garcia O C hefe d a S ecção António Paracana
S n r s . A u t o m o b i l i s t a s
P R O T E J A M A V O S S A V I D A
U S A N D O O S F A M O S O S
P N E U S F I R E S T O N EMÁXIMA SEGURANÇA & CONFORTO
A G E N T E S
E X C L U S I V O S : m a r p a l , l .D A
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DESASTRES DE VIAÇÃO
— No dia 13 do corrente, pelas18 horas, no Apeadeiro de Sarilhos, foi atropelada Maria Emília Esperança Ramos, de 4 anos, natural de Beja, sem residência certa, pelo motociclista António Broega de Oliveira, residente na Jardia. o qual não pôde evitar o incidente, visto a criança sair de repente, dentre duas carroças. Transportada ao hospital subregional de Montijo seguiu para o banco do Hospital de S. José, com suspeita de fractura na perna esquerda e escoriações pelo corpo.
A P. V. T . tomou conta da ocorrência.
-tssà— No mesmo dia, pelas 20,30 h.,
no Afonsoeiro-Montijo, foi atropelado o sr. Francisco Ribeiro, de 34 anos, solteiro, corticeiro, natural de Coruche, e residente em Montijo, por uma furgoneta. O motorista, pouco escrupuloso, pôs-se em fuga, e abandonou a vítima. Transportado ao hospital subre
gional de Montijo, o atropelado toi conduzido na ambulância dosB. V. de Montijo ao Banco do hospital de S. José, em Lisboa.
A P. V. T . procura descobrir o motorista fugitivo.
No dia 15 do corrente, pelas 9,30 h., no sítio denominado Jardia - Montijo, o menor de 6 anos, António José Gomes Marinheiro, quando seguia de carroça e pretendia saltar desta para a estrada, foi atropelado por um jeep da Junta N. dos P. Pecuários, conduzido pelo motorista sr. João Marcelino Costa dos Santos, residente em Setúbal, que nesse momento tazia a ultrapassagem.
Conduzido ao hospital subregional de Montijo, foi transportado imediatamente para o Banco do Hospital de S. José pelos B. V. da nossa terra, verificando-se que tinha fractura das duas pernas e várias escoriações pelo corpo.
A P. V. T . do Posto de Montijo tomou conta da ocorrência.
A G E N D A
U T I L I T Á R I A
farmácias de Serviço5.* - fe ira , 18 - - G i r a l d e s6,"- fe ir a , 1 9 — M o n t e p i o S à b a d o , 2 0 — M o d e r n a Domingo, 21 — D i o g o 2.“ - fe ira , 22 - G i r a l d e s ‘í.a - fe ira , 2 í — M o n t e p i o4."- fe ir a , 2 4 — M o d e r n a
AgradecimentosP e d r o N a r c i s o d a S i l v a
Florência de Jesus Narciso, E u génia da Silva Belchior, e seu marido, Moisés Narciso da Silva, e mais família, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam à última morada o seu chorado marido, pai, sogro e parente. Para todos, aqui fica a sua maior gratidão.
M e n i n a A n a M a r i a C o r r e i a V e r í s s i m o G a r c i a
João Correia Garcia e lida Martins Veríssimo, vêm por este meio, por desconhecimento de moradas, agradecer a todas as pessoas que se dignaram apresentar-lhes condolências, ou ihes enviaram seus cartões, pelo falecimento da sua chorada filhinha. Assim significamos a todos o nosso maior reconhecimento.
G e r l r u d e s G a s p a r d a S i l v a
António Teodoro da Silva, Maria Gertrudes Gaspar da Silva, António Manuel Gaspar Teodoro da Silva e mais famílie vêm por este meio agradecer a todas as p e s s o a s que acompanharam à última morada sua chorada esposa, mãe e parente.
Clara Hunltipal u M;miiaAquisição de forragens
Até ao dia 30 de Julho corrente recebem-se propostas para o fornecimento de palha, aveia e fava, nas condições patentes na Secretaria Municipal.
O Presidente da Câmara, a} Josè da Silva Leite
S o le t im R e l ig io s o C u lto C a t ó l i c o
MISSAS
5.a-feira — às 9 horas.6.a-feira— às 9 horas.Sábado — às 9 horas.Domingo — às 9 (Afonsoeiro), 10
e 11,30 horas.
E s p e c t á c u l o sCINE P O PU L A R
5.a feira, 18; (12 ano<) Os impagáveis cómicos, Mariin & Lew is, no film ’ em VistaVision e Tecnicolor, «O Rei do Laço». No pro grama, complementos c u r t o s e Metro-Jornal.
6.a feira, 19; (17 anos) Uma nova versão do imortal romance de Alexandre Dumas, «A Mulher das Camélias», com a incomparável Zully Moreno. No programa, complementos curtos.
Sábado, 20; (17 anos) O grandioso filme sempre novo, numa versão francesa, «Crime e Castigo (de D >stoievski)», com Jean Gabin e Marina V lady. No programa, complementos curtos.
Domingo, 21 ; (12 anos) Lm filme com 4 grandes artistas, W illiam Holden, Grace Kelly, Fre Iric March e Mickey Rooney, «As Pontes de Toko-Ria, um drama sensacional e invulgar. No programa, complementos curtos.
2.° feira, 22; (17 anos) «O Teto», em complemento « M a n h ãs de Páscoa».
3 a feira, 23; (12 anos) Novamente o excepcional filme colorido,, com Pierre Gressoy e Ana Maria Ferrero, «Verdi». Em com plemento, «A Grande Ofensiva».
4.a feira, 2 í; (12 anos) Um filme profundo c humano, «0 Caminho da Vida», um dos grandes êxitos do México. /
CINEMA 1.° DE DEZEMBRO
5.a feira, 18; (Para 17 anos) O f ilme em tecnicolor e cinemascópio, com Shofia Loren e Victorio di Sicca, «Pão, Amor e . . .» . No programa, lindos complementos.
Sábado, 20; (Para 17 anos) Um filme dum gtande cómico, «Fa- b r iz i - M u lh e r a Dias». No prog ram a. um a epopeia em te c n ic o lo r, com Yvone de C a rio e Rod Came- ron, «O Vingador».
Domingo, 2 1; (Para 11 anos) O melhor filme di linda Carmen Sevilla, em tecnicolor, «A Fera- zinha Amansada». No programa, complementos escolhidos.
2.a feira, 22; (Para 12 anos) O lindo filme português, com Deo- linda Rodrigues, Barroso Lopes e Manuel Santos Carvalho, «Madra- goa». No programa, lindos complementos.
4.a feira, 24; (Para 12 anos) O grande actor John NVayne, no filme mais apaixonante da sua carreira, «Barreiras Vencidas».
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15 minutos em que se fala do desporto e a lavor do desporto. Brevemente n" ar o programa TOUROS, T O U R E IR O S , E TOURADAS — um programa em que se diz a verdade sobre Festa Brava. Para a sua publicidade consulte
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Serviços Médico Sociais, 026 19* Bombeiros, 026048
Taxis, 026025 e 026 '(79 Ponte dos Vapores 026425
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MONT J OSorteio Carros premiados
A P i "/ ♦«a rrovincia»
Aproxima-se o dia deste Sorteio
Até o dia 22 recebem -se os cupões preenchidos na nossa Redacção. Os da província até o dia 25.
A o dia 2 j, pelas 16 horas , finalmente, re a l iz a r -s e -á o sorteio dos 104 prémios, cuja lista já publicámos.
Estarão presentes as autoridades e podem assistir os interessados e quem mais q u i s e r . . . até caberem na nossa modesta Redacção.
Que os retardatários se lembrem dos prazos indicados e se apressem a trazer- -nos os seus cupões assinados e com as moradas.
Dia 25, pelas 16 horas.
Janelas premiadas Montras premiadas
O júri, composto pelos srs. G overnador Civil, Dr Miguel Rodrigues Bastos , presidente da Câm ara, sr. Jo sé da S i lv a Leite, Dr. Manuel Paulino Gornes, A m érico L eite Rosa, Rui de Mendonça, Manuel G iraldes da S ilv a , Á lvaro V alente, Jo sé Estêvão Carvalho, Jo sé Barão, Amadeu dos Santos , P into Monteiro, e as sr.as D. Ju d ite Rosado e D. Maria
O almoço
Com a assistência do sr. Jo s é da SilVa Leite, ilustre Presidente da Câmara Municipal de Montijo, foi servido, no pretérito dia 50 de Junho, um almoço à fragateira, com a respectiva caldeirada e diversos pratos de peixe
O popular e tradicional repasto decorreu no melhor ambiente de camaradagem, entre a gente rude mas simples e sã das lides do mar e alguns convidados e membros da Imprensa da capital e local.
Falou no final 0 sr. Humberto de Sousa, Presidente da Comissão das Festas, que agradeceu a amabilidade do convite da União Piscatória de Montijo, e à Imprensa peta sua presença.
Dentre esta última recorda-nos ter visto Jo s é Barão, pelo jornal «O Século» e Jornal do Algarve, de Vila Real de Santo António, 0 nosso Director, Álvaro Valente, Ruy de Mendonça, pela «Gazeta do Sul», etc., que p r o f e r i r a m pequenos discursos alusivos ao signi
ficado das F estas de S . Pedro e à gentileza da D irecção da União Piscatória, de Montijo.
Finalmente falou 0 e x .m0 sr. Presidente da Câmara Municipal de Montijo, que agradeceu as palavras amáveis que no decorrer dos discursos acima referidos lhe foram dirigidas pelos re s pectivos oradores, tendo a festa terminado com 0 hino da União Piscatória primorosamente tocado por alguns membros da Banda local.
Aos seus directores, srs. António Lucas, Luís Reis da SilVa, A n t ó n i o Morgado, Francisco S a b i n o , Diogo Augusto dos Santos, António Neto Aranha, Manuel Neto Aranha, Joaquim dos Santos Pialgata, e Francisco C oelho, apresentamos, mais uma vez, os nossos sinceros e profundos agradecimentos.
Aníbal Anjos
Este n ím e ro de «A Provincia» foi visado pela
C E N S U R A
S A N F E RD A
S E D E m i A R M A Z É N S
I I S B O A , R u o d e S . J u l i ã o . 4 1 - 1 . ° |||| H I O I I I I J O , 3 u o io g « l q Y r st a
A E R O M O 1 O R S A N F E R o moinho que resistiu ao c iclone — F E R R O S para construções. A R A M E S , A R C O S , etc.
C IM E N T O P O R T L A N D , T R IT U R A Ç Ã O de a lim en tos para gados
R IC íN O B E L G A para adubo de batata, cebola, etc.C A R R IS , V A G O N E T A S e todo o m aterial para C a
minho de F erroA R M A Z É N S D E R E C O V A G E M
L u cília Marques, reunido após a grandiosa B ata lh a de Flores do dia 30 de Junho, resolveu conferir os prémios da seguinte form a:
i .°-P iém io , carro do E x ternato Sagrado Coração de Jesu s ; 2.8, carro da Indústria de Sa ls ich aria ; 3.0, carro do Ateneu Popular de M ontijo ;4.0, carro do Com ércio de M ercearias.
Por sugestão do sr. G o vernador, e como prémio de sua oierta, foi também c lassificado com o 3.0 prémio, «ex-aequo», o carro «D eu sas da Música» e pelo mesmo sistema, mas por sugestão e prémio do sr. Presidente da Câmara, foi classificedo o carro «Fantasia O riental» .
Foram ainda atribuídas Menções H onrosas ao carro «Praça de Toiros» e à menina Ermelinda Serralha, por proposta de Á lvaro V alente, ocupante dum carro, pela sua vivacidade.
Às janelas foram atr ib u ídos assim os p ré m io s :
O júri, constituído pelos srs. António João Serra , vice presidente da Câm ara Municipal, Manuel Marques Peixinho J .° r, Jo sé Joaquim Caria e pelas sr.aS D. Adal- gisa Rosado Marques P eixinho e D. Carmem Sanchez Alvarez, atribuiu os seguintes prém ios: i.° Prémio, ja nela de Joaquim Jo sé L ucas ;2.0, janela da F oto Montijense, de A. Monteiro.
E, finalmente, às montras'.Prémio E spírito de A rte :
Casa G ab rie l do C a r m o ; Original: Joaquim de P in h o ; R e g io n a lis ta : Eusébio M arques P eix inh o ; C om ercia l : Casa do Bébé.
E por esta forma term inaram os três verdadeiros êxitos das nossas Festas Populares de S . Pedro.
E de notar 0 sossego,A ordem e a paz Que nas Festas houve !S . Pedro está satisfeito ,P o is não é cego,N em mouco,Conhece o Samouco,Como conheceu C ai/as,E sempre lhe aprouve Deste povo 0 antigo je ito 1
Conhece o M ontijo e o resto, E è m anifesto Seu grande prazer,S ua comoção P o r tudo correr T a l como correu, t logo intercedeu,E nos recomendou Com todo o seu am or Quando se encontrou Com Deus Nosso Senhor 1N o entanto, apanhei um
[ susto,Julgando que havia bulha, Nessa noite fam osa Da Marcha Lam inos i.— f oi caso que a muito custo Me aproximei cia *. borbulha»,Onde havia gritos E xehques E « berliqu.es»E n f i m 1E depois vim a saber,A ssim ,Que cinco senhoras chiques, De olhos magoados,T inham os pés inchados E bramavam E cl imavamDos sapatos apertados . . .E que eu saiba E aqui caiba,N ão se deram mais conflitos!
Homem ao m ar
«A Província» - N.° 12rti~7~1957
A n ú n c i o2." Publicação
Pelo juizo de Direito da Comarca de Montijo, e l .a secção e pelos autos de Acção de Despejo em execução de sentença que AM IL- CAR RODRIGUES DAS NEVES, alfaiate, residente em Montijo. inove c/ 0 executado JOSÉ MANUEL PINTO LEITÃO, mecânico, residente no Afonsoeiro - Montijo correm édilos de 20 dias a contar da 2.a e última publicação deste anúncio, citando os credores desconhecidos do executado, para no prazo de 10 dias, findo o dos éditos, e nos termos do art.° 864 do Código do Processo Civil, v irem à execução referida deduzirem os seus direitos. -
Montijo, 24 de Junho de 1957 O Escrivão da l . a Secção
A. Paracana Verifiquei a exactidão.
O Juiz de Direito Octávio Dias Garcia
Carro «Sevilhano» com a menina Ermelinda Serralha, qae teve a Mensão Honrosa do Júri pvla sua alegria e vivacidade.
3-7-95 7 A PROVINCIA 5
fstremozB a n d a M u n i c i p a l
— Como tínhamos noticiado neste jornal, realizou-se na noite de 9 do corrente o p r i m e ir o c o n c e r t o , desta época, pela Banda Municipal de Estremoz, tendo assistido bastante público que ao terminar as execuções lhe dedicou prolongadas salvas de palmas
A Banda Municipal, que esteve sem regência mais de6 meses, provou mais uma vez no seu primeiro concerto o seu valor artístico, graças.à competência e disciplina dos seus componentes e ao seu novo maestro competente e incansável, artista Sr.. Francisco. Mendes 'Soldado.
O concerto, que agradou inteiramente, teve a valori- zá-lo a sonoridade perfeita de Volume,.òptimamente bem ligado, p r o n u n c i a n d o com clareza e vibração, obedecendo misticamente à batuta.
A regência do Maestro Francisco Mendes Soldado deu a todas as obras executadas a interpretação mais adequada, com os melhores efeitos, conseguindo uma boa e perfeita execução. Pena foi que o coreto Municipal não- ajudasse também, pois as suas condições acústicas, que são péssimas, em nada dignificam o sabor dos sons e dos efeitos.
Ao terminar o concerto toda a assistência retirou satisfeita, comentando que a Banda Municipal está a caminho da sua antiga posição, pois foi uma das mu- lhores Bandas do Alentejo.
F e i r a d e S a n t i a g o
Realiza-se nos dias 25, 26 e 27 do corrente a feira
( A l h o s V e d r o s )
— Gervejaria-Restauranle « C aracol» — Assiin intitulado, abriu há poucos dias junto da Estrada Nacional, nesta localidade, este novo estabelecimento. Por nossa curiosidade, oportunamente visitámos o referido novo estabelecimento e notamos que de facto rivaliza com os seus congéneres em lindo aspecto e conforto. São seus dignos proprietários os srs. Jo s s é Maria Figueiredo e Carlos Augusto dos Santos, a quem «A Província» sinceramente felicita, e deseja muitas prosperidades.
— Ginásio A tlético Clube— F e s t e j a n d o o dia de S. Pedro, esta colectividade, dedicou na sua esplanada, aos seus sócios e e x .mas fa mílias, um a n i m a d í s s i m o baile, a b r i l h a n t a d o pelo apreciadíssimo C. M. «Ideal Ritmo» a s s i m com posto: João Eugênio Couto, J o a quim Tom é, Helder Cardoso, Eduardo Nicadunos, Francisco Armindo de Carvalho, e Jerónimo A l v e s , nosso prezado assinante em Lavradio.
Também na noite de sá bado, 6 de Julho se realizou na esplanada desta colectividade outro auimadíssimo baile, abrilhantado pelo e x celente C. M. «Estrelas do Oriente» recentemente remo-
anual d e s ta c i d a d e , que custuma ser bastante concorrida.
Está marcada para dia 25 a primeira corrida de toiros, primeiro dia de feira, e brevemente daremos o cartaz do espectáculo. (C.)
delado, com a seguinte composição : Pedro da Costa, Alberto dos Santos Morais, Américo F e r r e i r a , Victor Mota, Alfredo da Silva, Jo s é Fernando Duarte Gama, e como vocalista o simpático e popular V i c t o r Ribeiro, também nosso prezado ass inante no Barreiro.
— Grupo C o l u m bó f i l o Banheirense — A continuar damos mais algumas classificações da presente campanha. 15 de Junho, 730 K.— Victória - B a da B .a — Alberto Cassiano, 1.°, 2.°, 15.°, e 1 6 .° ; Jo ão Amado, 3.°, 17.o, 2 i . 0) e 22.° ; Rafael Pratas, 4.°, e 10 .° ; Manuel Águas, 5 . ° ; Artur Dias, 6 .°; Laurentino M. da Silva, 7 .a, 14.°, 18.°, e 1 9 .° ; Adão C antante, 8. ° ; Silvestre Victorino, 9.° e 11.°; João Pedro, 12.°, 13.°, e 20.°.
Devemos esclarecer que os 9 primeiros pombos chegaram no próprio dia de sábado, obtendo o 1 .“ pombo, a média de 1.100 m/m.
Sinceros parabéns a todos os concorrentes. — (C .)
MoitaC o r p o d e S a l v a ç ã o P ú b l i c a
No próximo dia 21 de Ju lho entrará ao serviço desta Corporação um nnvo A u to - T an q u e - Pronto S o corro, melhoramento este que só foi possível adquirir graças ao Conselho Nacional dos Serviços de Incêndio, e de dedicados amigos da Associação, muito especia lmente à acreditada firma nesta Vila, Proença & A lmeida, Lda,, ao sr José G e rmano B arb o sa Bentes , um grande amigo dos Bom beiros V o l u n t á r i o s , Comandante Honorário, e bem assim ao
B om beiro-m ecânico sr. Pe* dro Jo sé da S ilv a .
Será também inaugurada uma cam arata com a lo ja mento para 6 bombeiros.
O programa é o seguinte :A ’s 8 h. — A lvorada e içar
da bandeira no quartel.A ’s 9 h. — Romagem ao
Cem itério.A 's 10 h. — Missa na Igre-
j 1 de Nossa Senhora da Boa Viagem, por alm a de todos os consócios e bombeiros ínlecidos,especialm ente pelo consócio benemérito Luís C osta Proença.
A ’s i r , 3o h. — Chegada do novo Auto-tanque-Pron- to Socorro à entrada desta vila, (lado de A lhos Vedros).
A ’s 14 h. — Recepção no Q uartel à s Corporações, Colectividades e entidades oficiais convidadas.
A ’s i s ,30 h — Baptism o da nova viatura pelo Rev.° Prior João Evangelista J e sus, e, seguidamente, o cortejo percorrerá as principais ruas da vila.
A ’s 17,30 h . — Sessão S o lene e condecorações de Bom beiro s por bons serv iços prestados e por antigu idade, na Sede da Sociedade Capricho Moitense, cedida gentilm ente para este efeito, onde farão uso da palavra vários oradores.
Felic itam os e fazemos a r dentes votos pelas prosperidades do C. S. P da Mo'ta.
Vila Franca de XiraCom um atraente pro
grama, realizaram -se nesta v ila as castiças Festas do Colete Encarnado, também em comemoração das «Bodas de Pratas das inesmas festividades.
Tom aram parte 4 bandas de Música e 5 Ranchos Foi-
RECREIO EDESPORTO
(Continuação da última pág.)
Triste por, pela nossa situação financeira, não podermos manter cotn a regularidade desejada 0 nosso Grupo C é nico e a nossa Banda de M ú sica ..E is 0 desabafo.
Agora 0 episódio trágico- -a le g re :
já lá vão alguns anos. Jo - gava-se em Santarém, entre 0 Oriental e 0 Eivas, a permanência deste na I.a Divisão e a ascenção daquele para a Divisão Maior. Era um dia quente de Junho e a 10 minutos do fim do encontro 0
■ resultado e r a favorável à turma alentejana por 3 - 2 . Num arranco memorável, a turma orientalista consegue modificar 0 resultado para 4-3 a seu favor. Momento indiscritível, momento d e euforia impossível de narrar. Como associado deste Clube e seu fervoroso admirador f iq u e i louco de contentamento. A in d a recordo na retina passagens g r a n d e s desse grande jogo.
E assim terminou a interessante entrevista com M anuel Furtado, — categorizado elemento destas populares colectividades.
Telefone 026 57b’
(J)a ta haai '~ ftíhrquiliai
Fofo M ontijense
c l ó r i c o s , e no D o m i n g o houve espera de toiros e corrida.
Tudo d e c o r r e u com a maior anim ação e e n tu s iasmo, sem o mais leve in c idente perturbador.
Com efusivas saudações, agradecem os o am ável convite que n^s dirigiram para assistir.
N.° 63 FolheHm de « A Província» 18-7-957
ffíldeia do fffvessoc P o t c A t v a r c V a l e n t e
Uni que-acabara de «matar o bicho» com dois toques de «Angélica», e que depois limpara solenemente os beiços à manga da camisa, propôs com toda a p a u s a :
— Vai-se ter com o ti Santana e vamos pra riba deles. Ouvi dizer queo engenheiro chega aí por estes dias mais cercanos. Vem a dar a despedida, ’sta,claro. P o i’ n e s s a .m ;asião é que havera de ser. Vai tudo por í abaixo, com míl raios, e aldemenos mostra-se-lhe o nosso «muito obrigado». Quem não quiser ir, que não vá. Mas calculo que inda há-de ir um adjunto de respeito e considração !
E assim ficou assente.E o que se passava na do «Palonso», passava-se também nas demais
baiucas, esquinas e lojas.A.propósito do alvitre ouviu-se o ^ Santana, e o acordo foi geral.Logo se combinou que fosse ele o orador representativo de toda a
população, e que lhe d issesse das «boas e gordas», para os das «maroscas» ficarem «entrombados» e saberem que ninguém os «gramava».
Entrementes, a ti Tom ásia vagamundeava pelo «povo», espectral e choramingas.
Nunca mais tivera notícias directas da filha, e ouvira dizer vagamente que ela por lá andava na vila, repimpona de luxo e desaforo.
As pragas eram a sua expansão habitual, se alguém tentava tocar-lhe na ferida.
Se ninguém lhe falava no caso, passava de cabeça baixa, olhos no chão, em murmúrios como rezas, tremelicante dos alancões na a l m a . . .
Ia a desaparecer, mirrada pelo desgosto. J á se notavam as repas grisalhas, ao desgarre e descuido, escorrendo nas faces escavadas de rugas fundas, e certo desprendimento que a tornava a pouco e pouco repelente.
Não faltaria muito para que a «canalha» com eçasse a chamar-lhe bruxa,— como chamavam à ti Ludovina e à Micas :o Áiro.
Em casa, apenas o filho lhe ia a faiar na irmã e no que se prolongava por toda a parte, rebentava em doestos e brados que nem colareja desbocada :
— Cala-te aí que te estrafego !— Pranta-te daqui pra fora que nem te enxergo j á !— Má raios te consumissem, a essa «recriada» e a mim também !E o moço, enfiado e pálido, a roer seu naco, saía sem mais trela em
direcção ao trabalho.Apesar de novo, já lhe borbulhavam na tineta ideias trágicas.Não podia ver o sr. Morais. Chegava ainda com de noite à obra e por
ali se amouchava num canto, à espera da hora de «pegar». N esse tempo de espera atravessavam-lhe a mente sinistras p e c h a s ,— tudo ao viso do encarregado Sabia que a irmã se bandeara com ele e desaparecera, deixando a velhota naquele preparo, a estanguir de dia para dia. Ouvia dos companheiros a todo o instante frases pejorativas, que o arreliavam e lhe punham na espinha arrepios de arrem eter :
— ’Stás bem «coberto».— Agrima-te que tens adonde!— Inda irás de amieira levar-lhes a m eren d a .. .E, quando o sr. Morais chegava e começava nas ordenanças, — de cá
para lá — , sentia ânsias de o morder, de o esganar em seguida.Há poucos dias, então, percebera nitidamente que se dera qualquer
facto muito agradável para o sr. Morais. Ele cantava, ele assobiava, ele andava'sempre de «carinha n ’água», graça para este, sorriso para a q u e le . . .
Até que surpreendera uma conversa entre dois trelhas, ao cimo do andaime:
( C O N r l N U A )
4 A P R O V IN C IA 18-7-957
DfflHHA-Sf Á RAÇA7 @&lumb<%(iliaPrémios para a campanha de 1957gressos da moderna cirurgia,
para 0 prolongamento geral da saúde.
ConVencemo-nos, porém, de que essa corrida aos injectáveis e aos comprimidos é a prova mais concludente do definhamento físico da raça, pois se a saúde fosse de ferro não haveria necessidade de andar sempre a caminho da seringa e do tubozinho de pastilhas.
Em re s u m o : O passadio é deplorável, as condições gerais da Vida mais deploráveis ainda, e daí todas as exgotantes e variadas an emias que conduzem aos e s tados patológicos das hidra- sidas e cortizonas.
O aspecto físico, portanto, está definido.
Quanto ao aspecto m oral:— Crem os que neste ponto
nào haverá duas opiniões. O indivíduo actual fica muito abaixo, neste campo, do indivíduo das tais épocas remotas.
Dominado pela fobia do futebol e do cinema, fanati- zado ao extremo pelas duas absorpções, entregue à ambição e à fúria dos interesses próprios, nada mais para ele e x i s t e no Mundo e esquece, desta bela maneira, os seus deveres humanos, a
— «Gazeta do Sul» — Completou no dia 1 do corrente 26 anos de existência este nosso colega local.
Há mais tempo que devíamos ter sssinalado o facto; a azáfama dos últimos d i a s e a falta de espaço constante, inibiram-nos, porém, de cumprir esse dever na altura própria.
Apresentamos as nossas desculpas, com a certeza de que não foi por menos consideração ou menor camaradagem.
Felicitamos efusivamente o seu D irectsr Alves Gago e cumprimentamos todos que trabalham na «Gazeta do Sul», afirmando- -Ihes o nosso muito afecto e os desejos de longas e dilatadas prosperidades.
— «A Terra Minhota» — Que se publica em Monção e de que é Director João Henriques Alves, fez no dia 1 de Junho oito anos de idade jornalística.
Cumprimentamos por este facto e endereçamos-lhe os nossos sinceros parabéns.
— Com o N.° 1127, de 16 de Junho, festejou o seu 23.° aniversário o nosso colega «Noticias do Douro», semanário regionalista que se publica na Régua e de que é Director José Nogueira Gomes.
As nossas felicitações e desejos de longa e sempre venturosa existência.
— Entrou no 2.° ano da sua existência jornalística, o nosso colega «Voz do Tejo», que em Almada se publica sob a Direcção de Alves Madeira.
C u m p r im e n ta m o s afectuosamente e desejamos que esta data se repita por infinitos anos de infinitas prosperidades.
— «O Figueirense» — Completou, com seu N.° 3116, 39 anos de idade.
Felicitações sinceras e votos de muitos mais anos de próspera vida.
— Comemorou o seu 5.° aniversário <A Planície», brilhante quinzenário que se publica em Moura e de que é Director Miguel Serrano.
Os nossos afectuosos cum primentos e votos de longa vida nesta jornada canseirosa e inglória da imprensa cultural e regionalista.
— O n o sso p rezad o co lega * 0
sua formação espiritual, os princípios que foram norma indefectível dos antepassados, a necessidade imperiosa de acompanhar o tempo em que vive, altruisticamente, g e n e r o s a m e n t e , fraternalmente.
Julgo que o aspecto moral anda parelhas com o aspecto físico.
A raça — chamo-lhe assim para bem definir, apresenta-se, pois, definhada.
Está muito longe de p o der arcar com as responsabilidades que o futuro prepara e que o presente já adivinha.
Não haverá remédio para semelhante situação?
Creio que sim, se o R aciocínio retomar a linha p erdida e os homens considerarem nas encruzilhadas por onde enveredaram.
Sei muito bem que as palavras dum insignificante e s criba e dum pobre grilheta como eu, não encontram eco e se dispersam nos ares turvos da actualidade desvairada ; mas também sei que Vou dormir de consciência tranquila porque escrevi e disse o que sentia e o que pensava do problema.
A'lvaro V alente
Desforço», que se publica em Fafe e de que é Directora Isaura Pinto Bastos, transcreveu no seu número de 11 do corrente o artigo do nosso Director, intitulado «A Sinceridade», fazendo também uma gentilíssima referência ao nosso núm,ero especial de 27 de Junho.
Agradecemos uma e outra gentileza, muito penhorados.
— Igualmente, o nosso colega « Vida Ri b a t e j a n a » , de Vila Franca de Xira, e o «Jornal de Eivas» fizeram gentis referências ao número especial de « \ Província», publicado por ocasião das Festas P. de S. Pedro, felicitando- -nos por esse motivo.?
Agradecemos, muito penhorados.
— Com o N.° 1898, completou mais um aniversário, — o 4 1 .°— , o nosso prezado colega «O Cávado», que em Esposende se publica.
Cumprimentamos o seu Director, sr. José Bernardino Amândio, e na sua pessoa todos quantos trabalham nesse jornal, fazendo fervorosos votos por melhores e mais prósperos dias aniversitários.
— Acaba de aparecer o N.° 15 de «A Cooperação», revista independente de cultura, informação e divulgação técnica, que.se publica a 15 de cada mès. Com bonita capa a cores, contém 56 páginas de boa apresentação gráfica, ilustradas e com artigos de reconhecido interesse, assinados por técnicos, engenheiros, economistas, homens de letras, etc..
Além dum preâmbulo de feição doutrinária e informativa, com mais de 20 páginas, dedica secções aos organismos corporativos, à indústria, comércio e agricultura e páginas especializadas ás letras, vida no lar, legislação e jurisp rudência, cinema, ultramar, desportos, cultura infantil, noticiário e convívio e cooperação, pelo que a «revista» se está afirmando cada vez mais como órgão de nível e de utilidade. A redacção e administração esta instalada na Hua de Alves Torgo, 13 - r/c Esq.° — Telefone: 52459 — Lisboa, para onde pode ser endereçado todo o correio.
Era tempo oportuuo distribuiu a Sociedade Columbófila de Montijo, por casas comerciais, organizações industriais, e amigos da modalidade. circulares s o l ic i t a n d o a oferta de prémios para as provas da Campanha da presente época, cómo, aíiás, tem feito nos anos anteriores com os melhores resultados. Todavia, por motivos alheios à sua vontade, não pôde ainda a Direcção da Colectividade proceder à recolha das respostas às referidas circularei, não obstante ter conhecimento de que as mesmas mereceram a melhor aceitação, por parte dos destinatários.
Libertos já dos motivos que deram origem ao retardamento, preparam-se os d i r ig e n t e s da Columbófila para visitaras firmas e particulares, a quem solicitaram os prémios, na esperança de se verem correspondidos nos seus desejos. Conhecedores da importância que este assunto tem no progresso de tão interessante modalidade desportiva, como é a do pombo correio, pois os prémios constituem um valioso estímulo
Leilão de PenhoresParticipa-se a todos os clientes
da Cisa Santos & Miranda, Lda., Rua da Cruz, 23 - 23 A, que serão vendidos todos os penhores com três ou mais meses etn atraso de juros, no próximo dia 29 de Agosto de 1957, pelas 13 horas.
L U T U O S AFaleceu no dia 14 do corrente na
sua residência, em Montijo, o sr. Feliciano da Costa Canastreiro, de 83 anos, casado, Jardineiro, natural de Montijo.
O funeral realizou-se no dia seguinte, pelas 19 horas, acompanhado por mu tas e numerosas pessoas das relações do extinto e de sua família.
Deixou viuva a sr. D. Albina Marques Cepinha, e era pai dos srs. António Feliciano Canastreiro, Manuel Feliciano Canastreiro, nossos dedicados assinantes, e da sr.“ 1). Felicidade da Costa Marques Canastreiro, casada com o também nosso estimado assinante, sr. José da Veiga Marques.
«A Província» apresenta os seus sentidos pêsames à família enlutada e em especial aos seus assinantes.
Vendem-se— CARROÇA e cavalo, estojo
completo.Trata: Germano Pereira ds Sil
va, R. João Fernandes, 15 - Montijo.
para chamar aos concursos avultado número de concorrentes, que a Sociedade Columbófila não tem meios para adquirir, n ã o nos custa apelar para a tradicional boa vontade e dedicação dos amigos da Columbofilia Montijense, que são afinal todos aqueles a quem a Direcção da Sociedade se dirigiu.
Que a recolha dos prémios seja mais uma vez proveitosa e reveladora da simpatia que a modalidade desfruta, são os nossos votos.
A n t ó n i o ] . Luc as C a t i t a
Vendem-se— ARMAÇÃO em ferro com v i
dros para marquise.Informa na Rua Santos Oliveira,
9 — em Montijo.
— TERRENO na Av. Corregedor Rodrigo Dias, zona habitacional. Dão-se garantias.
Informa se nesta Redacção.
— 600 m2 de TERRENO, para construção de dois prédios, no p r o s s e g u im e n t o da Rua Serpa Pinto.
Trata Leonor dos Santos Simões, Rua Miguel Bombarda, 68 — Montijo.
— MOINHO de VENTO, Aero- motor-Chicago.
Trata na Rua Gago Coutinho, 37— Montijo.
Arrenda-se— CASA para adega ou arma
zém, com parte de casa ou sem ela, na quinta da Caneira.
Trata na Rua Bulhão Pato, 18— Montijo.
Ig r e ja E v a n g é l i c a
Horário dos serviços religiosos na Igreja Evangélica Presbiteriana do Salvador — Rua Santos Oliveira, 4 - Montijo.
Domingos — Escola dominical, às 10 horas, para crianças, jovens e adultos. Culto divino, às 11 e 21 horas.
Quartas-feiras — Culto abreviado com ensaio de cânticos religiosos, às 21,30 horas.
Sextas-feiras — Reunião de Oração, às 21,30 horas.
No segundo domingo de cada mês, celebração da Ceia do Senhor, mais vulgarmente conhecida por no Eucarista Sagrada Comunhão.
Concurso H o r a F e l i z
O relógio deste concurso, que é propriedade da Relojoaria e Ourivesaria Contramestre, na Praça 1.° de Maio, em Montijo, esta semana parou nas:
19 horas e 35 m inutosFoi contemplado o sr. José
Eduardo Louro, morador na R. Serpa Pinto, Montijo, que tinha o cartão com a hora exacta.
E agora vamos todos inserever- -nos no Concurso Hora Feliz.
^ l í a i e i m e n t a
Teve o seu bom sucesso a sr.a D. Helena dos Santos Fonseca, residente em Montijo, a qual deu à luz uma robusta criança do sexo masculino.
Tanto a mãe como seu robusto filho encontram-se de perfeita saúde.
Cumprimentamos e felicitamos.
G e s t o d e
h o n r a d e zNo dia 14 do corrente uma
criança perdeu um anel no valor de 70 a 90 escudos, na estrada que vem do Samouco.
O sr. Florèncio Leonardo, guarda fiscal reformado e guarda de noite da Fábrica Pinto Clara, encontrou esse anel e imediatamente o entregou à mãe da criança, a qual se limitou ao simples «muito obrigado» do costume.
Queremos ressaltar esse gesto honrado do sr. Florèncio Leonardo, de homem probo e digno, mas, em contraste, lamentamos que a senhora o não tivesse também reconhecido e recompensado, como era de toda a justiça.
Pois «A Província» felicita o sr. Florèncio Leonardo e tem todo o prazer em tornar público o seu acto nobilitante.
Agradecim entoM a r i a n a T e i x e i r a B a l s e i r o
M o r t a l
Elisa Balseiro Bronze Soeiro, e Alfredo Marques Soeiro, vêm por este meio agradecer ao distinto clínico sr. dr. João Filipe Barata a forma zelosa e carinhosa como sempre tratou aquela sua chorada tia, e ao mesmo tempo vêm agradecer também a todas as pessoas que se interessaram p e la sua doença e acompanharam à última morada.
Para todos, a maior gratidão.
Obras de Alvaro Valente— «Eu», livro de sonetos,
esgotado; «D aqui.. . fala R ibatejo», contos monográficos, 30 escudos; «Pedaços desto Ribatejo», folclore e costumes, 30 escudos; «A minha visita ao museu de S. Miguel de Ceide», folheto, 5 escudos; «Hino a Almada», em verso, 10 escudos; «Grades Eternas», estudos sociais, 15 escudos; «Vidas Trágicas», romance, 15 escudos; «Viagem de Maravilhas», reportagem, 20 escudos.
Pedidos à Redacção de «A Província».
T r a b a l h o s p a r a a m a d o r e s
f o t o g r a f i a * dflrte fl p a r e I h o t f o t o g r á f i c o s
Reportagem Fotográfica
R u a B u l h ã o P o t o , 1 1 - M O N I I j Q
M I N H A T E R R A ]
B aia de Cascais, cristal rendado,Meu prim eiro brinquedo de cr ia n ça .. .E ’s véu de noiva, mar cor de esperança,Oue a lu z do S o l bordou a f i o dourado !
V elas dorm intes, quedas, na bonança,A sa s de cisne em mar encapelado ;Prendem o nosso olhar maravilhado E gravam-se, saudosas, na lem brança. . .
F a ro l da Guia, a lota, um pescador . .Janela onde fa le i ao meu am or. . .A cidadela, os parques, o p in h a l. . .
Fragas iynensas, amplidão sem fim !O h m inha terra, brumas donde vim, jE ' em ti que começa P o r tu g a l!
Maria Albertina Baela
P E L A I M P R E N S A
A PROVINCIA 18-7-957
R E C R E I O E D E S P O RTO-------—H P á g i n a d e R I B E I R O N U N E S ! = ■
nares para a fusão dos três clubes, como já lhe disse. A acção foi coroada de êxito, pois em 8 de Agosto de 1946 surgia para o desporto português o C . O. L..
— O que pensa, sobre um possível concurso de arte dramática entre as colectividades ?
Há d i a s , abordámos o conhecido dirigente do recreio e do desporto, sr. M anuel Furtado, vice-presidente da Assembleia Geral da S o ciedade Musical União do Beato e Director da Federação Portuguesa das C olectividades de Cultura e Recreio,— figura altamente conhecida e respeitada pelo seu muito querer a estas «coisas» — , e, depois duma chávena de café, surgiu a natural entrevista, que nos foi dada em passagens de alegria e satisfação e outras de descrença e aborrecimentos.
Vamos formular a primeira pergunta da praxe e d ep o is . . .
— Quando e onde começou a sua actividade em prol do recreio e desporto, e cargos que desempenhou, perguntámos ao nosso entrevistado:
— Comecei já lá vão 23 anos, como simples vogal da Direcção da Sociedade Musical U n iã o do Beato. Depois de ter passado por diversos cargos, ascendi a presidente da direcção, apenas com 23 anos de idade, tendo sentido desde logo o apoio de elementos dedicados que, com a sua experiência, 'me foram bastante úteis nos s e u s conselhos sensatos. H o je , passados que foram os anos da mocidade, olho com orgulho para a obra realizada e vejo que nem tudo foram rosas, mas os espinhos que tivessem surgido são bem pagos com o acrisolado amor que todos aqueles que vêm para o R ecreio são obrigados a possuir.
No campo desportivo, honro-me em poder afirmar que fui eu que c o n v i d e i as C o m i s s õ e s do «Cheias», «Fósforos» e «Marvilense» a reunirem-se com o fim de ser tratado o assunto da fusâo. E em tão boa hora este convite foi aceite que, passados que foram uns m eses, surgiu com toda a sua pujança a Clube Oriental de L isboa. Não poderia ficar de bem com a minha consciência se me esquecesse d e anotar aqui o jornal «República», paladino das causas justas,, que ficou intimamente ligado- à criação do novel Clube.
Neste momento recordo-me dos grandes nomes que s*: envolveram na fu s ã o ; mas em devida altura e em local próprio terei imenso prazer em lhes prestar essa homenagem.
— Como foi fundada a «Sociedade Musical União do Beato» ?
— Em tempos já distantes, que se remotam a Junho die 1894, existia uma Banda de música, que era privativa da Fábrica de Moagem Jo ã o de Brito, Lda. (hoje Companhia Industrial de P o r t u g a l e Colónias), nosso sócio n.° 4. Um dia os seus componentes receberam da parte dos seus patrões a incumbência de ficarem com a Banda a seu
<Qs altos poderes constituídos da Nação, deveriam olhar com mois
carinho para as colectividades de recreio, não olvidando a
Sociedade de Autores que, com os seus pesados encargos,
torna insuportável qualquer iniciativa de Arte»
* — afirmou-nos o s r . M A N U E L F U R T A D O ,
da Sociedade União do leato e Director da federaçãocargo. F s t e s convocaram uma reunião e ficou assente uma direcção de que faziam p a r t e Francisco Batalha, Artur Fernandes, Jo s é F erreira, Luís Paulo Pinhão, António Cândido Martins e Manuel Pousadas, s e n d o este último o que criou o nome da Sociedade Musical União do Beato, que neste momento tem sobre os seus ombros as secçõ es de música, arte dramática (infantil e adultos), biblioteca, excursionismo, jogos diversos e campismo, não esquecendo o recreio que tem cimentado a grande família da S .M .U .B .
As instalações podem-se considerar magníficas sob todos os aspectos, atraentes para m m assa associativa e para os amigos que nos visitam. No entanto, a nossa insatisfação é c o n s t a n t e , queremos mais e melhor, queremos, em suma, uma S o ciedade Musical muito maior.
— O Manuel Furtado, vai
dizer-nos qual a diferença que existe entre o Recreio e o Desporto e no seu entender se uma modalidade prejudica a o u tra :
— No panorama geral não há dúvida que o desporto prejudica o recreio, porque a juventude caminha com mais vontade para o que é mais emotivo (neste caso o futebol), do que para a parte mais educativa (que neste caso é essencialmente o recreio). Torna-se, portanto, necessário a captação das camadas j o v e n s , fazendo destes futuros homens que sirvam a sociedade, homens íntegros, com a plena consciência dos seus deveres.
— No nosso caso, em e s pecial, não sentimos muito a acção perniciosa dos «futebolistas», pois vivemos paredes meias com o Oriental, clube que teve o seu início precisamente na nossa sede, pois foi nesta que se realizaram as reuniões prelimi-
— Como membro dos C o r pos G erentes da Federação Portuguesa das Colectividades de Cultura e Recreio, terei que louvar a acção desenvolvida por esta, no sentido de fomentar o gosto pelo teatro amador que tanta falta faz ao nosso povo. Não é simplesmente a propagação duma cultura de que o teatro é portador, em alta e s c a l a ; mas, mais ainda, a revelação de novos valores que, num futuro próximo, seriam estrelas no nosso débil teatro profissional.
Gostaria, contudo, que as colectividades de recreio s e guissem um caminho onde o teatro declamado fizesse parte integrante do reportório do grupo cénico.
N ã o tenho animosidade pelo teatro chamado de «revista» ; mas julgo ser o teatro declamado aquele que mais educa o associado, apesar de ser o de menos público.
— Para isso seriam neces
sários auxílios e como pensa que se poderiam conseguir?— Manuel Furtado, que falava alegrem ente , afirmou com m á g o a :
— Convém, n o entanto, frisar que os altos poderes constituídos da Nação deveriam olhar com mais carinho para as Colectividades, não olvidando a Sociedade de A u t o r e s e Compositores Teatrais que, com os seus pesados encargos, torna insuportável qualquer iniciativa no sentido da propagação da Arte.
— Como elemento de destaque das actividades desportivas e recreativas, o que pensa da nova denominação federativa ?
— A Federação Portuguesa das Colectividades de Cultura e Recreio, quando convocar o novo Congresso, vai com certeza alterar parte dos seus estatutos. Pretenderá, em seguida, pedir ao Governo da Nação o respectivo diploma para p o d e r exercer juridicamente í sua benéfica acção em prol das suas Federadas, até porque S . E x .a o Ministro da Educação N a c i o n a l considera que as colectividades têm cumprido a sua b e n é f i c a acção em favor das chamadas camadas populares.
— Na vida dos dirigentes há sempre episódios dignos de contar aos leitores ; quer o Furtado, contar algum?
— U m episódio apenas. M as antes disso um desabafo. Quando arranjo um pouco de tempo p a r a representar e essa representação me sai bem, fico triste e contente, embora isso, à primeira vista, pareça paradoxo. Contente por ter contribuído com a minha modesta actuação para a passagem duns momentos em convívio com a Arte.
(Conclui na página 5)
D O I S O F Í C I O S Q U E M U I T O N O S S E N S I B I L I Z A R A M :
Ç J j e f f í l e n & e c A t L é t i m È t a b e Futebol Clube de LisboaL I S B O A
Lisboa, 2J - 6-/7
S en h o res '.
Como membro da Secção C u ltu m l desta colectividade, fu i incumbido de vos agradecer a amável e valiosa ajuda que nos prestam, en- viando-nos vosso Semanário.
Peço imenso perdão de tã > tarde vos agraaecer; mas só cm 22 do corrente nos fo i comunicado o recebimento de « A Provincia'».
Em ja c e do passado e do presente, prevejo vossa valiosa colaboração e ajuaa, para que levemos a cabo nosso intuito ao fundarm os esta Secção.
P e la leitura do vosso heb- dom adário verifico que se consdgram à cultura e desenvolvimento de um povo, (q u e infelizm ente se encontra bastante atrasado) e à elevação do nível social do pais que ( sejam os nobres na co n fissão / está nesse campo uma lástim a.
A o fu n da rm os esta secção, j o i nosso intuito
i ° — M o d ifica r o ambiente que geralmente se observa nestas agremiações, muito
embora mantivéssemos um fo r te espirito colectivista.
2. ° — C ria r ambiente propício para fra n ca camaradagem e absoluta confiança, na convivência de sócios e sócias nu forasteiros.
j .° — Tentar despertar in teresse pela cultura.
P a ra r e a l i z a ç ã o d f st as aspirações, o nosso programa consiste e m :
— Fundação de biblioteca, que conta já cerca de 230 volumes.
—• Sessões de cinema, com filmes amàvelmente cedidos pelas Em baixadas do C a nadá e França e pelo T u rism o Francês.
— R ecita l de poesia e bailes.
N ão Lamentando 0 tempo e esforço dispendidos, confe s so que os resultados não tèm correspondido muito ao gosto de nossas aspirações.
Agradecem os i m e n s o e certo de que continuarão colaborando com vossa valiosa ajuda, atenciosamente, em nome da Secção C ultura l do T . A . C „ me subscrevo
(3) Manuel João Martios Sanches
Lisboa, 9-7- J 7S r. Director do Jo rn a l «A P ro vin cia »M ontijo
S r. D irector
T e m o s r e c e b i d o c 0 m grande regularidade o jo r n a l que V . tão proficientem ente dirige, contando grande número de leitores entre a nossa massa associativa, que 0 lèem com g era l agrado.
N ão podemos d eixa r de felicitar V. pelo acerto na escolha do núcleo de colaboradores de que soube rodeat- -se, pelo valor literário atingido, pela óptima disposição e apresentação g rá fica , que colocam «A P ro vín cia » num ponto digno de admiração.
Como vim os pugnando pela causa desportiva, cultural e recreativa, não podetiam os f ic a r indiferentes ao apoio que « A P r o v í n c i a » vem dando à nossa causa, inse
rindo largo noticiário das Colectividades nossas congéneres, o que é tanto mais para agradecer quanto é certo que è pequena a percentagem, senão nula, dos membros da Im prensa e R ádio que se dignam dar-nos o stu apoio.
M uito gratos ficaríam os a V. se na vossa agenda inscrevesse a nossa colectividade entre as que fu tu ra mente serão honradas com a visita de um representante de <í A P ro v ín cia ».
Renovando os nossos cumprimentos e augurando a «A P ro vin cia » as maiores prosperidades, subscrevemo- -nos, com a m aior consideração,
D e V .M uito Atentam ente
Futebol Clube de Lisboa P e la Direcção
(a) Francisco J . Candeios Secretário G eral
N. R. = Nada têm que nos agradecer. Cumprimos apenas 0 programa que impusemos a nós mesmos, desde a primeira hora. Assim continuaremos na luta insana pelo «Recreio e Desporto», aliados à Cultura Geral que tanto ambicionamos.
Podem os populares Clubes contar sempre com 0 nosso decidido apoio, e com 0 nosso reconhecimento pelas palavras cativantes que nos dirigiram.
— Obrigados, muito obrigados, — nós !