4.2 PEQUENO DICIONÁRIO ENCICLOPÉDICO UMBANDISTA

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    INSTITUTO DE TEOLOGIA DE UMBANDA POPULAR

    PEQUENO

    DICIONRIO ENCICLOPDICO UMBANDISTA

    POPULAR(552 palavras)

    Braso de Freitas

    AAba. A figura do Grande Pai, autoridade maior e lder de toda a comunidade, que

    certamente se transformar em ancestral.b. O Poder da Essncia que d propsito ao Ax. o princpio que induz ao

    espiritual. Um dos trs Elementos do Primeiro Instante da Criao de Olorun. Consideradotambm como uma esperana de paz de esprito.

    Ab Bax de Ori. Cerimnia de iniciao de um ser humano no rito de assentamentoda fora energtica do Orix em contato direto com o iniciando, em assentamento feito emsua cabea, num Ronc de uma Camarinha. a popular feitura de santo, o maiorassentamento que um mdium ou um assistente recebe na Umbanda.

    Abad. Tnica (na maioria das vezes branca), de mangas largas e compridas, usadapelos pais-de-santo nos rituais umbandistas. Ultimamente o nome vem sendo vulgarizado

    pois dado ao colete de marca-de-bloco-carnavalesco usado por trios eltricos no carnavalbaiano.

    Abad. Ajeum oferecido ritualisticamente para Omulu ou Obalua ou Yorim.Aban. Cco.Abar. Ajeum oferecido ritualisticamente ao orix Yansan, Ob e Ibeji ou Yori.

    Pequeno bolo preparado com feijo fradinho, temperado com camaro, cebola e pimenta,envolto em folha de bananeira e depois cozido em gua.Abass. Nome dado ao Barraco do Terreiro, no Candombl, ou simplesmente o

    Terreiro, na Umbanda.Aberm. Bolo de milho, envolvido em folha seca de bananeira, oferecido a Omulu e

    Oxumar.Abi. o posto mais baixo da hierarquia de um Templo. o nome dado ao filho ou

    filha de santo depois que se submete a algum ritual de recolhimento no Templo. tambmusado para designar menina ou moa em estgio pr-noviciado. Tambm costuma ser usadopara designar o simpatizante no-iniciado.

    Abiku. Mais conhecida no ritual como criana que nasce para morrer, ou tambm

    pessoa que obsedada pelo esprito de um morto, ou seja, um egun (Popularmenteconhecido como encosto).Ab. Banho que serve como ritual de limpeza, de purificao e de defesa, considerado

    muito forte por ser preparado com no mnimo 21 ervas sagradas maceradas por no mnimo49 dias, num vasilhame fechado e protegido contra a luz.

    Abomi. Uma das formas de Xang.Abrajs. Apetrecho do vesturio de Oxaluf, que consiste num bracelete de metal

    prateado, usado em cerimnias. Existem tambm os Abrajs feitos de palha da costatranada e ornamentados com missangas brancas, que so usados nos punhos dos Babalas,principalmente quando esto deitando Bzios.

    Abracadrabra. Palavra mntrica que demanda frmula mgica de origem cabalstica

    (hebraica), originria de ab (pai); Ruah (esprito); Dabar...Os Cabalistas atribuam valoressimblocos ao A, reuniode AB e a de ABR. O nmero 11 (total das letras do vocbulo) e

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    o nmero 66 (total das letras do tringulo) formavam cabalisticamente a quadratura msticado crculo, que o smbolo da totalidade. Magisticamente: ABRA CAD (de cadeia, defechado) ABRA ou tudo junto soando mantricamente: ABRACADABRA (Abre-temistrio...). Palavra que at hoje continua tendo este Poder Mstico que representa...

    Aca. Pasta de farinha de arroz, sem sal (para Oxal), ou de milho para os demais

    Orixs, feita com muita gua em sua composio, e cozida em ponto de gelatina. Depois depronta enrolada em pequenas partes em folhas de bananeira. Convm que seja, depois depronta e enrolada em folhas de bananeira, conservada em geladeira para que a massa ganheconsistncia, evitando assim derreter no calor.

    Acaraj. Pequeno bolo arredondado ou alongado como um quibe, feito de feijofradinho ralado e cozido sem casca, com sal e cebola picada e camaro modo, frito emazeite de dend fervendo.

    Ach. a pronuncia consagrada no Brasil para o conceito da palavra Ax. Arestituio, a regenerao e a transformao dinmica da Essncia em energia e desta emessncia.

    Achir. Ato de desincorporao; finalizao do processo de transe incorporativo (no

    anmico) ou possesso.Acu (Eku) O primeiro homem. Adam Kadmon dos nags feito com a seiva das

    rvores. Da ser a floresta a habitao das almas e dos orixs e a ela ligados tambm estaremde alguma forma ligados s almas e aos ancestrais.

    Adarrum. Toque de atabaque para chamada dos orixs.Adj. Conjunto de pequenos sinos usados nos rituais e cerimnias e que, quando

    tocados prximo do ouvido dos filhos-de-santo, ajuda a desligar os sentidos auditivos delesfacilitando assim o processo de transe, pois o rudo impede a mente de divagar, mantendo-aconcentrada no ritual.

    Ad-iran. Fetiche em forma de Cabaa de pescoo alongado (em forma de pnis) queExu carrega em sua mo e que repositrio de inesgotvel Ax.

    Adum. Ajeum oferecido ritualisticamente ao orix Oxum.Afef. Miticamente o vento que acompanha Yansan, sendo, pois o prenuncio de

    tempestade.Afox. Grupo carnavalesco baiano feito em homenagem a Exu. Ritualisticamente

    considerado pejorativo dos rituais do Candombl. Entretanto, muito querido pelo povo deum modo geral. O termo Afox j foi ouvido em pontos cantados junto como os nomes deXang (Inch) e Exu (Loni), e para alguns, devido origem do nome, ligado a Exu ePombagira. Certa vez ouvi um ponto cantado no Ronc de uma feitura de santo com vriosmdiuns: Afox Loni, eh! Loni, Afox eloni, et bla Inch.

    Aganju. Uma das formas de Xang.

    Agb. O Ancestral. Seja ele Orix, seja ele Exu.Ag. um termo Yorub que significa um pedido educado de licena.Agod. Uma das formas de Xang.Agog. um instrumento de metal, formado por duas campnulas de forma cilndrica

    e de diferentes tamanhos, unidas por um arco tambm de metal, usado para marcar ritmo.Agu. Uma das formas de Oxossi. Tambm pode ser uma cabaa coberta de renda de

    contas de Santa Maria, usadas como instrumento musical para marcar ritmo.Ahpu. Segundo o Popol-Vuh, o livro sagrado dos Maias, foram os sbios da primeira

    raa que difundiram o conhecimento do mundo.Aiy. O Cu da Terra. Universo. Mundo Natural ou vida Material na Teologia Yorub.

    O Universo Astral.

    Ai. Peito.

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    Aj. Orix que conduz o esprito dos eleitos para o astral, onde iro aprender segredose magia.

    Ajab. Ajeum ritualisticamente oferecido ao orix Iroc.Aj. Feitio. Costuma-se aplicar o nome tambm s pessoas que so afeioadas com o

    uso do Feitio. Tambm quer dizer coisa feita.

    Ajeun ou Ageum.Na Umbanda, termo que designa comida de Santo. Mas, de ummodo geral, o termo designa comida, alimento.Aj-Xalung. Deus da sade, da medicina, da cura.Ajunt ou Junt. Na Umbanda, a cerimnia em que se realiza a consagrao de

    todos os Orixs de um mdium, com a vibrao de Oxal. Diferente do orix de cabea (oGenitor Divino, origem e meta evolutiva do Krma Causal) e do Olori (o Orix Krmico,meta da encarnao atual e que influencia o comportamento fsico-biolgico-psiquico doindivduo), o Junt ou conjunto vibratrio exerce uma influncia mais discreta sobre apessoa, porm mais firme e concreta pois faz parte da constituio fsica e mental da pessoanaquela encarnao.

    Alab. Sacerdote-chefe do culto dos eguns.

    Alab. O Chefe dos Ogans dos atabaques e instrumentos musicais.Alafi. Sacerdote auxiliar no culto dos eguns.Alafim-Ech. Uma das formas de Xang.Alaketu. Ttulo do rei da regio de Ketu, na frica. Nome tambm dado aos Templos

    que seguem o ritual Ketu. Segundo a tradio africana dos Yorubs, o iniciador da linhagemdos Alaketo foi Exu.

    Al. Noite.Alguidar. Vasilha de barro de formato de cone truncado, usada como recipiente de

    obrigaes, comidas de santo, para amacis ou para macerar ervas.Alhu. Alma penada que ainda no encontrou seu lugar no astral e usada pelos

    feiticeiros, segundo os ndios araucanos. No candombl o quiumba.Alufan. Uma das formas de Xang.Aluvai. Um dos nomes de Exu, vindo das correntes angolanas.Alubaa. CebolaAmaci. Amaci um ritual importantssimo dentro da Umbanda. uma espcie de

    assentamento, preparado em forma de banho de ervas ou lavagem de axs, objetos, oris,amuletos ou talisms ou em repouso em recipientes com objetos ritualsticos mergulhadosdurante tempos pr determinados em espera ritualstica. O Amaci um dos melhores rituaispara assentar todo tipo de vibrao.

    Amal. Ajeum oferecido ritualisticamente a diversos orixs, mas com destaque paraXang, Yori (Ibejis) e Ob.

    Amarrado. Situao em que se encontra um indivduo qualquer que esteja sob oefeito de um trabalho feito ou feitio que tem o objetivo de atrapalhar a sua vida em todos oscampos, ou mant-lo preso em alguma situao qualquer da vida cotidiana (Amarrado numcasamento, num noivado, num negcio, etc.).

    Ander. Ajeum ritualisticamente oferecido ao orix Nan Buroqu.Andira. Morcego, uma das entidades mgicas em que o pay se transforma para agir

    no mundo espiritual.Angu. Ageum ritualisticamente oferecido a Yemanj.Angue. Alma penada, o quiumba dos guaranis.Anhang. Alma protetora da caa, segundo os nossos indgenas. Os padres catlicos

    distorceram sua figura, atribuindo-lhes a natureza do diabo.

    Anjo-da-Guarda. O Orix Krmico ou Orix da Encarnao ou ainda Olori.Aparelho. Nome que se d a pessoa que o Orix se serve como veculo.

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    Apo. Bolsa ritualstica onde so transportados os objetos msticos, carregados depoder.

    Apo iwa.Bolsa da existncia, que Olorun deu para OxalAr. Corpo, no sentido de qualquer Ser que existe. Todos os Espritos, por serem

    energia vibratria luminosa, no tm corpo material, mas possuem um Ar ou espcie de

    corpo sem forma, um corpo apenas energtico, amorfo. Apenas para designar algo existente,como por exemplo, uma conscincia, uma personalidade.Ar Aiy, Corpos da Vida. Personalidades vivas, do Eu espiritual. Todos os seres do

    mundo visvel.Ar orum. Os seres sobrenaturais, tanto orixs como ancestrais.Arampatere. Ajeum ritualisticamente oferecido ao orix Obalua ou Omulu ou

    Yorim.Aret. Esperana.Ariax. Banho lustral ritualstico, feito de folhas maceradas, e tomado pela

    madrugada, ao relento. Sua funo preparar os centros nervosos dos iniciados para osrituais que se seguem numa passagem do processo de iniciao no Santo. Seu efeito

    principal discretamente sedativo, ajudando a deixar o iniciado num estado de semi-inconscincia durante o qual so ensinados rezas, frmulas e conceitos filosficosritualsticos e litrgicos.

    Arqutipo. Modelos filosficos religiosos derivados do conceito original de Jung,porm conjugado a cada tipo filosfico-espiritual da personalidade dos Orixs, cujasvibraes so refletidas na vida dos Espritos a eles ligados por vibraes ritualsticasdiversas, inclusive por vibrao original do prprio esprito encarnado.

    Aruanda. Na Umbanda, Aruanda o local onde ficam os espritos desencarnados,desde aqueles que j conseguiram vencer a linha divisria (fictcia) entre vibrao espirituale vibrao material e, por isso, j esto cada vez menos contaminados medida que seaproximam das regies do Orum. Assim cada Linha Vibratria dos Orixs possui a suaaruanda especfica, embora todas fiquem no mesmo lugar. So elas: Aiy ou o Cu paraOxal; Humait para Ogun; Arer para Oxossi; Djacut para Xang; Orucaia para Yorim(Obalua, os Velhos); Irer para Yori; Calunga Grande ou Olokum para Yemanj.

    Assentamento. Os Axs consagrados a alguma Divindade. Ritual pelo qual se liga umcorpo qualquer a um Ax ou fora mstica de uma energia imaterial. Objeto, pedra, metal emadeira que servem de acumuladores da fora (ax) de um orix.

    Atabaques. So os Tambores que so os principais instrumentos sagrados do culto.At-axogum. Iniciado para sacrificar animais de dois ps.Asiwaju.Ttulo caracterstico de Ogun. Aquele que vai frente.Atin. Conjunto de folhas e ervas especiais de cada Orix. Energia vegetal que vibra

    com cada Orix.Ax. Segundo Mestre Itaoman (Ivan H. Costa, em If o Orix do Destino), o Ax Princpio e Fora na Teologia Yorub. Enquanto princpio emana dos Orixs e induz Realizao Espiritual. Enquanto Fora sutil e astral, pode ainda condensar-se em lugaresnaturais sagrados para os Orixs e ser transferidas para locais devocionais, objetos de cultose pessoas relacionados com os mesmos. Enquanto fora essencial material umacombinao particularizada a cada caso, contendo as apropriadas ervas e materiaissimblicos do Branco, do Vermelho e do Preto. Como essa combinao no uma frmulafixa, antes de se conseguir um Assentamento, fazer um Filho-de-Santo, ou prepararum objeto ritual, imperativo que seja feita uma consulta ao orculo para se saber, a cadaocasio, qual a combinao necessria...

    Popularmente, o Ax o poder da Realizao que dinamiza a Existncia (IWA).Ax-igb. Cabaa onde o babala guarda seus direitos e ordens de trabalho.

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    Axex. Ritual fnebre. Um dos sete sacramentos da Umbanda.Axer. rvore de Oxossi. Normalmente pode ser a pitanguerira, a goiabeira, o

    araaeiro ou accia-jurema ou jurema preta.Ax. Roupa de um modo geral. Na Umbanda a roupa de santo ou ritualstica do

    mdium.

    Axogun. Iniciado na funo de sacrificador de animais de dois e quatro ps.Axox. Ajeum ritualisticamente oferecido ao orix Oxossi e a Loguned.Ayi. Do peito.Ay. (Aiy) Terra visvel.

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    BBab. O Pai ritualstico (o Pai-de-Santo) que, por extenso serve de prefixo de

    diversas palavras onde exista uma relao de paternidade como, por exemplo: Babalaorix,Babala, Babadeok, Babamidum, etc.

    Babau. Culto brasileiro existente na Amaznia, muito parecido com a Umbanda emseus rituais, formado pelo sincretismo entre os cultos indgenas, o candombl brasileiro emiscigenao crist em geral.

    Babala. Genericamente o Pai que tem o Segredo, o senhor do Tabuleiro, osacerdote de Orumil If. Na Umbanda, o sacerdote que, alm de poder ser o pai-de-santoda casa, tambm aquele que atende ao pblico principalmente usando o Jogo de If.Portanto, de um modo geral o Babala o sacerdote que dirige o templo e tambm jogabzios para qualquer pessoa que o procure para tal. talvez o ttulo mais alto da Umbanda,principalmente no Grupo Popular. O correspondente feminino do Babala aIala.

    Babalorix. o Chefe masculino que dirige o Terreiro, mas que somente joga bzios

    dentro dos rituais de obrigaes dos filhos-de-santo. Seu trabalho especfico a preparaosacerdotal de seus filhos e o funcionamento ritualstico do Terreiro. Diramos, sem medo deerrar, que na Umbanda o Babalorix um grau anterior (Inferior) ao de Babala, que oGrande Chefe ou autoridade mxima. O correspondente feminino ao Babalorix a Ialorix.

    Babalosaim. Nome dado no Candombl e na Umbanda ao sacerdote de Osse, ouaquele que tem o conhecimento das ervas ou botnica sacerdotal. O seu Correspondentefeminino na Umbanda aIalosaim.

    Babalotim. Nome dado a boneca de pano que representa os orixs na festa semi-religiosa do Afox.

    Babaoj. o sacerdote do culto secreto dos Eguns. Nesse culto, o sacerdote chamado de Baba e o iniciado chamado de Oj.

    Bacuro. Orix em angola.Baixar. a expresso usada na umbanda para explicar o processo pelo qual entidadesespirituais (Orix ou Caboclo, Velhos ou Velhas, Crianas Baianos, Boiadeiros, Marinheirose outros) se incorporam no corpo de um mdium iniciado.

    Bal. Um dos tipos de Yansan, entidade ligada ao culto dos mortos. Yansan de Bal quem comanda os eguns. Entretanto em alguns Terreiros existe um local especfico chamadoBal das Almas que consagrado aos Eguns.

    Banda. a designao dada ao lugar de origem de uma entidade da Umbanda. Muitasvezes confundida como sinnimo de Linha. Entretanto, na umbanda, este termo designaespecificamente o lado de origem da Fora (Direita ou esquerda. Bem ou mal, etc.).

    Banho. Infuso de ervas para purificao. Mas existem muitos tipos de banhos

    utilizados nos rituais tanto da Umbanda como do Candombl, banhos esses onde no teminfuso de ervas como por exemplo: banho de cachoeira, banho das sete ondas, banho nafonte, banho de chuva, etc.

    Banho de descarga. Ou Banho de descarrego. Ou ainda Banho de Desimpregnao. o banho preparado com ervas sagradas que possuem um grande poder de descarregarenergias negativas (Espada-de-Ogun, arruda, guin, levante, colnia, alecrim, malva, etc.),sendo acrescido sal grosso mistura da gua com as ervas. Quando este banho tiver que sertomado de cabea e tudo (Normalmente s tomado do pescoo para baixo), ao mesmodevem ser acrescidas sete raspas de pemba consagrada.

    Banhos de Ervas. As ervas ou os vegetais de um modo geral, so condensadores deenergias solares e csmicas. As energias csmicas captadas mais importantes so aquelasque vm atravs das linhas de fora ou correntes eletromagnticas de determinados astros ouplanetas, tornando assim estas ervas afins a estas vibraes planetrias. Estas vibraes

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    planetrias se afinam (vibram) com as Vibraes Originais vindas dos Orixs. Da o seugrande poder energtico nos rituais espirituais.

    Banho de Elevao ou Litrgico. So assim designados os banhos utilizados pormdiuns j iniciados. Estes banhos so especficos para afinar e aumentar a ligaovibratria entre o mdium e suas entidades espirituais assentadas.

    Banhos de Fixao ou Ritualsticos. So banhos de carter essencialmentemedinicos, visando a precipitao maior de fluidos etreo-fsicos do mdium para facilitara ligao fludico-vibratria entre o mdium e seu Mentor Espiritual.

    Banho lustral. O mesmo que Aliax.Barajs. So colares feitos de pequenos bzios, em duas fileiras distintas, amarradas

    uma outra formando um s cordo grosso. Normalmente so confeccionadosritualisticamente para os orixs Nan Buruqu, Oxumar, Omulu e EUA, mas tambmpodem ser preparados para outros orixs e, para isso, so enfeitados com miangasdiferentes para cada orix nos cordes ou eventualmente fechados por duas pequenascabaas (ou fechamentos de porcelana), sendo uma para cada fio.

    Barco. Grupo de filiados num ritual de candombl ou umbanda que recebe a iniciao

    ao mesmo tempo.Barraco. Local onde so feitas as cerimnias pblicas do candombl.Barravento. Genericamente, Barravento significa tonteira, estgio inicial do processo

    de incorporao de uma Entidade (Orix ou Guia) em oposio ao Axir. Barraventotambm o nome de um toque de atabaque sagrado de tempo musical e marcao ligeiros.

    Bater cabea. o cumprimento mais importante nos rituais da Umbanda. Envolvetodo o corpo sendo que a cabea a parte que mais se movimenta. Na Umbanda estecumprimento se caracteriza pelo ato de prostrar-se ao cho, encostando a cabea pelo menostrs vezes em algum objeto sagrado (a toalha branca o objeto mais usado), ou encostar trsvezes a cabea no Pej. Nas Giras de Umbanda se constitui num ritual solene. Costuma-setambm usar o termo Adoba para designar a saudao bater cabea.

    Batete. Ajeum oferecido ritualisticamente ao orix Ogun.Batuque. Designao para os cultos afro-brasileiros do Rio Grande do Sul.Beguri. Ageum oferecido ritualisticamente ao orix Xang.Beijada ou Ibeijada. Termo usado na Umbanda para designar a falange dos espritos

    de crianas. Este nome deriva do termo Ibeji.Bolar. Desmaiar por causa da proximidade do orix, num ritual do candombl. S

    acontece com os mdiuns ainda no iniciados.Bombonjira Termo utilizado na Umbanda para designar a vibrao feminina de

    Elebara, isto , a Pombagira.Boiadeiro. Falange de Entidade popular da Umbanda de espritos chamados

    Protetores e que trabalham junto com as entidades Caboclos.Bori. Termo utilizado na Umbanda para denominar a Cerimnia de feitura ouobrigao de cabea e mais popularmente obrigao de cabea para a Entidade Guia domdium (Caboclo, Pai ou Me Velhos, Crianas, etc.). mais conhecida, inclusive comoSacramento, com o ttulo Bori de Caboclo. a maior obrigao que se pode dar a umesprito diferente do mdium (que no pertence ao mdium, ou seja, que tem conscincia epersonalidade diferente do mdium), que trabalha como Guia ou Orientador Espiritual emmisso de resgate evolutivo.

    Buroqu ou Buruk. Sobrenome de Nan. No meio afro-brasileiro o termo Buruk usado, quando sozinho (sem Nan) como sendo mau caminho, difcil, confuso.

    Bzios. Tambm conhecidos como cauries, uma concha de molusco de praia que

    utilizada, depois de desprovida do molusco, usada como pea nos sistemas de DivinaoSagrada praticados originalmente na frica. A concha considerada, pela sua forma como

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    smbolo por excelncia dos duplos espirituais e dos ancestrais, de onde advm seuspoderes oraculares.

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    CCaa. A Mata; o poder da mata.Caa-Yary. Culto dos conhecimentos dos Medicamentos da Medicina Oculta dos

    Velhos Pajs. O Termo significa a Natureza como Me, no sentido de dentro dela mesmaencontrar-se o remdio; CAAMata, Vida, Natureza; YARYPotncia que reina. Termo deorigem tupi-guarani, conhecido na Umbanda como O Poder dos Vegetais na Cura dos males.

    Caapora. Personagem mais conhecida na Umbanda como Caipora. Pela tradio tupio termo significa literalmente habitante das matas e trata-se de uma figura mitolgica datradio indgena brasileira, que defende tudo que existe na mata, principalmente os animais,tornando-se um verdadeiro demnio para os caadores. Na Umbanda desponta como figurafeminina associada ao orix Osse, representando sua parte misteriosa e perigosa.Comumente associada imagem de Osse virada.

    Cabinda. uma Nao do Povo Banto. Na Umbanda, codinome de Entidades que seapresentam como Avs ou Pretas Velhas que se apresentam em quase todos os Terreiros de

    Umbanda.Caboclo. E Tambm Caboclas. Genericamente refere-se aos mestios descendentes docruzamento de brancos com ndios. Entretanto, o significado mais amplo, pois refere-se aoestgio jovem da evoluo humana, onde o ser rpido, apressado, ligeiro e com muitovigor, representando assim a segunda fase do desenvolvimento do ser humano (Infncia,

    juventude, velhice). Desta forma Caboclo ou cabocla todo ser jovem ou jovem-adulto, operodo entre a infncia e a velhice.

    Cabula. Para a Umbanda, Cabula um toque de atabaque consagrado para caboclomuito usado durante as Giras. No Candombl, Cabula um culto afro-brasileiro de origemangolana, que usam muito o simbolismo cabalstico em seus rituais, que acontecem namaioria das vezes na mata.

    Calunga. Termo usado na Umbanda para designar um campo sagrado (o Cemitrio)onde se encontra o Cruzeiro das Almas aos ps do qual so saudados e recebem obrigaes,a Corrente dos Pretos Velhos. O Cemitrio tambm campo sagrado para Exu, ondetrabalha o Povo do P. Por isso existe uma entidade da Quimbanda chamada de Calungaou grupo de entidades ligadas aos cemitrios.

    Calunga Maior. O Mar.Camarinha. No Candombl, Camarinha um local onde o iniciado fica recluso

    durante perodos que variam conforme o rito seguido. Na Umbanda, Camarinha muitomais do que apenas um local, tambm um Ritual de Recolhimento (iniciao).

    Cambono. Na Umbanda, Cambono um mdium preparado para o atendimento aosassistentes e, por isso, o auxiliar direto do mdium de passe nas Giras. Normalmente mas

    no necessariamente, o Cambono um mdium que no incorpora entidades de atendimentoao pblico. Mas sua importncia to grande no ritual que costuma ser paparicado(tratado com muito carinho e cuidado) tanto por mdium como por entidade. Quase todos osTemplos de Umbanda determinam um dia para comemorar como Dia do Cambono, queassim se torna um dia de festa no Terreiro.

    Candombl. Nos cultos afro-brasileiros, a palavra candombl, de origem Bantu, l nafrica designa os locais onde se realizavam as festas religiosas dos Bantus de um modogeral. L na frica, a palavra candombl era famosa pois todos os dias de culto, os tamborestocavam avisando aos fieis sobre as sesses, e tocavam a noite toda durante as sesses dosCultos de Nao. Quando os escravos no Brasil, aprisionados nas Senzalas, saudosos de suasptrias e suas liberdades, fabricavam tambores de couro e tocavam noite tentando lembraras festas de suas ptrias. Os escravos de outras fazendas ao ouvirem os toques, mesmo sem adevida cultura ritualstica e falando os mais variados dialetos, encontraram uma palavra em

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    esprito e como tal no come alimento orgnico. Portanto a comida na verdade no paraum Santo, Orix ou Esprito Puro qualquer. para voc, como esprito puro que voc . Oobjetivo bsico a troca de energia, pois na concentrao das energias da oferenda naenergia mental do mdium canalizando-as para objetivos do mundo externo, ajudado pelosacerdote na realizao do ritual.

    Compadre. Nome dado a Exu que guarda ou protege o TemploCong. O Santurio, o espao sagrado do Mundo Subjetivo (o Aiy) onde se encontrao Peji, em contrapartida ao espao profano do Mundo Material (ou Ilu) onde est aassistncia. O assistente penetra no mundo subjetivo onde recebe o atendimento e a cura dosseus males que so descarregados na Trunqueirinha (portal) que fica entre o Cong e aassistncia.

    Coquen.Galinha dangola.Coroa. A Coroa do indivduo sua cabea, o seu Eu, a Conscincia, a percepo. No

    sentido mstico considerado na Umbanda, a Coroa do mdium o conjunto das Entidadesque acompanham e do assistncia ao mdium nesta misso encarnatria.

    Cruzamento. Normalmente nas Giras de Umbanda, as Entidades que esto no

    trabalho de atendimento aos assistentes, cruza com pemba pontos estratgicos no corpo doassistente: na testa, na nuca, nas duas frontes, no lado esquerdo do peito na altura docorao, nas costas das mos ou nos pulsos, e no peito dos ps. Este ritual de Cruzamentoensinado pelas Entidades repetido pelos mdiuns nos diversos rituais de atendimento doTemplo e pelo Pai de santo nos rituais de Camarinha. A finalidade proteger estes pontosestratgicos do corpo porque so, junto com o ponto do topo da cabea, os pontos maisvulnerveis ao ataque de energias ou vibraes de todos os tipos.

    Cundim. Ajeum feito de farofa para despachos de oferendas.Cura ou Cutilagem.No Ritual de iniciao chamado Feitura de Santo na Umbanda,

    num determinado instante do ritual, so efetuadas, semelhana do cruzamento compemba, cutilagens em determinadas partes do corpo do mdium onde so assentadas asVibraes de Cura dos santos do mdium. Portanto, Cura o assentamen to das vibraesque fecham as aberturas, e Cutilagem o ato de abrir os portais dos organismos para aCura.

    Cura dos males. Curar doenas fsicas ou psquicas tarefa muito difcil que requerestudo e dedicao profissional em escola superior especializada (Faculdade de Medicina ePsicologia. Mais difcil ainda curar doenas espirituais onde somente o sacerdcio e aabnegao altrustica podem alcanar. O processo de Cura dos males materiais e espirituaisna Umbanda normalmente feito por Entidades Espirituais devidamente incorporadas. Mas bom lembrar que existem pessoas (Normalmente mdiuns especiais), que possuem o poderda cura magntica. No somente no meio Umbandista (Tambm no Kardecismo, no

    Catimb, at mesmo nos meios cristos), existem pessoas que nascem com o dom da cura.Na verdade, esse dom consiste numa energia magntica diferenciada chamada de podermagntico, onde o magnetizador (aquele que detm o poder) utilizando um fluidomagntico fruto de seu poder, revivifica as clulas do corpo e estanca provisoriamente acirculao fazendo cessar a dor, ou ento liberta algum ponto bloqueado da correntemagntica do Akasha ou Luz Astral que correm por meridianos ou condutores de energiapelo corpo humano; estes pontos uma vez bloqueados formam verdadeiros ns queprovocam todo tipo de doenas ou mal estar material, abalando o corpo fsico. Omagnetizador, utilizando essas foras, pode curar numerosas doenas e acalmar doresfsicas. Esse magnetismo semelhante, de algum modo, quele que provm do Cosmos,mais exatamente do Sol (Prana). ele que faz brotar os rebentos das plantas na primavera.

    Ao que se sabe, esse fluido pode ser mensurado por um magnetizador. Um valor deaproximadamente 3,50m de fluidos num mdium suficiente para desenvolver nele os

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    poderes da cura. Mas preciso lembrar que no basta apenas possuir o poder. precisotambm desenvolver uma preparao a nvel sacerdotal, buscando uma mudana interior nosvalores sociais e comunitrios da pessoa.

    Curiar. Beber.Cy. considerada na Umbanda (embora pouco cultuada), a deusa do mato na

    mitologia tupi. mais cultuada nos terreiros de Catimb.

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    DD. Orix oriundo do Daom. Na cultura Yorub, h muitos sculos, foi um dos

    conceitos formadores do orix Oxumar.Dag. Ttulo (nome) dado filha mais velha de um Terreiro.Dandalunda. Um dos nomes de Yemanj, de origem Congo Angola.Dana. A atividade mais comum a quase todas as cerimnias pblicas de um Terreiro.

    A dana ritualstica chama-se Xir.Dek. (Dec) Cerimnia que faz parte integrante e obrigatria da Obrigao de Santo

    chamada Junt. Representa o Poder concedido pelo Pai ou Me ao filho ou filha quecompleta a Obrigao, e que consiste no Poder de Abrir sua prpria Casa de Santo.

    Delogum. No candombl, o conjunto dos 16 bzios para adivinhao. Na umbanda, ocolar ritualstico do mdium feito sem os gomos do colar chamado Seguir.

    Descarrego. Nome dado a diversos tipos de rituais, cuja funo bsica afastarvibraes e energias negativas, destrutivas ou apenas indesejadas, que atuam no Aura (o

    corpo urico) de cada pessoa.Desenvolvimento.Este termo se refere expresso desenvolvimento medinico, noqual novios e novias se engajam obrigatoriamente para aprender a cultura umbandista,prticas ritualsticas, o envolvimento templrio e o desenvolver suas mediunidades. Emresumo, o conjunto do aprendizado inicial de um mdium.

    Despacho. Genericamente, significa afastar, mandar embora, libertar, enviar paraalgum lugar direcionado. Ritualisticamente falando, na Umbanda, o despacho ,normalmente, uma oferenda bem caracterizada quanto ao seu destino e funo, com afinalidade de afastar a energia ou entidade para locais determinados, longe do local ondeesteja atualmente atuando. Quando o afastamento ritualstico da vibrao, energia ouentidade feito de forma obrigatria, o ritual remete todo o ambiente envolvido (Entidade,

    vibrao ou energia) ao Caos Primordial. Neste caso, mirongas so quebradas...No Candombl o ato de levar para fora do terreiro os restos de oferendas, que jestiveram durante algum tempo nos altares.

    Dijina. Termo usado na Umbanda para designar o nome secreto ou espiritual com oqual o ser humano conhecido no Mundo Espiritual (nome de seu orix). Por isto este nome pessoal, intransfervel.

    Dobal. No Candombl, saudao prpria das pessoas que tem orix de cabeafeminino. Na Umbanda, cumprimento feito aos orixs, ao pai ou me de santo, ou aosatabaques. feito deitando-se no cho, de bruos.

    Doum. Nome sincrtico dado a um dos gmeos Ibejis.Doburu. Pipoca.

    Dudu. Cor Preta. Uma das trs Qualidade do Ax. Poder Gestante Feminino.

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    EEbami. Nome dado ao filho ou filha-de-santo que completou os sete anos de feitura e

    recebeu no Junt, o seu Dek.Eb. Depois de muita controvrsia, finalmente o Eb, hoje em dia, a designao do

    ajeum sagrado de Exu. (Omi, Ep, Otin e Iyefun).Ebomin. Filha-de-santo que cumpriu sete anos de iniciao.Ebora. As Entidades do Poder Genitor Feminino, que esto associados vida, ao

    Preto, terra e a gua dos mares, rios, lagos, mananciais. considerada como a MaiorEbora, o orix Odudua, a me da Terra.

    Eduru. Ajeum oferecido ritualisticamente ao orix Dada ou Baini (associado aXang dos vegetais).

    Ef. Ajeum oferecido ritualisticamente ao orix Nan Buroqu.Efun. um giz branco feito de argila que, misturado com gua forma a Pemba, e

    tambm para marcar o corpo das Ias nas cerimnias de feitura de santo. So feitos pontos

    brancos formando desenhos caractersticos na cabea (raspada), nos braos e no tronco.Assim o Efun passou a se caracterizar num ritual executado logo aps a cutilagem eraspagem da cabea.

    Egrgoras. Entidades vibracionais coletivas (no so espritos, j que nenhum serhumano possui poderes para criar um esprito) criadas por tempo limitado em funo de umtrabalho especficos (ver Saracanga).

    Egun. Para o Candombl, osso, caveira, morto. Para o ser humano, egun o espritode um morto. Mas, se pensarmos bem, egun somos todos ns, como espritos que somos,mas somente quando estamos desencarnados. Apesar de os orixs serem espritos, naUmbanda no se costuma cham-los de eguns. Na maioria das vezes so os antepassadosque so chamados de eguns.

    Egungun. Enquanto Egun o osso, Egungun o esqueleto, o morto menosqualificado.Ej. Sangue de animal sacrificado. Mas tambm considerado com qualquer sangue,

    inclusive o humano.Ekedi. a segunda personalidade mais importante de um Terreiro. No Candombl

    costuma ser chamado de Ogan, no o tocador de atabaque como na Umbanda, mas como obenfeitor do Templo.

    Eku. O primeiro homem criado por Abssi, origem da raa nos cultos afro-cubanos.Elebara. Nome dado ao par vibratrio Exu/Pombagira.Eled. Na Umbanda existem duas vertentes de interpretao. Uma denomina Eled

    como o Anjo da Guarda cristo. Para a outra vertente, trata-se do Genitor Divino (Orixs Pai

    e Me Primordiais do esprito encarnado (ou seja, todos os espritos possuem seus GenitoresDivinos, origem de todos os espritos).

    Elementais. So seres do mundo astral que no correspondem a espritos de mortosnem a orixs. So vibraes energticas de carter neutro, criados para construrem todas ascoisas existentes no Universo Astral. Todas as coisas astrais (atmicas) so formadas pelacombinao destes quatro Elementos Naturais chamados de Fogo, gua, Terra e Ar. Estesseres nunca encarnam e so absolutamente neutros em seus valores energticos. Estes quatroelementos foram criados para estabelecerem a Ordem no Universo Catico.

    Elemi. a vibrao de orix logo abaixo do Eled. Se O Eleda se equipara a IWA aExistncia, Elemi se equivale a ABA a Essncia.

    Embanda. Sacerdote intinerante que orienta os terreiros.Emi. O Ar, a Respirao, um dos cinco componentes msticos que compem a

    individualidade Yorub:

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    1) Ar = O corpo criado do barro por Olorun.2) Emi = A Respirao que determina a diferena entre um corpo vivo e um corpomorto.3) Ori = Cabea, responsvel pela conscincia, pelos sentidos e pela intelignciahumana.

    4) Bara = Exu do corpo, responsvel pelo equilbrio fisiolgico e atmico.5) Eled = Orix criador do indivduo. Genitor Divino. O prprio Sopro, oEsprito Santo, Puro.Popularmente Emi significa esprito, essncia vital inteligente, o Eu ouconscincia de cada pessoa que independe de seu corpo fsico e que sobrevive morte deste.

    Encantados. Nome dado aos orixs por influncia do Catimb.End. Nome respeitoso dado na Umbanda a um sacerdote considerado Mestre pela

    sua sabedoria, inteligncia, cultura, experincia e respeito.Engoma. O Atabaque, no dialeto Angolano.Engoroci. Orao falada ou cantada. Reza sagrada, ritualstica, litrgica.

    Enu-gbarij. Um dos dezesseis ttulos ou qualidades do Oba Bara. O Boca coletivados orixs, ou aquele que fala (repete o que o orix diz) em nome dos orixs.

    Entabe. Cigarro.Ep. Azeite de dend.Er. Na Umbanda, o Er um esprito com caractersticas meio infantis, cuja

    responsabilidade trazer ao mdium as ordens ou determinaes do Orix deste mdiumlogo aps a desincorporao, j que o Orix no fala.

    Er. Significa segredo.Eerup. A lama (gua mais terra) que recebeu o Sopro (Emi) para constituir o

    primeiro ser do Universo Astral.Exu. Esprito cado (um de ns) que habita o lado da Penumbra das Trevas, e que

    ainda est carente de evoluo. So os espritos que trabalham na Quimbanda, sendo quealguns deles so chamados a trabalharem nos portais entre a Luz e as Trevas nos rituaisUmbandistas.

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    FFalange. Termo usado na Umbanda para designar espritos que exercem sua

    influncia vibratria dentro de uma mesma linha ou de um mesmo grupo que tenhaafinidade vibratria.

    Fazer a cabea. Literalmente significa fazer o santo, termo muito usado noCandombl, mas tambm usado na Umbanda. Este ritual tem a finalidade de tornar a cabeaum canal de comunicao direta (mesmo que o mdium no esteja pensando) com o orixou com o ax. Na Umbanda, o termo fazer a cabea tornou-se sinnimo de desenvolvimentomedinico, onde o interessado aprende o significado teolgico dos rituais, da liturgia e doculto em geral.

    Fazer o santo. Ter a iniciao no candombl.Fechar a gira. Na Umbanda, este termo significa o mesmo que fechar os trabalhos ou

    fechar o ritual. Consiste basicamente em quebrar a corrente espiritual formada no incio doritual da Gira, desfazendo a corrente mental-espiritual formada pelos mdiuns. (Na verdade,

    esta corrente que caracteriza a Gira). , portanto o encerramento da sesso ritualstica daGira.Fechar a tronqueira. Existem duas interpretaes para este termo. Uma que significa

    o isolamento do terreiro das influncias de quiumbas, espritos de mortos que atuam comencosto, sofredor ou zombeteiro, portanto que atuam para fins negativos. A outra maisampla pois significa fechar o terreiro ou o Portal de comunicao protegido pelosassentamentos do Il Dokut, a casa do Exu Guardio do Terreiro.

    Fechar o corpo. uma cerimnia ritualstica que visa isolar o corpo e o esprito deuma pessoa das influncias negativas do mundo externo, impedindo, no campo espiritual,que entidades espirituais no vinculadas a pessoa lhe causem transtornos fsicos, e tambmprotege contra tiros, facadas ou venenos diversos que possam por em risco a vida fsica da

    pessoa. uma cerimnia bastante longa e complicada, alm de muito perigoso,principalmente por quem os faz e em quem feito.Feijoada. Ajeum oferecido ritualisticamente ao orix Ogun, e que tornou-se prato

    tradicional da Culinria Brasileira muito apreciado, procurado e popularizado. Feito em p. Pessoa envolvida no culto umbandista sem nenhum preparo ritualstico

    tradicional e correto. Diz-se de pessoas que so feitas no santo de maneira incorreta, nocondizente com os rituais mnimos da Tradio Ancestral.

    Feito no santo. o mdium iniciado que participou dos rituais corretos deassentamento do santo na cabea, de acordo com a Tradio Ancestral e que reconhecidopor outros sacerdotes de respeito no meio umbandista. Portanto, aquele que faz a iniciaocorreta.

    Ferramentas. Apetrechos consagrados vibrao de um Orix ou Entidade, e porisso, carregados de suas vibraes.

    Fetiche. A traduo correta do termo Fetiche objeto magistico preparado porquem de direito em ritual absolutamente correto, e que, por isso, possui os poderes mgicosque lhes so atribudos.

    Figa. um amuleto em forma de mo humana fechada, com o dedo polegar enfiadoentre o dedo indicador e o dedo mdio. Na verdade trata-se de um Mudra ou gesto simblicocabalstico carregado de Ax. Normalmente preparado ou confeccionado com madeira darvore sagrada Guin, sua finalidade afastar foras negativas, mau-olhado ou energiamental negativa de outra pessoa. Quando bem preparada (como fetiche) seu poder togrande que ultrapassou as fronteiras dos cultos afro e fazendo e fosse adotada por diversoscultos em todo o planeta. Hoje em dia a Figa universal.

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    Filho-de-santo. preciso esclarecer que este termo comumente usado pelosacerdote chefe de um terreiro ao se dirigir a qualquer pessoa que freqente seu terreiro,independente de ser inicia dou no. Basta a pessoa ser freqentadora assdua do templo e terafinidade com a comunidade do templo e com o Pai de santo. Entretanto, ritualisticamente,um filho de santo um mdium iniciado nos rituais de Umbanda.

    Firmar.O termo correto firmar a cabea. Neste sentido, existe a possibilidade dese firmar a cabea, ou em outras palavras, o pensamento em algo ou alguma coisa, ou firmara cabea ou o pensamento em si mesmo, isto , em sua prpria conscincia a fim dedesligar-se de qualquer outra ligao mento-espiritual que tenta aproximao para contato,seja intuitivo ou incorporativo. Em outras palavras, impedir que uma entidade qualquer seaposse do seu corpo, da mente e da conscincia em processo de incorporao ou possesso.Quando o sacerdote, durante uma gira, no momento em que os atabaques e o coro demdiuns entoam pontos ritualsticos por qualquer razo sendo at mesmo paraincorporao e algum na assistncia comea a dar sinais de transe, o sacerdote aproxima-se da pessoa, sacode-a pelos braos em gestos ritualsticos e grita em seu ouvido: Firma acabea!, para que as influncias do pseudo transe termine ali, naquele momento. J quando

    a pessoa um mdium em desenvolvimento e se encontra no Cong participando do ritualde treinamento para incorporaes e o mdium sente dificuldade em atrair a vibrao doesprito desejada, o sacerdote grita em seu ouvido: Firma a cabea para seu Caboclo, isto, chama sua Entidade para incorporao.

    Fundanga. Fundanga significa plvora. Na Umbanda usada quando se desejaqueimar com objetivos purificadores, um ambiente onde ir ocorrer uma cerimnia de culto,ou em outros casos mais ligados ao ritual interno de limpeza.

    Fu emi. Por favor.Funfun. Cor branca. Qualidade do Poder Gerador Masculino, fora positiva do Ax.

    Iwa, o Poder da Existncia.

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    GGameleira. rvore consagrada ao orix Iroc tambm conhecido no Candombl

    como Tempo. Alguns Tabuleiros de If so confeccionados com madeira da Gameleira.Ganga. No Candombl o nome de um Exu muito violento e descontrolado,

    considerado por isso muito perigoso. Na Umbanda este termo designa o equilbrio entreforas positivas e negativas de todos os seres vivente. Neste caso, ganga seria a neutralidade(termo assim usado quando se diz que um Protetor, da direita, est em ganga). O termotambm usado quando se refere ao Babala no instante em que ele vai tomar algumadeciso, tanto no plano fsico como espiritual, em relao s atividades do templo,principalmente se for sobre rituais.

    Gira. Um dos sete Sacramentos da Umbanda, e um dos mais importantes para toda acoletividade do terreiro pois neste ritual, muito freqente, onde o umbandista faz contatocom o Mundo Divino, momento em que traz a tona as suas mazelas do dia-a-dia e tentacorrigi-las com o auxilio de Entidades de Luz. Trata-se, pois de um ritual de atendimento ao

    pblico, um dos alicerces da Umbanda.Gge. Termo usado no Candombl e copiado na Umbanda para designar os africanosanimistas de origem Daomeana, conhecidos como Jeje e Mahi, partilhantes da cultura Nag,contra quem se revoltaram ao fundar o Estado do Daom.

    Gong. O mesmo que Cong. O local sagrado das Divindades no Mundo Natural. OCu da Terra onde se manifestam as Entidades do Mundo Sobrenatural. Oposio aAssistncia que o local dos espritos encarnados ou simplesmente Mundo Material.

    Grgula. Esttua de uma figura grotesca com corpo humano mas com garras nas mose nos ps, com asas, rosto meio humano meio animal de aspecto tenebroso, feito de argila eque trazido vida por artes mgicas com poderes de destruio em ataques ferozes contraseres humanos. Estas esttuas eram colocadas como vigias ou guardis no alto de torres de

    catedrais e de palcios para proteg-los de qualquer ataque de pessoas contra o local.Gronga. Bebida preparada com mel e pinga.Gu. Nome do orix Ogun no Jeje.Guaran. Planta amaznica muito famosa em todo o planeta como refrigerante, e que

    possui propriedades de cura e rejuvenescimento.Guguru. Ajeum do orix Irok. Consiste em pipoca moda regada com mel.Guias. (Colares). Colares ritualsticos de contas que ligam o fiel a uma determinada

    entidade ou orix. Servem tambm para defend-lo de ms influncias astrais.Guias (Entidades). Nome genrico dado na umbanda s entidades que se manifestam

    atravs da mediunidade, em um iniciado.Guin. Pas africano, origem de muitos escravos que foram trazidos para o Brasil.

    Tambm nome de uma erva sagrada nos rituais da umbanda.

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    HHarpias. Termo surgido no meio umbandista (herdado da Magia Negra europia)

    usado para designar entidades monstruosas da mitologia grega e romana, confundidas com aBruxas Negras, com cabea de mulher de horrvel aspecto, dotadas de asas, quepersonificavam o mal no seu mais alto grau, a tempestade e a morte, e que atormentavam ematavam os seres humanos a seu bel prazer. Na linguagem popular, harpia significa umamulher odiosa, repugnante e maldosa, semelhana daquelas chamadas pejorativamente decascavis ou cobras venenosas. No meio Umbandista entende-se que uma harpia podeser criada de forma semelhante ao de uma Egrgora, s que a harpia atua nas trevas maisescuras exclusivamente com o mal.

    Hexagrama. O Hexagrama , genericamente, o smbolo do equilbrio perfeito.Cabalisticamente considerado o maior e mais perfeito smbolo da Criao do Universo.Mais precisamente o smbolo da vida, a manifestao da Existncia. Talvez por isso sejaconsiderada a estrela mgica de seis pontas ou Selo de Salomo. Na Magia representa o

    Poder Gerador do Falo e o Poder Gestante da Vulva, que so os geradores da vida. formado por dois tringulos sobrepostos e invertidos, representando a perfeio das duasvertentes geradoras do movimento (pelo antagonismo), do Tempo (consequncia lgica daexistncia do movimento), que so A LUZ e as TREVAS ou O ESPRITO e aSUBSTNCIA ETRICA INDIFERENCIADA (Catica).

    Hauss. Lngua e povo do norte da Nigria e terras prximas, tanto no Centro-Nortecomo no Oeste da frica. No Brasil so conhecidos como Mals. Carregam uma grandeinfluncia muulmanas que tem origem no Sudo, invadido pelos Islamitas. Foram osHausss, os introdutores do maometanismo na raa negra no Brasil.

    Home.Derivado de Homem. O Home ou O Homem, termo que se refere a Exu, osenhor da meia-noite. Nas giras de Quimbanda, muito comum ouvir-se os prprios Exs

    incorporados referirem-se ao Home como sendo O Maioral, O Chefe de Todos, talvez ato prprio Lcifer ou algum dos seus enviados preferidos (Asmodeus, Belial), ou at mesmoreferindo-se s Vibraes negativas equilibrantes dos orixs, como Alaxir, Nug, Issoxo,Ognax, Amiroy, Iroy e Ajnamey, ou ainda aos Chefes de Falanges Sete Encruzilhadas,Tranca Ruas, Marab, Gira Mundo, Pinga Fogo, Tiriri e Pombagira Rainha. Neste caso, OHomem citado representa um Poder Muito Maior, que comanda todas as Trevas.

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    IIa ou Iya. Termo que designa Me. Prefixo comum nos nomes de cargos femininos,

    repetindo a mesma tradio de associar um prefixo aos nomes de sacerdotes masculinos.Iab ou Iyab. Referncia genrica aos orixs femininos das guas.Iabass ou Iyabass. Filha-de-santo chefe da cozinha ritual de um Templo.Iakeker ou Iyakeker. Literalmente a me pequena da casa, cargo definido pelo

    sacerdote ou sacerdotiza chefe do templo. a auxiliar imediata e normalmente quem preparatodos os rituais e cerimnias.

    Ialax ou Iyalax. Cargo feminino de um terreiro onde a filha-de-santo nomeadaresponsvel pela guarda e conservao dos axs do terreiro.

    Ialorix ou Iyalorix. Me-de-santo chefe de terreiro, que somente deita bzios paraos filhos da casa e, normalmente, por necessidade ritualstica.

    Ians. Ver Yansan.Ia. Filho ou filha-de-santo novio. comum na comunidade de um templo

    umbandista que o termo Ia seja dado apenas para aqueles que entram em processoritualstico de obrigao.Iara. Um dos nomes dados Yemanj.Ibeji. Tambm conhecido na Umbanda como Yori, um orix membro das Sete

    Linhas da Umbanda, sincretizado na Igreja catlica com os gmeos Cosme e Damio.If. Ou Orumil If um orix masculino considerado o deus da adivinhao, que

    domina o tempo, tanto eternal como cronolgico, pois atua nos dois mundos. Domina todosos processos adivinhatrios.

    If. Cidade Nigeriana considerada a capital religiosa dos cultos Yorubs. Para eles, foil que iniciou-se toda a criao da Terra e tudo que nela existe.

    Igb. Cabaa, recipiente. No sentido figurado significa algum importante que

    possua qualidades msticas especiais.Igbim. um caracol gigante comestvel (tipo escargot) oferecido ritualsticamente aoorix Orixl.

    Ijex. uma batida ou toque de atabaque, por ser lento, normalmente tocado para asIyabs. um dos toque mais usados nas Giras de Umbanda, pois tocado direto na parte deAtendimento da Gira.

    Ikin de If.Coquinho de dend.Ik. uma Entidade Ebora, que tem natureza e significado prprio, diferente das

    demais Eboras, de certa forma at diferente, j que as Eboras representam o Poder GenitorFeminino, Ik representa o fim da vida (material) pois a individualidade da morte naTeologia Yorub.

    Il. Grito que d o Ia no momento em que recebe seu orix num processo deincorporao durante uma cerimnia. Este grito to caracterstico que chega a ser usadopara identificar quem o orix que est se manifestando. Por isso muitas vezes se atribui ogrito aos orix.

    Il.Literalmente significa casa de culto. Desta forma, na maioria das vezes se refereao terreiro de um modo geral. Mas o nome tambm a primeira palavra do termo IlDOcut, que significa, na Umbanda, a casa do guardio chefe do terreiro, ou territrioda Quimbanda que protege o terreito.

    Il dokut. Casa de Exu.Il dorix. (Santurio Esotrico). Altar ou casa com os assentamentos dos orixs.Il sain (bal das almas). Casa onde so cultuados os espritos ancestrais e dos

    mortos em geral, vigiados por Yansan.Il. Terra. Regio geogrfica grande.

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    Il-aiy. Terra da Vida. Local das Divindades da Criao na Terra.Imol. Ser Sobrenatural, Divino. Orix.ncubo. Demnios masculinos da luxria.Ingorossi. (Engoroci) Reza, orao.Iniciao. Introduo de uma pessoa nos conhecimentos secretos dos ritos

    doutrinrios, litrgicos e msticos, carregados de significados metafricos e metafsicoscontidos nas tradies e ancestralidade vivencial de uma religio. Normalmente esteconhecimento contm uma forma elaborada de explicar a existncia da vida, como elasurgiu, de onde veio, junto com seus fenmenos biolgicos, atmicos, psquicosrelacionados com o nascimento, vida e morte, em relao com o sobrenatural, a conscinciae demais elementos no genticos nem atmicos, mas reais e sobreviventes dita morte.Iniciar-se ter cincia do real e do subjetivo, e dos mistrios que vo alm da morte.

    Iorub. Ver Yorub.Ipet. Ajeum oferecido ritualisticamente ao orix Oxum.Iroko. Orix masculino cultuado nos Candombls de algumas partes do Brasil, onde

    tambm conhecido como Loko, Katend ou Tempo.

    Irunmol. Nome dado aos orixs de esquerda.It. Literalmente significa pedra. Outras vezes aplicado ao conceito de ot ou pedra

    consagrada como ax.Itan If. Contos da Tradio Oral Yorub dos Versos de If (Es Itan If).Iwa. Princpio da Existncia que tudo cria. O Poder de Existir.Ix. Poste central do salo do candombl tradicional, sob o qual ficam enterrados os

    assentamentos da casa.Iya. Me.Iyami. Me ou Senhora Minha.Iya tebex.Aquela que puxa os cnticos sagrados.

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    JJanaina. Um dos nomes de Yemanj. Muitas vezes chamada e cultuada como Filha

    de Yemanj.Jeje. Grupo tinico do Daom, hoje Repblica Popular do Benin. Um dos povos

    africanos que mais influenciou os candombls brasileiros. Seu culto foi quase que totalmenteassimilado pelos Nags, mas uma parte resistiu a miscigenao e manteve ritos puramenteJejes (os Mina, Jeje Mahi.)

    Jeov. Nome da divindade Suprema oriundo do islamismo, usado em alguns cultos deorigem daomeanos.

    Jibon. Funo feminina de auxiliar de um babalorix. O mesmo que Iyakeker.Jika. Gestos e sinais manuais e corporais feitos por um orix incorporado, que

    caracterizam sua Linha Vibratria.Jogo adivinhatrio. Consulta ao destino (passado ou futuro) das pessoas.Jgo de bzios. Consulta ao destino feita atravs do jogo com bzios ou cauries.

    Processo divinatrio.Juc. rvore sagrada do culto Batuque, no norte do pais, (PA), dedicado cura dasdoenas materiais.

    Judas. Sinnimo de traidor, traio.Junt. Na Umbanda, a Obrigao de 7 ano de feitura de santo onde o mdium assenta

    o conjunto de orixs de sua encarnao, junto com a vibrao de Oxal. a consagrao doDek (Poder de sacerdcio que d o direito de abrir o prprio Terreiro).

    Jurema. Genericamente simboliza a Mata como um todo. Tambm representa aFalange (grupo) das mulheres (caboclas) da mata. Representa tambm um dos maiorescultos de origem Tupi O Culto de Muyraquitan ou culto da Jurema, em oposio vibratriaritualstica com o culto masculino do Tembet.

    Jurem. Jurem , mais especificamente a Mata Viva, ou o nome coletivo dosespritos da mata e de toda a vida nela existente. Jurema a Mata e Jurem a vida da mata.Juremeiro. Caboclo, ndio nos terreiros de umbanda.

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    KKalunga. O mesmo que Calunga. Mais especificamente o Mar e sua profundeza

    escura e fria. Mas tambm o bero da vida.Karoke. Pedido formal de licena que algum pede para se comunicar com algum

    que esteja recluso em Ronc.Katend. O Orix Tempo.Kel. Colar ritualstico de submisso que o novio traz no pescoo, desde sua

    iniciao at a cerimnia da Quebra do Kel, quando o orix se apresenta paramentado.Kere-ker. Mandinga de Exu.Keto. Antigo reino que ocupava o atual Benini e a Nigria, governado por um rei

    chamado Alaketo que deu o nome a um famoso candombl baiano, comandado pelaIyalaorix Olga de Alaketo. Tradicionalmente, segundo o candombl, o iniciador dalinhagem dos Alaketos foi Exu. uma subdiviso da cultura yorubana.

    Kianda. Tambm conhecida como Dandalunda de origem angolana. Foi assimilada

    pela na cultura Yorub por Yemanj.Kibuko. O mesmo que Zaze (Xang).Kintu. Categoria nag daquilo que no um ser; muntu.Kissimbi. Nome no culto angolano de um dos orix feminino mais cultuado na

    Umbanda: Oxum.Kota. Cargo feminino de auxiliar nos rituais de Umbanda e tambm no Candombl.Ku. Mo.Kete. Burro.

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    LLagdib. um colar ritualstico de Omulu, feito de contas pretas ou marrom-escuras

    (normalmente de chifres de boi, cortadas em forma de pequenos discos.Laroi. Saudao mais popular feita a Exu no Brasil.Latip. Prato ritualstico oferecido ritualisticamente a Omulu.Lavagem do Bonfim. Durante uma festividade anual de muito prestgio em Salvador,

    ocorre uma cerimnia conhecida como gua de Oxal, que consiste basicamente nalavagem simblica das escadarias da Igreja do Senhor do Bomfim, sincretizado como Oxalno Candombl e na Umbanda.

    Lebara ou Legb. Nome dado a Exu nos Candombls de tradio Jeje.Legio. Na Umbanda, existe a Linha que determinada pela vibrao original de cada

    orix que compe a Coroa Divina (so sete); dentro da Linha, existem Legies quesoformadas por Espritos Puros (altamente evoludos) que vibram num mesmo canalenergtico e que comandam grupos de diferentes qualidades vibratrias dentro da mesma

    vibrao bsica, e que por sua vez se subdividem em Falanges e da em Grupos. Tudo isto apenas para explicar a Hierarquia vibratria da Linha espiritual.Lel. Ajeum oferecido ritualisticamente ao orix Yemanj.Lemba. Oxal nos cultos angolanos e congoleses.Linha. Ponto mais alto das qualidades vibratrias da hierarquia espiritual. Na

    hierarquia umbandista, o orix a figura imaterial que chefia os espritos que vibramharmonicamente com ela, que atuam dentro da mesma faixa vibratria da mesma Linha.

    L. Espao astral reservado para Ogun. Aruanda de Ogun, tambm conhecida naUmbanda como Humait.

    Loanda ou Luanda. Grupo tnico da rea ocidental do domnio Banto, de negrosafricanos que vieram escravizados para o Brasil.

    Loas. Os orixs no Vodu.Loguned. Orix cultuado na Umbanda no como chefe de Linha mas como vibraode Oxossi cruzada com Oxum.

    Loko. Orix masculino tambm cultuado como Iriok, Katend e Tempo.Lonan. No Candombl cultuado como o guardio da entrada do barraco do

    candombl. Na Umbanda s cultuado como o chefe da falange dos Exus Guardies da Linhade Oxossi.

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    MMacaia. Termo que na Umbanda significa literalmente a Mata com todos os seus

    mistrios. Na frica significa as folhas das rvores. No Candombl significa as folhassagradas de cada orix.

    Maconha. Termo dado as folhas de um a planta que possui efeitos alucingenos, e quevicia com muita facilidade provocando grandes estragos na sade dos viciados.

    Macumba. Termo largamente usado genericasmente para designar os cultos afro-brasileiros de um modo geral, principalmente umbanda, Candombl e Quimbanda. Muitasvezes denota postura pejorativa de pessoas mal informadas e at mal intensionadas que usamo termo indicando manifestaes de feitiaria. Tradicionalmente o termo designava uminstrumento musica usado nos rituais de danas nos cultos africanos.

    Madrinha. Sacerdotiza que assume a ajuda de proteo e ensinamento culturalreligioso dentro dos rituais e do culto afro-brasileiro de um modo geral, dentro de umterreiro de Umbanda.

    Me. Tratamento carinhoso dado as sacerdotizas que assumem funes culturais oudoutrinrias dentro da comunidade de um terreiro, mas que tambm extensivo a toda aUmbanda. Me uma sacerdotiza que assenta os santos de mdiuns na Umbanda.

    Me-dgua. Nome genrico dos orixs femininos. Entretanto mais utilizado para sereferir a Yemanj no mar, ou a Oxum nos rios.

    Me-de-santo. Sacerdotiza que assenta, nos rituais de Umbanda, os orixs de seusfilhos-de-santo na cabea dos mesmos, nos rituais da Camarinha. Ela , na realidade umaZeladora dos assentamentos dos orixs dos filhos e, por isso, carinhosamente eresumidamente chamada de Me-de-santo, ao invs de Me que assenta o santo nacabea do filho.

    Me Pequena. A sacerdotiza auxiliar direta da Me-de-santo, substituindo-a algumas

    vezes em pequenos rituais ou quando devidamente autorizada a substitu-la por motivo defora maior.Macumba. Ritual e danas mgicas caractersticas dos Yorubs. Algumas vezes

    usada por pessoas desavisada e que no conhecem a cultura Yorub, que esse termo sejausado de maneira pejorativa, encantamento, coisa mandada, malefcio, etc.

    Magia. Misticamente, a Magia entendida como a maneira de se agir sobrefenmenos naturais e sobre o comportamento dos seres humanos utilizando-se de energia,seja nas formas puras encontradas na natureza, chamadas de orixs, ou atravs de agentesespirituais como os espritos dos mortos ou os seres elementais (fogo, terra, gua e ar), apartir de atos rituais. Segundo uma diviso da cultura moral crist, existe a Magia Branca,que voltada exclusivamente para o bem, e a Magia Negra, voltada exclusivamente para o

    mal. A Umbanda interpreta a Magia como um todo, isto , s existe uma Magia, j que asenergias csmicas materiais ou espirituais so duais, isto , possui dois lados opostos deigual potncia, que se alterna num movimento de vai-e-vem, criando o fundamento bsicoda Existncia: a Vida. Neste sentido, a Magia no pode ser usada manipulando-se apenas umdos lado. A direo da fora deve ser escolhida (o bem ou o mal) e o ritual executado noequilbrio dos dois lados, com nfase para o lado escolhido.

    Mahi. Subgrupo cultural sudans (Jeje Mahi), fortemente influenciada pela culturadaomeana.

    Maionga. O mesmo que Ariax.Mago. O Mago normalmente um sacerdote que obtm por intermdio das receitas da

    magia, resultados surpreendentes e sobrenaturais. um personagem importante nacomunidade mstica, respeitada e benfazeja, de profunda sabedoria e bondade para com oprximo.

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    Malei. Nome dados Entidade Guia, chefe de falange na linha vibratria de Ogun.Mal. Nome que designa os negros escravos islamizados (Nags, Peules, Hausss,

    Tapas, Grunces) que foram responsveis a diversas insurreies na Bahia (1807/1835).Maleme. Nome dado a um pedido ritualstico de perdo de um iniciado ao Babala,

    quando comete alguma falta grave.

    Mambembe. Cntico de misericrdia.Mameto. Nos candombls de Angola, Mameto de Inkice semelhante Me-de-santo, do mesmo modo que Tta de Inkice se assemelha a Pai-de-santo.

    Manac. Flores brancas e roxas muito populares, consagradas ao orix Nan.Mandinga. Feitio, arte mgica. Termo que teve origem na fama dos feiticeiros

    negros Mands ou Mandingas.Manifestao. Termo largamente utilizado no Candombl e na Umbanda para a

    incorporao de orixs. Costuma tambm ser usado na Umbanda na incorporao deentidades Guias.

    Mo-de-faca. Poder concedido ao responsvel pelos sacrifcios.Mo-de-If. Poder de adivinhao concedido a um sacerdote que compreende uma

    mistura de sensibilidade especfica com conhecimentos adquiridos atravs de muitos anos deestudos e treinamento dentro dos cultos afro-brasileiros (Candombl e Umbanda) atravs derituais e obrigaes especficos.

    Mo-de-Of. Termo dado a quem possui, atravs de muito estudo e muitos anos dededicao, conhecimentos especficos e profundos sobre o poder das ervas e a que vibraoelas pertencem.

    Mo-de-vumbi. Poder de assentamento de orix feito num iniciado por um Pai-de-santo falecido.

    Marab. Na Quimbanda Chefe-de-legio, energia que vibra em oposioequilibrante Linha de Oxossi na Umbanda.

    Marafo. O mesmo que cachaa, aguardente, pinga, bebida alcolica de um modogeral.

    Maria Padilha. Nome de Pombagira considerada par vibratrio de Tiriri, e que vibraem oposio equilibrante ao orix Oxum da Linha de Yori na Umbanda.

    Marinheiro. Entidade protetora que baixa na Umbanda na vibrao de Caboclos.Mari. Palmeiras ou agrupamento de folhas de palmeira cujo objetivo principal

    afastar os eguns de uma casa, seja de moradia ou de culto. Mari tambm uma ervasagrada do orix Ogun.

    Marmotagem. o adjetivo usado para identificar os praticantes de cultos afro-brasileiros sem fundamentos de tradio, misturando elementos de diferentes visesfilosficas ou religiosas aos rituais praticados, e que se julgam muito sabidas, achando que

    esto abafando diante de outros Templos da Umbanda ou do Candombl.Matalamb ou Mutalamb. Nome dado ao orix das matas nos rituais de Angola,que se fundiu ao conceito ou termo Nag dominante do orix Oxossi.

    Mboi. Figura mtica do folclore brasileiro como smbolo da terra e do encantamentoda mata. A grande cobra com poderes mgicos, confundida com a caipora.

    Mdium. Aquele que possui mediunidade (poder sobrenatural de contato comvibraes espirituais). Pessoa que tem o poder, o potencial de servir como intermedirioentre o mundo fsico e o mundo espiritual, de se comunicar com esprito de mortos.

    Menga. O mesmo que sangue de animais sacrificados ritualisticamente.Mestre. Maior Grau sacerdotal da Umbanda, equivalente ao Babala ou Iyala.Metamorfose. Transformao natural ou atravs de prtica ritualstica, de pessoas ou

    coisas.

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    Mina. Nome dado no Brasil aos escravos vindos da Costa do Ouro, na fricaOcidental

    Mironga. Segredo, mistrio criado objetivamente por um ser humano ou por umaentidade do astral.

    Mojub. Um dos nomes de Exu.

    Morubixaba. Entidade mtica tupi-guarani, que designa na Umbanda codinome deEntidades-guias.Muamba. Sortilgio, despacho com efeito negativo ou perigoso.Mungunz. Ajeum oferecido ritualisticamente ao orix Oxal.Muzenza. Nome dado as filhas-de-santo nos Candombls de nao Angola. Na

    Umbanda o nome dado ao ritual de sada de ronco dos filhos de santo aps uma obrigaoritualstica de ias numa Camarinha.

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    NNao. No contexto afro-brasileiro, Nao significa grupo cultural com tradies

    prprias e particulares intrnsecas de culto.Nag. Termo originrio de Anag que significava Nag, dado pelos Fon do Daom,

    mas a apenas um ramo dos descendentes dos Yorubs, da federao da cidade de If. Comas guerras escravocratas, os daomeanos estenderam a denominao a todos os reinosYorubas, mas com o sentido pejorativo de lixo. Mas o designativo Nag acabou sendomais forte que o dio daomeano e o termo perdeu o sentido pejorativo, principalmente pelouso constante do nome feito pela Administrao Colonial Francesa a todos os remanescentesdos povos escravizados e por isso, passou a ser usado para denominar todos os Ketu, Jjes,Ijebu, Egb, Oy, If e Benin.

    Nan. Nome do orix feminino e par do orix Obalua (Yorim).Nheengatu. Primeira ramificao do primeiro alfabeto (Abanheenga) do nosso planeta

    Terra. Dialeto indgena por ocasio da descoberta do Brasil.

    Nla. Grande.Numerologia. Estudo dos valores simblicos e msticos dos nmeros.Nok. Civilizao agro-pastoril que serviu de base estvel s futuras migraes dos

    povos que viriam a formar a grande cultura Yorub.Nuana. Apelido que os senhores africanos davam, de forma pejorativa aos seus

    servos ou escravos (significava filho no sentido pejorativo de bastardo e cheio decinismo).

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    OOb. Orix feminino, par vibratrio de Ogun. Seu grande poder o domnio do

    Tempo (o cronolgico e o eternal). No conceito da Umbanda, Ob o Tempo, Katendde La Digina, ou seja, o Veculo da Existncia.

    Obalua. Orix masculino, senhor do elemento Terra. O mesmo que Yorim, um dosSete Membros da Coroa Divina. Das Sete Linhas da Umbanda.

    Obatal. Existe uma corrente muito comum na frica que o considera um dos nomesdo orix Oxal. Na Umbanda e na outra corrente africana, Obatal um dos nomes de Deus(Olorun).

    Ob. A Faca, instrumento usado para o sacrifcio ritualstico.Obi. Fruto de origem de uma palmeira africana, considerado sagrado nos rituais do

    Candombl, adotado tambm em grande parte dos rituais de feitura de santo na Umbanda.Obrigao. Cerimnia ou ato ritualstico que um iniciado deve fazer a seu orix de

    cabea, a seu Junt, ou tambm a seus Guias espirituais.

    Obsesso. Sentimento de possesso exagerada ou violenta por algo ou algum, aponto de se tornar perseguio doentia.Ocultismo. Designao do estudo e da prtica das cincias secretas do misticismo

    religioso (Magia), que no esto ao alcance dos profanos.Odara. Feliz, felicidade.Od. Um dos nomes do orix masculino e membro da Coroa Divina Oxossi.

    Simbolocamente representa o Senhor da Floresta.Od Aiy. Lugar das Divindades sobre a Terra. Segundo os Yorubs, as Divindades j

    haviam vivido sobre a Terra no Od Aiy, quando aqui vieram reger a criao do MundoMaterial.

    Odu. Destino. Um dos possveis lances que ocorrem no nos jogos de adivinhao.

    Representa a Fala de um orix manifestando-se no esclarecimento do destino de quemconsulta If.Odudua. Orix feminino, par vibratrio de Oxal. Em lendas africanas ensinadas no

    Candombl, aparece algumas vezes com irmo de Oxal. Segundo o mito Yorub, a Odudua atribuda a criao do universo astral, cabendo a Oxal a criao do Ser Humano.

    Of. Nome dado ao instrumento simblico do orix Oxossi, instrumento tambmconhecido como damata. Entretanto, o nome Of utilizado ritualisticamente na Umbandapara simbolizar ou o conjunto de folhas do orix Oxossi ou todas as folhas da mata.

    Oferendas. So todos os tipos de oferecimentos ritualsticos tais como, ajeum, frutos,sacrifcios, objetos ritualsticos, velas, etc., feitos pelos filhos-de-santo aos seus orixs ousuas entidades que trabalham na Umbanda, ou ainda a qualquer entidade espiritual como

    forma de agradecimento ou como energia ritualstica para troca ou restituio de Ax.Ofurufu. Hlito Divino Vivificador de Olorun. O Sopro Divino.Of. Orao, frmula encantatria ou reza mgica.Og. No Candombl, ttulo de um posto hierrquico, cuja funo exercida

    exclusivamente por homens. considerado o protetor civil do Templo. Na Umbanda aquele que toca o instrumento atabaque e faz parte do coro do Templo.

    Ogboni. Sociedade secreta dos Babals.Ogun. Orix Membro da Coroa Divina e componente das Sete Linhas da Umbanda.Oj. Faixa de pano ritualstica usada na umbanda pelos mdiuns feitos para formar

    turbantes ou apenas cobrir a cabea.Oj. Olho humano.Ojugbona. MestreOk. Saudao a Oxossi.

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    Okot. Espcie de caracol, de estrutura interna calcria espiralada, em que os Yorubssimbolizavam a abertura para o infinito, portanto a expanso e o crescimento. tambm umdos 16 ttulos fundamentais dos atributos de Exu na cultura Yorub: Exu Okot = ummultiplicado pelo infinito.

    Olodumar. Um dos nomes mais usados do orix If.

    Olokum. Na umbanda representa o Grande Mar, a superfcie e as profundezas. OPoder do Mar ou Poder de Yemanj.Olosse (Olossaim). Sacerdote de Osse, que recebeu a mo-de-Of.Olorun. Literalmente, o Deus Supremo, o Senhor dos cus e da Terra. O Dono

    Absoluto do Mundo, criador de todas as coisas.Oluwo. Senhor do SegredoOmi. gua.Omo. Criana.Omolocum. Ajeum oferecido ritualisticamente ao orix feminino Oxum.Omolu. No Candombl uma das formas de Xapan (a forma velha). Na Umbanda

    considerado o orix das profundezas do mar, que vive na escurido, oposio a Obalua que

    vive nas praias. Omulu o Senhor do Caos Primordial, de onde surge a vida.Ona. Caminho, trilha ou qualquer rota estabelecida.Ondinas. Os Elementos da Natureza (Fogo, Terra, gua e Ar), so constitudos por

    espritos da Natureza que no encarnam (Ondina para a gua; silfos para o ar; gnomos para aterra; salamandras para o fogo), que funcionam como agentes csmicos que no sedesenvolvem em seres humanos e que tem como tarefa primordial dinamizar o sistema vital,num campo onde no existe a energia emocional.

    Onil.So os Senhores da Terra, os antepassados, ancestrais mercedores de seremlembrados por seus feitos comunitrios que repercutem nos descendentes como exemplos aserem seguidos.

    Op. Ctro.Opaxor. O cajado do orix Oxal, feito de metal branco ou prateado.Opel. Colar usado no Jogo de If, feito por oito meias-nozes de dend, ligadas Poe

    elos feitos de palha-da-costa. Empresta o nome ao processo adivinhatrio chamado Opelde If.

    Oponif (Opanif). Tabuleiro Ritual usado pelo Babala durante o processodivinatrio com cocos de dente, marcados com sinais cabalsticos da Cabal afro-brasileira(Normalmente oriunda do Alfabeto Nheengatu ou Devanagrico). Na Umbanda conhecidocomo Processo Adivinhatrio co cocos de dend.

    Ori. Genericamente Ori significa cabea. No Candombl corresponde ao pontoprincipal do corpo de qualquer pessoa, pois por onde entra e sai o fluxo de troca de energia

    que consiste no culto dos orixs. uma espcie de porto espiritual para o culto. NaUmbanda, existe o grupo que considera o Ori como Ori-Orum ou Cabea do Alm, doesprito. Outro grupo considera que existe o Ori que se conecte com a Mente, e o Or que seconecta com a conscincia. Na religio Nag, a cabea (ori) a parte mais importante dapessoa, pois o prprio stio da individualidade, sua sntese. A Individualidade no resideapenas no interior da cabea (ori-inu ou cabea interna), pois o ser humano quando nasce,propicia as a atualizao das formas mticas que vo poder agir concretamente atravs dele.A substncia de origem divina (ipori) torna manifesta a filiao a um deus especfico, oEled, por isso chamado da dono da cabea (Olori). Como o Olori confundido com o orixkrmico, o termo , neste caso de Eled, substitudo por Ori (Eled) ao invs de Olori.Talvez por isso tenha surgido o termo Ori para Olori e Or para Eled.

    Orix. O Esprito Puro, a Luz na criao do Universo em contrapartida SubstnciaEtrica Indiferenciada ou Trevas. Orix (Luz) a Conscincia, a Percepo, a Inteligncia, a

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    Sabedoria, o Amor, a Razo, o Sentimento, o Raciocnio Lgico, o Livre Arbtrio. O Elebara(A Fora das Trevas) a matria catica, a Insensatez, o dio, a Ira, a Vingana, a Traio,a Luxria, o Vcio, a Loucura, a Leviandade, o Receio, a Soberba, o Egosmo, aImprudncia. O Orix a nossa Origem Primordial. o ponto de onde viemos, e oobjetivo de para onde vamos. Na verdade, o Orix exatamente quem sou.

    Orixal. Segundo uma parte da Umbanda um dos nomes do orix Oxal. Segundo aoutra parte Orixal o Junt, a unio de todos os Sete Pares de Orixs da Coroa Divina, ouseja, Orixal a soma de Oxal, Ogun, Oxossi, Xang, Yorim, Yori e Yemanj(Semelhante ao Brhaman que representa a trindade hindusta, Brhama, Vishnu e Shiva).Orixal um dos quatro seres (Osetuw, Orumil, Imol Exu ou Exu Yangiaquele que foicriado diretamente por Olorun - e Orixal) que podem suportar o esplendor da Luz deOlorun.

    Or. Segundo uma parte da Umbanda, a cabea que se conecta com a Conscincia.Orum. O Alm. O mundo paralelo ao mundo real, no qual esto todas as matrizes

    originais de tudo o que existiu, existe ou existir. o cu do Aiy ou o Cu do cu.Orunk. Nome dado a uma cerimnia pblica de um ritual de feitura de santo de um

    filho ou filha no culto do Candombl. Trata-se de uma sada do iniciado de umacamarinha, em transe medinico, incorporado em seu Orix.

    Orunmil. Orix Branco (Funfun), patrono da Adivinhao Sagrada. conhecido naUmbanda e no Candombl como Orumil If.

    Oshos. MagoOsse. Orix feminino, par vibratrio do orix Oxossi, um dos sete membros da Coroa

    Divina e das Sete Linhas da Umbanda. considerada a Senhora das folhas, ou a Deusa dasfolhas.

    Oss. Na Umbanda, um oferecimento ritualstico para os orixs e tambm para asentidades guias, protetores e guardies, dentro do terreiro. Genericamente, toda semana asoferendas ritualsticas feitas aos orixs e entidades so trocadas por novas, tanto no pejicomo na trunqueira. A este ritual d-se o nome de Oss.

    Osum. Barra de metal com sinos, smbolo de Oxal.Ot. Genericamente, em nag significa pedra. Na Umbanda, basicamente uma pedra

    mas com funes especialssimas nos rituais. Normalmente uma pedra ou ot um axconsagrado a uma das foras da natureza, cuja finalidade emitir (refletir) a vibraoluminosa de que est possuda em benefcio do templo ou das pessoas que o freqentam.

    Otim. Tradicionalmente, qualquer bebida alcolica servida nos rituais da Umbanda.Existem algumas diferenas conforme o tipo de bebida: otin nimb: cerveja; otin dudu:vinho; otin funfun: pinga.

    Otin Funfun. Pinga.

    Otin Nimb. Cerveja.Otin Dudu. Vinho.Oxagui. uma das duas formas conhecidas do orix Oxal, no Candombl.

    Corresponde viso jovem e guerreira de Oxal, enquanto que Oxaluf a forma velha. NaUmbanda no existe essa diferenciao. Existe apenas Oxl.

    Oxal. Orix masculino e um dos sete pares formadores da Coroa Divina e das SeteLinhas da Umbanda.

    Oxaluf. A forma da viso de Oxal mais velho, no Candombl.Ox. Machado de duas lminas, insgnea de Xang.Oxossi. Orix masculino e um dos membros da Coroa Divina e das Sete Linhas da

    Umbanda. considerado o Senhor das Matas e da caa, sendo por isso, cultuado na frica

    como Od, que significa caador.

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    Oxum. Orix feminino, par vibratrio de Yori (Ibeji) que um dos membros das Setelinhas da Umbanda e da Coroa Divina. o orix da gua doce. Sincretizada com NossaSenhora Aparecida, a padroeira do Brasil.

    Oxumar. Na Umbanda um Orix masculino, par vibratrio do orix femininoYemanj, que um dos membros das sete Linhas da Umbanda e da Coroa Divina. Orumar

    considerado o Arco-Iris, a refrao da Luz pela gua.Oy. A terra por excelncia dos Yorubs.Ow. Os provrbios sacros dos Yorubs.

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    PPacto Diablico. Combinao de renuncia a princpios ritualsticos, numa troca de

    benefcio material recebido, pela desistncia ao direito do livre arbtrio e da evoluoespiritual. Ato de vender a Alma para o povo das trevas.

    Pad. No Candombl o ritual devotado a Exu. Na Umbanda a oferenda ritualstica Exu e Pombagira, como preceito de pagamento por servios que sero prestados.Nitidamente um ritual de oferendas para produo de Ax.

    Padrinho. Genericamente na Umbanda o protetor espiritual (En tidade) oumaterial, sendo aquele que se responsabiliza pelo aprendizado cultural religioso do afilhado.

    Pai-de cabea. Ou o Genitor Divino se for o orix, ou o Guia Chefe da coroa, se for ocaboclo, Pai Velho ou criana que assume a frente do caminho espiritual do mdium.

    Pai-de-santo. O Zelador do santo. Aquele que d as obrigaes ritualsticas deassentamento de santo na cabea de um filho.

    Pajelana. Culto tradicional do norte do pais, que mistura influncias espritas crists,

    figuras do catolicismo e cultos africanos s prticas indgenas tradicionais. cultuadopredominantemente na Amaznia.Pa. Genericamente so palmas. Ritualisticamente so sinais ritualsticos que indicam

    o cumprimento de um ritual a um orix, atravs do som emitido pelas mos ao se chocarementre si.

    Passe. Ato ou ao executado por uma entidade incorporada num mdium. Neste ato,usando fludos magnticos limpa os chakras e irradia vibraes que, alm de desfazerem osefeitos das ms influncias atuantes sobre o assistente (suplicante) e que o harmonizam econsequentemente abrem seus caminhos.

    Patu. Amuleto, levado ao pescoo ou pregado na roupa.Paxor. O mesmo que Opaxor.

    Paj (pay). Sacerdote, mdium e curandeiro entre os idgenas, no Catimb, noXamanismo e na Pajelana.Pedra de raio. Pedra-fetiche de Xang.Peji. No Candombl o nome dado ao Santurio. Na umbanda o nome dado ao Altar

    dos axs que fica no Cong e onde se realizam as Giras. Peji-G (Pegic). O zelador do esoterismo do Peji e responsvel pela sua conservao

    material e espiritual e aspecto nas cerimnias e festas da Casa.Pemba. O lpis do santo. Giz especial branco, feito de argila, consagrado

    ritualisticamente para riscar pontos cabalsticos.Pentculo. Amuleto ou Talism emissor de fluidos. um utenslio mgico de valo

    universal usado desde a antiguidade, produzido em rituais de Magia. Na Umbanda so mais

    conhecidos como Talisms.Pombagira. Esprito feminino que milita na Quimbanda.Ponto. Ou um canto litrgico/ritualstico entoado pelos mdiuns, ou um sinal

    cabalstico riscado com a pemba.Povo. Denominao usada no candombl e na umbanda para identificar grupos de

    entidades de uma determinada faixa vibratria espiritual. Tambm se refere s diversasetnias dos grupos africanos.

    Preceito. De um modo geral significa obrigao ritual. Ritualisticamente falandosignifica o conjunto de deveres ritualsticos particulares de cada mdium, ou mais

    precisamente seus poderes ritualsticos recebidos atravs de obrigaes ritualsticas.Pretos-Velhos. Espritos de mortos ou Eguns que viveram no planeta terra em

    diversas encarnaes e j no encarnam mais, por terem alcanado a meta encarnatria donosso planeta e que, por misso voluntria, se prestam a incorporaes em mdiuns como

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    guias espirituais, normalmente assumindo a idia da forma da ltima encarnao, pois aque ainda conseguem ter uma pequena lembrana da forma de manifestao (No da vidaque levou na encarnao). a forma mais avanada da experincia humana sendo usadapara transmitir segurana, pacincia, calma e pureza de intenes.

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    QQuartinhas. So vasilhas de barro, estreitas em cima e bojudas em baixo, terminando

    num bocal alto, e so normalmente porcelanizadas porque nelas so colocados lquidosdiversos. Na Umbanda so usadas para contermos assentamentos dos orixs, ou da casa oude cada mdium, ou ainda do Guia Chefe do Bori de caboclo.

    Quebra de ego. Procedimento ritualstico realizado durante as camarinhas para que omdium deixe de lado suas vaidades matrias e se ligue definitivamente s vibraesespirituais, que so a razo da obrigao em curso.

    Quebra de preceito. Significa deixar de seguir as regras estabelecidas em qualquerritual umbandista, cumprir mal qualquer obrigao ou deixar de entregar as oferendas eajeum recomendados pela tradio que jurou respeitar e seguir.

    Quendar. Morrer, matar.Quibebe. Ajeum ritualstico oferecido ao orix Loguned.Quimbanda. Para algumas pessoas trata-se de uma linha ritualstica voltada

    objetivamente para o mal, para a magia negra. Para a maioria dos umbandistas e,principalmente pelos sacerdotes umbandistas, a Quimbanda a banda ritualstca quemanipula as energias telricas do universo astral, promovendo o equilbrio vibratrio ente aFora Espiritual e a Fora material para que possa haver ordem no universo astral ondevivem os espritos cados, e onde eles conseguem a oportunidade de retorno a suas origensprimordiais. A Umbanda considera a Quimbanda absolutamente necessria para queacontea a evoluo dos espritos que foram envolvidos pela vibrao telrica dasubstncia etrica indiferenciada. Assim sendo, no Universo Astral existe a Banda da Luz(Umbanda) e a Banda da Substncia Etrica Indiferenciada (As Trevas), ordenadas eorganizadas para que os espritos (ns), que vivemos nas regies de penumbra (Regies nafronteira entre Luz e Trevas), possamos vivenciar as energias luminosas que nos daro

    condies de retorno definitivo para o lado da Luz. Os rituais da Quimbanda usados naUmbanda, so preparados adequadamente para descarrego das energias telricas e permitir amanipulao do Ax (Troca e Restituio de foras) que libertar os espritos envolvidos nastrevas, permitindo sua volta para o lado da Luz a medida em que vai se livrando do poderde atrao da matria catica. Desta forma, a Quimbanda uma religio para ser praticadaem apoio Umbanda em virtude dos espritos que nela vivem e que precisam voltar a suasorigens. Quando usada isoladamente para a prtica exclusiva da energia densa e catica,transforma-se em Caminho do Mal, ou seja, os espritos nela envolvidos e p resos iro seafundar cada vez mais Lembre-se de que,para que haja vida, preciso que existam atuandode forma equilibrada, duas foras opostas.

    Quitanda dos Ias. Ritual que faz parte do Pan que, por sua vez, parte do ritual de

    iniciao do Candombl. Trata-se de um momento de transe dos ias onde se manifestam osErs (espritos que agem como criana mas que necessariamente no o so) numa espcie defeira onde vendem frutas, doces e guloseimas, alm de objetos que fabricam durante suaestada na camarinha. O objetivo angariar fundos para cobrir parte dos custos da iniciao.

    Quimbas. O mesmo que kimbas. Espritos de mortos (eguns) consideradosnegativos e obsessores.

    Quizila. o resultado de uma proibio ritual, determinada pelo orix dono da cabeado iniciado, a certos atos e ao consumo de determinadas substncias que produzem energiascontrrias s energias emitidas pelos predicados dos Orixs. De acordo com o Candombl asquizilas so explicadas atravs do conjunto de lendas de cada orix, mas correspondem,basicamente, a proibio de um ser humano consumir qualquer matria prima semelhantequela que serviu para sua feitura de santo. Na Umbanda (Em parte dela), a explicao bem simples: quizila tudo que se ope vibratriamente no mundo material s vibrae

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    positivas de seus orixs, principalmente do orix krmico que est mais prximo dasvibraes biolgicas do iniciado e, dessa forma possam afetar a evoluo krmica desseiniciado. Exemplo: a grande quizila de Oxal (Existem algumas menores) ser a vibrao emoposio Fortaleza, ou seja, a Ira.

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    RRabo de encruza. Apelido dado aos kimbas (espritos enraizados na Quimbanda)

    extremamente perigosos e negativos.Raspagem. Termo popular usado como sinnimo de iniciao ritualstica no santo, no

    Candombl.Raspar. Iniciar algum no culto dos orixs.Roa. Nome dado aos domnios terrenos do Candombl.Roda de fogo. Cerimnia puruficatria de descarrego usada na Umbanda e no

    Candombl, feita com fundanga (plvora) colocada em pontos kabalsticos riscados compemba em crulo no cho, enquanto so entoados mantras e cnticos litrgicos, dentro de umprocedimento ritualstico prprio.

    Ronc. O local sagrado onde se realiza o ritual da Camarinha.Rosacruz. Seita religiosa fundada por Christian Rosenkreuz, que se manteve secreta

    por muitos anos. Trazida a conhecimento pblico por volta de 1 610, at hoje mantm-se de

    certa forma fechada ao grande pblico, porm j no mais secreta como antes. Seu grandesmbolo uma rosa fixada no centro de uma cruz, simbolizando o emblema da cosmogoniahermtica, onde a cruz (que um emblema masculino) simboliza a divina energia criadoraque fecundou a escura substncia da matria primordial (simbolizada pela rosa, emblemafeminino) e fez com que o universo passasse existncia (Robert Flud). Ainda segundoFlud, esse smbolo possui dupla significao onde a cruz representa a sabedoria do Salvador,o conhecimento perfeito; ao mesmo tempo em que a rosa o smbolo da purificao, doascetismo que destri os desejos carnais e, igualmente, smbolo da Grande Obra alqumica,ou seja, a purificao de toda mcula.

    Rosrio de If. Genericamente, trata-se de uma fieira de contas, pedras, ou cordescom ns que serve aos fiis de vrias religies para contar o nmero de suas oraes. Nos

    cultos afro-brasileiros, principalmente no Candombl e na Umbanda, trata-se de um Colarritualstico originalmente feito de bzios, e hoje em dia tambm feito com contas coloridas(na Umbanda), que servia (E ainda serve) para rodear o campo de jogo no Tabuleiro deIf, onde so deitados os bzios ou cocos de dend pelo Babala (sacerdote de If) queinterpreta as cadas e desvenda o destino ou futuro das pessoas consulentes.

    Runa. O sentido simblico das runas evidente e deriva diretamente do seu sentidoliteral: elas significam destruio, desolao e morte. Entretanto, possuem um forte apelo stradies ancestrais e como tal, so representaes de pensamentos, sentimentos, emoes elembranas, capazes de reativar foras esquecidas no passado ou no Inconsciente Coletivo.

    Rum. O maior e principal dos atabaques (Aquele que comanda o ritual).Rumpi. O atabaque mdio.

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    todos os anos, a sua lngua ameaadora, sua capacidade de hipnotizar pequenos animais eem seguida mat-los envolvendo-os com seu corpo, seu veneno mortal, sua capacidade desobreviver em florestas, desertos, praias e montanhas, e tanto na terra como na gua, fazemda serpente um manancial inesgotvel de smbolos multivalentes.

    Sirrum. Ritual funerrio.

    Signos do Zodaco. Os signos do zodaco simbolizam energias que chegam ao planetaTerra, vindas de constelaes que, pela sua movimentao repetitiva e igual, minuto aminuto, conseguem enviar energias de forma constante e cronometrada, que se envolveremenergeticamente com as energias do sol e dos planetas do sistema solar at chegardefinitivamente Terra. Estas energias afetam diretamente e definitivamente a vida, ohumor, os sentimentos e o destino dos seres que aqui vivem.

    Sombra. Segundo Carl Jung, sombra so os aspectos primitivos e instintivos doindivduo. Segundo o misticismo, a sombra representa o duplo negativo do corpo.Segundo a religio (o pensamento umbandista), a sombra o pano de fundo escuro ou aescurido que serve para que a luz possa se manifestar (ser vista).

    Sustica. Smbolo solar universal que representa a energia em movimento. Foi usada

    pelo nazismo alemo como smbolo, na sua forma negativa (feminina), alterando a suaposio normal, fazendo com que uma de suas pontas apontasse para baixo (Transformou acruz em movimento horrio, em encruzilhada em movimento anti-horrio, oposto). Comisso, o smbolo positivo passou a movimentar energia negativa.

    Scubo. Demnio feminino luxurioso que se ope ao Incubo, e que abusam doshomens durante o sono.

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    TTabuleiro. Genericamente, o tabuleiro uma espcie de bandeja de madeira. No caso

    especfico dos Tabuleiros para o Jogo de If, os mesmos costumam ser redondos e feitos damadeira da gameleira ou de cedro. Nesses Tabuleiros tambm costumam ser marcados ospontos cardeais com a finalidade de manter o Tabuleiro, aps a consagrao, orientados nasdirees csmicas em relao a nosso sol.

    Taioba. uma verdura prpria da culinria africana. Ritualisticamente proibida aosfilhos e filhas do orix Ob, por fora dos mitos e lendas.

    Talism. O