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CONHECIMENTOS GERAIS

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Didatismo e Conhecimento  1

CONHECIMENTOS GERAIS

 DOMÍNIO DE TÓPICOS RELEVANTES DE DIVERSAS ÁREAS, TAIS COMO: POLÍ-TICA, ECONOMIA, SOCIEDADE, EDUCA-

ÇÃO, TECNOLOGIA, ENERGIA, RELAÇÕES INTERNACIONAIS, DESENVOLVIMENTO

 SUSTENTÁVEL, SEGURANÇA, ARTES E LI-TERATURA E SUAS VINCULAÇÕES HISTÓ- RICAS, A NÍVEL REGIONAL, NACIONAL E

 INTERNACIONAL.

 Iraque ainda sofre com Violência e Instabilidade Política

Devido ao histórico de violência, o Baath, antigo partido deSaddam, foi banido. Mas nem a morte do ditador ou a retiradatotal das tropas norte-americanas, em 2011, pôs m à instabilidade política no país. Para especialistas, os sunitas ainda não aceitam

um governo de maioria xiita, grupo antes perseguido por Saddam.O atual governo é comandado pelo primeiro-ministro xiita

 Nouri Al Maliki, no cargo desde 2006. Em 2014, ele encerra seusegundo e último mandato. De acordo com o parlamento, os líde-res podem exercer apenas dois mandatos, mas Maliki está dispostoa ir aos tribunais para ter o direito de se reeleger nas eleições parla-mentares marcadas para 30 de abril de 2014. O cargo de presidente pertence ao curdo Jalal Talabani, que ainda se recupera de um AVCsofrido no nal de 2012.

Apesar do auge da violência no Iraque ter ocorrido entre 2006e 2007, os conitos permanecem e ainda há uma média de 300mortos por mês, segundo o Iraq Body Count (IBC), grupo formado por voluntários do Reino Unido e dos EUA, que registra as mortesviolentas de civis no país desde a invasão em 2003. Parte disso

deve-se à atuação de grupos terroristas no país. Por isso, este ano,Maliki pediu ajuda ao presidente dos EUA, Barack Obama para proteger o país de grupos terroristas, principalmente a Al Qaeda, jáque sozinho o país não tem conseguido conter a violência.

A guerra na Síria também preocupa, pois o país vem receben-do grandes levas de refugiados e ainda enfrenta denúncia de queo Exército Iraquiano está ajudando as forças do presidente sírioBashar Al Assad. Segundo organizações não governamentais, amaioria dos 27,7 milhões de habitantes do Iraque depende da do-ação de cestas básicas, distribuídas por várias entidades e também pelo governo. A estimativa é que pelo menos 500 mil refugiadosdeixaram o país após a invasão em 2003.

A imprensa também encontra um ambiente hostil. O Iraque foio 150º classicado em uma lista com 179 países no Ranking Mun-

dial de Liberdade de Imprensa publicado este ano pelo RepórteresSem Fronteiras. Segundo o Comitê para a Proteção dos Jornalistas,o país também foi considerado o mais perigoso para os prossio -nais da imprensa no período 2003-2008, quando 136 jornalistasforam mortos. Por outro lado, os partidários do governo destacamos avanços da liberdade de expressão e de religião. Hoje, milhõesde xiitas peregrinam para as cidades sagradas para celebrar rituaisreligiosos, o que era proibido no governo Saddam. O mesmo acon-tece com as críticas ao governo, antes vetadas, e que atualmentesão relativamente comuns na imprensa e na internet.

Economicamente, o país registra um crescimento médio dequase 7% ao ano, e 90% de sua receita vem da produção de petró -leo. As reservas de petróleo do país são a segunda maior do mun-do, cando atrás só das da Arábia Saudita, mas ainda se recuperadas guerras das últimas décadas.

 No dia 13 de dezembro de 2003, há exatos dez anos, chega-va ao m a era Saddam Hussein no Iraque, um dos regimes maisviolentos do Oriente Médio. Saddam foi encontrado por soldadosnorte-americanos em um buraco perto de Tikrit, sua cidade natal,na chamada “Operação Amanhecer Vermelho”. Preso sem resis-

tência, Saddam foi julgado, condenado e enforcado três anos de- pois, em 2006. Dez anos depois do m de seu regime, o país aindanão venceu a violência e a instabilidade política.

 13/12/2013

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Crise no Egito

Depois da renúncia do presidente Hosni Mubarak, em 2011,motivada por intensos protestos no país contra seus 33 anos degoverno, e de eleger um novo presidente, Mohamed Mursi, a insta- bilidade política voltou a abalar o Egito no início de julho de 2013.Mursi foi deposto pelas Forças Armadas e foi substituído tempo-

rariamente pelo presidente da Suprema Corte Constitucional, AdlyMansour, 68. A Constituição também foi suspensa.Antecedendo a deposição do presidente, milhares de manifes-

tantes voltaram às ruas das principais cidades do Egito pedindoa saída de Mursi do poder, entrando em conito com policiais eapoiadores do governo. No Cairo, o epicentro das manifestaçõesfoi a praça Tahrir, que reuniu a maior manifestação popular desde aqueda de Mubarak. Mursi foi levado para um local isolado, dentrodo Egito, onde não pode se comunicar com o mundo externo, mastem acesso a jornais e televisão. O viés islâmico do governo levouao descontentamento de parte a população que o elegeu com maio-ria dos votos (51,7%) nas eleições de junho de 2012. Apoiado pelo partido Irmandade Muçulmana (grupo do qual se originou a facçãomuçulmana Hamas), Mursi foi o primeiro presidente islamita doEgito. O grupo acusa os militares de reverterem o movimento de

revolta que conduziu o Egito à democracia.A relação entre o governo e a população não islâmica come-çou a car mais delicada em dezembro de 2012, devido a dois epi-sódios. No primeiro, Mursi elaborou um decreto para dar maiores poderes a si mesmo. Entre os tais poderes, o decreto concedia a eledecisões de imunidade judicial e impedia as cortes de dissolver aassembleia constituinte e a câmara alta do Parlamento. A decisãofoi alvo de muitos protestos, obrigando-o a recuar. No mesmo mêsfoi aprovada a nova Constituição do país, com 63,8% dos votos. Ocomparecimento às urnas foi baixo, e a maioria de votantes era deseguidores do partido Irmandade Muçulmana. A partir daí, a situ-ação cou delicada para o novo presidente, que deu pouco espaçoaos militares em seu governo e não tinha neles grandes aliados.

Outro fator que pode ter colaborado para a deposição de Mur-si é uma acusação por conspiração apresentada pela Procuradoria

Geral do Egito. Ele teria agido em conjunto com o grupo militante palestino Hamas e homicídio durante sua fuga da prisão em 2011,o que deixou 14 guardas mortos. Rico em petróleo, o Egito é o paísárabe mais populoso, com pouco mais de 82 milhões de habitantes,e embora a maioria da população seja muçulmana, há grupos decristãos e de cristãos coptas. Tais grupos protagonizaram violentosconfrontos em 2012, devido às diferenças religiosas e à discrimi-nação dos cristãos.

A maior parte dos manifestantes que pedia a saída de Mursiintegra um novo grupo popular no país, chamado de Tamarod. A palavra signica ‘rebelde’ em árabe. Até junho de 2013, pouco an-tes da deposição de Mursi, o grupo alegava ter recolhido cerca de22 milhões de assinaturas pedindo a saída do presidente do poder.O grupo deu um ultimato para que ele deixasse o cargo no iníciode julho ou iniciariam uma onda de protestos violentos no país.

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Didatismo e Conhecimento  2

CONHECIMENTOS GERAIS

Com páginas em redes sociais, o grupo tornou-se gura pre-sente em todos os protestos, se manifestando em semáforos e blo-queando ruas para entregar petições. Entre as reclamações contraMursi estavam: a falta de segurança desde a revolução de 2011,o pedido de empréstimo de US$ 4,8 bilhões (cerca de R$ 10,7 bilhões) feito ao FMI (Fundo Monetário Internacional) para sanardívidas públicas, a falta de justiça para os mortos pelas forças desegurança durante os confrontos e a ideia de que o Egito estariaseguindo a cartilha dos Estados Unidos.

 No dia 16 de julho de 2013, Adly Mansour, presidente interinodo Egito, empossou seu gabinete provisório. O novo governo éliderado pelo primeiro-ministro Hazem el-Beblawi, tendo comovice o general Abdel-Fattah el-Sissi, que acumula o cargo de mi-nistro da Defesa desde o governo Mursi. Na composição do gabi-nete, nenhum representante da ala islamita foi chamado.

Para o cargo de vice-presidente interino, Mansour nomeouMohamed El-Baradey, derrotado nas urnas por Mursi e que se tor-nou líder da oposição ao governo. A composição de um governo provisório não cessou os protestos nas ruas. Os confrontos entre

os apoiadores islâmicos e as Forças Armadas chegaram a deixar50 mortos em uma só noite. Ainda é esperado do novo governo oanúncio dos principais pontos para elaborar a nova Constituição ede um cronograma para novas eleições presidenciais.

O país vive um clima de instabilidade política há pelo menosdois anos e meio, desde a renúncia do presidente Hosni Mubarak,em 11 de fevereiro de 2011, após 33 anos de um governo ditatorial,onde o presidente era escolhido pelos militares. A renúncia foi re-sultado de uma revolta popular que ocupou as ruas das principaiscidades do país. Nas duas semanas que antecederam a renúncia deMubarak, cerca de 300 pessoas morreram em confrontos com asforças de segurança durantes as manifestações.

 Mubarak foi o segundo presidente dos países da Primavera

Árabe, termo criado para agrupar os países cuja população foi a

rua protestar contra governos ditatoriais e que estavam há décadasno poder, a cair. Zini El Abidine Ben Ali, presidente da Tunísia,onde as manifestações tiveram início, foi o primeiro a cair fugin-do do país. Em um discurso um dia antes da renúncia, Mubaraktransferiu seus poderes para o vice-presidente, Omar Suleiman, earmou que não disputaria as próximas eleições.

Após um longo julgamento com a saúde debilitada - Mubarakchegou a comparecer ao tribunal numa maca, ele e seu ex-ministrodo Interior, Habib al-Adly, foram considerados culpados e con-denados à prisão perpétua em 2012 acusados de serem cúmplicesno assassinato dos manifestantes. Depois de apelarem, no iníciode 2013 a justiça garantiu a eles o direito a um novo julgamento.A crise provou uma queda no turismo do país, conhecido pelasfamosas pirâmides, como as de Gizé e a Grande Esnge, e as mú-

mias no Museu Egípcio do Cairo. A melhora do setor, que estavasendo projetada para o primeiro semestre de 2013, foi novamenteabalada com nova crise.

 02/08/2013

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 Hugo Chávez 

 Reeleição

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, venceu as eleições presidenciais no país. Chávez superou o opositor Henrique Capri-les Radonski após uma disputada campanha e garantiu novo man-

dato, o seu quarto consecutivo, até 2019, no qual prometeu “radi -calizar” o programa socialista que vem implantando há 14 anos no país, dono das maiores reservas mundiais de petróleo.

O atual presidente teve 54,42% dos votos (7.444.082), contra44,97% (6.151.544) do oponente, com mais de 90% dos votos apu-rados, segundo Tibisay Lucena, presidente do conselho eleitoral. Ocomparecimento às urnas foi de 80,94%. Após quase 14 anos nocomando do país caribenho com as maiores reservas petrolíferasdo planeta, durante os quais conquistou uma sólida popularidadegraças a uma política assistencialista e um inegável carisma, o mi-litar aposentado de 58 anos enfrentou o maior desao eleitoral desua carreira política.

Mas o investimento de bilhões de dólares da renda petrolíferaem programas sociais, que vão desde a entrega de casas gratuitasa caros tratamentos de saúde em Cuba, foi de encontro desta vezcom um rival que prometia corrigir as “falhas” da revolução e ata-car problemas graves como a insegurança e o desemprego. Nestaseleições, a juventude foi um dos polos de disputa dos candidatos.O número de eleitores que votaram pela primeira vez chegou a um

milhão. Após reconhecer a derrota nas eleições, Capriles se dirigiuao país em uma entrevista coletiva.

 Doença

Há um ano e meio, Hugo Chávez descobriu que estava comcâncer na região pélvica e desde então está em tratamento. Atual-mente o estado de saúde do presidente da Venezuela apresentouuma ligeira melhora. Chávez recupera-se de uma cirurgia realizadaem Cuba. A saúde dele está “claramente melhorando”. Chávez nãoé visto ou ouvido em público desde que passou pelo procedimentocirúrgico. A natureza do câncer não foi revelada.

O fato de todos os boletins médicos serem divulgados pormembros do partido de Chávez e não pela equipe médica aumen-

tou as especulações e rumores, na Venezuela e no mundo, sobreo estado de saúde delicado do presidente, conhecido como ElComandante. A oposição vem pedindo clareza sobre quem está,na prática, no comando do país, já que Chávez não apareceu nacerimônia de posse que marcaria o início de seu quarto mandato presidencial.

A Suprema Corte da Venezuela determinou que ele poderá serempossado em uma data posterior à ocial. No entanto, a oposiçãoalega que, na ausência de Chávez, Cabello deveria assumir o cargoe novas eleições deveriam ser convocadas em até 30 dias.

 Morte

Hugo Chávez morreu dia 05 de Março de 2013 em Caracas.Com 58 anos, o mandatário lutava contra um câncer desde

 junho de 2011 e, após passar por uma cirurgia contra a doença emdezembro do ano passado, em Cuba, depois da vitória nas urnas.

Devido às complicações no quadro clínico, Chávez não con-seguiu tomar posse do seu novo mandato, em 10 de janeiro. Em18 de Fevereiro, o presidente surpreendeu a todos com o anúnciode que estava voltando à Venezuela e seguiu diretamente para umhospital militar, na capital, onde faleceu.

 Barack Obama – Estados Unidos

Barack Obama também foi reeleito nos Estados Unidos daAmérica com grande entusiasmo da população norte-americana.O atual presidente e candidato democrata à reeleição, Barack Oba-ma, derrotou o ex-governador do Massachusetts e rival republica-

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Didatismo e Conhecimento  3

CONHECIMENTOS GERAIS

no, Mitt Romney, sagrando-se vitorioso no disputado pleito queocorreu recentemente. Obama conseguiu 332 votos de um total de538, contra 206 do rival. Eram necessários 270 votos para garan-tir a vitória. Obama, que ganhou mais quatro anos para continuarimplantando seu programa de mudanças, teve diculdades parainiciar seu discurso. Apesar da reeleição, Obama deve continuarenfrentando problemas para aprovar suas medidas no Congresso,que manteve sua divisão: Câmara controlada pelos republicanos, eSenado, pelos democratas. Isso diculta o trabalho do presidente – ele precisa usar sua base nas casas para que elas proponham eaprovem as leis e reformas de seu interesse. No entanto, Obama busca um Estado melhor e já luta contra o “abismo scal”.

O presidente dos EUA promulgou nestes primeiros dias doano a lei sobre o compromisso orçamentário que afasta, em curto prazo, as ameaças do chamado “abismo scal” nos Estados Uni-dos. Obama, também assinou digitalmente a lei que ratica o au-mento dos impostos para as residências com renda superior a US$450 mil por ano e que adia em dois meses a questão dos cortesorçamentários.

 Abismo Fiscal 

A crise do “abismo scal” tinha sido evitada, porém, no últi-mo momento com a aprovação a lei por 257 votos a favor e 167contrários na Câmara de Representantes, nos mesmos termos doque havia acontecido no Senado 24 horas antes. O acordo de úl-tima hora permite que os Estados Unidos escapem de uma rígi-da austeridade, que teria signicado aumentos de impostos paraquase todos os contribuintes e cortes consideráveis nos gastos dogoverno federal, em particular na área de defesa. Mas este é umalívio em curto prazo para a maior economia mundial, já que a leiadia apenas em dois meses os cortes orçamentários automáticosde US$ 109 bilhões, o que permite prever novos confrontos entre

o governo democrata e a Câmara de Representantes, de maioriarepublicana.O chamado “abismo scal” consiste em um aumento automá-

tico de impostos e um corte do gasto público, que serão realizadoscaso não seja modicada a legislação atual. Esse “abismo” é resul-tado da aprovação pelo Congresso, em 2011, da ampliação do dé-cit scal do país em US$ 2,1 trilhões. À época, o endividamentochegara ao limite de US$ 14,3 trilhões, e o país corria o risco dedar “calote” caso o limite da dívida não fosse elevado. Mas, emtroca, a medida exigia chegar a um acordo para cortar US$ 1,2 tri-lhão em dez anos. Sem isso, o tal “sequestro automático” de gastosque vão impactar programas sociais e de defesa seria ativado.

Furacão Sandy

Outro acontecimento marcante foi o Furacão Sandy. O furacãoSandy foi um ciclone tropical que afetou Jamaica, Cuba, Bahamas,Haiti, República Dominicana, e alguns estados da costa leste dosEstados Unidos, entre eles Nova Iorque e Nova Jersey. O cicloneextratropical que se formou semana passada e deixou 71 mortosno Caribe já atingiu outros países como México, Jamaica, Haiti eCuba, causando pelo menos 160 mortes. Nos países da AméricaCentral atingidos pela tempestade, há vários casos de plantaçõese casas danicadas. O país que mais sofreu com o furacão foi oHaiti, com 54 mortes e pelo menos 200 mil desabrigados. Por seralvo constante de desastres naturais, o país ainda sofre por não terestrutura para abrigar e ajudar sua população. A situação ainda pio-ra pela escassez de alimentos e presença de doenças como cóleraque afetam áreas alagadas do país mais pobre da América. Nos

EUA, prejuízos da supertempestade já estão estimados em US$ 50 bilhões (R$ 101,5 bilhões), como arma a Eqecat, empresa dedi-cada a fazer estimativas de danos.

Os efeitos causados pelo Sandy foram considerados aindamaiores dos que os danos do furacão Irene, que também passou

 pelo país. Acredita-se que 8 milhões de pessoas tenham cado semenergia na Costa Leste do país e que o total de mortos seja de 72,com 6.800 pessoas em abrigos de emergência da prefeitura. Alémdisso, metrôs da cidade de Nova Iorque sofreram com inundações,aeroportos tiveram vários voos cancelados, hospitais foram eva-cuados e 50 casas do bairro de Queens foram destruídas por incên-dios causados pelo fenômeno. O tempo frio nessa região tambémcontribuiu para aumentar os efeitos da tempestade, chegando até alevar neve para a Virgínia Ocidental.

 Xi Jinping – China

Logo depois que o furacão devastou as Américas, a China ga-nha novo representante no poder. Xi Jinping é eleito novo líder doPartido Comunista e vai assumir Presidência da China. O sucessor

de Hu Jintao à frente do Partido Comunista, Xi Jinping é vice--presidente do Estado chinês e é uma gura pouco conhecida pelogrande público. Ficará à frente de um partido com 82 milhões demembros. O novo presidente herda uma China em plena mudança,que pretende manter sua posição de segunda economia mundial,atrás dos Estados Unidos, e que forma parte dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, ou seja, país es-sencial na busca de acordos em questões como as da Síria, Irã ouCoreia do Norte. Os desaos do novo líder vão desde conter acrise de credibilidade pela qual passam as autoridades chinesas,devido aos casos de corrupção, a enfrentar a crise econômica semenfraquecer o país.

 Política Brasileira

 Eleição do Presidente do Senado

O Senado Federal conrmou sua disposição em manter o ve-lho histórico de corporativismo e elegeu o alagoano Renan Calhei-ros, do PMDB, para presidir a Casa nos próximos dois anos. Elederrotou com facilidade o novato Pedro Taques (PDT-MT), por56 votos a 18. Houve dois votos em branco e dois nulos. PedroTaques havia recebido o apoio de partidos cujas bancadas lhe ga-rantiriam pelo menos 26 votos. Porém, como a votação é secreta,houve o previsível índice de traições - PSDB, DEM, PSB, PSOL ePDT anunciaram apoio a Taques. Três senadores não comparece-ram à sessão: Luiz Henrique (PMDB-SC), João Ribeiro (PR-TO)e Humberto Costa (PT-PE).

Para angariar votos, Renan usou da conhecida habilidade emnegociar cargos na Mesa Diretora e promessas de arranjos polí-

ticos futuros na Casa. Roberto Requião ganhou a presidência do braço brasileiro do Parlamento do Mercosul e Eduardo Braga vi-rou líder do governo. Também cobrou a “fatura” pela blindagemque ofereceu ao governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), nanaufragada CPI do Cachoeira.

Em seu discurso ao plenário, antes da votação, o candidato doPMDB à presidência do Senado não fez referência às denúnciasde corrupção que tem enfrentado nos últimos dias. Ao nal dos20 minutos que teve para defender a candidatura, ele limitou-se adizer que o Senado aprovou com celeridade a Lei da Ficha Lim- pa e que a ética é uma obrigação e responsabilidade de todos os parlamentares. Renan Calheiros assumiu, em seu pronunciamento,o compromisso de defender a liberdade de expressão e prometeuimpedir o prosseguimento de qualquer proposta que signique to-lher esse direito.

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Didatismo e Conhecimento  4

CONHECIMENTOS GERAIS

Por ser candidato, Taques foi o penúltimo a discursar, antesde Renan. Admitindo a derrota iminente, o senador discursou e secomparou ao herói da Pátria Tiradentes e ao ex-senador UlyssesGuimarães. Taques também lembrou do abaixo-assinado que cir-cula há quase uma semana na internet e que já recolheu 300 milassinaturas contra a eleição de Calheiros. O pedetista alnetou oadversário e os senadores que defenderam a eleição de Renan. Osenador alagoano volta ao cargo de presidente da Casa depois deter sido obrigado a renunciar, em 2007, por denúncias de corrup-ção que envolvem tráco de inuência e apresentação de notasfalsas para comprovar sua renda.

 Banco Central 

O cenário da política brasileira apresenta inúmeras mudanças principalmente no que tange a economia. Nesta questão, o BancoCentral alterou as regras de recolhimento de compulsório bancáriosobre recursos com o objetivo de aumentar a liquidez do sistemananceiro, sobretudo nos pequenos e médios bancos. Essa medidatem o potencial de injetar cerca de 30 bilhões de reais no mercadonum momento em que também há preocupação de impulsionar ocrescimento econômico.

Tal medida busca otimizar a liquidez e descarta problemascom a saúde do sistema. A autoridade monetária anunciou que vaireduzir o percentual de compulsório a prazo que tem rendimento pela Selic - em 11% ao ano. Assim, o percentual cairá para 73%e depois, para 64%. Atualmente, todo o valor depositado é remu-nerado pela taxa básica de juros. A ideia da medida é estimular asinstituições nanceiras a comprar ativos, como carteira de crédito,ou passivos como letras nanceiras (título da dívida privados), deoutros bancos, sobretudo médios e pequenos, para usá-los na de-dução do compulsório a prazo. Há alguns anos, o BC tem tomadomedidas para estimular as instituições grandes a comprar as cartei-ras das pequenas e médias instituições.

O estoque total de recursos a prazo no compulsório é de 134 bilhões de reais. Atualmente, uma parcela de 60 bilhões de reais pode ser utilizada pelos bancos para deduzir esses ativos de outrasinstituições, mas apenas 31 bilhões de reais eram usados de fato,de acordo com dados do nal de novembro. Estão dando um in-centivo adicional para que a outra metade seja aplicada. Isso mos-tra que os bancos estavam entendendo ser mais recompensadordepositar o compulsório e ganhar a remuneração da Selic do quecomprar carteira de crédito ou títulos privados de outros bancos.Ou seja, existe um potencial de 29 bilhões de reais que podem serusados pelos bancos para comprar ativos de outras instituições in- jetando liquidez no mercado e, no limite, alimentando o consumo por meio de empréstimos. Segundo o diretor de Política Monetá-ria, o potencial é de cerca de 30 bilhões, mas não signica que todoo valor vai gerar crédito novo no sistema.

As medidas reetem ainda a preocupação do BC em estimulara economia, num momento que ela registrou estagnação no tercei-ro trimestre e as perspectivas são de crescimento menor. O BC jávem reduzindo a taxa de juros, enquanto o governo anunciou ações para incentivar o consumo. O BC não alterou a alíquota de 20%dos depósitos a prazo que tem de ir ao compulsório bancário, queé a parcela dos depósitos dos bancos que ca presa na autoridademonetária. Querem otimizar a liquidez do sistema a partir de umaregra que já existe hoje. Adicionalmente, o BC reduziu o valor do patrimônio de referência dos bancos para a venda da carteira, deDI ou de Letras Financeiras. O patrimônio caiu de 2,5 bilhões dereais, para 2,2 bilhões de reais. A autoridade monetária tambémdecidiu incluir as letras nanceiras como passivo a ser deduzidodo compulsório a prazo num movimento para dar mais liquidez aesse papel.

Ficha Limpa

Em relação a aprovação do Projeto de Lei Ficha Limpa no Se-nado, foi considerada um avanço na política brasileira, no sentidode criar mecanismos para combater a corrupção no país. O projetode lei, que foi elaborado por cidadãos comuns, entrou na pauta devotações e recebeu aval do Congresso devido à pressão popular, oque demonstra a rejeição do brasileiro aos políticos desonestos. OProjeto Ficha Limpa torna mais rigorosos os critérios que impe-dem políticos condenados pela Justiça de se candidatarem às elei-ções. Apesar de ter recebido emendas na Câmara dos Deputados eno Senado que amenizam seu impacto, ele contribui para mudar ocomportamento da classe política.

A medida vai atingir políticos condenados por crimes graves,cuja pena de prisão é superior a dois anos, e aqueles que renuncia-rem o mandato visando escapar do processo de cassação. Tambémse discute se políticos já condenados pela Justiça perderão o direitode se candidatar ou se a lei só irá valer para os que receberem sen-tenças a partir da vigência das novas regras. A proposta chegou ao

Congresso por meio do Projeto de Lei de Iniciativa Popular (PLP),que é quando o projeto tem origem na sociedade civil. Existemcinco tipos de propostas de leis que são apreciadas pelo Poder Le-gislativo: emenda constitucional projeto de lei complementar, leidelegada, decreto legislativo e resolução. Cada iniciativa possui ri-tos próprios dentro das Casas legislativas e depende de um númeromínimo de votos para ser aprovada.

 No caso do Projeto Ficha Limpa, trata-se de uma lei comple-mentar. Esse tipo de projeto é feito para complementar ou regularuma regra já estabelecida pela Constituição Federal de 1988. Paraser aprovado, precisa de votos da maioria absoluta da Câmara dosDeputados e do Senado. Os projetos de lei complementar e ordiná-ria podem ser apresentados por um deputado ou um senador, porcomissões da Câmara ou do Senado, pelo presidente da República

ou pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por Tribunais Superiorese pelo Procurador-Geral da República.

Um caminho mais difícil é ser apresentado pelo cidadão, pormeio do Projeto de Lei de Iniciativa Popular. Para isso, é preci-so a assinatura de 1% dos eleitores brasileiros distribuído por,no mínimo, cinco unidades da Federação. Em cada Estado e noDistrito Federal é necessário o apoio mínimo de 3% do eleitora-do. A proposta do Ficha Limpa foi encaminhada à Câmara dosDeputados pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral(MCCE). Foram coletadas mais de 1,6 milhão de assinaturas. OProjeto Ficha Limpa altera a Lei Complementar nº 64 de 1990.Esta lei, atualmente em vigor, estabelece critérios de impedimento para a candidatura de políticos, de acordo com a Constituição. Oobjetivo, segundo o texto, é proteger a “probidade administrativa”

e a “moralidade no exercício do mandato”.O Ficha Limpa proíbe que políticos condenados por órgãos

colegiados, isto é, por grupos de juízes, se candidatem às eleições.Pela lei atual, o político caria impedido de se candidatar somentequando todos os recursos estivessem esgotados, o que é chamadode decisão transitada em julgado. O problema é que o trâmite podedemorar anos, o que acaba beneciando os réus. Um processo cí-vel ou criminal começa a ser julgado no Fórum da cidade, ondeacontece a decisão de primeira instância, que é a sentença proferi-da por um juiz. Se houver recurso, o pedido é analisado por juízesdo Tribunal de Justiça dos Estados. Há ainda a possibilidade deapelar a uma terceira instância, que pode ser tanto o Superior Tri- bunal de Justiça (STJ) quanto, em se tratando de artigos da Cons-tituição, o Supremo Tribunal Federal (STF).

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Didatismo e Conhecimento  5

CONHECIMENTOS GERAIS

De acordo com a Lei Complementar nº 64, somente quandoesgotados todos esses recursos o político que responde a processo poderia ser impedido de se candidatar. Já o Projeto Ficha Limpatorna inelegível o réu que for condenado por um grupo de juízesque mantiver a condenação de primeira instância, além daquelesque tiverem sido condenados por decisão transitada em julgado.Quanto ao prazo de inegibilidade, ele varia hoje de acordo coma infração cometida e o cargo ocupado pelo político. Com as al-terações do Ficha Limpa, o prazo é de oito anos após o m domandato, incluindo as eleições que ocorrerem durante o restantedo mandato do político condenado, e independe do tipo de crimecometido.

Outra mudança diz respeito aos crimes que tornam o políti-co inelegível, caso condenado. O Ficha Limpa mantém todos osdelitos previstos na lei em vigor (como crimes eleitorais, contra aadministração pública e tráco), e inclui outros, tais como: crimescontra o patrimônio privado, contra o meio ambiente e saúde, la-vagem e ocultação de bens, crimes hediondos e praticados por or-ganização criminosa. Segundo especialistas, emendas na proposta,feitas pelo Congresso, amenizaram o impacto da redação inicial doFicha Limpa. Talvez a alteração mais importante seja aquela refe-rente ao dispositivo de “efeito suspensivo” de recursos. De acordocom essa emenda, um político condenado em segunda instância por um órgão colegiado pode apelar junto ao STF e conseguir asuspensão do recurso. Entretanto, essa medida dará mais agilidadeao processo, que terá prioridade na tramitação.

O texto original do Ficha Limpa também foi abrandado na Câ-mara dos Deputados, no artigo relativo à condenação do político.De acordo com o projeto apresentado, o político caria impedidode concorrer às eleições se fosse condenado na primeira instância.Com a emenda parlamentar, a inegibilidade é aplicada somente emdecisão colegiada ou de última instância. No Senado, foi apresen-tada uma emenda que determina que a proibição de candidaturassó vale para sentenças proferidas após a lei ser editada. A mudançana redação substituiu o tempo verbal: de “sido condenados” para“forem condenados”. Ou seja, somente políticos que forem conde-nados depois da Lei Ficha Limpa entrar em vigor serão impedidosde disputar as eleições, de acordo com a interpretação de algunsespecialistas.

Políticos como o deputado Paulo Maluf (PP-SP), que não po-deria se candidatar às eleições, segundo o Ficha Limpa, pode fazerisso graças à emenda feita ao projeto. Na prática, o Projeto FichaLimpa afeta um quarto dos deputados e senadores que respondema inquéritos ou ação penal no STF. Porém, a lei sozinha não basta.As urnas ainda são a melhor forma de barrar os maus políticos.Entre os crimes que tornam candidatos inelegíveis estão estupro,homicídio, crime contra o meio ambiente e a saúde pública, contraa economia popular, fé pública, administração pública, patrimônio público, mercado nanceiro, tráco de entorpecentes e crime elei-toral. A lei também prevê que quem renuncia ao cargo político paraevitar cassação ca impedido de se candidatar para as eleições quese realizarem durante o período remanescente do mandato e nosoito anos subsequentes ao término da legislatura.

O resultado da coleta foi entregue ao Congresso Nacional,marcando a data em que o PL foi protocolado e passou a tramitarna casa. O texto aprovado na Câmara dos Deputados foi mais e-xível do que o proposto pelo MCCE. A ideia inicial era proibir acandidatura de todos os condenados em primeira instância. Antesda lei, só políticos condenados em ultima instância, o chamadotrânsito em julgado, eram impedidos de disputar.

 Mensalão

Outra questão de suma importância refere-se ao Mensalão.Caracterizando o esquema de compra de votos de parlamentares,foi deagrado no mandato do governo de Luís Inácio Lula da Silva(PT – Partido dos Trabalhadores). Sempre houve rumores da “ven-da” de votos por parte de deputados, mas nada fora comprovado.Até este esquema ser escancarado pelo então deputado federal Ro- berto Jefferson (PTB – RJ).

Roberto Jefferson era acusado de envolvimento em processosde licitações fraudulentas, praticadas por funcionários da EmpresaBrasileira de Correios e Telégrafos (ECT), ligados ao PTB, partidodo qual ele era presidente. Antes que uma CPI (Comissão Parla-mentar de Inquérito) fosse instalada para apurar o caso dos Cor-reios, o deputado decidiu denunciar o caso Mensalão.

Um núcleo seria responsável pela compra dos votos e também pelo suborno por meio de cargos em empresas públicas. José Dir-ceu, Ministro da Casa Civil na época, foi apontado como o chefedo esquema. Delúbio Soares, tesoureiro do PT, era quem efetuava

o pagamento aos “mensaleiros”. Com o dinheiro em mãos, o grupotambém teria saldado dívidas do PT e gastos com as campanhaseleitorais.

Marcos Valério Fernandes de Souza, publicitário e dono dasagências que mais detinham contrato de trabalho com órgãos dogoverno, seria o operador do Mensalão. Valério arrecadava o di-nheiro junto a empresas estatais e privadas e em bancos, atravésde empréstimos que nunca foram pagos. Fernanda Karina Soma-ggio, ex-secretária do publicitário, foi uma das testemunhas queconrmou o esquema, apelidado de “valerioduto”. Outras gurasde destaque no governo e no PT também foram apontadas como participantes do mensalão, tais como: José Genoíno (presidentedo PT), Sílvio Pereira (Secretário do PT), João Paulo Cunha (Pre-sidente da Câmara dos Deputados), Ministro das Comunicações,

Luiz Gushiken, Ministro dos Transportes, Anderson Adauto, e atémesmo o Ministro da Fazenda, Antônio Palocci.Todos os acusados foram afastados do cargo que ocupavam.

Embora não houvesse provas concretas do esquema de corrupção,os envolvidos não conseguiram se defender de forma contunden-te durante os interrogatórios à CPI dos Correios, instaurada parainvestigar o caso. O Brasil tem muitos casos gigantescos de cor-rupção para dizermos que o chamado mensalão foi o maior caso.Mas sem dúvida deu o mote para o maior julgamento criminal járealizado no STF (Supremo Tribunal Federal). Sob a liderança dorelator, ministro Joaquim Barbosa, foram condenados 37 entre 25membros do núcleo político do governo Luiz Inácio Lula da Silva,empresários e agentes públicos.

O Supremo também chancelou a visão de que o ex-ministroda Casa Civil e deputado cassado José Dirceu foi o chefe do es-quema. Dele participavam membros da cúpula do PT, o empre-sário Marcos Valério de Souza e dirigentes do Banco Rural, quelavavam os recursos para que parecessem empréstimos legítimos. Na verdade esse dinheiro servia para bancar o apoio de partidosaliados de Lula, como o PR e o PTB do denunciante condenado,Roberto Jefferson. Os desvios vinham principalmente da Câmarados Deputados e do Banco do Brasil - entidades geridas por petis-tas que subcontratavam a agência de Valério para trabalhos nuncarealizados. Era a fachada necessária para redistribuir o dinheiro aaliados. O Banco Rural participou com empréstimos ctícios aogrupo do empresário e ao PT. A estimativa da Procuradoria-Geralda República é de que pelo menos R$ 135 milhões tenham sidodesviados de cofres públicos.

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Didatismo e Conhecimento  6

CONHECIMENTOS GERAIS

Dirceu foi condenado a quase 11 anos de prisão. Ele continuanegando participação no esquema e pede um “julgamento do jul-gamento do mensalão”, por ter sido condenado graças a uma tesechamada de “domínio do fato”. Essa teoria defende que um réu pode ser incriminado mesmo sem provas concretas, contanto quetenha tido participação central nos fatos. Seu denunciante, Jeffer-son também foi condenado, mas teve a pena reduzida, beneciado pela delação: foi condenado a 7 anos e 14 dias em regime semia- berto.

Valério pode pegar até 40 anos de prisão. O ex tesoureiro doPT Delúbio Soares, principal interlocutor do empresário, foi con-denado a pouco mais de 8 anos de prisão. Ex-presidente do PT,José Genoíno recebeu pena de 6 anos de prisão em regime semia- berto. Todos devem recorrer em liberdade. Fatos como a CPI deCarlinhos Cachoeira também marcaram o cenário da política bra-sileira. Carlinhos Cachoeira foi preso pela Polícia Federal durantea Operação Monte Carlo, operação que desarticulou a organizaçãoque explorava máquinas de caça-níquel no Estado de Goiás por 17anos. Após o trâmite do processo, a 5ª Vara Criminal do Tribunal

de Justiça do Distrito Federal condenou Cachoeira por 5 anos de prisão. A condenação é no regime semiaberto, quando réu precisadormir na cadeia.

Enm, a política brasileira também perdeu o ex-deputado fe-deral José Vicente Goulart Brizola, 61 anos, pai do ministro doTrabalho e Emprego, Brizola Neto. Filho mais velho do ex-gover-nador do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro Leonel Brizola,José Vicente era sobrinho do ex-presidente João Goulart. Brizolafaleceu devido a um grave um quadro hemorrágico.

 Economia Internacional 

Comércio Global 

O comércio anual de bens da China passou a marca dos US$

4 trilhões pela primeira vez no ano passado, revelam as estatísticasociais, conrmando a posição do país como o maior comercian-te em escala mundial. Divulgados pela Administração Geral dasAlfândegas chinesa, os dados colocam um ponto nal na dúvidasobre quem seria o país com maior volume de negócios (Chinaou Estados Unidos). Por causa dos diferentes métodos de cálculoentre os dois países, apenas em 2013 os chineses superaram osnorte-americanos na troca de bens. A conta exclui o comércio deserviços.

“É muito provável que a China tenha suplantado os EstadosUnidos como o país com mais trocas comerciais de bens em 2013 pela primeira vez”, disse o porta-voz da Administração Geral dasAlfândegas chinesa, Zheng Yuesheng. As exportações da segundamaior economia mundial subiram 7,9%, para US$ 2,21 trilhões,

enquanto as importações aumentaram 7,3%, para US$ 1,95 trilhão,de acordo com a mesma fonte, o que coloca o superávit comercialda China em US$ 259,7 bilhões, 12,8% a mais do que em 2012.

O volume total de bens comercializados entre a China e outros países cou em US$ 4,16 trilhões, o que representa uma subidade 7,6%, ligeiramente abaixo da meta das autoridades chinesas,que apontava para um aumento de 8%. O comércio entre a UniãoEuropeia (UE) e a China aumentou 2,1% em 2013, para mais deUS$ 559 bilhões, mantendo os europeus como o maior parceirocomercial de Pequim. Os Estados Unidos guram em segundo lu-gar entre os parceiros comerciais da China, com trocas de US$ 521 bilhões, 7,5% a mais do que em 2012. Os norte-americanos, po-rém, importaram mais da China do que a União Europeia. O supe-rávit comercial da China com os Estados Unidos é também muitomais elevado: US$ 215,8 bilhões, segundo as estatísticas chinesas.

As exportações chinesas para os EUA somaram US$ 368,4 bilhões, US$ 29,4 bilhões a mais do que a China vendeu à UniãoEuropeia. No mesmo período, a China importou US$ 220,1 bi-lhões da UE, US$ 67,5 bilhões a mais do que a China comproudos norte-americanos. Em média, o comércio entre a China e osseus dois maiores parceiros soma quase US$ 3 bilhões por dia.Com o Japão, que era o terceiro parceiro comercial da China, mascujas relações têm sido afetadas pela polêmica em torno de duasilhas no Oceano Pacíco, o comércio bilateral em 2013 caiu 5,1%, para US$ 312,5 bilhões. O lugar do Japão é agora ocupado pelosdez estados da Asean (Associação das Nações do Sueste Asiático),com US$ 443,6 bilhões, 10,9% a mais do que em 2012.

10/01/2014http://www.noticiasdabahia.com.br/ 

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 BRICS 

O termo BRIC foi criado pelo economista Jim O’Nill, em2001, para referir-se aos cinco países que apresentarão maiorestaxas de crescimento econômico até 2050. BRICS são as iniciasde Brasil, Rússia, Índia, China e mais recentemente África do Sul, países em desenvolvimento, que, conforme projeções serão maio-res economicamente que o G6 (Estados Unidos, Japão, Alemanha,Reino Unido, França e Itália). O BRICS não é um bloco econô-mico, e sim uma associação comercial, onde os países integrantesapresentam situações econômicas e índices de desenvolvimento parecidos, cuja união visa à cooperação para alavancar suas eco-nomias em escala global.

Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul apresentam váriosfatores em comum, entre eles podem ser citados: grande extensãoterritorial; estabilidade econômica recente; Produto Interno Bru-

to (PIB) em ascensão; disponibilidade de mão de obra; mercadoconsumidor em alta; grande disponibilidade de recursos naturais;aumento nas taxas de Índice de Desenvolvimento Humano (IDH);valorização nos mercados de capitais; investimentos de empresasnos diversos setores da economia.

 Brics: potências emergentes podem virar bloco econômicoimportante

Distantes, diferentes, mas que juntos se transformam em umgigante. Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul representam25% do território mundial e quase metade da população do plane-ta. Com poderes combinados podem virar um bloco econômicoimportante. O Brasil e a Rússia, por exemplo, são países de grande potencial de commodities, que exportam commodities. Em con-trapartida, a China e a Índia que são de mão de obra para transfor-mar essas commodities em produtos manufaturados. Então, é umacombinação feliz. Cresce a importância desses países na balançacomercial entre si e no futuro próximo.

A China aparece como a segunda economia do mundo, atrásapenas dos Estados Unidos. O Produto Interno Bruto, que é somadas riquezas produzidas nos cinco países, passa dos US$ 13 tri-lhões. É quase 20% de tudo que se é produzido no mundo. Emconjunto, ca mais fácil quebrar barreiras econômicas de paísescom países da Europa e Estados Unidos, por exemplo. Mas os eco-nomistas dizem que o grupo tem ainda outros desaos, como au-mentar a sua força política e aumentar o comércio entre os países.Os cinco países têm interesses conitantes, mas poderiam usar areunião na Índia, pelo menos, para começar a acertar as arestas.

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Didatismo e Conhecimento  7

CONHECIMENTOS GERAIS

 Pacto contra Tuberculose

A BRICS, que tem um extenso histórico de problemas comdoenças infecciosas, fecharam um acordo para trabalhar conjun-tamente no combate de uma epidemia de tuberculose resistente a

medicamentos. O pacto é a mais recente indicação de que o mundocomeça a despertar para a ameaça da tuberculose resistente a me-dicamentos, uma doença que vem matando centenas de milharesde pessoas por ano e que ameaça tornar-se praticamente incurável,em alguns casos, com os tratamentos existentes hoje. O acordo foifechado num momento em que a Organização Mundial da Saúdee outros especialistas em temas de saúde global vêm reconhecen-do que a extensão do problema está indo muito além do que eleshaviam previsto.

 Brasil superará apenas África do Sul entre os BRICS em2013

O Brasil terá um crescimento maior apenas que o da Áfricado Sul entre os BRICS em 2013. Segundo previsões do relató-rio World Economic Outlook (Panorama Econômico Mundial, emtradução livre) do Fundo Monetário Internacional (FMI), o Paíscrescerá 3,5%. O resultado é suciente para superar a economiasul-africana (2,8%), mas representa menos da metade da previsãode crescimento da China (8,2%). O número também ca abaixodos desempenhos esperados para Rússia (3,7%) e Índia (5,9%).

 A crise do Euro

A indisciplina scal e o descontrole das contas públicas em países da zona do euro, em particular na Grécia, arrastaram o bloco para uma crise nanceira sem precedentes. Após a revelação deque os gregos maquiavam seu nível de endividamento, títulos so- beranos de diversos países da zona do euro foram rebaixados pelasagências de risco, e a moeda comum caiu ao nível mais baixo emquatro anos. Para tirar a Grécia do buraco, União Europeia e FMIimpõe um duro e impopular plano de austeridade, a que condicio-nam o socorro nanceiro. A crise da dívida na zona do euro estálonge de acabar, embora medidas pensadas para tratar as causas do problema estejam começando a surtir efeito, embora a crise já searraste por três anos.

 A situação econômica nos EUA.

O Tesouro dos Estados Unidos começou a desenvolver umasérie de medidas que deve adiar em cerca de dois meses o diaem que o governo irá superar sua autoridade legal de emprésti-mo como denido pelo Congresso. Sem qualquer ação, o Tesouroarma que o governo vai alcançar o teto da dívida de US$ 16,4

trilhões. O governo está enfrentando um momento decisivo sobreo teto da dívida porque a questão se tornou um entrave nas nego-ciações para evitar os US$ 600 bilhões em aumentos tributários ecortes de gastos que entrarão em vigor. Uma falha em elevar o tetoda dívida pode fazer com que o governo dê default em sua dívida.

Para reduzir o gasto do governo, o Tesouro irá suspender aemissão de títulos do Estado e de governos locais, conhecidoscomo “slugs”. Os slugs são títulos especiais de juros baixos doTesouro oferecidos aos governos estatal e local para investir tem- porariamente lucros de vendas de títulos municipais. Eles foramsuspensos várias vezes nos últimos 20 anos para evitar atingir oteto da dívida. Os investimentos em um fundo de pensão de em- pregados do governo também serão suspensos, junto com outrasmedidas, embora o Tesouro não tenha apresentado datas para oinício dessas outras medidas.

 A crise na Espanha

Recentemente, o rei da Espanha pediu unidade para tirar o país de um dos momentos mais difíceis de sua história, marcado por uma profunda crise econômica, em alusão à Catalunha, ondecresce o fervor separatista. Segundo o rei, Não é exagero armarque a Espanha vive um dos momentos mais difíceis da história, pois, depois de sofrer momentos complicados em meio a críticas por uma controversa caça de elefantes em Botsuana e acusações decorrupção contra seu genro, Iñaki Urdangarin. Em crise desde queexplodiu a bolha imobiliária em 2008, a Espanha está novamentemergulhada na recessão e tem um desemprego de 25%, que deixoumais de um milhão de famílias sem trabalho e dezenas de milharesexpulsas de seus lares por causa de dívidas com bancos. Isto, so-mado às políticas de austeridade, está gerando um desapego comas instituições e com a política.

Por isso, em um momento em que cresce o fervor separatis-ta na Catalunha (nordeste), Juan Carlos I pediu para exercer uma política que, longe de provocar o confronto e com respeito à diver -

sidade, integra o comum para somar forças, não para dividi-las.Diante da negativa do governo espanhol a renegociar um sistemascal que considera um peso para sua região em tempos de crise,o presidente catalão, o nacionalista Artur Mas, anunciou sua in-tenção de convocar um referendo de autodeterminação. A tensãocresce desde então entre Madri e Barcelona, que denuncia tenta-tivas do governo espanhol por limitar sua autonomia em questõescomo a educação de sua língua, veicular nas escolas públicas apóster sido excluída da esfera pública durante a ditadura franquista(1939-1975).

 Rejeição no Governo Francês.

Desde que assumiu o país, François Hollande apresenta o me-

nor índice de aprovação até o momento para o seu governo socia-lista que luta para combater o desemprego. Em recente pesquisada OpinionWay, feita para o jornal Le Figaro, revelou que 36 porcento dos entrevistados estavam satisfeitos com Hollande, contra64 por cento que disseram que estavam descontentes com o seutrabalho desde a eleição. A aprovação de Hollande vem caindo r -memente, na medida em que a população ca cada vez mais preo -cupada com a piora da economia. O desemprego e a política scalsão as duas maiores queixas, segundo a pesquisa, e 47 por centodos entrevistados disseram acreditar que a situação na França pio-rou nos últimos seis meses.

A m de cumprir as metas do décit público, o governo deHollande espera cortar 30 bilhões de euros do orçamento, mirando principalmente empresas e ricos com o aumento de impostos. Maso país, que tem um dos mais altos encargos trabalhistas do mundo para nanciar o seu estado de bem-estar social, precisa simulta-neamente aumentar a sua competitividade. Segundo o conselhoda organização multilateral países pobres que têm empréstimosdo Fundo Monetário Internacional (FMI) podem continuar a não pagar juros, já que as economias dessas nações ainda estão se recu- perando da crise econômica mundial. O programa de empréstimoscom juros zerados do FMI para países de baixa renda deixaria devigorar breve, porém a decisão do Conselho Executivo de manteras taxas de juros zeradas é uma evidência do contínuo apoio doFundo para países de baixa renda desde o salto da crise econômicamundial em 2009.

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Didatismo e Conhecimento  8

CONHECIMENTOS GERAIS

Greve na Grécia

Os funcionários públicos gregos foram convocados para umagreve e os demais trabalhadores do país deverão cruzar os braços por três horas contra a nova reforma tributária do governo e asúltimas medidas de austeridade. A confederação de sindicatos defuncionários ADEDY convocou uma greve de 24 horas, enquan-to o sindicato de trabalhadores do setor privado GSEE organizouuma paralisação entre 8h e 11h (de Brasília). Atualmente, a GSEEluta contra as políticas destrutivas da ‘troika’ postas em prática pelo governo. Segundo a GSEE o novo ataque scal aos traba-lhadores, aposentados e cidadãos comuns; a redução de direitosfundamentais; a privatização depredadora da propriedade pública;o desemprego e as demissões não podem nem devem continuar. É preciso haver uma mudança de política para que a sociedade e o país possam sobreviver.

O Abismo Fiscal 

A nova lei scal, que será votada no Parlamento, aumentaa pressão impositiva sobre as rendas médias e os autônomos. OBanco Central americano vai usar uma ferramenta clássica de po-lítica econômica para fazer essa injeção de recursos: a compra detítulos públicos (pedaços da dívida estatal, vendidos pelo Tesourodos EUA) em mãos de investidores e bancos. Ao fazer essa ope-ração, ele coloca dinheiro no bolso desses investidores e bancos,que pode ser direcionado tanto para outros investimentos (comoações) ou para a concessão de crédito, o que pode estimular aatividade econômica. Em tese, com mais dinheiro circulando, osempréstimos para empresas e consumidores cam mais baratos,o que anima os investimentos no setor produtivo e o aumento doconsumo. Assim. o congresso americano está no meio de uma sériadiscussão sobre o problema do “abismo scal”. O resultado mais

 provável dessas discussões será um corte de gastos públicos, maisou menos drástico. Se o Estado gastar menos, vai tirar um estímuloimportante à enfraquecida economia dos EUA.

 A crise econômica na Alemanha

A Alemanha está resistindo à crise econômica da Europa rela-tivamente bem em comparação a seus vizinhos do sul. No entanto,a prosperidade parece estar deixando para trás uma grande parcelada população do país, como concluiu um estudo recente, segundoo qual a pobreza urbana está crescendo a um ritmo alarmante no país. Apesar do forte desempenho econômico da Alemanha e da baixa taxa de desemprego registrada no país, o percentual de pes-soas que vivem abaixo da linha da pobreza continuou avançandode forma constante no ano passado, com a pobreza nas áreas urba-nas puxando essa tendência.

Apesar de a taxa nacional de pobreza da Alemanha ter avança-do ligeiramente, para 15,1%, patamar acima dos 14,5% registradosno ano anterior, o crescimento desse percentual nas grandes cida-des foi bem superior. Os resultados se basearam em dados de 15das cidades mais populosas da Alemanha, onde vivem cerca de 14milhões de pessoas. O estudo deniu a pobreza de acordo com o padrão cienticamente aceito. Ou seja: 60% da renda líquida mé-dia da população, mensurada de acordo com as necessidades deum indivíduo ou de uma família – quantia totaliza 848 euros pormês para uma única pessoa. Menos beneciários da rede de bem --estar social igual a mais pobreza. Os autores do estudo usaramdados do “micro censo”, realizado pelo Departamento Federal deEstatísticas da Alemanha, e os compararam com o número de pes-

soas que recebem seguro-desemprego de longo prazo. Isso foi fei-to para incluir aqueles que vivem na pobreza e que não solicitam benefícios sociais por vergonha ou por outros motivos.

Consequências da crise no Reino Unido

Embora os efeitos da crise nanceira no Reino Unido tenhamdiminuído a recessão não terminou para os animais de estimação.De acordo com a organização de caridade RSPCA, 40 mil animaisforam abandonados. Neste ano, mais de cem animais são aban-donados por dia. A empresa, que responde a 25 mil ligações porsemana, também está tendo mais diculdade para encontrar umnovo lar aos bichinhos. Os custos da organização subiram de 111milhões de libras (R$ 363 milhões) para 120 milhões de libras (R$393 milhões).

Dessa forma, a recessão pode ter acabado, mas são tempossombrios para vítimas silenciosas, como os animais. Eles nunca precisaram tanto de ajuda. Assim, prevenir os maus tratos e aju-dar os animais necessitados é prioridade absoluta da RSPCA, mas

o número de animais abusados e abandonados está em constan-te crescimento. Enquanto o número de animais carentes sobe, osgastos da organização, cujo orçamento depende totalmente dedoações, já ultrapassaram as previsões. A RSPCA prevê que mais6.000 cachorros e gatos sejam abandonados até o término do ano,com um custo de cerca de 5 milhões de libras (R$ 16 milhões).Atualmente, a entidade já conseguiu encontrar um novo lar para12 mil cachorros e 29 mil gatos. A média de permanência paracachorros na RSPCA é de 59 dias.

Troca de governo no Egito

O presidente egípcio, Mohamed Mursi, anunciou um novogoverno para enfrentar a grave crise econômica, um dia antes de

retomar as negociações com o FMI para conseguir um emprésti-mo crucial para o país, mas que pode acarretar reformas drásticas.Dez novos ministros, quase um terço do governo, que continuarásendo liderado pelo primeiro-ministro Hicham Qandil, prestaram juramento perante o chefe de Estado. Al-Mursi Al-Sayed Hegazy,especialista em nanças islâmicas ligado à Irmandade Muçulma-na, organização à qual Mursi pertence, substituirá o ministro dasFinanças, Momtaz al-Said, homem-chave nas negociações com oFundo Monetário Internacional (FMI) para conseguir um emprés-timo de 4,8 bilhões de dólares.

Said foi muito criticado pelos líderes da Irmandade Muçul-mana, que reprovam sua proximidade dos ex-dirigentes militaresque estiveram no poder por quase um ano e meio após a queda,de Hosni Mubarak. O ministério do Interior cará nas mãos dogeneral Mohamed Ibrahim, que era um dos adjuntos do até agoraministro da pasta, Ahmed Gamaledin. Dessa forma, a substituiçãode Gamaledin é consequência de sua falta de rigidez nas manifes-tações contra o referendo sobre uma nova Constituição, duranteas quais vários locais da Irmandade Muçulmana foram atacados.

Um total de oito ministérios técnicos, quase todos relaciona-dos à economia, também mudaram de líder: Transportes, Eletrici-dade, Desenvolvimento Regional, Aviação Civil, Meio Ambiente,Fornecimento, Comunicações e Relações Parlamentares. Mursianunciou esta reformulação do governo, depois de adotar a novaConstituição, e explicou que queria um governo mais preparado para enfrentar a crise econômica vivida pelo país. Assim, há doisanos, a economia egípcia tem um décit que aumenta combinadocom a queda da moeda nacional, a libra egípcia, a diminuição doturismo e o afundamento dos investimentos estrangeiros.

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Didatismo e Conhecimento  9

CONHECIMENTOS GERAIS

Ao mesmo tempo, o Banco Central viu suas reservas caíremde 36 bilhões para 15 bilhões de dólares, nível que a instituiçãoclassicou, na semana passada, de crítico. Desde então, autorida-des aplicam medidas para limitar a saída de divisas do país. Onovo ministro das Finanças terá que retomar as negociações como FMI para conseguir empréstimo, que já foi pré-acordado, massuspenso devido às tensões políticas no Egito. O empréstimo doFMI é considerado decisivo para recuperar a conança na eco-nomia egípcia, conseguir novos apoios internacionais e ajudar o país a sanear suas contas. No entanto, o governo demonstrou sercauteloso diante da perspectiva de que o FMI imponha reformasdrásticas e impopulares em troca do empréstimo, em particular um possível corte dos caros subsídios do Estado aos combustíveis eaos alimentos básicos.

G-20

Desde 1999, os países que possuem as maiores economias domundo reúnem-se em grupo chamado G-20, nascido durante uma

reunião do G-8 (que reunia as sete maiores economias mais a Rús-sia), ele é composto pelos ministros das nanças e presidentes de bancos centrais de 19 países, além de um representante da UniãoEuropeia. Integrantes do FMI e do Banco Mundial participaramdos encontros como convidados para legitimar as ações do grupo.

O G-20 é um fórum de cooperação e de consulta sobre as-suntos relacionados ao sistema nanceiro internacional. O gruporealiza estudos e discute políticas relacionadas à promoção da es-tabilidade nanceira internacional, abordando questões que extra- polam os poderes de qualquer organização. Os países-membrossão: Argentina, África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Austrá-lia, Brasil, Canadá, China, Coréia do Sul, Estados Unidos, França,Índia, Indonésia, Itália, México, Reino Unido, Rússia e Turquia.

O G-20 nasceu depois das sucessivas crises nanceiras ocor -

ridas na década de 1990. Seu objetivo é aproximar os países e me-lhorar a negociação internacional, tendo em vista o crescimentoeconômico e sua inuencia no cenário mundial. Juntos os países--membros do G-20 somam 90% do Produto Interno Bruto (PIB)mundial, 80% do comercio global (incluindo o comercio intra-UE)e dois terços da população do planeta. A “liderança” do grupo érotativa entre os membros. O “líder” anual ca responsável porcoordenar o grupo e organizar seus encontros anuais.

Objetivos do G-20

- Eliminar restrições no movimento de capital internacional.- Evitar a desregulação nanceira.- Garantir direitos de propriedade intelectual e outros direitos

de propriedade privada.- Criar um clima de negócios que favoreça investimentos es-

trangeiros diretos.- Estreitar o comércio global (pela OMC e por acordos bilate-

rais de comércio).- Incrementar políticas econômicas internacionais.- Combater abusos no sistema nanceiro.- Administrar crises internacionais.- Combater a falta de transparência scal.

Com a retomada do crescimento econômico desequilibradoentre os países depois da crise nanceira internacional, iniciadaem 2008, o consenso foi traçar estratégias diferentes para cadacaso ara reduzir os décits públicos e tornar o sistema bancáriomais seguro.

As principais preocupações atuais em relação à economia glo- bal são as dependências de países como China e Alemanha das ex- portações e o endividamento de nações como os Estados Unidos.Junto com as dívidas da Grécia, também estão no foco as nanças públicas prejudicadas da Grã-Bretanha, Alemanha, Espanha, Itáliae outros países europeus menores. O objetivo mais imediato doG-20 é mostrar progresso em sua promessa de reequilibrar à eco-nomia global.

 Encontro de Cúpula

Seul - O encontro dos líderes das 20 principais economias domundo, o G20, que aconteceu em Seul, na Coreia do Sul, tentarádar um norte mais claro às nanças dos países, envoltos em ques-tões complexas como a injeção de dinheiro na economia dos Esta-dos Unidos, o temor com a insolvência da Irlanda ou a propagadaguerra cambial.

A reunião de cúpula do G-20 em Seul teve como tema a guerracambial que afeta o comércio internacional, em razão da desvalo-rização do dólar, com a consequente valorização das moedas de

outros países, o que torna os produtos desses países mais caros nomercado global e, portanto, menos competitivos.

 No nal do encontro, os líderes do grupo emitiram uma decla-ração, comprometendo-se a evitar desvalorizações competitivas demoedas e a fortalecer a cooperação internacional, visando reduziros desequilíbrios globais. Analistas avaliaram o comunicado doG20 apenas como uma declaração de intenções, sem indicação demedidas concretas.

Cannes - Líderes das maiores economias globais estabelemem Cannes regras que garantem estabilidade dos maiores bancosdo mundo. Mudança no sistema monetário internacional refor-ça posição de países emergentes como Brasil e China. A reuniãoavançou no que diz respeito à regulação de mercados nanceiros –mas não conseguiu indicar uma saída para o m da crise da dívida

que atinge a zona do euro e preocupa o mundo. O encontro do G20também foi marcado pela crise política na Grécia, desencadeadaapós o anúncio e posterior suspensão de um referendo para apro-vação popular do pacote europeu de resgate ao país.

Ao nal do encontro de dois dias, os líderes mundiais concor -daram que os 29 maiores bancos globais precisam ser reestrutu-rados, para garantir que, em caso de diculdades, não dependamdos recursos dos contribuintes para ser resgatados. A lista com osnomes das instituições nanceiras de “importância sistêmica”,cuja falência poderia colocar em risco a economia global, foi fe-chada durante a cúpula. De acordo com a chanceler federal alemã,Angela Merkel, estes bancos precisam manter altas suas reservasde capital, para carem mais preparados contra eventuais riscos.Também os chamados shadow banks (bancos paralelos), como osfundos de capital de risco, devem receber maior controle a partir

de um plano que será desenvolvido até meados do ano que vem.Além disso, os chefes de Estado e de governo do G20 con-

cordaram que cada país precisa cumprir sua parte para fortalecer ocrescimento global e aumentar os postos de trabalho. A Alemanhalembrou mais uma vez a promessa feita na cúpula em Toronto hádois anos: os países do G20 precisam reduzir seus décits orça -mentários até meados de 2013 e estabilizar suas dívidas até 2016.

Os líderes do G20 aumentaram a pressão sobre os europeus para que reforcem as medidas com o intuito de impedir que a Itáliasiga o mesmo caminho que a Grécia, afundada em dívidas. Sob pressão dos Estados Unidos e dos emergentes, a Itália aceitou acondição de ter seu programa de reforma e de austeridade sob mo-nitoramento internacional. Uma maior participação do Fundo Mo-netário Internacional (FMI) na economia italiana deve levar maissegurança aos mercados, facilitando nanciamentos.

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Didatismo e Conhecimento  10

CONHECIMENTOS GERAIS

Bildunterschrift: As maiores economias globais acertaramainda tentar limitar os efeitos da crise aumentando as reservas doFMI, segundo o presidente da UE, Herman Van Rompuy. A me-dida terá como objetivo restabelecer a conança e reduzir os ris-cos de contágio da crise da dívida europeia. Ainda não se deniuexatamente, no entanto, como este reforço será feito. Ele deverácontar com contribuição voluntária de países – o Brasil já declarouestar disposto a contribuir com o FMI.

Países emergentes como China, Índia e Brasil saem reforçadosda cúpula. O G20 quer, a médio prazo, adotar um sistema monetá-rio multipolar – que reita o peso destes Estados, tendo uma basemais ampla e estável e reduzindo a dependência do dólar. Vemosque existe um contínuo desenvolvimento do sistema monetário in-ternacional, no qual futuramente um número maior de moedas terámais inuência. Com isso, a China teria a obrigação de exibilizarsua política monetária. Atualmente, a moeda norte-americana per-faz cerca de 9,6 trilhões de dólares das reservas mundiais – cercade dois terços do total. O euro vem em seguida, correspondendo aum quarto dessas reservas.

A presidente Dilma Rousseff acredita que a reunião de cúpulado G20, na França, foi um “sucesso relativo”, devido à falta dedetalhamento sobre como a Europa será ajudada a resolver seus problemas scais. “Não é sucesso absoluto, mas é relativo porqueos países da zona do euro deram um passo à frente sobre a formade enfrentar a crise”. Não acredita que uma reunião resolva os pro- blemas do mundo.

Ela deixou claro que as diculdades da Europa dominaramnão só o encontro de cúpula como as reuniões bilaterais ocorridas paralelamente. Conforme a presidente, todas as lideranças estavam preocupadas sobre os desdobramentos dos problemas no bloco. Oseuropeus precisavam de mais tempo para concretizar suas própriasmedidas. Para a presidente, entretanto, houve avanços na cúpulado G20 e o grupo mantém seu papel no enfrentamento de crises.

Sobre FMI - Dilma defendeu que qualquer ajuda nanceiraà zona do euro seja feita por meio do Fundo Monetária Interna -cional, e acrescentou que o Brasil se dispôs no encontro do G20 a participar da capitalização do Fundo. O Brasil tem um mecanismo,que é o mecanismo que rege as relações internacionais, via FundoMonetário. Dilma disse ainda que os países que compõem os Brics- Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - concordaram duran-te a cúpula do G20 que uma eventual ajuda à zona do euro, que en-frenta uma aguda crise de dívida, deve ser feita por meio do FMI.

A presidente voltou a defender uma reforma na governançado organismo multilateral de crédito que, na avaliação dela, devereetir a mudança de correlação de forças no cenário global. Naentrevista, argumentou que uma ampliação do FMI contribuirátambém para a redução do risco sistêmico na economia global.

 Na avaliação de Dilma, os países da zona do euro “deram um passo à frente” no enfrentamento da atual crise econômica e o en-contro também resultou em um consenso “entre muitos países doG20” de que a retomada da estabilidade econômica passa pela re-cuperação do crescimento da economia. O Brasil se coloca favora-velmente à criação de uma taxa nanceira global, proposta defen-dida já há algum tempo por algumas lideranças europeias, comoFrança e Alemanha. Não é contra se todos os países adotarem umataxa. Se houver uma taxa nanceira global, o Brasil adota também.

 Encontro Ministerial 

Brasil testa seu protagonismo em encontro do G20, apresen-ta propostas polêmicas em meio ao acirramento das divergênciasentre ricos e emergentes. A comitiva brasileira desembarcou em

Paris para o primeiro encontro do G20 – grupo das 20 maioreseconomias do mundo, formada pelo ministro da Fazenda, GuidoMantega, pelo secretário de Assuntos Internacionais, Carlos Co-zendley, e por outros dois assessores, a equipe chegou ao fórumcom propostas que contrariam o interesse dos países desenvolvi-dos, entre eles, a França, antriã do encontro. A pauta da reuniãoestava basicamente formada por três temas centrais: a alta do preçodas commodities, a regulação do sistema nanceiro mundial e achamada guerra cambial. Em pelo menos dois deles – commodi-ties e câmbio -, o Brasil pôde ter voz signicativa nos debates.

O Brasil foi um dos protagonistas do encontro e um dos prin-cipais interessados na discussão fundamental, que é a desordemcambial mundial. O desenvolvimento do Brasil, no fundo, dependede alguma coordenação internacional com relação ao câmbio. Aomesmo tempo em que critica a postura de países como a China –que mantêm sua moeda subvalorizada para favorecer as exporta-ções, o país também critica a “exclusividade” do dólar como moe-da de reserva global. Já no debate sobre as commodities, o Brasilchegou a Paris com uma proposta discutida e alinhada com a Ar-

gentina – algo que nunca tinha acontecido de forma ocial. Os dois países – que são grandes exportadores dos produtos básicos – sãocontrários à proposta defendida pela França de controlar estoquesno mercado internacional e, com isso, segurar a forte valorizaçãonos preços.

O principal tema em pauta foi a crise econômica internacio-nal e seus efeitos sobre os países ricos e em desenvolvimento. Areunião ministerial do G20 ocorreu no momento em que houve ru-mores sobre o risco de liquidez dos bancos europeus. O presidenteda França, Nicolas Sarkozy, e a chanceler da Alemanha, AngelaMerkel, defenderam a necessidade urgente de recapitalização dosetor bancário.

G-07 

O grupo dos sete países mais ricos do mundo, o G-7, forma-do por Estados Unidos, Canadá, Alemanha, França, Reino Uni-do, Itália e Japão, se reuniu para uma nova rodada de discussões.Desta vez, a pauta principal foi a situação da economia global eo crescente endividamento das comunidades do euro. A ideia doencontro era pôr a economia global no caminho da recuperação. No entanto, o evento foi encerrado sem acordo sobre o conteúdodas reformas do sistema nanceiro mundial, embora os países--membros tenham deixado claro que não há divergência sobre a prevenção de futuras crises.

A reforma do sistema nanceiro foi um dos temas mais con-ituosos da reunião, que também teve a presença dos presidentesdos bancos centrais dos países-membros assim como dos chefes doFMI (Fundo Monetário Internacional), Dominique Strauss-Kahn;e do Banco Mundial, Robert Zoellick. Estados Unidos, França eReino Unido mostraram disposição para empreender uma reformanormativa em nível mundial do setor nanceiro, mas o Canadá foireticente. Os setes líderes concordaram que os bancos devem con-tribuir de alguma forma com os custos desta recuperação.

Os desequilíbrios globais também entraram na pauta, e a Chi-na foi o principal alvo. A maioria dos países do G7 considera quea moeda chinesa está abaixo de seu valor real para favorecer as ex- portações do gigante asiático. A crise econômica da Grécia consi-derada grave, foi apontada como uma prioridade. Durante o even-to, as bolsas mundiais caíram ao nível mais baixo em três meses,e o euro atingiu seu menor valor desde maio de 2011. Diante doquadro, países da Zona do Euro, como Grécia, Espanha e Portugal,caram sob pressão para provar que deixarão as contas públicas

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Didatismo e Conhecimento  11

CONHECIMENTOS GERAIS

sob controle. O medo é que as crises destes países “contaminem”os outros. A unanimidade cou por conta do cancelamento da dívi-da externa do Haiti com as instituições internacionais para ajudaro país a se reconstruir após o terremoto que assolou a capital PortoPríncipe.

Segundo o FMI, a dívida total do Haiti chegava a US$ 1,3 bilhão, e o maior credor era o Banco Interamericano de Desenvol-vimento (BID), com um total de US$ 447 milhões. O maior paíscredor do Haiti era a Venezuela, mas o governo anunciou o perdãoda dívida, em grande parte derivada da compra de combustível.O G7 controla taxas comerciais internacionais e outros mercadosatravés de comunicados divulgados após as reuniões, que acon-tecem várias vezes ao ano. Em encontro do grupo em Istambul,foi discutida a criação de um Grupo dos Quatro, que teria EUA,Europa, Japão e China. Este grupo substituiria o G7, embora cla-ramente enfraquecido, não deixaria de existir, mas teria uma novafunção, ainda em discussão. Ao nal do encontro em Iqaluit, noCanadá, os organizadores anunciaram que não iriam emitir um co-municado como é praxe ao término das discussões do grupo. Para

analistas, este já seria um sinal de desgaste do G7, que vem sendosubstituído como principal fórum de discussão da economia peloG20, que inclui China, Brasil e outros países em desenvolvimento.

Os ministros de nanças e os presidentes dos bancos centraisda União Europeia e dos países do G7 (Alemanha, Canadá, Esta-dos Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) se reuniram emMarselha. O comunicado nal da reunião foi cheio de obviedadese sem nenhuma sugestão concreta, o que acentuou as inquietaçõessobre a crise nos países desenvolvidos. A queda generalizada das bolsas mundiais responde, em boa parte, às frustrações geradas pelo encontro. O G7 limita-se a declarar que vai trabalhar em con- junto com os outros países do G20 e com o FMI para “reforçar” ocrescimento da economia mundial.

De imediato, as atenções estão focadas nos países mais frá-geis da zona euro e no impasse que paralisa o governo alemão.

Decidida pelos governantes da União Europeia, o aumento de 440 bilhões para 780 bilhões de euros da capacidade de empréstimo doFEEF, tem de ser votado pelo Parlamento alemão. Como a maioreconomia dos países da moeda única, a Alemanha deverá prover211 bilhões de euros de garantia de crédito para o FEEF.

A Corte Constitucional Federal, o mais alto tribunal do país,sediado em Karlsruhe, rejeitou três arguições de inconstituciona-lidade do empréstimo ao FEEF. Mas determinou também que os pacotes de ajuda do FEEF aos países da zona euro devem ser apro-vados, caso por caso, pelo Parlamento alemão. No nal das contas,tal dispositivo tira parte da vantagem do FEEF para gerir a crisedo euro. Paralelamente, prosseguem as discussões mais discretassobre a criação de um Eurobond, um título público da zona euro, bancado pelos 17 países que possuem a moeda única.

Obviamente, o Eurobond aumentaria um pouco os custos dosempréstimos da Alemanha, mas diminuiria os juros dos emprésti-mos da Grécia, da Irlanda, da Espanha e da Itália. No médio prazo,o euro se tornaria uma moeda mais estável, com ganhos para todosos países que utilizam a moeda única. Efetivamente, a Alemanhatambém seria bastante favorecida com a criação do Eurobond, por-quanto o país realiza regularmente a maior parte de seu supera-vit comercial no interior da zona euro. No entanto, antes mesmode ser ocialmente cogitado pela União Europeia, o Eurobond já parece conrmar os temores dos que se opõem à sua criação. Aeventual instauração do novo título da zona euro já está tendo umefeito negativo, na medida em que a Grécia e a Itália, esperandoobter empréstimos mais baratos no quadro do Eurobond, reduzemas medidas de austeridade orçamentária determinadas pelos acor-dos do FEEF.

G-04

O G4 é uma aliança entre Alemanha, Brasil, Índia e Japão coma proposta de apoiar as propostas uns dos outros para ingressarem lugares permanentes no Conselho de Segurança das NaçõesUnidas. Diferentemente de outras alianças similares como o G7e o G8, onde o denominador comum é a economia ou motivos políticos a longo termo, o objetivo é apenas buscar um lugar per-manente no Conselho. A ONU possui atualmente cinco membros permanentes com poder de veto no Conselho de Segurança: China,Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia.

Enquanto quase todas as nações concordam com o princípioque a ONU precisa de uma reforma que inclui expansão, poucos países desejam negociar quando a reorganização deve acontecer.Também há descontentamento entre os membros permanentesatuais quanto à inclusão de nações controversas ou países nãoapoiados por eles. Por exemplo, a República Popular da China écontra a entrada do Japão e a Alemanha não recebe apoio dos EUA.

A França e o Reino Unido anunciaram que apoiam as reivindi-

cações do G4, principalmente o ingresso da Alemanha e do Brasil.Uma questão importante são os países vizinhos (com chances me-nores de ingressar) aos que propõem a entrada que frequentementesão contra os esforços do G4: o Pasquitão é contra a entrada daÍndia; a Coréia do Sul e a China são contra o Japão; a Argentina eo México são contra o Brasil e a Itália é contra a Alemanha; for-mando um grupo que cou conhecido como Coffee Club, contra aexpansão do Conselho por aqueles que a propõem.

Em 4 de agosto de 2005 foi anunciado que a China e os EUAentraram em acordo para bloquear a proposta do G4. O Japão dei-xou, formalmente, o Grupo dos Quatro (G4) em 6 de janeiro de2006, depois de ter criticado a nova proposta apresentada por Bra-sil, Alemanha e Índia para reformar o Conselho de Segurança daONU. O país considera que a mesma tem escassas possibilidades

de obter os apoios necessários. Essas críticas complicaram o am- biente no grupo que, até então, tinha uma causa comum. Porémo Japão parece ter voltado atrás na sua decisão, pois em julho de2007 ele se reuniu com o grupo em Nova Iorque para discutir areforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

O G4 (Brasil, Alemanha, Japão e Índia) defende a reformado conselho de tal forma que reita o mundo atual. O formato emvigor é do período após a 2ª Guerra Mundial. Os ministros AntônioPatriota (Brasil), Guido Westerwelle (Alemanha), Koichiro Gem- ba (Japão) e Ranjan Mathai (Índia) reuniram-se, em Nova York, para discutir a ampliação do Conselho de Segurança. Após o en-contro dos chanceleres, foi divulgado um comunicado com cinco parágrafos, no qual os quatro governos reiteram a necessidade deretomar o debate sobre a reforma do órgão.

Os ministros expressaram a visão sobre o forte apoio para umaexpansão em ambas as categorias, que deve ser reetida no proces-so de negociação entre os Estados-membros e solicitam a elabo-ração de um documento conciso como base para futuras negocia-ções. Nas discussões sobre a ampliação do Conselho de Segurançahá várias propostas. Uma delas sugere a ampliação de 15 para 25vagas no total, abrindo espaço para um país em cada continente. Nas Américas, o Brasil e a Argentina pleiteiam uma vaga no órgão. Na África, não há consenso.

Ao longo da declaração conjunta, os ministros reiteram que éfundamental rever o formato atual do Conselho de Segurança. Énecessário promover a reforma a m de melhor reetir as realida -des geopolíticas de hoje. Os países do G4 rearmaram compromis-sos como aspirantes a novos membros permanentes do Conselhode Segurança da ONU, bem como seu apoio às respectivas candi-

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Didatismo e Conhecimento  12

CONHECIMENTOS GERAIS

daturas. Também rearmam sua visão da importância de a Áfricaser representada. No discurso de abertura da 67ª Assembleia Geraldas Nações Unidas, a presidenta Dilma Rousseff reiterou seu ape-lo para que a comunidade internacional retome o debate sobre areforma do Conselho de Segurança. Segundo ela, da forma como

está, as decisões têm sido tomadas à revelia do órgão, o que não é positivo nem colabora para a multipolaridade.

 Economia Brasileira

 Produção Agropecuária

A atividade agropecuária brasileira encerrou 2013 com o Va-lor Bruto da Produção (VBP) em R$ 430 bilhões. O número, di-vulgado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,é 11,3% superior ao registrado em 2012. Desse total, R$ 286 bi-lhões, ou 66,5%, referem-se às lavouras, e R$ 144 bilhões, o equi-valente a 33,5%, à produção pecuária. O VBP é uma estimativa degeração de renda no meio rural que aufere os ganhos obtidos com

os produtos agropecuários.Entre os produtos que se destacaram nas lavouras no ano pas-sado está o tomate, que teve os preços inacionados em 2013 ecujo valor bruto cresceu 88,9% em relação a 2012. Em seguida,veem a batata inglesa (crescimento de 46,6%), o trigo (33,9%), alaranja (31,5%), a soja (25%) e a mandioca (20,2%). O café, queenfrenta uma crise de preço no mercado internacional e doméstico,registrou queda de 30,5% na geração de renda. O algodão foi outro produto agrícola a ter recuo do valor bruto, de 30,9%. Somando-setodos os produtos agrícolas, o valor arrecadado com as lavouras no país cresceu 11% em relação ao ano retrasado.

 No caso do valor referente à produção agropecuária, houvecrescimento de 11,7% na comparação com 2012. A produção decarnes de frango e bovina, cujos valores cresceram respectiva-mente 23,9% e 3,9% e que, juntas, representaram 70% do VBP

 pecuário, foi a grande responsável pelo resultado. Os ganhos comsuínos, leite e ovos também tiveram crescimento, de 10,9%, 13,2%e 7,3%. Para 2014, a previsão é de que o VBP atinja R$ 462,4 bi-lhões, o que representa 7,5% a mais que em 2013. Os dados sobreo indicador são baseados em informações do Instituto Brasileirode Geograa e Estatística (IBGE) e da Companhia Nacional deAbastecimento (Conab).

14/01/2014http://www.noticiasdabahia.com.br/ 

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 Agronegócio

A balança comercial do agronegócio encerrou 2013 com supe-rávit de US$ 82,91 bilhões. O principal setor exportador foi o com- plexo soja (óleo, farelo e grão), responsável por US$ 30,96 bilhõesem vendas externas, o equivalente a 31% das exportações do agro-negócio. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Agricultu-ra. As exportações subiram 4,3% e alcançaram US$ 99,97 bilhões.As importações cresceram 4%, atingindo US$ 17,06 bilhões. Alémda soja, destacou-se a carne. As vendas externas subiram de US$15,74 bilhões em 2012 para US$ 16,8 bilhões no ano passado, in-cremento de 6,8%. As exportações do setor sucroalcooleiro ca-ram em terceiro lugar entre as que mais trouxeram divisas, comingresso nanceiro de US$ 13,72 bilhões.

Para 2014, a previsão é de queda de preço para alguns produ-tos cotados no mercado internacional, em função da oferta eleva-da. Entre eles, milho e a soja em grão. Caso isso ocorra, o resultado

de 2014 deve ser inferior ao do ano passado. Do lado das impor-tações, houve aumento de 4% nas compras do Brasil de produtosagrícolas no exterior. Foram gastos US$ 17 bilhões. O trigo foi o principal produto adquirido lá fora, com gastos de US$ 2,42 bi-lhões, 37,2% a mais do que no ano passado. A quebra da safra docereal no Brasil e em outros países, com risco de desabastecimen-to, contribuiu para a alta das compras.

13/01/2014http://www.noticiasdabahia.com.br/ 

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 Soja

Mesmo com os problemas climáticos do momento, os técni-cos do Ministério da Agricultura acreditam que a safra 2013/2014atinja a marca recorde de 200 milhões de toneladas. No quartolevantamento da safra da Companhia Nacional de Abastecimento

(Conab), divulgado em Brasília, o número para a safra indicava196,7 milhões de toneladas, também recorde, mas a soja pode me-lhorar ainda mais esse resultado. “Há um aumento de produtivida-de da soja. Assim que terminar a colheita desse grão, haverá umaumento maior do que a estimativa divulgada. Podemos, assim,chegar aos 200 milhões de toneladas. Isso para nós é muito impor-tante. É um número signicativo”, disse o ministro da Agricultura,Antonio Andrade. Na avaliação de Andrade, a soja é um grandefator para o resultado e está sendo exportada com preços “remu-neradores”, o que faz aumentar a produtividade, com garantia demercado exportador.

Para o ministro, o resultado demonstra que agronegócio estácrescendo cada vez mais no país, conquistando espaços tanto in-ternos, quanto externos. Segundo ele, a produção de grãos torna

hoje o país respeitado pelas ações que tem adotado e que trazemconsequências, como o aumento da produtividade. “Quando anun-ciamos o Plano Safra, queríamos chegar a 190 milhões de tonela -das. Superamos essa expectativa e chegamos a 197 milhões. Ago-ra, estamos trabalhando duramente para chegar a 200 milhões detoneladas”.

O quarto levantamento da safra, de 196,7 milhões de tonela-das, representa aumento de 5,2% em relação à safra passada, comregistro de 186,9 milhões de toneladas. No caso da soja, houvecrescimento de 10,8% e produção estimada de 90,3 milhões detoneladas para a safra atual. O arroz teve alta de 5,1%, chegandoa 12,4 milhões de toneladas, seguido pelo feijão (primeira safra),com elevação de 35,6%, e passando de 964,6 mil toneladas para1,3 milhão de toneladas. O produto está em fase de colheita no

Paraná. O milho (primeira safra), segunda maior cultura produzi-da no país, teve queda de 5,9%. A área total destinada ao plantio,informou a Conab, pode chegar a 55,39 milhões de hectares, comalta de 4% em relação à área plantada na safra anterior. O destaquetambém é a soja, com aumento na área plantada de 6,6%, passandode 27,7 milhões para 29,6 milhões de hectares. “Esperamos chegara 95 milhões de toneladas na produção de soja, colando o Brasilcomo o maior produtor e exportador do mundo”, disse o ministro.

Um possível desabastecimento de milho, que registrou quedana estimativa de safra, foi descartado pelo ministro Antonio An-drade. Ele tranquilizou os produtores de frangos e suínos e disseque haverá abastecimento destinado à ração animal. O problema,informou, tem sido maior devido ao preço do produto. “A priori-dade do Brasil é exportar carne. Não é exportar grãos. Exportamos

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Didatismo e Conhecimento  13

CONHECIMENTOS GERAIS

grãos porque ainda não aumentamos signicativamente a exporta-ção de carne”, destacou. Ele lembrou que os números de exporta-ção de carne (aves, suína e bovina) já foram maiores em 2013 doque no ano anterior, sem o governo descuidar do mercado interno.

09/01/2014http://www.noticiasdabahia.com.br/ 

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 Novas Estatísticas da Economia Brasileira

A economia brasileira não terá novos estímulos em 2013 parao crescimento mesmo com o avanço de 0,6% do PIB (Produto In-terno Bruto) no 1º trimestre. Os estímulos que já foram tomadoscontinuarão a surtir efeito no ano de 2013. A desoneração da fo-lha de pagamento, por exemplo, continuará a ser feita em outrossetores ao longo do ano, o que irá aumentar a competitividade daeconomia brasileira.

O resultado cou abaixo do esperado pelo mercado, que pro-

 jetava crescimento entre 0,8% e 1%. Na comparação com primeirotrimestre do ano passado, o avanço da economia brasileira atinge1,9%. Em valores correntes, o PIB alcançou R$ 1,11 trilhão. Noano de 2012, o indicador cresceu 0,9%. Foi o pior resultado do PIB brasileiro desde 2009 (-0,6%). No primeiro trimestre deste ano, aindústria amargou queda de 0,3%. O resultado do setor industrialfoi prejudicado pela queda na produção do segmento extrativa mi-neral. O recuo chegou a 2,1%.

As perdas da indústria ocorreram mesmo com uma série demedidas adotadas pelo governo da presidente Dilma Rousseff,que estimulou o consumo por meio de uma redução de impostos para automóveis, móveis, eletrodomésticos, materiais de constru-ção e até dos produtos que compõem a cesta básica. A redução doIPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados) foi prorrogada em

atendimento à expectativa dos setores produtivos. Também comoforma de alavancar a economia e evitar novas reduções em suas previsões, o governo federal anunciou um plano de concessões aosetor privado de R$ 133 bilhões para melhorar a infraestrutura doPaís, começando por rodovias e ferrovias. Além disso, o Ministé-rio da Fazenda ampliou a margem de endividamento de 17 dos 27estados do País para que eles possam ter acesso a novos créditos públicos, em um total de cerca de R$ 42,2 bilhões.

Esses recursos deverão ser dirigidos a obras de infraestrutura,saneamento, transporte urbano e meio ambiente. Também tiveram péssimos resultados os setores de construção civil e eletricidadee gás, água, esgoto e limpeza urbana. Todos despencaram 0,1%.

 Brasil: 7ª Maior Potência Econômica

O Instituto Brasileiro de Geograa e Estatística (IBGE) divul-gou recentemente o desempenho da economia brasileira no tercei-ro trimestre. O crescimento foi de 0,6% no terceiro trimestre de2012 na comparação com o anterior, cando atrás dos países quecompõe o BRICS: China (7,4%), Índia 5,3%, Rússia 2,9% e Áfricado Sul 2,3%. Esse crescimento foi impulsionado pelo setor agro- pecuário, deixando a Indústria e o Serviço com resultados muitoinferiores, de acordo ao Instituto.

Com a divulgação desse crescimento abaixo do esperado, o período é de reexão sobre aspectos que também interferem nodesempenho da economia, devendo o governo trabalhar em polí-ticas que retomem o crescimento do Brasil. O primeiro aspecto éa informação divulgada pela Receita Federal de que a carga tribu-tária correspondeu 35,31% do Produto Interno Bruto (PIB). Para

um mundo globalizado e competitivo, esse índice é um fator deinuência direta no relacionamento comercial internacional e quetira competitividade das empresas nacionais.

O segundo aspecto na divulgação do desempenho foi a re-dução na taxa de investimento de 18,7% do PIB, menor do que

ao igual período do ano passado que cou em 20%. Esse índiceaponta a condição da aplicação de capital em meios de produção,onde as empresas tiveram mais diculdades para canalizarem re-cursos para ampliação das suas operações, com reexos diretos nageração de renda e postos de trabalho. E o terceiro ponto é quantoà taxa de poupança divulgada de 15,6% sobre o PIB, menor queo trimestre do ano anterior que foi de 18,8%. A redução represen-ta várias questões e têm como reexo a mudança do cálculo dosrendimentos, reduzindo às perspectivas de ganhos nas aplicações,e em outro aspecto a fraca capacidade de acúmulo de capital paraa geração investimentos a custos mais compensadores na contra-tação dos recursos.

Outras transformações ocorreram na economia brasileira, aChina, por exemplo, se tornou no maior fornecedor do Brasil, ape-sar das medidas do governo brasileiro para impedir o avanço daentrada de mais produtos chineses no nosso país, fator que ameaçaa indústria nacional, a dependência brasileira aos produtos e insu-mos chineses permaneceu crescente. Dessa forma, a China como principal fornecedor atingiu 15,5% de todas as importações reali-zadas pelo Brasil, ultrapassando os EUA que registraram 14,6%no mesmo quesito. A China também lidera a venda de máquinas eequipamentos para a indústria brasileira.

Porém, o Brasil também conquistou crescimento em suas ex- portações para a China. Em 2012, no setor do agronegócio, a Chi-na também se manteve como o principal parceiro comercial comcifra de 388,8 milhões de dólares em exportações e 8% de parti-cipação no total exportado em janeiro de 2012, comparado com omês de janeiro de 2011, o crescimento foi de 51,6%. Considerandoo agronegócio brasileiro, os principais setores exportadores foramos de carnes, com 1,14 bilhões de dólares; produtos orestais, 702milhões de dólares; soja, 685 milhões de dólares; sucroalcooleiro,372 milhões de dólares.

 A estabilidade fnanceira do Brasil 

A expansão do sistema bancário brasileiro, surpreendeu frenteà instabilidade de solvência da economia grega, à vulnerabilida-de decorrente da dívida soberana europeia e riscos associados àfragilidade econômica global. Apesar da turbulência do mercadointernacional, e que tende a permanecer em algumas economiasda Europa e outros países, no Brasil, com forte sistema bancário erobusto nível de solvência, fato evidenciado pelo teste de estresseaplicado em vários cenários pelo BCB – Banco Central do Brasil,alicerçado com crescimento da base de capital, principalmente em

decorrência da incorporação de lucros e da captação de dívidassubordinadas.Houve disponibilidade de recursos no mercado externo e in-

terno que permitiu os bancos nanciarem o crescimento da carteirade crédito e assim aumentar o montante de ativos líquidos, mesmo perante a volatilidade das taxas de câmbio e juros, com elevadoíndice de liquidez, mostrando claramente a capacidade de fazerfrente a eventuais crises externas. A elevação do nível de rendadas famílias brasileiras; somado ao baixo nível de desemprego;aumento do crédito direcionado; despesas administrativas do se-tor bancário estável; expansão de crédito ofertado pelo BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social; pe-queno aumento no lucro líquido do sistema bancário; provocado por resultados não operacionais, demonstra a real situação do equi-líbrio nanceiro.

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Didatismo e Conhecimento  14

CONHECIMENTOS GERAIS

Ao analisar o Sistema de Transferência de Reservas (STR) ve-rica-se que a Liquidez Agregada Disponível continuou acima dasnecessidades das instituições nanceiras participantes, permitin-do tranquilidade nas liquidações. Apesar do aumento do nível deendividamento das famílias brasileiras, boa parte do que o Brasil produz são consumidos no mercado interno. As áreas que sofrerãoinuências serão todas alinhadas à exportação, do qual, a diminui-ção da atividade econômica e a desaceleração da economia mun-dial, podem resultar no médio prazo aumento do nível de desem- prego, afetando relativamente o sistema nanceiro, com aumentoda inadimplência. Este reexo é minimizado em virtude de muitasobras do Programa Brasil Maior, de aceleração da economia, alémde vários incentivos scais e da necessidade de atendimento de ummercado consumidor em expansão.

Em pleno agravamento da crise internacional, o estoque deoperações de crédito no sistema nanceiro brasileiro atingiu R$ 2trilhões, o que representa uma expansão de 10,6% em relação aosemestre anterior e 19% em doze meses, o que representa 49% doPIB (Produto Interno Bruto). Do ponto de vista macroeconômico,

existe a perspectiva de estabilização da inadimplência, provocada pelas projeções de retomada de crescimento. Entre as instituiçõesnanceiras estrangeiras, o destaque foi à transferência de controledo Dresdner Bank Brasil S.A Banco Múltiplo, do CommerzbankAG (Alemanha) para o banco canadense The Bank of Nova Scotia.

A estabilidade nanceira do Brasil, frente a um cenário de in-certeza internacional, contribui para atração de investimentos parao país. Falar sobre a economia não é atravessar um abismo de in-certezas, mas sim ter a sensibilidade da mudança. A inovação tec-nológica aliada à interação de comunicação sem limites provocauma visão diferente de nossa realidade, a Nova Economia pode serassim chamada de “Economia Social Incorporativa”, pois, faz par-te de uma rede integrada e sociável as populações do mundo. Esta Nova Economia é a junção da Economia da Inovação + Economia

Criativa + Economia Verde (Sustentabilidade) + Redes Sociais =Economia Social Incorporativa – SEI (Social Economy Incorpo-rative).

Do telefone à nanotecnologia, destaque para o grafeno, com- posto por átomos de carbono com alta condutividade térmica eelétrica, exível e 200 vezes mais resistente que o aço, com pos -sibilidade de combinar outras substâncias químicas, torna-se uminteressante material do futuro, ou será do presente? Este material pode substituir o silício e permitir a segunda revolução tecnoló-gica.

Ao aliar a tecnologia com a internet, que está sendo testadaem várias universidades do mundo que tem um velocidade de até2.000 vezes mais rápida que a internet atual, somando aos mais de1 bilhão de pessoas que já fazem parte da rede Facebook (uma, decentenas de redes sociais); a integração do Linkedin (maior redede negócios do mundo); as buscas majoritárias do Google (alémde outras centenas de sites de busca); a disponibilidade de colocarvídeos no You Tube (o mais popular do seguimento); a criação de pelo menos 400 novos aplicativos por dia para os smartphones,com plataformas que contam com mais de 80 mil aplicativos; asinergia de interação de redes de contato e o movimento da infor-mação que cria raízes culturais, de uma nova literatura social, noqual, a linguagem está em construção em um ambiente virtual e aomesmo tempo integrado.

Esta interação social está derrubando governos, mudando há- bitos de consumo, provocando uma avalanche de oportunidades.A Europa, não poderá recuperar-se com fardo pesado de projetossociais, somado à instabilidade de credibilidade nanceira a nãoser que invista na SEI (Social Economy Incorporative). A Rússia,

EUA, Japão, China e Brasil poderão beneciar-se da atual situa-ção econômica, ocupando novos espaços políticos e econômicos, porque contam com um dos pilares da SEI, mas mesmo estes pre-cisam investir em Economia Criativa (aumentar as exportaçõesdesta economia); aumentar os investimentos na Economia Verde;

dar mais transparência a gestão pública e interagir com seus paresatravés do contexto da nova linguagem que está em construção naatualidade.

O mais preocupante, é que as questões ambientais estão es-quecidas com a crise econômica, pouco se faz para reverter os abu-sos do Homem sobre a natureza. O planeta já passa por fortes con-sequências dos efeitos climáticos que aumentam de intensidade acada ano. A sustentabilidade talvez seja uma das soluções para atu-al crise econômica. Os polos de empregabilidade do mundo estãonas bases do SEI, em projetos culturais, turísticos, projetos edu-cacionais, na criação de novas tecnologias, nas ações de sustenta- bilidade e nas redes sociais; que estabelecem comportamentos decompra, difusão de conhecimento, entretenimento e redes políticasintegradas aos mesmos interesses coletivos e globais.

Soluções existem, o momento não é de isolamento, mas evi-dente que uma Nova Economia está em transformação, provocan-do mudanças signicativas na política econômica mundial, porisso, todos os esforços nesta nova dinâmica de conscientização docomportamento social integrativo auxilia numa política estratégicaglobal mais justa e igualitária. Como Schumpeter dizia: “inova-ções radicais provocam grandes mudanças no mundo, enquantoinovações incrementais preenchem continuamente o processo demudança”. Construir frases é fácil, construir ideias exige novosolhares, construir uma nova economia requer integração social,viva a Humanidade.

 Sociedade

 Intimidade Compartilhada na Internet 

 No Brasil, a privacidade é um direito de todos, garantido peloartigo 5º da Constituição Federal de 1988. Sendo assim, são in -violáveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização pelo dano material oumoral decorrente de sua violação. Uma das formas cada vez maisfrequente de violar a privacidade de uma pessoa é o “sexting”,quando vídeos e imagens com conteúdo sexual vazam na internetou via celulares sem o consentimento de todos os envolvidos. Ca-sos recentes ocorridos no Brasil em 2013 ilustram o quão grave éa exposição desse conteúdo na internet.

Uma jovem de 16 anos do interior do Rio Grande do Sul eoutra adolescente de 17 anos, do interior do Piauí, cometeram sui-cídio após terem suas imagens íntimas divulgadas na internet e

compartilhadas em redes sociais. A primeira teria sido vítima deum colega de escola, suspeito de ter publicado a foto íntima da jovem. A segunda teve imagens em que aparece tendo relaçõessexuais compartilhadas no aplicativo de bate-papo Whatsapp.

Em Goiânia, uma jovem de 19 anos precisou deixar o empre-go e desenvolveu um quadro de depressão após um vídeo gravadocom o namorado ter sido postado na internet sem o seu consen-timento. O caso virou “meme” e piada em redes sociais como oFacebook. O principal suspeito é o ex-namorado da vítima. Oscasos chocaram as cidades onde as jovens moravam e levantarama discussão sobre violação da privacidade na internet e as conse-quências que para quem passa por essa situação.

A palavra “sexting” é uma junção das palavras sex [sexo] etexting [envio de mensagens] e poderia ser apenas a troca de ima-gens eróticas ou sensuais entre casais, namorados ou pessoas que

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Didatismo e Conhecimento  15

CONHECIMENTOS GERAIS

estão em algum tipo de relacionamento, mas acabou tornando-seuma prática “criminosa” e vingativa. Não à toa ganhou o apeli-do de “pornograa de revanche”, já que em muitos casos são ex--namorados ou ex-maridos que publicam na internet fotos e vídeosdas namoradas como forma de vingança após o m do relaciona -mento.

Entre os casos de sexting levados à justiça no Brasil, a maio -ria são de vingança. Os danos são muitos e o acesso à imagem pode fugir do controle, sendo difícil retirar o material de sites edos sistemas de busca online. Uma das soluções buscadas pelasautoridades para inibir a prática é a punição dos responsáveis. Osadolescentes são o grupo que mais preocupa psicólogos, pais e es- pecialistas em segurança na internet. Usuários das redes sociais,muito expostos e hiperconectados, eles acabam sendo alvo fácil decasos de sexting por não se preocuparem com a segurança de suasinformações.

O sexting reúne características de diferentes práticas ofensi-vas e criminosas. Envolve ciberbullying por ofender moralmentee difamar as vítimas que têm suas imagens publicadas sem seu

consentimento; estimula a pornograa infantil e a pedolia emcasos envolvendo menores. Em outros casos, enquadra-se comoroubo de informações, como o que ocorreu com a atriz CarolinaDieckman, em 2012. Além disso, no caso das mulheres, o autor dadivulgação de imagens íntimas na internet sem autorização podeser punido por difamação com base na Lei Maria da Penha. NaCalifórnia (EUA), para tentar conter a onda de publicações de ima-gens de mulheres nuas ou seminuas por vingança foi criada umalei que prevê pena de prisão de até seis meses e multa de até US$1.000 para quem publicar na internet fotograas ou vídeos de ex--cônjuge ou ex-namorada sem consentimento.

 Nos casos envolvendo menores de idade, os responsáveis peladivulgação podem ser enquadrados no artigo 241-A do Estatuto daCriança e do Adolescente (ECA), que qualica como crime grave

a disseminação de fotos, vídeos ou imagens de crianças ou adoles-centes em situação de sexo explícito ou pornográca, com penade 3 a 6 anos. Quatro Estados norte-americanos já classicam osexting como crime de pornograa infantil ou exploração sexualde menores e preveem também punições para menores de idadeque criarem ou transmitirem imagens com conteúdo sexualmenteexplícito.

 No Brasil, a vítima de sexting ainda encontra diculdade paraver o culpado punido. Para tentar coibir a prática, quatro projetostramitam no Congresso propondo penas mais severas. Em maiode 2013, o deputado João Arruda (PMDB/PR) propôs alterações àLei Maria da Penha, estendendo-a para o ambiente virtual. Outrosdois projetos buscam tipicar o crime de divulgação pública deimagens de vídeos de segurança e acrescentar ao Código Penal aconduta de divulgação de fotos ou vídeos com cena de nudez ouato sexual sem autorização da vítima.

O quarto projeto, da deputada Eliane Lima (PSD/MT), visa punir quem praticar a chamada vingança pornográca. A pena pro- posta é de um ano de reclusão e multa de 20 salários mínimos. A parlamentar cita como exemplo o caso da jornalista Rose Leonel,que por muito tempo recebeu ligações de estranhos procurando porsexo. O ex-namorado havia cadastrado fotos íntimas da jovem emsites de pornograa e de garotas de programa, com seus dados pes-soais e telefone celular. Rose Leonel criou a ONG Marias da In-ternet, que ajuda mulheres que passaram por situação semelhante.

A Câmara dos Deputados também deve incluir no Marco Civilda Internet, mecanismos para retirada de conteúdo da rede de ima-gens íntimas que prejudiquem os envolvidos. A proposta ainda estáem discussão e segundo o deputado Alessandro Molon (PT-RJ),

relator do projeto, o texto prevê que o provedor que disponibilizaro conteúdo gerado por terceiros poderá ser responsabilizado peladivulgação do material que contenha nudez ou sexo de caráter pri-vado sem autorização de seus participantes.

27/12/2013http://vestibular.uol.com.br/ 

resumo-das-disciplinas/atualidades

 Sociedade Brasileira

 Manifestações no Brasil 

Os protestos no Brasil em 2013, inicialmente, surgiram paracontestar o aumento das tarifas de transporte público, principal-mente nas cidades de Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro eque ganharam forças e apoio da população. Em seguida a popula-ção passou a se manifestar contra outros assuntos:

- não a PEC37;- saída imediata de Renan Calheiros da presidência do Con-

gresso Nacional;- imediata investigação e punição de irregularidades nas obras

da Copa do Mundo no Brasil, pela Polícia Federal e MinistérioPúblico Federal;

- uma lei que torne a corrupção do Congresso crime hediondo;- m do foro privilegiado.

Em maio de 2013 a prefeitura da cidade de Natal, Rio Grandedo Norte, aumentou em 20 centavos o preço da passagem do trans- porte público. Esse foi o estopim das manifestações. As primeirasmanifestações tiveram início dia 25 de março em Porto Alegre,Rio Grande do Sul, com o aumento da tarifa de ônibus e lotações.Os protestos ganharam força quando houve o reajuste dos preços.

A PEC37 foi um projeto legislativo brasileiro que se apro-

vado, limitaria o poder de investigação criminal a Polícias Fede-rais e civis, retirando-o de, entre outras organizações, o MinistérioPúblico. Seu autor foi o deputado Lourival Mendes (PT do B doMaranhão). Este declarou à época da proposta que as CPIs nãocariam prejudicadas pela alteração, por terem outro trecho daConstituição tratando delas. No dia 25 de junho de 2013, depois deser pressionado pela sociedade brasileira em inúmeras manifesta-ções públicas de apoio às investigações pelo Ministério Público, aPEC 37 foi posta em votação e rejeitada com 430 votos contrários,9 a favor e duas abstenções.

Renan Calheiros foi eleito o Presidente do Senado, derrotandoo novato Pedro Taques. Calheiros negociou cargos na Mesa Di-retora e fez promessas para conseguir votos. Apesar de ter sidoeleito, Renan é acusado de diversos crimes de corrupção e desviode verbas públicas. A população cou revoltada com sua posição

no Senado; a saída de Renan Calheiros da Presidência do Senadose tornou um motivo para mobilizações.Com as obras da Copa do Mundo de 2014 no Brasil, houve

uma suspeita de uso indevido do dinheiro público nas obras. As-sim, buscou-se uma investigação para averiguar se tal fato é verda-deiro. O Congresso Nacional poderá criar uma CPI para averiguaras denúncias de mau uso do dinheiro público.

Com a corrupção brasileira aumentando cada vez mais, o povo brasileiro buscou uma lei que decretasse como hediondo (cri-me inaançável), crimes de corrupção e concussão. O projeto foiaprovado e traz as seguintes normas:

a) transforma em hediondos os crimes de concussão (art. 316,caput, do Código Penal), corrupção passiva (art. 317, caput, doCódigo Penal) e corrupção ativa (art. 333, caput, do Código Pe-nal);

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Didatismo e Conhecimento  16

CONHECIMENTOS GERAIS

b) aumenta a pena desses crimes: a do delito de concussão,de dois a oito anos para quatro a oito anos de reclusão, e as doscrimes de corrupção ativa e passiva de dois a doze anos para qua-tro a doze anos de reclusão; todos esses crimes continuam a ser punidos também com multa, além da reclusão.

Segundo o Senador Pedro Taques esse projeto será um dosinstrumentos para construir uma sociedade mais justa.

Foro Privilegiado é um mecanismo presente no ordenamen-to jurídico brasileiro que designa uma forma especial e particular para julgar-se determinadas autoridades. Tal dispositivo é uma cla-ra exceção ao princípio da igualdade, consagrado na constituição brasileira por meio de seu artigo 5º. O presidente da República, de- putados federais, senadores e ministros, por exemplo, são sempre julgados pelo Supremo Tribunal Federal. A população quer um jul-gamento justo para todas as pessoas, sejam elas do Senado ou não.

Esses foram os cinco principais motivos das manifestações, porém alguns outros conceitos também foram buscados. De modogeral, as manifestações bucaram justiça no governo e na sociedade brasileira.

Tragédia em Santa Maria - RS 

A boate Kiss, na Rua dos Andradas, em Santa Maria - RioGrande do Sul, foi palco de uma tragédia. Um incêndio, que teriacomeçado por volta das 2 horas da madrugada, causou a morte dedezenas de pessoas. Segundo o delegado Sandro Mainer, que aten-deu a tragédia, pelo menos 232 pessoas morreram nessa tragédiae deixou cerca de 150 feridos, 80 em estado grave. O fogo teriacomeçado na espuma de isolamento acústico, no teto. As chamasse espalharam rapidamente e todo o ambiente encoberto por umafumaça preta. O integrante de uma das bandas que se apresentounaquela noite - Gurizada Fandangueira, teria acendido um fogode artifício - uma espécie de sinalizador - que teria iniciado o in-cêndio.

O local possui apenas uma porta de saída e houve tumulto natentativa de fuga. O número de pessoas que estavam na boate aindanão foi conrmado. A festa “Agromerados” reunia estudantes daUniversidade Federal de Santa Maria, dos cursos de Pedagogia,Agronomia, Medicina Veterinária, Zootecnia e dois cursos técni-cos. Pessoas foram pisoteadas ao tentarem sair pela única porta deentrada da boate, a princípio bloqueada por seguranças preocupa-dos com o pagamento de cartelas de consumo. Outros se perderamno estabelecimento enquanto buscavam saídas alternativas, inexis-tentes no local.

Os primeiros jovens a sair da boate chamaram o Corpo deBombeiros de Santa Maria que chegaram a pouco tempo. Aindahavia muitas pessoas dentro da boate, e as que já estavam do ladode fora com vida precisavam ser socorridas. Bombeiros e sobrevi-ventes quebraram a fachada da boate a marretadas para retirar as pessoas. Os bombeiros levaram as pessoas salvas até a rua. Apósabrir a passagem, os bombeiros rastejaram boate adentro. Do ladodireito, em frente e dentro do banheiro, estava o maior númerode pessoas. Pareciam empilhadas com empilhadeira. Devem ter pensado que no banheiro estariam salvas. Constatado que aque-las pessoas estavam sem vida, procuraram eliminar os focos deincêndio. A maioria das pessoas morreu por asxia, inalação dafumaça tóxica. Foram poucas que morreram queimadas. A ForçaAérea conseguiu um ventilador grande para ajudar a ventilar. Como auxílio de luz, foram encontrados mais corpos pela boate. Os so- breviventes foram levados aos hospitais da cidade, região e capital.

Os corpos das vítimas foram levados encaminhados ao Cen-tro Desportivo Municipal para que as famílias reconhecessem oscorpos. O proprietário da boate Kiss e os integrantes da banda prestaram depoimento à polícia na mesma tarde, em Santa Ma-ria. De acordo com o chefe de Polícia Civil do estado, delegadoRanolfo Vieira Junior, diversas pessoas foram ouvidas para tentaresclarecer as causas do fogo. A presidente Dilma Rousseff esteveno Hospital de Caridade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul,onde visitou feridos do incêndio na boate Kiss. Após passar pelohospital, a comitiva presidencial se dirigiu ao ginásio do CentroDesportivo Municipal, onde estava ocorrendo o reconhecimentodos corpos das vítimas da tragédia.

Dilma conversou com alguns familiares que aguardavam parafazer o reconhecimento dos corpos, mas, muito emocionada, logodeixou o local sem falar com a imprensa. Dilma cancelou três reu-niões bilaterais no Chile e embarcou ainda pela manhã para SantaMaria. Em entrevista antes da viagem, ela disse que mobilizou osministros para monitorar e que o governo federal fará “tudo o quefor necessário”. Emocionada, a presidente lamentou a tragédia.

O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, decretou lutoocial de 7 dias no Estado. O governador manifestou o seu pesar pelas mortes provocadas pelo incêndio. O prefeito de Santa Maria(RS), Cezar Schirmer, decretou luto ocial de 30 dias pelas mortesocorridas durante incêndio. De acordo com o Secretário de Rela-ções de Governo e Comunicação, Giovani Manica, é a primeiravez que um luto tão extenso é decretado na cidade. O incêndio na boate Kiss é considerado a maior tragédia no estado do Rio Grandedo Sul.

 A Epidemia do Crack 

Cerca de cinco vezes mais potente que a cocaína, sendo tam- bém relativamente mais barata e acessível que outras drogas, o

crack tem sido cada vez mais utilizado, e não somente por pesso-as de baixo poder aquisitivo, e carcerários, como há alguns anos.Ele está, hoje, presente em todas as classes sociais e em diversascidades do país. Assustadoramente, cerca de 600.000 pessoas sãodependentes, somente no Brasil. Tal substância faz com que a do- pamina, responsável por provocar sensações de prazer, euforia eexcitação, permaneça por mais tempo no organismo. Outra face-ta da dopamina é a capacidade de provocar sintomas paranoicos,quando se encontra em altas concentrações.

Perseguindo esse prazer, o indivíduo tende a utilizar a drogacom maior frequência. Com o passar do tempo, o organismo vaicando tolerante à substância, fazendo com que seja necessárioo uso de quantidades maiores da droga para se obter os mesmosefeitos. Apesar dos efeitos paranoicos, que podem durar de horasa poucos dias e pode causar problemas irreparáveis, e dos riscosa que está sujeito; o viciado acredita que o prazer provocado peladroga compensa tudo isso. Em pouco tempo, ele virará seu escravoe fará de tudo para tê-la sempre em mãos. A relação dessas pessoascom o crime, por tal motivo, é muito maior do que em relação àsoutras drogas; e o comportamento violento é um traço típico.

 Neurônios vão sendo destruídos, e a memória, concentraçãoe autocontrole são nitidamente prejudicados. Cerca de 30% dosusuários perdem a vida em um prazo de cinco anos – ou pela dro-ga em si ou em consequência de seu uso (suicídio, envolvimentoem brigas, “prestação de contas” com tracantes, comportamentode risco em busca da droga – como prostituição, etc.). Quanto aeste último exemplo, tal comportamento aumenta os riscos de secontrair AIDS e outras DSTs e, como o sistema imunológico dosdependentes se encontra cada vez mais debilitado, as consequên-

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Didatismo e Conhecimento  17

CONHECIMENTOS GERAIS

cias são preocupantes. Superar o vício não é fácil e requer, alémde ajuda prossional, muita força de vontade por parte da pessoa,e apoio da família. Há pacientes que cam internados por muitosmeses, mas conseguem se livrar dessa situação.

 Mercado de Crack 

O Brasil é o maior mercado de crack do mundo e o segundode cocaína, aponta o 2º Levantamento Nacional de Álcool e Dro-gas. O estudo, divulgado pela Universidade Federal de São Paulo,mostra que esta epidemia corresponde a 20% do consumo globalda cocaína — índice que engloba a droga renada e os seus sub - produtos, como crack, óxi e merla. Só nos últimos anos, um emcada cem adultos fumou crack, o que representa um milhão de bra-sileiros acima dos 18 anos. Quando a pesquisa abrange o consumodas duas drogas, cocaína e crack, o número atinge 2,8 milhões de pessoas em todo o país. O número é considerado “alarmante” no período pelo coordenador do estudo, o psiquiatra Ronaldo Laran- jeira.

Cerca de 6 milhões de pessoas (4% da população adulta) jáexperimentaram alguma vez na vida a cocaína, seja o pó renadoou apenas a droga fumada (como se apresentam o crack e o óxi).Já entre os adolescentes, 442 mil (3% dos que têm entre 14 anose 18 anos) também já tiveram experiência com algum tipo dessassubstâncias. Quanto ao uso da cocaína intranasal (cheirada), queé a mais comum no mundo, pouco mais de 5 milhões de adultos(4%) admitiram ter experimentado o pó alguma vez na vida, sendo2,3 milhões de pessoas (2%) nos últimos 12 meses. O uso é menorentre os jovens, sendo menos de 2% nos dois casos: 442 mil ado-lescentes em um momento da vida, e 244 mil no último ano.

Quase 2 milhões de brasileiros, armam os dados, já usaram acocaína fumada (crack, óxi ou merla) uma vez na vida, atingindo1,8 milhão de adultos (1,4% da população) e150 mil adolescentes

(cerca de 1%). No último ano, foram cerca de 1 milhão de adultos(1%) e 18 mil jovens (0,2%). A pesquisa, que foi feita com 4.607 pessoas de 149 municípios brasileiros, indica também que o pri-meiro uso de cocaína ocorreu antes dos 18 anos para quase metadedos usuários (45%), seja para quem ainda consome a droga ou paraquem já consumiu ao menos uma vez na vida. No total, 48% de-senvolveram dependência química, sendo que 27% relataram usara droga todos os dias ou mais de duas vezes por semana. Conseguiras drogas também foi considerado fácil por 78% dos entrevistados,sendo que 10% dos usuários armaram já ter vendido alguma parteda substância ilegal que tinham em mãos.

Conhecendo o Inimigo

O lósofo chinês e estrategista militar Sun Tzu, famoso pelolivro “A arte da guerra”, já dizia, cinco séculos antes de Cristo, queé necessário conhecer o inimigo para ganhar uma guerra. Um anodepois de o governo federal lançar o programa “Crack, é possívelvencer”, destinando R$ 4 bilhões até 2014 para combater o avançoda droga no país, o inimigo permanece uma incógnita. Númerosexclusivos obtidos apontam que, em 2012, o governo liberou R$738,5 milhões para combater o que considera uma epidemia. Des-se montante, R$ 611,2 milhões foram para o Ministério da Saúde,R$ 112,7 milhões para o Ministério da Justiça e R$ 14,6 milhões para o Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome.O dinheiro, porém, pode estar sendo gasto às cegas. Apesar de ad-mitir que considera a droga uma “epidemia” no país, o governoreconhece que não sabe o perl dos usuários nem onde eles estãonem qual é a melhor forma de tratá-los.

Crescimento de Homicídios

A taxa de homicídios no Brasil cresceu 41% em 20 anos, deacordo com a pesquisa IDS (Indicadores de DesenvolvimentoSustentável) divulgada nesta segunda-feira pelo IBGE (InstitutoBrasileiro de Geograa e Estatística). Entre os Estados, Alagoas(59,3), Espírito Santo (56,9) e Pernambuco (44,9) atingiram osmaiores índices de mortes. As menores taxas foram registradas noPiauí (12,4), Santa Catarina (13,4) e São Paulo (15,8). Segundoo IBGE, as mortes por homicídios afetam a esperança de vida,que se reduz devido às mortes prematuras, sobretudo, de homens jovens.

 Homicídio é mais frequente na juventude

Em quase todos os países do mundo, assim como no Brasil, as principais causas de mortes entre as pessoas são doenças como ascardíacas, isquêmicas, acidentes vasculares cerebrais, câncer, diar-reias e HIV. Mas, outro fator vem ganhando as primeiras posiçõesnas últimas décadas: o da violência. Segundo dados da Vigilânciade Violências e Acidentes do Sistema Único de Saúde (Viva SUS),o homicídio tem cado em terceiro lugar do ranking de causas demortes dos brasileiros e, estraticando-se pela faixa etária de 1 a39 anos, este número alcança a primeira posição.

O fator violência é apontado como a principal causa de mortesentre jovens no Brasil. Dados nacionais desenvolvidos pela Secre-taria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH), oFundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), o Observatóriode Favelas e o Laboratório de Análise da Violência (LAV-Uerj)destacam a parte deste número de homicídios que acontece aindana adolescência. De acordo com o Índice de Homicídios na Ado-lescência (IHA), o número de mortes entre jovens de 12 a 18 anosvem aumentando ao longo do tempo. Para cada mil pessoas nestafaixa etária, 2,98 são assassinadas. O índice nos últimos anos erade 2,61. Este índice representa cerca de 5% dos casos de homicídiogeral. Entre as principais causas de homicídio está o conito com a polícia. E o estudo aponta uma expectativa não muito animadora:até 2016 um total de 36.735 adolescentes poderão ser vítimas dehomicídio.

Vítimas de cor 

Baseado no DataSUS/Ministério da Saúde e no Mapa da Vio-lência nos últimos anos mostra que morreram no Brasil 49.932 pessoas vítimas de homicídio, um total de 26,2 para cada 100 milhabitantes. Dessas vítimas, 70,6% eram negras. 26.854 jovens en-tre 15 e 29 sofreram homicídio, ou seja, 53,5% do total de vítimasnos últimos anos. Destes 74,6% eram negros e 91,3% do sexo mas-culino. Estes índices de violência aos jovens negros vêm sendoapontados há muito tempo pela sociedade civil e por organizaçõesnão governamentais, mas pouco tem sido feito para mudar essarealidade.

A nova edição do Mapa da Violência: “A cor dos homicídiosno Brasil” desenvolvido pelo Centro Brasileiro de Estudos Latino--Americanos, Secretaria de Políticas de promoção de IgualdadeRacial e a Flacso Brasil mostra que este índice está aumentandoao passar das décadas. A pesquisa mostra que nos últimos anos,segundo os registros do Sistema de Informações de Mortalidade(SIM), morreram no país 272.422 cidadãos negros, com uma mé-dia de 30.269 assassinatos ao ano.

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CONHECIMENTOS GERAIS

 Bullying 

O Bullying se refere a todas as formas de atitudes agressivas,verbais ou físicas, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem mo-tivação evidente e são exercidas por um ou mais indivíduos, cau-sando dor e angústia, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa sem ter a possibilidade ou capacidade de se defender, sendorealizadas dentro de uma relação desigual de forças ou poder. NoBrasil, uma pesquisa realizada nos últimos anos com alunos deescolas públicas e particulares revelou que as humilhações típicasdo bullying são comuns em alunos da 5ª e 6ª séries. As três cidades brasileiras com maior incidência dessa prática são: Brasília, BeloHorizonte e Curitiba.

Estiveram envolvidos em bullying 17% dos estudantes, comoagressores ou vítimas. Os mais atingidos são os meninos. Segundoo estudo, 12,5% dos estudantes do sexo masculino foram vítimasdesse tipo de agressão, número que cai para 7,6% entre as meni-nas. A sala de aula é apontada como o local preferencial das agres-sões, onde acontecem cerca de 50% dos casos.

 Bullying pela Internet 

O ciberbullying, ou bullying virtual, está ocorrendo commaior frequência no Brasil, segundo a pesquisa. Do universo dealunos entrevistados, 16,8% disseram que são ou já foram vítimasde ciberbullying, enquanto 17,7% se declararam praticantes. Ge-ralmente, as agressões são feitas por e-mails e praticadas – assimcomo nas escolas – com maior frequência pelos alunos do sexomasculino. Adolescentes na faixa etária entre 11 e 12 anos costu-mam usar ferramentas ou sites de relacionamento para agredir oscolegas. Crianças de 10 anos invadem e-mails pessoais e se pas-sam pela vítima. Independentemente do ambiente, seja ele virtualou escolar, as vítimas não costumam reagir às agressões e podem

 passar a apresentar sintomas como febre, dor de cabeça, diarreia,entre outros. Em casos mais graves, o sentimento de rejeição podeevoluir para algum tipo de transtorno ou chegar ao suicídio.

 Lei contra Bullying 

Entrou em vigor a lei que institui a política de conscientiza-ção, prevenção e combate ao bullying em Escolas públicas e parti-culares do Distrito Federal. Agora, as Escolas terão de desenvolverações para impedir humilhações, formar grupos de segurança es-colar com a participação de pais e alunos, além de registrar for-malmente os casos ocorridos na instituição. A legislação não prevê punições aos centros de Ensino ou aos responsáveis pela práticadanosa. Na prática, ela embasa a postura de muitas Escolas na bus-ca pela integridade física e emocional dos alunos, mas também re-força a necessidade de adequação daquelas instituições que aindanão adotaram medidas ecazes para garantir a paz dos estudantes.

Apesar de não estabelecer sanções, a legislação orienta quecasos de provocações podem ser levados à direção da Escola, à Se-cretaria de Educação, ao Conselho Tutelar, ao Ministério Públicoe até à Polícia Civil, se o assédio partir para itens tipicados comocrime ou por atos infracionais dispostos no Estatuto da Criança edo Adolescente.

 Mudança na Lei 11.705, a “Lei Seca” 

Foram aprovadas alterações na Lei 11.705, conhecida comoLei Seca. A tolerância para a combinação bebida alcoólica e vo-lante passa a ser zero e as possibilidades de prova de etilismo dos

motoristas também foi ampliada. Com o novo texto, não é exigi-do evidenciar a quantidade de bebida alcoólica consumida pelomotorista, mas uma capacidade psicomotora alterada em razão dainuência da mesma. Além do bafômetro – que pode ser ignora-do com base no dispositivo constitucional que dispensa qualquer

cidadão de produzir provas contra si – haverá outros meios paracomprovar tais alterações, como exame clínico, perícia, vídeo outestemunhas. O condutor que se recusar a fazer o teste também poderá ser enquadrado criminalmente.

Além de ampliar as provas, o projeto dobra o valor da multaque passará de R$ 957,69 para R$ 1.915,40 para quem for agradodirigindo sobre efeito de bebida alcoólica ou outras substâncias(remédios, por exemplo) e inclui as sanções administrativas. Serácobrado o dobro disso, R$ 3.830,80, em caso de reincidência emum período de 12 meses. Para regulamentar a lei, o CONTRAN –Conselho nacional de Trânsito, por meio da Resolução 432, aindaestabeleceu como infração dirigir sob “qualquer inuência” de be- bida alcoólica. A decisão, após uma série de estudos, foi determi-nar que o motorista terá cometido infração se tiver 0,01 miligramade álcool para cada litro de ar expelido dos pulmões na hora defazer o teste. Mas deniu, na regulamentação, que o limite de re-ferência será de 0,05 miligrama, por causa dessas diferenças dosaparelhos, em uma espécie de “margem de erro” aceitável.

Tráfco Humano

Há anos, o tráco de seres humanos é praticado, principal-mente, por ser um negócio extremamente lucrativo. Segundo in-formações do Escritório das Nações Unidas Contra Drogas e Cri-me (UNODC), apenas o tráco internacional de mulheres e crian-ças movimenta, anualmente, de US$ 7 bilhões a US$ 9 bilhões, perdendo em lucratividade somente para o tráco de drogas e ocontrabando de armas. A estimativa é de que, para cada pessoaconduzida ilegalmente de um país para outro, o lucro das organi-zações criminosas chegue a US$ 30 mil.

Ainda segundo levantamento do UNODC, a prática do trácode seres humanos cresce em todo o mundo, principalmente nos países do leste europeu. No entanto, essa questão é evidente tantonos países mais pobres, onde as vítimas geralmente são aliciadas,quanto nos mais ricos, para onde estas pessoas são enviadas.

A pessoa tracada pode ter sido forçada ou ainda ter dado seuconsentimento. Isso pode acontecer quando o tracante recorre àameaça, coação, à fraude, ao engano, ao abuso de autoridade ou àsituação de vulnerabilidade da pessoa ou à entrega ou aceitação de pagamentos ou benefícios. O consentimento da pessoa tracada échamado de “engano” e não descaracteriza o crime. Sendo assim,mesmo consentindo em ser tracada a pessoa continua tendo odireito de ser protegida por lei. Uma situação bastante comum é oaliciamento pela oferta de emprego. Dessa forma, muitas mulheres

são tracadas e, geralmente, para ns de exploração sexual.A exploração também se congura quando a pessoa tracadaé submetida a serviços forçados ou à escravidão. Há ainda o trácoque tem como m a remoção e venda de órgãos. O Projeto Tramaentende que existe exploração sempre que os direitos humanosforem violados. Este Projeto teve início com o objetivo de desen-volver ações de enfrentamento do tráco de pessoas para ns deexploração sexual. Esta iniciativa ocorreu mediante a formação deum consórcio de quatro entidades não governamentais: a Organi-zação de Direitos Humanos Projeto Legal; o Instituto Brasileiro deInovações em Saúde Social - IBISS; CRIOLA (uma organizaçãode mulheres afro-brasileiras); e a Universidade do Grande Rio -UNIGRANRIO, todas sediadas no estado brasileiro do Rio de Ja-neiro e com reconhecida atuação e experiência na defesa, garantiae promoção de direitos humanos.

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CONHECIMENTOS GERAIS

O destino mais comum de vítimas brasileiras é o Suriname,que registrou 133 casos nos ultimos 6 anos, segundo a Secretaria Nacional de Justiça. Na sequência estão outros países europeus -Suíça, com 127 registros, Espanha, com 104, e Holanda, 71. Maso crime não se resume ao tráco de mulheres e adolescentes para oexterior. Recentemente, na Bahia, além do caso das cinco criançasde Monte Santo, investigado na CPI do Tráco Nacional e Inter -nacional de Pessoas do Senado, uma jovem, de pouco mais de 20anos, da cidade de Itambé, cou em cárcere privado, em Salvador.

Convidada a sair do interior da Bahia para trabalhar na capitaldo estado, a jovem cou por poucas horas presa. O perl da jovem,de baixa renda e com pouca instrução, é o mais comum das vítimasde tráco, de acordo com a coordenadora da unidade de combateà prática na Bahia. Para evitar não cair nesse tipo de armadilha, acoordenadora do Núcleo de Enfrentamento ao Tráco arma queas pessoas devem car atentas às propostas de mudança de país eou de emprego com facilidades demais e remuneração acima damédia ou de valores exorbitantes. Orienta que, antes de aceitarqualquer proposta de emprego, é necessário vericar, por exem-

 plo, a procedência do convite, e checar a existência e o registrodas empresas.

Quando a oferta de emprego for fora do país, o ideal é procu-rar os contatos do consulado do Brasil para o local onde está sendooferecida a vaga. Outro cuidado a ser tomado, é não entregar o passaporte para a pessoa responsável pela proposta de emprego e passar todos os contatos para a família. No Brasil, o mais indicadoé procurar, antes de qualquer conrmação de viagem, o núcleo deenfrentamento ao tráco, para evitar problemas.

Além das unidades que trabalham com a prevenção e acompa-nhamento de casos, foi criada a CPI para investigar casos da máado tráco de pessoas. Até agora, foram realizadas 27 reuniões equatro diligências. Atualmente, mais de 30 pessoas, entre homense mulheres, cumprem pena no Brasil devido ao crime de tráco de

 pessoas, segundo o Ministério da Justiça. Macrorregiões

O Brasil é dividido em 3 macrorregiões econômicas:- Centro-Sul - Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São

Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grossodo Sul e Goiás.

- Nordeste - Bahia, Pernambuco, Alagoas, Ceará, Rio Grandedo Norte, Paraíba, Piauí e Maranhão.

- Amazônia - Mato Grosso, Tocantins, Pará, Amapá, Rondô-nia, Amazonas, Acre e Roraima.

Cada macrorregião possui características distintas devido avários fatores, como história, desenvolvimento, população, eco-nomia. A região Centro-Sul, de todas as macrorregiões, é a maisdesenvolvida, não só economicamente, mas também em indicado-res sociais (saúde, educação, renda, mortalidade infantil, analfabe-tismo entre outros).

Cidades mais populosas

As cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, que lideram, em2000 e 2010, o ranking dos municípios mais populosos, vêm apre-sentando queda na taxa de crescimento, apesar do aumento popu-lacional em números absolutos. Essas duas cidades continuam sen-do áreas de atração, mas não com tanto ímpeto quanto a algumasdécadas. Os movimentos migratórios vêm diminuindo ao longodo tempo e uma das principais causas para isso é a exigência de

um nível de escolaridade alto no mercado de trabalho das grandesmetrópoles. Com isso, o imigrante tem diculdade de se inserir eacaba optando por municípios onde a mão de obra é menos qua-licada.

 Percentual de idosos na população segue em crescimento

 Nas últimas décadas, o Brasil tem registrado redução signi-cativa na participação da população com idades até 25 anos eaumento no número de idosos. E a diferença é mais evidente secomparadas às populações de até 4 anos de idade e acima dos 65anos. De acordo com o IBGE, o grupo de crianças de 0 a 4 anosdo sexo masculino, por exemplo, representava 5,7% da populaçãototal em 1991, enquanto o feminino representava 5,5%. Em 2000,estes percentuais caíram para 4,9% e 4,7%, chegando atualmenteem 3,7% e 3,6%. Enquanto isso cresce a participação relativa da população com 65 anos ou mais, que era de 4,8% em 1991, pas-sando a 5,9% em 2000 e chegando a 7,4% nos dias atuais. A Re -gião Norte, apesar do contínuo envelhecimento, ainda apresenta,

segundo o IBGE uma estrutura bastante jovem. As regiões Sudestee Sul são as mais envelhecidas do país

 Distribuição por sexo

De acordo com o Censo atual, há 96 homens para cada 100mulheres no Brasil. A diferença ocorre, segundo o IBGE, porquea taxa de mortalidade, entre homens, é superior. Mas nascem maishomens no país: a cada 205 nascimentos, 105 são de homens. Dasgrandes regiões, a única que foge à regra é a Região Norte, ondeos homens são maioria. Isso se dá por conta da migração dessalocalidade, onde há atividade de mineração para os homens.

Censo contabiliza mais de 60 mil casais homossexuais

O Brasil tem mais de 60 mil casais homossexuais, segundodados preliminares do Censo Demográco 2010. Essa foi a pri-meira edição do recenseamento do Instituto Brasileiro de Geogra-a e Estatística (IBGE) a contabilizar a população residente comcônjuges do mesmo sexo.

Os Indicadores Sociais no Brasil 

Analisando-se os dados coleados e divulgados pelo IBGE, é possível armar-se que houve uma melhora nas condições sociaisde grande parcela da população brasileira. Entre os principais in-dicadores dessa melhora, destacam-se o índice de distribuição derenda, o nível de escolaridade e o número de domicílios que dis- põem de bens e serviços básicos.

- Distribuição de renda: os dados mostram que a concentra-ção de renda, que já foi extremamente perversa, sofreu uma ligeiradiminuição nos últimos anos, melhorando assim o índice de distri- buição, pois os 10% mais ricos do país, que antes concentravam49,8% de renda, agora concentram 48,2%, enquanto os 10% mais pobres, que antes cavam com 0,7% da renda, agora cam com1,1%.

- Nível de alfabetização: a situação educacional da maioria da população do país ainda é extremamente grave e vergonhosa; noentanto, houve também aí uma ligeira melhora. O porcentual dehabitantes sem instrução ou com menos de 1 ano de instrução – osanalfabetos – diminuiu de 17.1%, em 1993, para 16,2%, em 1995,enquanto o porcentual de habitantes com 11 anos ou mais de ins-trução passou de 14,4% para 15,4%, no mesmo período.

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CONHECIMENTOS GERAIS

- Domicílios com bens e serviços básicos: os dados mostramque nesse item também se vericou uma melhora, já que, em 1995,91,7% dos domicílios eram servidos por iluminação elétrica (eram90,3% em 1993); 76,2% eram abastecidos por água (75,4% antes);e 39,5% dispunham de rede coletora de esgoto (39,1% em 1993).A pesquisa indicou que atualmente 81% dos domicílios têm tele-visão, 74,8% têm geladeira, 26,6% têm máquina de lavar roupas e15,4% têm freezer.

 Estrutura Étnica da População Brasileira

Um dos traços mais característicos da estrutura étnica da po- pulação brasileira é a enorme variedade de tipos, resultante de umaintensa mistura de raças. Esse processo vem ocorrendo desde oinício da nossa história, portanto há quase 5 séculos. Três gruposétnicos básicos deram origem à população brasileira: o branco, onegro e o índio. O contato entre esses grupos começou a ocorrernos primeiros anos da colonização, quando os brancos (portugue-ses) aqui se instalaram, aproximaram-se dos indígenas (nativos) etrouxeram os escravos negros (africanos). A miscigenação ocorreude forma relativamente rápida já nesse período, dando origem, en-tão, aos inúmeros tipos de mestiços que atualmente compõem a população brasileira.

Esses dados, entretanto, são muito discutíveis, porque nãolevam em conta as origens étnicas dos indivíduos, mas apenas acor de sua pele. Assim devem ser analisados com cautela, pois adiscriminação racial que atinge alguns grupos étnicos faz com queas respostas dos entrevistados sejam, muitas vezes, diferentes darealidade. É comum que um entrevistado negro ou índio respondaser mestiço, assim como indivíduos mestiços respondam ser bran-co. Um fato, no entanto, é inquestionável: a população brasilei-ra torna-se cada vez mais miscigenada, diminuindo as diferençasmais visíveis entre os três grupos étnicos originais.

(In) Justiça Social no Brasil Racismo, Preconceito e Intolerância no Brasil Discriminação

- Os negros (pretos e pardos) representam 47,3% da população brasileira. Na camada mais pobre da população, eles são 66%. No topo da pirâmide social, há apenas um negro para cada nove brancos. Raiz histórica - A discriminação racial vem da época daescravidão. Sua abolição, porém, não foi acompanhada de políti-cas para melhorar a condição de vida dos ex-escravos. Como re-sultado, perpetuou-se a pobreza dos negros. Condições de vida - Oanalfabetismo atinge 12,9% dos negros. Em média, eles têm doisanos de estudos a menos que os brancos. Apenas 16% chegam àfaculdade, e só 2% se formam. Na média nacional, a renda dosnegros equivale à metade da renda dos brancos. A discriminaçãoca patente quando, mesmo com formação idêntica e ocupando

cargos equivalentes ao dos brancos, os negros recebem saláriosmenores.Ações armativas - O Brasil hoje discute o uso de cotas e po-

líticas armativas para ampliar as oportunidades aos negros. Entreas medidas, está a reserva de cotas nas universidades. As medidassão polêmicas: não é possível denir com exatidão quem é negro;além disso, essas medidas podem provocar mais discriminação. Aunanimidade entre os especialistas é a necessidade de investimen-to maciço para ampliar o acesso à educação, desde o ensino básico.

 Sistemas de Cotas

O sistema de cotas, sancionado, será usado desde já na seleçãode candidatos. O Ministério da Educação já informou aos reitoresdas 59 universidades e instituições federais do país que eles terão

que adotar o sistema de cotas imediatamente. Pela lei, as universi-dades e instituições federais de todo o país terão que reservar 50%das vagas para alunos que cursaram todo o ensino médio em esco-las públicas, levando em conta o percentual racial de cada estado para preencher as vagas. Desse total, metade será para alunos comrenda familiar mensal de até um salário mínimo e meio por pessoa.A outra metade para negros, pardos e índios, também obedecendoa proporção dessas populações em cada estado, de acordo com oIBGE. A aplicação da cota será gradual, nos próximos quatro anos.Agora, a reserva de vagas vai ser de pelo menos 12,5%.

 Educação Brasileira

Universidade de São Paulo - USP 

A USP perdeu pelo menos 68 casas no ranking universitárioTHE (Times Higher Education), a principal listagem de universi-dades da atualidade. A universidade - única do Brasil que guravaentre as 200 melhores do mundo - passou de 158º lugar em 2012

 para o grupo de 226º a 250º lugar. A posição especíca no rankingnão é informada pelo THE, que, a partir do 200º lugar, divulga osresultados em grupos de universidades.

A Unicamp também caiu e passou de 251º a 275º lugar (em2012) para 301º a 350º lugar. Os Estados Unidos continuam do-minando o ranking. A melhor universidade do mundo, Caltech, énorte-americana. Além disso, 77 das 200 melhores do mundo estãoem solo dos EUA. O editor do THE, Phil Baty, classicou o resul-tado como “negativo para o Brasil”. “Um país com seu tamanhoe poder econômico precisa de universidades competitivas interna-cionalmente”, disse. “É um golpe sério perder a única universidadeque estava entre as 200 melhores.”

Baty destacou ainda a importância da internacionalização nasuniversidades brasileiras para melhorar os resultados. “É preciso

incentivar o uso do inglês na sala de aula. Muitos países que nãosão de língua inglesa já usam o inglês no meio acadêmico.” Entreeles, estão a Holanda, a Alemanha e a França - países com univer-sidades entre as cem melhores do mundo. Essa bandeira do inglêstem sido destacada também por especialistas brasileiros.

De acordo com Leandro Tessler, físico da Unicamp e espe-cialista em relações internacionais, há uma resistência interna nauniversidade brasileira ao inglês. “Temos a tradição de resistir acursos em inglês na universidade, como se fosse uma questão desoberania”. Sem ter aulas em inglês, o Brasil perde pontos em boa parte dos indicadores do THE, que avaliam, por exemplo, a quan-tidade de alunos e de professores estrangeiros.

Além disso, as publicações cientícas exclusivamente em português também diminuem a quantidade de citações recebidas por outros cientistas. Esse critério - as citações - valem 30% dasnotas recebidas por cada universidade. O Brasil foi o único paísque saiu do grupo de países com universidades entre as 200 me-lhores do mundo. Noruega, Espanha e Turquia entraram para ogrupo de elite.

02/10/2013http://www1.folha.uol.com.br/ 

educacao/2013

 Mais Faculdades de Medicina

Ao ministrar uma aula inaugural do curso de medicina doCampus de Garanhuns da Universidade de Pernambuco (UPE),a presidente Dilma Rousseff anunciou que lançará o “Plano Na-

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Didatismo e Conhecimento  21

CONHECIMENTOS GERAIS

cional de Educação Médica”. Segundo a presidente, o objetivo éaumentar em 4,5 mil o número de médicos formados por ano noBrasil. Ela destacou, ainda, que é objetivo do governo interiorizaros cursos de medicina e conceder incentivos a quem zer residên-cia em áreas médicas nas quais houver carência dentro do SistemaÚnico de Saúde (SUS).

A presidente declarou que não vai medir esforços para assegu-rar qualidade na graduação e na residência médica, acrescentandoque existe um grave problema atingindo a todos, que é a insu-ciência de médicos. Ela citou que 28% da população brasileira estáno Nordeste e que apenas 17% dos médicos são formados nessaregião. Dilma reconhece que há falta de médicos em todo o Brasil,mas alertou que a carência é mais aguda no interior do País, comfoco nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Durante todo oevento, inclusive durante os 30 minutos da fala da presidente, umgrupo com cerca de 50 manifestantes - formado por servidores emgreve da Universidade Federal Rural de Pernambuco - promove-ram em local ao lado uma sequência de barulhos, com apitos, gri-tos e buzinas, atrapalhando a cerimônia da presidente.

Dilma lembrou que durante a campanha havia o compromissode melhorar a qualidade do serviço público de educação, saúde esegurança. A presidente vai buscar formas de melhorar isso. Ao sedirigir diretamente aos alunos, Dilma disse que se atrevia a fazerum convite aos estudantes para que eles criem laços com a região,façam amigos, namorem, casem e ajudem a transformar essa re-gião em um polo de excelência. Isso depende de todos. O interiordo Brasil precisa de mais médicos e de bons médicos. Acrescentoutambém que o governo federal está decidido a mudar a distribui-ção de prossionais de medicina no País e a oferecer estímulos para que eles quem no interior. Dilma ressaltou que vai investir pesadamente no SUS e nas residências que podem beneciar áreascarentes. Os rescém formados não carão sem trabalho.

Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) - É uma prova cria-da em 1998 pelo Ministério da Educação do Brasil que é utilizadacomo ferramenta para avaliar a qualidade geral do ensino médiono país. Posteriormente, o exame começou a ser utilizado comoexame de acesso ao ensino superior em universidades públicas brasileiras através do SiSU (Sistema de Seleção Unicada).

Sistema de Seleção Unicada (SiSU) - É uma plataforma on-line desenvolvida em 2009 pelo Ministério da Educação brasileiroutilizada pelos estudantes que realizaram o Exame Nacional doEnsino Médio (Enem) para se inscreverem nas instituições de en-sino superior que aderirem totalmente ou parcialmente, com certa porcentagem de suas vagas, à nota do Enem como forma de ingres-so, em substituição ao vestibular.

Programa Internacional de Avaliação de Alunos (em inglês:PISA) - É uma rede mundial de avaliação de desempenho escolar,realizado pela primeira vez em 2000 e repetido a cada três anos.É coordenado pela Organização para a Cooperação e Desenvol-vimento Económico (OCDE), com vista a melhorar as políticas eresultados educacionais.

Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aní-sio Teixeira (INEP) - É uma autarquia federal vinculada ao Mi-nistério da Educação (MEC). Seu objetivo é promover estudos, pesquisas e avaliações periódicas sobre o sistema educacional brasileiro, com o objetivo de subsidiar a formulação e implemen-tação de políticas públicas para a área educacional. O INEP realizalevantamentos estatísticos e avaliações em todos os níveis e mo-

dalidades de ensino. Sua atividade mais conhecida é a realizaçãodo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e a organização dasavaliações periódicas do ensino superior brasileiro.

Prouni (Programa Universidade para Todos) - É um projeto

do governo federal que tem como objetivo reservar vagas em ins-tituições privadas de ensino superior para alunos de baixa renda.O projeto é destinado à concessão de bolsas de estudo integrais e parciais de 50% (meia-bolsa) para cursos de graduação tradicio-nais (duração de quatro anos) e sequenciais de formação especíca(dois anos).

Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Fede-rais (REUNI) - É um plano que visa integrar todas as universida-des federais a uma hierarquia única de administração, além da am- pliação da mobilidade estudantil, com a implantação de regimescurriculares e sistemas de títulos que possibilitem a construção deitinerários formativos, mediante o aproveitamento de créditos e acirculação de estudantes entre instituições cursos e programas deeducação superior.

Prova Brasil - Criada, em 2005, pelo Ministério da Educação,é uma avaliação complementar ao Sistema Nacional de Avaliaçãoda Educação Básica (Saeb) e um dos componentes para o cálculodo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Ela érealizada a cada dois anos e participam todos os estudantes de es-colas públicas urbanas do 5° e do 9º ano de turmas com mais de20 alunos. A avaliação é dividida em duas provas: Língua Portu-guesa e Matemática.

Provinha Brasil - É uma avaliação aplicada aos alunos ma-triculados no 2° ano do ensino fundamental da rede pública. Elaverica a qualidade da alfabetização e o letramento dos estudan-tes. Foi criada pelo Ministério da Educação brasileiro em abril de,e faz parte do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). AProvinha Brasil oferece aos professores e gestores escolares umdiagnóstico sobre o processo de alfabetização da turma e de cadaaluno de uma escola. A Provinha Brasil é elaborada pelo Inep edistribuída pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação(FNDE), autarquias vinculadas ao Ministério da Educação, nas se-cretarias de educação municipais, estaduais e do Distrito Federal.

Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Bási-ca (FUNDEB) - É um conjunto de fundos contábeis formado porrecursos dos três níveis da administração pública do Brasil para promover o nanciamento da educação básica pública Foi criadoem janeiro de 2007 e substitui o FUNDEF, sendo que a principaldiferença é atender, além do ensino fundamental, também atendera educação infantil e o ensino médio, nas modalidades de educação

de jovens e adultos.Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) - É a

“nota” do ensino básico no país. Numa escala que vai de 0 a 10, oMEC (Ministério da Educação) xou a média seis, como objetivo para o país a ser alcançado até 2021. Criado em 2007, o Ideb servetanto como diagnóstico da qualidade do ensino brasileiro, como baliza para as políticas de distribuição de recursos (nanceiros,tecnológicos e pedagógicos) do MEC. Se uma rede municipal, porexemplo, obtiver uma nota muito ruim, ela terá prioridade de re-cursos.

Bolsa Família e Educação - Inclusão social - Projetos de as-sistência social, como o Oportunidades, no México, e o BolsaFamília, no Brasil são reconhecidos pela UNESCO como meios

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Didatismo e Conhecimento  22

CONHECIMENTOS GERAIS

 para combater a marginalização no setor da educação. No Brasil,o Bolsa Família ajudou a transferir de 1% a 2% da renda nacional bruta para a parcela da população mais pobre do país, formada por11 milhões de pessoas. Há um limite no que se pode avançar nosetor da educação por meio da escola apenas. O maior problemano Brasil está relacionado à pobreza e à desigualdade de renda.De acordo com a UNESCO, avanços na área da educação exigemintervenções especícas integradas com uma estratégia mais am- pla para a redução da pobreza e a inclusão social. Outra iniciativa brasileira citada no estudo da UNESCO é o Fome Zero. O relatórioaprova os resultados obtidos pelo programa, incluindo a garantiade alimentação para 37 milhões de crianças nas escolas do país. Jáo Brasil Alfabetizado, coordenado pelo Ministério da Educação,é apontado pela UNESCO como um programa de sucesso, que jáofereceu curso de alfabetização para cerca de oito milhões de bra-sileiros.

Programa Ciência sem Fronteiras: De acordo com o dire-tor de Educação da Associação Brasileira de Recursos Humanos

(ABRH-Nacional), Luiz Edmundo Rosa, uma das maiores mudan-ças e conquistas no Brasil foi o crescente número de jovens queestão indo estudar fora do Brasil, com o “Programa Ciência semFronteiras”. E o Brasil também se tornou atrativo, em nível mun-dial, para estudantes de outros países. “Fato esse dos mais marcan-tes”, segundo este diretor. No entanto, um grande avanço parcial(porque ainda não aprovado) é a tramitação do Plano Nacional deEducação (PNE 2020) no Congresso Nacional, com destaque paraa possibilidade de destinação de 10% do PIB para a Educação.

Assim, com os avanços tecnológicos, o mundo está se mo-dernizando cada vez mais, trazendo mudanças signicativas e degrande importância para o cotidiano. “No campo da Educação, ofato da internet e da própria educação estarem andando lado a lado pode ser muito produtivo, pois com o uso dos computadores a co-municação entre alunos e professores pode se tornar mais fácil e

o acesso à informação, mais ágil. No entanto, no Brasil, há que seavançar muito em termos de garantia de acesso às novas tecnolo-gias, tanto para professores como para alunos, sem falar da cober-tura da banda larga e a produção de conteúdo em língua portuguesa(nuvem), pois ainda grande parte do conteúdo encontrado é emlíngua estrangeira (predominantemente inglês)”.

Vale ressaltar também que o Ensino à Distância (EAD) preci-sa ser rigorosamente avaliado e acompanhado pelos órgãos ociaisresponsáveis pelo sistema educacional brasileiro. Desse modo, astecnologias mais avançadas faz com que os alunos busquem cursosfora do país. Apesar do passar dos anos, mais uma vez, o que maisfaz pesar para o Brasil é a baixa qualidade do ensino superior etambém do ensino médio, que estão diretamente ligadas. Para quea qualidade do ensino superior no Brasil possa melhorar é preciso,

 primeiro, melhorar a qualidade do ensino médio.Fatos Científcos

 Neurociência

A Copa do Mundo no Brasil em 2014 será iniciada com o pon-tapé de um jovem paraplégico usando um exoesqueleto. A promes-sa é do neurocientista Miguel Nicolelis, que trabalha no projetoAndar de Novo. Com ajuda do exoesqueleto, uma veste robóticacontrolada por pensamentos, os sensores captam a atividade elé-trica dos neurônios e transformam os pensamentos em comandos.

Segundo o neurocientista, para que isso ocorra com sucesso,o cérebro precisa ser novamente treinado por meio de estímulosque provoquem as reações necessárias para desencadear os movi-

mentos. A invenção já foi pensada para ns militares, para auxiliarem atividades cotidianas em que é necessária a força, e agora podeser um avanço para levar mobilidade a idosos e pessoas com de-ciências físicas.

Quem possui um corpo sem deciências tem os movimentos,a ação e reação coordenados pelo sistema nervoso que emite co-mandos para os órgãos e glândulas. Quando há um problema ouum dano físico, os sinais emitidos pelo sistema nervoso têm sua passagem interrompida. O exoesqueleto pode reverter a situação por meio da interação cérebro-máquina. Os sinais emitidos do sen-sor localizado no cérebro serão transmitidos em uma unidade si-milar a um laptop, carregada pela pessoa em uma mochila. O com- putador ainda transmitiria os sinais elétricos cerebrais, enquanto oexoesqueleto estabiliza o corpo da pessoa e executa o comando. No futuro, a ideia é que pacientes usem a veste como uma roupanormal, mas que teria inúmeras funcionalidades, como o Homemde Ferro.

Segundo o neurocientista, para que o processo funcione comsucesso, o cérebro precisa ser retreinado por meio de estímulos

que provoquem as reações necessárias para desencadear os mo-vimentos. Em entrevista, ele descreveu melhor como funcionaráa comunicação entre exoesqueleto e o cérebro. “Além da veste, oexoesqueleto tem uma mochila, que é a central de controle, que é océrebro do exoesqueleto que vai dialogar com o corpo do paciente.Essa central vai captar os sinais do cérebro do paciente, traduzi-losem sinais digitais para que o exoesqueleto possa entender e receberos sinais de feedback, que serão transmitidos de volta ao paciente.Essa veste vai conter todos os motores hidráulicos que vão movero exoesqueleto e as baterias, outro componente fundamental, for-necedoras da potência para o exoesqueleto funcionar”.

As pesquisas de Nicolelis estudam a unidade básica funcionaldo sistema nervoso central como sendo uma população difusa deneurônios que interagem em circuitos e que o cérebro funciona

como uma rede dinâmica, integrando diferentes áreas no mesmo processo.A partir dessa ideia, foram realizados testes com macacos rhe-

sus. Eles receberam implantes de sensores wireless (sem o) queenviam informações de atividade cerebral 24 horas por dia. Em umdos experimentos, um macaco aprendeu a jogar vídeo game comcontrole. Depois de um tempo, o controle foi substituído por um braço robótico ligado aos sensores no cérebro do macaco. Comisso, ele pode jogar usando apenas seus impulsos elétricos. Asexperiências mostraram que os macacos aprenderam a controlaros movimentos de ambos os braços de um corpo virtual, tambémchamado “avatar”, usando apenas a atividade elétrica do cérebro,comprovando a boa interação entre cérebro-máquina.

Um dos avanços da pesquisa foi mostrar que o sistema soma-tossensorial, que nos permite ter sensações em diferentes partesdo corpo, pode ser inuenciado pela visão. Ou seja, a mente semostra capaz de assimilar membros articiais, como as neuropró-teses, como parte da própria imagem corporal. Após a Copa, as pesquisas para aperfeiçoar o exoesqueleto continuam, com o obje-tivo de levar novas possibilidades a quem precisa de mobilidade,como decientes físicos que sofrem de algum tipo de paralisia oulimitações motoras e sensoriais causadas por lesões permanentesda medula espinhal.

Exemplos de exoesqueletos não faltam no mundo da ciência.De modo geral, eles são pensados para completar a força e a mo- bilidade humana. As primeiras pesquisas nos Estados Unidos, nadécada de 1960, eram voltadas para o campo militar. A ideia eraaumentar a capacidade de carregamento de quem trabalhava nosnavios de submarino; depois, na década seguinte, o exoesqueleto

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Didatismo e Conhecimento  23

CONHECIMENTOS GERAIS

seria pensado para equipar os homens da infantaria. Atualmente, oExército norte-americano trabalha na produção de um exoesquele-to para os soldados, o que traria mais estabilidade e força, elemen-tos vitais para o combate.

Fora desse contexto, o primeiro projeto de um exoesqueletofoi o SpringWalk, criado pelo pesquisador do Laboratório de Jato- propulsão da NASA, John Dick, Califórnia (EUA), no início dosanos 1990. O projeto de Dick cria pernas articuladas, que reduzema força dos humanos.

Outros projetos caminham na direção do projeto de Nicolelis.É o caso do HAL (Hybrid Assistive Limb, ou Membro AssistenteHíbrido). Desenvolvido no Japão, esse exoesqueleto pretende darmobilidade às pernas. Outra versão mais moderna inclui todos osmembros. Quem usar a veste consegue erguer cinco vezes mais o peso que consegue carregar. A ideia é que o HAL melhore a mobi-lidade de paraplégicos e idosos e ajude trabalhadores que precisamusar a força física a não fazê-lo em nível prejudicial.

03/01/2014

http://vestibular.uol.com.br/ resumo-das-disciplinas/atualidades

Tecnologia Brasileira

Brasil é pioneiro na fabricação de chips nacionais na Américado Sul. Um dos objetivos do CI-Brasil é formar especialistas pormeio do Programa Nacional de Formação de Projetistas de Circui-tos Integrados. Diversas empresas, centros de pesquisa e startupsintegram o setor de Circuito Integrado no País. Algo bem diferentedo Brasil dos anos 50. As primeiras instituições a desenvolverem pesquisas de semicondutores foram o Instituto Tecnológico da Ae-ronáutica (ITA), a partir de 1953, e o Instituto de Física da Uni-versidade de São Paulo (USP), nos anos 60, quando a indústria

eletrônica brasileira começou a ser implementada.Em 1968, a Escola Politécnica da USP inaugurou o primeirolaboratório de microeletrônica do País, o LME, pioneiro no desen-volvimento de várias tecnologias, entre elas, a criação do primeirochip 100% nacional em 1971. Em 1974, é a vez de a Faculdadede Engenharia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)fundar o LED (Laboratório de Eletrônica e Dispositivos), quedesenvolveu equipamentos de microeletrônica, como fornos tér-micos. O LED é o atual Centro de Componentes Semicondutores(CSS), responsável por pesquisa de ponta em técnicas de micro enano tecnologias, além de cursos de graduação, de pós-graduaçãoe de extensão na área.

O mercado de microeletrônica expandiu-se nos anos 70, puxa-do pelo aumento do consumo de bens de consumo duráveis – ge-ladeiras, fogões, máquinas de lavar roupa etc. Nos anos 80, poucomais de 20 empresas fabricantes de componentes eletrônicos jáoperavam no Brasil. O setor sofreu uma retração com a Lei de In-formática, de 1991. O objetivo era fomentar um mercado nacional,mas o efeito foi contrário. Pela legislação, ganhariam isenção asempresas que cumprissem o chamado Processo Produtivo Básico(PPB), que xava um percentual mínimo de nacionalização. Masessa nacionalização era para os produtos nais, e não para a pro -dução dos chips.

Sem incentivos, várias empresas fecharam ou saíram do País,que passou a importar chips. Entre 1989 e 1998, a produção nacio-nal de semicondutores caiu de US$ 200 milhões para US$ 54 mi-lhões, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria Elétricae Eletrônica (Abinee). Só em 2001, com a nova Lei de Informática,a produção de chip voltou a ter força. A partir de então, os fabri-

cantes teriam até 97% de desconto do IPI (Imposto de ProdutosIndustrializados), desde que investissem 5% do faturamento em pesquisa de novas tecnologias. Depois desta, outras leis ampliarama possibilidade de isenções scais que aceleraram o desenvolvi-mento de inovações tecnológicas dentro do Brasil. O grande marcoveio em 2008, com a fundação do Centro de Excelência em Tecno-logia Eletrônica (Ceitec), empresa pública federal responsável pordesenvolver chips com tecnologia nacional. O Ceitec é a primeirafábrica de chips da América Latina.

Chip orgânico

Outra iniciativa que também ganha destaque atualmente nacorrida tecnológica brasileira é a pesquisa em eletrônica orgânica,ou seja, com produtos baseados em carbono em vez dos tradicio-nais silício ou cobre. O Instituto Nacional de Eletrônica Orgânica(Ineo), integrado ao Instituto de Física da USP em São Carlos (in-terior de São Paulo), desenvolve dispositivos eletrônicos a partirde moléculas orgânicas. Esses componentes são utilizados, por

exemplo, em telas luminosas e “displays” de computadores e te-levisão com a tecnologia OLEDs (em português, Diodo OrgânicoEmissor de Luz). Uma tela com essa tecnologia é composta demoléculas que emitem luz ao serem atravessadas por uma correnteelétrica. Além de consumir menos energia, a tela exibe imagenscom mais nitidez. Os trabalhos do Ineo estão focados, além de ou-tras tecnologias ligadas à eletrônica orgânica, no desenvolvimentode dispositivos conservadores de energia, que podem simular, porexemplo, uma espécie de fotossíntese para gerar energia.

 Prêmio MERCOSUL

A Reunião Especializada em Ciência e Tecnologia (RECyT)do MERCOSUL anunciou recentemente os nalistas do Prêmio

MERCOSUL de Ciência e Tecnologia, cujo tema era “Inovaçãotecnológica na saúde”. O Prêmio é apoiado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO)e é aberto a estudantes e pesquisadores do Brasil e de todos os países integrantes do MERCOSUL, divididos em quatro catego-rias que abrangem do ensino médio ao doutorado. Os autores pré--selecionados são estudantes e pesquisadores da Argentina, Brasil,Bolívia e Peru. A relação completa dos pré-selecionados está nosite do Prêmio. Eles serão convocados a enviar documentação es- pecíca. Caso apresentem todos os documentos em regularidade,serão aclamados como vencedores.

Crimes Cibernéticos

Com o espaço cibernético, todos os tipos de informações passaram a ser acessadas e compartilhadas em tempo real e emalta velocidade. Por um lado, a rede proporcionou avanços ines-timáveis, mas no âmbito criminal, o advento da internet trouxe problemas. Desvios de dinheiro em sites de bancos, interrupçãode serviços, invasão de e-mails, troca e divulgação de material de pornograa infantil são apenas alguns exemplos de crimes que não precisam mais ser executados na calada da noite. Tudo pode serfeito a qualquer hora, de qualquer lugar do planeta. Basta um com- putador conectado à internet.

De 1995 até hoje, quando o acesso à internet passou a co-mercializado no país, os crimes via rede mudaram de escala ede volume, porém o dinheiro ainda é o principal atrativo para oscriminosos. Um estudo divulgado, no mês passado, pela Nortonda Symantec, aponta que os prejuízos com crimes cibernéticos

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Didatismo e Conhecimento  24

CONHECIMENTOS GERAIS

somaram R$ 15,9 bilhões no Brasil no último ano. Especializadaem segurança de computadores e proteção de dados e software, aempresa ouviu 13 mil adultos, com idade entre 18 e 64 anos, em24 países, sendo 546 brasileiros entrevistados. De acordo com oestudo, calcula-se que 28,3 milhões de pessoas no Brasil foram

vítimas de algum tipo de crime cibernético.O montante aferido pela empresa é mais de dez vezes superior

ao prejuízo de R$ 1,5 bilhão registrado pela Federação Brasileirade Bancos (Febraban) com esses crimes, com crescimento de 60%em relação às fraudes em serviços bancários via internet e celular,em transações de call center, cartões de crédito e de débito regis-tradas. Do total, R$ 900 milhões foram perdidos em golpes pelotelefone e em pagamentos com cartão de débito e de crédito usa-dos presencialmente. As fraudes na internet e no mobile banking,ações praticadas por hackers, custaram R$ 300 milhões. Para osgolpes com uso de cartões de crédito pela internet, estima-se omesmo valor (cerca de R$ 300 milhões). A entidade calcula queas perdas com esses tipos de crimes chegaram a R$ 816 milhões.

A Polícia Federal (PF) está de olho no que acontece na inter-net. Desde 2003, a PF tem uma unidade que cuida da repressão aoscrimes cibernéticos. Pensando nos grandes eventos que o país vaisediar como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, ganhou força esteano com a criação de um centro de segurança cibernética. De acor-do com o delegado responsável, Carlos Eduardo Miguel Sobral, odesao da PF é combater ataques que podem levar a um apagãode acesso à rede mundial de computadores no país. O Brasil nãotem histórico de ataques por quadrilhas estrangeiras. Por aqui, oscriminosos, em geral, são de classe média alta e têm entre 25 e 35anos. Porém, não camos atrás de ninguém. Estamos alinhadoscom outros países, como a Inglaterra, o Japão e a Coreia, que de-tém a tecnologia nessa área.

 Problemas de senhas

De quantas senhas precisamos lembrar por dia? Talvez vocêcomece com as senhas para destravar o celular e para ligar o com- putador da empresa. Na internet, usará senhas para acessar e-mail,Facebook, Twitter, sites de comércio online e assinaturas de si-tes de notícias. No meio do dia, é hora de lembrar o código dovale-refeição ou do cartão de crédito. Vai sacar dinheiro? Usará asenha alfabética exigida por alguns caixas eletrônicos. Essa pro-fusão de códigos que somos obrigados a memorizar abre debatessobre segurança online e já ganhou até nome: “password fatigue”ou “password overload” (fadiga ou sobrecarga de senhas, em tra-dução livre).

Uma pesquisa feita com 2,2 mil americanos, apontou que 58%dos entrevistados têm cinco ou mais senhas para lembrar, e 30%têm dez senhas. Mais de um terço deles declarou que prefeririacumprir uma tarefa doméstica – lavar roupa ou limpar o banheiro

 – a criar um novo cadastro de login e senha. Para alguns especia-listas, essa sobrecarga se dá porque a internet originalmente nãofoi pensada para conter tantos dos nossos dados pessoais. Comohoje uma grande parte da nossa vida está sob esses códigos, quãoseguros eles são - ou deveriam ser?

Joseph Bonneau, que estudou senhas e segurança cibernéticana Universidade de Cambridge, diz que muitas das senhas escolhi-das pelas pessoas são extremamente fracas, como ABCDE. Aindaassim, ele não acha que o tema deva ser encarado com paranoia.“Para Joseph é ter senhas bem seguras para coisas importantes,como o cartão de banco e e-mail. Nesses casos, vale evitar núme-ros associados à sua vida e apostar em combinações aleatórias deletras e números que, como serão usadas com frequência, acaba-rá sendo memorizadas. Para cadastros menos importantes, senhassimples bastam.

Outra sugestão de Bonneau é usar “password managers” (ge-renciadores de senha), programas que, sob uma única senha mes-tra, geram códigos para as demais senhas que você precisar. Basta,então, memorizar a senha mestra. A ideia não é unânime entre osanalistas, até porque, caso você esqueça a senha mestra, terá umagrande dor de cabeça. Para se prevenir, evite digitar senhas impor-tantes em computadores de lan-houses e, no computador pessoal,tome cuidado ao instalar programas e mantenha antivírus e atua-lizações em dia.

Tecnologia Internacional 

Em relação a tecnologia no mundo, destaca-se que o Chileexplora a fraqueza do Vale do Silício original: o terrível sistemade imigração dos Estados Unidos. As restrições de imigração dosEUA tornam difícil para muitos estrangeiros fundar uma empresaou trabalhar no país. O Chile, no entanto, abriu suas portas paraaqueles que procuram inovar em tecnologia. O governo do Chi-le tem um programa, intitulado “Startup”, que dá as boas-vindas

a empresários estrangeiros e os ajuda a estabelecer uma empresacom facilidade. O programa espera conseguir ajudar a fundar 1mil novas empresas. O Kwelia, um software para ajudar os in-vestidores do ramo imobiliário a tomar melhores decisões, o ChefSurf, serviço de ofertas de emprego para chefs, e o Kedzoh, umaplicativo para treinamento em empresas são alguns dos exemplosde startups mencionados pela Economist.

O consultor de comunicação da Colômbia destaca a decisãodo Google de ter escolhido o país para abrigar um de seus centrosde processamento de dados. A companhia americana armou queescolheu o Chile por causa de sua infraestrutura conável e damão de obra qualicada. O principal calcanhar de aquiles do Chileneste campo, de acordo com a The Economist, é que as startupsnão nascem nas universidades nem há investidores locais sucien-

tes para apoiá-los. Além disso, assim como em outros países daAmérica Latina, os oligopólios empresariais e a burocracia extre-mamente conservadora retardam a inovação, acrescentou a revista.

 Inovações

O inventor britânico Peter Dearman está chamando a atençãoda indústria com seus motores movidos a ar líquido resfriado. Ainvenção, que vem sendo desenvolvida há 40 anos pelo inglês, usaar resfriado a 190ºC negativos e já movimenta o carro dele. A in-venção usa ar resfriado a 190ºC negativos e já movimenta o carrode Dearman. O primeiro protótipo foi um motor de cortador degrama modicado. Décadas depois deste invento, muitas indús-trias vêm se interessando pelo motor de Deaman. Principalmente,depois que uma usina elétrica também descobriu novo uso para arlíquido congelado. O equipamento consegue armazenar a energia produzida durante a noite por usinas eólicas. Um dos grandes dile-mas das fontes renováveis - como a eólica ou a solar - é justamenteo que fazer com a energia gerada em momentos de baixa demanda,como a noite, por exemplo.

Tecnologia e saúde

Trata-se de um robô médico, guiado por um cirurgião expe-riente e criado para alcançar pontos do corpo que os médicos sóconseguiriam ver durante um procedimento cirúrgico invasivo.Por enquanto, o equipamento é apenas um protótipo e não foi usa-do em pacientes reais - apenas em laboratório. Mas seus criadores britânicos dizem que, quando o aparelho estiver pronto e aprova-

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CONHECIMENTOS GERAIS

do, será uma arma da medicina para encontrar e remover tumores.A “cobra mecânica” é uma entre várias tecnologias de combateao câncer que estão sendo apresentadas nesta semana na Confe-rência de Engenharia Oncológica da Universidade de Leeds, naGrã-Bretanha. A maioria dos equipamentos exibidos ainda está emfase inicial de desenvolvimento, mas essa pesquisas e inovaçõessão extremamente importantes no combate ao câncer.

Orifícios ou incisões

O câncer causa 13% das mortes anuais registradas no mundo,aponta a Organização Mundial da Saúde. Ainda que alguns tra-tamentos usem técnicas não invasivas, os médicos muitas vezesnecessitam adotar procedimentos cirúrgicos de risco. Os “robôs--cobra”, por sua vez, são tão minimamente invasivos quanto pos-sível dentro da tecnologia atual. Eles usam orifícios do corpo ouincisões locais como pontos de entrada. O aparelho permite que ocirurgião observe e “sinta” o corpo do paciente, usando câmerase dispositivos ultrassensíveis. Com isso, pode complementar um

sistema de cirurgia robótica em uso há uma década: o sistema DaVinci, desenvolvido nos EUA, que é um robô com quatro braçosequipados com pinças. Ainda que o equipamento não realize a ci-rurgia de forma autônoma, ele permite que os médicos realizemcirurgias complexas de forma menos invasiva e mais precisa. O DaVinci é controlado por um cirurgião, através de pedais e alavancas.Apesar do alto custo do sistema Da Vinci, ele já é adotado pordiversos hospitais no mundo.

Guardiões Eletrônicos

As autoridades de fronteira dos Estados Unidos têm testadoum “exército” de guardiães eletrônicos no combate aos imigran-tes ilegais e tracantes de drogas, que aproveitam o cair da noite para tentar entrar nos EUA. O campo de testes da chamada “cer-

ca virtual” tem sido o estado do Arizona. São radares, câmeras esensores infravermelhos disfarçados de rochas, capazes de avisarmovimentos suspeitos a uma sala de controle. Patrulhas, então, sãoacionadas e vão a campo com as coordenadas, as imagens e infor-mações sobre se o alvo está, ou não, armado.

Fontes do governo dos EUA disseram que com a “cerca vir-tual” tentam detectar entre 70% e 80% das incursões na fronteira,empregando um número menor de efetivo e patrulhas. O projetochamado SBInet foi aprovado pelo governo do presidente GeorgeW. Bush, com a intenções de incorporar a tecnologia de vigilânciaao longo dos 3.185 km de fronteira entre os dois países. Nestenovo projeto, o departamento de segurança nacional um concursoconvidando empresas privadas a apresentar suas propostas para aconstrução de seis novas torres com radares e câmeras que deverão

ser instaladas em diferentes pontos da fronteira até 2020. Estas tor-res, de acordo com o especicado, terão a capacidade de detectaruma pessoa em um raio de oito quilômetros.

 Rochas que espiam

De acordo com o departamento de auditoria do governo dosEUA, adquiriu 7.500 sensores, que foram instalados ao longo dafronteira com o México. Eles são usados para estabelecer períme-tros de detecção de movimentos e são dos mesmo tipo dos usadosno Afeganistão. Conhecidos como sensores terrestres autônomos(da sigla em inglês UGS), estes dispositivos são usados desde adécada de 70, mas nos dias de hoje podem ter o tamanho de umgrão de arroz e, car operativo durante décadas, já que se recarregacom energia solar.

Além de adquirir UGS de última geração, o projeto da SBInetergueu torres de vigilância de 12 a 36 metros, equipadas com rada-res infravermelhos e sensores ópticos. São radares que podem de-tectar atividade e ativar as câmeras. Muitas das tecnologias comoo UGS não sabem o que se move por ali. Pode ser um animal, ouuma pessoa. Graças a estes dispositivos podemos liberar as patru-lhas da tarefa de ver os monitores das câmeras e se ocupar de ou-tras ameaças. Os EUA usa nove aviões não tripulados para vigiara fronteira com o México. Ao trabalho dos sensores, juntaram-serecentemente os aviões não tripulados, capazes de localizar pes-soas e veículos desde uma altura de 6 mil metros.

Estes equipamentos dispõem de um radar, sete câmeras de ví-deo, sensores infravermelhos e um poderoso zoom, nove deles já patrulham os céus de Arizona, Flórida, Texas e Dakota do Norte.Em média, cada avião é atingido por um raio uma vez por ano. Fei-tos de metal, os aviões escapam, mas as aeronaves mais modernasestão sendo feitas de bra de carbono, que podem sofrer danos seatingidas por um raio. Mas cientistas em Cardiff encontraram umaforma de manter os níveis de segurança nas novas aeronaves.

 Energia

 Pré-Sal 

A Petrobras prevê para o segundo semestre de 2014 a entradaem operação de mais duas plataformas, ambas a serem emprega-das no pré-sal. Em 2013, a companhia concluiu um recorde denove plataformas, sendo pelo menos cinco já em produção e asrestantes já no local ou a caminho do destino nal de operação. Asduas novas plataformas - Cidade de Ilhabela, em Sapinhoá Norte;e Cidade de Mangaratiba, em Iracema Sul - vão ajudar a compa-nhia a elevar a partir de 2014 sua produção de petróleo, estagnadahá três anos.

 Nos dois últimos anos, a petroleira reduziu metas anuais para

intensicar seu cronograma de manutenção. A retomada da pro-dução é esperada para 2014, embora a elevação seja projetada poralguns analistas para não mais que 7%. As estimativas podem serrevisadas nas próximas semanas depois que a companhia divul-gar o resultado da produção de petróleo em 2013, que deve carabaixo da meta de 2,022 milhões de barris por dia estabelecidainternamente.

É a área do pré-sal que tem sustentado a produção da Petro- bras estável, compensando baixas na tradicional Bacia de Campose o declínio natural dos poços, que a estatal divulga ser de 10% a11% ao ano, em média. Em 2013, todos os poços perfurados no pré-sal tiveram sucesso exploratório. A contribuição na produçãototal da empresa é estimada para passar de 7%, em 2012, para 42%em 2017 e 50% em 2020.

A Petrobras ressalta ter alcançado um recorde diário de 371mil barris de petróleo no último dia 24 de dezembro na área de pré-sal, com 21 poços em operação, ou uma produtividade de 18mil barris/dia por poço. Em alguns casos, a produção chega a 30mil barris por poço, acima das expectativas iniciais da própriacompanhia. A Petrobras compara o resultado a áreas referência de produção no mundo. A produtividade no Mar do Norte, diz, é deaté 15 mil barris/dia, e, no Golfo do México, de até 10 mil barris/dia. A estatal lembra ainda que a marca de 300 mil barris dias foialcançada em sete anos, enquanto o mesmo número foi atingido noGolfo do México sete anos após a primeira descoberta.

08/01/2014http://exame.abril.com.br/ 

negocios/noticias

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Didatismo e Conhecimento  26

CONHECIMENTOS GERAIS

1ª Rodada do Pré-Sal 

A lista com as 11 empresas que pagaram taxa de participação para a 1ª Rodada do Pré-Sal, referente ao Campo de Libra, na Ba-cia de Santos, foi apresentada pela Agência Nacional do Petróleo,

Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A rodada foi realizada em21 de outubro. A Petrobras será a operadora única do pré-sal, pelosistema de partilha, e terá direito a 30% do Campo de Libra.

Dessas 11 empresas, sete estão entre as que têm maior valorde mercado no mundo. Essas empresas ainda terão que passar porum processo de habilitação para participar da licitação. A área a serlicitada tem cerca de 1,5 mil quilômetros quadrados. O volume de petróleo recuperável deverá oscilar entre oito bilhões e 12 bilhõesde barris. Segundo o edital, os ganhadores da licitação deverão de-senvolver as atividades de exploração de petróleo por quatro anos, prazo que poderá ser estendido, como prevê o contrato de partilhade produção.

As empresas que pagaram a taxa de participação são: CnoocInternational Limited (China); China National Petroleum Cor-

 poration (CNPC) (China); Ecopetrol (Colômbia); Mitsui & CO(Japão); ONGC Videsh (Índia); Petrogal (Portugal); Petrobras(Brasil); Petronas (Malásia); Repsol/Sinopec (Hispano-Chinesa);Shell (Anglo-Holandesa); Total (Francesa).

20/09/2013http://www.brasil.gov.br/infraestrutura

 Novas Reservas

As estimativas de reservas para o Pré-sal brasileiro indicam potencial de 70 a 100 bilhões de barris de óleo equivalente – boe(somatório de petróleo e gás natural), mas o caminho para a explo-ração de toda essa riqueza ainda está em estágio inicial. A produ-ção do primeiro óleo do Pré-sal foi realizada em setembro de 2008

no campo de Jubarte, que já produzia óleo pesado do pós-sal nolitoral sul do Espírito Santo. Localizado ao norte da Bacia de Cam- pos, na área conhecida como Parque das Baleias, esse reservatórioestá a uma profundidade de cerca de 4,5 mil metros.

A produção do Teste de Longa Duração (TLD) do prospectode Tupi, atual campo de Lula, iniciou-se em 1º de maio de 2008 efoi somente ao nal de 2010 que a Petrobras e seus parceiros co-merciais iniciaram a produção em escala comercial nos campos doPré-sal. De acordo com a Petrobras, atualmente são extraídos cercade 117 mil barris por dia de óleo no pré-sal das bacias de Santos ede Campos, ambas no litoral sudeste do Brasil.

A Petrobras prevê a “fase zero” de exploração do Pré-sal, ao priorizar a coleta geral de informações e mapeamento do pré-sal,até 2018. Entre 2013 e 2016 está prevista a “fase 1a”, com a meta

de atingir 1 milhão de barris por dia. Após 2017, terá início a “fase1b”, com incremento da produção e aceleração do processo de ino-vação. A Empresa informa que, a partir deste momento, é projeta-do o uso massivo de novas tecnologias especialmente desenhadas para as condições especícas dos reservatórios do Pré-sal.

A Petrobras ressalta ainda que não há nenhum obstáculo tec-nológico para a produção nessa nova fronteira exploratória e queos investimentos em tecnologia diminuem os custos e aumentama velocidade de exploração e produção no Pré-sal. Segundo a Em- presa, hoje o tempo médio de perfuração de um poço equivale a66% do tempo médio de perfuração de poços entre 2006 e 2007 noPré-sal. Considerando que o afretamento (aluguel) de sondas de perfuração é um dos grandes custos de uma empresa de petróleo,essa diminuição no tempo de perfuração tem grande impacto posi-tivo na redução de gastos da companhia.

As reservas conhecidas de petróleo da Petrobras atingiram 16 bilhões de boe em 2010. Com isso, a participação do Pré-sal na produção de petróleo passará dos atuais 2% para 18% em 2015 e para 40,5% em 2020, de acordo com o Plano de Negócios 2011-2015. Hoje, são utilizadas 15 sondas de perfuração equipadas paratrabalhar em lâmina d’água (LDA) acima de 2 mil metros de pro-fundidade. Em 2020, esse número chegará a 65. Atualmente, sãodisponibilizados 287 barcos de apoio. O objetivo da Empresa éatingir 568 barcos em 2020.

Aos poucos a extração nos campos do Pré-sal tem aumentado. No campo Lula (antes conhecido como Tupi), na Bacia de Santos,está em operação um projeto-piloto que utiliza o FPSO denomina-da Angra dos Reis, com capacidade para produzir diariamente até100 mil barris de óleo e 4 milhões de m³ de gás. Trata-se da pri-meira plataforma de produção programada para operar em escalacomercial naquela área. Atualmente, o navio-plataforma ancoradoa cerca de 300 km da costa produz em torno de 25 mil barris deóleo por dia.

As informações coletadas por essas perfurações e em outras

dezenas de poços permitiram reduzir signicativamente as incer -tezas sobre os reservatórios do Pré-sal. Várias dessas reservas re-cém-descobertas entraram em produção aproveitando plataformasque já operavam no pós-sal (acima da camada de sal) de camposexistentes e foram adaptadas para receber o óleo leve de reservató-rios identicados no Pré-sal.

20/09/2013http://www.brasil.gov.br/infraestrutura

 Novas Tecnologias

As grandes descobertas de petróleo no Brasil nos últimosanos, em especial na camada de Pré-sal, foram determinantes para

que a Petrobras ampliasse ainda mais os seus investimentos emtecnologia de exploração petrolífera, em parceria com universi-dades, centros de pesquisa e fornecedores. A empresa já detém atecnologia mais avançada do mundo em exploração de águas pro-fundas, mas a produção do Pré-sal, com profundidades superioresa 5 mil metros em relação ao nível do mar e sob lâminas d’água demais de 2 mil metros, exige uma revolução no setor.

A empresa conta hoje com 50 redes temáticas em 80 institui-ções. São investidos US$ 1,3 bilhão ao ano nessas parcerias. OPrograma de Desenvolvimento Tecnológico de Sistemas de Pro-dução em Águas Profundas da Petrobras (Procap) engloba cincoáreas de atuação: novo conceito de sistemas de produção; enge-nharia de poço; logística; reservatório; e sustentabilidade. Outrainiciativa importante nessa área é a Rede Galileu, uma parceria daPetrobras com 14 universidades brasileiras, que recebeu investi-mentos de R$ 117 milhões.

O Visão Futuro, da Procap, tem o objetivo de dar prioridadeao conteúdo nacional nos projetos. A meta é promover o desenvol-vimento da competência tecnológica e da engenharia brasileirassempre em bases competitivas. De acordo com a Petrobras, es-timular o conhecimento tecnológico nacional, além de contribuir para o desenvolvimento tecnológico do País, tornará mais fácil para a empresa no futuro adquirir produtos no mercado interno,com o desenvolvimento de novos produtos e um suporte local e-ciente para manutenção e reposição de peças e equipamentos.

O carro-chefe do programa é a elaboração de um novo con-ceito de sistemas de produção inovadores. Estão sendo desenvol-vidos, por exemplo, equipamentos de processamento primário cer-ca de dez vezes menores que os tradicionais. Usando-se recursos

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CONHECIMENTOS GERAIS

como força centrífuga ou campo eletrostático, esses equipamentos,na forma de tubos compactos, podem ser instalados no fundo domar, em grandes profundidades, o que facilita a operação e econo-miza espaço nas plataformas.

Também estão em estudo o desenvolvimento de separadorescompactos de uidos (óleo, água e gás) por membranas cerâmicas,aminas (composto molecular derivado da amônia) e micro-ondas,entre outras alternativas. Essas tecnologias permitem maior eci-ência energética, menores custos, aumento da capacidade de pro-dução e armazenagem da plataforma, além de diminuição do usode produtos químicos.

A Petrobras já opera atualmente algumas plataformas desa- bitadas, por meio de salas de controle em terra, mas o objetivo éavançar ainda mais. Uma das possibilidades em estudo é a auto-mação de operações que hoje são realizadas passo a passo, comocolocar um poço de petróleo em teste, fazer a passagem do “pig”(equipamento para desobstrução de dutos), entre outras. Entre os benefícios previstos estão a redução de custos operacionais comlogística e do número de pessoas expostas a ambiente de risco. Se-

rão testados, também, nos próximos anos, diversos equipamentos para operação remota e automação. Entre eles, robôs industriaiscom câmeras tridimensionais acopladas para auxiliar na manuten-ção de plataformas.

Fonte: Governo do Brasil http://www.brasil.gov.br/infraestrutura

 Lei 12.734

A presidente Dilma Rousseff sancionou a Lei 12.734, que trazas novas regras para a partilha dos royalties do petróleo. O textoestá publicado na edição do “Diário Ocial da União”. A lei foisancionada após mudanças feitas pelo Congresso, com derrubadade 142 vetos presidenciais. A polêmica em torno da lei dos royal-

ties, porém, prossegue. O governo do Estado do Rio de Janeirodivulgou nota informando que deve entrar com uma Ação Diretade Inconstitucionalidade (Adin) contra o texto promulgado. A leiintroduz uma nota de divisão dos royalties (tributos pagos pelaexploração do petróleo), onde parcela dos recursos dos Estados produtores, como Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo, alémda União, passa a ser dividida entre todos os Estados.

15/03/2013http://www.valor.com.br/politica

 Energia mais barata

A queda nos preços da tarifa de energia elétrica foi o princi-

 pal fator de inuência para que a inação entre idosos (IPC-3i) de2013 fosse menor do que a inação medida entre consumidoresde todas as faixas etárias (IPC-Br). O IPC-3i teve alta de 5,48%no ano passado, enquanto o IPC-Br subiu 5,63%. De acordo como economista André Braz, da Fundação Getulio Vargas (FGV), o peso desse gasto é maior no orçamento dos idosos. “Eles não saem para trabalhar. Por isso, a despesa com tarifa elétrica é maior.” AFGV considera que 3% da renda dos consumidores da terceira ida-de é destinada à conta de luz, enquanto no índice geral esse pesoé de 2,5%.

 Na contramão, a alta de 8,08% do plano de seguro-saúde (quecompromete 8% do orçamento dos idosos) impediu um alívio maisintenso dos gastos. O aluguel, que subiu 9,25% no ano e tem um peso maior do que para os mais jovens, também foi um impactoimportante, ressaltou Braz. No último trimestre do ano, as varia-

ções climáticas típicas de verão provocaram alta nos alimentos innatura, enquanto o câmbio ainda impactou o trigo e seus derivadosem outubro e no início de novembro. Com isso, a inação dosidosos acelerou a 2,10% no quarto trimestre, contra 0,19% nos trêsmeses anteriores.

14/01/2014http://exame.abril.com.br/ 

economia/noticias

 Relações Internacionais

Alguns fatos de destaque na questão das relações internacio-nais são importantes e devem ser comentados para esclarecimen-tos dos leitores.

O Mercado Comum do Sul (Mercosul), bloco de integraçãoeconômica da América do Sul formado por Brasil, Argentina, Pa-raguai e Uruguai, passou por grandes mudanças ao longo ano. NoRio+20, o presidente paraguaio Fernando Lugo sofreu um proces-so de impeachment e foi deposto de seu cargo, dando lugar ao até

então vice-presidente, Federico Franco. Lugo chegou a instaurarum governo paralelo, para scalizar a nova gestão paraguaia. De- pois da mudança de comando no governo, o país foi suspenso do bloco porque os países integrantes questionaram se a forma comose deu o processo não feria a democracia paraguaia.

Esta foi a primeira suspensão em muitos anos de história doMercosul. Com ela, o novo governo paraguaio não pode participardas reuniões e decisões até as eleições presidenciais de abril de2013, mas não sofrerá sanções econômicas. Sob o entendimen-to de que o processo de impeachment ocorreu sem espaço para aampla defesa do ex-presidente Fernando Lugo e rompeu a ordemdemocrática do país, o Paraguai também foi suspenso da Uniãode Nações Sul-Americanas (Unasul). A Unasul argumenta que arealização de eleições democráticas e transparentes é condiçãofundamental para acabar com a suspensão do Paraguai do bloco,

e a posição se mantém até hoje. No nal de novembro, a Cúpulados Chefes de Estado e Governo da Unasul, que ocorreu em Lima,no Peru, decidiu manter a suspensão do Paraguai. Os líderes con-cluíram que não houve fato novo que motivasse a revogação damedida.

A suspensão do Paraguai abriu uma brecha para que a Ve-nezuela se tornasse membro-pleno do bloco. O Paraguai era oúnico que tinha posição contrária à integração dos venezuelanos.As adaptações para a participação venezuelana vêm sendo feitasdesde então. Recentemente, o Brasil promulgou a adesão do paísao grupo e os chanceleres do Mercosul conseguiram fechar umasérie de negociações para garantir que a Venezuela terá atendidoas principais exigências para ser integrada de forma plena ao blo-co. O bloco, com a entrada dos venezuelanos, passa a contar comProduto Interno Bruto (PIB) de US$ 3,32 trilhões, o que equiva-

le a aproximadamente 82,2% do PIB sul-americano. A populaçãosoma 275 milhões de habitantes.

Em meio às reviravoltas, a Bolívia que já era membro associa-do do Mercosul , também aceitou se integrar ao bloco. O presiden-te da Bolívia, Evo Morales, assinou o protocolo de adesão. Esta,no entanto, foi à primeira etapa do processo, que costuma levaranos por envolver questões técnicas e jurídicas. A adesão do paíscomandado por Evo Morales foi um dos destaques do documentonal da Cúpula de Estado dos Chefes de Estado do Mercosul.

 Relações Comerciais

As trocas entre Brasil e Argentina passaram por alguns mo-mentos de crise também neste ano. O país vizinho suspendeu aconcessão de licenças de importações de cortes de carne suína

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Didatismo e Conhecimento  28

CONHECIMENTOS GERAIS

 brasileira. A suspensão terminou com a assinatura de um acordo,entre os dois países, no início de outubro. Com o consenso, asexportações foram restabelecidas sob a condição de que o Brasildeveria agilizar o processo de liberação para importações de maçã, pera e marmelo da Argentina. O Mercosul também quer intensi-car as parcerias com a União Europeia e a China, incrementando ocomércio do bloco com as duas regiões e ampliando as oportuni-dades de exportações. A decisão de ampliar o relacionamento comos dois parceiros foi incluída em quatro itens dos 61 do documentonal, denominado Comunicado Conjunto dos Presidentes dos Es-tados Partes do Mercosul.

O comunicado foi divulgado após reunião da Cúpula deChefes de Estado do Mercosul, no Itamaraty. Os presidentes dos países do Mercosul ressaltaram a importância das relações entreo bloco e a China, os uxos recíprocos de investimento para odesenvolvimento de suas trocas comerciais. Em defesa das ações para o fortalecimento das relações entre o Mercosul e a China, os presidentes citaram a promoção de uma missão comercial conjuntaa Xangai e de reunião de representantes governamentais. A Chinaestá hoje entre os principais parceiros de todos os integrantes doMercosul.

O documento nal foi assinado pelos presidentes Dilma Rou-sseff, José Pepe Mujica (Uruguai), Evo Morales (Bolívia), CristinaKirchner (Argentina), Rafael Correa (Equador), Donald Ramotar(Guiana) e Desi Bouterse (Suriname), além do ministro de Minas eEnergia da Venezuela, Rafael Ramírez, da vice-presidenta do Peru,Marisol Cruz, e dos vice-chanceleres Alfonso Silva (Chile) e Mo-nica Lanzetta (Colômbia).

Os chefes de Estado também defenderam um acordo de asso-ciação entre o Mercosul e a União Europeia, e se comprometerama buscar um instrumento abrangente e equilibrado. O acordo, se-gundo eles, fortalecerá o comércio entre os dois blocos e impul-sionará o crescimento e o emprego nas duas regiões. De acordocom integrantes da União Europeia, há oportunidades de avançare até denir um acordo de livre comércio. Porém, os negociadores brasileiros se queixam do excesso de obstáculos imposto pelos eu-ropeus a uma série de produtos brasileiros. Os entraves comerciaissão as principais diculdades para a retomada das negociações en-tre os dois blocos.

 Área de Livre Comércio das Américas (ALCA)

Todo o noticiário sobre Mercosul, Aliança do Pacíco, Par -ceria Transpacíca e China tem a ver com um embate ideológicoentre duas concepções de política de desenvolvimento econômicoe social. A primeira dessas concepções arma que o principal obs-táculo ao crescimento e ao desenvolvimento é a ação do Estado naeconomia. A ação direta do Estado na economia, através de empre-sas estatais, como a Petrobrás, ou indireta, através de políticas tri- butárias e creditícias para estimular empresas consideradas estra-tégicas, como a ação de nanciamento do BNDES, distorceria asforças de mercado e prejudicaria a alocação eciente de recursos.

 Nesta visão privatista e individualista, uma política de elimi-nação dos obstáculos ao comércio e à circulação de capitais; denão discriminação entre empresas nacionais e estrangeiras; de eli-minação de reservas de mercado; de mínima regulamentação daatividade empresarial, inclusive nanceira; e de privatização deempresas estatais conduziria a uma eciente divisão internacionaldo trabalho em que todas as sociedades participariam de formaequânime e atingiriam os mais elevados níveis de crescimento edesenvolvimento.

Esta visão da economia se fundamenta em premissas equi-vocadas. Primeiro, de que todos os Estados partem de um mesmonível de desenvolvimento, de que não há Estados mais e menos de-senvolvidos. Segundo, de que as empresas são todas iguais ou pelomenos muito semelhantes em dimensão de produção, de capaci-dade nanceira e tecnológica e de que não são capazes de inuirsobre os preços. Terceiro, de que há plena liberdade de movimentoda mão de obra entre os Estados. Quarto, de que há pleno acesso àtecnologia que pode ser adquirida livremente no mercado. Quinto,de que todos os Estados, inclusive aqueles mais desenvolvidos,seguem hoje e teriam seguido passado esse tipo de políticas.

Como é obvio estas premissas não correspondem nem à rea-lidade da economia mundial, que é muito, muito mais complexa,nem ao desenvolvimento histórico do capitalismo. Historicamen-te, as nações hoje altamente desenvolvidas utilizaram uma gamade instrumentos de política econômica que permitiram o fortaleci-mento de suas empresas, de suas economias e de seus Estados na-cionais. Isto ocorreu mesmo na Inglaterra, que foi a nação líder dodesenvolvimento capitalista industrial, com a Lei de Navegação,

que obrigava o transporte em navios ingleses de todo o seu comér-cio de importação e exportação; com a política de restrição às ex- portações de lã em bruto e às importações de tecidos de lã; com asrestrições à exportação de máquinas e à imigração de “técnicos”.

Políticas semelhantes utilizaram a França, a Alemanha, os Es-tados Unidos e o Japão. Países que não o zeram naquela época,tais como Portugal e Espanha, não se desenvolveram industrial-mente e, portanto, não se desenvolveram. Se assim foi historica-mente, a realidade da economia atual é a de mercados nanceirose industriais oligopolizados em nível global por megaempresasmultinacionais, cujas sedes se encontram nos países altamente de-senvolvidos. A lista das maiores empresas do mundo, publicada pela revista Forbes, apresenta dados sobre essas empresas cujo

faturamento é superior ao PIB de muitos países. Das 500 maioresempresas, 400 se encontram operando na China. Os países alta-mente desenvolvidos protegem da competição estrangeira setoresde sua economia como a agricultura e outros de alta tecnologia.

Através de seus gigantescos orçamentos de defesa, todos, in-clusive a Alemanha e o Japão, que não poderiam legalmente terforças armadas, subsidiam as suas empresas e estimulam o desen-volvimento cientico e tecnológico. Com os programas do tipo“Buy American” e outros semelhantes, privilegiam as empresasnacionais de seus países; através da legislação e de acordos cadavez mais restritivos de proteção à propriedade intelectual, dicul-tam e até impedem a difusão do conhecimento tecnológico. Atra-vés de agressivas políticas de “abertura de mercados” obtém aces-so aos recursos naturais (petróleo, minérios etc) e aos mercadosdos países periféricos, em troca de uma falsa reciprocidade, e con-seguem garantir para suas megaempresas um tratamento privile-giado em relação às empresas locais, inclusive no campo jurídico,com os acordos de proteção e promoção de investimentos, pelosquais obtém a extraterritorialidade. Como é sabido, protegem seusmercados de trabalho através de todo tipo de restrição à imigração,favorecendo, porém, a de pessoal altamente qualicado, atraindocientistas e engenheiros, colhendo as melhores “ores” dos jardins periféricos.

A segunda concepção de desenvolvimento econômico e socialarma que, dada a realidade da economia mundial e de sua dinâ-mica, e a realidade das economias subdesenvolvidas, é essenciala ação do Estado para superar os três desaos que tem de enfren-tar os países periféricos, ex-colônias, algumas mais outras menosrecentes, mas todas as vítimas da exploração colonial direta ou

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CONHECIMENTOS GERAIS

indireta. Esses desaos são a redução das disparidades sociais, aeliminação das vulnerabilidades externas e o pleno desenvolvi-mento de seu potencial de recursos naturais, de sua mão de obra ede seu capital.

As extremas disparidades sociais, as graves vulnerabilidadesexternas, o potencial não desenvolvido caracterizam o Brasil, mastambém todas as economias sul-americanas. A superação dessesdesaos não poderá ocorrer sem a ação do Estado, pela simplesaplicação ingênua dos princípios do neoliberalismo, de liberdadeabsoluta para as empresas as quais, aliás, levaram o mundo à maiorcrise econômica e social de sua História: a crise de 2007. E agora,Estados europeus, pela política de austeridade (naturalmente, não para os bancos) que ressuscita o neoliberalismo, atacam vigoro-samente a legislação social, propagam o desemprego e agravamas disparidades de renda e de riqueza. Mas isto é tema para outroartigo.

Assim, neste embate entre duas visões, concepções, de polí-tica econômica, a aplicação da primeira política, a do neolibera-lismo, levou à ampliação da diferença de renda entre os países da

América do Sul e os países altamente desenvolvidos nos últimosvinte anos até a crise de 2007. Por outro lado, é a aplicação de políticas econômicas semelhantes, que preveem explicitamente aação do Estado, que permitiu à China crescer à taxa média de 10%a/a desde 1979 e que farão que a China venha a ultrapassar os EUAaté 2020. Ainda assim, há aqueles que na periferia não queremver, por interesse ou ideologia, a verdadeira natureza da economiainternacional e a necessidade da ação do Estado para promover odesenvolvimento. Nesta economia internacional real, e não mito-lógica, é preciso considerar a ação da maior Potência.

A política econômica externa dos Estados Unidos, a partir domomento em que o país se tornou a principal potência industrialdo mundo no nal do século XIX e em especial a partir de 1945,com a vitória na Segunda Guerra Mundial, e conante na enorme

superioridade de suas empresas, tem tido como principal objetivoliberalizar o comércio internacional de bens e promover a livrecirculação de capitais, de investimento ou nanceiro, através deacordos multilaterais como o GATT, mais tarde OMC, e o FMI;de acordos regionais, como era a proposta da ALCA e de acordos bilaterais, como são os tratados de livre comércio com a Colôm- bia, o Chile, o Peru, a América Central e com outros países comoa Coréia do Sul. E agora as negociações, altamente reservadas, dachamada Trans-Pacic Partnership - TPP, a Parceria Transpacíca,iniciativa americana extremamente ambiciosa, que envolve a Aus-trália, Brunei, Chile, Malásia, Nova Zelândia, Peru, Singapura,Vietnã, e eventualmente Canadá, México e Japão, e que, nas pala-vras de Bernard Gordon, Professor Emérito de Ciência Política, daUniversidade de New Hampshire, “adicionaria bilhões de dólaresà economia americana e consolidaria o compromisso político, -nanceiro e militar dos Estados Unidos no Pacico por décadas”.O compromisso, a presença, a inuência dos Estados Unidos noPacico isto é, na Ásia, no contexto de sua disputa com a China. ATPP merece um artigo à parte.

Através daqueles acordos bilaterais, procuram os EUA consa-grar juridicamente a abertura de mercados e obter o compromissodos países de não utilizar políticas de desenvolvimento industriale de proteção do capital nacional. Não desejam os Estados Uni-dos ver o desenvolvimento de economias nacionais, com fortesempresas, capazes de competir com as megaempresas americanas, por razões óbvias, entre elas a consequente redução das remessasde lucros das regiões periféricas para a economia americana. Oslucros no exterior são cerca de 20% do total anual dos lucros dasempresas americanas!

 Nas Américas, a política econômica dos Estados Unidos tevesempre como objetivo a formação de uma área continental inte-grada à economia americana e liderada pelos Estados Unidos que,inclusive, contribuísse para o alinhamento político de cada Esta-do da região com a política externa americana em seus eventuaisembates com outros centros de poder, como a União Europeia, aRússia e hoje a China. Assim, já no século XIX, em 1889 , no mes-mo ano em que Deodoro da Fonseca proclamou a República, naConferência Internacional Americana, em Washington, os EstadosUnidos propuseram a criação de uma união aduaneira continental.Esta proposta, que recebeu acolhida favorável do Brasil, no en-tusiasmo pan-americano da recém-nascida república, foi rejeitada pela Argentina e outros países.

Com a I Guerra Mundial, a Grande Depressão, a ascensãodo nazismo e a Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos pro-curaram estreitar seus laços econômicos com a América Latina,aproveitando, inclusive, a derrota alemã e o retraimento francêse inglês, inuências históricas tradicionais. Em 1948, na IX Con-ferência Internacional Americana, em Bogotá, propuseram nova-

mente a negociação de uma área de livre comércio nas Américas;mais tarde, em 1988, negociaram o acordo de livre comércio como Canadá, que seria transformado em Nafta com a inclusão do Mé-xico, em 1994; e propuseram a negociação de uma Área de LivreComércio das Américas, a ALCA, em 1994.

A negociação da ALCA fracassou em parte pela oposição doBrasil e da Argentina, a partir da eleição de Lula, em 2002 e deKirchner, em 2003 e, em parte, devido à recusa americana de nego-ciar os temas de agricultura e de defesa comercial, o que permitiuenviar os temas de propriedade intelectual, compras governamen-tais e investimentos para a esfera da OMC, o que esvaziou as ne-gociações. O objetivo estratégico americano, todavia, passou a serexecutado, agora com redobrada ênfase, através da negociação detratados bilaterais de livre comércio, que concluíram com o Chile,

a Colômbia, o Peru, a América Central e República Dominicana,só não conseguindo o mesmo com o Equador e a Venezuela devidoà eleição de Rafael Correa e de Hugo Chávez e à resistência doMercosul às investidas feitas junto ao Uruguai.

Assim, a estratégia americana tem tido como resultado, senãocomo objetivo expresso, impedir a integração da América do Sule desintegrar o Mercosul através da negociação de acordos bila-terais, incorporando Estado por Estado na área econômica ame-ricana, sem barreiras às exportações e capitais americanos e coma consolidação legal de políticas econômicas internas, em cada país, nas áreas de propriedade intelectual, compras governamen-tais, defesa comercial, investimentos, em geral com dispositivoschamados de OMC – Plus, mais favoráveis aos Estados Unidos doque aqueles que conseguiram incluir na OMC, que, sob o mantode ilusória reciprocidade, beneciam as megaempresas america-nas, em especial neste momento de crise e de início da competiçãosino-americana na América Latina.

 Na execução deste objetivo, de alinhar econômica, e por con-sequência politicamente, toda a América Latina sob a sua bandeiracontam com o auxílio dos grupos internos de interesse em cada país que, tendo apoiado a ALCA no passado, agora apoiam a nego-ciação de acordos bilaterais ou a aproximação com associações de países, tais como a Aliança do Pacíco, que reúne países sul-ame-ricanos e mais o México, que celebraram acordos de livre comér-cio com os EUA. Hoje, o embate político, econômico e ideológicona América do Sul se trava entre os Estados Unidos da América,a maior potência econômica, política, militar, tecnológica, culturale de mídia do mundo; a crescente presença chinesa, com suas in-vestidas para garantir acesso a recursos naturais, ao suprimento de

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Didatismo e Conhecimento  30

CONHECIMENTOS GERAIS

alimentos e de suas exportações de manufaturas e que, para isto, procuram seduzir os países da América do Sul e em especial doMercosul com propostas de acordos de livre comércio; e as políti-cas dos países do Mercosul, Argentina, Brasil, Venezuela, Uruguaie Paraguai que ainda entretém aspirações de desenvolvimento so- berano, pretendem atingir níveis de desenvolvimento social ele-vado e que sabem que, para alcançar estes objetivos, a ação doEstado, e da coletividade organizada, é essencial, é indispensável.

 Desenvolvimento Sustentável, Ecologia e Meio Ambiente

 Mudanças Climáticas

As recentes ondas de calor que provocaram mortes na Europa,Rússia, China e Estados Unidos provocaram um alerta: o mundonunca esteve tão quente. Segundo a Nasa (Agência Espacial Ame-ricana), o mês de junho de 2013 foi considerado o mais quente no planeta desde 1800. Os motivos seriam a variabilidade natural dosistema climático e o aumento da concentração de gases de efeito

estufa na atmosfera como o óxido nitroso (N2O), o metano (CH4) e, principalmente, o dióxido de carbono (CO

2) liberado pela queima

de combustíveis fósseis como carvão, petróleo e gás natural.O efeito estufa é um fenômeno natural que permite que alguns

gases presentes na atmosfera aprisionem o calor do Sol, impedindoque ele escape para o espaço. Em condições normais, esses gasesajudam o planeta a manter o equilíbrio da temperatura da Terra.A concentração acima do normal faz com que a temperatura do planeta suba. Uma pesquisa divulgada pela Administração Nacio-nal Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOOA, na sigla em inglês)alerta que a poluição do planeta nunca esteve tão alta. Em maio de2013, a concentração de CO

2 na atmosfera medida pelo Observató-

rio Mauna Loa, no Havaí, ultrapassou pela primeira vez a marca de400 partes por milhão desde 1958, quando estes dados começaram

a ser medidos. A última vez que isto aconteceu foi há mais de 3,5milhões de anos. Antes da Revolução Industrial, no nal do século19, a concentração de CO

2 era de apenas 280 ppm.

O derretimento das geleiras é tema recorrente para todosaqueles que fazem previsões catastrócas sobre o futuro do nosso planeta. O argumento é que o degelo excessivo dos mantos de geloda Groenlândia e da Antártida pode aumentar o nível dos oceanose trazer mudanças dramáticas para a vida de milhões de pessoasque teriam de se deslocar em busca de um novo habitat. Mas nãohá consenso dos pesquisadores sobre essas previsões. Segundo oPainel Intergovernamental de Mudanças do Clima (IPCC), autori-dade cientíca das Nações Unidas responsável pelas informaçõesociais sobre o aquecimento global, o índice de 450 ppm seriao limite aceitável para manter o equilíbrio do ecossistema e não prejudicar a existência humana no planeta.

Ondas de calor, secas inesperadas, invernos mais rigorosos,furacões, enchentes, tempestades, incêndios orestais e outroseventos climáticos extremos são algumas das consequências dasmudanças climáticas e devem ser cada vez mais frequentes nos próximos anos. O derretimento de camadas de gelo e o aumentoda temperatura no mar são consequências que já causam graves problemas no planeta. A velocidade com a qual a neve presente nohemisfério Norte e o gelo do Mar Ártico estão desaparecendo sur- preende os cientistas, que calculam que esta região está aquecendoduas vezes mais rápido que o resto do mundo.

O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnu-ma) apresentou no começo de 2013, um relatório que aponta que oderretimento do gelo do mar não apenas prejudicaria as espécies daregião, mas também permitiria o acesso a recursos naturais como

gás e petróleo e, por isso, seria uma nova ameaça ao ecossistemado planeta, já que haveria uma corrida entre os países e empresas petroleiras para o controle destas reservas de combustíveis fósseis.Relatório publicado em julho de 2013 na revista Nature, calcu-lou que o possível derretimento de uma camada de gelo no norteda Rússia, entre 2015 e 2025, poderia liberar 50 gigatoneladas demetano (gás causador do efeito estufa), um índice dez vezes maiordo que o que existe atualmente na atmosfera, o que anteciparia oaquecimento das temperaturas esperado para daqui a 35 anos.

Esta quantidade de gás seria como uma “bomba-relógio” e provocaria um desastre ambiental que superaria os benefícios re-gionais previstos, como a abertura de rotas comerciais e novos de- pósitos minerais, e que poderia custar US$ 60 trilhões de dólares para a economia mundial, quase o atual PIB global de um ano. Oritmo do derretimento das calotas de gelo fez com que outro grupode cientistas, dessa vez da Universidade Estadual de Nova York,nos EUA, zesse uma previsão de quando o oceano Ártico podecar sem gelo, o que foi calculado para daqui a 40 anos, entre 2054e 2058.

 O que poderia reverter essa situação, segundo pesquisadores,

são os acordos e políticas para controlar o efeito estufa. Mudançasna condução política sobre o assunto poderiam reverter ou atra-sar essas previsões. Em âmbito global, o Protocolo de Kyoto éo principal compromisso rmado entre os países para a reduçãoglobal das emissões. Criado em 1997, o acordo estipulava metasde redução até 2012 para os países signatários e criava um sistemade crédito de emissões entre os países, que originou o mercado decrédito de carbono. O acordo foi renovado na COP-18, conferênciarealizada em 2012, em Doha, no Catar. A conferência deniu queos países devem revisar suas metas sob o Protocolo até 2014 ecolocá-las em prática a partir de 2020.

16/08/2014http://vestibular.uol.com.br/ resumo-das-disciplinas/atualidades

 Lei Federal nº 12.187  Em 29 de dezembro de 2009, o governo brasileiro deu um

 passo histórico ao instituir a Política Nacional de Mudança do Cli-ma através da Lei Federal nº 12.187. A lei se desdobra em cinco planos setoriais:

1- redução de 80% do desmatamento na Amazônia,2- redução de 40% do desmatamento no bioma cerrado,3- ações para o setor de energia,4- para a agricultura e pecuária, e5- para a indústria.

De acordo com esta lei, o Brasil adotará ações para reduzirentre 36,1% e 38,9% de suas emissões projetadas até 2020 (issoequivale a uma redução de 17% comparada aos níveis de 2005).Este objetivo inclui a meta de redução de 80% do desmatamen-to da Amazônia, como denido pelo Plano Nacional de MudançaClimática. O Brasil já conseguiu reduzir o desmatamento de suaoresta para 4.571 km2 em 2012, o menor em décadas, após seu ín-dice máximo de 27.772 km2 em 2004. No entanto, o desmatamentona Amazônia é um dos principais desaos do plano. No últimoano, o desmatamento na região registrou um aumento de 100%,segundo dados avaliados pelo Instituto Imazon e divulgados emagosto de 2013. Os dados provisórios foram calculados no períodoentre agosto de 2012 e junho de 2013.

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Didatismo e Conhecimento  31

CONHECIMENTOS GERAIS

Relatório divulgado em agosto deste ano indica que o climano Brasil também deve car mais quente nos próximos anos. Uma projeção do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) in-dica que se a tendência do aumento da taxa de CO

2 na atmosfera

continuar, a temperatura média em todas as regiões do Brasil seráde 3º a 6ºC mais elevada em 2100 do que no nal do século 20.Segundo a pesquisa, que faz parte dos dados do Painel Brasileirode Mudanças Climáticas e que deve compor os dados do próximorelatório do IPCC, em biomas como a Amazônia, a caatinga, ocerrado e o Pantanal, a quantidade de chuva poderá ser até 40%menor, alterando drasticamente a fauna e a ora. Já na região sule sudeste, a tendência é que haja um aumento no índice de pluvio-sidade, provocando chuvas fortes e até fenômenos raros como osfuracões que atingiram a costa de Santa Catarina e do Rio Grandedo Sul em 2004.

16/08/2014http://vestibular.uol.com.br/ 

resumo-das-disciplinas/atualidades

 Aquecimento Global 

O aquecimento global é uma consequência das alterações cli-máticas ocorridas no planeta. Diversas pesquisas conrmam o au-mento da temperatura média global. Conforme cientistas do PainelIntergovernamental em Mudança do Clima (IPCC), da Organiza-ção das Nações Unidas (ONU), o século XX foi o mais quente dosúltimos cinco, com aumento de temperatura média entre 0,3°C e0,6°C. Esse aumento pode parecer insignicante, mas é suciente para modicar todo clima de uma região e afetar profundamente a biodiversidade, desencadeando vários desastres ambientais.

As causas do aquecimento global são muito pesquisadas.Existe uma parcela da comunidade cientíca que atribui esse fe-

nômeno como um processo natural, armando que o planeta Terraestá numa fase de transição natural, um processo longo e dinâmi-co, saindo da era glacial para a interglacial, sendo o aumento datemperatura consequência desse fenômeno.

 No entanto, as principais atribuições para o aquecimento glo- bal são relacionadas às atividades humanas, que intensicam oefeito de estufa através do aumento na queima de gases de com- bustíveis fósseis, como petróleo, carvão mineral e gás natural. Aqueima dessas substâncias produz gases como o dióxido de carbo-no (CO

2), o metano (CH

4) e óxido nitroso (N

2O), que retêm o calor

 proveniente das radiações solares, como se funcionassem como ovidro de uma estufa de plantas, esse processo causa o aumento datemperatura. Outros fatores que contribuem de forma signicativa para as alterações climáticas são os desmatamentos e a constanteimpermeabilização do solo.

Atualmente os principais emissores dos gases do efeito de es-tufa são respectivamente: China, Estados Unidos, Rússia, Índia,Brasil, Japão, Alemanha, Canadá, Reino Unido e Coreia do Sul.Em busca de alternativas para minimizar o aquecimento global,162 países assinaram o Protocolo de Kyoto em 1997. Conformeo documento, as nações desenvolvidas comprometem-se a reduzirsua emissão de gases que provocam o efeito de estufa, em pelomenos 5% em relação aos níveis de 1990. Essa meta teve que sercumprida entre os anos de 2008 e 2012. Porém, vários países nãozeram nenhum esforço para que a meta fosse atingida, o principalé os Estados Unidos.

 Protocolo de Kyoto

É um acordo ambiental fechado durante a 3ª Conferência dasPartes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáti-cas, realizada em Kyoto, Japão, em 1997. O documento estabelecemetas de redução das emissões de dióxido de carbono (CO2), quecorrespondem a cerca de 70% das emissões relacionadas ao aque-cimento global, e de outros gases causadores do efeito estufa paraos países industrializados.

O objetivo era reduzir, entre 2008 e 2012, a emissão de po-luentes em 5,2% em relação aos níveis de 1990. Para entrar emvigor, o pacto precisava virar lei em pelo menos 55 países quesomem, ao todo, 55% das emissões de CO

2. Até agora, 146 nações

- entre elas, o Brasil - já aderiram ao acordo, que, no entanto, nãoconta com o apoio dos Estados Unidos.

 Enfraquecido, Protocolo de Kyoto é estendido até 2020

Quase 200 países concordaram em estender o Protocolo da

Kyoto até 2020. A decisão foi tomada durante a COP-18, Cúpuladas Nações Unidas sobre Mudança Climática realizada em Doha,no Catar. Apesar do acordo, Rússia, Japão e Canadá abandonaramo Protocolo: assim, as nações que obedecerão suas regras são res- ponsáveis por apenas 15% das emissões globais de gases de efeitoestufa. O acordo evita um novo entrave nas negociações realizadashá duas décadas pela ONU. Na oportunidade, não foi possível im- pedir o aumento das emissões de gases do efeito estufa.

Sem o acordo, a vigência do Protocolo se encerraria no come-ço de 2013. A extensão do Protocolo o mantém ativo como único plano que gera obrigações legais com o objetivo de enfrentar oaquecimento global. Rússia, Belarus e Ucrânia se opõem à decisãode estender o Protocolo para além de 2012. A Rússia quer limitesmenos rígidos sobre as licenças de emissões de carbono que não

foram utilizadas. Todos os lados dizem que as decisões tomadasem Doha caram aquém das recomendações de cientistas. Estesqueriam medidas mais duras para evitar mais ondas de calor, tem- pestades de areia, enchentes, secas e aumento do nível dos ocea-nos.

Conceito de desenvolvimento sustentável:  usar os recursosnaturais com respeito ao próximo e ao meio ambiente. Preservaros bens naturais e a dignidade humana. É o desenvolvimento quenão esgota os recursos, conciliando crescimento econômico e pre-servação da natureza.

Em Salvador, o TEDxPelourinho foi totalmente dedicado aotema, e reuniu pensadores de diversas áreas e regiões do país paracompartilhar suas experiências e mostrar como estão ajudando atransformar os centros urbanos em locais planejados para seremocupados por pessoas. As iniciativas incluem ciclovias, centrosrevitalizados, instrumentos de participação coletiva e empodera-mento dos cidadãos, mais solidários, inclusivos, saudáveis, ver-des e humanas. Em relação a capital gaúcha, foi reconhecida pelaIBM com uma das 31 cidades do mundo merecedoras do prêmioSmarter Cities Challenge Summit. O reconhecimento veio graçasao projeto Cidade Cognitiva, que tem o objetivo de simular os im- pactos futuros sobre a vida do município, com as obras e açõesrealizadas no presente demandadas pelo orçamento participativo -sistema no qual a tomada de decisões sobre investimentos públicosé compartilhada entre sociedade e governo.

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Didatismo e Conhecimento  32

CONHECIMENTOS GERAIS

Quem também fez progressos da área também foi o Rio de Ja-neiro. A sede das Olimpíadas de 2016 tem investido em um moder-no centro integrado de operações para antecipar e combater situa-ções de calamidade. A tecnologia, desenvolvida em parceria com aIBM, deve ser aplicada nas demais cidades do país, segundo anun-ciou o presidente da empresa no Brasil Rodrigo Kede. O prefeitoda cidade, Eduardo Paes, chegou a palestrar em uma Conferênciado TED explicando quatro grandes ideias que devem conduzir oRio (e todas as cidades) ao futuro, incluindo inovações arrojadas eexecutáveis de infraestrutura.

 Mobilizações populares: Os rapazes do Shoot the Shit da ci-dade de Porto Alegre, usam bom humor para resolver os proble-mas locais. Ao longo do ano, o foi noticiado diversas iniciativas populares que contribuem com as cidades brasileiras. Em Salva-dor, a jornalista Débora Didonê e seus companheiros do projetoCanteiros Coletivos mostraram como estão transformando os es- paços públicos da capital baiana utilizando somente pás, mudas ea conscientização dos cidadãos locais.

 Megacidades: Prefeitos das maiores cidades do mundo estive-ram reunidos na Rio+20. Representantes das maiores metrópolesdo mundo se reuniram para trocar experiências sobre desenvol-vimento sustentável e traçar metas para reduzir os impactos dosgrandes centros urbanos no planeta. Prefeitos das 40 maiores ci-dades do mundo se encontraram em São Paulo para participar daC40 (Large Cities Climate Leadership Group). Um dos destaquesfoi à assinatura de um protocolo de intenções destinado a viabilizarsuporte nanceiro a grandes cidades, no intuito de que elas desen -volvam ações de sustentabilidade. O documento foi assinado pelo presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, e pelo prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, presidente da cúpula. Outro en-contro decisivo aconteceu durante a Rio+20, quando os líderes das

59 maiores cidades do mundo se comprometeram a reduzir em até248 milhões de toneladas as emissões de gases do efeito estufa até2020. Na mesma ocasião, os prefeitos rmaram o compromisso deengajar 100 metrópoles no caminho do desenvolvimento sustentá-vel até 2025.

 Balanço dos resultados da RIO+20

A comunidade cientíca brasileira e internacional se mobili-zou intensamente durante a RIO+20 e realizou uma conferência preparada para fornecer subsídios capazes de inuenciar a agendade implementação do desenvolvimento sustentável. Para os cien-tistas, chegou-se a um documento genérico, que não determinametas e prazos e não estabelece uma agenda de transição para umaeconomia mais verde ou uma sustentabilidade maior da economia.A maior esperança dos cientistas para que a conferência tivesse umresultado concreto, era que o texto nal reconhecesse, já em suaintrodução, o conceito de limites planetários, proposto em 2009 por Johan Rockström, da Universidade de Estocolmo. A expectati-va, porém, foi frustrada.

Rockström, do Stockholm Resilience Centre Planetary, par-ticipou do workshop por meio de videoconferência, e apresentou palestra sobre o tema Planetary boundaries are valuable for policy.O fato do avanço do conhecimento cientíco não estar reetido nodocumento, entretanto, não deve ser usado como argumento paradesestimular a comunidade cientíca que trabalha nessa área am- biental. Dessa forma, a prioridade agora volta a ser a discussão so- bre o veto às mudanças no código orestal, uma questão que aindaestá em aberto. O tema da biodiversidade recebeu pouca atenção

no documento nal da RIO+20, embora seja uma das áreas em queos limites planetários de segurança já foram extrapolados. Prati-camente todas as referências a uma agenda para a biodiversidadeforam cortadas do texto. O documento zero, que foi o ponto de par-tida para a declaração, tinha seis parágrafos sobre a biodiversidadenos oceanos, com metas e agenda, por exemplo. No texto nal são19 parágrafos, mas nenhum deles estabelece metas ou agenda.

 Arquitetura e urbanismo: Outra vertente que mereceu desta-que nas cidades foi a de arquitetura e urbanismo. O Brasil passou para a quarta posição no ranking mundial de construções sustentá-veis, de acordo com o órgão internacional Green Building Council(Conselho de Construções Verdes), e o número de edicações comselos LEED não parou de crescer. A motivação para o aumento dasconstruções ecológicas é a Copa do Mundo de Futebol de 2014.Devido à exigência da Fifa de que os locais dos jogos possuamcerticado internacional de construção sustentável, todas as arenasesportivas estão realizando ações que vão desde a transformaçãodo entulho de demolição em material reaproveitável até o uso ra-

cional de água.

 Políticas e iniciativas governamentais:  Nesse quesito, me-rece destaque a sanção da Política Nacional de Mobilidade Ur- bana. Aprovada pela presidente Dilma Rousseff, a nova lei visaintegrar, melhorar e tornar mais acessíveis os diferentes modos detransporte, visando a mobilidade de pessoas e cargas no país. Anova regulamentação traz, entre suas principais medidas, a exigên-cia que todos os municípios acima de 20 mil habitantes elaboremseus planos de mobilidade urbana. Mais propostas para cidadessustentáveis foram apresentadas no Fórum Social Temático (FST),realizado em Porto Alegre. Durante o debate, o Programa CidadesSustentáveis lançou uma plataforma com sugestões em níveis in-ternacional, nacional e local para melhorar a qualidade de vida nas

cidades e incluir os centros urbanos na busca de soluções para pro- blemas ambientais globais. Outro destaque foi a adesão de mais de200 prefeitos eleitos nas últimas eleições municipais ao ProgramaCidades Sustentáveis. Com a assinatura da carta de compromisso,eles se comprometeram a promover o desenvolvimento sustentá-vel nos seus municípios durante a gestão.

 Rankings:  Foram apresentados alguns rankings que classi-caram cidades de todo o mundo. Uma das listas foi feita peloguia turístico Frommer’s, que preparou um Top 10 com as Melho-res Cidades do Mundo Para Caminhar. Encabeçando a lista estãoFlorença (Itália), Paris (Franças), Dubrovnik (Croácia) e NovaYork (EUA). Já o ranking feito pela empresa de consultoria Mer-cer listou as 10 melhores cidades do mundo para se viver, e foidesenvolvido com base em cinco categorias: estabilidade políti-ca, serviços bancários, escolas, restaurantes e desastres naturais. No topo da lista estão Viena (Áustria), Zurique (Suíça), Genebra(Suíça), Vancouver (Canadá) e Auckland (Nova Zelândia). Quemtambém avaliou as cidades de todo o mundo foi revista britânicaThe Economist. Segundo a publicação, que elaborou um estudocom 140 cidades ao redor do planeta, Melbourne (Austrália) é amelhor cidade do mundo para se viver. Por outro lado, o documen-to também apontou os piores locais para se morar, como Abidjã(Costa do Marm), Teerã (Irã) e Lagos (Nigéria). Localizadas, emsua grande maioria na África e Ásia, as piores cidades do mundosão, em geral, grandes metrópoles violentas, com alta densidade populacional, altos índices de criminalidades, congestionamento, poluição, baixa educação e cultura.

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Didatismo e Conhecimento  33

CONHECIMENTOS GERAIS

 Ecologia

Conceito de ecologia:  a ecologia encarrega-se de estudar arelação entre os seres vivos e o seu ambiente, entendido como atotalidade dos fatores abióticos (como o clima e a geologia) e osfatores bióticos (organismos que partilham o mesmo habitat). Aecologia analisa também a distribuição e a abundância dos seresvivos como resultado dessa relação.

 Degelo:  Um estudo que reuniu os principais especialistasde pesquisa sobre derretimento das calotas polares revelou que onível do mar subiu 11 mm desde 1992, por conta do degelo naGroenlândia e na Antártida. Após diversas polêmicas sobre o fe-nômeno, pesquisadores de diferentes países usaram imagens feitas por 10 de satélites e amostras no decorrer dos últimos 20 anos para elaborar um relatório aparentemente conclusivo sobre o tema.A pesquisa mostrou que o degelo é mais intenso na Groenlândia,onde diversas bordas da ilha se desprenderam denitivamente. Jána Antártida, boa parte da camada de gelo permaneceu pratica-

mente inalterada. No entanto, a área ocidental do continente temderretido de maneira acelerada. Os cientistas dizem que o próximo passo é um grande desao, conseguir prever a evolução do derreti-mento para os próximos cem anos.

 Diatryma – Pássaro gigante: Um estudo realizado por cien-tistas americanos indica que o Diatryma, um pássaro gigante pré--histórico que viveu no período eocênico não era um carnívoroferoz, mas sim um herbívoro muito dócil. Os indícios foram tra-zidos à tona após um deslizamento de terra ocorrido em 2009 edeszeram as crenças de que o animal era um predador, já que as pegadas encontradas não continham garras, elemento próprio doscarnívoros. Com 2,13 metros de altura e com cabeça e bico gigan-tes, o enorme pássaro, que não conseguia voar, vinha sendo retra-

tado como um predador ameaçador tanto em trabalhos cientícosquanto na mídia. Até então o Diatryma (cujo gênero acredita-se sero Gastornis) era considerado o pássaro que substituiu os dinossau-ros como o maior predador, segundo o geólogo George Mustoe.

O estudo também analisou as pegadas de cerca de 55,8 a 48,6milhões de anos, no período eocênico. Acredita-se que estas sejamas únicas pegadas deixadas pelo pássaro gigante. As pegadas mos-tram que os animais não tinham grandes garras, mas sim pequenasunhas. Isto é um indício contra um animal que captura presas comsuas garras. Até então os paleontólogos que estudavam fósseis doDiatryma tinham concluído que o pássaro gigante era um predadordevido ao seu tamanho, cabeça enorme e bico muito grande. Noentanto, sempre se soube que o animal tinha pernas relativamentecurtas, o que indicava que ele talvez não tivesse a capacidade decorrer rápido o suciente para capturar suas presas. Ainda com oestudo, a crença comum de que o Diatryma também era um carní-voro é muito mais um resultado de associação do que de verdadei-ras evidências anatômicas.

 Descobertas

 Sandy Island: Um sonho comum à maioria dos exploradorese desbravadores ao longo da História tem sido encontrar territó-rios desconhecidos, mas na Austrália, uma equipe de cientistas fezexatamente o contrário: eles identicaram uma ilha que não exis-te. Conhecida como Sandy Island, a massa de terra é listada porcartógrafos em atlas, mapas e até no Google Maps e no GoogleEarth, onde está localizada entre a Austrália e a Nova Caledônia(governada pela França), no sul do Pacíco. Mas, quando o grupo

de cientistas decidiu navegar para chegar até ela, simplesmentenão a encontraram. Para o Serviço Hidrográco da Marinha daAustrália, responsável pelas cartas náuticas do país, uma das pos-sibilidades é que tenha ocorrido falha humana e que esse tipo dedado deveria ser tratado “com cautela” ao redor do mundo, já quealguns detalhes são antigos ou simplesmente errados.

 Planeta Órfão: Astrônomos baseados no Havaí e no Chiledescobriram um planeta “órfão” vagando pelo espaço sem estar li-gado à órbita de um astro, a cem anos-luz de distância da Terra. Oscientistas dizem que pesquisas recentes têm demonstrado que essetipo de planeta pode existir com muito mais frequência no cosmosdo que se pensava. Eles também são conhecidos como planetas“interestelares” ou planetas “nômades” e têm sido denidos comoobjetos de massa planetária que foram expulsos dos seus sistemasou nunca estiveram gravitacionalmente ligados a nenhuma estrela.Embora haja cada vez mais interesse dos astrônomos no assunto,exemplos de planetas “órfãos” são difíceis de serem encontrados,o que torna a recente descoberta mais importante.

O planeta, chamado de CFBDSIR2149-0403, é tema de umartigo que deve ser publicado no periódico cientíco Astronomia eAstrofísica. Mas até agora se sabe muito pouco sobre a intrigantedescoberta. Além de estimar sua distância da Terra, consideradamuito pequena, os cientistas acreditam que o “órfão” seja relativa-mente “jovem”, tendo entre 50 e 120 milhões de anos. Estima-seque ele tenha temperatura de 400ºC e massa entre quatro a setevezes a de Júpiter.

 Robô Curiosity: Os primeiros sedimentos a serem coletados pelo robô Curiosity, da atual missão da Nasa em Marte, fossemapenas rochas de um material comum como o basalto, mas umaanálise recente revelou dados intrigantes. O objeto piramidal, querecebeu o apelido de “Jake Matijevic”, um engenheiro de uma mis-são recente da agência espacial americana ao planeta vermelho,

apresenta uma composição ainda inédita na pesquisa sobre Marte.As análises iniciais mostram que o objeto teria elementos de algu-mas rochas raras, mas bem conhecidas na Terra. Edward Stolper,um dos chefes da missão no Instituto de Tecnologia da Califórnia(Caltech), diz que essas rochas se formam a partir de formações demagma ricas em água que se resfriaram sob altas pressões.

A rocha é amplamente conhecida na Terra, em ilhas oceânicascomo o Havaí e Santa Helena e nos Açores, e também em áreasrochosas do Rio Grande e por outras. O jipe-robô Curiosity exami-nou a rocha pela primeira vez três semanas atrás. Na ocasião, nãose acreditava que o sedimento tivesse alto valor cientíco. Análi-ses de o Curiosity poder examinar in loco os materiais coletadoscom seus próprios instrumentos é o principal diferencial desta mis-são. Até então, equipamentos anteriores enviados pela Nasa à Mar -

te podiam coletar objetos, mas não analisá-los com esta precisão.Os cientistas identicaram que a rocha é rica em elementos comosódio e potássio e pobre em magnésio e ferro, o que a colocam emgrau de comparação com o feldspato, uma rocha que não contémminérios.

O robô da Nasa chegou à superfície do planeta vermelho aindaem agosto e, desde então, já andou 500 metros. O objetivo da mis-são é determinar se Marte já teve condições de abrigar a vida emalgum momento desde sua formação. Nas poucas semanas em quecomeçou a colher materiais, o Curiosity já identicou uma sériede rochas que foram claramente depositadas em água corrente. Ateoria é que o jipe está localizado na nascente de um antigo localde grandes depósitos de sedimentos, conhecido como cone aluvial,onde uma rede de pequenos rios cruzava a superfície bilhões deanos atrás.

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Didatismo e Conhecimento  34

CONHECIMENTOS GERAIS

 Meio Ambiente

Conceito de meio ambiente: as relações de interdependênciaentre os elementos que formam o ecossistema são os destaquesdeste tópico. Os impactos ambientais provocados pelo homem, as

regiões e as espécies mais ameaçadas no globo e as ações promo-vidas pelo Estado para proteger a biodiversidade são outros con-ceitos importantes abordados.

 Meteoro Atinge a Rússia

Cerca de mil pessoas caram feridas em consequência de ummeteoro que atravessou o céu sobre a Rússia, lançando bolas defogo na direção da Terra, quebrando janelas e acionando alarmesde carros. Muitos feridos foram tratados por cortes superciais ehematomas causados pelos vidros quebrados. O trânsito pela ma-nhã foi detido subitamente na cidade de Cheliabinsk, nos Urais,enquanto o meteoro queimava parcialmente em sua queda ao in-gressar na camada inferior da atmosfera sobre a cidade, iluminan-

do o céu.O objeto de peso estimado em 10 toneladas ingressou na at-mosfera terrestre a uma velocidade hipersônica de 54 mil quilô-metros por hora, de acordo com a Academia Russa de Ciências.O meteoro estilhaçou-se quando estava a entre 30 km e 50 km dasuperfície da Terra. A energia liberada foi de “vários quilotons”,segundo a academia. Das pessoas feridas, 43 precisaram ser hos- pitalizadas. Chelyabinsk é a maior cidade da região a ser afetada,que ca a cerca de 1.500 quilômetros a leste de Moscou. Os siste-mas de comunicação móvel caram temporariamente fora do ar.

O Ministério da Defesa da Rússia informou que enviou sol-dados para “locais de impacto”, sem fornecer mais detalhes. Maisde 3 mil imóveis sofreram algum tipo de dano. Escolas foram fe-chadas e apresentações de teatro canceladas na região após a ondade choque ter quebrado janelas. As temperaturas locais chegam

a -18ºC. Milhares de janelas partidas, paredes de fábricas caídas,redes móveis danicadas, quase 3000 edifícios afetados, incluindoa arena de gelo Uralskaya Molniya. As autoridades russas estimamque os prejuízos já contabilizam cerca de 25 milhões de euros.

 Lei sobre o clima

Um novo estudo sugere que muitos países estão introduzindosuas próprias leis para combater as mudanças climáticas ou au-mentar sua eciência energética, apesar das diculdades nas ne-gociações de um acordo global para reduzir a emissão dos gasesresponsáveis pelo efeito estufa. A pesquisa, realizada pelo InstitutoGrantham, da London School of Economics, e pela ONG GlobeInternational, indica que 18 das 33 nações avaliadas zeram pro-

gressos “signicativos” nos últimos anos com leis para reduzir ocrescimento das emissões de gases poluentes ou para melhorar asua eciência energética.

Além disso, 32 países teriam introduzido alguma legislaçãorelacionada à emissão de poluentes. Os resultados do estudo che-gam em meio à realização da primeira Cúpula Global de Legisla-ção sobre o Clima, que ocorre em Londres neste ano. Represen-tantes de 33 países devem participar. Os países emergentes sãoum dos destaques do documento - entre eles o Brasil. O estudoressalta o compromisso voluntário do país em cortar suas emissõesde gás carbônico e reduzir em 80% o índice de desmatamento daAmazônia até 2020.

Ele também chama a atenção, porém, para algumas iniciati-vas que vão no caminho contrário desses esforços, como o PlanoDecenal de Expansão da Energia, que prevê a expansão das terme-

létricas alimentadas por combustíveis fósseis. Entre outros desta-ques estão o projeto da China para uma legislação nacional sobremudanças climáticas e uma lei aprovada no México pela qual o país se compromete a cortar em 30% suas emissões de gases quecausam o efeito estufa.

Segundo o relatório, as novas legislações seriam motivadas por preocupações diferentes em cada país - entre elas questõescomo as mudanças climáticas, eciência e segurança energética ecompetitividade. Mas todas acabam produzindo resultados seme-lhantes: um crescimento econômico um pouco mais sustentável.Para muitos cientistas e ambientalistas, porém, o ritmo das mudan-ças ainda é muito lento. Até o Banco Mundial alertou recentemen-te que, com esse ritmo de progresso político, as temperaturas do planeta ainda podem subir mais 4 graus Celsius em relação a seusíndices pré-industriais.

Os mais céticos também apontam para a diferença entre as promessas feitas por políticos ou regras estabelecidas por novaslegislações e o que é de fato colocado em prática.

 No Protocolo de Kyoto, por exemplo, muitos países se com-

 prometeram a cortar suas emissões de poluentes, mas alguns des-ses países, entre eles o Canadá, simplesmente não cumpriram suasmetas. Um recente relatório de um centro de estudos americanotambém dá mais um “choque de realidade” para os mais otimistasnessa área, segundo Roger Harrabin, analista da BBC para o temade meio ambiente. De acordo com o World Resources Institute,dos Estados Unidos, haveria planos para construir, pelo globo,mais 1.199 termelétricas a carvão nos próximos anos.

 Poluição

A qualidade do ar em Pequim foi a pior já registrada, segundoambientalistas, enquanto o centro de monitoramento da poluiçãoda cidade advertia os moradores a permanecerem dentro de casa,com a poluição de 30 a 45 vezes acima dos níveis recomendados

de segurança. A capital chinesa, lar de cerca de 20 milhões de pes-soas, está envolvida em uma densa névoa seca desde sexta-feira,reduzindo a visibilidade e interrompendo o tráfego. Números di-vulgados pelo centro de monitoramento mostraram que partículascom menos de 2,5 micrômetros de diâmetro chegaram a mais de600 microgramas por metro quadrado em algumas estações de mo-nitoramento em Pequim, e foram de 900 na noite de sábado.

O nível diário recomendado é de 20, segundo a OrganizaçãoMundial da Saúde. Essa poluição foi identicada como a principalcausa da asma e doenças respiratórias. Essa é realmente a pior po-luição já registrada, não apenas de números ociais, mas tambémde números de monitoramento da embaixada norte-americana. Al-gumas áreas na província (vizinha) de Hebei estão ainda piores doque Pequim, segundo Zhou Rong, ativista de clima e energia no

Greenpeace. O Centro Municipal de Monitoramento Ambiental dePequim informou que a forte poluição cou presa por uma área de baixa pressão, dicultando a sua dispersão, e as condições prova-velmente durariam mais dois dias.

A poluição foi identicada como um dos grandes desaos doslíderes da China, de acordo com o presidente Hu Jintao, o país precisa reverter a tendência de deterioração ecológica e construiruma bela China. A China informou que iria começar a divulgarnúmeros da poluição hora a hora em suas maiores cidades. Pequim já se comprometeu com um cronograma para melhorar a qualidadedo ar na cidade, e realocou a maior parte de sua indústria pesada,mas as regiões vizinhas não se comprometeram da mesma ma-neira. Para Pequim, a limpeza vai levar uma geração, mas outrasregiões ainda não têm nem mesmo metas de reduzir a queima decarvão. A poluição vem principalmente dessas regiões vizinhas.

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Didatismo e Conhecimento  35

CONHECIMENTOS GERAIS

 Premiação

O banco norte-americano Goldman Sachs, símbolo da mágestão nas nanças, e a companhia anglo-holandesa Shell, acusa-da de ter contribuído para reduzir a camada de gelo da Antártida,ganham o “Prêmio da Vergonha” 2013, concedido pelo braço suíçodo Greenpeace. Estes prêmios são concedidos todos os anos a em- presas acusadas de atentar contra os direitos humanos e de cometerdelitos contra o meio ambiente particularmente graves. A entregafeita coincidiu com a realização do Fórum Econômico Mundial naestação alpina de Davos, na Suíça.

 No ano anterior, os prêmios foram concedidos ao banco inglêsBarclays e à empresa brasileira Vale S/A. O Goldman Sachs levouo prêmio do grande júri, que considerou que o banco norte-ame-ricano foi o ator central da globalização, alimentando os lucros dealguns graças a desigualdades fenomenais e ao empobrecimentode amplas camadas da população. A Shell, por sua vez, recebeu o prêmio do público, concedido por 41,8 mil pessoas que votaram pela internet. A empresa é acusada de contribuir para a mudançaclimática com seus projetos petroleiros off-shore na Antártida, umdos últimos paraísos naturais da Terra.

 Lixo eletrônico

Um estudo da Organização Internacional do Trabalho, OIT,destaca que 40 milhões de toneladas de lixo eletrônico são pro-duzidas todos os anos. O descarte envolve vários tipos de equi- pamentos, como geladeiras, máquinas de lavar roupa, televisões,celulares e computadores. Países desenvolvidos enviam 80% doseu lixo eletrônico para ser reciclado em nações em desenvolvi-mento, como China, Índia, Gana e Nigéria. Segundo a OIT, muitasvezes, as remessas são ilegais e acabam sendo recicladas por tra- balhadores informais. Saúde - O estudo Impacto Global do LixoEletrônico, publicado em dezembro, destaca a importância do ma-nejo seguro do material, devido à exposição dos trabalhadores asubstâncias tóxicas como chumbo, mercúrio e cianeto.

A OIT cita vários riscos para a saúde, como diculdades pararespirar, asxia pneumonia, problemas neurológicos, convulsões,coma e até a morte. Orientações - Segundo agência, simplesmente banir as remessas de lixo eletrônico enviadas países em desenvol-vimento não é solução, já que a reciclagem desse material promo-ve emprego para milhares de pessoas que vivem na pobreza.

A OIT sugere integrar sistemas informais de reciclagem aosetor formal e melhorar métodos e condições de trabalho. Outro passo indicado no estudo é a criação de leis e associações ou coo- perativas de reciclagem.

Crime ambiental 

Uma ação contra o crime ambiental no município de SãoFrancisco de Itabapoana, no norte uminense, destruiu dezenas defornos no entorno da Estação Ecológica Estadual de Guaxindiba.Os scais apreenderam ainda 14 pássaros silvestres que estavamem gaiolas, e que foram devolvidos à natureza. Um dos três presosresponderá também pelo crime de manter animais silvestres emcativeiro. A ação teve a participação de 40 homens, entre scaisdo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e policiais do Comandode Policiamento Ambiental (CPAm). Ao percorrem o entorno daestação ecológica, as equipes encontraram dezenas de fornos decarvão clandestinos, que foram destruídos com o auxílio de umaretroescavadeira.

O secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, informa queas operações de combate aos crimes ambientais vão continuar naregião, pois, nesse tipo de atividade existe uma série de irregula-ridades, como poluição causada pela queima da madeira; trabalhosemelhante à escravidão, inclusive com a presença de menores;corte ilegal de madeira; e ausência de licença ambiental para oexercício do negócio. Quem for agrado produzindo carvão emdesacordo com as determinações legais responderá por crime am- biental, com pena de reclusão de um a dois anos e multa de R$ 500 por metro.

A Estação Ecológica Estadual de Guaxindiba é o maior e úl-timo remanescente de Mata Atlântica do norte do estado do Rio,sendo a cobertura vegetal mais expressiva e importante da região.Antigamente, a região era conhecida como Mata do Carvão, devi-do à grande quantidade de fornos de carvão que existiam nas re-dondezas. Atualmente, a produção de carvão é autorizada somentecom licença do Inea. Os critérios para licenciamento são rigorosos,não se permitindo qualquer atividade do gênero próximo a áreas de proteção ambiental.

 Proteção Ambiental 

A Petrobras não poderá mais utilizar o Rio Guaxindiba, quecorta a Área de Proteção Ambiental (APA) Guapimirim para rea-lizar as operações de transporte de equipamentos pesados desti-nados à construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro(Comperj). A decisão foi tomada em comum acordo com o Insti-tuto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio),responsável pela administração da APA Guapimirim.

O estudo inicial indicava tratar-se de uma pequena dragagem,que não ia afetar muito o ecossistema da região, mas depois se viuque o projeto era muito maior - e realmente os reexos poderiamtrazer maiores implicações para o meio ambiente. Como haviam

licenciado o Porto de São Gonçalo e a estrada ligando o porto aoComperj, não achavam que os custos ambiental, social e políticonão compensariam.

O Rio Guaxindiba, que desemboca na Baía de Guanabara, passa pela APA Guapimirim, que abriga o último grande mangue-zal preservado da baía. A decisão de proibir o transporte de equi- pamentos pesados pelo rio foi tomada recentemente. Na avaliaçãodo secretário do Ambiente, como a dragagem do leito do Rio Gua-xindiba envolveria mais de 100 mil metros cúbicos de sedimentosretirados, seria necessário um Estudo de Impacto Ambiental e seurespectivo Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima) e a reali-zação de audiência pública para um eventual licenciamento, o que poderia atrasar ainda mais essa opção.

 Medicina ecológica

Em tempos de aquecimento global e preocupação cada vezmaior com a natureza, um movimento na área médica ainda poucodifundido no Brasil parece ter tudo a ver com o momento. Trata--se da medicina ecológica ou ecomedicina, que parte do princípiode que a saúde humana só pode ser entendida levando em consi-deração também o local onde se vive. Segundo esse movimento,alterações bruscas e rápidas no meio ambiente têm ligação diretacom algumas das principais doenças que afetam o ser humano nosdias de hoje.

A origem da medicina ecológica é incerta, mas os primeirosestudos sobre o impacto do meio ambiente na saúde surgiram em1965, quando foi fundada a Academia Americana de MedicinaAmbiental. Acredita-se que foi nos anos 1990 que o movimento

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Didatismo e Conhecimento  36

CONHECIMENTOS GERAIS

ganhou força nos EUA e na Europa. A primeira pessoa a empregaresse termo (ecological medicine) foi a arqueóloga americana Ca-rolyn Raffensperger, que hoje é a presidente da ONG Science andEnvironmental Health Network.

A medicina ecológica se baseia no conceito de indivisibilida-de, no qual todas as espécies do planeta têm algum grau de inter-dependência. Se muitas delas cam ameaçadas e o meio ambientemuda de forma rápida e intensa, a saúde da biosfera como um todoé posta em risco. E isso inclui o ser humano, que também faz partedo conjunto. Tido como inadequado, agressivo e contaminado, onovo ambiente urbano em que boa parte da população vive hoje éconsiderado a fonte de inúmeras doenças e males que atualmen-te assolam a humanidade e crescem vertiginosamente em todo oglobo, segundo a medicina ecológica. Suas causas principais sãoa poluição e a contaminação de alimentos por resíduos químicos.

A cada ano a indústria química introduz cerca de 2.000 molé-culas novas no meio ambiente e não sabemos quais as consequên-cias disso. São medicamentos, defensivos agrícolas, fungicidas, produtos para plásticos, derivados de petróleo, metais pesados, inú-

meras substâncias tóxicas. Isso sem falar no estresse gerado pelavida nas cidades que, na avaliação de Botsaris, é um dos principaismales causados pelo ambiente atual. O médico classica-o de duasformas: o estresse continuado, aquele sentido com frequência porum longo período, e o estresse cerebral, que é quando a demandaexcessiva é exclusiva para o cérebro e não há contrapartida física.De acordo com ele, ambas estão ligadas ao aumento de problemas psiquiátricos na sociedade, como ansiedade, depressão, insônia esíndrome do pânico.

Todos esses agentes externos fazem com que os seres huma-nos estejam cada vez menos saudáveis, mesmo com todos os avan-ços tecnológicos. Com isso, uma das propostas da medicina eco-lógica é monitorar e reduzir o uso e a propagação desses químicoscomo forma de manter a saúde do planeta e, consequentemente, a

do homem. A causa provável da maioria das doenças, cuja incidên-cia está aumentando, é ambiental: infarto, pressão alta, diabetes,ansiedade, depressão, câncer, doenças neurodegenerativas, inferti-lidade e alergias, entre outras.

A alimentação também adquire novo status na medicina eco-lógica. Ela é um dos pilares da prática e vai muito além de umasimples orientação para se tornar uma necessidade básica e fun-damental. A medicina ecológica valoriza muito a alimentação e adigestão. Anal, ela é uma das principais interações entre o orga-nismo e o meio ambiente. Por isso, preocupa-se muito mais coma qualidade dos alimentos e em ofertar uma alimentação mais ricae farta em nutrientes essenciais. A proposta é cuidar muito da ali-mentação mesmo no indivíduo saudável.

Para viver em conformidade com a natureza e, consequente-mente, em equilíbrio, o movimento prega, ainda, um retorno a há- bitos antigos. É preciso viver o mais naturalmente possível, evitaros exageros e se proteger dos excessos da tecnologia. Precisamostambém de contato com natureza e estimular menos o cérebro.

 Investimento no Pará

Um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) entre instituições pú- blicas e uma comunidade extrativista no Pará vai permitir que me-tade do valor obtido com o leilão da maior quantidade de madeira já apreendida pela Polícia Federal seja utilizada para o desenvolvi-mento social da população local. O leilão será realizado em novemeses, a contar da homologação do acordo.

 Normalmente, os recursos arrecadados com leilões de madeirailegal apreendida pelo governo federal são destinados ao Programa

Fome Zero, que desta vez receberá metade do que for arrecadado.O restante será destinado ao desenvolvimento sustentável das co-munidades da Reserva Extrativista (Resex) Renascer, localizadano Noroeste do Pará.

O TAC está sendo enviado à Justiça Federal para homologa -ção. O acordo foi assinado pelo procurador da República Luiz An-tônio Miranda Amorim Silva; pela ministra do DesenvolvimentoSocial e Combate à Fome, Tereza Campello; pelo presidente doInstituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICM-Bio), Roberto Ricardo Vizentin; e por representantes da Associa-ção de Comunidades da Resex Renascer.

Serão leiloados 64,5 mil metros cúbicos de madeira – mais de23 mil toras, volume suciente para carregar 2,5 mil caminhões,em um valor total estimado na época de R$ 10 milhões. Segun-do coordenadores da operação, a apreensão foi a maior já feitano Brasil pela Polícia Federal. A madeira foi apreendida há trêsanos, como resultado da Operação Arco de Fogo, realizada pelaPolícia Federal, ICMBio, Força Nacional de Segurança e InstitutoBrasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis

(IBAMA). No mesmo ano, foram iniciadas as negociações para aassinatura do TAC.

A aplicação dos recursos será intermediada pelo ICMBio, quedeve investir em atividades como a capacitação dos moradores dareserva extrativista, pesquisas cientícas, estruturas necessáriasaos processos produtivos, gestão comunitária autônoma, entre ou-tras ações. Os investimentos serão planejados em parceria com acomunidade, com prazo estimado de cinco anos para aplicação. Oacordo será scalizado pelo MPF/PA.

 Desequilíbrios econômicos

Os desequilíbrios econômicos e tributários e o aumento dasemissões de gases do efeito estufa são os grandes riscos globais

que o mundo enfrentará na próxima década, um cenário mais pes-simista que o revelado no ano passado, segundo relatório divulga-do pelo Fórum Econômico Mundial. O relatório Riscos Globais,que o Fórum publica às vésperas de sua cúpula anual de Davos,na Suíça, conta com a opinião de diversos especialistas e líderes políticos, que concordam, em linhas gerais, que as perspectivaseconômicas, sociais e econômicas são levemente mais pessimistasque o ano anterior.

Eles reetem sua preocupação pelo impacto das crises de dí -vida soberana como a que atinge a zona do euro e pela falta de perspectivas positivas sobre o aquecimento global. Neste sentido,todos consideram que o risco global cuja materialização é mais provável nos próximos 10 anos é uma consolidação das “graves di-ferenças de renda” e que a pior possibilidade é “uma grande falhasistêmica do sistema nanceiro”.

Outros dois riscos aparecem entre os cinco de maior impactoe mais prováveis: os desequilíbrios scais crônicos e uma crisede abastecimento de água por causa da mudança climática. Estesriscos globais são essencialmente uma advertência sobre a força denossos sistemas e serviços básicos. A capacidade de resistência dasnações frente aos riscos globais tem que ser uma prioridade paraque esses sistemas e serviços continuem funcionando se ocorrerum evento grave. Axel P. Lehmann, diretor de riscos da seguradoraZurique Insurance Group, citou como exemplo “o crescente custode fenômenos como a supertempestade Sandy”, o que, na sua opi-nião, é uma evidência das “enormes ameaças” sofridas por paísesinsulares e litorâneos. A advertência sobre a falta de soluções àsemissões de gases do efeito estufa é evidente. É hora de agir.

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Didatismo e Conhecimento  37

CONHECIMENTOS GERAIS

Tempestades econômica e ambiental 

Os especialistas insistem no relatório que os graves riscos so-cioeconômicos dos últimos cinco anos estão destruindo os esfor-ços de enfrentar os desaos da mudança climática. A comunidadeinternacional se mostra reticente a enfrentar uma ameaça a longo prazo como esta, apesar dos recentes fenômenos meteorológicosextremos, diz o relatório, que defende “novos enfoques” e “inves-timentos estratégicos” para evitar as hipóteses mais desfavoráveis para a economia e o meio ambiente.

Duas tempestades, a ambiental e a econômica, estão em rotade colisão. Se não alocarmos os recursos necessários para dimi-nuir o crescente risco de fenômenos meteorológicos extremos, a prosperidade mundial das futuras gerações poderá ser ameaçada.“O documento adverte também para a “complacência” do sistemano campo médico pelos grandes avanços obtidos nas últimas déca-das e cita como um dos maiores riscos a crescente resistência aosantibióticos”, o que poderia levar nossos sistemas de saúde à beirado colapso.

Em seu conjunto, o relatório descreve 50 riscos globais - quesão agrupados em categorias econômicas, ambientais, geopolí-ticas, sociais e tecnológicas -, e seus resultados reetem que osmais jovens estão mais preocupados que os mais velhos e que asmulheres são mais pessimistas sobre o futuro do que os homens.O relatório destaca igualmente os chamados “fatores X”: novas preocupações que pedem um maior estudo, como o uso não éticoda geoengenharia e das tecnologias que alteram o cérebro.

 Redução no consumo de energia

A presidente Dilma Rousseff em pronunciamento em redenacional de rádio e televisão informou que o Brasil tem energiasuciente para o presente e para o futuro, sem nenhum risco de ra-

cionamento ou qualquer tipo de estrangulamento, no curto, médioou no longo prazo. Dilma anunciou que a conta de luz dos brasilei-ros terá uma redução de 18% para as residências e de até 32% paraas indústrias, agricultura, comércio e serviços. O corte é maior doque o anunciado anteriormente. Com a redução de tarifas, o Brasil passa a viver uma situação especial no setor elétrico, ao mesmotempo baixando o custo da energia e aumentando sua produçãoelétrica. Foi assinado hoje um decreto e uma medida provisóriacom os novos índices de redução das tarifas.

Segundo ela, os consumidores que são atendidos pelas con-cessionárias que não aderiram à prorrogação dos contratos (Com- panhia Energética de São Paulo - Cesp, Companhia Energética deMinas Gerais – Cemig e Companhia Paranaense de Energia - Co- pel) também terão a conta de luz reduzida. A presidenta criticouduramente as previsões sobre a possibilidade de racionamento deenergia por causa do baixo nível dos reservatórios das hidrelétri-cas. Explicou que praticamente todos os anos as usinas térmicas,movidas a gás natural, óleo diesel, carvão ou biomassa, são acio-nadas com menor ou maior exigência para garantir o suprimentode energia do país.

 Espionagem na Internet 

Estima-se que milhões de brasileiros, tanto em território na-cional quanto no estrangeiro, tenham tido suas ligações telefôni-cas e transações nanceiras rastreadas pela NSA nos últimos anos.Segundo reportagens publicadas pelo jornal O Globo, com basenas revelações de Snowden, uma das estações de espionagem da NSA, em conjunto com a CIA, funcionou até 2002 em Brasília. O

Brasil exigiu explicações sobre a espionagem, mas os EUA se re-cusaram a se explicar publicamente. O vice-presidente americano,Joe Biden, ligou para a presidente Dilma Rousseff lamentando oocorrido.

 No Brasil, a prática não tem um tratamento especíco na le-gislação, sendo adequada à legislação penal. Em resposta, o Itama-raty disse que pretende propor regras que protejam a privacidadedos usuários da internet, sem que isso atrapalhe os esquemas desegurança dos países. Entre elas, estão um complemento à Lei Ca-rolina Dieckmann, apelido da nova lei sobre crimes na internete o Marco Civil na Internet, um projeto de lei construído com a participação popular e que busca estabelecer direitos e deveres nainternet no Brasil. Ambos os projetos de lei estão na Câmara dosDeputados para apreciação e votação.

Quando se fala de inteligência, o órgão brasileiro responsá-vel por essa missão é a Abin (Agência Brasileira de Inteligência).Criada em 1999, durante o governo do presidente Fernando Hen-rique Cardoso, é o órgão central do Sistema Brasileiro de Inteli-gência (Sisbin). Seu trabalho é identicar e investigar ameaças à

soberania nacional e as atividades em território brasileiro. Duranteas recentes manifestações populares, por exemplo, a maioria orga-nizadas pela internet, a Abin foi chamada para monitorar a movi-mentação dos protestos em redes sociais como Facebook, Twitter,Instagram. Antes da Abin, existiram outros órgãos de inteligência,como o famoso SNI (Serviço nacional de Informação) que foi bas-tante atuante durante a Ditadura Militar.

O caso Wikileaks O caso do soldado Bradley Manning, 25, também reete a

 política americana de espionagem. Em 2010, o ex-analista de inte-ligência do Exército americano foi acusado de vazar mais de 250mil documentos militares e diplomáticos para o site WikiLeaks, na

maior divulgação não autorizada de dados secretos norte-ameri-canos na história, como informações sobre as guerras no Iraque eAfeganistão e análises sobre a política externa americana, desen-cadeando uma crise na diplomacia mundial.

O fundador do site, Julian Assange, nunca conrmou Manningcomo seu informante. O soldado cou preso até o seu julgamento,iniciado em 30 de julho de 2013. Foi considerado culpado de 19acusações criminais relacionadas a espionagem e vazamentos. O julgamento na corte militar deve durar até o m de agosto de 2013.

As principais agências de inteligência foram criadas no século20 e estão em países como União Soviética, Inglaterra, Israel, Ale-manha, Japão e Estados Unidos. A justicativa para sua existênciaé monitorar possíveis ameaças à soberania nacional. A mais popu-lar é a norte-americana CIA, sigla em inglês para Agência Centralde Inteligência, criada em 1947. Uma instituição “prima” da CIA,a Agência de Segurança Nacional, foi criada em 1952, períododa Guerra Fria (1945-1991). Sua missão: espionar comunicaçõesde outros países, decifrar códigos governamentais e desenvolversistemas de criptograa para o governo americano.

Após os ataques de 11 de setembro de 2001, em Nova York(EUA), a agência passou por reformas e se tornou líder em estraté-gias que utilizam radares e satélites para coleta de dados em siste-mas de telecomunicações, em redes públicas e privadas. E foi de láque saiu um dos responsáveis pelo mais grave escândalo de espio-nagem do século 21, o ex-técnico Edward Snowden, 29. Snowdendivulgou que o governo norte-americano utiliza informações deservidores de empresas privadas como Google, Facebook, Apple,Skype e Yahoo para investigar os dados da população, de governoseuropeus e de países do continente americano, entre eles, o Brasil.

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Didatismo e Conhecimento  38

CONHECIMENTOS GERAIS

Ao justicar sua decisão de divulgar essas informações,Snowden alegou que quem deve julgar se o governo deve ter odireito de investigar os dados pessoais dos cidadãos para a suasegurança é a própria população. O ex-técnico da NSA foi acusadode espionagem, roubo e conversão de propriedade do governo. Ele

deixou Hong Kong em direção a Moscou - onde cou por 40 diasna área de trânsito internacional para impedir sua extradiação paraos EUA. Ao nal das contas, a Rússia cedeu asilo ao rapaz por umano. Os americanos alegam que a espionagem é necessária paraa segurança do país e para identicar ameaças terroristas. No en-tanto, ONGs de direitos civis condenam a invasão da privacidadedos usuários, já que os dados coletados cam armazenados por um período de até 5 anos.

08/09/2013http://vestibular.uol.com.br/ 

resumo-das-disciplinas/atualidades

 Segurança Brasileira

A violência no Brasil consegue nos surpreender, como em SãoPaulo onde policiais foram covardemente assassinados, em mo-vimento organizado pelo Primeiro Comando da Capital. A guer-ra declarada entre polícia e crime organizado teve início quandoseis criminosos foram mortos durante uma ação de policiais dasRondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota). Após uma denúnciade truculência policial e investigação da Polícia Civil, pelo menosnove policiais da Rota foram presos pela execução dos crimino-sos. Uma testemunha contou que três PMs - um sargento e doissoldados - chutavam o suspeito levado pela viatura até o local. Umdeles chegou a atirar a queima roupa no homem. A mulher ligou para a polícia e contou em tempo real o que, segundo ela, estavaacontecendo.

O bairro de Cidade Tiradentes vivia o seu primeiro toque derecolher. Moradores foram avisados de que os criminosos ataca-riam batalhões em represália às mortes no bairro da Penha. Em junho, o bar que funcional no local onde os criminosos foram exe-cutados pegou fogo. Segundo os proprietários, o incêndio não teveligação com o PCC.

Onda de ataques: São Paulo viveu a primeira grande onda deataques a policiais e bases da PM. Os primeiros ataques foram re-gistrados isoladamente, mas com o passar dos dias, cou evidentede que se tratava de uma ação coordenada. A partir de uma sériede eventos, a Polícia Militar começou a registrar casos sequenciaisde mortes e ataques.

Ônibus incendiados:  Vários ônibus foram incendiados du-rante essa guerra aos policiais. Os veículos eram esvaziados e in-

cendiados como protestos aos policiais. Com a crescente onda deviolência, a Secretaria de Segurança Pública continuava tratandoos casos como ações isoladas, descartando o envolvimento do Pri-meiro Comando da Capital.

Chacinas:  Após o início dos ataques contra policiais e aônibus, a PM começou a registrar um aumento em crimes comcaracterísticas de execução e as primeiras chacinas começaram aaparecer.

 Ações Governamentais

A Polícia Militar iniciou à Operação Saturação para combatero crime organizado em várias regiões da capital, em Guarulhos ena cidade de Ribeirão Preto. A reunião deniu ações de “asxia -

mento nanceiro” das organizações criminosas responsáveis pelosataques e também a futura transferência das lideranças envolvidasem mortes de policiais para presídios federais. O governador deSão Paulo reconheceu pela primeira vez diculdades na segurança pública por conta da onda de homicídios vivida em São Paulo nosúltimos meses. O secretário de Segurança Pública, Antônio Fer-reira Pinto, pediu exoneração do cargo. Em seu lugar, assumiu oex-procurador geral de Justiça do Estado de São Paulo, FernandoGrella.

Também foram divulgados os nomes dos novos comandantesdas polícias Civil e Militar de São Paulo. O Comando Geral daPolícia Militar foi assumido pelo coronel Benedito Roberto Meira,atual chefe da Casa Militar do Governo do Estado. Já a PolíciaCivil passou a ser comandada pelo delegado classe especial LuizMaurício Souza Blazeck. Já no Rio de Janeiro é autorizada a in-ternação compulsória como tentativa de conter avanço de usuáriose tracantes do CRACK, droga que se tornou endêmica no pais eatinge todas as classes sociais.

Explodem por todos os estados movimentos em prol de me-

lhorias salariais de policiais militares e se iniciam questionamen-tos sobre a possibilidade ou não de reivindicação e greve por partedos militares. No Distrito Federal mais um ano de total incapaci-dade do governo em combater a expansão do número de usuáriosde crack, com cracolândias cada vez maiores. Tivemos tambémaumento massivo de sequestros relâmpago para terror dos brasi-lienses.

As duas corporações responsáveis pela segurança do DF, Po-licia Militar e Policia Civil tiveram seus momentos para mostrara total insatisfação com o GDF devido à falta de trato com estes prossionais e falta no cumprimento de promessas de campanha.A policia civil teve este ano a maior greve de sua historia e os policiais militares também de forma inédita tiveram a assembleiados 10.000 na praça do Relógio onde iniciou-se a operação TAR-

TARUGA. Em comum a total desmotivação dos policiais no DF.Os policiais militares tiveram a perda de grandes companhei-ros de farda desde a soldado Márcia assassinada covardemente porcúmplices de seu próprio companheiro, também tiveram o soldadoRomério assassinado em Planaltina, e tantos outros companhei-ros assassinados, outros mortos em ação e alguns por questão desaúde. Grandes amigos que farão falta nas ruas e nos quartéis emque serviam. Para os policiais militares do DF, também tiveramuma tentativa de reinstalação do período do “manda quem pode,obedece quem tem juízo”, mas hoje tal trato com o combatente nãoencontra mais respaldo com o policial tendo mais conhecimento esabendo o que deve ou não fazer, conhecendo as leis e sabendo deseus direitos.

 Segurança Internacional 

Após 30 anos da última tentativa ocial de acordo de paz,o governo da Colômbia e as Forças Armadas Revolucionárias daColômbia (Farc) retomaram negociações para o m do conitocivil. O conito ocorre desde o surgimento das Farc em 1964 e pode acabar em breve, se as negociações seguirem o cronogra-ma previsto. Um novo encontro para discutir a questão territorialaconteceu em Bogotá, com avanços em relação ao debate sobre areforma agrária.

Primeira fase - Representantes dos dois lados se encontraramem Oslo, na Noruega, para tratar do assunto. No centro da discus-são: a questão agrária no país, distribuição mais equitativa das pro- priedades e garantia de direitos políticos para os guerrilheiros. A

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Didatismo e Conhecimento  39

CONHECIMENTOS GERAIS

negociação em Oslo foi à quarta tentativa ocial de pacicação emquase meio século de conito. No encontro, debateu-se o desen-volvimento agrário do país. Na ocasião, indicou-se que o Exércitode Libertação Nacional (ELN) também deveria integrar o processode paz (as negociações com o grupo estão em fase inicial).

Mediação - Autoridades da Noruega, de Cuba, da Venezuelae do Chile fazem a mediação das negociações. A partir da primei-ra reunião, o governo colombiano e as Farc concordaram instalaruma mesa pública de negociações em Havana, Cuba, para mantero diálogo.

Segunda fase - Na segunda reunião em Havana, a FARC apre-sentou cessar-fogo unilateral de dois meses para facilitar negocia-ções. Presidente colombiano critica posição das FARC em nego-ciações. Durante a mesa, as Farc exigiram garantias do governosobre as medidas de reforma agrária. Contudo, logo após o términoda segunda fase de negociações, o governo colocou em dúvida ocessar fogo do grupo guerrilheiro.

As negociações em busca da paz na Colômbia levarão maistempo do que o planejado inicialmente, conforme admitiu o presi-

dente colombiano, Juan Manuel Santos, no começo de dezembro.Ele acredita que o acordo de paz só será concluído em novembrode 2013. Já as Farc não abrem mão da criação de um plano de re-forma agrária no país. Os negociadores dos dois grupos marcaramuma próxima etapa de reuniões em busca de um acordo de pazna região. Ocorrerá em Havana, em Cuba, ocorrerão reuniões daterceira etapa das negociações.

Violência no mundo

Uma jovem ativista paquistanesa de 15 anos foi atingida a tirona cabeça e no pescoço num ataque dos talibãs contra o autocarroescolar em que seguia passado no noroeste do Paquistão. O ataquefoi uma resposta ao envolvimento de Malala em campanhas pelo

direito das raparigas a ir à escola. Malala Yousafzai se tornou umsímbolo internacional dos direitos das mulheres, recebeu o apoiode 250 mil pessoas que, através de um abaixo assinado, reclamam para esta jovem paquistanesa o prémio Nobel da Paz.

Malala Yousafzai foi tratada por uma equipa médica compos-ta por especialistas em neurocirurgia, traumatologia, entre outrasespecialidades, que tem uma grande experiência em casos seme-lhantes adquirido pela ajuda a soldados feridos no Iraque e no Afe-ganistão. Malala foi atingida a tiro na cabeça e no pescoço numataque dos talibãs contra o autocarro escolar em que seguia a 9de outubro passado no noroeste do Paquistão. O ataque foi umaresposta ao envolvimento de Malala em campanhas pelo direitodas raparigas a ir à escola.

 Ataque na Síria

A Síria foi mergulhada em uma guerra civil após a repressãodo regime a uma onda de contestação popular, que se militarizou.Os combates entre soldados regulares e desertores, apoiados porcivis que pegaram em armas e também jihadistas do exterior, nãotiveram trégua desde então. O Observatório Sírio dos Direitos Hu-manos (OSDH) acredita que a guerra civil na Síria deixou mais de46 mil mortos, mas seu registro não inclui as milhares de pessoasdesaparecidas nas prisões do governo, nem a maioria das mortesentre os “shabbihas”, milicianos de Bashar al-Assad, e os comba-tentes estrangeiros.

Além disso, nem os rebeldes nem o Exército revelam o núme-ro exato de mortes em suas leiras para evitar um golpe no mo -ral, porém, acredita-se que o número de mortes pode ultrapassar

100.000. Enquanto o derramamento de sangue prossegue, o chefedo Hezbollah libanês, Hassan Nasrallah, grande aliado do regimede Damasco, considerou que a Síria está ameaçada. No terreno,onde novos ataques aéreos causaram mais mortes pelo país, os re- beldes intensicaram os ataques contra a Forças Aérea e suas ae-ronaves. Centenas de combatentes da Frente Al-Nusra (jihadista)e das brigadas islamitas de Ahrar al-Sham enfrentaram as tropasdo regime nas proximidades da base aérea de Taftanaz, norte da província de Idleb.

Também foram registrados combates no perímetro do aero- porto de Aleppo, onde os rebeldes atacaram durante a noite a 80ª brigada do Exército sírio. Em Istambul, cerca de 30 caminhõestransportando 850 toneladas de farinha partiram em direção à Sí-ria, onde várias regiões são afetadas por uma grave crise alimentare humanitária.

 Ataque Americano

Importante comandante do Taliban, seu vice e outras oito pes-

soas no noroeste do Paquistão, foram morta por um avião não tri- pulado norte-americano. Maulvi Nazir Wazir, também conhecidocomo mulá Nazir, foi morto quando mísseis atingiram sua casade barro no Waziristão Sul, perto da fronteira afegã. Este já haviasobrevivido a pelo menos um ataque anterior com um avião nãotripulado, e também, já foi ferido em um ataque a bomba suposta-mente lançado por adversários do Taliban.

Seus principais comandantes e seu vice, Ratta Khan, tambémmorreram no ataque em Angoor Adda, perto da capital provincialde Wana. Nazir tinha expulsado militantes estrangeiros de sua área,favorecido o ataque às forças norte-americanas no Afeganistão etinha assinado pactos de não agressão com o exército paquistanês.Isso o colocou em conito com outros comandantes do Taliban noPaquistão, mas lhe rendeu uma reputação de “bom” Taliban entre

alguns militares paquistaneses.O sucessor de Nazir foi anunciado diante de milhares de pes-soas reunidas para o seu funeral. As pessoas estarão observandode perto para ver se Salahud Din Ayubi continuará as políticas de Nazir. O Exército tem uma grande base em Wana, onde Nazir eseus homens estavam localizados. Nazir presidia uma paz instávelentre os militantes e o Exército ali, mas a trégua foi ameaçada pelaaliança do Exército com os Estados Unidos e pelos ataques comaviões não tripulados, disse recentemente um ocial.

Um fato de muito destaque nos EUA em relação à violên-cia foi o Massacre numa escola americana na pequena cidade de Newtown. Esta foi a pior matança ocorrida em uma escola nosEstados Unidos, superando em número de vítimas a chacina deColumbine, que aconteceu em 1999. Para o presidente dos EstadosUnidos, Barack Obama, as matanças estão se repetindo nas escolasnorte-americanas e são necessárias ações para evitar que massa-cres ocorram no futuro. Após esse massacre, é reaberto o debatesobre mais controle na venda de armas. Barack Obama pode adotarmedidas para tornar mais rigorosas as avaliações dos interessadosem comprar armas, restringir a importação de certos modelos eampliar a supervisão sobre o comércio.

Oriente Médio

O Oriente Médio ganhou as atenções do mundo diante de no-vos confrontos entre palestinos e israelenses. A troca de artilhariaaérea entre o Hamas e o exército de Israel deixou mais de umacentena de mortos, incluindo civis e crianças. O conito é mais umepisódio de uma história secular entre os dois povos, que envolve

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Didatismo e Conhecimento  40

CONHECIMENTOS GERAIS

desavenças religiosas e disputas de terra. Em meio à intensicaçãodos confrontos, Israel ameaçou iniciar uma invasão por terra, o quenão foi bem recebido pelo governo britânico. Diante do impasse, o presidente egípcio Mouhamed Mursi assumiu a liderança do pro-cesso de negociação da paz e cessar-fogo.

O Brasil foi o palco do Fórum Social Mundial Palestina Livree reuniu cidadãos e ativistas de 36 países em Porto Alegre (RS).Durante 4 dias, a cidade gaúcha foi palco de ações para a arma-ção, defesa, soberania e independência do povo palestino frente à política capitaneada pelo governo de Israel. Um dos pontos altosdo Fórum foi a Marcha Pelo Estado Palestino, que aconteceu noexato momento em que presidente da Autoridade Nacional Pales-tina, Mahmoud Abbas, discursava na Assembleia Geral da ONU, pedindo a aprovação do reconhecimento da Palestina como um Es-tado observador não membro das Nações Unidas. Cerca de 8 mil pessoas se concentraram no Largo Glênio Peres e marcharam até aUsina do Gasômetro em Porto Alegre pedindo o m da ocupaçãoisraelense nas terras árabes.

Cultura Brasileira

 Na cultura brasileira é importante destacar a comemoração docentenário do dramaturgo Nelson Rodrigues. O dramaturgo, jor-nalista e escritor deixou um legado que ressurge cada vez maisforte através de suas obras sempre atuais, inexoráveis ao tempo.Prova disso é que, ao longo do tempo, o Ministério da Cultura, pormeio da Fundação Nacional de Artes (Funarte), promoveu ações para homenagear Nelson Rodrigues. As iniciativas revelaram queo pensamento do escritor está cada dia mais forte.

Com textos que misturavam prosa e poesia, mesmo em repor-tagens policiais e esportivas, Nelson ganhou a atenção de leitorese críticos e, sua aproximação com artistas cariocas o fez escrevertextos também para o teatro. Sua primeira peça foi A Mulher Sem

Pecado, que aconteceu em 1941. Desde seu primeiro texto até omais famoso deles, Vestido de Noiva, Rodrigues enfrentou precon-ceitos falando daquilo que a sociedade brasileira recomendava nãoabordar, como o adultério e a boemia. Conquistou o respeito dosartistas e o aplauso do público, tornando-se, depois de sua morte, odramaturgo brasileiro mais representado do país.

Logo após Vestido de Noiva veio Álbum de família, Anjo Negro, Senhora dos Afogados e, entre outros grandes sucessos,muitos deles transformados em lmes e séries de televisão, desta-caram-se na obra de Nelson Rodrigues, morto em 1980, as peçasBoca de Ouro, Beijo no Asfalto, Otto Lara Resende ou Bonitinha,mas Ordinária, Os 7 Gatinhos e Toda Nudez Será Castigada. Nacena rodrigueana, apesar das fortes tintas realistas, os diálogos sealternam para compor um cenário poético que recria o cotidiano.Depois de um aneurisma na aorta e passar por três cirurgias, Nel-son Rodrigues morreu no dia 21 de dezembro de 1980. Foi enter -rado com a bandeira do Fluminense.

Ainda na dramaturgia, o ator, poeta e compositor, Mário Lagoque é autor de canções clássicas como “Ai que saudades da Amé-lia”, “Aurora” e “Nada Além”. Tem extensa obra em teatro e tele-visão e é mais uma artista que ganhou merecidas homenagens porseus 100 anos. O Samba na Gamboa não podia deixar de celebrarLago e, pra isso, convidou os artistas Chamon e Pedro Amorin. Orei do Baião Luiz Gonzaga também obteve homenagens na come-moração dos 100 anos de seu nascimento. Vários shows e mostrasmarcaram os festejos daquele que seria um dos maiores responsá-veis por levar a cultura nordestina ao restante do país.

Luiz Gonzaga do Nascimento nasceu em uma sexta-feira, 13de dezembro de 1912, em Exu (PE). É apontado pela crítica comoum dos nomes mais importante nome da música popular brasilei-ra de todos os tempos. A importância de Luiz Gonzaga deve-seà abrangência que sua obra teve - e tem - por todo o território brasileiro. Cantando acompanhado de sua sanfona, zabumba e tri-ângulo, levou a alegria das festas juninas e dos forrós pé-de-serra, bem como a pobreza, as tristezas e as injustiças de sua árida terra- o Sertão nordestino - para o resto do país, numa época em que amaioria das pessoas desconhecia o baião, o xote e o xaxado. Ad-mirado por grandes músicos, como Dorival Caymmi, Gilberto Gil,Raul Seixas, Caetano Veloso, entre outros, o genial instrumentistae sosticado inventor de melodia e harmonias ganhou notorieda-de com as antológicas canções Baião (1946), Asa Branca (1947),Siridó (1948), Juazeiro (1948), Qui Nem Jiló (1949) e Baião deDois (1950).

Luiz Gonzaga morreu em 2 de agosto de 1989, aos 76 anos,vítima de parada cardiorrespiratória, no Hospital Santa Joana, nacapital pernambucana. Seu corpo foi velado em Juazeiro do Norte

e, posteriormente, sepultado em seu município natal, Exu. Na lite-ratura, um dos mais consagrados autores brasileiros, Jorge Amado,também teve seu centenário celebrado. Amado nasceu em Ilhéus,na Bahia, onde passou grande parte da infância. Publicou 32 livrosque venderam mais de 30 milhões de exemplares no Brasil e foramtraduzidos para 29 idiomas. Casou-se com a também escritora Zé-lia Gattai e morreu em Salvador, aos 89 anos de idade.

Outro evento de grande importância na cultura brasileira foia 52ª edição da Feira da Providência, que homenageou o Rio deJaneiro, pelo seu título de Patrimônio Cultural da Humanidade eeventos que a cidade receberá nos próximos anos, como a JornadaMundial da Juventude (JMJ), Copa do Mundo e as Olimpíadas. AFeira Internacional de Arte Moderna e Contemporânea (ArtRio),também foi outro acontecimento na cultura brasileira. O evento

marca a primeira ação no Brasil da galeria Gagosian, considera-da uma das maiores do mundo, que além de seu stand terá umaexposição especial de esculturas gigantes no Armazém. A galeriaKaikai Kiki, fundada pelo artista Takashi Murakami, também fazsua estreia na ArtRio, assim como a David Zwirner e White Cube.

Ainda abordando os eventos culturais brasileiros, pontuamosque Brasília recebe I Jornada de Literatura Afro-brasileira Con-temporânea. O objetivo da I Jornada de Literatura Afro-brasileiraContemporânea é discutir as manifestações literárias atuais da população negra do Brasil. O encontro também pretende debater problemas da autoria, perspectivas, linguagens e recepção. Nestesegmento, a Presidente Dilma Rousseff sancionou o projeto de leique cria o Vale-Cultura no valor de R$ 50 por mês, para trabalha-dores que recebem até cinco salários mínimos. O projeto dependeainda de regulamentação e deve entrar em vigor somente no pró-ximo semestre.

A cultura brasileira também perde talentos como o escritoralagoano Lêdo Ivo. Morreu aos 88 anos, em Sevilha, na Espanha.Escritor de obras como Ninho de Cobras, A Noite Misteriosa, AsAlianças, Ode ao Crepúsculo, A Ética da Aventura ou Conssõesde um Poeta, Lêdo Ivo era poeta, romancista, contista, cronista,ensaísta, e ocupava desde 1986 a cadeira número 10 da AcademiaBrasileira de Letras. Também faleceu o sambista Ismael Cordeiro(Mestre Maé da Cuíca), conhecido pela inuência no samba pa-ranaense, morreu aos 85 anos, no Hospital da Policia Militar, emCuritiba. Maé da Cuíca, fundador da primeira escola de samba deCuritiba, em 1945, a Escola de Samba Colorado. Um dos maioressambistas da nossa terra, Maé é uma lenda, personagem central dahistória do samba e do Carnaval na capital paranaense.

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Didatismo e Conhecimento  41

CONHECIMENTOS GERAIS

Cultura Internacional 

Cultura é um conceito de várias acepções, sendo a mais cor-rente a denição genérica formulada por Edward B. Tylor, segundoa qual cultura é “aquele todo complexo que inclui o conhecimento,as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros há- bitos e capacidades adquiridos pelo homem como membro da so-ciedade”. Em Roma, na língua latina, seu antepassado etimológicotinha o sentido de “agricultura” (signicado que a palavra man -tém ainda hoje em determinados contextos), como empregado porVarrão, por exemplo. Cultura é também associada, comumente, aaltas formas de manifestação artística e/ou técnica da humanidade,como a música erudita europeia (o termo alemão “Kultur” – cul-tura – se aproxima mais desta denição). Denições de culturaforam realizadas por Ralph Linton, Leslie White, Clifford Geertz,Franz Boas, Malinowski e outros cientistas sociais. Em um estu-do aprofundado, Alfred Kroeber e Clyde Kluckhohn encontraram pelo menos 167 denições diferentes para o termo cultura.

Por ter sido fortemente associada ao conceito de civilizaçãono século XVIII, a cultura muitas vezes se confunde com noçõesde: desenvolvimento, educação, bons costumes, etiqueta e com- portamentos de elite. Essa confusão entre cultura e civilização foicomum, sobretudo, na França e na Inglaterra dos séculos XVIII eXIX, onde cultura se referia a um ideal de elite. Ela possibilitou osurgimento da dicotomia (e, eventualmente, hierarquização) entre“cultura erudita” e “cultura popular”, melhor representada nos tex-tos de Matthew Arnold, ainda fortemente presente no imagináriodas sociedades ocidentais.

Cultura Norte Americana

O Estados Unidos é uma nação multicultural, lar de uma gran-de variedade de grupos étnicos, tradições e valores. Além das já pequenas populações nativas americanas e nativas do Havaí, qua-se todos os estadunidenses ou os seus antepassados emigraramnos últimos cinco séculos. A cultura em comum pela maioria dosamericanos é a cultura ocidental em grande parte derivada das tra-dições de imigrantes europeus, com inuências de muitas outrasfontes, tais como as tradições trazidas pelos escravos da África. Aimigração mais recente da Ásia e especialmente da América Latinaadicionou uma mistura cultural que tem sido descrita tanto comohomogeneizada quanto heterogênea, já que os imigrantes e seusdescendentes mantêm especicidades culturais.

De acordo com a análise de dimensões culturais de Geert Ho-fstede, os Estados Unidos têm maior pontuação de individualismodo que qualquer país estudado. Apesar da cultura dominante deque os Estados Unidos sejam uma sociedade sem classes, estudio-sos identicam diferenças signicativas entre as classes sociais do país, que afetam a socialização, linguagem e valores. A classe mé-dia e prossional estadunidense iniciou muitas tendências sociaiscontemporâneas como o feminismo moderno, o ambientalismo e omulticulturalismo. A autoimagem dos estadunidenses, dos pontosde vista social e de expectativas culturais, é relacionada com assuas prossões em um grau de proximidade incomum. Embora osamericanos tendam a valorizar muito a realização socioeconômi-ca, ser parte da classe média ou normal é geralmente visto comoum atributo positivo. Embora o sonho americano, ou a percepçãode que os americanos gozam de uma elevada mobilidade social,desempenhe um papel fundamental na atração de imigrantes, al-guns analistas acreditam que os Estados Unidos têm menos mobi-lidade social que a Europa Ocidental e o Canadá.

As mulheres na sua maioria trabalham fora de casa e recebema maioria dos diplomas de bacharel. Em 2007, 58% dos estaduni-denses com 18 anos ou mais eram casados, 6% eram viúvos, 10%eram divorciados e 25% nunca haviam sido casados. O casamentoentre pessoas do mesmo sexo é um tema controverso no país. Al-guns estados permitem uniões civis, em vez do casamento. Desde2003, vários estados têm permitido o casamento entre homosse-xuais, como resultado de ação judicial ou legislativa, enquanto oseleitores em mais de uma dezena de Estados proibiram a práticaatravés de referendos.

Cultura da Índia

A cultura da Índia tem sido formada por sua longa história mi-lenar, geograa única, demograa diversa, absorção de costumes,tradições e ideias de regiões vizinhas. Também, a preservação deheranças antigas, formadas durante a civilização do Vale do Indoe evoluídas durante a civilização védica, a ascensão e a queda do budismo, a era de ouro, as conquistas muçulmanas e a colonização

europeia, uma das suas culturas eram os tecidos coloridos e cheiosde vida.

 Música: A música da Índia, essencialmente improvisada, decaráter descritivo e emotivo, baseia-se em quadros rígidos, com- plexos e constantes, que constituem o único elemento transmis-sível. Deriva de vários sistemas pertencentes a grupos étnicos elinguísticos distintos (munda, Dravidianos, Arianos e outros). Amúsica indiana, não tendo notação gráca, consiste em um sistemade ragas que são memorizadas pelos executantes e que servem de base para as improvisações. As ragas são uma espécie de modoscom 5, 6 ou 7 notas sobre as quais é criada toda a música. Cadaraga está associada a uma estação do ano ou a um momento dodia. Após a invasão muçulmana, passou a ser elaborada segundodois sistemas principais: o sistema do norte (hindustani) e o do

sul (Karnático). Essa música é caracterizada pela existência deum grande número de modos. O modo não é simplesmente umagama, mas comporta também indicações de intervalos exatos, or-namentados, estilo de ataque das notas para formar uma entidadee apresenta uma expressão e um estilo denidos: o raga (“estadode alma”).

A oitava é dividida em 22 intervalos, permitindo uma conso-nância exata entre as notas. A rítmica, muito evoluída, possibilitaarabescos de uma extrema sutileza. O principal instrumento decordas é a tambura (tampura); os principais instrumentos de soprosão as autas e uma espécie de oboé. Entre os tambores, os maisimportantes são o mridangam e o tabla. O tala é o gongo india-no. Entre os mais importantes musicistas indianos estão Ali AkbarKhan e Ravi Shankar (nascido em 1920 e que já se apresentou no

Brasil). Apesar da Índia ter uma sociedade pungente e moderna,com grandes aglomerados urbanos, universidades - muita milena-res - um parque industrial fortíssimo produzindo desde agulhasa motores, aviões, etc, não perdeu suas características culturais,apesar de estar sofrendo um choque cultural. A dança indiana in-clui elementos descritivos, onde são narradas aventuras de deusese heróis míticos.

 Cinema: A Índia tem uma grande indústria cinematográca.

É, em termos numéricos, a maior produtora do mundo. O númerode lmes feitos na Índia é superior ao de qualquer outro país. Essaé uma paixão dos indianos. Os cinemas vivem lotados e eles amamseus astros e, diferentemente de outros lugares, tudo tem a carada Índia, sem invasões culturais, preservando a identidade deste país. Esta diversidade, além de arquiteturas diferentes, é o que faz

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Didatismo e Conhecimento  42

CONHECIMENTOS GERAIS

da Índia esse “Caldeirão Cultural”. Atualmente o cinema indiano,conhecido por Bollywood, é uma das maiores indústrias do mundoda sétima arte. O lme Quem quer ser um milionário?, vencedorde oito oscars, é um lme britânico, mas lmado na Índia e elencoindiano.

  Religiosidade: É o país mais místico do mundo, com cheiro

de incenso, cheio de guirlandas e santos vagando pelas ruas, convi-vendo lado a lado com uma população progressista, moderna. Nosdias atuais, muito da inuência cultural ocidental tem permeadoesta cultura. As losoas religiosas indianas - porque seus povosdesenvolveram vários sistemas losócos que sempre estão asso-ciados à religião - são englobadas em cinco grupos principais: jai-nismo, sankhya e ioga, bramanismo, budismo, tantra. Quase tudona Índia é espiritualidade; o grande propósito da cultura indiana éconhecer Deus, seja em seus aspectos pessoal ou impessoal.

Cultura Europeia

A cultura europeia pode ser melhor descrita como uma sé-rie de culturas sobrepostas, e que envolve questões de Ocidentecontra Oriente e Cristianismo contra Islão. Existem várias linhasde ruptura culturais através do continente e movimentos culturaisinovadores discordam uns dos outros. Assim, uma “cultura comumeuropeia” ou “valores comuns europeus”, é algo cuja denição émais complexa do que parece.

 Religião: O Cristianismo tem sido a característica dominan-te na formação da cultura europeia pelo menos nos últimos 1700anos. O pensamento losóco moderno têm sido muito inuencia-do por lósofos cristãos tais como São Tomás de Aquino e Eras-mo. As religiões mais populares na Europa são:

- Cristianismo Catolicismo Romano: países ou áreas com

 populações católicas signicativas incluem Portugal, Espanha,França, Luxemburgo, Bélgica, sul dos Países Baixos, Repúblicada Irlanda, Escócia, Irlanda do Norte, sul da Alemanha, Suíça, Itá-lia, Malta, Áustria, Hungria, Eslovénia, Croácia, as partes croatasda Bósnia e Herzegovina, Eslováquia, República Checa, Polónia,oeste da Ucrânia, Roménia, partes da Rússia, a região Latgale daLetónia e Lituânia. Existem também grandes minorias católicas naInglaterra e Gales.

- Igreja Ortodoxa: países com populações ortodoxas signi-cativas são Albânia, Arménia, Bielorrússia, Bósnia e Herzegovina,Bulgária, Chipre, Estónia, Finlândia (Carélia), Geórgia, Grécia,Letónia, Lituânia, República da Macedónia, Moldávia, Montene-gro, Romênia, Rússia, Sérvia, Ucrânia.

- Protestantismo: países com populações protestantes signi-cativas são Noruega, Islândia, Suécia, Finlândia, Estónia, Letónia,o Reino Unido, Dinamarca, Alemanha, os Países Baixos e Suí-ça. Existem minorias signicativas em França, República Checa,Hungria, e pequenas minorias na maioria dos países europeus.

- Islão: países com populações muçulmanas signicativas sãoAlbânia, Bósnia e Herzegovina, Bulgária, República da Macedó-nia, Montenegro, Sérvia (especialmente em Kosovo), várias repú- blicas da Rússia, Crimeia na Ucrânia, Cazaquistão, Turquia, Azer- baijão e Geórgia. Estatísticas recentes indicam que cerca de 3,5%da população da UE identica-se a si própria como muçulmana,com muitos imigrantes muçulmanos na Alemanha, Reino Unido,Benelux, Suécia e França.

 Outras religiões minoritárias também existem na Europa, al-

gumas trazidas por imigrantes:

- Judaísmo, principalmente na França, Reino Unido e Rússia.- Hinduísmo, principalmente entre imigrantes indianos no

Reino Unido.- Budismo, disseminado fracamente por toda a Europa, é a

religião dominante na Calmúquia, Rússia.- Reconstrucionismo pagão autóctone europeu, tradições e

crenças, em muitos países.- Movimento Rastafári, comunidades em GB, França, Espa-

nha, Portugal, Itália e outros lugares.- Sikhismo e Jainismo, ambas principalmente entre imigrantes

indianos no Reino Unido.- Vudu, principalmente entre imigrantes negros de origem ca-

ribenha e da África Ocidental, no Reino Unido e França.- Religiões tradicionais africanas (incluindo Muti), principal-

mente no Reino Unido e França. Milhões de europeus não professam qualquer religião ou são

ateus ou agnósticos. As maiores populações não-confessionais (em percentual) estão na Suécia, República Checa e França, embora a

maior parte dos ex-países comunistas tenham populações não-con-fessionais signicativas. Frequentar uma igreja é uma atividademinoritária na maioria dos países ocidentais– por exemplo, a Igre- ja da Inglaterra atrai cerca de um milhão de devotos aos domingos,o que corresponde a cerca de 2% da população da Inglaterra.

 Filosofa:  A losoa europeia é a corrente predominante

global da losoa, central para o questionamento losóco nasAméricas e em boa parte do restante do mundo. Suas origens são judias e helénicas: o pensamento cristão tem exercido grande in-uência em vários campos da losoa europeia (e vice-versa), àsvezes como forma de reação; as escolas gregas de losoa da An-tiguidade clássica forneceram as bases do discurso losóco queestende-se aos dias de hoje. Talvez os mais importantes períodos

losócos únicos desde a era clássica foram a Era da Razão e oIluminismo. Discute-se muito sobre sua importância e mesmo suaduração. O que é incontestável é que os princípios da razão e dodiscurso racional devem muito a René Descartes, John Locke eoutros que desenvolveram trabalhos nesta época.

Cultura Africana

A cultura da África reete a sua antiga história e é tão diver -sicada como foi o seu ambiente natural ao longo dos milénios.África é o território terrestre habitado há mais tempo, e supõe--se que foi neste continente que a espécie humana surgiu; os maisantigos fósseis de hominídeos encontrados na África (Tanzânia eQuênia) têm cerca de cinco milhões de anos. O Egito foi prova-velmente o primeiro estado a constituir-se na África, há cerca de5.000 anos, mas muitos outros reinos ou cidades-estados se foramsucedendo neste continente, ao longo dos séculos (por exemplo,Axum, o Grande Zimbabwe). Para além disso, a África foi, des-de a antiguidade, procurada por povos em outros continentes, que buscavam as suas riquezas.

O continente africano cobre uma área de 30.221.532 de qui-lômetros quadrados, um quinto da área terrestre da Terra, e possuimais de 50 países. Suas características geográcas são diversas evariam de tropical úmido ou oresta tropical, com chuvas de 250 a380 centímetros a desertos. O monte Kilimanjaro (5.895 metros dealtitude) permanece coberto de neve durante todo o ano enquantoo Saara é o maior e mais quente deserto da Terra. A África possuiuma vegetação diversa, variando de savana, arbustos de deserto euma variedade de vegetação crescente nas montanhas bem como

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Didatismo e Conhecimento  43

CONHECIMENTOS GERAIS

nas orestas tropicais e tropótas. Como a natureza, os atuais922.011.000 habitantes da África evoluíram um ambiente cultu-ral cheio de contrastes e que possui várias dimensões. As pessoasatravés do continente possuem diferenças marcantes sob qualquercomparação: falam um vasto número de diferentes línguas, pra-ticam diferentes religiões, vivem em uma variedade de tipos dehabitações e se envolvem em um amplo leque de atividades eco-nômicas.

 Tribos e grupos étnicos: A África é o lar de inumeráveis tri-

 bos ou grupos étnicos, alguns dos quais representando populaçõesmuito grandes, consistindo de milhões de pessoas; outras são gru- pos menores, de poucos milhares. Alguns países possuem mais de70 diferentes grupos étnicos. Todas estas tribos e grupos possuemculturas que são diferentes, mas representam o mosaico da diversi-dade cultural africana. Uma pequena amostra destes grupos étnicosinclui os Afar, Éwés, Amhara, Árabes, Ashantis, Bacongos, Bam- baras, Bembas, Berberes, Bobos, Bubis, Bosquímanos, Chewas,Dogons, Fangs, Fons, Fulas, Hútus, Ibos, Iorubás, Kykuyus, Ma-

sais, Mandingos, Pigmeus, Samburus, Senufos, Tuaregues, Tútsis,Wolofes e Zulus.

QUESTÕES

01. A habitação é um problema sério enfrentado pelos brasi-leiros que, mesmo diante das várias iniciativas públicas, pareceestar longe de uma solução. Sobre este tema, marque a armativacorreta.

(A) Aglomerados não são atendidos por serviços públicos bá-sicos, como água e luz.

(B) Consideram-se aglomerados subnormais as favelas, osterrenos invadidos ou ilegais.

(C) A região Nordeste concentra maior número de aglomera-dos subnormais do país.(D) A grande maioria dos domicílios brasileiros é considerada

inadequada para moradia.

02.  “Um fato social, político e religioso marcado de reno-vação histórica neste início de século: após a renúncia do Papa _______________ Bento XVI, o Vaticano tem seu primeiro Papalatino-americano da história e primeiro líder católico não europeu.Francisco, da _______________, torna-se também o primeiro _______________ a liderar este poderoso estado europeu.” Assi-nale a alternativa que completa corretamente a armativa anterior.

(A) alemão / Itália / beneditino(B) alemão / Argentina / jesuíta(C) polonês / Itália / capuchinho(D) polonês / Argentina / franciscano

03. Escolha praticamente pessoal do ex-presidente Luiz InácioLula da Silva, o prefeito eleito de São Paulo repete parte razoávelda trajetória eleitoral da presidente Dilma Rousseff (PT). O estre-ante Haddad foi uma escolha do partido em lugar de outros mem- bros, mais conhecidos e com trajetória eleitoral já experimentada.

(http://noticias.terra.com.br/retrospectiva/noticias/0,,OI6258568EI19298,00)

Antes de sua candidatura a prefeito, Haddad ocupava o cargode:

(A) Ministro da Educação.(B) Ministro da Cultura.(C) Secretário de Planejamento.(D) Chefe da Casa Civil.(E) Ministro das Minas e Energia.

04. A nova Lei Seca, funcionando desde o carnaval, tem sidoalvo de polêmica. A Resolução n.º 432/2013 do Conselho Nacio-nal de Trânsito, em vigor desde janeiro de 2013, endurece a Lei.A nova regulamentação baixou os limites de tolerância de álcoolno teste do bafômetro e, a partir de agora, a infração prevista noart. 165 do CTB será caracterizada por meio de alguns procedi-mentos. Assinale a alternativa que contém todos os procedimentoscorretos.

(A) Exame de sangue que apresente qualquer concentração deálcool por litro de sangue; teste de bafômetro com medição igualou superior a 0,2 mg/L; declaração do motorista.

(B) Exame de sangue que apresente medição igual ou superior

a 0,4 dg/L; teste de bafômetro com medição igual ou superior a 0,8mg/L; declaração do motorista.

(C) Exame de sangue que apresente qualquer concentração deálcool por litro de sangue; teste de bafômetro com medição igualou superior a 0,05 mg/L; sinais de alteração da capacidade psico-motora.

(D) Exame de sangue que apresente medição igual ou superiora 0,2 dg/L; teste de bafômetro com medição igual ou superior a 0,1mg/L; sinais de alteração da capacidade psicomotora.

(E) Exame de sangue que apresente medição igual ou superiora 0,4 dg/L; teste de bafômetro com medição igual ou superior a 0,5mg/L; declaração do motorista.

05. (...) um dos países mais pobres do mundo, com uma popu-

lação que vive majoritariamente com menos de R$ 2 por dia e emque apenas 26% dos cidadãos são alfabetizados. Existem muitosrefugiados do norte do país em Bamako. Vivem no norte, menosde 10% da população, no meio do Deserto do Saara. A vida que já é muito dura, e as condições só pioraram com a guerra. (http://g1.globo.com/bomdiabrasil/noticia/2013. Adaptado).

O governo francês insistiu que continuará com suas operaçõesmilitares até que a totalidade do território esteja livre. (...)

Esse respaldo incluirá uma via econômica com a recuperaçãoda ajuda ao desenvolvimento suspensa em resposta ao golpe deEstado do ano passado. (Noticias.terra.com.br, 05.02.2013. Adap-tado).

Os textos referem-se ao conito no/na:(A) Mali.(B) Afeganistão.(C) Síria.(D) Somália.(E) Timor Leste.

06. No atual estágio da economia mundial globalizada, em quea capacidade de produzir amplia-se consideravelmente, em largamedida impulsionada pelos incessantes avanços tecnológicos, aintegração de países e de regiões em torno de blocos torna-se, arigor, exigência do novo tempo vivido pelo mundo. A despeito decrises, como a que atualmente envolve alguns de seus integran-tes, a mais exitosa experiência de integração que se conhece, cujos primeiros passos foram dados nas décadas que imediatamente seseguiram ao m da Segunda Guerra Mundial, é o (a):

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Didatismo e Conhecimento  44

CONHECIMENTOS GERAIS

(A) Área de Livre Comércio das Américas (Alca).(B) Mercado Comum do Sul (Mercosul).(C) Tratado de Livre Comércio da América do Norte (Nafta).(D) União Europeia (UE).(E) Pacto Andino.

07. Uma visita estrangeira foi destaque no Brasil em 2013.Depois de anos tentando obter visto de saída de seu país, YoaniSánchez foi recebida por admiradores, mas também por adversá-rios, que chegaram a impedir a realização de alguns atos previa-mente agendados. Yoani Sánchez cou conhecida em várias partesdo mundo por suas posições, expressas em blog que ela mantém,de:

(A) crítica ao regime político cubano, a começar do cercea-mento à liberdade.

(B) crítica ao imperialismo norte-americano, que impede odesenvolvimento de Cuba.

(C) apoio aos movimentos religiosos radicais, inclusive os

que defendem atos terroristas.(D) defesa do embargo comercial dos Estados Unidos ao regi-

me dos irmãos Castro.(E) crítica aos programas sociais em vigor em países da Amé-

rica Latina.

08.  Nos dias de hoje, o agronegócio desempenha papel re-levante na pauta das exportações brasileiras. Em larga medida, oavanço obtido pelo país na produção de alimentos deve-se ao tra- balho de uma instituição cientíca voltada para o campo e comreconhecimento internacional. Essa instituição é o(a)

(A) Ministério da Ciência e da Tecnologia (MCT).(B) Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientíco e Tec-

nológico (CNPq).(C) Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social(BNDES).

(D) Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).(E) Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

09. Diferente do que ocorre na maioria dos países do mundoque contribuem para o aquecimento global e para as mudançasclimáticas em razão da dependência excessiva de combustíveisfósseis, o Brasil emite gases do efeito estufa devido, dentre outrosfatores,

(A) Ao intenso desmatamento na Amazônia.(B) À forte participação das monoculturas.(C) Ao rápido desaparecimento da biodiversidade.(D) Ao uso intensivo do transporte rodoviário.(E) À manutenção do uso da biomassa na matriz energética.

10. Diante de um novo protesto contra o presidente da Comis-são, a polícia legislativa prendeu um manifestante durante a sessãoconvocada para a tarde desta quarta-feira [27/03/2013]. A ordem partiu do próprio presidente, cerca de 10 minutos após tentar darinício à reunião e, não conseguindo ir adiante, transferiu a audi-ência pública para um recinto fechado, onde só puderam entrar parlamentares, jornalistas e assessores. O assunto em pauta era asituação dos torcedores do Corinthians, presos na Bolívia após amorte de um integrante da torcida rival.

A notícia refere-se ao presidente da Comissão

(A) Da Defesa do cidadão do Congresso, considerado réu por processo de desvio de recursos.

(B) De Justiça e Cidadania do Congresso, testemunha de de-fesa dos mensaleiros.

(C) De Direitos Humanos e Minorias da Câmara, acusado en-tre outros, de ser racista.

(D) De Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, conde-nado por fraudes bancárias.

(E) Da Cidadania e Minorias da Câmara, acusado de não terindependência religiosa.

11. O Food and Drug Administration (FDA), órgão do gover-no dos Estados Unidos responsável por controlar medicamentose alimentos em território americano, aprovou a comercializaçãodo Truvada. Com isso, a droga passa a ser a primeira dirigida a pessoas consideradas em condições de vulnerabilidade à doença.É importante lembrar que o Truvada não age como uma vacina

que atua no sistema imunológico, mas sim, no impedimento dareprodução da doença no corpo.

A doença a que o texto se refere é

(A) Inuenza.(B) Mal de Alzheimer.(C) Parkinson.(D) Malária.(E) AIDS.

12. Fernando Henrique Cardoso ocializou em carta sua can-didatura à esta Instituição. A carta foi entregue pessoalmente, emnome do ex-presidente do Brasil, por Celso Lafer, nesta quarta-

-feira (27/03/2013), em reunião no Rio, de acordo com a assessoriade imprensa da Instituição. A Instituição a que se refere a notícia é

(A) O Comitê de Ética em Pesquisas Sociais.(B) A Comissão de Energia do Planalto.(C) A Academia Brasileira de Letras.(D) O Instituto Millenium.(E) O Instituto Vladimir Herzog.

13. Considere as seguintes armações sobre a economia bra-sileira:

I. A desaceleração da economia brasileira tem estreita relaçãocom a crise nanceira internacional.

II. O PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro permanece es-tagnado porque cerca de 55% do seu valor tem origem no setoragropecuário.

III. O Brasil foi afetado pela queda das exportações de maté-rias-primas industriais e das commodities. Está correto APENAS o que se arma em

(A) I e III.(B) I.(C) I e II.(D) II e III.(E) II.

14. Para evitar a neblina tóxica, conhecida como “smog”, quesufocou o país em 2013, o país precisa superar uma economia ali-mentada por indústrias movidas a carvão mineral, uma fonte al-

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Didatismo e Conhecimento  45

CONHECIMENTOS GERAIS

tamente poluente. Para isso tem buscado desenvolver novas tec-nologias verdes e se destacou em 2012 como o maior produtor deenergia eólica do mundo, e também o maior fabricante global de painéis solares e turbinas para geração de energia pelo vento. Otexto refere-se

(A) à Rússia.(B) à China.(C) aos Estados Unidos.(D) à Itália.(E) ao México.

15. Em 2013, a Organização para a Cooperação e Desenvol-vimento Econômico (OCDE) publicou o “Relatório TerritorialBrasil 2013” que analisa diversos aspectos do Brasil e revela que,apesar do forte investimento do governo em programas de reduçãoda pobreza e dos avanços signicativos nos últimos 15 anos, nosso país continua se destacando por apresentar.

(A) Uma das maiores concentrações de renda do mundo.(B) Uma elevada taxa de fecundidade na zona rural.(C) Um forte movimento migratório entre as regiões.(D) Uma baixa taxa de urbanização no interior do país.(E) Um alto índice de mulheres analfabetas.

16. Sobre o desenvolvimento urbano brasileiro, uma das ten-dências observadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geograa eEstatística), nestes últimos censos é

(A) A estagnação do número de habitantes das metrópoles.(B) A diminuição do número de cidades na Amazônia.(C) O maior crescimento das cidades de tamanho médio.(D) A junção de pequenas cidades formando complexos ur-

 banos.(E) A manutenção da taxa de 75% da população vivendo nascidades.

17. Em meados de 2013, o Banco Central resolveu aumentara taxa Selic que representa a taxa de juro de curto prazo, a taxa básica da economia brasileira. A decisão do Copom de aumentar ataxa Selic de 7,25% para 7,5% teve como um dos objetivos

(A) Aumentar a demanda por bens de consumo.(B) Facilitar as transações em moeda estrangeira.(C) Baratear o crédito para os consumidores.(D) Controlar a inação e a subida generalizada dos preços.(E) Incentivar a importação de bens industrializados.

18. Assinale a alternativa que melhor resume a situação eco-nômica mundial.

(A) A propalada crise econômica, na realidade, só atingiu os países do chamado “Primeiro Mundo”. As economias emergentesnão só não foram abaladas como experimentam um grande cres-cimento.

(B) Em muitos países vive-se uma grave crise. No primeiromês de 2009, nos Estados Unidos da América, a produção indus -trial e a utilização da capacidade instalada diminuiu. O desempre-go é uma grande ameaça.

(C) O Brasil foi um dos únicos países emergentes não atingi-dos pela crise econômica. As imensas reservas cambiais estão ga-rantindo a superação das diculdades e possibilitando um aumentodas vagas no mercado de trabalho e o crescimento da produção.

(D) Os países asiáticos permanecem imunes à instabilidadedos mercados ocidentais. A crise imobiliária repercutiu muito pou-co na China e no Japão. O aumento do consumo interno, naqueles países, tem garantido a manutenção dos índices industriais e o ple-no emprego.

(E) A Rússia, em virtude do seu modelo socialista, não foiatingida pelo terremoto que varreu as economias capitalistas apósa derrocada dos preços dos imóveis nos Estados Unidos e a ime-diata repercussão nas Bolsas de Valores.

19.  A 15ª Conferência das Nações Unidas sobre MudançasClimáticas teve como principal resultado o Acordo de Copenha-gue.

A partir dessa informação, é correto armar:

(A) A aprovação desse acordo foi unânime por parte da socie-dade internacional e fortemente aceita pela ONU.

(B) As metas brasileiras para redução das emissões de gasesde efeito estufa baseiam-se, dentre outras medidas, na redução do

desmatamento.(C) O principal objetivo do referido acordo, visando estabele-

cer o tratado substituto do Protocolo de Kyoto, vigente de 2006 a2010, foi plenamente alcançado, segundo seus participantes.

(D) O texto do acordo considera o aumento-limite de tem- peratura de 3º Celsius, nos próximos anos, para proteger naçõeslitorâneas do desaparecimento.

(E) Os países desenvolvidos, conforme as exigências do IPCC,comprometeram-se em reduzir 80% de suas emissões até 2020.

20. A distribuição da terra no Brasil onde, em muitas regiões, predomina o latifúndio, tem sido causa, no decorrer da nossa His-tória, de grandes tensões e conitos sociais. Assinale a alternativaque indica um movimento social que tem se destacado na luta pela

reforma agrária no Brasil.(A) ARENA.(B) MST.(C) MDB.(D) MRPRA.(E) MARES.

21. Sobre o pré-sal, analise as armativas a seguir:I. A camada pré-sal é um gigantesco reservatório de petróleo

e gás natural.II. O Brasil ainda não dispõe de recursos necessários para re-

tirar o óleo de camadas tão profundas e terá que alugar ou comprarde outros países.

III. Acredita-se que a camada do pré-sal, formada há 150 mi-lhões de anos, possui grandes reservatórios de óleo leve (de me-lhor qualidade e que produz petróleo mais no).

É correto armar que:

(A) Apenas I está correta.(B) Apenas II está correta.(C) Apenas III está correta.(D) Todas estão corretas.(E) Há duas corretas.

22. O mundo vem passando por uma série de transformaçõessociais, políticas e econômicas. Acerca desse tema, assinale a al-ternativa incorreta.

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CONHECIMENTOS GERAIS

(A) Na América Latina, o perl dos “novos governos de-mocráticos” está de acordo com as condições de uma economiadependente, no atual contexto, do neoliberalismo, permitindo a progressiva internacionalização do capital e garantindo às classesdominantes o controle dos mecanismo do poder.

(B) O desenvolvimento tecnológico propicia a transferênciade capitais, dinamizando as trocas de serviços e produtos, em es-cala planetária.

(C) A globalização é um fenômeno recente, típico das duasúltimas décadas, que contradiz o processo de industrialização con-solidado ao longo do século passado.

(D) Surgiu o G -22, um grupo de países emergentes liderado por China, Índia e Brasil, em setembro de 2003, a m de defenderos interesses dos países pobres na OMC.

(E) Uma das marcas mais expressivas da globalização é aceleridade com que se processam as transações econômicas e -nanceiras, facilitando e estimulando a circulação de capitais e de produtos pelos mercados mundiais.

23. Papa Bento XVI renuncia em 2013: “Sinto o peso do car-go”. O Papa justicou sua atitude como fruto:

(A) Da crise econômica vivida pela Igreja Católica.(B) Do despreparo religioso para o ponticado.(C) Da idade avançada, que dicultava a realização de certas

obrigações.(D) Da necessidade de tomar decisões políticas para governar

Roma.(E) Dos problemas derivados pelo conito com outras reli-

giões.

24. Pode-se dizer que nos últimos anos a divisão da sociedadese aprofundou; no entanto, com a morte do presidente, eleito mais

uma vez pela grande massa popular, essa cisão se agudizou e osconitos se ampliaram no país, mesmo após a realização de novaseleições.

As informações referem-se:

(A) Aos conitos que ocorrem no Egito.(B) Aos movimentos denominados de “primavera árabe”.(C) Ao processo de sucessão de Hugo Chávez na Venezuela.(D) À ascensão de Cristina Kirchner na Argentina, após a

morte do marido.(E) Ao assassinato do líder líbio Muammar Kada.

25.  “Como empregadas, uma parte está formalizada. Comoempregadoras, a maioria contrata informalmente. A nova re-gra deve abalar esse importante segmento de mercado.” José Pas-tore, professor da USP e especialista em relações do trabalho erecursos humanos. (Folha de S. Paulo, 2013). O texto se refere àLei que:

(A) Permite licença-gestante remunerada a todas as trabalha-doras domésticas, independentemente do tempo de serviço.

(B) Abala o segmento de trabalho informal, seja ele domésticoou empreendedor, envolvendo desde empregadas até ambulantes.

(C) Garante aos empregados domésticos todos os benefíciosque os demais trabalhadores possuem, mesmo sem Carteira deTrabalho.

(E) Estabelece direitos como hora extra, adicional noturnoe jornada máxima de trabalho a empregados domésticos.

26.  Em março deste ano o Congresso Nacional derrubou oveto da Presidente Dilma e, dessa forma, a divisão dos royaltiesdeve ser mais equilibrada entre os diversos estados da federação.Tal medida determina grande perda para o Rio de Janeiro e o Es- pírito Santo e está associada

(A) Ao aumento das forças policiais.(B) À redução do IPI sobre carros.(C) Ao combate ao tráco de drogas.(D) À exploração de petróleo.(E) Aos investimentos em turismo.

27. Em 2013, o país foi impactado por um novo atentado. Pa-recia que o pesadelo de mais de dez anos voltaria. O pânico tomouconta das pessoas presentes no evento; nas horas seguintes, conta-giou todo o país e durante semanas se manteve como uma sombra

constante. O texto faz alusão:

(A) À explosão de bombas na Maratona de Boston, nos Esta-dos Unidos.

(B) Aos ataques do crime organizado a bases policiais em SãoPaulo.

(C) À ação dos grupos paramilitares nos morros do Rio de Ja-neiro.

(D) Ao atentado à embaixada dos Estados Unidos na África.(E) À violência dos grupos de oposição a Evo Morales, na

Bolívia.

Respostas:

01- B02- B03- A04- C05- A06- D07- A08- E09- A10- C11- E12- C13- A14- B15- A16- C17- D18- B19- B20- B21- D22- C23- C24- C25- E26- D27- A