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CADERNO DE ARTICULAÇÃO DE CONTEÚDOS E SUGESTÕES DE SITUAÇÕES DE ENSINO E APRENDIZADO NA ÁREA DE CIÊNCIAS NATURAIS 5º Ano SILVIA MARA MARCOS SANTOS COORDENADORA PEDAGÓGICA DA ÁREA DE CIÊNCIAS NATURAIS Agosto/2013

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CADERNO DE ARTICULAÇÃO DE CONTEÚDOS E SUGESTÕES DE SITUAÇÕES DE ENSINO E APRENDIZADO NA ÁREA DE

CIÊNCIAS NATURAIS

5º Ano

SILVIA MARA MARCOS SANTOS – COORDENADORA PEDAGÓGICA DA ÁREA DE CIÊNCIAS NATURAIS

Agosto/2013

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Referências Bibliográficas

Proposta Curricular do Ensino Fundamental de Nove Anos de Piraquara: SMED, 2009.

Referências Eletrônicas

aquaflux.com.br

bvsms.saude.gov.br

cienciamao.usp.br

educador.brasilescola.com

g1.globo.com

info.abril.com.br

infoescola.com

mundofisico.joinville.udesc.br

penaterra.com.br

picasaweb.google.com/flaviafeijoh2

portaldoprofessor.mec.gov.br

portalsaofrancisco.com.br

projetoalvaro2013.blogspot.com

projetoquartzoazul.blogspot.com.br

quartzodeplasma.files.wordpress.com

redefilmesonline.net

revistaescola.abril.com.br

universidadedascriancas.org

vocepodefazertambem.blogspot.com.br

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5º Ano – Articulação de conteúdos no eixo e intereixos na área de Ciências Naturais (O quê?) CELESTE: PRODUÇÃO DO

UNIVERSO TERRESTRE: PRODUÇÃO

DO ECOSSISTEMA HISTÓRICO SOCIAL:

PRODUÇÃO DA EXISTÊNCIA HUMANA

1. Universo - espaço – tempo preenchido por matéria e energia em movimento:

1.1. Origem: Big-Bang

(noções);

1.2. Níveis de organização: galáxias, constelações, sistemas solares;

- Planetas, satélites, outros corpos celestes.

1.3. Sistema Solar:

- geocentrismo e heliocentrismo: conceitos e historicização básica;

- componentes: Sol, planetas e satélites, forma, localização, tamanho, movimento (órbitas).

1. Matéria e energia - seres vivos:

1.1. Organização dos seres vivos:

-Unicelulares: apresentam apenas uma célula. Ex: algumas algas, bactérias e protozoários;

- Pluricelulares: apresentam duas ou mais células. Ex: plantas, animais, seres humanos, algumas algas, fungos e bactérias;

- diferenças entre células animais e vegetais (membrana celulósica, clorofila,...);

- seres vivos pluricelulares: célula – tecido – órgãos – sistemas – organismo.

- classificação geral dos seres vivos – Reinos:

- Monera: bactérias e algas cianofíceas ou azuis;

- Protista: protozoários e algas;

- Fungi: fungos;

- Vegetais:

- Animais;

* Vírus (conceitos básicos): não possuí organização celular, só apresenta características de vida ao parasitar uma célula (reprodução). Considerados seres que estão no limite entre seres vivos e não – vivos;

1. O ser humano na cadeia alimentar (consumidor);

1.1. Seres humanos pré-históricos: relações entre eles e a natureza, inicialmente (coletores e caçadores), em seguida com instrumentos e técnicas, transformam a matéria e a energia (natureza);

- atualidade (problema): domínio do domínio da natureza – produtivismo e consumismo Capitalista;

- alimentos: naturais, industrializados, orgânicos, convencionais, transgênicos – importância e efeitos na saúde e no ambiente.

1.2. Relações entre os seres humanos e os demais seres vivos no ecossistema:

- ação do ser humano sobre os seres vivos: pesca, caça, hortas, reflorestamentos, desmatamentos, queimadas, monoculturas, uso de fertilizantes (eutrofização), agrotóxicos, animais e plantas (transgênicos);

Objetivos (Para quê?)

Reconhecer que os seres vivos se organizam em células-unidades formativas e funcionais, resultantes das interações e transformações de matéria e energia, no Sistema Solar – planeta Terra em níveis crescentes de complexidade, dos

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unicelulares aos pluricelulares;

Relacionar a classificação dos seres vivos às suas diferenças, semelhanças e parentesco (evolutivo), bem como reconhecer a relação de interdependência, destacando o ser humano na cadeia alimentar;

Reconhecer a teoria do Big-Bang - origem do Universo como fenômeno inseparável da produção espaço – tempo, preenchido e organizado por matéria e energia em níveis crescentes de complexidade.

Sugestões de situações de ensino e aprendizado (Como?)

Propor situações em que os alunos possam perceber que a organização é algo presente no dia-a-dia dos seres humanos e que este sentiu a necessidade de também organizar e classificar os componentes vivos da natureza. Ex: Apresentar imagens de células humanas, de animais e vegetais, comparando as formas, a parte do organismo que elas compõem, destacando que as células vegetais têm formas mais retas, bem como apresenta clorofila por formar um ser produtor (fotossintetizante), o que não ocorre com o homem e os demais animais. Neste momento não é necessário trabalhar as partes das células e suas funções. A escola que possui microscópio pode realizar observação de células de plantas (casca, caule, folhas,...) e do ser humano como parte do reino animal (células da parte interna da boca ou gota de sangue). Problematizar com os alunos a respeito da organização dos seres vivos: No nosso dia-a-dia temos a necessidade de organizar as coisas, como armário de mantimentos, louças, roupas no guarda-roupa,... O mesmo ocorre na sociedade, quando vamos ao supermercado encontramos produtos organizados em seções e prateleiras, essa organização é feita conforme um critério lógico. Os seres vivos também apresentam critérios de organização para facilitar o estudo, identificação de cada ser. Vocês conhecem alguns desses critérios de organização dos seres vivos? Quais? Os seres vivos apresentam muitas características, algumas são semelhantes outras são diferentes. Compare uma planta e um animal, ambos são seres vivos, por quê? Quais as semelhanças e diferenças entre eles? Será que as células de uma planta são iguais as de um animal? Por quê? Será que todos os seres vivos possuem o mesmo número de células em sua estrutura? Por quê? Vocês já pararam para pensar quantas células existe em seres vivos microscópicos como bactérias e fungos? As células assim como os seres vivos possuem uma organização. Vocês já ouviram falar sobre as partes de uma célula? Como vimos às células de uma planta são diferentes das células de um animal. Será que as células que formam o ser humano são todas iguais? Por quê? (Anotar as respostas dos alunos em papel Kraft para futuras pontuações).

Célula de cebola Célula da alga Elódea Célula da mucosa da boca

Utilizar imagens ou vídeos onde apareçam protozoários, bactérias, fungos e algas que estejam presentes no cotidiano dos seres humanos. Ex: lactobacilos (iogurte, leite fermentado,...), fungos (fermento de pão, levedo de cerveja, bolor presente no pão, nas frutas, nas paredes,...), protozoários (que causam doenças como diarréia, infecções intestinais), vírus (da gripe, hepatite,...);

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Fungo Candida Albicans Protozoário – Paramécio bactéria - Salmonela

Fungo - Sacaromices Cerevisiae Vírus da gripe H1N1 Lactobacilos e fungos vivos Kefir

Realizar um experimento para cultivo do protozoário (Paramécio). Para isso será necessário frascos bem limpos (como os de maionese) e água coletada de vários locais, plantas aquáticas, folhas de alface, de couve, capim, feno, conta-gotas lâminas, lamínulas e microscópio. Prepare as amostras de água coletadas em lagos, poças de água, rios e se possível, no mar. Coloque cada amostra de água em um frasco e acrescente plantas aquáticas, folhas de alface, couve ou capim. Os frascos devem ser guardados em locais sem incidência de luz direta. O material deverá ser observado periodicamente por 10 dias aproximadamente. Usando as lâminas e lamínulas para observar a amostra de água: com o auxílio de conta-gotas, pingue uma gota de cada amostra de água em lâminas diferentes e cubra com uma lamínula. Observe ao microscópio, com a objetiva de menor. Passado alguns dias é possível enxergar a olho nu umas formas parecidas com uma vírgula que são os paramécios. (A professora poderá trazer para a sala de aula fermento de pão e fruta

com bolor para mostrar os fungos no microscópio).

Propor aos alunos uma Aula de Campo ao Parque da Ciência para que possam entender como está organizado o espaço celeste associando esta organização a dos seres vivos em suas interações e transformações de matéria e energia. O Parque proporciona visita monitorada onde são abordados os seguintes tópicos: Evolução do Universo; Escalas do Sistema Solar e da Via - Láctea; Curiosidades sobre o Sistema Solar; Movimentos da Terra e suas conseqüências; Constelações clássicas e indígenas; Evolução estelar; Tópicos de Astronáutica e Exploração Espacial e o Céu da estação. Ao retornar da Aula de Campo problematizar com os alunos as seguintes questões: Assim como os seres vivos (bióticos) apresentam uma organização o Universo (Espaço Celeste - abiótico) também possui uma organização. Vocês sabem como o Universo (Espaço Celeste) está organizado? Será que a matéria e energia (astros luminosos e iluminados) que compõe o Universo sempre existiram? Por quê? Vocês já ouviram falar sobre a origem do Universo? O que vocês ouviram? Na opinião de vocês como surgiu o Universo e tudo que há nele? Como vimos na organização dos seres vivos existem seres unicelulares e pluricelulares. Vocês sabem qual foi à primeira forma de vida a surgir em nosso planeta? Em sua opinião ela era unicelular ou pluricelular? Por quê? (Parque

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Newton Freire Maia - Parque da Ciência. Estrada da Graciosa, 4000 – Pinhais – PR. Telefone: (41) 3666 – 6156).

a) Apresentar o filme “Os deuses devem estar loucos” ou o livro “Lolo Barnabé” – Eva Furnari, comparando a organização social e a forma do homem se relacionar com a natureza desde os tempos primitivos até os dias atuais. Problematizar com os alunos a respeito de: De acordo com o livro “Lolo Barnabé” como vivia o homem pré-histórico ou homem das cavernas? Assim como nós eles também tinham necessidades a serem supridas, para isso tiravam da natureza os recursos necessários. Será que o homem primitivo transformava a natureza como o homem de hoje? Por quê? Com o passar dos tempos o homem passou a dominar a natureza. Essa mudança na forma do homem se relacionar com a natureza foi positiva para a sociedade e para o meio ambiente? Por quê? A saúde humana e ambiental começou a sofrer alguns efeitos com a mudança na forma do homem se relacionar com a natureza. Vocês sabem quais são esses efeitos? Vocês acham que os alimentos e a forma do homem se alimentar estão relacionados com os problemas na saúde humana e ambiental? Por quê? Assim como o homem dominou os princípios da natureza no espaço terrestre, também vem tentando dominar o espaço celeste. Você sabe como isso está ocorrendo? Por quê?

Realizar com os alunos a leitura e debate a partir do texto “Desperdício de Alimentos no Mundo” (em anexo).

Apresentar para os alunos o vídeo “A História das coisas” - Anne Leonard com duração de vinte minutos. O vídeo mostra desde a extração, produção, venda, consumo e descarte, de todos os produtos em nossa vida e como esse processo afeta as comunidades em diversos países, a maior parte delas longe de nossos olhos.

Apresentar para os alunos o texto “Tipos de alimentos” (em anexo). Organizar a turma em dez grupos e distribuir para cada um deles uma parte do texto falando sobre um determinado tipo de alimento. Depois pedir para que cada grupo socialize o que entendeu a respeito do texto falando sobre determinado tipo de alimento.

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Trazer para sala de aula textos falando sobre alimentos industrializados e os aditivos alimentares a importância e efeitos na saúde humana e ambiental. Sugestão: Revista Amigos da Natureza – A Maquiagem dos Alimentos – Outubro de 2007. Para escola que quiser assinar a revista é só entrar em contato com a Márcia Martha Benka pelo e-mail revistaamigosdanatureza.com.br ou pelo fone (45) 3254-7631 - Marechal Cândido Rondon. (Textos escaneados em anexo).

Apresentar para os alunos o documentário “Avanços da genética – Transgênicos”.

Problematizar a respeito dos prós e dos contras em relação aos OGM’s (Organismos Geneticamente Modificados).

Propor para os alunos uma pesquisa em mercearias e supermercados a respeito de alimentos cujos rótulos informam se eles foram feitos com produtos transgênicos e se trazem o símbolo que os identifica.

Apresentar para os alunos tirinhas de gibi, onde eles possam observar a partir das imagens e do texto a ação do ser humano sobre os demais seres vivos. Problematizar a respeito.

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ANEXOS:

Tipos de Alimentos

O QUE É UM ALIMENTO NATURAL

Alimentos que provêm de fontes originais da natureza sem, no entanto terem sido

obrigatoriamente produzidos com os insumos modernos. São os alimentos que não

foram produzidos em laboratórios como, por exemplo, sabores e corantes artificiais de

frutas, verduras, leite e tantos outros químicos empregados na moderna indústria de

alimentos. Além disto, para nós é o alimento apropriado à espécie humana. Mas lembre-

se este produto pode ou não ser orgânico, você precisa saber como é o seu processo de

produção.

O QUE É UM ALIMENTO INTEGRAL

São os alimentos que mantêm, ao serem consumidos, todos os seus integrantes

nutricionais básicos. Por exemplo, farinha de trigo integral gerará um produto com a

totalidade dos ingredientes básicos para um pão nutritivo. Se houver a ausência das

fibras e do germe, obrigará que estes integrantes sejam compensados com outras fontes

de nutrientes. Mas lembre-se este produto pode ou não ser orgânico, você precisa saber

como é o seu processo de produção.

O QUE É UM PRODUTO ORGÂNICO

Alimentos que passaram a ser assim denominados para diferenciá-los de outros que

também são produzidos naturalmente. No entanto, não são empregados em seu processo

produtivo os chamados insumos modernos. Estes produtos são os venenos com química

artificial, os adubos com alta solubilidade e as sementes ditas melhoradas e que são

normalmente híbridas. Ainda se tolera como orgânico o alimento de sementes híbridas.

Mas está totalmente excluída a semente transgênica, ou seja, aquela originária da

engenharia genética. Em tempos mais recentes está se buscando excluir desta categoria,

os produtos originários de propriedades rurais que não respeitam as questões

humanitárias, tanto nas relações internas de trabalho como nos métodos de criação de

animais.

O QUE É AGRICULTURA ORGÂNICA

Resumidamente, agricultura orgânica é o sistema de produção que exclui o uso de

fertilizantes sintéticos de alta solubilidade, agrotóxicos, reguladores de crescimento e

aditivos para a alimentação animal, compostos sinteticamente. Sempre que possível

baseia-se no uso de estercos animais, rotação de culturas, adubação verde, compostagem

e controle biológico de pragas e doenças. Busca manter a estrutura e produtividade do

solo, trabalhando em harmonia com a natureza.

O QUE É UM PRODUTO ECOLÓGICO

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É um estágio mais avançado em termos de concepção da qualidade do alimento. Além

de serem produzidos dentro dos princípios da agricultura ecológica, é originado de um

agricultor que tem a consciência de que outros fatores devem ser considerados para ter

sua propriedade cem por cento ecológicas. Na administração de seu cotidiano e de sua

atividade produtiva, o agricultor demonstra ter soluções bem objetivas quanto ao

destino de seu esgoto, por exemplo. Tem a preocupação de reaproveitar todo o material

que sobra de suas atividades, destina corretamente aquilo que realmente é lixo, tem

noção de desperdício, da parcimônia, das relações coletivistas e da integração efetiva

com outras áreas da sociedade para se alcançar, conjuntamente, uma melhor qualidade

de vida para os dias de hoje e para os dias do amanhã. É caracterizado como um

profissional que, ao desempenhar suas funções operacionais faz com ética e em

harmonia por conhecer e amar a casa que habita (eco=oikus-casa / logia=Logus -

conhecimento). Ë o respeito com os animais que possue em sua propriedade, como por

exemplo não Ter vacas ou galinhas em sistema de confinamento, todos animais deve

Ter ótima qualidade de vida, como galinhas que andam, ciscam, tomam sol e o mesmo

deve ocorrer com o plantel de vacas que devem pastar, tomar sol e serem bem tratadas.

HIDROPONICO NÃO É ORGÂNICO

A hidroponia produz na água e seus produtos obtêm nutrientes através de adubos

químicos solúveis. É produzida sem solo e em estufa, sendo que não imita os

procedimentos da natureza que prega a agricultura orgânica. Pode-se produzir alface,

pimentão, tomate e outros. O cultivo orgânico dispensa todos os produtos químicos e

utiliza apenas adubos naturais.

UM PRODUTO NATURAL NÃO E A GARANTIA DE UM PRODUTO SER ORGÂNICO

Todo produto vegetal é natural, mesmo aquele cultivado com agrotóxicos e adubos

químicos. Portanto, produto natural não significa necessariamente que seja produto

orgânico. Procure a palavra "orgânico" na embalagem ou conhecer a procedência do

mesmo.

PRODUTO QUE NÃO LEVA CONSERVANTES OU ADITIVOS QUIMÍCOS NÃO TEM A GARÂNTIA DE SER UM PRODUTOS ORGÂNICO

Pães caseiros, rapaduras, geléias, bolos, iogurtes entre outros que são vendidos em

feiras como produtos coloniais não têm a garantia de que foram produzidos sem veneno.

Porque os insumos que foram utilizados para sua produção (leite, farinha, frutas)

precisam ter uma procedência que de que são orgânicos.

O QUE É UM PRODUTO TRANSGÊNICO

Todos os seres vivos (planta, animais, pessoas e microorganismos) têm dentro de suas

células um registro que diz como ele e seus filhos vão ser, é nosso código genético. Os

seres vivos trocam seus genes através do cruzamento sexual, o que era possível entre

seres da mesma espécie, ou entre espécies muito próximas. Agora se descobriu a forma

de pegar genes de uma espécie e colocar em outra bem diferente. Pode-se tirar de um

animal e colocar em uma planta, ou tirar de um homem e colocar em um animal. Os

seres vivos que saem destas experiências não são mais uma criação da natureza, mas

sim uma manipulação do homem, organismos geneticamente modificados em

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laboratórios, os TRANSGÊNICOS. Exemplo de um milho transgênico, o Milho Bt: O

milho Bt contém pedaços do DNA de uma bactéria comum de solo. Para quê? Com este

DNA da bactéria, o milho consegue produzir na sua seiva uma toxina fabricada

naturalmente pela bactéria e que mata lagartas que atacam o milho, Assim, a lagarta

morre ao comer qualquer parte do Milho Bt. O nome Bt vem das iniciais da bactéria

chamada Bacillus thuringiensis. Nos Estados Unidos, o milho Bt é regulamentado pelo

mesmo órgão do governo que trata dos agrotóxicos e não pelos que tratam da

agricultura orgânica.

A QUEM PERTENCE À SEMENTE TRANSGÊNICA

As empresas que comercializam sementes transgênicas obrigam o agricultor a assinar

um contrato cheio de regras, como pagar uma taxa adicional pela tecnologia, não podem

guardar parte da colheita para usar como sementes na próxima safra, se o agricultor não

planta transgênicos, mas foi contaminado por seu vizinho, ele tem que provar que não

roubou a semente.

Fonte: www.penaterra.com.br

Desperdício de Alimentos no mundo

O custo do que não se come

No Dia do Meio Ambiente, um novo estudo da ONU alerta para o desafio de reduzir o

desperdício e a fome mundial, além de satisfazer as necessidades de uma população em

rápida expansão. Todos os anos, um terço de toda a comida produzida pelo sistema

agrícola global está sendo perdida, indica a pesquisa realizada pelo World Resources

Institute (WRI) em parceria com o Programa Ambiental das Nações Unidas (Pnuma).

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1,3 bilhão de toneladas

Ou um terço da produção total de alimentos no mundo vai parar no lixo. Em termos de

calorias, uma a cada quatro calorias produzidas são perdidas.

Quase um bilhão de famintos

Enquanto isso, 870 milhões de pessoas passam fome e, a cada dia, mais de 20 mil

crianças menores de 5 anos morrem de fome. Segundo a ONU, 26% das crianças em

todo o mundo são consideradas raquíticas por desnutrição.

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Até US$ 2,1 trilhões

Os custos com a desnutrição no mundo são estimados em 2% a 3% do PIB global, o

equivalente à quantia de US$ 1,4 a US$ 2,1 trilhões por ano, segundo a FAO.

44 % de frutas e vegetais

Dos 1,3 bilhão de toneladas de alimentos desperdiçados, 44% é composto de frutas e

vegetais, os produtos que mais vão pro lixo. Em seguida, aparecem raízes e tubérculos,

compondo 20% das perdas; cereais com 19% e leite, com 8%.

Um México no lixo

O desperdício de comida significa também desperdício de recursos naturais,

contribuindo assim para impactos ambientais negativos. Hoje, a produção global de

alimentos ocupa 25% de toda a terra habitável do mundo. A quantidade de terras

cultiváveis usada para produzir comida desperdiçada é equivalente ao tamanho do

México.

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70 milhões de piscinas olímpicas

A agricultura consome 70% de toda água usada no mundo. Somando todo o volume

usado para produzir os alimentos que são desperdiçados a cada ano dá para encher 70

milhões de piscinas olímpicas.

50% (e mais um pouco)

Mais da metade do desperdício de alimentos na Europa, Estados Unidos, Canadá e

Austrália ocorre na fase do consumo. Juntos, os países ricos são responsáveis por 56%

de todo o desperdício.

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Dois terços

Enquanto nos países em desenvolvimento, cerca de dois terços da comida é perdida

após a colheita e armazenamento inadequado. Melhorar a eficiência nessa etapa é

fundamental pata reduzir as perdas.

US$ 48.3 bilhões

Só nos Estados Unidos, 30% de toda a comida produzida no país são desperdiçadas

todos os anos, uma perda equivalente a 48.3 bilhões de dólares. Os segundos maiores

componentes de lixões do país são resíduos orgânicos, que resultam na maior parte das

emissões de metano.

Mais de US$ 1000 por família

O desperdício de alimentos na fase de consumo custa uma média de US$ 1.600 dólares

por ano para uma família de quatro pessoas nos Estados Unidos e US$ 1 mil por ano

para uma família média no Reino Unido.

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US$ 4 bilhões em perdas

Na África Subsaariana, onde muitos agricultores ganham menos que US$ 2 por dia de

trabalho, as perdas econômicas associadas à pós-colheita ineficiente têm um valor

estimado de US$ 4 bilhões.

Até 2050

Segundo a ONU, o mundo vai precisar de cerca de 60 por cento mais calorias dos

alimentos em 2050 em comparação a 2006, se a demanda global mantiver sua trajetória

atual de crescimento.

26,3 milhões de toneladas

O desperdício de alimento no Brasil é estimado em 26,3 milhões de toneladas. Cerca de

10% desse total se perdem ainda no campo, outros 50% se dá no transporte e manuseio,

e 10% da perda acontece na fase de consumo.

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5º Ano – Articulação de conteúdos no eixo e intereixos na área de Ciências Naturais (O quê?) CELESTE: PRODUÇÃO DO

UNIVERSO TERRESTRE: PRODUÇÃO

DO ECOSSISTEMA HISTÓRICO SOCIAL:

PRODUÇÃO DA EXISTÊNCIA HUMANA

2. Planeta Terra - casa dos seres vivos no espaço:

2.1. Camadas da Terra: crosta terrestre (placas - deriva continental - Pangéia) manto, núcleo externo e núcleo interno - características básicas;

2.2. Forma e movimentos - rotação e translação: relação com a maior e menor incidência de luz e calor e sua influência na distribuição de seres vivos no planeta – pólos, desertos, trópicos,... - adaptação em ambientes aquáticos e terrestres. 2.3. Brasil - país tropical: - grande incidência de energia solar. - grande quantidade de água e biomassa – recursos renováveis – riquezas.

1.2. Relações dos seres vivos dos reinos citados com a cadeia alimentar – produtores, consumidores e decompositores;

1.3. Seres vivos/biodiversidade – principais grupos e características básicas:

Vegetais inferiores:

- musgos (com rizóides, caulóides e filóides, sem flores);

- samambaias, xaxins (com raiz, caule, folhas, e sem flores);

Vegetais superiores: com órgãos vegetativos (raiz, caule e folhas) e órgãos de reprodução (flor, fruto e semente) - funções básicas dos órgãos vegetativos;

Animais/biodiversidade:

- classificação (semelhanças, diferenças, grau de parentesco,...);

- animais invertebrados e vertebrados – diferenças;

- invertebrados: principais grupos, representantes típicos e características básicas;

- vertebrados: principais grupos, representantes típicos e características básicas;

- classificação do ser humano e outros animais (noções). Ex: ser humano: ser vivo; reino: animal, vertebrado, mamífero, primata; nome científico – gênero espécie: Homo sapiens;

1.3. Alimentação, tecnologia e saúde – influência no crescimento, desenvolvimento e na saúde: - higiene dos alimentos, alimentos industrializados (prazo de validade, aditivos alimentares, embalagens – reciclagem), alimentação balanceada, hábitos alimentares; - transformações físicas e químicas dos alimentos: cozimento, fermentação, putrefação, conservação dos alimentos (salgamento, conservas, refrigeração, congelamento, desidratação, aditivos alimentares,...); - efeito do consumo indevido de medicamentos (automedicação); - ingestão excessiva de sal, açúcar, gorduras e seus efeitos na saúde; -cáries dentárias: origem, prevenções e tratamento.

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2. Organização, dinamismo e necessidades da matéria e energia no organismo humano:

- substâncias minerais e orgânicas: percentagem na

constituição do organismo humano – transformações e armazenagem de energia no desenvolvimento do organismo humano;

- alimentos - fontes de matéria e energia;

- dependência do ser humano dos componentes bióticos (seres vivos) e abióticos (Sol, água, solo e ar);

– cadeia alimentar interações e transformações de matéria e energia.

- alimentos-classificação;

- Quanto à origem: animal ou vegetal.

Quanto à função:

Energéticos: carboidratos (açúcares em geral) e lipídios (óleos e gorduras).

Construtores: proteínas, certos sais, (feijão, carnes, leite, queijo,...).

Reguladores: certos sais e vitaminas; (tomate, couve, banana, laranja,...).

Objetivos (Para quê?)

Relacionar e classificar os seres vivos a partir de suas diferenças, semelhanças e parentesco (evolutivo), percebendo as relações de interdependência entre eles, destacando o ser humano na cadeia alimentar;

Reconhecer a Terra como a casa dos seres vivos no Sistema Solar, relacionando suas camadas, forma e movimentos (Rotação e Translação), com a biodiversidade manifestada pelas características básicas de cada grupo a sua distribuição na crosta terrestre;

Compreender que os alimentos podem ser naturais ou industrializados, bem como perceber que a industrialização é um processo decorrente do mercado de consumo;

Reconhecer que os aditivos alimentares são substâncias que conservam os alimentos ou dão características específicas a eles como: aroma, cor sabor e textura, relacionando-os aos avanços tecnológicos e as transformações físicas químicas e biológicas presentes na produção de alimentos.

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Sugestões de situações de ensino e aprendizado (Como?)

Propor para os alunos um jogo onde serão trabalhados os componentes da cadeia alimentar, para isso terá que traçar estratégias. Material necessário: papel crepom verde, papel crepom marrom e papel crepom amarelo.

No pátio da escola ou na quadra de esportes o professor precisará definir quais alunos representarão os produtores, consumidores primários e consumidores secundários. Ele poderá fazer isso através de sorteio ou decidindo junto com os alunos. De qualquer forma, isso fica a critério do professor, apenas não se esqueça que a quantidade de indivíduos em geral diminui em cada nível trófico, a partir dos produtores. Após a escolha dos representantes de produtores, consumidores primários e consumidores secundários precisarão identificá-los. O professor fará isso utilizando o papel crepom. Sendo assim, os produtores serão identificados com o papel verde, os consumidores primários serão identificados com o papel marrom, e os consumidores secundários serão identificados com o papel amarelo. Eles agora serão chamados de capins, zebras e leões respectivamente.

Os alunos colocam o papel crepom num local visível e de fácil acesso. Nas linhas laterais traçadas no pátio ou na quadra ficarão os leões. Nas linhas do fundo ficarão as zebras. No círculo central ficarão os capins.

A zebra se alimenta dos capins e os leões das zebras. Para simbolizar que estão alimentados eles pegarão os papéis crepons de suas presas, ou seja, as zebras pegarão os papéis verdes dos capins e os leões pegarão os papéis marrons das zebras.

Os capins evidentemente não precisam se deslocar, permanecendo no centro do círculo. Caso tenham o papel pego terão que sair do círculo. Os leões não poderão se alimentar das zebras caso elas estejam na linha de fundo. As zebras que forem pegas deixam momentaneamente a brincadeira.

No final do primeiro período as zebras e os leões que não se alimentaram perdem a brincadeira. Será considerado vitorioso aquele que mais vezes se alimentou. Aqueles que perderam automaticamente serão os capins no segundo período. Os demais serão sorteados para serem zebras ou leões.

No final do segundo período o professor reúne os alunos para analisar a atividade. Sugestão complementar: Ao final da atividade os alunos poderão montar um jogo de dominó com a cadeia alimentar.

Traga para a sala de aula imagens de cadeia alimentar e animais se alimentando na natureza. Escreva a cadeia alimentar capim > gafanhoto > sapo > cobra no quadro ou mostre um cartaz com imagens desses animais e as setas correspondentes. Sugira que os alunos retirem qualquer um dos seres vivos da cadeia e, em grupos de quatro, conversem sobre as consequências diretas e indiretas dessa ação. Abra para discussão geral focando as implicações disso. Explique para os alunos que quando ocorre a diminuição ou a extinção de determinada população, temos a diminuição de indivíduos que se alimentam dessa população e o aumento do número de organismos que serviam de alimento para ela. Proponha que os alunos atentem para o fato de que, em uma cadeia alimentar, todos os organismos se relacionam, o que significa que, ao afetar a população de um dos níveis da cadeia, as demais serão afetadas. Por exemplo, caso os gafanhotos fossem extintos, haveria o aumento da quantidade de capim e a queda da quantidade de sapos. Mesmo que as cobras estejam distantes dos gafanhotos na cadeia alimentar, elas também seriam afetadas. Pergunte aos alunos se eles já viram cenas de animais se alimentando na natureza. Mostre imagens desse tipo, como leões comendo zebras. Use exemplos que a classe conheça, dando início à

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construção de uma cadeia alimentar simples. Depois de trabalhar as consequências da extinção de uma espécie em uma cadeia alimentar, peça uma pesquisa sobre outros animais brasileiros ameaçados. Oriente a busca, indicando materiais de pesquisa. É provável que os alunos encontrem seres vivos que não conheciam. Comente as diferentes razões da diminuição da população de cada espécie. Pergunte o que os alunos acham que poderia causar a extinção dos animais encontrados por eles; quais os seres produtores, consumidores e decompositores presentes nas imagens apresentadas. Após a abordagem a respeito da relação entre os reinos citados na cadeia alimentar propor para os alunos que se organizem em três grupos onde cada um ficará responsável por representar um dos reinos (produtores, consumidores e decompositores) com massa de modelar para a elaboração de um painel em relevo sobre a cadeia alimentar. (revistaescola.abril.com.br)

Trazer revistas para a sala de aula várias revistas e livros para recorte e propor para os alunos que pesquisem imagens e recortem para elaboração de cadeias alimentares, as quais serão exploradas pela professora e colocadas em exposição.

Apresentar para os alunos o filme “Bee Movie”, o qual aborda a relação de interdependência entre os seres vivos dos reinos, bem como a ação do ser humano na natureza levando ao desequilíbrio nas cadeias alimentares.

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Trazer para sala de aula samambaia, musgo, alga de água doce, mudas de árvores frutíferas, flores,... Fazer a comparação entre estes vegetais observando se possuem órgãos vegetativos e reprodutivos. Podendo também ser feita uma Aula de Campo no CEAM, onde podem ser trabalhados os vegetais inferiores e superiores durante trilha e análise de suas características.

Propor para os alunos a brincadeira de “Adedanha”, só com nomes de animais que eles conheçam. Para isso, a turma deve ser dividida em grupos de quatro a cinco componentes. Formulários como o denominado “Adedanha com os animais” devem ser distribuídos a cada componente do grupo para serem preenchidos durante o jogo. Para melhor aproveitamento da atividade, um maior número de rodadas deve ocorrer, pois assim, um maior número de nomes de animais também poderá ser citado. Em seguida, proponha para a turma a classificação dos animais que citaram em (insetos, peixes, anfíbios, répteis, aves, mamíferos). Ao final da aula, construa e preencha um quadro em papel Kraft com as classificações e os nomes dos animais que cada grupo escreveu. A complementação dos quadros dos grupos com o nome dos animais que eles não citaram, mas que foram citados pelos colegas, pode ser proposta. Problematizar com os alunos quais dos animais citados no jogo pertencem ao grupo dos vertebrados e quais pertencem ao grupo dos invertebrados. (Explicar

para os alunos que os seres vertebrados podem ser definidos como o grupo de animais que apresentam coluna vertebral, isto é, um eixo de sustentação dorsal ao corpo constituído por estruturas ósseas ou cartilaginosas articuladas – as vértebras. Invertebrado seria o grupo de animais que não apresentam coluna vertebral. No entanto, a ausência de coluna vertebral não quer dizer que esses animais não apresentam estrutura de sustentação. No grupo dos invertebrados há animais com esqueleto externo, esqueleto interno e outros que não tem

esqueleto). Problematizar com os alunos: Como é formado o corpo dos animais? Em que eles se parecem e se diferenciam? Será que todos têm quatro patas?

Adedanha de Animais

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Propor aos alunos que procurem em revistas e livros para recorte imagens de animais as quais serão utilizadas durante o jogo da classificação dos animais vertebrados e invertebrados. Pedir para os alunos se organizarem em dois grupos. O grupo 1 escolherá um animal e o representante dirá ao grupo 2 o animal escolhido. O grupo 2 deverá classificar o animal como vertebrado ou invertebrado e anotá-lo no espaço de uma folha a4 (se preferir). Na rodada seguinte, os dois grupos invertem: o grupo que classificou escolherá o animal.

Distribuir para os alunos uma imagem com a legenda das espécies animais para que eles pintem de acordo com a classificação.

Apresentar para os alunos uma tabela com imagens de vários animais, pedir para que eles observem as características de semelhanças e diferenças entre eles.

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Distribuir uma cópia da tabela acima para cada aluno e solicitar que recortem e colem as imagens na tabela abaixo marcando um X nas características

correspondentes. (O professor poderá levar os alunos a reconhecer as diferenças entre o homem e os demais animais e que nessa diferenciação é o homem que desmata, cultiva a terra, fabrica objetos, cria animais domésticos, constrói represa,... O homem é capaz de transformar a paisagem e tem grande responsabilidade com o ambiente em que vive por ser o único animal que raciocina).

Problematizar com os alunos a respeito das substâncias minerais e orgânicas presentes no organismo humano: se no corpo humano tem água; se a água é uma substância orgânica ou mineral; se eles sabem a diferença entre substância mineral e orgânica; se no corpo humano tem sais minerais, gorduras, açúcares, vitaminas,...

ANIMAL VERTEBRADO INVERTEBRADO MAMÍFERO RÉPTIL ANFÍBIO PEIXE AVE INSETO

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Solicitar aos alunos para que tragam embalagens vazias de alimentos que eles e os familiares consomem no dia-a-dia. Reunir as embalagens dos alimentos trazidas pelos alunos e problematizar a respeito: qual o produto de cada embalagem; se é de origem animal, vegetal ou mineral; se eles sabem a função de cada um deles no desenvolvimento do organismo humano (energéticos, construtores ou reguladores). Orientar os alunos a observar a data de validade de cada alimento, bem como os aditivos alimentares presentes no verso de cada embalagem.

Propor para os alunos que se organizem em três grupos para a elaboração de cartazes com as embalagens dos alimentos que eles trouxeram de acordo com a função de cada um na organização, dinamismo e necessidade de matéria e energia no organismo humano (energéticos, construtores e reguladores).

Apresentar para os alunos o filme “Viagem ao Centro da Terra” – Eric

Brevig, baseado na obra de Julio Verne, por meio do qual a professora fará as

pontuações referentes às camadas da Terra. O filme tem duração de noventa e quatro

minutos.

Mostrar para os alunos um ovo de galinha. Perguntar se os alunos sabem como ele é formado internamente. Em seguida, problematize: Se o ovo fosse o planeta Terra, em que parte dele nós estaríamos vivendo? O que a gema, a clara e a casca poderiam representar se o ovo fosse o planeta Terra? Leve-os a relacionar a fragilidade da casca às placas tectônicas (crosta terrestre).

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Entregar para cada aluno três cores de massa de modelar. Oriente-os a modelar o planeta Terra respeitando cada camada que ele possui. Solicite que eles escolham uma cor para representar o núcleo e modelá-lo. Depois, uma cor para representar o manto e oriente-os a modelá-lo sobre o núcleo. Por fim, solicite aos alunos que modelem a crosta terrestre, e nela representem os continentes e oceanos. (O professor pode levantar a questão da fragilidade

da camada externa (crosta terrestre), onde está situada a biosfera, com todos os seres vivos, inclusive o próprio homem).

Apresentar para os alunos a II etapa do documentário “Poeira das Estrelas - A formação do nosso planeta” apresentado por Marcelo Gleiser, o qual vai explicar as camadas da Terra (placas tectônicas; deriva continental – Pangéia, manto, núcleo externo e interno).

Propor para os alunos dois experimentos enfocando os movimentos do planeta Terra. Um aluno pegará uma lanterna e iluminará uma bola de isopor representando a Terra, isto mostrar o que acontece com a Terra no movimento de Rotação. Voltando parte de nosso planeta (representado pela bola de isopor) para o Sol, a outra parte ficará no escuro. (O

professor pode discutir esse fato, mostrando que esse movimento é rápido, mas a Terra é bastante

grande e por isso que não percebemos o movimento, a não ser com o decorrer das horas). Para estudar a translação ou revolução os alunos devem fazer uma roda em torno de uma luminária que ficará ao centro. Os feixes de luz podem ser simulados por linhas de barbante que saiam do local onde está a luminária ou lanterna e cheguem até os alunos.. A bola de isopor representando a Terra deve passar de mão em mão até retornar ao primeiro aluno. Quando isso acontecer a bola terá completado uma translação inteira em torno da luminária que continuará a fazer o papel do Sol. Um dos alunos deverá girar em torno da luminária segurando a bola de isopor enquanto os outros acompanham o movimento. Isso mostrará que há uma diferença grande entre a rotação (girar em torno do próprio eixo) e translação (girar em torno do Sol). Organizar os alunos em grupo a partir do sorteio de textos para leitura e debate

sobre os temas referentes à alimentação tecnologia e saúde. (Anexo).

“Aprendendo a ler os rótulos”.

“As gorduras saturadas e as gorduras trans”.

“Aditivos alimentares”.

“A industrialização e o meio”.

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Preparar com os alunos uma receita (cachorro quente, X-salada, torta de sardinha,...), retomando a classificação dos alimentos (origem animal, vegetal e mineral) e quanto à função (energéticos, construtores e reguladores), a higiene dos alimentos que serão usados na elaboração da receita e a análise dos que são industrializados e os que são naturais. Após o preparo da receita e analisar com os alunos a quantidade de sal, açúcar e gorduras presentes naquela receita.

Organizar uma ficha “Consumo alimentar de um dia” e propor aos alunos o preenchimento desta de acordo com os alimentos consumidos nas refeições do dia anterior. Analisar os alimentos quanto a função no desenvolvimento do organismo humano, quais são industrializados e quais são naturais.

Consumo alimentar de um dia

Café da manhã Almoço Lanche da tarde Jantar

Alimentos energéticos

consumidos no dia

Alimentos construtores

consumidos no dia

Alimentos reguladores

consumidos no dia

Alimentos Industrializados

Alimentos naturais

Realizar alguns experimentos com os alunos trabalhando as transformações físicas e químicas dos alimentos. Para a realização destes será necessário trazer para a sala de aula maçã, ovo e pão. Corte uma maçã ao meio e, em uma das metades, pingue gotas de limão. Deixa as duas expostas por alguns minutos. Problematize com os alunos sobre o fenômeno que ocorrerá com cada metade da maçã: O que aconteceu com a metade da maçã que não recebeu suco de limão? E com a parte que recebeu suco de limão o que aconteceu? (Explicar

que a metade da maçã que não recebeu suco de limão ficou escurecida devido ao contato com o ar

(oxigênio), ou seja, ela oxidou, ao contrário da que recebeu o suco do limão, pois ele impede a ação do

ar). Traga dois ovos para a sala de aula peça para a merendeira cozinhar um deles. Depois de cozido descasque-o. Pegue o ovo que não foi cozido e quebre-o num prato. Problematize: O que ocorreu com a clara do ovo que foi cozido? Como ela era antes de cozinhar? O que aconteceu com a gema do ovo cozido? Como ela era antes de cozinhar? (Explicar para os alunos

que o calor altera as moléculas de proteína que formam o ovo, passando do estado líquido para o sólido).

Faça uma massa de pão com um pouco de farinha, açúcar, água e fermento biológico. Deixe descansar. Problematize: Por que o tamanho da massa aumenta e a textura dela fica cheia de bolinhas

de ar? Que cheiro é liberado. (Explicar para os alunos que em contato com o açúcar, os fungos

(fermento) desencadeiam a fermentação, que libera álcool e gás carbônico).

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Propor para os alunos um experimento usando o leite, por meio do qual serão exploradas as transformações físicas, químicas e biológicas. A professora deverá pegar uma caixinha de leite abrir e ferver a metade dele a outra metade deixará sem ferver (cru). Colocar a metade do leite cru em um pote e metade do leite fervido em outro, etiquetando para não confundir o leite cru e o fervido. Solicitar aos alunos para que observem e anotem no caderno o aspecto e o cheiro do leite em cada frasco. Minutos depois a professora colocará em cada um dos potes uma colher de suco de limão, e agitará bem a mistura. Depois de aproximadamente cinco minutos, os alunos vão observar o leite nos potes, discutir com os colegas e responder no caderno:

a) O leite de cada pote continua com a mesma aparência? Com o mesmo cheiro? b) Qual a explicação para o que aconteceu? c) Os potes com a metade do leite cru e do leite fervido vão ser tampados, etiquetados e a professora ira guardá-los até o dia seguinte. No dia seguinte, a professora entregará os frascos para os alunos observar a aparência e sentirem o cheiro do leite em cada pote. Problematizar a respeito:

a) Como ficou o leite guardado de um dia para o outro em cada pote? b) Houve diferença entre o leite fervido e o leite sem ferver? Explique por escrito o que

aconteceu. c) Por que o leite cru azedou? d) Vocês já viram estas transformações ocorrer no dia-a-dia? Onde. e) É somente o leite que passa por esse tipo de transformação? Por quê? f) Existe um grande número de micro-organismos que também usam os mesmos alimentos

que nós, humanos, utilizamos. Os alimentos se estragam pela ação dos micro-organismos que os decompõem. Esses estão presentes e se multiplicam quando encontram condições favoráveis de temperatura e umidade. Assim para conservar os alimentos, precisamos mantê-los em ambiente desfavorável a vida de microorganismos. Quais são os processos utilizados por nós para a conservação dos alimentos?

g) A indústria também faz uso dos processos para conservação dos alimentos que produz? Quais são eles? (Relembrar os alunos a respeito da análise feita a partir das embalagens de alimentos que eles trouxeram).

h) Em sua opinião a tecnologia científica (microeletrônica) tem contribuído no processo de conservação dos alimentos? Como?

Apresentar para os alunos o anúncio da campanha “Medicamento não é bala” e problematizar a respeito do uso dos medicamentos: O que o anúncio quer dizer com “Medicamento não é bala? O que é medicamento? Quando devemos usar medicamentos? Devemos comprar medicamento por conta? O que pode acontecer ao tomarmos medicamentos sem receita médica? Que cuidados tomar ao armazenar medicamentos?

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ANEXOS:

As Estações do Ano

Por Marcio Rodrigo Loos -

As estações são causadas pelo movimento da Terra ao redor do Sol e pelas mudanças decorrentes da inclinação do eixo da Terra em relação ao Sol, durante sua órbita anual. Em qualquer época do ano, as condições que ocorrem no hemisfério sul, em termos de luz e temperatura, são opostas às que ocorrem no hemisfério norte.

Imagine que a Terra girasse em torno do Sol com seu eixo exatamente na direção perpendicular ao plano de sua órbita (Figura 1). Nesse caso, não haveria estações do ano, pois a luz solar atingiria igualmente os dois hemisférios terrestres em qualquer época do ano. Estando o eixo de rotação inclinado em relação ao plano orbital, um dos hemisférios terrestres receberá mais diretamente a luz do Sol do que o outro

Considere agora a Terra girando (transladando) em torno do Sol, mantendo seu eixo sempre "apontado" para a mesma direção do espaço, e sempre com a mesma inclinação. Como a Terra completa uma volta em torno do Sol em um ano, a cada seis meses será um dos hemisférios que receberá mais diretamente a luz solar. Quando a Terra está no lado esquerdo os raios solares incidem com menor inclinação sobre o hemisfério sul do que sobre o hemisfério norte. Em virtude disso, cada metro quadrado da superfície no hemisfério sul recebe mais radiação solar do que a mesma área no hemisfério norte. Assim, no hemisfério sul é verão, enquanto no hemisfério norte é inverno. Seis meses após, a Terra se deslocou para o lado direito. Nesta situação ocorre o inverso, no hemisfério norte os raios solares incidem com menor inclinação do que no hemisfério sul. Portanto, temos o verão no hemisfério norte e inverno no hemisfério sul. A primavera e o outono ocorrem nas posições intermediárias.

Não se deve, entretanto esquecer que, apesar de serem causadas principalmente pelas mudanças de posição da Terra em relação ao Sol, há outros fatores que influenciam as estações do ano. Regiões sólidas da superfície terrestre se aquecem e se resfriam mais rapidamente do que as águas dos oceanos e dos mares. Ou seja, a temperatura varia de acordo com a proximidade do litoral. Além disso, a presença de montanhas ou de vales influencia muito a ocorrência de ventos e nebulosidade, o que também provoca variações no clima. Portanto, as estações do ano dependem não apenas de fatores astronômicos, mas também da estrutura da Terra, sua atmosfera e transformações que ocorrem no planeta.

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Dias e noites

Como a Terra é iluminada pelo Sol, é sempre metade de sua superfície que, num certo instante, recebe a luz solar. Nessa região o Sol é visível no céu, sendo, portanto, dia. Na outra, escura, é noite, não estando o Sol presente no céu.

À medida que a Terra vai girando em torno de seu eixo imaginário, a luz solar vai progressivamente atingindo diferentes regiões da Terra, provocando o movimento do Sol de leste para oeste e produzindo a sucessão dos dias e das noites.

Dependendo do lugar da Terra em que estamos, observamos o Sol com trajetórias diferentes em relação ao horizonte. Se estivermos, por exemplo, num dos pólos geográficos (latitude 90°), o céu parecerá girar em torno de um eixo que passa exatamente por nós e perpendicularmente ao chão. O Sol e os demais astros descreverão trajetórias circulares, paralelas ao horizonte, sem nascer ou se pôr durante períodos de 24 horas.

Nos pólos da Terra, portanto, não existe nascente ou poente. É por isso que nessas regiões (e também em regiões próximas a eles) ocorre o fenômeno conhecido como "Sol da meia-noite", pois mesmo à noite o Sol pode estar acima do horizonte.

Nos pólos isso acontece durante seis meses seguidos. Esse período de tempo é chamado de Grande Dia Polar. Por outro lado, em outra época o Sol fica sempre abaixo do horizonte, ocorrendo a Grande Noite Polar, que dura seis meses.

Para observadores que estiverem na latitude de 0° (sobre o Equador da Terra), o Sol e os demais astros descreverão trajetórias perpendiculares ao horizonte. Se, no entanto, estiverem em latitudes intermediárias entre 0° e 90°, os astros vão descrever trajetórias inclinadas em relação ao horizonte. Mas há fenômenos que não são explicáveis apenas considerando-se que a Terra possui um movimento de rotação. É o caso das estações do ano.

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A iluminação da Terra muda durante o ano por causa da translação. Em cada estação do ano a duração dos dias e das noites é diferente. Quando numa determinada cidade é verão, significa que tal cidade está localizada no hemisfério mais iluminado pelo Sol, naquele momento. Então, ali os dias são mais longos e as noites mais curtas.

Por exemplo, enquanto nos Estados Unidos é verão, aqui no Brasil é inverno. Por isso, em Los Angeles, no dia 10 de agosto, às 20 horas, o Sol ainda não tinha se posto, enquanto em São Paulo já era noite. Quem mora no nordeste do Brasil, não sente tanto a diferença. Isso porque essas regiões estão próximas do Equador terrestre e são bem iluminadas o ano todo. Quem mora em Manaus, por exemplo, não percebe a diferença de duração dos dias e das noites durante o ano. Mas quem mora no sul do Brasil conhece a diferença entre o calor do verão e o frio do inverno. Percebe também que no verão os dias são mais longos e as noites mais curtas, enquanto no inverno ocorre o contrário.

Fatores climáticos

Condições físicas ou geográficas que condicionam o clima interagindo nas condições atmosféricas. Cada região tem seu próprio clima, isto porque os fatores climáticos modificam os elementos do clima. Os fatores climáticos são:

a) Latitude: refere-se à distância de um determinado ponto na Terra ao Equador, sendo que quanto mais distante menor a temperatura, devido a menor incidência de luz solar;

b) Altitude: altura em referência ao nível do mar. Quanto maior a altitude, menor a temperatura. Isso ocorre devido a uma menor concentração de gases e de umidade, o que leva a uma menor retenção de calor pela absorção dos gases na atmosfera;

c) Massas de ar: são grandes blocos de ar que se deslocam pela superfície terrestre. Podem ser polares, tropicais ou equatoriais, apresentando características particulares da região em que se originaram como temperatura, pressão e umidade. O encontro de duas massas, geralmente uma fria e outra quente, é denominada de frente. Quando elas se encontram ocorrem chuvas e o tempo muda;

d) Continentalidade: A extensão dos continentes é um fator climático. A relação entre o volume de terras e a proximidade de grandes quantidades de água exerce influência na temperatura. Isso porque a água demora a se aquecer, enquanto os continentes se aquecem rapidamente. Por outro lado, ao contrário dos continentes, a água demora a irradiar a energia absorvida. Por isso, o Hemisfério Norte tem invernos mais rigorosos e verões mais quentes, devido à quantidade de terras emersas serem maior, ou seja, sofre influência da continentalidade. Áreas costeiras tendem a ser mais frias que as áreas continentais;

e) Correntes Marítimas: são as massas de água que circulam pelo oceano. Tem suas próprias condições de temperatura e pressão e exercem grande influência no clima.

f) Relevo: a topografia pode facilitar ou dificultar a circulação das massas de ar, influenciando na temperatura. No Brasil, por exemplo, as serras no Centro-Sul do país formam uma “passagem” que facilita a circulação da massa polar atlântica e dificulta a massa tropical atlântica;

g) Vegetação: impede a incidência direta dos raios solares na superfície, amenizando o aquecimento.

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Anvisa alerta sobre o uso irracional de medicamentos Professores da Faculdade de Medicina participaram nesta quinta-feira, 10, de um debate com Patrícia Toledo, coordenadora de Vigilância em Serviços Sentinela da Anvisa. O objetivo dessa conversa e de outras sensibilizações que ainda vão acontecer é divulgar as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre o uso racional de medicamentos.

10 de Fevereiro de 2011

Lenilda Luna - jornalista

Segundo Patrícia, o problema é grave e deve ser enfrentado por profissionais de saúde e por toda a sociedade. “As consequências do uso irracional de medicamentos podem ser individuais e coletivas. Pacientes podem acabar hospitalizados ou morrendo por conta de prescrições inadequadas. Além disso, toda a sociedade perde, porque estamos produzindo bactérias resistentes às substâncias que deveriam funcionar para restabelecer a saúde”, alertou a coordenadora.

A coordenadora explicou que é necessária uma mudança de cultura em toda a sociedade. “É o médico que prescreve a medicação sem explicar detalhadamente como deve ser utilizada pelo paciente, o paciente que se automedica, o farmacêutico que realiza consulta na farmácia e até o balconista que acredita ter experiência suficiente para receitar remédios”, disse Patrícia.

Uma pesquisa realizada pela OMS revela que 75% das prescrições médicas são inadequadas. Ou seja, o paciente não precisaria tomar a medicação ou está tomando em doses erradas. “Esses são erros da forma como o medicamento é prescrito por um profissional. Imagine a quantidade de medicamentos que nem é receitada, mas que o paciente decide tomar por conta própria”, alertou a coordenadora da Anvisa.

A cultura da medicalização não é um problema só do Brasil, mas nos países em

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desenvolvimento; as pessoas acreditam mais que todos os medicamentos só fazem bem, e se esquecem das reações adversas de certas substâncias. Além disso, a coordenadora da Anvisa diz que o estímulo comercial é muito forte. “A indústria farmacêutica não é maléfica, mas a publicidade excessiva dos medicamentos induz a um consumo irracional”, critica Patrícia.

Antibiótico com receita

Foi para conter esse uso irracional, principalmente de antibióticos, que a Anvisa regulamentou a venda desses produtos. Desde outubro de 2010, essas substâncias devem ser vendidas nas farmácias, drogarias e farmácias de manipulação com a retenção da segunda via da receita. Mas a Anvisa ainda não tem como controlar a aplicação da norma, por isso, a partir do dia 25 de abril, os estabelecimentos que vendem medicação vão ser obrigadas a alimentar o sistema sobre a venda de 116 tipos de substâncias; o mesmo esquema que já é utilizando com medicamentos tarja preta.

“Dessa forma, quando houver uma fiscalização, vamos poder comparar as notas fiscais sobre a venda destas substâncias com os dados informados no Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados, assim saberemos se a farmácia ou drogaria está vendendo antibióticos sem receita médica”, informou a coordenadora da Anvisa.

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5º Ano – Articulação de conteúdos no eixo e intereixos na área de Ciências Naturais (O quê?) CELESTE: PRODUÇÃO DO

UNIVERSO TERRESTRE: PRODUÇÃO

DO ECOSSISTEMA HISTÓRICO SOCIAL:

PRODUÇÃO DA EXISTÊNCIA HUMANA

2.3. Brasil - país tropical:

- grande incidência de energia solar.

- grande quantidade de água e biomassa – recursos renováveis – riquezas.

2.1. Ser humano – organização e funções:

- Níveis de organização: células – tecidos – órgãos – sistemas – organismo – população – comunidade - “Ecossistema” - Biosfera;

- Organismo humano: partes (cabeça, pescoço, tronco e membros) pele, órgãos dos sentidos e características sexuais primárias.

2.2. Funções vitais tipos:

- Nutrição do organismo: digestão, respiração, circulação, excreção e imunização;

- Relação: sensibilidade, linguagem, locomoção;

- Coordenação e controle das funções vitais: sistema nervoso e endócrino;

- Reprodução: continuidade da espécie.

2.3. Digestão: sistema digestório – órgãos – características básicas – transformações biofísicas e bioquímicas dos alimentos.

2.4. Respiração: sistema respiratório – órgãos – características básicas e funções (função do gás oxigênio nas células do organismo).

2.5. Circulação - sistema circulatório: características básicas e funções – sangue meio de transporte.

2.6. Excreção: sistema urinário – órgãos –características básicas e funções (eliminação da

2. Poluição do ar e a saúde:

Origem e efeitos do ar contaminado e poluído sobre a saúde (doenças) e o ecossistema;

-uso de drogas: tabagismo (fumo), maconha,... Efeitos na saúde.

2.1. Circulação sanguínea e a saúde:

-ingestão excessiva de sal, açúcar, gorduras – efeitos na saúde;

-anormalidades mais comuns do sistema circulatório: anemia, pressão alta ou baixa, doença de Chagas, transfusão sanguínea,...

2.2. Saneamento básico – tecnologia e a saúde:

-destino apropriado de resíduos humanos (urina, fezes,...);

-implicações ambientais e para a saúde da comunidade quando não há tratamento da água e do esgoto (zoonoses);

-asseio corporal e saúde: banhos diários, higiene bucal, higiene das mãos,...

2.3. Imunização - tecnologia e saúde:

- Principais doenças infantis causadas por vírus;

-Fungos – cuidados e prevenção;

-Vacinas e soros;

-Aleitamento materno (nutrição e proteção ao lactente);

Doação de órgãos: aspectos

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urina: excretas).

2.7. Imunização: sistema imunológico – órgãos e células – produção de anticorpos.

biológicos e sociais.

Objetivos (Para quê?)

Reconhecer os níveis (partes) de organização e as funções vitais do ser humano na base

das interações e transformações de matéria e energia, integradas à realidade natural e histórico – social;

Estabelecer relação de interdependência entre os sistemas: digestório, respiratório,

circulatório, de excreção e imunização, por meio das interações e transformações de matéria e energia, possibilitando a realização das funções vitais;

Sugestões de situações de ensino e aprendizado (Como?)

Apresentar para os alunos por meio do projetor multimídia os slides com a apresentação dos níveis de organização dos seres vivos ou por meio de imagens impressa em folha A3.

Em síntese:

Ecossistema

Conjunto formado

pelos sistemas

vivos e não vivos

dentro de uma

relação de

interdependência.

Biosfera

A mais alta hierarquia

biológica, camada

superficial do Planeta

que ocorre vida, que

reúne todos os

ecossistemas.

Pedir para que cada aluno faça um desenho de si próprio, como se fosse uma fotografia. Após todos terem feito o seu desenho expor no quadro de giz ou em um painel na sala de aula onde os alunos possam ver. No momento em que todos os desenhos já estiverem expostos o professor deverá problematizar a respeito de cada desenho: Todas as pessoas são iguais? As pessoas têm entre si características semelhantes? Quais são estas características? Em quais características as pessoas podem ser diferentes? Por meio de quais partes do corpo podemos sentir e perceber o que está em nossa volta? E os órgãos genitais dos meninos são iguais ao das meninas? Existem características que são próprias de cada pessoa, ou seja, não é igual nas demais pessoas? Qual (is)? (Explicar para os alunos que as pessoas podem ser diferentes

na cor da pele, no formato dos olhos, nariz, na altura, no tipo dos cabelos (escuros, claros, lisos, enrolados). Estas são características físicas dos seres humanos, mas que existem também outras características que todos têm em comum, como por exemplo, a formação do corpo humano. Existem características que são como a identidade de cada pessoa, ou seja, é de cada pessoa como as digitais e a íris dos olhos).

Disponibilizar aos alunos jornais e revistas para que possam retirar figuras sobre as atividades que o ser humano pode realizar com cada parte do seu corpo. Por exemplo, uma figura de uma pessoa cozinhando, deverá ser inserida no quadro “atividades que o ser humano pode realizar com os membros superiores", ou uma figura de uma pessoa chutando uma bola, esta deverá ser inserida no quadro “atividades que o ser humano pode realizar com os membros inferiores".

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Atividades que o ser humano pode realizar com a cabeça.

Atividades que o ser humano pode realizar com os membros superiores.

Atividades que o ser humano pode realizar com os membros inferiores.

Propor para os alunos a confecção de bonecos em papelão ou papel Kraft. Para isso divida a turma em cinco grupos, solicite que cada grupo escolha um representante que terá o corpo contornado no papelão ou papel Kraft. Após o contorno feito, procurar um desenho do corpo humano onde aparecem os órgãos ou aparelhos que você quer trabalhar com seus alunos. Amplie o desenho e passe com a ajuda de um carbono para o papelão ou papel Kraft, também é possível copiar ou xerocar o desenho em transparência e projetá-lo nos contornos feitos pelos alunos regulando o tamanho da projeção. Pedir para os alunos contornarem os órgãos e aparelhos que serão trabalhados. Peça aos alunos que recorte e pinte os órgãos, deixando a parte vazada para o encaixe das peças posteriormente. Cole outra parte de papelão ou EVA atrás do desenho vazado (ela fará fundo para o quebra cabeça). Utilize fita crepe para deixar as bordas bem coladas. Peça para os alunos pintarem de uma cor escura. Pedir para os alunos que façam os olhos e os contornos com caneta preta para retroprojetor. Após a confecção do esquema do corpo humano os alunos deverão expor os bonecos em sala. A partir dos bonecos a professora deverá fazer as pontuações referentes aos níveis de organização e das partes do corpo humano puxando para as funções vitais de cada aparelho. (Alguns órgãos vão ficar por

cima (coração, e rins), por isso eles precisam ser confeccionados separadamente e vão necessitar de velcro para que sejam encaixados de maneira correta no desenho).

A partir dos bonecos com os níveis de organização do corpo humano levantar informações sobre o que os alunos sabem a respeito dos diferentes sistemas do corpo humano por meio de problematizações. Anote no quadro de giz as informações fornecidas pela turma. Pergunte se sabem quais órgãos compõe cada sistema, quais as suas funções e como estão relacionados entre si. Comece a aula com as imagens ou usando o Torso humano com os diferentes sistemas e peça que os alunos ainda em grupos, pesquisem informações sobre cada sistema em livros didáticos de Ciências e Biologia disponível na escola. Peça que a cada grupo seguir o roteiro de questões respondendo-as em folha A4: Quais os órgãos que compõem este sistema? Onde ele se localiza no corpo humano? Quais as suas principais funções? Qual a relação entre os sistemas pesquisados? Após a pesquisa os alunos deverão socializar os dados levantados a respeito do sistema pesquisado com os demais da turma. (A

professora poderá fazer um sorteio dos cinco principais sistemas do corpo humano (digestório, respiratório, circulatório, excretor e reprodutor) entre os grupos).

Entregar para os alunos uma cópia do texto “Tomar Sol é fundamental para o corpo obter vitamina D, explica especialista” – matéria apresentada no programa Bem Estar da Rede Globo no dia 16/03/11. (Anexo). Propor para os alunos a leitura dinâmica (cada aluno lê um parágrafo) da matéria. Após a leitura problematizar a respeito da influência do Sol para o

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funcionamento do corpo humano. Ao final da discussão pedir aos alunos que façam um relatório sobre o que entenderam sobre a matéria.

Apresentar para os alunos o filme “Osmose Jones” - Bobby Farrely o qual mostra o funcionamento dos sistemas digestório, imunológico e nervoso, bem como a ação de vírus no corpo humano, a importância da higiene e de uma alimentação saudável. O filme retrata também os mecanismos de defesa centrados na região do nariz, podendo explorar com os alunos o conteúdo poluição doa ar e a saúde. As imagens do filme mostram que nosso corpo é uma cidade chefiada pelo cérebro e que funciona em harmonia. As células de defesa (linfócitos, leucócitos, germinadores) são policiais que vivem a procura de bandidos (bactérias, germes, protozoários e vírus) que tentam transformar o sistema num caos. Osmose Jones é um desses agentes, que por sua origem humilde, seu jeito atrapalhado era mal visto pelas outras células. Isso até ser chamado para um caso de dor na garganta. Junto com uma pílula Drix, eles se vêem encarando a pior dos vírus que tem um plano maligno: Matar Frank.

Retomar com os alunos a partir do esquema com os níveis de organização do corpo humano e das pesquisas sobre os sistemas. Solicitar que os grupos pesquisem os causadores de doenças em cada sistema do corpo humano, organizando cartazes com imagens dos órgãos e sistemas doentes e socializem o que aprenderam com os demais alunos da turma.

Apresentar para os alunos a seguinte afirmação “Precisamos de energia para executar as atividades do nosso dia a dia, e ela é obtida com os alimentos que ingerimos”. Pedir aos que registrem, em forma de desenho ou relato escrito, o caminho que a comida percorre dentro do corpo humano a partir do trabalho apresentado anteriormente. Socialize e discuta as produções. Em seguida, selecione os textos ou imagens que mostrem o caminho percorrido pelos alimentos, desde a boca até os intestinos. Destaque o nome dos órgãos e registre-os em pedaços de cartolina.

Solicitar aos alunos que tragam notícias de revistas, jornais ou da internet sobre a poluição do ar para elaboração de um mural. Solicitar para os alunos que leiam algumas notícias. A partir da leitura das notícias a professora deverá fazer pontuações referentes à poluição do ar e seus efeitos sobre o aparelho respiratório e o ecossistema. O que é a poluição do ar? É possível vê-la a olho nu? Vocês sabem como é o ar que respiramos todos os dias? O que polui o ar que respiramos? Quem sabe para onde vai a poluição do ar? Que consequências a poluição traz para nossa saúde? É apenas o sistema respiratório que sofre com a poluição do ar? Por quê?

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Organizar os alunos em duplas e pedir que observem os movimentos corporais do colega durante a respiração. Explique o que é inspirar (encher os pulmões) e expirar (esvaziá-los). Em seguida, peça que contem quantas inspirações o colega faz em um período de 30 segundos. Distribuir uma bexiga vazia para cada criança e solicitar que inspirem normalmente para enchê-la com todo o ar que conseguirem em uma única soprada (depois de executada essa tarefa, a bexiga deve ser amarrada para não perder o ar). Os alunos repetirão o procedimento com uma segunda bexiga, agora, inspirando mais fundo (espera-se que, dessa vez, eles consigam enchê-las um pouco mais). Entregar uma terceira bexiga e pedir para os alunos realizar a inspiração mais curta possível (essas certamente serão as mais vazias de todas).

Problematize: Em quais situações costumamos respirar mais rápido ou mais devagar? Somos capazes de controlar o ritmo da nossa própria respiração? (Explique que respirar é um ato

involuntário, embora seja possível controlá-la. Instigue os alunos a refletir sobre sua importância e peça

que façam um esquema de como o oxigênio chega a cada região do corpo). Conclua a etapa pedindo que os estudantes observem as bexigas dos colegas para perceber que a capacidade dos pulmões varia de pessoa para pessoa.

Solicitar aos alunos que tragam notícias de revistas, jornais ou da internet sobre a poluição do ar para elaboração de um mural. Solicitar para os alunos que leiam algumas notícias. A partir da leitura das notícias a professora deverá fazer pontuações referentes à poluição do ar e seus efeitos sobre o aparelho respiratório e o ecossistema. O que é a poluição do ar? É possível vê-la a olho nu? Vocês sabem como é o ar que respiramos todos os dias? O que polui o ar que respiramos? Quem sabe para onde vai à poluição do ar? Que consequências a poluição traz para nossa saúde? É apenas o sistema respiratório que sofre com a poluição do ar? Por quê?

Trazer para a sala de aula o Torso Humano e retomar com os alunos os órgãos e sistemas do corpo humano. Retire o coração do Torso e problematize: Em que lado do nosso corpo o coração está localizado? Qual a função do coração no corpo humano? De qual aparelho ele faz parte? O sistema circulatório tem relação com outros sistemas? Qual (is)? (A professora

poderá usar o esquema corporal feito pelos alunos para esse trabalho).

Propor para os alunos a elaboração de um estetoscópio. Para isso serão necessários os seguintes materiais: dois funis ou dois bocais de garrafa pet, uma mangueira de borracha fina e barbante. Ensine a turma a sentir a pulsação no próprio pulso e no pescoço. Em seguida, problematize: Por que temos a sensação de que a ponta dos dedos está sendo empurrada? Por que sentimos isso em certas partes do corpo e em outras não? Como o sangue chega a todas elas? Peça que os alunos escutem o batimento cardíaco uns dos outros usando o estetoscópio (encosta-se a boca de um dos funis de garrafa no centro do peito e o ouvido no outro). Problematize: Trata-se de um único som? De onde ele vem? Por fim, solicite que escrevam um texto (relatório) sobre o que foi aprendido até aqui.

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Apresentar para os alunos o documentário da DIDACO “Corpo humano III e IV - O Coração”, o qual mostra a função deste órgão e as características básicas e funções do aparelho circulatório.

Problematizar: O que aconteceria se ficássemos um longo período de dias sem urinar? O que é e como se forma a urina? Quais os órgãos que compõem este sistema? Onde ele se localiza no corpo humano? Quais as suas principais funções? Qual é o papel dos rins na saúde de uma pessoa? Quais são os problemas de saúde do sistema urinário? Quem conhece alguma doença relacionada a esse sistema? Mostrar o cartaz sobre o sistema urinário masculino e feminino explicando as funções dos rins, ureteres, bexiga e uretra. Conversar sobre as diferenças entre o sistema urinário masculino e feminino.

Apresentar para os alunos o documentário da Didaco “Corpo humano III e IV - Os rins”, o qual mostra a função deste órgão e as características básicas e funções do aparelho excretor.

Entregar uma cópia do texto “Como o vírus entra em nosso corpo?”- Site Universidade das crianças (ANEXO). Fazer a leitura do texto com os alunos e promover um debate a respeito do sistema imunológico. Problematize: Onde são encontradas as células de defesa do corpo? Vocês já ouviram falar em células de defesa do organismo humano? Qual (is)? O que devemos fazer para fortalecer o sistema imunológico? O que as pessoas fazem para prevenir doenças causadas por vírus e bactérias? Vocês estão com as vacinas em dia? (Explicar para os

alunos que as células de defesa do organismo têm funções específicas cada uma combate um tipo de invasor como: macrófagos: são células especializadas em encontrar e "comer" os invasores (o termo científico é fagocitar), e também ativam os linfócitos T, ou seja, avisam da presença do micro-organismo invasor; linfócitos T: têm capacidade de ativar outras células, ou seja, avisa outras células da presença do invasor, trabalho que é realizado pelo linfócito T4 (também chamado CD4), e também destroem células invadidas, trabalho realizado pelo linfócito T8 ( também denominado CD8); linfócitos B: depois de ativados pelo linfócito T, são capazes de produzir anticorpos, substâncias especiais que neutralizam os invasores).

Trazer para os alunos analisarem uma carteirinha de vacinação e explorar as vacinas e as doenças que elas previnem. (ANEXO)

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Propor para os alunos o jogo do “Baralho da Imunidade”. Organizar a turma em grupos de cinco alunos e distribuir as cartas. (ANEXO)

Instruções: - Separe do baralho a carta "vírus na corrente sanguínea". Coloque essa carta no centro da mesa. - Um estudante deve embaralhar as cartas e distribuí-las. Cada colega recebe três cartas. As que sobrarem, serão colocadas no monte para serem "compradas".

- Inicia o jogo o colega que fica à direita de quem distribuiu as cartas. - O objetivo é refazer a sequência da resposta imunológica: "vírus na corrente sanguinea" - >

"macrófago fagocita invasor" - > "macrofágo ativa o linfócito T (CD4)" - >"linfócito T (CD4)ativado" - > "linfócito T (CD4) - > linfócito B (CD8)"- > "linfócito B (CD8) ativado" - > "anticorpo x vírus";

- Caso o jogador não tenha a carta da sequência, ele compra uma no monte. Se não servir, passa a vez para o colega.

- A carta "pule o colega!" faz com que o próximo jogador perca a vez. Essa carta não pode ser usada para finalizar o jogo.

- Vence o jogo quem encerrar a sequência com a carta "anticorpoxvírus". Caso as cartas acabem antes, o jogador deverá comprar no monte. O baralho é composto por: 1 carta "vírus na corrente sanguínea"; 4 cartas "macrófago fagocita invasor"; 4 cartas "macrófago ativa o linfócito T (CD4)"; 3 cartas "linfócito T (CD4)ativado; 3 cartas "linfócito T (CD4) ativa linfócito B (CD8)"; 3 cartas "linfócito B (CD8)ativado"; 3 cartas "anticorpo x vírus"; 3 cartas "Pule o colega!"

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ANEXOS:

A importância da luz e calor do Sol para os seres vivos

O Sol, a estrela central do nosso sistema solar, é fundamental para todos os seres vivos, pois é fonte de calor e luz, sem a qual seria impossível a origem e manutenção da vida. É graças à sua energia que as plantas conseguem realizar a fotossíntese, processo que garante a vida das próprias plantas e de todos os animais, incluindo o homem. A energia do Sol é também responsável pelo movimento dos oceanos, pela formação dos ventos (aquecimento do ar) e pelo ciclo da água, responsável pelas chuvas que garantem o fornecimento de água na natureza. É o calor do Sol que transporta a água do mar e da Terra para grandes altitudes, de onde volta, na forma de chuva e de neve, para os continentes. Além disso, o Sol ainda tem papel fundamental na nossa saúde. Para termos ossos e dentes em bom estado, necessitamos da vitamina D, que atua no metabolismo do cálcio e do fósforo, prevenindo o raquitismo. Essa vitamina não é encontrada pronta na maioria dos alimentos. Geralmente, eles contêm um precursor que se transforma na vitamina quando expostos aos raios do Sol. Uma deficiência de vitamina D causa problemas nos dentes, torna os ossos fracos e contribui para os sintomas da artrite. Também pode causar raquitismo (doença que impede a calcificação normal dos ossos).

A luz do sol afeta positivamente o nosso estado orgânico e afetivo porque, quando passa pelo nosso olho, impulsos são propagados para regiões do cérebro relacionadas com as emoções (sistema límbico) e à regulação e produção de hormônio responsável pela sensação de bem-estar como a melatonina. Por isso, que em época e países com o clima acinzentado é comum os estados depressivos.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) em seus conceitos básicos sobre iluminação, afirma “a presença de luz natural pode garantir uma sensação de bem-estar e um relacionamento com o ambiente maior no qual estamos inseridos”.

Ao construirmos uma casa devemos tomar alguns cuidados no sentido de aproveitarmos melhor os raios solares. O primeiro passo é localizar o lado norte do terreno, onde bate mais sol, e organizar os espaços conforme a necessidade de luz de cada um deles. As áreas de ocupação mais freqüente, como os quartos e salas, são as que devem ser mais iluminadas.

O sol da manhã, de tonalidade amarelada, maior quantidade de raios ultravioleta e oferece propriedades desinfetantes, principalmente contra ácaros, dai sua importância para os bronquíticos e asmáticos. Este tipo de irradiação desbota os móveis e os tecidos. O sol da tarde é mais alaranjado (maior quantidade de raios infravermelhos) e aquecem muito o ambiente. Apesar de benéficos, deve-se evitar a incidência direta dos raios solares.

Ter contato com informação da passagem para a tarde e da chegada do anoitecer nos deixa mais preparados para a ausência do sol durante a noite. Este é um dos motivos do desconforto que os pacientes internados em uma unidade de terapia intensiva (UTI) se queixam. Pois, geralmente nas UTIs não tem janelas e os pacientes perdem a noção do tempo. A luz tem papel importante no ciclo biológico diário (ritmo circadiano), responsável pelo ritmo sono-vigilia, podendo ser uma das causas de insônia, e o despertar mais cedo, dos idosos.

O excesso de luz solar pode ser tão ruim quanto a sua falta. Os idosos de pele clara devem evitar a luz solar direta sobre a pele usando protetores solares. O sol da manhã é muito bom, ajudando no metabolismo ósseo, prevenindo a osteoporose, por ativar a vitamina D3 (calciferol).

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Tomar sol é fundamental para o corpo obter vitamina D, explica especialista Reumatologista Cristiano Zerbini falou do tema no Bem Estar desta 4ª (16).

Médico disse que o sol melhora a absorção do cálcio, fortalecendo os ossos.

Do G1, em São Paulo

O vaivém de pessoas no metrô, em shoppings e empresas é constante, principalmente

nas grandes cidades. Mas será que, em algum momento, elas veem a luz do dia?

Ao contrário do que muitos pensam, com medo do câncer de pele, o sol é fundamental

para a saúde e o funcionamento do corpo. Por meio dos raios do tipo ultravioleta B,

nosso organismo obtém a vitamina D e, com ela, melhora a absorção do cálcio,

fortalecendo os ossos.

Quem esteve no Bem Estar desta quarta-feira (16) para aprofundar o assunto foi o

reumatologista Cristiano Zerbini, do Hospital Sírio-Libanês e do Hospital Heliópolis,

em São Paulo. O médico explicou que o sol é responsável por cerca de 90% da

aquisição de vitamina D pelo homem, e os alimentos (como leite, gema de ovo,

manteiga, peixes de água fria, shitake seco e óleo de fígado de bacalhau) respondem

pelos outros 10%. Idosos e pessoas que não podem tomar sol com frequência são

indicados a usar suplementos de vitamina D.

Zerbini recomendou pegar sol no mínimo três vezes por semana, em média durante 15

a 20 minutos, sempre antes das 10 horas da manhã. O ideal, segundo ele, é usar

camiseta e bermuda e expor braços, pernas, pescoço e rosto sem filtro solar nesse curto

período, pois fatores de proteção acima de 8 já impedem a produção do nutriente pela

pele. Indivíduos muitos brancos devem tomar sol mais cedo e por cerca de 5 minutos, e

os de pele escura podem ficar ao sol por um tempo pouco maior.

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Em nota, a Sociedade Brasileira de Dermatologia defendeu que pessoas com pele

muito clara, que têm maior risco de câncer de pele, sempre usem protetor solar e,

apenas três vezes por semana, tomem sol - só nos braços. Segundo a entidade, essa

exposição já é suficiente para um aporte adequado de vitamina D.

No estúdio, o especialista também falou sobre como o sol entra pela pele e segue até os

rins e o fígado, onde ocorre a transformação da vitamina D. Zerbini demonstrou, ainda,

como é um osso sadio e outro tomado por osteoporose – doença que enfraquece os

ossos por formação inadequada ou desgaste, e pode causar fraturas principalmente na

coluna, bacia, nos punhos e nas costelas.

Além de fixar o cálcio nos ossos e, com isso, evitar a osteoporose, a vitamina D

mantém o equilíbrio, evita quedas e dá mais vigor aos músculos. A falta dessa

substância no organismo esclareceu o reumatologista, pode ser identificada em testes

laboratoriais, pela análise do cálcio na urina (se houver pouco, é um sinal de alerta) ou

por exames de sangue. Não costumam se manifestar sintomas em adultos, exceto por

uma eventual dor, cansaço ou falta de equilíbrio. Já as crianças com deficiência de

vitamina D podem desenvolver raquitismo, doença que inclui fraqueza e perda óssea.

O consultor Alfredo Halpern também citou que estudos apontam que a vitamina D

pode ajudar no tratamento de doenças reumáticas, autoimunes, diabetes e alguns tipos

de câncer.

Para a boa saúde dos ossos, apontou Zerbini, é preciso sol, cálcio e também exercícios

físicos. Nas ruas, a repórter Marina Araújo perguntou a várias pessoas se elas tomam

sol e se sabem se têm ou não deficit de vitamina D. De acordo com a nefrologista Rosa

Maria Moysés, que liderou uma pesquisa com 600 moradores de São Paulo durante o

inverno, 75% dos paulistanos apresentaram níveis do nutriente abaixo do normal. No

verão, a porcentagem cai para 45%, o que ainda é muito elevado para um país tropical

onde esse índice deveria ficar em torno de 5%.

Cálculo de proteção solar

Para calcular qual deve ser o cuidado para cada tipo de pele, a indústria leva em conta o

tempo que uma pessoa branca demora a ficar vermelha. Por exemplo, se alguém

exposto ao sol começar a se queimar em 3 minutos, deve-se multiplicar esse tempo por

15, e o resultado é o período em que a pele estará protegida, ou seja, 45 minutos.

Depois disso, o indivíduo deve reaplicar o protetor.

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Já parou pra pensar como o vírus entra no nosso corpo? O Inácio e a Yasmin, ambos de 10 anos e estudantes no Centro Pedagógico da UFMG, já! E será que existe maneira de impedir que eles entrem? Quem nos fala mais sobre isso é a Adlane Vilas Boas, professora do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG: “Os vírus são seres muito pequenos, menores ainda que uma bactéria que a gente só vê ao microscópio. Mas como um vírus entra na gente?

Nosso corpo tem barreiras que tentam impedir sua entrada. A pele é a uma delas, é uma barreira natural que o vírus consegue ultrapassar quando temos uma ferida, por menor que ela seja. O vírus pode entrar, também, através dos olhos, da boca e, principalmente, através do nariz. Uma vez dentro do nosso corpo, o vírus precisa entrar na célula para que ele possa se multiplicar e sobreviver. Pra isso, ele se encaixa na superfície de uma célula como uma chave se encaixa na fechadura, o que facilita sua entrada.

Existem vários tipos de vírus, sendo que cada um deles têm um tipo preferido de célula. Por isso, os vírus são capazes de causar doenças diferentes como o sarampo, a gripe, a caxumba, a dengue e a Aids. Mas não precisa entrar em pânico! Nosso corpo possui células que são capazes de destruir o vírus e assim impedir a doença. Essas células fazem parte do nosso sistema imunológico, ou seja, do nosso sistema de defesa. “E para que esse sistema de defesa funcione bem, é muito importante cuidar do corpo e da mente.”

Já parou pra pensar como o vírus entra no nosso corpo? O Inácio e a Yasmin, ambos de 10 anos e estudantes no Centro Pedagógico da UFMG, já! E será que existe maneira de impedir que eles entrem? Quem nos fala mais sobre isso é a Adlane Vilas Boas, professora do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG: “Os vírus são seres muito pequenos, menores ainda que uma bactéria que a gente só vê ao microscópio. Mas como um vírus entra na gente?

Nosso corpo tem barreiras que tentam impedir sua entrada. A pele é a uma delas, é uma barreira natural que o vírus consegue ultrapassar quando temos uma ferida, por menor que ela seja. O vírus pode entrar, também, através dos olhos, da boca e, principalmente, através do nariz. Uma vez dentro do nosso corpo, o vírus precisa entrar na célula para que ele possa se multiplicar e sobreviver. Pra isso, ele se encaixa na superfície de uma célula como uma chave se encaixa na fechadura, o que facilita sua entrada.

Existem vários tipos de vírus, sendo que cada um deles têm um tipo preferido de célula. Por isso, os vírus são capazes de causar doenças diferentes como o sarampo, a gripe, a caxumba, a dengue e a Aids. Mas não precisa entrar em pânico! Nosso corpo possui células que são capazes de destruir o vírus e assim impedir a doença. Essas células fazem parte do nosso sistema imunológico, ou seja, do nosso sistema de defesa. “E para que esse sistema de defesa funcione bem, é muito importante cuidar do corpo e da mente.

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Baralho da Imunidade

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5º Ano – Articulação de conteúdos no eixo e intereixos na área de Ciências Naturais (O quê?)

CELESTE: PRODUÇÃO DO UNIVERSO

TERRESTRE: PRODUÇÃO DO ECOSSISTEMA

HISTÓRICO SOCIAL: PRODUÇÃO DA EXISTÊNCIA

HUMANA 2.4. Conquista espacial: - (conquista espacial) a procura de uma nova “casa” no Universo para a espécie humana. - Seres humanos – no espaço cósmico (naves, estações, Lua, planetas,...): Implicações e soluções científico – tecnológicas à satisfação das necessidades do organismo. Ex: respiração, viver na ausência de gravidade ou diferente da terrestre, alimentos, água,...

3. Relações entre digestão, circulação, respiração, excreção, imunização e a nutrição do organismo: -Trabalho físico e mental: tudo que o ser humano faz ou necessita, “consome” matéria e energia dos alimentos; 4. Funções de relação: entre sensibilidade (órgãos dos sentidos), locomoção e linguagem – relações entre os homens e a natureza (fatores bióticos e abióticos) – trabalho primeira necessidade humano-social; 4.1. Sensibilidade: órgãos dos sentidos (visão, audição, gustação, olfato, tato) órgãos – estímulos e sensações; - relações entre atividades físicas e aceleração dos movimentos: respiratórios, batimentos cardíacos e aumento da transpiração. 5. Sistema Nervoso: Divisões (sistema nervoso central e periférico) – partes (órgãos, nervos – funções básicas) – sistema nervoso autônomo – atos reflexos; 5.1. Sistema endócrino: -Glândulas – tipos: (exócrinas, endócrinas e mistas); - Principais glândulas endócrinas – hormônios e funções básicas. 6. Função de reprodução: -Características sexuais primárias e secundárias no sexo: masculino e feminino; -Sistema genital masculino: órgãos, características e funções básicas;

3. Relações entre os seres humanos e a natureza – tecnologia e saúde: 3.1. Sensibilidade – relações entre os seres humanos e o ecossistema: -Visão e saúde: principais defeitos visuais – correções (uso de óculos), inflamações visuais (conjuntivite,...). -Audição e saúde: poluição sonora – origem, efeitos na audição e sistema nervoso. -Tato (pele) e saúde: necessidade de radiação solar (ajuda a síntese de vitamina D); excesso: queimaduras, câncer de pele. -Vestuário adequado para as estações: dias de calor e frio. 3.2. Locomoção, tecnologia e saúde: -Postura corporal, deformações do esqueleto: (coluna vertebral: cifose, lordose, escoliose). Raquitismo, luxações, fraturas,... -Crescimento e desenvolvimento sadio – ginástica e prática de esportes: ativar os movimentos respiratórios, circulação sanguínea, fortalecer os ossos e músculos, aliviar as tensões nervosas (stress), disposição para o trabalho físico e mental,... -Meios de transporte: coletivo (metrô, trem, ônibus,...) e individual (carro, moto, bicicleta,...) – alternativas de meios de transporte (priorizar o transporte coletivo gratuito e

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-Sistema genital feminino: órgãos, características e funções básicas; -Crescimento e desenvolvimento – características: Morfológicas e comportamentais básicas (recém nascido, lactente, pré-escolar, escolar, adolescente e adulto).

de qualidade) e de combustíveis (Sol, vento, biomassa,...) – poluição e saúde. 3.3. Comunicação e tecnologia - meios de comunicação: “indústria” da propaganda – indução ao consumo – pressão consumista sobre a opinião pública; - Desperdício de matéria e energia; -Origem: produção capitalista (lucro) – troca de princípios econômicos de qualidade dos produtos: durabilidade por descartabilidade (consumismo) – implicações: acúmulo de lixo e poluentes, desastres ambientais e degradação da qualidade de vida – condições de trabalho e saúde. 4. Contradições do Capitalismo na produção da existência humana: humanização ou desumanização dos seres humanos e da natureza; 4.1. Stress – origem nos desequilíbrios: - sociais: trabalho, desemprego, subemprego; - econômicos: má distribuição da renda (riqueza), gerando pobreza e fome; - políticos: conservação dos interesses, privilégios, negação de deveres; negação dos direitos e condições concretas de vida e de trabalho; - ambientais: ecossistema urbano – grande excesso de resíduos, pouca reciclagem, poluição e contaminação (água, solo e ar), incentivo ao uso de mais fertilizantes sintéticos e agrotóxicos nas lavouras. 4.2. Implicações nos sistemas nervosos e endócrinos: – saúde: ansiedade, nervosismo, doenças

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cardiovasculares, úlceras, baixas no sistema imunológico (proteção),... 5. Reprodução e a saúde: -Significado da reprodução humana – aspectos biológico, psicológico, econômico – individual e social; -Higienização dos órgãos genitais – necessidade da água tratada e condições básicas; -Doenças sexualmente transmissíveis (DST): AIDS, sífilis,... – conceitos básicos; -Métodos anticoncepcionais: controle da natalidade e prevenção de doenças sexualmente transmissíveis – DST - conceitos básicos.

Objetivos (Para quê?)

Estabelecer relação de interdependência entre os sistemas: digestório, respiratório, circulatório, de excreção e imunização, por meio das interações e transformações de matéria e energia, possibilitando a realização das funções vitais; Reconhecer o trabalho como o instrumento das relações entre seres humanos e a natureza por meio das interações estímulos material – energético e histórico – social com os sistemas: ósseo – muscular, órgãos dos sentidos, linguagem e pensamento, coordenados pelo sistema nervoso e endócrino para efetivar o autêntico desenvolvimento das potencialidades humanas – no contexto das contradições da produção capitalista; Perceber a função de reprodução nos seus aspectos bio-psico-social e suas implicações na saúde humana e ambiental.

Sugestões de situações de ensino e aprendizado (Como?)

Apresentar para, os alunos a tirinha do Almanaque Maluco e problematizar a respeito: O que aconteceu com o Cebolinha? Por que ele ficou com medo? O que o Maluco estava perseguindo? Vocês sabem que sistemas ou órgãos do corpo pode nos ajudar a perceber uma situação de perigo? E a enfrentar uma situação ou fugir dela? Vocês já enfrentaram uma situação de perigo ou que sentiram medo como o Cebolinha? Qual? Represente-a por meio de desenho em seu caderno. O que vocês acham que acontece em nosso corpo quando levamos um susto? Quais as sensações provocadas pelo medo ou susto? (Quando nos sentimos em perigo, os nossos órgãos dos sentidos enviam estímulos ao nosso sistema nervoso no cérebro, o qual começa a enviar estímulos a varias partes do corpo com a intenção de prepará-lo para se defender. Nossa respiração e nosso coração começam a acelerar para aumentar o suprimento de oxigênio das células. Enquanto os pulmões inspiram fortemente o ar, o coração bombeia o sangue, que transporta o oxigênio através de células chamadas hemácias (também responsáveis pela cor vermelha do sangue), intensamente pelo corpo e o fígado libera glicose no sangue. Com as células bem oxigenadas os músculos podem responder melhor e mais eficientemente às nossas ordens. Muitas vezes sentimos dor de barriga o controle do esfíncter anal interno, que é involuntário, fica em segundo plano. A pessoa só não perde as estribeiras e faz “cocô” na calça porque existe o esfíncter anal externo, que controlamos... E quanto ao

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“friozinho” na barriga? Ele é causado porque acima dos rins existem glândulas chamadas supra-renais. Essas glândulas produzem um hormônio chamado adrenalina. É por causa deste hormônio que os sintomas acima se dão, além de outros, como vaso constrição (que é a compressão dos vasos sanguíneos para que a pressão aumente e o sangue circule mais rapidamente. Situações de medo, susto e perigo são consideradas situações de estresse).

Apresentar para os alunos questões problematizadoras referente aos órgãos dos sentidos: Como vimos na atividade com a tirinha do “Almanaque Maluco” são os sentidos que nos fazem perceber o meio que nos cerca, levando ao cérebro informações diversas como: alegria, tristeza, frio, cheiro bom, sons, calor, medo,... Vocês já se perguntaram por que algumas pessoas espirram ao olhar para o Sol? Por que precisamos tomar água? Como conseguimos ouvir mais de um som ao mesmo tempo? É verdade que não sentimos o gosto de um remédio quando tampamos o nariz? Solicitar aos alunos que pesquise na internet a resposta para cada pergunta e anote no caderno para socializar com os colegas. (A professora poderá organizar os alunos em quatro grupos e distribuir uma pergunta para cada grupo. As respostas deverão ser expostas em um mural na sala de aula).

Realizar alguns experimentos relacionados aos órgãos dos sentidos. Trazer para a sala potinhos com frutas picadas, verduras e doces. Vende os olhos de alguns alunos voluntários e peça que identifique qual é o alimento provado. Problematize: Como eles conseguiram identificar os sabores e quais sistemas foram usados para fazer essa identificação? Os alunos que não participaram o primeiro experimento devem entrar na sala de olhos vendados. Aproxime das narinas dos alunos potinhos ou caixas de fósforo com materiais com odores diferentes (cebola, alho, limão, cebolinha, salsinha, orégano,...). Em seguida, pergunte para a turma: Por que eles não precisaram da visão para identificar certos cheiros? Vende os olhos de seis alunos. Com a ajuda de mais seis colegas, solicite que passem um objeto (lixa, esponja, espuma, vidro, bola,...) no antebraço de um amigo vendado. Talvez muitos não consigam acertar o que é. A última chance será pegando o objeto nas mãos. O aluno deve descrever a experiência e explicar por que é mais fácil identificar os objetos com as mãos.

Organizar a turma em seis grupos e distribuir para cada equipe um parágrafo do texto “Por que a barriga ronca quando tem fome”? (Anexo) Pedir para que cada grupo leia o parágrafo que recebeu e anotem no caderno as principais idéias, pra depois socializar com os demais colegas. Após a socialização das idéias do texto prender uma folha de papel KRAFT no quadro e pedir para que os grupos a partir do que foi lido tentem colocar os parágrafos na ordem certa montando o texto.

Retomar com os alunos os sistemas envolvidos nas situações de estresse (medo, susto,...), destacando que o sistema endócrino trabalha em conjunto com o sistema nervoso, pois como vimos os estímulos são captados do meio através dos órgãos dos sentidos e enviados ao sistema nervoso que fica no cérebro o qual se comunica com o sistema endócrino produz e

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libera um hormônio chamado adrenalina. Os hormônios são chamados de “mensageiros químicos”. Problematizar: Vocês já ouviram falar a respeito de alguma glândula do corpo além da suprarrenal que produz a adrenalina? Qual? Observem o esquema corporal destacando as principais glândulas do corpo humano: (A professora deverá explorar cada glândula e fincão, o

esquema corporal feito pelos alunos anteriormente poderá ser utilizado e complementado. O esquema abaixo poderá ser utilizado no trabalho a respeito das características sexuais masculinas e femininas).

Organizar a turma em duplas e distribuir a cada dupla uma cópia do texto “ESPERANÇA PARA O DIABETES”. (ANEXO) Realizar a leitura do texto com os alunos e o debate a respeito das informações e a relação entre a doença e a cura.

Propor para os alunos a confecção de um jornal sobre saúde. Os alunos podem pesquisar o tema em jornais, revistas e na internet. Socialização das informações com a turma. A partir deste trabalho a professora poderá abordar os conteúdos referentes à comunicação e tecnologia, contradições do Capitalismo, estresse, doenças do sistema nervoso e endócrino.

Apresentar para os alunos o documentário “Tudo sobre gravidez”, abordando o conteúdo de reprodução e saúde. Pedir aos alunos que após assistirem o documentário façam um relatório sobre o que entenderam a respeito do tema.

Colocar a sigla DST em letreiro grande no quadro de giz. Problematizar com os alunos: Vocês conhecem está sigla? O que ela significa? Quais DSTs vocês conhecem? Elencar no quadro as respostas dos alunos para futuras pontuações. Solicitar aos alunos que pesquisem imagens e textos falando a respeito das doenças sexualmente transmissíveis e tragam para a próxima aula. Dividir a sala em dois ou três grupos, com dez alunos, aproximadamente, em cada um, entregue duas cartolinas a cada grupo e peça que colem uma à outra. Depois, devem organizar as informações que trouxeram (textos, imagens,...), orientar os grupos no sentido de que priorizem algumas informações, tais como: agente causador da doença e seu nome científico, sintomas, imagens representando alguns sintomas, possíveis tratamentos, prevenção. Cada grupo deverá finalizar seu cartaz; em seguida, todas as produções serão unidas, formando um cartaz coletivo que será fixado na sala ou no corredor da escola.

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ANEXOS: Relações das funções.

Digestão: faz a transformação (quebra) dos alimentos para absorção dos nutrientes pelo

organismo para se desenvolver.

Respiração: faz a absorção do oxigênio levando-o até as células e eliminando o gás carbônico.

Circulação: faz o transporte dos nutrientes e do oxigênio até as células parar que seja

aproveitado, e eliminar o gás carbônico produzido pela respiração celular.

Excreção: tem a função de eliminar os resíduos produzidos pela digestão.

A função de cada sistema.

Digestão: É o sistema encarregado de captar os diversos elementos nutritivos presentes nos

alimentos, necessários à sobrevivência e ao funcionamento das numerosas células presentes

em nosso organismo.

Respiração: O sistema respiratório tem função de realizar as trocas gasosas do organismo com

o ambiente, sendo que, na maioria dos organismos, ocorre absorção de gás oxigênio e

eliminação de gás carbônico.

Circulação: O aparelho circulatório é responsável pela circulação do sangue por todo o

organismo e pelo fornecimento de oxigênio, substâncias nutritivas e hormônios aos tecidos;

além disso, também exerce a função de transportar os produtos finais do metabolismo

(excretas como CO2 e uréia) até os órgãos responsáveis por sua eliminação.

Excreção: É responsável pela eliminação resídua tóxicos como as substâncias nitrogenadas.

Os órgãos que participam de cada sistema.

Digestivo: boca; faringe; laringe; esôfago; intestino delgado; intestino grosso e ânus.

Circulatório: coração, e vasos sanguíneos como: veias, artérias e capilares.

Respiratório: vias respiratórias (nariz, boca, faringe, laringe, traquéia) e os dois pulmões.

Excreção: dois rins, um par de ureteres, bexiga e uretra.

Os órgãos dos sistemas digestivos e suas respectivas funções.

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23/06/2013 às 16:05 \ Tema Livre

Surge uma grande esperança para os diabéticos

MULTIPLICAÇÃO ACELERADA -- Yi (sentado) e Melton, os descobridores da betatrofina (Foto: Suzanne Kreiter / Globe staff)

Reportagem de Natalia Cuminale, publicada em edição impressa de VEJA

ESPERANÇA PARA O DIABETES

Pesquisadores da Universidade Harvard descobrem hormônio capaz de multiplicar as células produtoras de insulina. A betatrofina é o que há de mais promissor no tratamento da doença

É a notícia mais animadora no combate ao diabetes desde o isolamento da insulina, em 1921. Em artigo publicado na revista científica Cell, pesquisadores da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, anunciaram a descoberta do hormônio betatrofina, capaz de promover a proliferação das células beta.

Localizadas no pâncreas, elas são responsáveis pela síntese de insulina, também um hormônio, imprescindível para a entrada de açúcar nas células de todo o organismo. Nos diabéticos, as células betas ou são destruídas ou não funcionam a contento. Nas experiências com camundongos, em cujo metabolismo foi acelerado em laboratório a produção de betatrofina, o número de células secretoras de insulina aumentou, em média, dezessete vezes; chegou a 33 vezes, em alguns casos.

Encontrado no fígado e no tecido adiposo, já está provado que, entre os seres humanos, o hormônio recém-descoberto tem a mesma função. “O achado de Harvard tem o potencial de levar à cura do diabetes”, diz Freddy Eliaschewitz, diretor do Centro de Pesquisas Clínicas (CPClin), de São Paulo, e um dos grandes estudiosos do assunto no Brasil.

Com 366 milhões de vítimas no mundo, 12 milhões delas brasileiras, o diabetes é uma doença crônica grave e em franca ascensão. Em 2030, os doentes devem chegar a 552 milhões. Apesar da alta taxa de mortalidade em decorrência do problema, a adesão ao tratamento é baixíssima. No Brasil, por exemplo, apenas 20% dos pacientes diagnosticados seguem as orientações médicas à risca.

Além do controle rígido da alimentação, da prática regular de exercícios e dos medicamentos orais, muitos diabéticos só conseguem controlar a doença com injeções de insulina. São duas ou três picadas todos os dias.

Apesar de todos os avanços da medicina, contudo, nenhuma versão sintética da insulina acompanha o ritmo natural do organismo. Em um organismo saudável, ela só é liberada pelo pâncreas quando os níveis de açúcar (ou glicose, no jargão médico) estão acima do normal.

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Ainda não se conseguiu desenvolver uma insulina em comprimidos que passe incólume pelo trato gastrointestinal, e as experiências com a insulina inalável se revelaram um fracasso. “Se tudo funcionar como o esperado, a betatrofina poderá substituir de vez a insulina”, disse a VEJA Peng Yi, coautor da pesquisa de Harvard. Ele assina o trabalho com Douglas Melton, diretor do Instituto de Células-Tronco da universidade americana.

O entusiasmo com a betatrofina não é apenas dos pesquisadores. Estende-se também à indústria farmacêutica. O hormônio já foi licenciado pelo laboratório Janssen, subsidiário da Johnson & Johnson. Na Evotec, empresa alemã de biotecnologia, quinze pesquisadores trabalham com a betatrofina.

A expectativa é que a versão sintética do hormônio esteja disponível para pesquisas clínicas em cinco anos. Há ainda, portanto, um longo caminho até que a betratrofina chegue ao mercado. Nos camundongos de laboratório, o hormônio manteve as taxas de insulina em níveis adequados por oito dias. Como a nova substância não foi testada em seres humanos, ainda não é possível prever a periodicidade de administração da betatrofina para o tratamento do diabetes.

A betatrofina é resultado de quatro anos de estudos e teve como ponto de partida um mecanismo já conhecido na endocrinologia. Uma condição conhecida como resistência à insulina. Nela, o pâncreas produz insulina, mas as células do organismo não conseguem aproveitá-la de maneira adequada.

Como forma de defesa, o organismo “entende” erroneamente que está faltando insulina e aumenta a produção de células beta. A equipe de Melton e Yi deflagraram um quadro de resistência à insulina nos camundongos. Em seguida, injetaram a betatrofina nos animais. Pela lentes do microscópio, os cientistas verificaram a intensa replicação de células beta.

Para determinar a origem da nova substância foi utilizada uma técnica de leitura de genes conhecida como análise de microarray. Descobriu-se, então, a origem da secreção da betatrofina, no fígado e nas células adiposas. A princípio, o hormônio recebeu um nome em inglês, rabbit, porque foi descoberto no ano chinês do coelho e por promover a multiplicação acelerada das células beta.

Há mais de quinze anos Douglas Melton se dedica ao estudo das células pancreáticas secretoras de insulina. Tudo começou quando seu filho mais velho foi diagnosticado com diabetes tipo 1 – mais tarde sua filha também seria acometida pelo mesmo mal. O diabetes tipo 1 é a versão mais grave da doença. Nela, o sistema imunológico do próprio paciente destrói as células beta.

Com isso, o organismo torna-se incapaz de produzir insulina, o que deixa os doentes dependentes das injeções desse hormônio. Responsável por cerca de 90% de todos os casos de diabetes, o tipo 2 está associado aos péssimos hábitos da vida moderna – as dietas desreguladas e calóricas e o sedentarismo – e a uma tendência genética.

O acúmulo de tecido adiposo pode levar a um quadro de resistência à insulina, o que predispõe ao diabetes. Ainda é cedo para dizer se a descoberta de Melton livrará seus filhos do diabetes, mas certamente ela abriu uma perspectiva promissora no combate ao mal que avança silenciosamente no organismo.

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