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4 Implantação do BRT 6 DE DEZEMBRO DE 2013 6 DE DEZEMBRO DE 2013 5 Implantação do BRT Avenidas da região vão ser repaginadas SERÃO CONSTRUÍDOS MAIS QUATRO VIADUTOS E TRÊS TÚNEIS NA GRANDE VITÓRIA JOÃO CARLOS FRAGA PORTAL do Príncipe começa a ser construído no início do ano que vem, e o projeto prevê a construção de um viaduto na Avenida América, que vai ligar o bairro Cobi ao bairro Jardim América João Carlos Fraga Com o projeto executivo por finalizar até o final de dezembro deste ano, o BRT vai provocar mudanças significativas nas principais avenidas da Grande Vitória. O projeto executivo é necessário para que a obra seja executada completamente. Ao todo, serão construídos 4 viadutos e 3 tú- neis em alguns trechos dos 35 Km de per- curso do sistema de transporte rápido. A expectativa é que a licitação para contra- tar a empresa para o início das obras seja aberta até o primeiro semestre de 2014. O BRT vai passar por 17 avenidas nas ci- dades de Serra, Vitória, Cariacica e Vila Ve- lha.Porexemplo,naSerra,emfrenteaoHos- pital Vitória Apart, vai passar um túnel por baixo da BR 101 até a Avenida João Palácios, onde se localiza o shopping Mestre Álvaro. Vitória é a cidade que mais vai ter mu- danças nas avenidas. A Avenida Fernan- do Ferrari vai ser cortada por um viaduto. A Ufes vai contar outra vez com uma pas- sarela, que vai ligar o Portal do BRT, no canteiro central da Fernando Ferrari, até a universidade. Além da Fernando Ferrari, a região da Ilha do Príncipe também vai sofrer mo- dificações com a implantação do Portal do Príncipe. Um viaduto para caminhões vai dar acesso ao porto de Vitória. A Avenida Beira-Mar, no Centro de Vitória, também vai ter um viaduto li- gando à Avenida Vitória, além de um túnel na Praça do Índio. Outro local, em Vitória, que vai receber um túnel é Avenida César Hilal. Ao todo, vão ser construídos na Capital três túneis e três viadutos. O quarto viaduto vai ser em Vila Velha, na Avenida América, em Nova América, por onde o sistema BRT vai passar vindo do Terminal de Jardim América, em Ca- riacica, até a Avenida Carlos Lindenberg, em Cobi. A região de São Torquato, em Vila Ve- lha, vai ter o trânsito modificado. Na Cin- co Pontes , só vai passar BRT e caminhões. Os moradores da região de São Torquato e os que moram nos bairros próximos a Itaquari, em Cariacica, vão contar com uma alternativa para a Segunda Ponte, onde só vão passar carros. AS OBRAS E OS PROBLEMAS Com as obras do BRT nas principais Avenidas da Grande Vitória será inevitá- vel os transtornos. A exemplo da progra- ma Águas Limpas, da Cesan, os motoris- tas podem sofrer com congestionamen- tos em vários pontos das cidades. Segundo o professor de Arquitetura e Urbanismo da Ufes, André Abe, os trans- tornos podem ser minimizados com pla- nejamento e com construções com tecno- logia de montagem. “Para evitar o trân- sito durante as obras, deve haver plane- onde não tinha antes. Não dá para ter coi- sas que levam meses para serem feitas, porque custa dinheiro parar a cida- de”afirma o professor. O secretário de Transporte e Obras Pú- blicas, Fábio Damasceno, reconhece os transtornos que as obras vão causar. “Para a implementação do projeto, vai ter que diminuir uma faixa da via. A obra, pro- priamente dita, acontece mais na constru- ção das estações do que ao longo das ave- nidas, mas algum transtorno traz. Vai ha- ver pontos de conflito que têm que fazer mais rápido,” reconhece. O secretário Fabio Damasceno ressalta que há alternativas para minimização do trânsito. Segundo ele, existem algumas obras complementares que vêm antes da implantação do BRT. “O que não pode é fazer ao mesmo tempo. Não pode haver obra na Reta da Penha toda. Faz-se um pedaço, depois vai seguindo ao longo da avenida e vai liberando a via a medida que vai acabando.” MUDANÇA DE VISUAL DEVE SER BEM PENSADA, DIZ URBANISTA Ao todo, a Região Metropolitana de Vi- tória vai ganhar quatro viadutos e 3 tú- neis. Mas a construção deles pode preju- dicar o visual das cidades. É o que tam- bém alerta o professor da Ufes, André Abe. “Você tem viadutos passando pelas janelas. Tem que manter a escala huma- na da cidade. Se você passa uma linha elevada em toda a Beira-Mar seria uma beleza. Só que o visual entre a ilha e o mar dançaria”. “O viaduto agride dependendo do local e dependendodaconfiguração.Umaouduas está dentro do contexto urbano. Depende deprojetoarquitetônicomaisleveemaises- belto, afastado das edificações. Essa é uma ferramentaque,paranossaconfiguraçãode terreno com mangue e aterro, é muito me- lhor do que um túnel”, contrapõe o secre- tário Fábio Damasceno.. Outrapreocupaçãosãoosviadutos.Mo- radores de rua podem usar os espaços de baixo das estruturas para morar. Além dis- so, até usuários de drogas podem ficar no local. O professor da Ufes destaca que há opções para ocupar esses espaços. “Tem que verificar os impactos visuais. Viaduto não é só o que passa em cima, mas o que passa em baixo também. Em outras cidades, eles têm utilizado debai- xo dos viadutos para fazer shoppings, mercados, para fazer feiras e uma série de coisas”, afirma Abe. BRT PODE VALORIZAR IMÓVEIS DE REGIÕES PRÓXIMAS ÀS AVENIDAS As novas construções e intervenções em avenidas da Grande Vitória por onde vão passar o BRT podem valorizar as re- giões próximas. Foi o que aconteceu de outras cidades do país. No Rio de Janeiro, por exemplo, em 2012, os preços de casas e apartamentos próximos às estações do BRT aumentaram cerca de 150%, segun- do o jornal carioca O Dia, em maio de 2012. Para o presidente da Associação das Em- presas do Mercado Imobiliário do Espírito Santo (Ademi), Juarez Gustavo Soares, a expectativa de valorização é progressiva e não chega ao nível do Rio de Janeiro. “É difícil mensurar antes de acontecer formal- mente. Eu não vejo, pelo menos nesse pri- meiro momento da implantação do BRT, uma possibilidade de valorização no pata- mar de 150%. Mas eu creio que é da ordem de 20% a 25% de valorização. É algo plau- sível de valorização na medida em que o BRT estiver consolidado”, aponta o presi- dente. Juarez Soares afirma que as mudanças positivas dos preços dos imóveis ocorrem quando há investimentos do poder público na cidade e para mobilidade urbana. “Toda a intervenção do poder público impacta na cidade e naturalmente no mercado imobi- liário, uma intervenção dessa magnitude, como o BRT, impacta na medida que con- solida eixos já definidos. E como hoje a questão da mobilidade é um desafio para toda a cidade a medida que são apresen- tadas soluções, isso impacta positivamente no mercado”, destaca. A variação de preços pode ocorrer de região para região, entretanto, de acordo com o presidente da Ademi, as áreas me- nos valorizadas podem ganhar destaque nos preços. “Em termo de percentual de valorização maior, normalmente as áreas menos nobres, elas percentualmente, de- verão valorizar mais, porque saem de um patamar mais baixo. Mas a valorização deverá ocorrer em todo o percurso do BRT. Um pouco mais ou um pouco menos em determinadas regiões, há diferencia- ção em função do perfil de cada região. Na Reta da Penha, por exemplo, o impac- to maior será nos imóveis comerciais. Em Vila Velha, nos imóveis residenciais”. A obra, propriamente dita, acontece mais na construção das estações do que ao longo das avenidas, mas algum transtorno traz. Vai haver pontos de conflito que têm que fazer mais rápido” Fabio Damasceno Secretário de Transportes e Obras Públicas do Espírito Santo Avenida Princesa Isabel não terá tráfego de carros A Avenida Princesa Isabel, no Centro de Vitória, vai ter o tráfego modificado e a reurbanização do local. Somente pas- sarão pedestres, ciclistas e o sistema BRT. As calçadas vão se ajustadas para estar ao nível das portas do novo trans- porte. Contudo, isso está preocupando alguns comerciantes da Avenida. Com o BRT, carros e caminhões dei- xaram de passar pelo local. Isso pode prejudicar as lojas que recebem entre- gas. Fabrízio Verzola, dono de restau- rante na Avenida, revela preocupação. “Vai prejudicar, se não puder passar veículos de transporte de carga e nem carro, complica. Os caminhões descar- regam na frente do restaurante e até mesmo quando faço compras rápidas, eu paro o carro aqui na frente”. Além do problema com os cami- nhões de entrega, outra preocupação é os estabelecimentos que têm estacio- namento privativo para clientes, como destaca o gerente de supermercado lo- calizado na Avenida, Alexandre Leão. “Se não puder passar carros na Aveni- da Princesa Isabel, como os meus clientes que possuem carro vão chegar ao supermercado?”. O gerente acrescenta que não há op- ções para colocar os carros dos clientes em outro local. “Não tenho condições abrir uma entrada por outro lugar, mi- nha garagem é aqui virada para a Av. Princesa Isabel. Só há uma entrada e uma saída do estacionamento que é pela Princesa Isabel”, reclama. A Secretaria de Estado e Transporte e Obras Públicas informa que morado- res, donos de vaga, trabalhadores e clientes terão acesso à avenida com si- nalização adequada. AVENIDA João Palácios vai receber um viaduto na altura da BR 101, próximo ao hospital Vitória Apart, em Carapina, em direção ao Shopping Mestre Álvaro COMERCIANTES da avenida estão preocupados com estacionamento e entrega de cargas jamento e projetos. O próprio projeto tem que ser modificado de maneira que utilize tecnologias para que não sejam tão impactantes no cotidiano, como os pré-fabricados, pré-moldados e pré-montados. Algo que funcione à noi- te e chega, de manhã, está uma viaduto JOÃO CARLOS FRAGA Para evitar o trânsito durante as obras, deve haver planejamento e projetos. Não dá para ter coisas que levam meses para ser feitas” André Abe Professor de Arquitetura e Urbanismo da Ufes

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4 Implantação do BRT 6 DE DEZEMBRO DE 2013 6 DE DEZEMBRO DE 2013 5Implantação do BRT

Avenidas da regiãovão ser repaginadas

SERÃO CONSTRUÍDOS MAIS QUATRO VIADUTOS E TRÊS TÚNEIS NA GRANDE VITÓRIA

JOÃO CARLOS FRAGA

PORTAL do Príncipe começa a ser construído no início do ano que vem, e o projeto prevê a construção de um viaduto na Avenida América, que vai ligar o bairro Cobi ao bairro Jardim América

João Carlos Fraga

Com o projeto executivo por finalizaraté o final de dezembro deste ano, o BRTvaiprovocarmudançassignificativasnasprincipais avenidas da Grande Vitória. Oprojetoexecutivoénecessárioparaqueaobra seja executada completamente. Aotodo, serãoconstruídos4viadutose3 tú-neis emalguns trechosdos35Kmdeper-curso do sistema de transporte rápido. Aexpectativa é que a licitação para contra-tar a empresa para o início das obras sejaaberta até o primeiro semestre de 2014.

O BRT vai passar por 17 avenidas nas ci-dades de Serra, Vitória, Cariacica e Vila Ve-lha.Porexemplo,naSerra,emfrenteaoHos-pital Vitória Apart, vai passar um túnel porbaixodaBR101atéaAvenidaJoãoPalácios,onde se localiza o shopping Mestre Álvaro.

Vitória é a cidade que mais vai ter mu-danças nas avenidas. A Avenida Fernan-doFerrarivaisercortadaporumviaduto.A Ufes vai contar outra vez com uma pas-sarela, que vai ligar o Portal do BRT, nocanteiro central da Fernando Ferrari, atéa universidade.

Além da Fernando Ferrari, a região daIlha do Príncipe também vai sofrer mo-dificações com a implantação do Portaldo Príncipe. Um viaduto para caminhõesvai dar acesso ao porto de Vitória.

A Avenida Beira-Mar, no Centro deVitória, também vai ter um viaduto li-

gando à Avenida Vitória, além de umtúnel na Praça do Índio. Outro local,em Vitória, que vai receber um túnel éAvenida César Hilal. Ao todo, vão serconstruídos na Capital três túneis etrês viadutos.

Oquartoviadutovai seremVilaVelha,na Avenida América, em Nova América,por onde o sistema BRT vai passar vindodo Terminal de Jardim América, em Ca-riacica, atéaAvenidaCarlosLindenberg,em Cobi.

A região de São Torquato, em Vila Ve-lha,vai tero trânsitomodificado.NaCin-coPontes,sóvaipassarBRTecaminhões.Os moradores da região de São Torquatoe os que moram nos bairros próximos aItaquari, em Cariacica, vão contar comuma alternativa para a Segunda Ponte,onde só vão passar carros.

AS OBRAS E OS PROBLEMASCom as obras do BRT nas principais

Avenidas da Grande Vitória será inevitá-vel os transtornos. A exemplo da progra-ma Águas Limpas, da Cesan, os motoris-tas podem sofrer com congestionamen-tos em vários pontos das cidades.

Segundo o professor de Arquitetura eUrbanismo da Ufes, André Abe, os trans-tornos podem ser minimizados com pla-nejamentoecomconstruçõescomtecno-logia de montagem. “Para evitar o trân-sito durante as obras, deve haver plane-

ondenãotinhaantes.Nãodáparatercoi-sas que levam meses para serem feitas,porque custa dinheiro parar a cida-de”afirma o professor.

O secretário de Transporte e Obras Pú-blicas, Fábio Damasceno, reconhece ostranstornosqueasobrasvãocausar. “Paraa implementação do projeto, vai ter quediminuir uma faixa da via. A obra, pro-priamentedita,acontecemaisnaconstru-ção das estações do que ao longo das ave-nidas, mas algum transtorno traz. Vai ha-ver pontos de conflito que têm que fazermais rápido,” reconhece.

OsecretárioFabioDamascenoressaltaque há alternativas para minimização dotrânsito. Segundo ele, existem algumasobras complementares que vêm antes daimplantação do BRT. “O que não pode éfazer ao mesmo tempo. Não pode haverobra na Reta da Penha toda. Faz-se umpedaço, depois vai seguindo ao longo daavenida e vai liberando a via a medidaque vai acabando.”

MUDANÇADEVISUALDEVESERBEMPENSADA,DIZURBANISTA

Aotodo,aRegiãoMetropolitanadeVi-tória vai ganhar quatro viadutos e 3 tú-neis. Mas a construção deles pode preju-dicar o visual das cidades. É o que tam-bém alerta o professor da Ufes, AndréAbe. “Você tem viadutos passando pelasjanelas. Tem que manter a escala huma-

na da cidade. Se você passa uma linhaelevada em toda a Beira-Mar seria umabeleza.Sóqueovisualentreailhaeomardançaria”.

“Oviadutoagridedependendodolocaledependendodaconfiguração.Umaouduasestá dentro do contexto urbano. Dependedeprojetoarquitetônicomaisleveemaises-belto, afastado das edificações. Essa é umaferramentaque,paranossaconfiguraçãodeterreno com mangue e aterro, é muito me-lhor do que um túnel”, contrapõe o secre-tário Fábio Damasceno..

Outrapreocupaçãosãoosviadutos.Mo-radores de rua podem usar os espaços debaixo das estruturas para morar. Além dis-so, até usuários de drogas podem ficar nolocal. O professor da Ufes destaca que háopções para ocupar esses espaços.

“Temqueverificarosimpactosvisuais.Viaduto não é só o que passa em cima,mas o que passa em baixo também. Emoutras cidades, eles têm utilizado debai-xo dos viadutos para fazer shoppings,mercados, para fazer feiras e uma sériede coisas”, afirma Abe.

BRTPODEVALORIZARIMÓVEISDEREGIÕESPRÓXIMASÀSAVENIDAS

As novas construções e intervençõesem avenidas da Grande Vitória por ondevão passar o BRT podem valorizar as re-giões próximas. Foi o que aconteceu deoutrascidadesdopaís.NoRiodeJaneiro,porexemplo,em2012,ospreçosdecasase apartamentos próximos às estações doBRTaumentaramcercade150%, segun-do o jornal carioca O Dia, em maio de2012.

ParaopresidentedaAssociaçãodasEm-presas do Mercado Imobiliário do EspíritoSanto (Ademi), Juarez Gustavo Soares, aexpectativa de valorização é progressiva enão chega ao nível do Rio de Janeiro. “Édifícilmensurarantesdeacontecerformal-mente. Eu não vejo, pelo menos nesse pri-meiro momento da implantação do BRT,uma possibilidade de valorização no pata-marde150%.Maseucreioqueédaordemde20%a25%devalorização.Éalgoplau-sível de valorização na medida em que oBRT estiver consolidado”, aponta o presi-dente.

Juarez Soares afirma que as mudançaspositivas dos preços dos imóveis ocorremquandoháinvestimentosdopoderpúbliconacidadeeparamobilidadeurbana.“Todaaintervençãodopoderpúblicoimpactanacidade e naturalmente no mercado imobi-liário, uma intervenção dessa magnitude,como o BRT, impacta na medida que con-solida eixos já definidos. E como hoje aquestão da mobilidade é um desafio paratoda a cidade a medida que são apresen-tadassoluções,issoimpactapositivamenteno mercado”, destaca.

A variação de preços pode ocorrer deregiãopararegião,entretanto,deacordocom o presidente da Ademi, as áreas me-nos valorizadas podem ganhar destaquenos preços. “Em termo de percentual devalorizaçãomaior,normalmenteasáreasmenosnobres,elaspercentualmente,de-verãovalorizarmais,porquesaemdeumpatamar mais baixo. Mas a valorizaçãodeverá ocorrer em todo o percurso doBRT.Umpoucomaisouumpoucomenosem determinadas regiões, há diferencia-ção em função do perfil de cada região.NaRetadaPenha,porexemplo,o impac-tomaiorserános imóveiscomerciais.EmVila Velha, nos imóveis residenciais”.

A obra,propriamente dita,acontece mais na

construção dasestações do que aolongo das avenidas,

mas algumtranstorno traz. Vai

haver pontos deconflito que têm quefazer mais rápido”

Fabio DamascenoSecretário de Transportes e Obras Públicas do

Espírito Santo

Avenida Princesa Isabelnão terá tráfego de carrosAAvenidaPrincesaIsabel,noCentrodeVitória, vai ter o tráfego modificado e areurbanização do local. Somente pas-sarão pedestres, ciclistas e o sistemaBRT. As calçadas vão se ajustadas paraestar ao nível das portas do novo trans-porte. Contudo, isso está preocupandoalguns comerciantes da Avenida.

Com o BRT, carros e caminhões dei-xaram de passar pelo local. Isso podeprejudicar as lojas que recebem entre-gas. Fabrízio Verzola, dono de restau-rantenaAvenida,revelapreocupação.“Vai prejudicar, se não puder passarveículos de transporte de carga e nemcarro,complica.Oscaminhõesdescar-regam na frente do restaurante e atémesmo quando faço compras rápidas,eu paro o carro aqui na frente”.

Além do problema com os cami-nhões de entrega, outra preocupação

éosestabelecimentosquetêmestacio-namentoprivativoparaclientes,comodestacaogerentedesupermercadolo-calizado na Avenida, Alexandre Leão.“Se não puder passar carros na Aveni-da Princesa Isabel, como os meusclientesquepossuemcarrovãochegarao supermercado?”.

Ogerenteacrescentaquenãoháop-çõesparacolocaroscarrosdosclientesem outro local. “Não tenho condiçõesabrir uma entrada por outro lugar, mi-nha garagem é aqui virada para a Av.Princesa Isabel. Só há uma entrada euma saída do estacionamento que épela Princesa Isabel”, reclama.

A Secretaria de Estado e TransporteeObrasPúblicas informaquemorado-res, donos de vaga, trabalhadores eclientes terão acesso à avenida com si-nalização adequada.

AVENIDA João Palácios vai receber um viaduto na altura da BR 101, próximo ao hospital Vitória Apart, em Carapina, em direção ao Shopping Mestre Álvaro

COMERCIANTES da avenida estão preocupados com estacionamento e entrega de cargas

jamento e projetos. O próprio projetotemquesermodificadodemaneiraqueutilize tecnologias para que não sejamtãoimpactantes nocotidiano,comoospré-fabricados, pré-moldados epré-montados.Algoquefuncioneànoi-te e chega, de manhã, está uma viaduto

JOÃO CARLOS FRAGA

Para evitar otrânsito duranteas obras, deve

haverplanejamento e

projetos. Não dápara ter coisas

que levam mesespara ser feitas”

André AbeProfessor de Arquitetura e

Urbanismo da Ufes

Documento:AGazeta_06_12_2013 1a. 20028.Caderno Residentes_EC_Especial Compacto_4-5.PS;Página:1;Formato:(548.22 x 382.06 mm);Chapa:Composto;Data:09 de Dec de 2013 14:46:44