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Um roteiro pela selva do planejamento estratégico estratégico MINZBERG, Henry; AHLSTRAND, Bruce; LAMPEL, Joseph. Safári de Estratégia: um roteiro pela selva do planejamento estratégico. Porto Alegre: Bookman, 2000. 299p.

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Um roteiro pela selva do planejamento estratégicoestratégico

MINZBERG, Henry; AHLSTRAND, Bruce; LAMPEL, Joseph. Safári de Estratégia: um roteiro pela selva do planejamento estratégico. g p p j gPorto Alegre: Bookman, 2000. 299p.

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Safári de EstratégiaSafári de EstratégiaA Escola do design: a estratégia como um processo d   ãde concepçãoA Escola de Planejamento: a estratégia como um 

 f lprocesso formalA Escola de Posicionamento: a estratégia como um 

  lí iprocesso analíticoA Escola Empreendedora: a estratégia como um 

  i i á iprocesso visionárioA Escola Cognitiva: a estratégia como um processo 

lmental

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A E l  d  A di d     t té i      A Escola do Aprendizado: a estratégia como um processo emergenteA E l  d  P d     é i        A Escola do Poder: a estratégia como um processo de negociaçãoA E l  C l l     é i        A Escola Cultural: a estratégia como um processo coletivoA  l  A bi l     é i        A Escola Ambiental: a estratégia como um processo reativo

l d fA Escola da Configuração: a estratégia como um processo de transformação

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Estratégia: alguns conceitos

Planos da alta administração para atingir resultados consistentes com as missões e objetivos da organização. (Wright).

1. Estratégia entendida como plano (curso pretendido) idéia de g p ( p )futuro

2 Estratégia entendida como padrão (comportamento ao longo2. Estratégia entendida como padrão (comportamento ao longo do tempo); idéia de olhar voltado para o passado

Estratégia Estratégia gnão realizada

gemergente

Estratégia EstratégiaEstratégiaEstratégia pretendida

Estratégia realizada

Estratégia deliberada

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3. Estratégia é uma posição (posição de uma empresa no mercado))

4. Estratégia é uma perspectiva (uma forma específica de f i )fazer as coisas)

5. Estratégia é um truque: uma manobra para enganar g q p goponentes.

PARA QUE SERVE A ESTRATÉGIA?PARA QUE SERVE A ESTRATÉGIA?

A estratégia fixa a direção.g ç

A estratégia focaliza o esforço.

A estratégia define a organização.

A estratégia provê consistênciaA estratégia provê consistência.

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A Escola do DesigngEstratégia como processo de concepção (Strenghts‐W k O t iti Th t )Weakness‐Opportunities‐Threats)

F AForças e fraquezas

Ameaças e oportunidades

li i liAvaliação interna Avaliação externaEscolha da estratégia

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Premissas da Escola do DesignPremissas da Escola do DesignA produção de estratégia é um processo deliberado. Negação das contingências e da improvisação.

A responsabilidade desse processo é da alta direção. Reforça o centralismo, o personalismo..., p

A produção da estratégia deve ser simples e informal. Nega a complexidade e a cultura institucionalizada.complexidade e a cultura institucionalizada.

As estratégias devem ser únicas. Presume uma certa onipotência

O processo de design está completo quando a estratégia foi formulada. Nega a idéia de processo contínuo.

As estratégias devem ser explícitas e simples. Favorece a inflexibilidade. Nega a complexidade.

Primeiro formule. Depois implemente. Separa o pensamento da ação.

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A Escola do PlanejamentojA estratégia como processo formal.

Fi ã  d   bj tiFixação de objetivosAuditoria externaA di i  iAuditoria internaAvaliação da estratégiaO i li  d   é iOperacionalização da estratégia

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Implementação e Premissas Planejamento

previsão

Planej planos

Programação

Programação

Finalidade da Organiz

I lplanos estraté

mação médio prazo

mação curto prazo

Organiz Implem plano

Missão

p pValores da alta direção

Objeti

Polític

Subobj

Subpol

Metas

proced

direçãoRevisão

AvaliaçPolíticTáticas

PSWOT

Avaliaç

PlanoProgra

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Premissas da Escola doPremissas da Escola do Planejamentoj

As estratégias resultam de um processo controlado, consciente e formal de planejamento  decomposto em consciente e formal de planejamento, decomposto em etapas distintas, cada uma delineada por checklists e técnicas;A responsabilidade do processo é da alta direção; a da execução é dos planejadores;As estratégias estão prontas após esse processo, sendo implementadas através de objetivos, orçamentos, 

    l   i iprogramas e planos operacionais.

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Falácias do planejamento formalp jA predeterminação. Nega a incerteza.O d li  d     f  R f    di i ã  d  O desligamento do pensar ‐ fazer. Reforça a divisão do trabalho, a hierarquia, a dicotomia do plano‐operação.A f li ã  E     i ãA formalização. Engessa a organização.O planejamento estratégico. Nega a geração de 

é iestratégias.

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Escola do PosicionamentolA estratégia como processo analítico;

O conceito de estratégia como posição genérica, comum e identificável no mercado;A busca da defesa de posições de mercado;A premissa de que o mercado é essencialmente econômico e competitivo;Analistas produzem opções para escolha;

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Escola de Posicionamento e a arteEscola de Posicionamento e a arte da guerrag

Sun Tzu: A arte da guerra (400 aC)A arte da guerra se faz primeiro com a medição de espaços; A arte da guerra se faz primeiro com a medição de espaços; segundo, estimativa de quantidades; terceiro, cálculos; quarto, comparações; e quinto, probabilidades de vitória.

Von Clausewitz: Sobre a Guerra (1800)Conceitos de objetivo, ofensiva, concentração, economia de força, manobra, unidade de comando, segurança, surpresa, simplicidade.

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Críticas à escola de PosicionamentoAs mesmas já feitas anteriormente;A dif ã  d  f lá i  d     áli   d   d i  A difusão da falácia de que análise pode produzir síntese;F d     ô i   d    i â i  d   lí iFocada no econômico, reduz a importância do político;Contexto estreito, adequado para as grandesPouco caso com os processos: a estratégia é comprada de especialistas externos.

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Escola EmpreendedorapA estratégia como um processo visionário

acima além

atravésadianteatrás

abaixo ao ladoabaixo ao lado

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Escola empreendedorad d b

pBaseada na premissa de que o importante não é saber como o capitalismo administra as estruturas i t t       l     i    d t ói  l     i    d t ói  (S h t )existentes, mas como ele as cria e destrói; ele as cria e destrói; (Schumpeter)

Tem origem na Teoria Econômica;Os empreendedores e suas “idéias de negócios” é que determinariam a dinâmica do capitalismo;Assumida integralmente pela Teoria Gerencial

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Crítica à Escola EmpreendedorapReforça o culto à personalidade; Gera sobrecarga em torno do desempenho do líder;torno do desempenho do líder;Associa o sucesso empresarial à personalidade empreendedora (sem base científica);empreendedora (sem base científica);Subestima os processos de formulação estratégica;Assume que o empreendedor também é um Assume que o empreendedor também é um motivador (sem base científica);

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Escola CognitivaA formação da estratégia como processo mental;gA formação da estratégia como processo mental;Busca através da psicologia cognitiva perscrutar os processos mentais dos executivos e formuladores de processos mentais dos executivos e formuladores de estratégia;Visão positivista: a estratégia é um filme do mundo;Visão positivista: a estratégia é um filme do mundo;Visão subjetivista: a estratégia é uma interpretação do mundodo mundo.

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Escola CognitivaInspirada em Herbert Simon (Teoria gInspirada em Herbert Simon (Teoria Comportamentalista);Estuda os erros e crenças produzidas pelo senso Estuda os erros e crenças produzidas pelo senso comum, a ideologia, o uso de analogias, etc;Estuda processos de percepção  codificação  Estuda processos de percepção, codificação, memória, escolha e resultados (feed‐back);Associa os processos individuais aos coletivos Associa os processos individuais aos coletivos (organizacionais);

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B d E l C itiBases da Escola CognitivaCognição como mapeamento (estruturas mentais ‐g ç pesquemas, mapas, modelos, conceitos, frames);Cognição (e estratégia) como realização de conceitos;g ç ( g ) ç ;Cognição como explicação para julgamento, intuição e criatividade: produção de estruturas complexas  a partir p ç p pde elementos simples e conhecidos 

O que existe abaixo da ponta do iceberg?q p gCognição como construção (interpretação...

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Escola do AprendizadoA f ã  d   t té i        pA formação de estratégia como um processo emergente.F    i tâ i  d   di d    d  Foca a importância do aprendizado e do incrementalismo;F   é i  X f l   é iFormar estratégias X formular estratégias

A experiência das abelhas e moscas na garrafaAprendizado como processo não‐linear;

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Premissas da Escola doPremissas da Escola do Aprendizadop

A natureza é complexa: sua apreensão é um tateio,   di d  d  l  um aprendizado de longo prazo;

O líder pode aprender, mas quem aprende realmente ã     i t   l tisão os sistemas coletivos;O aprendizado emerge da reflexão em relação ao já f itfeito;Papel do líder: gerenciar o aprendizado;Articulação entre passado, presente e futuro;

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Escola do PoderA f ã  d   t té i        d  A formação da estratégia como um processo de negociação.A f l ã  d   t té i        A formulação da estratégia como um processo político;O  di  d       i õ   ã  O entendimento de que as organizações são coalizões de indivíduos e grupos de interesse em luta por recursos escassos;luta por recursos escassos;Esses grupos barganham, negociam e manobram fazendo emergir metas  decisões;fazendo emergir metas, decisões;

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Conselhos da Escola de PoderReconhecer realidades políticas e administrá‐las;R h     á   i l d   ê i  Reconhecer o caráter essencial das gerências intermediárias;U  i   lí i   lá i  Obj i id d  Usar instrumentos políticos clássicos: Objetividade, ÓtimoXbom, Generalização, Priorização, Antecipação, Fixar posições  desorganizar o adversário (cooptação ) Fixar posições, desorganizar o adversário (cooptação...) 

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A Escola do PoderPoder Macro (org) X Poder Micro (indiv);A li  iAnalisar interesses;Manobrar estrategicamente; Alianças, parcerias...Colaboração X concorrência;Harmonia X sucesso;

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Escola CulturalEscola CulturalA Formação da estratégia como um processo coletivo;ç g pA cultura como oposto do poder: poder como fragmentação da organização; cultura como integração, g ç g ç ; g ç ,elemento agregador da organização;Poder como expressão do interesse individual ou parcial; p p ;cultura como expressão do interesse comum;Cultura: conjunto de crenças compartilhadas j ç pcoletivamente; é uma estrutura de significados;

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Premissas da Escola CulturalFormação de estratégia como processo de interação social;social;Cultura é processo de socialização tácito, e portanto obscura nas suas origens;obscura nas suas origens;A cultura reforça estratégias existentes, resistindo à mudanças radicais;mudanças radicais;Duas culturas organizacionais diferentes 

t    f ãcomprometem uma fusão;

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Escola AmbientalA Formação de Estratégia como um processo reativo.O f     bi     i     á l  l  O foco no ambiente, que seria o responsável pela geração das estratégias, todas reativas;I l i    bibi  l d  d  lid  d  Inclui o ambienteambiente ao lado da liderança e da organização como um dos três elementos centrais da formação da estratégia;formação da estratégia;Minimiza as opções estratégicas;

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Premissas da Escola Ambientalb d fO ambiente não é apenas um conjunto de forças 

externas genéricas: é o elemento central na formação d   t té ide estratégia;A organização reage ou morre;Liderar é ler o ambiente e promover a adaptação a ele;As organizações se agrupam em nichos; a escassez de recursos extingue a organização;

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Ambiente : ContingênciagO melhor X tudo dependeV iá i   i i iVariáveis contingenciais:

Estabilidade / dinâmica;l d d lComplexidade / simples;

Diversidade de mercado / integrado;Hostilidade (concorrência) / favorável;Ecologia de população;

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Escola de Configuraçãog çA formação de estratégia como um processo de transformaçãotransformação.Estratégia como mudança; estratégia como continuidade;continuidade;A busca de regularidades: a busca das medicas de tendência central em detrimento das posições tendência central em detrimento das posições marginais;

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Premissas da Escola daPremissas da Escola da Configuraçãog ç

Uma organização pode ser descrita por características tá i   i d     t té i tiestáveis associadas a estratégias‐tipo;

As estabilidades podem dar lugar eventualmente a lt  t f õsaltos, transformações;

Esse processo produz ciclos de vida organizQualquer estratégia é possível: são também configurações dependentes do tempo e lugar;

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Escola da Configuraçãog çTrabalha com tipologias organizacionais;

Tipifica processos;

Problematiza a mudança organizacional;