4o Dia Tp5 Os PrincíPios Da Textualidade
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Os princípios Os princípios da textualidadeda textualidade
Organização: Caroline Rodrigues Cardoso - UnBOrganização: Caroline Rodrigues Cardoso - UnB
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Um texto é uma unidade de linguagem em uso.
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Um texto é uma unidade semântica, constitui um todo significativo.
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Um texto tem uma unidade formal, pois apresenta características que lhe dão coesão.
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ENTÃO:
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TEXTO: ocorrência lingüística falada ou escrita que deve apresentar 3 propriedades básicas:
Unidade Sociocomunicativa: o texto é uma unidade de linguagem em uso;
Unidade Semântica: o texto é um todo significativo;e
Unidade Formal: as palavras devem se integrar para formar um todo coeso.
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Beaugrande e Dressler (1983) apontam sete fatores de textualidade:
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coerência, coesão, intencionalidade, aceitabilidade, situacionalidade, informatividade e intertextualidade.
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é responsável pela unidade semântica, pelo sentido do texto, envolvendo não só aspectos lógicos e semânticos, mas também cognitivos.
A coerência
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é responsável pela unidade formal do texto, que se dá por mecanismos gramaticais e lexicais.
A coesão
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é o empenho do autor em construir um texto coerente, coeso, e que atinja o objetivo que ele tem em mente. Isso diz respeito ao valor ilocutório do texto, ou seja, o que o texto pretende falar.
A intencionalidade
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é a expectativa do recebedor de que o texto tenha coerência e coesão, além de lhe ser útil e relevante. Grice (apud Costa Val: 1991) estabelece estratégias para o autor alcançar aceitabilidade: cooperação (para o autor responder às necessidades do recebedor), qualidade (autenticidade) e quantidade (informatividade).
A aceitabilidade
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diz respeito à pertinência e à relevância do texto no contexto. Situar o texto é adequá-lo à situação sociocomunicativa.
A situacionalidade
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quanto menos previsível se apresentar o texto, mais informatividade. Tanto a falta quanto o excesso de previsibilidade, de informatividade, são prejudiciais à aceitação do texto por parte do leitor. Um bom índice de informatividade atende à suficiência de dados.
A informatividade
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concerne aos fatores que fazem a utilização de um texto dependente do conhecimento de outro(s) texto(s). Um texto constrói-se em cima do "já-dito.
A intertextualidade
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A produção e a recepção de um texto condicionam-se à situação ou à ambiência, ou seja, ao conhecimento circunstancial ou ambiental que motivam os signos e a ambiência em que se inserem, gerando um texto cuja coerência e unidade são suscitados diretamente pelo referente.
Contexto
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ContextoPercebido em duas dimensões:
A leitura de superfície é percebida pelos elementos do enunciado, organizados hierarquicamente.
A estrutura de profundidade é a interpretação semântica das relações sintáticas, permitindo vasculhar o ânimo do autor.
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Tipos de contextos:
Contexto imediato: refere-se aos elementos que seguem ou precedem o texto imediatamente, incluindo as circunstâncias que o motivam. (título de um livro, nome do autor, tipo de capa... Já podem nos trazer alguma informação sobre...)
Contexto situacional: trata-se do contexto estabelecido pelos elementos fora do texto que lhe abrem possibilidades de maior entendimento. (experiências, informações históricas, geográficas, psíquicas... para ser realizada uma leitura ativa, íntima)
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Os princípios da textualidade nos mostram como cada texto é conectado ao nosso conhecimento do mundo e da nossa sociedade.
Os princípios da textualidade devem abranger qualquer tipo de texto. Eles devem nos ajudar a fazer múltiplas conexões não só dentro de um texto, mas também entre o texto e os contextos humanos nos quais ele ocorre, bem como determinar que conexões são relevantes.
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Mesmo sendo os dois princípios de textualidade mais ‘lingüísticos’, a coesão e a coerência são afetadas por nossas crenças culturais e atitudes.
A ‘competência comunicativa’ deve ser vista como um potencial aberto e dinâmico que pode sempre ser enriquecido. Para Beaugrande, as pessoas são ‘competentes’ em graus bastante diferentes e podem encontrar severas limitações na sua liberdade de acessar o conhecimento e buscar objetivos sociais.
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Do que a terra mais garrida
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;
“Nossos bosques têm mais vida”
“Nossa vida”, no teu seio, “mais amores”.
(Hino Nacional Brasileiro)
EXERCÍCIO
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Nossas flores são mais bonitas
nossas frutas mais gostosas
mas custam cem mil réis a dúzia.
(MENDES, Murilo. Canção do exílio)
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Nosso céu tem mais estrelas.
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
(DIAS, Gonçalves. Canção do exílio)
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Um texto cita outro com, basicamente, duas finalidades distintas:
a) para reafirmar alguns dos sentidos do texto citado;
b) para inverter, contestar e deformar alguns dos sentidos do texto citado; para polemizar com ele.
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Em relação ao texto de Gonçalves Dias, o Hino Nacional enquadra-se no primeiro caso, enquanto o de Murilo Mendes encaixa-se no segundo. Quando um texto cita outro invertendo seu sentido, temos uma paródia. Os versos do Hino Nacional, colocados no princípio desta lição, parafraseiam versos de Gonçalves Dias; os de Murilo Mendes parodiam-nos.
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A percepção das relações intertextuais, das referências de um texto a outro, depende do repertório do leitor, do seu acervo de conhecimentos literários e de outras manifestações culturais. Daí a importância da leitura, principalmente daquelas obras que constituem as grandes fontes da literatura universal. Quanto mais se lê, mais se amplia a competência para apreender o diálogo que os textos travam entre si por meio de referências, citações e alusões. Por isso cada livro que se lê torna maior a capacidade de apreender, de maneira mais completa, o sentido dos textos.
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Não são as chuvas escassas o principal problema dos que vivem no Sertão. O maior empecilho é a falta de interesse político, haja vista a conveniência de existirem eleitores miseráveis e persuasíveis, que se tornam presas fáceis aos objetivos meramente eleitoreiros dos candidatos da região.
Não é preciso ir longe para comprovar que o “polígono das secas” pode ser transformado em uma área rentável, sem causar grandes gastos no orçamento dos Estados ou da União. A região do Vale do Rio São Francisco, em Petrolina e Juazeiro, é o melhor exemplo de desenvolvimento, aplicando-se métodos simples de irrigação.
Seca: escassez de água ou de decoro político?Seca: escassez de água ou de decoro político?Rafael dos Anjos - estudanteRafael dos Anjos - estudante
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As ações emergenciais como as frentes de trabalho e a distribuição de carros-pipas, são as medidas mais utilizadas pelos políticos, principalmente, em anos eleitorais. Projetos como o “Dnocs” (implantação de açudes no Sertão), a transposição do Rio São Francisco e tantos outros que visam a uma regularização da situação no “polígono das secas”, são barrados, devido a superfaturamentos e desfalques nas verbas destinadas ao combate à seca.
Não é apenas por água que clama o nordestino, mas por uma oportunidade de se desenvolver. Não é a terra árida ou a escassez de chuvas que determinam a “vida Severina” do sertanejo, mas sim, a ausência de decoro político que persuade esses tantos “severinos”.
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COSTA VAL, M. Graça. Texto e textualidade. In: ____. Redação e Textualidade. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
PLATÃO, Francisco; FIORIN, José Luiz. Para entender o texto: leitura e redação. 16. ed. 5. imp. São Paulo: Ática, 2004.
XAVIER, Antonio Carlos dos S. Como se faz um texto: a construção da dissertação-argumentativa. Campinas: Ed. do autor, 2001.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS