4-Distribuição e formas de exploração da SAU

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Distribuição e formas de exploração da SAU A dimensão da SAU está associada à extensão das explorações, pelo que apresenta a sua distribuição é marcada por assimetrias regionais, onde o Alentejo destaca-se com metade da SAU nacional. Deve-se essencialmente a: Relevo; Ocupação humana Logo, em áreas mais aplanadas e de fraca densidade populacional com povoamento concentrado existem vastas extensões de áreas cultivadas Alentejo. Em áreas de relevo acidentado, onde a densidade populacional é maior e o povoamento é disperso a área ocupada pela SAL é menor Madeira, Beira Litoral e Entre Douro e Minho (fig.1). A SAU representa 75% do espaço agrário, compreende a superfície da exploração que engloba: As terras aráveis ocupadas com culturas temporárias, cujo ciclo vegetativo é anual ou que são semeadas com intervalos inferiores a cinco (5) anos. Integram, igualmente, os campos em pousio; As hortas familiares de pequena superfície e cuja produção se destina fundamentalmente ao auto consumo; As culturas permanentes que ocupam a terra durante um longo período de tempo e fornecem várias colheitas, como, por exemplo, a vinha, a oliveira e as árvores de fruto; As pastagens permanentes são áreas onde são semeadas espécies por um período superior a cinco anos, destinadas ao pasto de gado. A SAU apresenta também assimetrias quanto ao seu uso (fig.2).

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Distribuição e formas de exploração da SAU

A dimensão da SAU está associada à extensão das explorações, pelo que apresenta a sua distribuição é marcada por assimetrias regionais, onde o Alentejo destaca-se com metade da SAU nacional. Deve-se essencialmente a:

Relevo;

Ocupação humana Logo, em áreas mais aplanadas e de fraca densidade populacional com povoamento concentrado existem vastas extensões de áreas cultivadas – Alentejo. Em áreas de relevo acidentado, onde a densidade populacional é maior e o povoamento é disperso a área ocupada pela SAL é menor – Madeira, Beira Litoral e Entre Douro e Minho (fig.1).

A SAU representa 75% do espaço agrário, compreende a superfície da exploração que engloba:

As terras aráveis ocupadas com culturas temporárias, cujo ciclo vegetativo é anual ou que são

semeadas com intervalos inferiores a cinco (5) anos. Integram, igualmente, os campos em pousio;

As hortas familiares de pequena superfície e cuja produção se destina fundamentalmente ao auto

consumo;

As culturas permanentes que ocupam a terra durante um longo período de tempo e fornecem

várias colheitas, como, por exemplo, a vinha, a oliveira e as árvores de fruto;

As pastagens permanentes são áreas onde são semeadas espécies por um período superior a cinco

anos, destinadas ao pasto de gado.

A SAU apresenta também assimetrias quanto ao seu

uso (fig.2).

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FORMAS DE EXPLORAÇÃO DA SAU

Existem várias formas jurídicas de exploração da SAU. As duas principais são:

• Por conta própria - se o produtor é também o proprietário;

• Por arrendamento - quando o produtor paga um valor ao

proprietário da terra pela sua utilização.

A forma de exploração da SAU não tem sofrido alterações

significativas, sendo a exploração por conta própria a mais

representativa - cerca de 74%, em 2005. O arrendamento está relacionado com a dimensão das explorações agrícolas, sendo mais

importante nas explorações de maior dimensão.

A exploração por conta própria predomina em todo o país,

destacando-se em Trás-os-Montes e na Madeira. Nos Açores, o

arrendamento é mais comum, representando cerca de metade do

total. No Alentejo também é significativo, superior a 30%, o que se relaciona com a grande dimensão das explorações (fig. 4).