4 - boletim CBTO 2013 - Junia jorge

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TRANSFORMANDO

OPORTUNIDADES

A Terapia Ocupacional já ocupa um

importante espaço dentro da saúde pública

do país, mas como transformar essa

realidade para incrementar a profissão e

enaltecer os personagens dessa história?

Em um território com

quase 197 milhões de pessoas

ter apenas 17 mil terapeutas

ocupacionais é talvez um desafio

que vai além de estatísticas

geopolíticas. Crescer enquanto

categoria é talvez a maior de

todas as fronteiras para

qualquer profissão em qualquer

parte da história. Não basta

apenas estar e ter espaço

constitucionalmente instituído

nas repartições públicas de

saúde, de assistência social, de

educação, seguridade social,

sistema judiciário, ... se fazer

notar e garantir seu valor

enquanto profissional habilitado

em diversos segmentos é o

grande desafio de todos.

“Atualmente a contratação não está difícil porque o terapeuta ocupacional já é citado na legislação, nas políticas

públicas de saúde e de assistência social e de fato há vagas e concursos.... Cabe no entanto a fiscalização da classe para que as secretarias de saúde e de assistência social realmente cumpram o que está na política ... Outro problema encontrado é: em tendo sido contratado, o espaço dentro das equipes e das instituições precisa ser conquistado e validado a partir do comportamento e dos resultados dos profissionais de Terapia Ocupacional. Muitos gestores recebem os terapeutas após a contratação e não sabem o que fazer com eles, pois é a primeira vez que a instituição é contemplada com este profissional. E, em sendo áreas não-tradicionais da Terapia Ocupacional, muitas vezes o profissional também fica perdido,

não aproveitando na sua integralidade estas novas

oportunidades” afirma a terapeuta ocupacional Junia Jorge Rjeille Cordeiro.

Outro grande desafio é quebrar o paradigma, hoje

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existente, sobre a funcionalidade

do terapeuta ocupacional e sua “paleta” de atendimentos. A

meta é facilitar que a população entenda a atividade e os serviços prestados pela categoria. Mas

para isso segundo Junia, é preciso redesenhar o profissional: “Deve ser um profissional que busca enxergar a questão do desempenho ocupacional nas suas mais diversas instâncias e contextos, comprovando à sociedade que não basta “consertar partes” (exercer uma assistência médico-reducionista), é preciso colocar estas “partes” em um funcionamento que considere o

histórico ocupacional e o desempenho no contexto a partir de desejos, potenciais e limitações do sujeito, ampliando sua atuação para além das áreas tradicionais. Para que isto seja possível ele precisa apresentar um perfil pessoal empreendedor, aberto, buscando outras competências além das técnicas para alcançar resultados neste desafio.”

Mas como reciclar o terapeuta ocupacional? A resposta de Junia é o XIII

Congresso Brasileiro de Terapia Ocupacional “que se propõe a reunir a classe (profissionais e

estudantes) para discutir suas questões maiores, no entanto, como o discurso das especialidades é muito forte, nem sempre os profissionais o valorizam, preferindo eventos específicos dentro de sua área de atuação (incluindo evento médicos). Mas sim, é um grande fórum para que docentes, técnicos, discentes e gestores de Terapia Ocupacional conversem entre si e conversem também com outras instâncias da sociedade e tomem decisões em conjunto a favor da classe e da população que usa seus serviços. “

Junia Jorge R. Cordeiro é

Bacharel em Terapia Ocupacional pela UFMG de Belo

Horizonte, fez Estágio de Aperfeiçoamento em Reabilitação Cardíaca no Reino Unido,

Mestrado em Reabilitação Pulmonar na UNIFESP de São Paulo e MBA em Gestão de

Saúde na Insper. Estará presente no XIII Congresso

Brasileiro de Terapia Ocupacional palestrando sobre Empreendedorismo e Terapia

Ocupacional.

O XIII Congresso Brasileiro

de Terapia Ocupacional será realizado entre os dias 13 e 16

de outubro na cidade de Florianópolis em Santa Catarina.

Acesse: www.cbto2013.com.br

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