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Anais / IPEF: 28-43, Junho, 1994 28 CLONAGEM INTENSIVA EM Eucalyptus grandis NA CENIBRA Maria das Graças de Barros Rocha * Wilson de Oliveira Campos ** INTRODUÇÃO A partir de 1984 a CENIBRA passou a adotar como uma de suas metas principais tornar-se auto-suficiente quanto ao abastecimento de madeira para produção de 350.000 toneladas de celulose branqueada de eucalipto e, a partir de 1996, de 700.000 toneladas. Neste período, estabeleceu-se um programa de pesquisa que permitisse a manutenção e o aumento da produtividade dos povoamentos florestais. Realizou-se a introdução de espécies, procedências e progênies de eucaliptos da Austrália e Indonésia, além da seleção de árvores superiores nos povoamentos comerciais para embasar um programa sólido de melhoramento de populações em cada região de atuação da Empresa com características ambientais semelhantes. IMPORTÂNCIA DO PLANTIO CLONAL PARA A CENIBRA Entre as vantagens conferidas pela clonagem as mais importantes para a CENIBRA são o aumento de produtividade dos povoamentos em áreas específicas a curto prazo, o aumetno do percentual de brotação após o corte, a obtenção de florestas tolerantes à SPEVRD (Seca do Ponteiro do Eucalipto no Vale do Rio Doce), cancro e ferrugem, a multiplicação de clones mais adequados à produção de celulose e à redução de custos na produção de madeira por área. HISTÓRICO DOS FATOS MARCANTES A CENIBRA iniciou a seleção para clonagem em 1983 em povoamentos de E. grandis, procedência Zimbabwe, África do Sul, Atherton e Itabira (APS de Coff’s Harbour e Kempsey) e, para o E. urophylla, em povoamentos oriundos de Camaquã e a partir da introdução de 100 clones selecionados no Espírito Santo (FRDSA). O objetivo inicial era o de encontrar material genético de boa produtividade para a região do Rio Doce (altitude abaixo de 400m). Naquela época, os plantios da região apresentavam um desempenho muito inferior à das outras regiões da Empresa. A principal causa para esta baixa produtividade era a má adaptação do material genético plantado na região. Esta má adaptação se traduzia em plantios de baixo índice de sobrevivência, provocado pela ocorrência de cancro, o qual levava as plantas à morte nas mais diferentes idades. * Pesquisador em Melhoramento Florestal da CENIBRA FLORESTAL S.A. ** Gerente da Divisão de Pesquisa da CENIBRA FLORESTA S.A.

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Anais / IPEF: 28-43, Junho, 1994

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CLONAGEM INTENSIVA EM Eucalyptus grandis NA CENIBRA

Maria das Graças de Barros Rocha* Wilson de Oliveira Campos**

INTRODUÇÃO A partir de 1984 a CENIBRA passou a adotar como uma de suas metas principais tornar-se auto-suficiente quanto ao abastecimento de madeira para produção de 350.000 toneladas de celulose branqueada de eucalipto e, a partir de 1996, de 700.000 toneladas. Neste período, estabeleceu-se um programa de pesquisa que permitisse a manutenção e o aumento da produtividade dos povoamentos florestais. Realizou-se a introdução de espécies, procedências e progênies de eucaliptos da Austrália e Indonésia, além da seleção de árvores superiores nos povoamentos comerciais para embasar um programa sólido de melhoramento de populações em cada região de atuação da Empresa com características ambientais semelhantes. IMPORTÂNCIA DO PLANTIO CLONAL PARA A CENIBRA Entre as vantagens conferidas pela clonagem as mais importantes para a CENIBRA são o aumento de produtividade dos povoamentos em áreas específicas a curto prazo, o aumetno do percentual de brotação após o corte, a obtenção de florestas tolerantes à SPEVRD (Seca do Ponteiro do Eucalipto no Vale do Rio Doce), cancro e ferrugem, a multiplicação de clones mais adequados à produção de celulose e à redução de custos na produção de madeira por área. HISTÓRICO DOS FATOS MARCANTES A CENIBRA iniciou a seleção para clonagem em 1983 em povoamentos de E. grandis, procedência Zimbabwe, África do Sul, Atherton e Itabira (APS de Coff’s Harbour e Kempsey) e, para o E. urophylla, em povoamentos oriundos de Camaquã e a partir da introdução de 100 clones selecionados no Espírito Santo (FRDSA). O objetivo inicial era o de encontrar material genético de boa produtividade para a região do Rio Doce (altitude abaixo de 400m). Naquela época, os plantios da região apresentavam um desempenho muito inferior à das outras regiões da Empresa. A principal causa para esta baixa produtividade era a má adaptação do material genético plantado na região. Esta má adaptação se traduzia em plantios de baixo índice de sobrevivência, provocado pela ocorrência de cancro, o qual levava as plantas à morte nas mais diferentes idades.

* Pesquisador em Melhoramento Florestal da CENIBRA FLORESTAL S.A. ** Gerente da Divisão de Pesquisa da CENIBRA FLORESTA S.A.

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Anais da Reunião Regional sobre Clonagem Intensiva em Eucalyptus

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Em 1985 instalou-se uma casa-de-vegetação climatizada e em 1987 fez-se a implantação do jardim clonal, ampliação das estruturas de clonagem com casas de sombrite e iniciou-se a propagação em larga escala de clones selecionados na região do Rio Doce. Em 1988 fez-se a introdução de mais 400 clones selecionados na FRDSA. Em 1990 iniciou-se o plantio clonal em mosaico e o monitoramento nutricional em jardim clonal permitindo melhoria no aproveitamento do enraizamento de estacas. Em 1994 ampliou-se as estruturas da casa-de-vegetação com cobertura de sombrite e fechamento lateral em plástico e sombrite com o objetivo de atingir um programa de 3.000 ha/ano de plantio clonal na região do Rio Doce. A produção de mudas é feita entre abril e setembro para efetuar o plantio em novembro-dezembro, evitando-se o período do verão quando ocorre a maior incidência de doenças e chuvas torrenciais. LINHAS DE PESQUISA COM CLONES Seleção em Povoamentos Comerciais A primeira seleção é realizada em cada região em povoamento comercial e em testes de procedências/progênies observando as características de crescimento, forma e sanidade da árvore matriz, considerando as variações climáticas e a classe de sítio. No momento do abate, faz-se a avaliação da altura, CAP e retira-se um disco a 1,30 m para o cálculo da densidade. Após a multiplicação a matriz vai para um teste clonal de 25 plantas/parcela e três repetições para a região onde ela foi selecionada. As matrizes com índice de enraizamento baixo vão para jardim clonal, sendo multiplicadas no ano seguinte. O teste clonal é avaliado aos 6 meses de idade quanto à ocorrência de ferrugem e sobrevivência, a 1,5 anos quanto à SPEVRD e a 3,5 e 5,5 anos avalia-se altura, CAP, forma, ocorrência de cancro e situação (normal, morta, falha, atípica, atrofiada, quebrada, curvada, tombada). Na avaliação de 5,5 anos, faz-se a 2ª seleção e os clones de classe 1 (IMA maior ou igual à média mais um desvio padrão) são reclonados e levados para testes clonais nas seis regiões da Empresa. Nesta etapa, além de todos os parâmetros avaliados, complementa-se com a avaliação das características da madeira, eficiência nutricional e distribuição do sistema radicular. Na terceira seleção, faz-se a recomendação para o plantio comercial dos clones de classe 1. Seleção em Teste de Procedências/Progênies As matrizes selecionadas nos testes de procedências/progênies testadas por região são oriundas das melhores famílias do teste tendo a segunda e terceira colocação dentro do "ranking". As duas árvores/família selecionadas são propagadas por estaqueamento e vão para o pomar de sementes clonal e para teste clonal na região de origem da seleção. Na primeira etapa os clones são testados na região de seleção e após a 3a seleção indicados para plantio comercial nesta região. Paralelamente a esta etapa os clones definidos para uma região na 2a seleção são testados nas outras, verificando a interação genótipo ambiente e ampliando a base clonal. MANEJO E NUTRIÇÃO DE CLONES NA FASE DE PRODUÇÃO

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Fonte de Estacas: Jardim Clonal O jardim clonal ocupa uma área de 7,0 ha no espaçamento de 0,6 x 0,6m. No plantio, faz-se aração/gradagem, correção do pH e incorporação de matéria orgânica ou lodo biológico. Durante a manutenção, faz-se a capina manual nos canteiros após a poda e química nas vias de acesso. Para a reposição de nutrientes, faz-se a amostragem de folhas uma vez por ano no período de 15 de dezembro a 15 de março. A colheita das folhas é feita em 10 touças por 1/4 de canteiro, totalizando 4 amostras por canteiro contendo 12.500 cepas. Já a amostragem de solos é feita duas vezes por ano: no período de 15 de dezembro a 15 de março imediatamente após a poda das cepas; de 1 a 15 de setembro quando colhe-se uma amostra composta por canteiro a partir de 10 amostras simples. Com o resultado das análises de folhas e solo, faz-se as correções recomendadas. Além da adubação de correção, aplica-se semanalmente 50g de nitrocálcio/m2 intercalado com 50g de sulfato de amônio. A irrigação do jardim clonal é feita duas vezes por semana com uma lâmina d'água de 4 mm, aplicada por um sistema de aspersão composto por uma moto-bomba, tubulações de 3" e 2" e aspersores do tipo canhão. Estaqueamento: Casa-de-Vegetação O substrato utilizado é uma mistura de 60% de vermiculita granulometria fina, 40% de casca de arroz carbonizada e 180 g/m3 de Agrical. A irrigação é feita de acordo com a necessidade mantendo a umidade a 80%, irrigando mais vezes na primavera/verão e menos no outono/inverno. Para a fertilização, usa-se o adubo líquido NPK 9-15-6 (8 + Zn) na concentração de 500 ml para cada 100 litros de água, semanalmente após o 20o dia do estaqueamento. GANHOS OBTIDOS COM A CLONAGEM Os ganhos mais expressivos obtidos com a clonagem são o aumento da produtividade na região do Rio Doce com os clones tolerantes ao cancro e à SPEVRD, que são os problemas que causam maior limitação a este sítio. Dos 399 clones que foram avaliados aos 5,5 anos para reclonagem em 1994, 75 foram selecionados com IMA = 93 st cc/ha/ano, com 38,12% de superioridade em relação às melhores testemunhas de sementes. Na região de Virginópolis, dos 285 clones avaliados, 36 foram aprovados com IMA = 93 st cc/ha/ano. Na região de Sabinópolis, de 23 clones avaliados, selecionou-se 12 com produtividade de 107 st cc/ha/ano, com superioridade de 56,60 % em relação às melhores testemunhas de semente. SILVICULTURA DE FLORESTAS CLONAIS No preparo de solo, faz-se a escarificação com Ripper a 40 cm de profundidade nas baixadas e nas encostas até 25 % de declividade na região do Rio Doce. O espaçamento é de 3,0 x 3,0 m nas baixadas e de 3,0 x 2,75 m nas encostas. A adubação é feita no pré-plantio com 50g/cova NPK 5-25-1 0+ 0,5 B e a de manutenção somente nos solos menos férteis, com 50g/cova NPK 10-10-20, no inicio do período chuvoso. Os tratos culturais são feitos pela capina química ou mecânica desde a 1ª manutenção.

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TENDÊNCIAS/EXPECTATIVAS TECNOLÓGICAS E OPERACIONAIS PARA O FUTURO Dentro da evolução da seleção em cada etapa dos testes clonais, agregar as características tecnológicas da maneira para obtenção de celulose dentro dos padrões de qualidade, alocar clones com diferentes eficiências nutricionais em sítios compatíveis, definir unidade de manejo/nutrição para grupos de clones em cada região e definir grupos de clones específicos para cada região de atuação da Empresa.

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ANEXOS

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ÁREAS DA CENIBRA/DIVISÃO

DIVISÃO ÁREA TOTAL ÁREA PLANTADA

RESERVA E PRESERVAÇÃO

OUTROS

IPATINGA GUANHÃES NOVA ERA

58.587

58.845

38.762

32.488

33.744

21.702

19.500

16.955

13,483

7.599

8.146

3.577 TOTAL 156.194 87.934 49.938 19.322

CARACTERÍSTICS DAS REGIONAIS

REGIÃO LONGITUDE LATITUDE ALTITUDE (m)

PRECIPI- TAÇÃO

(mm)

DÉFICIT HÍDRICO

TEMP. MÉD. ANUAL (oC)

TIPO CLIMA

KÖPPEN Rio Doce Cocais Sabinópolis Viginópolis Santa Bárbara Piracicaba

42º 22’ 30”

42º 52’ 30”

42º 52’ 30”

42º 30’ 00”

43º 22’ 30”

43º 00’ 00”

19º 15’ 00”

19º 30’ 00”

18º 37’ 30”

18º 37’ 30”

20º 00’ 00”

19º 45’ 00”

300

1.000

800

800

700

500

1.000 – 1.200

1.300 – 1.500

1.300 – 1.500

1.300 – 1.500

1.400 – 1.600

1.300 – 1.500

200/250

100/150

100/150

100/150

50/100

100/150

22/23

20/21

20/21

20/21

19/20

20/21

Aw

Cwa

Cwa

Cwa

Cwb

Cwa

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CARACTERÍSTICAS DOS SOLOS DAS REGIÕES DE ATUAÇÃO DA CENIBRA

Ph em água

P K Ca Mg H+Al CTC Efetiva

CTC Total

V MO argila

Ppm meq/100 cm3 % Rio Doce Cocais Sabinópolis Virginópolis Santa Bárbara Piracicaba

5,5

4,4

4,4

4,5

4,2

4,4

3

1

1

2

1

1

68

18

22

35

22

20

1,60

0,08

0,10

0,25

0,04

0,05

0,42

0,05

0,05

0,10

0,03

0,04

5,7

9,1

10,4

8,1

11,0

7,3

2,7

2,4

2,2

2,4

2,6

2,1

7,9

9,2

10,6

8,5

11,2

7,4

28

1,9

2,0

5,2

1,1

1,9

1,5

3,0

2,5

2,5

2,5

3,0

40

40

45

55

40

35

PRODUTIVIDADE DOS POVOAMENTOS FLORESTAIS (IMA st cc/ha/ano) AOS 7 ANOS DE IDADE

IMA (st cc/ha/ano) PERSPECTIVAS REGIÃO

1ª ROTAÇÃO 2ª ROTAÇÃO 1ª ROTAÇÃO 2ª ROTAÇÃO RIO DOCE (BAIXADA) VIRGINÓPOLIS/SABINÓPOLIS COCAIS, STa BÁRBARA, PIRACICABA

28

56

49

-

39

34

49

68

64

44

47

44

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CLASSIFICAÇÃO DE SOLOS DAS ÁREAS DA CENIBRA E SUAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS(1)

Sabinópolis Virginópolis Rio Doce Cocais Piracicaba Sta. Bárbara

Classe

Profundidade efetiva

Geologia

Fertilidade

Acidez

Textura

Compactação

Erosão

Presença de cascalhos

LVd e LF

alta a média

Granitos e Itabiritos

baixa

alta

argilosa-arenosa

média

média

média

LVd

alta

Gnaisses mesocráticos

média

média

argilosa

média

média

baixa

PVd e AL

alta a média

Gnaisse e mesocráticos e sedimentos

alta

baixa

argilosa a arenosa

alta

alta

baixa

Lva e LVc

Alta a média

Ígneas ácidas e Gnaisses

leucocráticos

baixa

alta

argilo-arenosa

baixa

baixa

alta

LVc e Lva

alta a média

Gnaisses leucocráticos

e Itabirito

baixa

alta

areno-argilosa

baixa

baixa

alta

Lva e LF e Cd

alta a baixa

Granitos, Gnaisses, Xistos e Itabirito

baixa

alta

argilo-arenosa

média

média

alta

(1) Os adjetivos baixa, média e alta referem-se à intensidade com que cada característica do solo ocorre nas respectivas regiões.

SELEÇÃO DE MATRIZES NA CENIBRA

MATRIZ/ANO 83/84/85 86 87 89 90 91 92 93 TOTAL SELECIONADA TESTE RECLONAGEM

1.458

1.019 -

696

294 -

356

294 -

26

26 -

100

75 -

90

76

9

296

156

148

220

121

165

3.242

2.094

322

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ESTRATÉGIA DE CLONAGEM NA CENIBRA

SELEÇÃO EM POVOAMENTOS COMERCIAIS

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ESTRATÉGIA DE CLONAGEM NA CENIBRA

SELEÇÃO EM TESTES DE PROCEDÊNCIAS / PROGÊNIES

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ENRAIZAMENTO DE ESTACAS NA CENIBRA

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PLANTIO CLONAL NA CENIBRA

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RESULTADOS DE TESTES CLONAIS DIVISÃO DE GUANHÃES

Clones Em Teste Selecionados Teste

Clonal Idade (anos)

No Clones IMA No Clones IMA

IMA (st cc/ha/ano)

Melhor Testemunha

Classe 1/Melhor

Testemunha (%)

5

15

18

25

26

28

29

55

56

7

5,7

5,7

5,7

5,7

3,9

3,9

3,9

3,9

37

46

33

47

47

49

45

49

45

66

74

70

73

70

79

86

57

90

6

7

7

5

7

7

6

10

7

86

112

91

109

107

123

121

89

143

78

105

72

81

60

86

119

61

140

10,26

6,67

26,39

34,57

78,33

43,02

1,68

45,90

2,14

Total Média

389

74

62 -

109

89

-

27,66 Classe 1 – Clones com IMA maior ou igual a (X + Tn-1)

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RESULTADOS DE TESTES CLONAIS

DIVISÃO DE IPATINGA

Clones Em Teste Selecionados Teste

Clonal Idade (anos)

No Clones IMA No Clones IMA

IMA (st cc/ha/ano)

Melhor Testemunha

Classe 1/Melhor

Testemunha (%)

6

7

10

11

12

20

21

22

23

24

27

7

5,4

5,7

5,7

5,7

5,3

5,3

5,3

5,3

5,3

5,0

91

25

44

24

31

46

46

46

46

46

49

48

58

49

63

61

70

63

60

60

62

20

14

4

6

4

3

8

10

7

6

7

9

71

80

89

110

105

97

97

91

91

111

80

60

-

65

60

49

72

89

74

85

94 -

17,58

-

35,92

84,36

113,10

35,87

8,48

22,49

7,29

18,00 -

Total Média

494

56

78 -

93

72

-

38,12 Classe 1 – Clones com IMA maior ou igual a (X + Tn-1)

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SILVICULTURA DE FLORESTAS CLONAIS

• PLANTIO NO ESPAÇAMENTO 3,0 X 2,75 m NA ENCONSTA DE 3,0 X 3,0 m NA BAIXADA

• ADUBAÇÃO PRÉ-PLANTIO DE 50 g/cova NPK 05-25-10+05B.

• ADUBAÇÃO DE MANUTENÇÃO DE 50g/cova NPK 10-10-20, NO INÍCIO DO

PERÍODO CHUVOSO NOS SOLOS DE MENOR FERTILIDADE.

• APLICAÇÃO DE LODO BIOLÓGICO (20 m3/ha)

• PREPARO DE SOLO, ESCARIFICAÇÃO COM RIPPER A MAIS OU MENOS 40 cm DE PROFUNDIDADE NOS PODZÓLICOS DA REGIÃO DO RIO DOCE.

• TRATOS CULTURAIS, CAPINA QUÍMICA OU MECÂNICA DESDE A 1ª

MANUTENÇÃO. NÍVEIS CRÍTICOS NO SOLO DE P, K, Ca e Mg PARA IMPLANTAÇÃO E MANUTENÇÃO DA CULTURA DO EUCALIPTO*

NÍVEL CRÍTICO DE MANUTENÇÃO INCREMENTO MÉDIO ANUAL (VTCC** em st/ha/ano) ELEMENTO NÍVEL CRÍTICO DE

IMPLANTAÇÃO 15 30 45 60 75 P (ppm) K (ppm) Ca (meq/100g) Mg (meq/100g)

70

10

0,20

0,05

2

16

0,20

0,05

3

26

0,30

0,07

3,50

35

0,40

0,08

4

44

0,50

0,10

4,50

52

0,60

0,12

* Valores encontrados por NOVAIS et. al. (1986) e modificados por FABRES (1989) ** Volume total com casca