4.politicas docentes no brasil
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Professor Ulisses Vakirtzis
Elba Siqueira de Sá Barretto Bernardete Angelina Gatti Marli Eliza Dalmazo de Afonso André
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Governo da educação
Tedesco supõe uma mudança conceitual respeitável, colocando as políticas relativas aos docentes em um marco de governo, ou de governos que se sucedem em uma sociedade, e não as tratando como programas esparsos ou de forma genérica, sem ancoragem.
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Governo da educação
Juan Carlos Tedesco supõe uma mudança conceitual respeitável, colocando as políticas relativas aos docentes em um marco de governo, ou de governos que se sucedem em uma sociedade, e não as tratando como programas esparsos ou de forma genérica, sem ancoragem.
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Existem duas vertentes analíticas a considerar na discussão de um governo da educação:
• o cenário sociocultural mais amplo em que nos movemos na sociedade globalizada;
• políticas para a educação e para os docentes, em particular, colocadas pelos diferentes níveis de gestão educacional no Brasil.
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Todos os países defendem a ideia de que se deve dar prioridade à qualidade, e não à quantidade, embora todos concordem que isso seja difícil, porque a docência é um trabalho com muita demanda. Para aumentar a qualidade, são necessários melhores critérios de seleção, tanto para o ingresso dos estudos, quanto no posto de trabalho, introduzindo uma avaliação ao longo da carreira docente e apoiando o professorado com maiores recursos.
Imbernón
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Comissões Internacionais
• Estudar as novas competências que o professorado deve adquirir na sociedade atual.
• Tornar a profissão mais atrativa, seja na entrada, seja no seu percurso, para reduzir a escassez de professores em muitos países (melhorar o salário, a imagem e o prestígio social, a carga de trabalho, a segurança no trabalho e a carreira).
• Tornar a instituição educativa mais autônoma, mais responsável pela sua gestão pedagógica, organizativa e de pessoal.
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Professores na América Latina: Radiografia de uma Profissão
Denise Vaillant
• Um entorno profissional que dificulta reter os bons professores na docência. Há poucos estímulos para que a profissão seja a primeira opção na carreira. Acrescente-se a isso condições de trabalho inadequadas, problemas sérios na remuneração e na carreira.
• Muitos professores estão muito mal preparados, o que requer esforço massivo de formação em serviço.
• A gestão institucional e a avaliação dos docentes, em geral, não têm atuado como mecanismo básico de melhoria dos sistemas educativos.
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No que se refere à carreira docente, Vaillant mostra que, em geral, a antiguidade é o principal componente para que o(a) docente possa avançar na carreira profissional, que finaliza com uma posição fora da sala de aula. O(a) docente só consegue melhoria salarial, quando passa a ser diretor(a) de escola e, daí, a supervisor(a). Isso quer dizer, enfatiza a autora, que, para subir de posto, o(a) docente tem de afastar-se da sala de aula, o que traz, como consequência perversa, o abandono do ensino por parte dos que são bons professores.
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O direito à diferença vem sendo fortemente afirmado por diferentes movimentos na sociedade contemporânea. Estes movimentos trazem impactos na educação, especialmente nas disputas relativas aos currículos escolares, portanto, na formação dos professores. Ambas as tendências são forças sociais que se avolumam e colocam novas condições para a concepção e a consecução de políticas públicas voltadas ao social e, mais enfaticamente, para as redes educacionais. Aqui, o fator humano – quem ensina, quem aprende, quem faz a gestão do sistema e da escola e de que forma – destaca-se como polo de atenção dos vários grupos envolvidos na busca de nova posição social e de novas condições para suas relações sociais, de convivência e de trabalho.
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NOVAS EXIGÊNCIAS AO TRABALHO DOCENTE
Os estudantes, seres em desenvolvimento, são fortemente afetados por modismos ou simbolismos criados e disseminados intensamente por diferentes formas sociais de comunicação. Os professores trabalham na confluência dessas contradições e simbolizações, o que caracteriza, com mais ou menos intensidade, uma situação tensional. Além disso, são instados a compreender essas crianças e jovens, motivá-los, formá-los e ensiná-los.
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Ao falar de qualidade dos professores da educação básica, também se está indiretamente referindo aos gestores de escolas que, de origem, são professores. Não é de hoje que pesquisas apontam que as formas de atuação dos diretores de escola estão relacionadas às condições de um funcionamento mais efetivo das escolas.
Cláudio de Moura Castro
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Atualmente, no Brasil, os professores são provenientes de camadas sociais menos favorecidas, com menor favorecimento educacional, especialmente os que lecionam na educação infantil e nos primeiros anos do ensino fundamental, justamente no período de alfabetização.
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A nova concepção
de currículo
o ensino por competência
ênfase à diversidade
caráter transversal e interdisciplinar
contextualização do conhecimento
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O modelo de gestão das políticas de currículo centrado nos resultados não se mostra particularmente preocupado com os processos. Em princípio, as redes e as escolas podem escolher o caminho que quiserem, mas têm de chegar aos resultados esperados. A tradicional autonomia do(a) professor(a) para manejar o currículo estaria garantida dessa forma, não fosse a enorme pressão do sistema educacional para o cumprimento das metas e o alcance dos resultados de rendimento do(a) aluno(a) dentro dos quesitos definidos pela matriz do Saeb.
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Ciclos de Aprendizagem As políticas de ciclos partem de um pressuposto básico: assegurar o direto de todos os alunos à educação, indiscriminadamente. A ideia é flexibilizar os tempos e os espaços do currículo, para que a população que passou a frequentar a escola, representada por todos os segmentos sociais, tenha melhores oportunidades de aprender e de nela permanecer com aproveitamento por períodos mais longos.
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Universidade Aberta do Brasil (UAB)
• Prioridade de atendimento aos professores que atuam na educação básica, seguidos de dirigentes, gestores e trabalhadores da educação básica.
• reduzir as desigualdades na oferta de educação superior, ainda majoritariamente a cargo da iniciativa privada, e desenvolver amplo sistema nacional de educação superior a distância.
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Apoio ao trabalho docente Recursos materiais que constituem as ferramentas usadas pelo(a) professor(a) para planejar, implementar e avaliar sua prática pedagógica em sala de aula.
• materiais didáticos, que auxiliam professores e alunos durante o processo de ensino e de aprendizagem;
• infraestrutura, correspondendo aos bens e ao patrimônio da instituição educacional;
• recursos tecnológicos, que possibilitam o acesso às tecnologias de informação e comunicação por professores e estudantes.
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Imbernón analisa dados de informes internacionais sobre a profissão docente, ressalta que, embora os informes apontem a inadequação dos saberes e as competências docentes para dar resposta à educação presente e futura, contraditoriamente, parece não haver muita preocupação com esse tema por parte dos governos, já que “numerosos países carecem de programas sistêmicos de integração de professores principiantes”.
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O(A) professor(a) não pode prescindir do apoio, da orientação e da responsabilização conjunta dos demais agentes do processo educativo, seja dentro da escola, seja no âmbito mais amplo do sistema escolar. Além disso, a própria natureza de seu trabalho tem de passar por alterações profundas da cultura escolar, o que implica substituir a atuação solitária, encerrada nos estreitos limites das salas de aula, pelo envolvimento colaborativo com os colegas e com os demais agentes da escola.
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Concluindo...
É necessário não perder a perspectiva das intervenções mais articuladas e sistêmicas que devem ser forjadas na tessitura do sistema nacional de educação sob a forma de políticas de Estado, melhor contemplando a diversidade das instâncias e a complexa multiplicidade de fatores que concorrem para a melhoria da educação.