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  • GEOGRAFIAHISTRIA E

    SO PAULO 2010

    500

    475

    450

    425

    400

    375

    350

    325

    300

    275

    250

    225

    200

    175

    150

    125

    100

    75

    50

    25

    RELATRIOPEDAGGICO

    2009SARESP

  • Prezados professores e gestores,

    A divulgao dos resultados do SARESP 2009 por meio de relatrios pedaggicos, encontros presen-ciais e a distncia representa uma ao complementar avaliao propriamente dita que permitir s escolas reetirem sobre seu processo de ensino-aprendizagem e reorganizarem seu projeto pedaggico com base em dados objetivos.

    Os relatrios procuram subsidiar as aes pedaggicas, apresentando formas possveis de interveno nas prticas escolares tendo sempre como objetivo a construo de um projeto que conduza melhoria nos processos de ensino do professor e de aprendizagem dos alunos.

    Os resultados do SARESP 2009 mostram uma evoluo positiva: um nmero maior de alunos apren-deu mais nas disciplinas e sries avaliadas. Assim sendo, o esforo e dedicao de todos tm se mostrado produtivo. Parabenizo os gestores e professores que aderiram luta pela qualicao da educao pblica do Estado de So Paulo.

    Paulo Renato SouzaSecretrio de Estado da Educao

  • SUMRIO

    APRESENTAO 7

    PARTE 1 DADOS GERAIS 9

    1. O SARESP 2009 9

    1.1. Caractersticas do SARESP 2009 14

    1.2. Aplicao da avaliao 16

    2. Instrumentos do SARESP 2009 19

    2.1. Provas escritas 20

    2.2. Questionrios de contexto 23

    3. Abrangncia do SARESP 2009 25

    4. Nveis de procincia do SARESP 2009 31

    PARTE 2 RESULTADOS 35

    1. RESULTADOS DO SARESP 2009: 6/7 E 8/9 SRIES/ANOS DO EF E 3 SRIE DO EM GEOGRAFIA E HISTRIA 35

    1.1. Mdias de procincia em Geograa da Rede Estadual SARESP 2009 36

    1.2. Mdias de procincia em Histria da Rede Estadual SARESP 2009 37

    1.3. Distribuio nos nveis de procincia em Geograa e Histria SARESP 2009 39

    PARTE 3 ANLISE PEDAGGICA DOS RESULTADOS 45

    1. PRINCPIOS CURRICULARES E MATRIZES DE REFERNCIA PARA A AVALIAO DO SARESP GEOGRAFIA E HISTRIA 45

    1.1. O Currculo de Geograa 47

    1.2. O Currculo de Histria 51

    2. ANLISE DO DESEMPENHO DOS ALUNOS EM GEOGRAFIA E HISTRIA POR SRIE/ANO E NVEL 55

    2.1. Anlise do desempenho na 6 srie/7 ano do EF Geograa e Histria 59

    2.2. Exemplos de itens da prova SARESP 2009 por nvel 6 srie/7 ano do EF Geograa e Histria 67

    2.3. Anlise do desempenho na 8 srie/9 ano do EF Geograa e Histria 111

    2.4. Exemplos de itens da prova SARESP 2009 por nvel 8 srie/9 ano do EF Geograa e Histria 119

    2.5. Anlise do desempenho na 3 srie do EM Geograa e Histria 137

    2.6. Exemplos de itens da prova SARESP 2009 por nvel 3 srie do EM Geograa e Histria 147

  • 54. RECOMENDAES PEDAGGICAS 195

    6/7 srie/ano do EF 196

    8/9 srie/ano do EF 199

    3 srie do EM 201

    5. CONSIDERAES FINAIS 203

    ANEXOS 207

    Descrio da escala de procincia em Geograa 6/7 e 8/9 sries/anos do EF e 3 srie EM SARESP 2009 208

    Escala de procincia em Geograa 209

    Descrio da escala de procincia em Histria 6/7 e 8/9 sries/anos do EF e 3 srie EM SARESP 2009 218

    Escala de procincia em Histria 219

  • 6

  • 7APRESENTAO

    Os relatrios pedaggicos que ora apresentamos fazem parte de uma srie de aes para a discusso do SARESP 2009. Eles apresentam uma anlise qualitativa dos resultados.

    Na Parte 1, so apresentados os resultados gerais da Rede Estadual no SARESP 2009. Na Parte 2, so apresentados os resultados gerais da Rede Estadual nas disciplinas avaliadas. Na Parte 3, esses resultados so analisados e interpretados em uma perspectiva didtica que envolve os conhecimentos a serem ensina-dos e aprendidos em cada disciplina e srie/ano avaliados.

    No decorrer dos relatrios, h espaos para reexo individual ou coletiva. So orientaes de trabalho denominadas SARESP na Escola. A nalidade delas contextualizar os dados gerais em cada instituio de ensino. Os professores podem, se desejar, desenvolver as propostas de anlise em conjunto com os seus colegas.

    O SARESP deve ser compreendido como mais um instrumento que est a servio da escola. Os dados precisam ser contextualizados e compreendidos por todos aqueles que vivem a educao escolar: polticos, tcnicos, gestores, professores, pais e alunos. Ao mesmo tempo dever de todos transform-los em propos-tas de ao que gerem a melhoria do processo de ensino-aprendizagem.

    Cada escola pode, a partir dos seus resultados, localizar seus pontos fortes e aqueles que precisam de um tratamento mais pontual. O SARESP cumpre assim seu objetivo maior: subsidiar, com base em um diagnstico preciso, a retomada da Proposta Pedaggica da escola.

    Os resultados da avaliao devem se reetir em uma mudana de postura nas situaes de ensino-aprendizagem, na perspectiva de garantir que os alunos aprendam os conhecimentos bsicos indicados no Currculo, para que possam continuar seus estudos com sucesso.

    Maria Ins FiniCoordenao geral

  • 6 srie/7 anoEnsino Fundamental

    8 srie/9 anoEnsino Fundamental

    3 srieEnsino Mdio

    1. O SARESP 2009

    PARTE 1 DADOS GERAIS

  • 10

    O SARESP uma avaliao censitria, uma vez que se trata de um sistema que avalia o ensino em sua totalidade: todas as escolas da Rede Estadual do ensino regular e todos os alunos das sries/anos avaliados dos Ensinos Fundamental e Mdio.

    A partir de 2007, com a introduo de mudanas tericas e metodolgicas no SARESP, foi que ele se tornou objeto de avaliao anual contnua para as 2/3, 4/5, 6/7 e 8/9 sries/anos do Ensino Fundamental e a 3 srie do Ensino Mdio, em Lngua Portuguesa e Matemtica; a partir de 2008, outras disciplinas foram includas com a avaliao bianual. Ou seja, em 2008, foi avaliado o desempenho em Cincias (Ensino Fundamental) e Biologia, Fsica e Qumica (Ensino Mdio) para as 6/7 e 8/9 sries/anos do Ensino Fundamental e a 3 srie do Ensino Mdio. Em 2009, foi avaliado o desempenho em Histria e Geograa para as 6/7 e 8/9 sries/anos do Ensino Fundamental e a 3 srie do Ensino Mdio. Em 2010, ser avaliado o desempenho em Cincias (Ensino Fundamental) e Biologia, Fsica e Qumica (Ensino Mdio) para as 6/7 e 8/9 sries/anos do Ensino Fundamental e a 3 srie do Ensino Mdio.

    A partir de 2008, o SARESP tem Matrizes prprias de avaliao que retratam os conhecimentos ensi-nados-aprendidos no Currculo proposto para a Rede Estadual.

    As Matrizes de Referncia para a Avaliao de Lngua Portuguesa, Matemtica, Cincias (Ensino Fundamental), Biologia, Fsica e Qumica (Ensino Mdio), Histria e Geograa foram construdas com base nas Propostas Curriculares dessas disciplinas e validadas pelos professores coordenadores das ocinas pedaggicas.

    As Matrizes de Referncia para a Avaliao no devem ser confundidas com o Currculo. Por seus objetivos especcos, assim como pela natureza de suas competncias e habilidades, elas representam um recorte representativo das estruturas mais gerais de conhecimento em cada rea traduzidas em habilidades operacionais que vo permitir aos alunos o desenvolvimento das aprendizagens esperadas em cada etapa de ensino-aprendizagem, tais como podem ser aferidas em uma situao de prova escrita.

    At o momento, o SARESP j realizou doze avaliaes do sistema de ensino do Estado de So Paulo, com a participao macia da rede pblica estadual. Alm disso, foram registradas participaes expressivas, em alguns desses anos, de redes municipais e, em menor grau, de escolas particulares. Em 2009, as Escolas Tcnicas Estaduais tambm aderiram ao SARESP.

    O SARESP consiste em uma avaliao externa do desempenho dos alunos do Ensino Fundamental (EF) e do Ensino Mdio (EM) do Estado de So Paulo, e subsidia a SEE Secretaria de Estado da Educao de So Paulo nas tomadas de deciso quanto s polticas pblicas voltadas melhoria da educao paulista.

    Neste sentido, o SARESP se prope a vericar o rendimento escolar dos estudantes e a identicar fatores nele intervenientes, fornecendo informaes relevantes ao sistema de ensino, s equipes tcnico- -pedaggicas das Diretorias de Ensino (DEs) e s escolas.

    Desse modo, o SARESP contribui para racionalizar a estrutura administrativa, com o intuito de fortalecer a autonomia das DEs e das escolas e aumentar a ecincia dos servios educacionais em So Paulo.

  • 11

    Com as informaes fornecidas, o SARESP subsidia a gesto educacional, os programas de formao continuada do magistrio, o planejamento escolar e o estabelecimento de metas para o projeto de cada escola, na medida em que fornece a cada uma delas informaes especcas sobre o desempenho de seus prprios alunos, apontando ganhos e diculdades, bem como os aspectos curriculares que exigem maior ateno.

    Entre os objetivos do SARESP incluem-se tambm: o estabelecimento, nas diferentes instncias da SEE, de competncia institucional na rea de avaliao; a criao e a manuteno de um uxo de informaes entre a SEE, as demais redes de ensino e as unidades escolares; e o fortalecimento de uma cultura avaliativa externa renovada no Estado de So Paulo.

    Os resultados do SARESP so utilizados tambm como referncia ao Programa de Incentivo Boa Gesto na Escola (IDESP), que prev o estabelecimento de metas de melhoria da qualidade do ensino por unidade escolar. O IDESP (ndice de Desenvolvimento da Educao do Estado de So Paulo) um indicador de qualidade das sries/anos iniciais (1 a 4 sries/1 a 5 anos) e nais (5 a 8 sries/6 a 9 anos) do Ensino Fundamental e do Ensino Mdio. Na avaliao de qualidade das escolas feita pelo IDESP consideram-se dois critrios complementares: o desempenho dos alunos nos exames do SARESP e o uxo escolar. O IDESP tem o papel de dialogar com a escola, fornecendo um diagnstico de sua qualidade, apontando os pontos em que precisa melhorar e sinalizando sua evoluo ano a ano.

    O cumprimento das metas representa para as escolas incentivos na remunerao de toda a equipe escolar. J as escolas que no cumprirem suas metas tm apoio especial da superviso e coordenao peda-ggica para o desenvolvimento de aes voltadas a melhorar a aprendizagem e o desempenho escolar.

    Convm lembrar que, dados os objetivos do SARESP, os resultados dos alunos no esto articulados seleo ou promoo, mas vericao de que competncias e habilidades, entre as propostas para cada etapa de ensino-aprendizagem escolar, revelam-se em efetivo desenvolvimento entre os alunos.

    Na avaliao da prova do SARESP no h previso de conceito zero ou dez para o aluno, como ocorre normalmente em outros tipos de avaliao (vestibulares, exames e concursos) que tm como objetivo denir quantos e quais participantes podem ou mesmo devem, em virtude de seus desempenhos diferenciados no teste, ser selecionados, promovidos; ou, ainda, contemplados com o cargo, ttulo, ou prmio em jogo. O objetivo do SARESP no penalizar ou premiar o aluno, mas avaliar a rede como um todo em que esse aluno est inserido.

    A avaliao promovida pelo SARESP tem, entretanto, objetivos outros, essencialmente diagnsticos. Trata-se de aferir as competncias e habilidades que os alunos puderam desenvolver no contexto da Rede Estadual de ensino, tomando-se como referncias as aprendizagens denidas para as cinco diferentes sries/anos da educao bsica avaliados. Com base nesse diagnstico, pretende-se, ento, subsidiar um planeja-mento ecaz da educao pblica estadual, assim como a elaborao de estratgias e programas voltados para o atendimento de demandas especcas detectadas pelo processo de avaliao.

    Assim, no se trata de promover nem de premiar ningum; razo pela qual no h, tampouco, por que penalizar, seja quem for. Nesse sentido, os sujeitos avaliados pelo SARESP so, antes de tudo, alunos, que pretendemos conhecer melhor como aprendizes para que possamos cada vez mais e melhor conduzi-los na busca pela realizao pessoal e prossional que, acreditamos, s se alcana com uma boa escola.

  • 12

    SARESP NA ESCOLA

    Professor(a), no decorrer deste documento, h espaos para reexo individual ou cole-tiva. Eles so denominados SARESP NA ESCOLA. A nalidade deles contextualizar os dados gerais apresentados nos tpicos dos relatrios em cada instituio de ensino.

    O SARESP se caracteriza como uma avaliao externa que produz indicadores para esta-belecer um diagnstico do sistema educacional. Seus resultados so fundamentais para gerar estratgias de melhoria da educao.

    As instituies escolares recebem os boletins com seus resultados especcos e podem, a partir deles, analisar a qualidade do ensino oferecido sua comunidade e as variveis que inuenciam nos resultados.

    O SARESP deve ser compreendido como mais um instrumento que est a servio da escola. Os dados precisam ser contextualizados e compreendidos por todos aqueles que vivem a educao escolar: polticos, tcnicos, gestores, professores, pais e alunos.

    Para uma anlise mais global dos resultados, conhea o Boletim do SARESP de sua escola e as publicaes que esto sendo divulgadas. So trs volumes:

    Relatrio Pedaggico SARESP 2009 Lngua PortuguesaRelatrio Pedaggico SARESP 2009 MatemticaRelatrio Pedaggico SARESP 2009 Cincias Humanas (Histria e Geograa)Os relatrios apresentam uma anlise qualitativa dos resultados no SARESP 2009 em

    Lngua Portuguesa, Matemtica e Cincias Humanas (Histria e Geograa).Reveja tambm os documentos publicados em 2009:Matrizes de Referncia para a Avaliao do SARESP: documento bsicoO documento apresenta todas as matrizes das disciplinas e sries/anos avaliados no

    SARESP e os referenciais terico-metodolgicos de sua construo.Matrizes de Referncia para a Avaliao do SARESP: Lngua PortuguesaMatrizes de Referncia para a Avaliao do SARESP: MatemticaMatrizes de Referncia para a Avaliao do SARESP: Cincias (Ensino Fundamental)

    e Biologia, Qumica e Fsica (Ensino Mdio)Matrizes de Referncia para a Avaliao do SARESP: Geograa e HistriaEsses documentos apresentam as Matrizes de Referncia para a Avaliao das disciplinas

    avaliadas no SARESP por sries/anos, os referenciais terico-metodolgicos de sua construo e um conjunto de itens que servem como exemplo para cada uma das habilidades descritas.

    Relatrio Pedaggico SARESP 2008 Lngua PortuguesaRelatrio Pedaggico SARESP 2008 MatemticaRelatrio Pedaggico SARESP 2008 Cincias (Ensino Fundamental) e Biologia,

    Qumica e Fsica (Ensino Mdio)

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    Os relatrios apresentam uma anlise qualitativa dos resultados no SARESP 2008 em Lngua Portuguesa, Matemtica e Cincias (Ensino Fundamental), Biologia, Qumica e Fsica (Ensino Mdio).

    O Boletim da Escola agora qualicado com as interpretaes e recomendaes peda-ggicas indicadas nos relatrios. Cada escola pode, a partir dos resultados, localizar seus pon-tos fortes e aqueles que precisam de um tratamento mais pontual. O SARESP cumpre assim seu objetivo maior de subsidiar, com base em um diagnstico preciso, a retomada da Proposta Pedaggica da escola.

    Professor, considere as informaes da Parte 1.Para reexo:O que o SARESP? O que ou quem o SARESP avalia? Voc considera que os resultados

    dessa avaliao podem ser utilizados para a melhoria da educao?Quais os usos dos resultados do SARESP? De que forma sua escola utiliza os resultados

    do SARESP?

  • 14

    1.1. CARACTERSTICAS DO SARESP 2009

    Em 2009, a Secretaria de Estado da Educao de So Paulo SEE realizou a dcima segunda edio do Sistema de Avaliao de Rendimento Escolar do Estado de So Paulo SARESP , continuando, assim, um processo sistemtico de diagnstico e monitoramento do sistema educacional do Estado de So Paulo, que vem sendo realizado desde 1996.

    A avaliao foi realizada em trs dias consecutivos. Nos dias 17, 18 e 19 de novembro de 2009, foram aplicadas provas de Lngua Portuguesa (Leitura e Redao), Matemtica e Cincias Humanas (Geograa e Histria) a toda a populao de alunos das escolas estaduais que incluem as sries/anos-alvo da edio do programa: 2, 4, 6 e 8 sries/3, 5, 7 e 9 anos do Ensino Fundamental (EF) e 3 srie do Ensino Mdio (EM). As provas foram aplicadas nos perodos da manh, da tarde e da noite, no horrio de incio das aulas.

    Alm das escolas estaduais, a edio de 2009 do SARESP contou com a adeso voluntria de 3.226 escolas municipais de 532 municpios paulistas, cujas despesas de participao caram, pela primeira vez, sob a responsabilidade do Governo do Estado de So Paulo, e abrangeu tambm 268 instituies de ensino particular, que desejaram participar da avaliao s suas prprias expensas.

    A edio de 2009 do SARESP manteve as caractersticas bsicas da nova estrutura de 2007, que pos-sibilitaram a sua continuidade como um sistema de avaliao externa capaz de realizar mensuraes vlidas e dedignas da procincia do alunado paulista e dos fatores a ela associados.

    Nesse sentido, os resultados de 2009 do SARESP tm como caractersticas bsicas:

    A utilizao, na concepo, elaborao e correo das provas, de um conjunto de tcnicas estatsti-tcas conhecido como Teoria da Resposta ao Item (TRI), que expressa os resultados do SARESP 2009 na mesma mtrica de edies anteriores deste mesmo teste e tambm na mtrica de avaliaes externas de mbito estadual e nacional, como o SAEB e a Prova Brasil. Tal procedimento permite, por exemplo: (1) comparar ano a ano os resultados de uma determinada unidade educacional de inte-resse, como uma dada escola ou Diretoria de Ensino, a m de se detectarem possveis variaes e tendncias das estimativas de aprendizagem; (2) cotejar os resultados das diversas unidades educa-cionais envolvidas, e tambm comparar os resultados de So Paulo com os de outros Estados, redes de ensino e regies do Brasil.

    A construo de escalas de procincia prprias para as disciplinas de Geograa e Histria, o que pos-tsibilita um diagnstico mais preciso e eciente da procincia dos alunos avaliados nessas disciplinas.

    O uso da metodologia de Blocos Incompletos Balanceados (BIB) na montagem das provas da 4, 6 e t8 sries/5, 7 e 9 anos do EF e da 3 srie do EM, o que permite utilizar um grande nmero de itens por srie/ano e disciplina e medir contedos e habilidades com maior amplitude, embora cada aluno individualmente s responda a um subconjunto de itens, agrupados num pequeno nmero de blocos.

  • 15

    O uso de Matrizes de Referncia para cada disciplina avaliada, fazendo com que todos os itens de uma tprova estejam de acordo com os Parmetros Curriculares adotados pelo Estado.

    O uso, nas provas da 4, 6 e 8 sries/5, 7 e 9 anos do EF e na 3 srie do EM, de questes de ml-ttipla escolha, procedimento que no somente possibilita a correo automatizada dos testes, o que, por sua vez, produz enormes ganhos de rapidez na obteno dos resultados, como tambm garante a dedignidade de correo das questes. Por outro lado, nas provas da 2 srie/3 ano do EF, utilizam- -se questes abertas, que, no obstante, so corrigidas por especialistas orientados por critrios expl-citos de avaliao.

    A correo e interpretao dos resultados censitrios das redaes e das provas abertas de Matemtica, taplicadas a amostras estraticadas da populao de alunos, permitem analisar, com maior riqueza de deta-lhes, os mecanismos subjacentes ao ensino e aprendizagem de Lngua Portuguesa e Matemtica.

    A adoo de procedimentos rgidos de testagem. Eles incluram a superviso dos locais de prova por taproximadamente 9.000 scais externos e a aplicao dos testes por mais de 78.000 professores devi-damente selecionados e treinados para os procedimentos de testagem.

    A aplicao de questionrios contextuais aos alunos e aos pais, que possibilita uma melhor compreen-tso da associao entre a aprendizagem e os seus respectivos fatores contextuais.

    A aplicao (especca em 2009) de questionrios contextuais aos professores de Histria e tGeograa, que o responderam on-line, segundo um procedimento que facilita a apurao e a anlise dos resultados.

    A publicao dos resultados, desde os nveis mais altos de agregao o Estado como um todo at tas escolas, possibilitando, assim, uma viso transparente do sistema de ensino estadual, ao mesmo tempo que se preserva o anonimato de alunos e professores.

    A utilizao dos resultados do SARESP no clculo atualizado do ndice de Desenvolvimento da Educao tdo Estado de So Paulo (IDESP), permitindo, assim, que se observe o desempenho das escolas da Rede Estadual de So Paulo em relao s metas que lhes foram estabelecidas pela Secretaria de Educao.

    A adeso voluntria de redes municipais e de escolas particulares ao SARESP.t

  • 16

    1.2. APLICAO DA AVALIAO

    A aplicao do SARESP ocorreu nos dias 17, 18 e 19 de novembro de 2009, contando, para isso, com o apoio decisivo das equipes escolares, das Diretorias de Ensino de So Paulo e das Secretarias Municipais de Educao, que colaboraram no somente na preparao das escolas para a avaliao, como tambm na prpria aplicao das provas.

    No Quadro 1, a seguir, detalhado o cronograma de aplicao do SARESP 2009.

    Srie/Ano 1 dia 17/11/2009 2 dia 18/11/2009 3 dia 19/11/20092 srie/3 ano EF Lngua Portuguesa Matemtica 4 srie/5 ano EF Lngua Portuguesa e

    RedaoMatemtica*

    6/7 e 8/9 sries/anos EF

    Lngua Portuguesa e Redao

    Matemtica* Geograa e Histria

    3 srie EM Lngua Portuguesa e Redao

    Matemtica* Geograa e Histria

    Quadro 1: Cronograma de Aplicao do SARESP 2009

    (*) Nesta ocasio, foram tambm aplicadas provas com questes abertas de Matemtica a uma amostra estraticada de alunos da Rede Estadual.

    Alm disso, os testes contaram com a atuao de 78.468 aplicadores e de 8.895 scais de provas em todo o Estado, que foram devidamente selecionados e treinados em fases anteriores do programa. No treinamento e na atuao em campo desses aplicadores e scais, bem como dos demais encarregados da aplicao do SARESP 2009, utilizaram-se orientaes e procedimentos padronizados que foram devidamente explicitados em manuais especcos para este propsito, como o Manual do Aplicador (um destinado aos aplicadores das provas da 2 srie/3 ano EF e outro aos aplicadores das provas das demais sries/anos), o Manual do Fiscal, o Manual de Operaes e Logstica e o Manual de Orientao.

    A aplicao foi tambm acompanhada por representantes dos pais dos alunos, indicados pelo conselho de escola de cada estabelecimento de ensino, e por scais externos, contratados para zelar pela transparncia do processo avaliativo.

  • 17

    SARESP NA ESCOLA

    Professor(a), considere as informaes apresentadas nos tpicos 1.1 e 1.2.(Caractersticas do SARESP 2009 e Aplicao da avaliao) da Parte 1.Para reexo:De forma geral, como ocorreu a aplicao do SARESP 2009 em sua escola?A metodologia proposta pela Secretaria de Educao para aplicao do SARESP

    funcional?Como foi realizada a capacitao dos agentes da sua escola para a aplicao do SARESP

    2009? Ela foi suciente para esclarecer as dvidas de todos os participantes?A direo de sua escola planejou a aplicao do SARESP 2009? Como? Quais instrues

    foram recomendadas?Foi produzido um cronograma, detalhando dias, horrios, metodologia para a aplicao,

    recursos necessrios, locais, responsveis etc.? Esse cronograma foi distribudo para todos os participantes do SARESP (inclusive para os alunos)? O cronograma foi devidamente cumprido? Detalhe o cronograma previsto e indique se houve alguma mudana em relao ao que foi pre-visto e as razes das mudanas. Indique tambm o(os) responsvel(eis) pelas mudanas e de que forma elas foram decididas e comunicadas aos participantes.

    Quais atores da escola, da Diretoria de Ensino, da comunidade participaram do SARESP 2009? Quais foram suas responsabilidades?

    Complete as frases a seguir com sim ou no.Houve a atuao de professores da minha escola na aplicao das provas, mas em esco-

    las em que no lecionavam.Houve a presena de monitores externos na minha escola para vericar e garantir a uni-

    formidade dos padres utilizados na aplicao.Houve um processo de capacitao para a aplicao do SARESP e correo

    das redaes.

  • 6 srie/7 anoEnsino Fundamental

    8 srie/9 anoEnsino Fundamental

    3 srieEnsino Mdio

    2. INSTRUMENTOS DO SARESP 2009

  • 20

    2.1. PROVAS ESCRITAS

    Os itens utilizados na construo das provas do SARESP 2009 foram elaborados com base nas habili-dades indicadas nas Matrizes de Referncia para a Avaliao de Lngua Portuguesa, Matemtica e Cincias Humanas (Histria e Geograa) para sries/anos avaliados, a partir do Currculo proposto pela Coordenadoria de Estudos e Normas Pedaggicas (CENP) da SEE.

    As provas, destinadas aos alunos, compem-se de questes cognitivas que avaliam competncias, habi-lidades e contedos nas reas e sries/anos avaliados. No total, foram aplicadas provas de Lngua Portuguesa (Leitura e Redao), Matemtica, Cincias Humanas (Histria e Geograa), constituindo-se todas elas de itens que obedeciam s especicaes das matrizes de referncia de suas respectivas disciplinas, e que tambm apresentaram propriedades psicomtricas como as de dedignidade e diculdade desejveis, conforme mensuradas em seus respectivos pr-testes.

    As provas de 2 srie/3 ano do EF, por estarem voltadas para o incio do processo de alfabetizao, foram desenvolvidas com caractersticas diferentes das demais sries. As questes de Lngua Portuguesa e Matemtica foram elaboradas pela equipe da SEE-SP. Os quatro cadernos de prova de 2 srie / 3 ano do EF foram compostos por questes predominantemente abertas, 8 para Lngua Portuguesa e 17 para Matemtica. Para cada turno foram aplicadas provas equivalentes, sendo dois cadernos por perodo e dois por disciplina avaliada: Lngua Portuguesa e Matemtica.

    O objetivo central dos instrumentos de Lngua Portuguesa, nesta etapa de escolarizao, foi vericar o nvel de conhecimento sobre o sistema de escrita, a capacidade de ler com autonomia e a competncia escri-tora dos alunos. Em Matemtica foram pesquisadas entre os alunos de 2 srie/3 ano do EF as habilidades para operar com nmeros (ordenao, contagem, comparao), resolver problemas que envolvem adio e subtrao, identicar formas geomtricas tridimensionais, e foi solicitada, ainda, a realizao de tarefas envol-vendo leitura de informaes dispostas em calendrio, tabelas simples e grcos de colunas. A correo das provas dessas disciplinas foi feita, na Diretoria de Ensino, por docentes da rede de ensino capacitados para esta tarefa.

    Nas 4, 6 e 8 sries/5, 7, e 9 anos do EF e 3 srie do EM, as provas foram constitudas de itens de mltipla escolha. As provas de 4, 6 e 8 sries/5, 7 e 9 anos do EF e 3 srie do EM foram planejadas utilizando a metodologia de Blocos Incompletos Balanceados BIB. Este modelo de prova permite que as questes sejam reunidas em subconjuntos denominados blocos e organizados em grupos de diferentes combinaes. Em Lngua Portuguesa e Matemtica, houve 26 diferentes cadernos de prova por disciplina, sendo que, em cada uma delas, os alunos respondiam, individualmente, a um total de 24 questes, divididas em trs blocos de 8 questes cada, totalizando 104 questes para cada disciplina. Em Cincias Humanas (Histria e Geograa), 6 e 8 sries/7 e 9 anos do EF e 3 srie do EM, os alunos respondiam individual-mente a 32 questes divididas em dois blocos de Geograa e dois blocos de Histria, com 8 questes por bloco, compondo 21 diferentes cadernos de prova, com um total de 96 itens avaliados.

    Os itens escolhidos foram anteriormente pr-testados em uma amostra de alunos de escolas e anali-sados segundo a Estatstica Clssica e a Teoria de Resposta ao Item TRI. Posteriormente, uma equipe de

  • 21

    professores-consultores e tcnicos da CENP-SEE selecionou os itens que obtiveram melhor comportamento para composio das provas. Todos os blocos continham dois itens comuns com o SAEB/Prova Brasil.

    No total, foram aplicadas provas de Lngua Portuguesa (Leitura e Redao), Matemtica e Cincias Humanas (Histria e Geograa), constituindo-se todas elas de itens que tinham por parmetro as especica-es das Matrizes de Referncia de suas respectivas disciplinas, e que tambm apresentaram propriedades psicomtricas como as de dedignidade e diculdade desejveis, conforme mensuradas em seus respec-tivos pr-testes.

    A uma amostra de alunos da 4, 6 e 8/5, 7 e 9 sries/anos do EF e 3 srie do EM da Rede Estadual foi aplicado, por srie, um caderno de prova com questes abertas de Matemtica.

    Foram elaborados quatro temas distintos para a Redao, um para cada srie/ano. As propostas de redao foram apresentadas nos cadernos de prova de Lngua Portuguesa. No SARESP 2009, procurou-se observar a construo da proposta de redao atrelada a um determinado gnero textual por srie/ano. Na 4/5 srie/ano do EF, solicitou-se a produo de um relato de experincia pessoal; na 6/7 srie/ano do EF, a produo de uma carta pessoal; e na 8/9 srie/ano do EF e 3 srie do EM, a produo de um artigo de opinio. Em todas as sries/anos, os alunos deveriam produzir suas redaes com base em proposta que estabelece tema, gnero, linguagem, nalidade e interlocutor do texto.

    Para todas as sries/anos avaliados (incluindo a 2 srie/3 ano EF), foram preparadas e aplicadas provas com verses em braile e ampliada, destinadas aos alunos portadores de decincia visual.

  • 22

    SARESP NA ESCOLA

    As provas do SARESP so diferentes das provas tradicionais ou da avaliao aplicada nas escolas, e no substituem esses instrumentos do cotidiano escolar.

    Inicialmente, deve-se considerar que so provas escritas em forma de testes de mltipla escolha, com quatro alternativas no EF (cinco alternativas no EM), mais redao (no SARESP 2009, foram acrescentados alguns itens abertos de Matemtica).

    Os itens da prova so construdos com base em Matriz de Referncia especca e no abrangem totalmente o Currculo real trabalhado na escola. Este est denido nas Propostas Curriculares.

    Os itens do SARESP so pr-testados, isto , tm um tratamento estatstico, antes de serem colocados nas provas. A Secretaria aplica o conjunto de itens produzidos para a resoluo de alunos reais em condies similares aos dos alunos das sries/anos da Rede Estadual de ensino que faro o SARESP. O resultado estatstico dessa aplicao dene quais itens sero vlidos para as provas do SARESP.

    Esse processo de validao dos itens muito importante, porque apresenta, por exem-plo, a inadequao de um comando do item ou de suas alternativas que podem induzir o aluno ao erro. Esse item, ento, no utilizado. A validao ajuda tambm na composio das provas, incorporando itens de baixa, mdia e alta diculdade. A prova do SARESP tecnicamente pro-duzida para atender todos os alunos da Rede.

    Professor(a), considere as informaes apresentadas no tpico 2.1. (Provas escritas) da Parte 1.

    Para reexo:Qual seu conhecimento sobre as Matrizes de Referncia para a Avaliao do SARESP?Quais as relaes entre o que proposto nas Matrizes para a Avaliao e os testes de

    procincia?Como so montados os testes de procincia do SARESP?Como foram organizadas as provas do SARESP 2009?

  • 23

    2.2. QUESTIONRIOS DE CONTEXTO

    Aos alunos e seus pais foram aplicados questionrios contextuais com vistas a coletar informaes sobre o contexto socioeconmico e cultural dos estudantes, sua trajetria escolar e suas percepes acerca dos professores e da gesto da escola, alm de perguntas sobre o funcionamento da escola e suas expecta-tivas em relao aos estudos e prosso para os alunos da 8/9 srie/ano EF e da 3 srie EM.

    Os dados coletados desses questionrios permitem traar o perl do alunado e descrever os fatores associados aprendizagem e as atitudes desses atores frente educao, alm de se analisarem as possveis associaes entre tais fatores e a procincia e aprendizagem. Os resultados dessas descries e anlises sero apresentados no Relatrio de anlise dos fatores contextuais, que tambm integra esta srie de publi-caes do SARESP 2009.

    Com propsitos anlogos, os professores de Geograa e de Histria da Rede Estadual responderam a um questionrio sobre fatores escolares e extraescolares relacionados aprendizagem, incluindo o forne-cimento de dados sobre sua formao e prticas de ensino. Como na edio de 2008, a aplicao do ques-tionrio dos professores foi realizada on-line, de modo a otimizar os procedimentos de coleta e manipulao dos dados.

  • 6 srie/7 anoEnsino Fundamental

    8 srie/9 anoEnsino Fundamental

    3 srieEnsino Mdio

    3. ABRANGNCIADO SARESP 2009

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    A participao na avaliao do SARESP 2009 foi estendida s escolas das redes municipal e particular por meio de adeso. Estava prevista a aplicao da avaliao para um total de 2.468.115 de alunos, dos quais uma porcentagem signicativa, em torno de 92%, realizou os testes. A grande maioria dos alunos avaliados foi da Rede Estadual, embora seja interessante observar que a adeso das redes municipais mais do que duplicou em relao ao ano de 2008. Pela primeira vez o Governo do Estado de So Paulo se responsabilizou pelas despesas decorrentes da aplicao da avaliao nas redes municipais que manifestaram interesse em participar do SARESP, mediante assinatura de convnio entre SEE/FDE/municpio. Esse crescimento na ade-so das redes municipais pode ser explicado pela poltica da SEE que assume o compromisso na tarefa de avaliar o ensino oferecido.

    Nesta edio do SARESP 2009 participaram, pela primeira vez, as escolas tcnicas ETECs admi-nistradas pelo Centro Estadual de Educao Tecnolgica Paula Souza e vinculadas Secretaria Estadual de Desenvolvimento do Estado de So Paulo.

    Houve tambm um aumento na participao das escolas particulares em comparao com 2008. Das 268 escolas, a maioria constituda de escolas vinculadas ao SESI Servio Social da Indstria , totalizando 179 escolas.

    As Tabelas 1 e 2 apresentam os dados de participao da edio do SARESP de 2009.

    Rede de

    Ensino

    1 Dia 2 Dia 3 Dia Escolas Municpios

    Previsto Participante % Participante % Previsto Participante %

    Estadual 1.772.815 1.609.242 90,8 1.601.450 90,3 1.326.672 1.153.200 86,9 5.143 644

    Estadual

    ETEC*

    7.454 6.070 81,4 5.774 77,5 -x- -x- -x- 84 70

    Total 1.780.269 1.615.312 90,7 1.607.224 90,3 -x- -x- -x- 5.227 -x-

    Municipal 623.100 582.778 93,5 582.629 93,5 -x- -x- -x- 3.226 532

    Particular 64.746 61.934 95,7 61.551 94 -x- -x- -x- 268 123

    Total 2.468.115 2.260.024 91,6 2.251.404 91,2 1.326.672 1.153.200 86,9 8.721 -x-

    Tabela 1: Participao dos Alunos por Rede de Ensino e Dia de Aplicao

    (*) Escolas Tcnicas do Centro Estadual de Educao Tecnolgica Paula Souza.

  • 27

    Sries/Anos Avaliados Rede Estadual Estadual ETEC Rede Municipal Escolas Particulares Total

    Alunos % Alunos % Alunos % Alunos %

    2/3 EF Previsto 194.112 93 -x- -x- 233.750 93,3 11.984 97,0 439.846

    Participante 180.608 -x- 218.078 11.627 410.313

    4/5 EF Previsto 252.031 94,5 -x- -x- 251.449 95,2 16.002 98,4 519.482

    Participante 238.089 -x- 239.429 15.751 493.269

    6/7 EF Previsto 461.372 93,6 -x- -x- 75.647 91,6 16.935 96,7 553.954

    Participante 431.767 -x- 69.330 16.379 517.476

    8/9 EF Previsto 482.874 89,4 -x- -x- 59.360 90,3 15.850 95,9 558.084

    Participante 431.862 -x- 53.590 15.194 500.646

    3 EM Previsto 382.426 85,5 7.454 81,4 2.894 81,2 3.975 75,0 396.749

    Participante 326.916 6.070 2.351 2.983 338.320

    Total Previsto 1.772.815 90,8 7.454 81,4 623.100 93,5 64.746 95,7 2.468.115

    Participante 1.609.242 6.070 582.778 61.934 2.260.024

    Tabela 2: Participao dos Alunos por Rede de Ensino e Srie/Ano Avaliado*

    (*) Os nmeros de alunos participantes aqui se referem ao 1 dia de aplicao.

    A participao dos alunos da Rede Estadual no SARESP foi bastante satisfatria. Mais de 1.600.000 alunos das 2, 4, 6 e 8/3, 5, 7 e 9 sries/anos do EF e da 3 srie do EM foram avaliados, de um total previsto de 1.772.815.

    Como mostra a Tabela 3, a seguir, a grande maioria dos alunos avaliados da Rede Estadual estuda no perodo diurno, embora quase 200.000 alunos do turno noturno tambm tenham sido avaliados. No entanto, a participao dos alunos do perodo diurno foi bem maior, girando sempre em torno ou acima de 90%. No Ensino Mdio, onde h uma concentrao dos alunos no perodo noturno, a participao, no obstante, foi expressiva, correspondendo a aproximadamente 83%, ao passo que, no perodo diurno, foi de 89%; deve-se, a propsito, observar que o absentesmo no noturno uma constante durante todo o ano letivo.

    As 6 e 8/7 e 9 sries/anos do EF englobam o maior volume de alunos avaliados, cada uma com mais de 400.000 alunos no total. J a 2/3 srie/ano, a menor de todas em termos de alunos, teve 180.608 alunos avaliados. Esse nmero reduzido devido ao processo de municipalizao do ensino implementado pela Secretaria de Educao nos ltimos anos.

  • 28

    Srie/Ano Perodo Rede Estadual CEI COGSP

    Previso Participao % Previso Participao % Previso Participao %

    2/3 EF Diurno 194.112 180.608 93,0 63.214 59.034 93,4 130.898 121.574 92,9

    4/5 EF Diurno 252.031 238.089 94,5 82.962 78.610 94,8 169.069 159.479 94,3

    6/7 EF

    Diurno 461.338 431.748 93,6 234.598 220.710 94,1 226.740 211.038 93,1

    Noturno 34 19 55,9 34 19 55,9 -x- -x- -x-

    Total 461.372 431.767 93,6 234.632 220.729 94,1 226.740 211.038 93,1

    8/9 EF

    Diurno 471.947 424.357 89,9 240.332 218.433 90,9 231.615 205.924 88,9

    Noturno 10.927 7.505 68,7 3.663 2.690 73,4 7.264 4.815 66,3

    Total 482.874 431.862 89,4 243.995 221.123 90,6 238.879 210.739 88,2

    3 EM

    Diurno 158.953 141.880 89,3 93.985 85.052 90,5 64.968 56.828 87,5

    Noturno 223.473 185.036 82,8 106.263 89.392 84,1 117.210 95.644 81,6

    Total 382.426 326.916 85,5 200.248 174.444 87,1 182.178 152.472 83,7

    Total

    Diurno 1.538.381 1.416.682 92,1 715.091 661.839 92,6 823.290 754.843 91,7

    Noturno 234.434 192.560 82,1 109.960 92.101 83,8 124.474 100.459 80,7

    Total 1.772.815 1.609.242 90,8 825.051 753.940 91,4 947.764 855.302 90,2

    Tabela 3: Participao dos Alunos da Rede Estadual por Coordenadoria de Ensino, Srie/Ano e Perodo SARESP 2009*

    (*) Os nmeros de alunos participantes aqui se referem ao 1 dia de aplicao.

    Alm da participao dos alunos, cabe ressaltar a enorme mobilizao de diversos prossionais envol-vidos na aplicao do SARESP 2009, alm da participao de diretores, professores e pais, que, por meio de questionrios, contriburam com as observaes e opinies que expressaram sobre o sistema educacional paulista. A avaliao da Rede Estadual mobilizou, ao todo, 5.143 escolas e diretores. Ao total, foram empre-gados os servios de 53.376 aplicadores e 5.678 scais, com coordenadores de aplicao designados a cada uma das 91 Diretorias de Ensino que compem a Rede Estadual de So Paulo.

  • 29

    SARESP NA ESCOLA

    Observe os dados gerais da Rede Estadual indicados no tpico 3 (Abrangncia do SARESP 2009) da Parte 1.

    Agora, complete a tabela com os dados de sua escola.Participao dos Alunos da Escola por Nvel de Ensino, Dia de Aplicao e Perodo

    Nvel de

    Ensino

    Perodo Previstos 1 Dia de Aplicao 2 Dia de Aplicao 3 Dia de Aplicao

    N N % N % N %

    Ensino

    Fundamental

    Diurno

    Noturno

    Total

    Ensino

    Mdio

    Diurno

    Noturno

    Total

    TOTAL

    GERAL

    Diurno

    Noturno

    Total

    Para reexo:Faa uma anlise dos dados da sua escola, comparando-os com os das Tabelas 1, 2 e 3

    do tpico 3.Em quais sries/anos a presena dos alunos da escola foi menor/maior? Por qu?Na sua escola, a absteno no perodo noturno foi maior do que no perodo diurno?

    Por qu? Qual compreenso que os alunos de sua escola tm do SARESP? Os alunos so prepa-

    rados com antecedncia para a participao no SARESP?H por parte de sua escola uma recepo positiva do SARESP?

  • 6 srie/7 anoEnsino Fundamental

    8 srie/9 anoEnsino Fundamental

    3 srieEnsino Mdio

    4. NVEIS DE PROFICINCIADO SARESP 2009

  • 32

    Desde 1995, o desempenho dos alunos da educao bsica do Brasil tem sido medido por meio da mtrica do SAEB. A escala j bastante conhecida e seu uso permite a comparao de resultados com aque-les obtidos no SAEB/Prova Brasil. A escolha dos nmeros que denem os pontos da escala de procincia arbitrria e construda com os resultados da aplicao do mtodo estatstico de anlise denominado Teoria da Resposta ao Item (TRI).

    Sendo assim, as procincias dos alunos da Rede Estadual de ensino de So Paulo, aferidas em 2009 por meio do SARESP, foram tambm consideradas nesta mesma mtrica do SAEB/Prova Brasil. Seus resultados utilizam a interpretao da escala do SAEB, completada pela amplitude oferecida pelos itens que melhor realizam a cobertura do Currculo proposto para as escolas estaduais, como explicado nas Matrizes de Referncia do SARESP para cada disciplina e sries/anos avaliados. Para que isso fosse possvel, foram utilizados, no SARESP, alguns itens do SAEB, cedidos e autorizados pelo MEC.

    No entanto, a opo de usar a mesma rgua no exime a SEE-SP de interpretar cada ponto da escala a partir do resultado da aplicao de seus prprios instrumentos, de agrupar os desempenhos indi-cados em diferentes pontos da escala em nveis qualicados de desempenho e de associ-los aos fatores de contexto investigados por ocasio da prova, tal como o fazem outros consolidados sistemas estaduais de avaliao educacional.

    Para interpretar a escala de procincia dos alunos da 4/5, 6/7 e 8/9 sries/anos do EF e 3 srie do EM, foram selecionados os pontos 125, 150, 175, 200, 225, 250, 275, 300, 325, 350, 375, 400, 425, escolhi-dos a partir de 250, mdia da 8/9 srie/ano no SAEB 1997, em intervalos de 25 (meio desvio-padro).

    Como o SAEB no possui uma escala de procincia em Geograa e Histria, a SEE-SP/CENP, analoga-mente ao SAEB, para obter a escala, arbitrou uma mdia de 250 pontos na 8/9 srie/ano e um desvio-padro de 50 pontos.

    Os pontos da escala do SARESP, por sua vez, foram agrupados em quatro nveis de desempenho Abaixo do Bsico, Bsico, Adequado e Avanado denidos a partir das expectativas de aprendizagem (contedos, competncias e habilidades) estabelecidas para cada disciplina, srie/ano, no Currculo proposto para as escolas estaduais de So Paulo. Os nveis tambm foram agrupados e classicados Insuciente, Suciente e Avanado , representando os estgios de aprendizagem dos alunos em relao sua conti-nuidade dos estudos nas sries/anos posteriores s avaliadas. Sendo que, os alunos localizados no nvel Abaixo do Bsico (Insuciente) precisaro de apoio intensivo por meio de programas de recuperao espec-cos para interagir com a Proposta Curricular da srie/ano subsequente. O Quadro 3 apresenta uma sntese desse agrupamento.

  • 33

    Classicao Nveis de Procincia Descrio

    Insuciente Abaixo do BsicoOs alunos neste nvel demonstram domnio insuciente dos con-tedos, competncias e habilidades desejveis para a srie/ano escolar em que se encontram.

    Suciente

    BsicoOs alunos neste nvel demonstram domnio mnimo dos conte-dos, competncias e habilidades, mas possuem as estruturas necessrias para interagir com a Proposta Curricular na srie/ano subsequente.

    AdequadoOs alunos neste nvel demonstram domnio pleno dos contedos, competncias e habilidades desejveis para a srie/ano escolar em que se encontram.

    Avanado AvanadoOs alunos neste nvel demonstram conhecimentos e domnio dos contedos, competncias e habilidades acima do requerido na srie/ano escolar em que se encontram.

    Quadro 3: Classicao e Descrio dos Nveis de Procincia do SARESP

  • 34

    SARESP NA ESCOLA

    A partir de 2008, a Secretaria de Educao do Estado de So Paulo implementou um sistema de avaliao de desempenho das escolas estaduais paulistas. Especicamente, esta avaliao tem por objetivo, alm de diagnosticar a situao atual das escolas estaduais paulistas no que tange qualidade da educao, estabelecer metas para a melhoria desta qualidade. Para que a avaliao seja feita de forma objetiva e transparente, foi criado um indicador de desempe-nho, semelhante ao IDEB do Governo Federal, denominado IDESP ndice de Desenvolvimento da Educao do Estado de So Paulo.

    Quando se trata da avaliao de instituies de ensino no que se refere qualidade da educao, dois quesitos so importantes: o desempenho dos alunos em exames de procin-cia e o uxo escolar. Ou seja, uma escola de qualidade aquela que a maior parte dos seus alunos desenvolve boa parcela dos contedos, competncias e habilidades requeridos para o nvel escolar em que esto matriculados, no perodo de tempo determinado.

    Esses quesitos complementares so utilizados para o clculo do IDESP, que leva em conta a distribuio dos alunos nos quatro nveis de procincia (Abaixo do Bsico, Bsico, Adequado e Avanado), obtida a partir das notas do SARESP, e as taxas de aprovao.

    O IDESP foi lanado ocialmente em maio de 2008. Nessa oportunidade, foram divul-gados os indicadores de qualidade de cada escola apurados para o ano de 2007, por nvel edu-cacional oferecido (1 ciclo do Ensino Fundamental, 2 ciclo do Ensino Fundamental e Ensino Mdio). Alm disso, tambm foram divulgadas as metas de qualidade a serem perseguidas por cada escola.

    O estabelecimento das metas paulistas de qualidade segue o eixo do Programa de Metas e Compromisso Todos Pela Educao (TPE) e do Plano de Desenvolvimento da Educao (PDE) ao estabelecer uma meta de qualidade para toda a Rede Estadual para 2022. O objetivo das metas fazer com que os alunos da Rede Estadual paulista melhorem gradativamente seus nveis de procincia e que eles aprendam no tempo adequado.

    Assim, o IDESP permite que cada escola conhea sua situao atual em termos de qua-lidade de ensino, podendo acompanhar seu desempenho ano a ano. Alm disso, as metas servem como um guia para a escola e a comunidade, uma vez que mostram a trajetria a ser percorrida no esforo de melhorar cada vez mais a qualidade da educao oferecida s crianas e aos jovens de So Paulo.

    Para reexo:Qual o IDESP de sua escola?Em 2009, sua escola conseguiu alcanar a metas previstas no IDESP?Quais indicadores inuenciaram no alcance ou no das metas do IDESP? Ambiente

    educativo da escola? Proposta Pedaggica da escola? Gesto escolar? Formao continuada? Materiais didticos? Processos de recuperao? ndices de falta/presena, evaso/permanncia escolar, defasagem idade-srie? Mdias do SARESP? Outros?

  • 6 srie/7 anoEnsino Fundamental

    8 srie/9 anoEnsino Fundamental

    3 srieEnsino Mdio

    1. RESULTADOS DO SARESP 2009: 6/7 E 8/9 SRIES/ANOS DO EFE 3 SRIE DO EM GEOGRAFIA E HISTRIA

    PARTE 2 RESULTADOS

  • 36

    1.1. MDIAS DE PROFICINCIA EM GEOGRAFIA DA REDE ESTADUAL SARESP 2009

    As mdias de procincia obtidas pelos alunos de 6/7 e 8/9 sries/anos do EF e 3 srie do EM Geograa, no SARESP 2009, no Estado como um todo, e em cada uma das Coordenadorias de Ensino em que se estrutura o ensino no Estado de So Paulo Coordenadoria de Ensino do Interior (CEI) e Coordenadoria de Ensino da Regio Metropolitana da Grande So Paulo (COGSP) esto retratadas no Grco 1.

    Grco 1: Mdias de procincia por srie/ano no SARESP 2009 Geograa Rede Estadual

    No grco, observa-se que:

    as variaes mais intensas nas mdias ocorreram entre a 8/9 srie/ano do EF e a 3 srie do EM t(26,6 pontos);

    as mdias da Coordenadoria de Ensino do Interior so sistematicamente maiores que as da tCoordenadoria de Ensino da Grande So Paulo em todas as sries/anos considerados;

    a maior diferena entre as mdias das duas Coordenadorias (10,8 pontos) vericada na 8/9 srie/tano do EF.

    6 srie/7 ano EF

    8 srie/9 ano EF

    3 srie EM

  • 37

    1.2. MDIAS DE PROFICINCIA EM HISTRIA DA REDE ESTADUAL SARESP 2009

    As mdias de procincia obtidas pelos alunos de 6/7 e 8/9 sries/anos do EF e 3 srie do EM Histria, no SARESP 2009, no Estado como um todo, e em cada uma das Coordenadorias de Ensino em que se estrutura o ensino no Estado de So Paulo Coordenadoria de Ensino da Regio Metropolitana da grande So Paulo (COGSP) e Coordenadoria de Ensino do Interior (CEI) esto retratadas no grco 2.

    Grco 2: Mdias de procincia por srie/ano no SARESP 2009 Histria Rede Estadual

    No grco, observa-se que:

    as variaes mais intensas nas mdias ocorreram entre a 8/9 srie/ano do EF e a 3 srie do EM t(22,7 pontos);

    as mdias da Coordenadoria de Ensino do Interior so sistematicamente maiores que as da tCoordenadoria de Ensino da Grande So Paulo em todas as sries/anos considerados;

    a maior diferena entre as mdias das duas coordenadorias (10,5 pontos) vericada na 8/9 srie/tano do EF.

  • 38

    SARESP NA ESCOLA

    Professor(a), observe, na Parte 2, as indicaes dos tpicos 1.1. Mdias de procincia em Geograa da Rede Estadual SARESP 2009 e 1.2. Mdias de procincia em Histria da Rede Estadual SARESP 2009, e o Boletim de sua escola.

    Para reexo:Na minha escola:- a mdia em Geograa na 6/7 srie/ano do Ensino Fundamental foi (igual/

    superior/inferior) mdia da Rede Estadual. Justique.- a mdia em Histria na 6/7 srie/ano do Ensino Fundamental foi (igual/

    superior/inferior) mdia da Rede Estadual. Justique.- a mdia em Geograa na 8/9 srie/ano do Ensino Fundamental foi (igual/

    superior/inferior) mdia da Rede Estadual. Justique.- a mdia em Histria na 8/9 srie/ano do Ensino Fundamental foi (igual/

    superior/inferior) mdia da Rede Estadual. Justique.- a mdia em Geograa na 3 srie do Ensino Mdio foi (igual/superior/

    inferior) mdia da Rede Estadual. Justique.- a mdia em Histria na 3 srie do Ensino Mdio foi (igual/superior/infe-

    rior) mdia da Rede Estadual. Justique.- as mdias em Geograa variaram, nas sries/anos avaliados, entre (menor) e

    (maior). Justique.- as mdias em Histria variaram, nas sries/anos avaliados, entre (menor) e

    (maior). Justique.Nas justicativas, entre outros, considere os seguintes fatores:- dimenso contextual. Destaque na sua justicativa o ambiente escolar e o lugar em

    que a escola est instalada.- dimenso comunicacional. Destaque na sua justicativa as relaes de comunicao

    entre as pessoas em sua escola. - dimenso didtica. Destaque na sua justicativa as relaes didticas denidas na

    Proposta Pedaggica da escola e sua aplicao de fato.

  • 39

    1.3. DISTRIBUIO NOS NVEIS DE PROFICINCIA EM GEOGRAFIA E HISTRIA SARESP 2009

    O Quadro 3 apresenta os recortes dos nveis de procincia em Geograa e Histria anteriormente descritos.

    Nveis de Procincia 6/7 EF 8/9 EF 3 EM

    Abaixo do Bsico < 175 < 200 < 225

    Bsico 175 a < 225 200 a < 250 225 a < 275

    Adequado 225 a < 325 250 a < 350 275 a < 375

    Avanado 325 350 375

    Quadro 3: Nveis de procincia em Geograa e Histria SARESP 2009

    O Grco 3 apresenta os percentuais de desempenho dos alunos com procincia situada em cada um dos quatro nveis acima especicados na disciplina de Geograa.

    Grco 3: Percentuais de alunos da Rede Estadual por nvel de procincia no SARESP 2009 Geograa

    Observa-se, no grco, que:

    em Geograa, para todas as trs sries/anos consideradas, o nvel Adequado de procincia corres-tponde aos maiores percentuais, que chegam a aproximadamente 50% em todos os casos;

    o segundo nvel mais frequente o Bsico (cerca de um tero dos casos em cada srie/ano consi-tderado), seguido do nvel Abaixo do Bsico (aproximadamente um sexto dos casos em cada srie/ano);

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    o nvel Avanado possui percentuais consideravelmente menores, que giram em torno de 3% em ttodos os casos.

    O Grco 4, a seguir, apresenta os percentuais de alunos situados nos quatro nveis de procincia em Histria, por srie/ano considerado.

    Grco 4: Percentuais de alunos da Rede Estadual por nvel de procincia no SARESP 2009 Histria

    Observa-se, no grco, que:

    o padro de distribuio dos alunos pelos nveis de procincia em Histria assemelha-se bastante tao de Geograa; o que sugere a ocorrncia de um considervel grau de correlao entre essas duas disciplinas;

    dessa forma, em Histria, tambm se percebe que os maiores percentuais observados encontram-se tno nvel Adequado e chegam a constituir quase a metade dos casos observados em todas as trs sries/anos considerados;

    no nvel Bsico, encontra-se aproximadamente um tero dos alunos de todas as sries/anos, sendo teste nvel o segundo maior em termos de percentual de alunos nele situados;

    o terceiro nvel de maior frequncia o de alunos com procincia Abaixo do Bsico correspondendo ta aproximadamente um sexto dos estudantes avaliados;

    o nvel Avanado possui, tambm, percentuais bastante baixos de alunos, sendo que esses valores tdiminuem progressivamente com as sries/anos considerados: o resultado maior na 6/7 srie/ano do EF e vai diminuindo paulatinamente at a 3 srie do EM, na qual alcana 1,1 ponto.

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    SARESP NA ESCOLA

    O Boletim da Escola divulga aos pais, alunos, professores e comunidade o rendimento dos alunos de 2/3, 4/5, 6/7 e 8/9 sries/anos do Ensino Fundamental e 3 srie do Ensino Mdio no SARESP 2009.

    Estes resultados traduzem as competncias e habilidades dos alunos avaliados pelo SARESP 2009, segundo a Matriz de Avaliao referenciada na Proposta Curricular do Estado, nos nveis de procincia. Os nveis de procincia representam o agrupamento de pontos das escalas de procincia utilizadas no SAEB e sua adequao Proposta Curricular do Estado de So Paulo.

    O Boletim contm os resultados observados em mdias de pontos obtidos nas sries/anos avaliadas e a distribuio percentual dos alunos nos nveis de procincia (Abaixo do Bsico, Bsico, Adequado e Avanado). Estes resultados so comparveis entre as sries/anos avaliados uma vez que a mtrica de avaliao do SARESP est referenciada na escala de pro-cincia do SAEB.

    Para garantir maior comparabilidade dos resultados atingidos em sua escola com outros nveis de agregao, as informaes relativas ao total de participantes na prova e mdia de pontos por srie/ano e disciplina avaliadas so apresentadas tambm para o Estado, Coordenadoria a que a escola pertence, sua Diretoria de Ensino e ao seu municpio. Assim possvel observar os resultados da escola e compar-los com seu entorno e com o Estado.

    Considerando a premissa de que o objetivo maior da Secretaria da Educao do Estado de So Paulo oferecer uma educao bsica de qualidade a todos os seus alunos desejvel que se tenha o maior percentual possvel de alunos no nvel Adequado de procincia.

    Esta a meta de todas as escolas: ter o maior nmero possvel de alunos das sries/anos e disciplinas avaliadas com domnio dos contedos, competncias e habilidades desejveis para a srie/ano escolar em que se encontram.

    importante observar o rendimento, a procincia das sries/anos avaliados olhando, tambm, para a sua distribuio ao longo dos nveis de procincia e no somente para a mdia. Assim possvel para a escola se organizar, a m de atingir sua meta, seu esforo necessrio para reduzir anualmente o percentual de alunos no nvel Abaixo do Bsico em direo ao nvel Adequado.

    O Boletim oferece o diagnstico anual da qualidade do ensino de sua unidade e o esforo que dever ser despendido para melhor-la na medida em que aloca o percentual dos alunos avaliados nos nveis de procincia, que, por sua vez, esto referenciados na Matriz de Avaliao do SARESP, estabelecendo uma ponte entre o resultado da avaliao e o contedo pedaggico por ele traduzido numa mesma escala de procincia.

    Os pontos da escala do SARESP (no anexo) foram agrupados em quatro nveis de desem-penho Abaixo do Bsico, Bsico, Adequado e Avanado denidos a partir das expectativas

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    de aprendizagem (contedos, competncias e habilidades) estabelecidas para cada srie/ano e disciplina no Currculo do Estado de So Paulo.

    Observe o Quadro 4: Nveis de Procincia em Geograa e Histria SARESP 2009.

    Nveis de procincia em Geograa e Histria SARESP 2009

    Nveis 6/7 EF 8/9 EF 3 EM

    Abaixo do Bsico < 175 < 200 < 225

    Bsico 175 a < 225 200 a < 250 225 a < 275

    Adequado 225 a < 325 250 a < 350 275 a < 375

    Avanado 325 350 375

    A distribuio do percentual ao longo dos nveis de procincia traz informaes sobre a quantidade de alunos que se encontram nos diferentes nveis de desempenho. Essa informao importante para tomar decises sobre o processo de interveno pedaggica na escola.

    Para reexo:Consulte o Boletim de sua escola e preencha a tabela a seguir, com a distribuio dos

    alunos da sua escola nos nveis de desempenho Geograa SARESP 2009.

    Nveis de Geograa e distribuio dos alunos da escola nos nveis de procincia SARESP 2009

    Nveis 6/7 EF 8/9 EF 3 EM

    Abaixo do Bsico < 175 ( ) < 200 ( ) < 225 ( )

    Bsico 175 a < 225 ( ) 200 a < 250 ( ) 225 a < 275 ( )

    Adequado 225 a < 325 ( ) 250 a < 350 ( ) 275 a < 375 ( )

    Avanado 325 ( ) 350 ( ) 375 ( )

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    Nveis de Histria e distribuio dos alunos da escola nos nveis de procincia SARESP 2009

    Nveis 6/7 EF 8/9 EF 3 EM

    Abaixo do Bsico < 175 ( ) < 200 ( ) < 225 ( )

    Bsico 175 a < 225 ( ) 200 a < 250 ( ) 225 a < 275 ( )

    Adequado 225 a < 325 ( ) 250 a < 350 ( ) 275 a < 375 ( )

    Avanado 325 ( ) 350 ( ) 375 ( )

    Analise a tabela produzida:- quanto maior for o percentual de alunos posicionados nos nveis superiores (Adequado e

    Avanado) e menor o percentual nos nveis inferiores (Abaixo do Bsico e Bsico), melhor ser o resultado da sua escola (os resultados do SARESP devem ser analisados pelas escolas em funo das metas de aprendizagem denidas no IDESP).

    Por que os alunos localizados nos nveis Abaixo do Bsico e Bsico (analise por disciplina/srie/ano) no alcanaram o nvel Adequado?

    Qual o diferencial, dentro da escola, dos alunos (analise por disciplina/srie/ano) que alcanaram os nveis Adequado e Avanado?

    Qual a proposta da sua escola para fazer com que os alunos dos nveis Abaixo do Bsico e Bsico passem para os nveis Adequado e Avanado (analise por disciplina/srie/ano)?

  • 6 srie/7 anoEnsino Fundamental

    8 srie/9 anoEnsino Fundamental

    3 srieEnsino Mdio

    1. PRINCPIOS CURRICULARESE MATRIZES DE REFERNCIA PARA A AVALIAO DO SARESP GEOGRAFIA E HISTRIA

    PARTE 3 ANLISE PEDAGGICA DOS RESULTADOS

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    A avaliao promovida pelo SARESP tem objetivos essencialmente diagnsticos. Trata-se de aferir as competncias e habilidades que os alunos puderam desenvolver no contexto da Rede Pblica de Ensino, tomando-se como referncias as aprendizagens denidas, em 2008, nas Matrizes de Referncia para a Avaliao, para as diferentes sries/anos avaliados: 6/7 e 8/9 sries/anos do EF, e 3 srie do EM, em Histria e Geograa.

    As provas de Histria e Geograa aplicadas pelo SARESP utilizam como forma de avaliao os testes de mltipla escolha.

    O desenvolvimento de habilidades que auxiliem a criticidade e a argumentao por parte dos alunos so ferramentas imprescindveis para a sua formao e devem tornar-se um direito a ser perseguido no processo de ensino-aprendizagem desenvolvido nas escolas da Rede Estadual de So Paulo. Conferir como este pro-cesso est sendo desenvolvido e como melhor-lo foram os objetivos da avaliao do SARESP em Histria e Geograa.

    A convico de que o ensino das Cincias Humanas indispensvel para a boa formao de nossos estudantes foi a principal inspirao que norteou os Currculos de Histria e Geograa, servindo de base, igual-mente, elaborao das grades de contedos e correspondentes habilidades, distribudas bimestralmente, em funo das atividades constantes dos Cadernos do Professor e do Aluno, elaborados sob responsabilidade da Secretaria Estadual de Educao.

    To signicativo quanto a formalizao de um Currculo mnimo que se tornasse a prtica nas escolas da Rede Estadual foi o seu processo de elaborao, fruto de uma ampla discusso que envolveu toda a equipe, formada pelos coordenadores, autores dos Cadernos, professores e tcnicos da CENP que socializaram com os ATPs, hoje denominados PCOPs.

    Por conseguinte a esse processo, a elaborao das Matrizes de Referncia para a Avaliao de Histria e Geograa do SARESP foi concebida com base na Proposta Curricular, cujo processo de elaborao consi-derou o trabalho com as expectativas de aprendizagem desenvolvidas pelos autores dos Cadernos, levando assim construo da Matriz, disponibilizada para as equipes tcnicas em diversos encontros, para que estas pudessem fazer sugestes.

    Esses compromissos ancorados no reconhecimento do papel central que o professor deve desempe-nhar em todo processo educativo determinaram escolhas, nem sempre fceis, relacionadas aos contedos gerais de cada disciplina, sempre visando contemplar seus componentes fundamentais.

    A questo dos estudos na rea se torna mais complexa quando se atribui escola a funo de formar cidados capazes de interferir, conscientemente, no universo social do qual fazem parte. Ora, a condio de cidadania no se materializa com o uso de smbolos exteriores, aplicados aps a memorizao de umas poucas sentenas, mais decoradas do que compreendidas, como se fosse um crach de identicao que diferenciasse seu portador das demais pessoas que compem a sociedade.

    Desta forma, retiramos o conceito de cidadania do discurso pedaggico para transform-lo em uma prtica cotidiana, capaz de ser exercida pelos educadores e educandos na sua convivncia escolar e social.

  • 47

    Essa perspectiva permite transformar sensivelmente os papis desempenhados por ambas as partes, na medida em que o jovem em formao passa a ser compreendido como algum apto a exercer valores ticos, posicionando-se como cidado em pleno exerccio de sua cidadania.

    nessa perspectiva que o Currculo de Cincias Humanas precisa ser compreendido. Ultrapassando a delimitao de temas e habilidades, o Currculo, pensado na perspectiva da formao cultural e social do aluno, torna-se um importante instrumento poltico que, por meio do vis pedaggico, tem por objetivo prin-cipal a formao do ser humano reexivo, crtico e atuante em seu meio social.

    1.1. O CURRCULO DE GEOGRAFIA

    Nos ltimos vinte anos, o ensino de Geograa sofreu transformaes signicativas. Em parte, este processo de renovao partiu de crticas ao ensino tradicional, fundamentado na memorizao de fatos e con-ceitos e na conduo de um conhecimento enciclopedista, meramente descritivo. No Brasil, essas crticas, provenientes de segmentos da sociedade engajados no processo de redemocratizao do Pas, fundamen-taram-se na necessidade de se estabelecer a dimenso de tempo na investigao do espao geogrco, de forma a desvendar as origens e os processos de evoluo dos diferentes fenmenos geogrcos.

    Neste perodo de intenso debate, a crtica ao ensino de Geograa encontrou ressonncia nos rgos tcnico-pedaggicos de alguns Estados brasileiros, como ocorreu com a Proposta Curricular de 1996, desen-volvida pela Secretaria da Educao do Estado de So Paulo, a qual, por meio de seus rgos pedaggicos, coordenou um processo de discusso e reformulao curricular no mbito do Estado de So Paulo, sinali-zando novos rumos.

    Rompeu-se, dessa forma, o padro de um saber supostamente neutro para uma viso da Geograa enquanto cincia social engajada e atuante num mundo cada vez mais dominado pela globalizao dos mer-cados, pelas mudanas nas relaes de trabalho e pela urgncia das questes ambientais e culturais. Da mesma forma, esta nova proposta de ensino procurou ir alm da dicotomia sociedade-natureza, responsvel por perpetuar o espao como uma entidade cartesiana e absoluta, na qual tudo acontece de forma linear ou casustica. Alm disso, relacionou os fenmenos sociais com a natureza apropriada pelos seres humanos, compreendendo as relaes que se estabelecem entre os eventos sociais, culturais, econmicos e polticos, em suas diferentes escalas.

    Na dcada de 1990, o Ministrio da Educao publicou os Parmetros Curriculares Nacionais, refor-ando a tendncia da crtica ao ensino conteudista, propondo, em seu lugar, o ensino por competncias. Entretanto, em momento algum, o Currculo por competncias pode prescindir de contedos estruturadores. As competncias s podem ser desenvolvidas se houver um ensino que privilegie a aprendizagem de conte-dos mediados por contextos signicativos, ou por situaes-problema, representadas em diferentes escalas geogrcas, e no cotidiano do aluno. Como salienta Maria do Cu Roldo (2004, p. 20)1, possvel associar o

    1 ROLDO, Maria do Cu. Gesto do currculo e avaliao de competncias. Lisboa: Presena, 2003.

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    conceito de competncia, denido por Perrenoud2, como um saber em uso, ao seu oposto, apresentado por Le Boterf3, ou seja, um saber inerte. Muitas vezes, os conhecimentos adquiridos durante a vida escolar trans-formam-se em saberes inertes, pois se no forem utilizados culturalmente como considerou Lvi-Strauss4, ao criar a expresso utenslios do pensamento , no sero transformados em competncias.

    Dentre as obras acadmicas que se tornaram referncia nesse debate, destacam-se as do professor Milton Santos5, que reconduziram os debates tericos para terrenos mais frteis, estabelecendo parmetros seguros com relao denio de um corpo terico-metodolgico adequado aos novos tempos. Para esse autor, a revoluo provocada pelo advento das tecnologias de comunicao e informao transformou o espao do homem e, necessariamente, a nossa maneira de pensar o mundo em que vivemos. Essa nova dimenso de espao inuenciou os modos de agir e pensar da humanidade como um todo. Se, por um lado, provocou mudanas nas relaes pessoais, socioculturais e nas formas de se produzir e de se trabalhar, por outro, foi responsvel pela acentuao das desigualdades entre povos e naes. Como armou Milton Santos6, o territrio pode ser visto como recurso ou como abrigo. Portanto, cabe a cada um de ns reconhecer e saber fazer reconhecer a diferena entre um e outro. Neste contexto, compete ao professor de Geograa ensinar os alunos a se posicionarem de forma autnoma frente a essas diferenas.

    Essa nova concepo de Geograa deve, com urgncia, priorizar a discusso dos desaos impostos pelas transformaes do meio tcnico-cientco-informacional inserido em sala de aula e fora dela em especial, a partir do advento da comunicao on-line, responsvel por inuir e modicar o local, o regional e o global simultaneamente.

    O lsofo Edgar Morin (2001)7, em sua obra Os sete saberes necessrios educao do futuro, argu-menta que o impacto da planetarizao faz com que cada parte do mundo inuencie o todo que o compe, da mesma forma como o todo est cada vez mais presente em cada uma das partes. Na era planetria, tal situao no se manifesta somente entre pases e naes, mas inuencia de forma decisiva cada indivduo, que recebe e consome informaes e substncias oriundas de todo o planeta, sendo, portanto, inuenciado por elas.

    O encurtamento das distncias, associado expanso das redes de comunicao e transporte, tanto de mercadorias quanto de pessoas e informaes, assim como as alteraes promovidas no mundo do trabalho pelo advento cada vez mais acelerado de novas tecnologias, permitem, a todo momento, vislumbrar um leque de interaes capazes de romper com as barreiras culturais, aproximando lugares e mundos diferentes. Como arma o socilogo Anthony Giddens (2000)8, quando a imagem de Nelson Mandela pode ser mais familiar para ns que o rosto de nosso vizinho de porta, alguma coisa mudou na natureza da experincia cotidiana.

    2 PERRENOUD, Philippe. Construir as competncias desde a escola. Porto Alegre: Artmed, 1999.

    3 LE BOTERF, Guy. Construir as competncias individuais e colectivas. Lisboa: Edies Asa, 2005.

    4 LVI-STRAUSS, Claude. O pensamento selvagem. Campinas: Papirus, 2005.

    5 SANTOS, Milton. A natureza do espao. So Paulo: Hucitec, 1996.

    6 Idem.

    7 MORIN, Edgar. Os sete saberes necessrios educao do futuro. So Paulo: Cortez, 2001.

    8 GIDDENS, Anthony. Mundo em descontrole. Rio de Janeiro: Record, 2000.

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    Enm, esta nova dimenso de espao o virtual que, de acordo com Harvey (1996, p. 219)9, imprime uma compresso do tempo-espao de forma to radical, inuenciando inclusive a maneira como representa-mos o mundo para ns mesmos, deve ser prioridade para o ensino da Geograa do sculo XXI.

    A revoluo provocada pelo advento das tecnologias de comunicao e informao, responsveis pelo surgimento desta nova concepo de espao, e que representa de forma contundente uma das grandes revolues do nosso tempo, contraditoriamente no atinge a todos do mesmo modo. Se, por um lado, pro-voca mudanas nas relaes pessoais, socioculturais e nas formas de se produzir e de se trabalhar, tem sido responsvel pela acentuao das desigualdades entre povos e naes. Neste sentido, os anseios por uma sociedade mais igualitria e justa, e, principalmente, mais aberta a incorporar mudanas e respeitar diferen-as, tornam-se mais distantes. Portanto, fundamental incluir-se o debate desses temas em sala de aula, de modo a contribuir para uma formao crtica, tica, humanstica e solidria dos jovens cidados. Como arma o escritor moambicano Mia Couto (2004)10, h alguns anos, a fronteira entre os ditos civilizados e os denomi-nados povos indgenas era a sua integrao cultura europeia, enquanto a nova fronteira que se congura poder ser entre digitalizados e indigitalizados. Nesse contexto, uma nova proposta de cidadania deve ser colocada em curso, para que se promova a igualdade de direitos e a justia social.

    Esta alterao de enfoque implica propostas educacionais que considerem a interao entre os conte-dos especcos da Geograa e as outras cincias, possibilitando ao estudante, por intermdio da mediao realizada pelo professor, ampliar sua viso de mundo, por meio de um conhecimento autnomo, abrangente e responsvel.

    Assim como os demais componentes curriculares da educao bsica, cabe ao ensino de Geograa desenvolver linguagens e princpios que permitam ao aluno ler e compreender o espao geogrco contem-porneo como uma totalidade articulada e no apenas estudar por meio da memorizao de fatos e conceitos desarticulados. Tambm deve priorizar a compreenso do espao geogrco como manifestao territorial da atividade social, em todas as suas dimenses e contradies, sejam elas econmicas, polticas ou culturais.

    O objeto central do ensino da Geograa reside, portanto, no estudo do espao geogrco, abrangendo o conjunto de relaes que se estabelece entre os objetos naturais e os construdos pela atividade humana, ou seja, os artefatos sociais. Nesse sentido, enquanto o tempo da natureza regulado por processos bio-qumicos e fsicos, responsveis pela produo e interao dos objetos naturais, o tempo histrico respon-sabiliza-se por perpetuar as marcas acumuladas pela atividade humana como produtora de artefatos sociais.

    O ensino de Geograa na educao bsica deve priorizar o estudo do territrio, da paisagem e do lugar em suas diferentes escalas, rompendo com uma viso esttica, na qual a natureza segue o seu curso imutvel e irreal enquanto a humanidade vista como uma entidade a ser estudada parte, como se no interagisse com o meio.

    O conceito de escala geogrca expressa as diferentes dimenses que podem ser escolhidas para o estudo do espao geogrco, passvel de ser abordado a partir de recortes como o lugar, a regio, o territrio

    9 HARVEY, David. Condio ps-moderna. So Paulo: Edies Loyola, 1996.

    10 COUTO, Mia. Pensatempos. Lisboa: Editorial Caminho, 2004.

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    nacional ou o mundo. No entanto, as diferentes escalas geogrcas esto sempre inter-relacionadas: pre-ciso, por exemplo, considerar o mundo, a regio e o territrio nacional na anlise dos fenmenos que ocorrem no lugar. Os conceitos estruturadores devem considerar as seguintes dimenses:

    Territrio Este termo originalmente foi formulado pela Biologia no sculo XVIII, compreendendo a rea delimitada por uma espcie, na qual so desempenhadas as suas funes vitais. Incorporado posteriormente pela Geograa, ganhou contornos geopolticos ao congurar-se como o espao fsico no qual o Estado se concretiza. Porm, ao se compreender o Estado nacional como a nao politicamente organizada, estruturada sobre uma base fsica, no possvel considerar-se apenas sua funo poltica, mas tambm o espao cons-trudo pela sociedade, e, portanto, a sua extenso apropriada e usada. Ao se compreender o que o territrio, deve-se levar em conta toda a diversidade e complexidade de relaes sociais, de convivncias e diferen-as culturais que se estabelecem em um mesmo espao. Dessa forma, o contedo poltico do territrio expresso em diferentes escalas alm do Estado-nao, como no interior das cidades onde territorialidades diferentes manifestam distintas formas de poder.

    Paisagem Distinto do senso comum, este conceito tem um carter especco para a Geograa. A paisagem geogrca a unidade visvel do real e que incorpora todos os fatores resultantes da construo natural e social. A paisagem acumula tempos e deve ser considerada como o que corresponde manifestao de uma realidade concreta, tornando-se elemento primordial no reconhecimento do espao geogrco. Dessa forma, uma paisagem nunca pode ser destruda, pois est sempre se modicando. As paisagens devem ser consideradas como forma de um processo em contnua construo, pois representam a aparncia dos ele-mentos construdos socialmente, e, assim, representam a essncia da prpria sociedade que as constri.

    Lugar O conceito de paisagem vincula-se fortemente ao conceito de lugar e este tambm se distin-gue do senso comum. Para a Geograa, o lugar traduz os espaos nos quais as pessoas constroem os seus laos afetivos e subjetivos, pois pertencer a um territrio e fazer parte de sua paisagem signica estabelecer laos de identidade com cada um deles. no lugar que cada pessoa busca suas referncias pessoais e cons-tri o seu sistema de valores e so estes valores que fundamentam a vida em sociedade, permitindo a cada indivduo identicar-se como pertencente a um lugar, e, a cada lugar, manifestar os elementos que lhe do uma identidade nica.

    Educao cartogrca A alfabetizao cartogrca deve ser entendida como um dos instrumentos indispensveis para a formao da cidadania. Como arma Yves Lacoste11, cartas, para quem no aprendeu a l-las e utiliz-las, sem dvida, no tm qualquer sentido, como no teria uma pgina escrita para quem no aprendeu a ler. Portanto, uma educao que objetive a formao do cidado consciente e autnomo deve incorporar no Currculo os fundamentos da alfabetizao cartogrca.

    11 LACOSTE, Yves. A Geograa: isso serve em primeiro lugar para fazer a guerra. Campinas: Papirus, 1993.

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    1.2. O CURRCULO DE HISTRIA

    impossvel saber quem reetiu, pela primeira vez, sobre a utilidade da Histria, ou precisar a poca muito antiga, certamente em que a questo comeou a surgir antes de se fazer presente no universo escolar. Mas, considerando que nenhuma resposta foi satisfatria, j que a pergunta continua a ser feita e respondida com nveis variados de profundidade e competncia outra resposta poderia ser, simplesmente: a Histria necessria por ser uma das mais importantes expresses de humanidade. O desao para quem trabalha com Histria consiste em extrair conhecimento de vestgios e fragmentos de humanidade que sobre-viveram passagem do tempo e outras distncias. Constri-se, assim a partir do presente , uma espcie de ponte intelectual que pode nos levar aos lugares de onde viemos para saber o que e quem somos e, principalmente, o que poderamos ser, j que um dos principais compromissos da cultura histrica com a constante (re)elaborao esttica do mundo social, movendo-se sempre na contramo do esquecimento.

    No que diz respeito diretamente ao Currculo de Histria em vigor na Rede Pblica de So Paulo, optou-se por estabelecer recortes temtico-conceituais que abarquem temas e questes que caracterizam, com elevado grau de unanimidade, a prpria identidade da disciplina e, portanto, podem ser considerados essenciais. Por isso, no foram promovidas transformaes substanciais nos contedos habituais, pois o que est em causa so as formas de seu tratamento e a nfase que se d a cada um deles, o que se evidencia a partir da valorizao de determinados conceitos (trabalho, vida cotidiana, memria, cultura material, por exemplo), da integrao cada vez mais buscada com outras disciplinas, do uso de fontes diversas, do reor-denamento dos temas em sries ou segmentos especcos etc.

    Desse modo, continuam presentes a democracia ateniense, o sistema feudal, a expanso europeia, a formao dos Estados nacionais, as revolues democrtico-burguesas, o imperialismo, as guerras mundiais, assim como o processo de colonizao da Amrica, os engenhos e a escravido, a minerao, as revoltas regenciais, o Imprio e sua crise, as fases da Repblica, a formao do espao urbano-industrial, alm dos governos de Vargas, do populismo, dos governos militares; enm, de toda uma matria-prima bastante fami-liar ao professor de Histria.

    claro que o tratamento desses temas acompanha as tendncias mais atuais do pensamento histo-riogrco, j que ningum ignora que o Tiradentes de Varnhagen muito diferente do mrtir que a Repblica elegeu. Entretanto, visando preservar e valorizar a autonomia docente, os materiais de ensino destinados aos professores buscam o dilogo, jamais a imposio, pois foram elaborados sempre sob a forma de sugestes, acompanhadas de indicaes de livros e materiais diversos. Desta forma, se pretende facilitar o processo de formao continuada dos principais agentes do processo de ensino-aprendizagem, facilitando a prtica de problematizao dos temas, conceitos e abordagens historiogrcas, evitando-se posturas dogmticas ou preconceituosas.

    Isso explica, convm assinalar, por que esses materiais no seguem uma nica e determinada corrente historiogrca, o que se fez com o objetivo de respeitar a diversidade de objetivos e compromissos que caracterizam os professores, o que pode ser conferido nos materiais didticos derivados do Currculo, sempre preocupados em alargar os horizontes das aes de ensino e aprendizagem.

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    Outro aspecto importante a se considerar no ensino de Histria consiste em reforar, no aluno, a per-cepo de que o processo histrico no decorre apenas da ao dos heris, aquelas grandes personagens que guram no panteo da ptria, e que tm, entre outras coisas, a capacidade de produzir um sentimento de inferioridade nas pessoas comuns, ou seja, aquelas que encontramos em praticamente todos os espaos sociais. Desse modo, os alunos podero reconhecer a importncia da participao poltica para o exerccio pleno da cidadania.

    Todas essas questes animadas pela Histria-problema transformam-na em um saber que pode ser considerado confuso e, mesmo tomando em conta as sucessivas crises que s fazem renov-la, a impor-tncia e fora da disciplina parecem crescer sempre, como percebeu um dos mais importantes historiadores do sculo XX: A cincia histrica conheceu, desde h meio sculo, um avano prodigioso: renovao, enri-quecimento das tcnicas e dos mtodos, dos horizontes e dos domnios. Mas, mantendo com as sociedades globais relaes mais intensas que nunca, a histria prossional e cientca vive uma crise profunda. O saber da histria tanto mais confuso, quanto mais o seu poder aumenta.12

    A confuso a que se refere Jacques le Goff aumenta em funo da compreenso supercial de que os contedos devem ser trabalhados, a partir de uma transversalidade nem sempre bem compreendida, graas qual o campo semntico da Histria seria enriquecido e fecundado por conta da contribuio de outras dis-ciplinas, o que no caso da escola seria conseguido a partir do envolvimento dos professores de Filosoa, Geograa, Lngua Portuguesa, Sociologia, Artes etc.

    Quem trabalha com Histria sabe ou deveria saber que seus julgamentos so incuos, no produ-zindo quaisquer efeitos sobre os tempos passados. Em outras palavras, claro que importante denunciar a violncia da conquista da Amrica, da escravizao de negros e ndios, das fogueiras da Inquisio, das guer-ras e bombardeios, dos campos de extermnio nazistas. No entanto, o estudo desses temas no ir devolver a vida e a dignidade usurpadas de milhes e milhes de pessoas, ao longo dos sculos. Nesse sentido, possvel extrair aprendizados do trabalho com esses contedos, j que eles podem iluminar questes presen-tes na sociedade contempornea. recomendvel cautela na hora de produzir concluses e generalizaes, pois elas podem levar o aluno a entender que todos os portugueses e espanhis foram favorveis s prticas de extermnio e genocdio, assim como todos os brancos admitiram a escravizao dos semelhantes, ou que a vontade de queimar mulheres como supostas bruxas ou desintegrar pessoas em bombardeios atmicos constituam as bases da personalidade das autoridades da Igreja ou dos norte-americanos, em seu conjunto.

    Alm disso, cabe ao professor a delicada tarefa de esclarecer os temas trabalhados em sala de aula, inclusive considerando que mais do que ensinar Histria, sua funo orientar o aluno a aprender Histria o que muito diferente. Assim, partindo do momento presente, e valendo-se do valioso patrimnio de conhe-cimentos acumulados ao longo do tempo, a sala de aula, sob comando do professor, pode transformar-se em espao privilegiado para se conceber uma nova esttica de mundo.

    Finalmente, no demais insistir que, para ensinar Histria e despertar e alimentar nos alunos o gosto pela disciplina preciso gostar de Histria. Sem essa relao de afeto no possvel constituir ambientes escolares marcados pela reexo e animados pelo debate participativo.

    12 LE GOFF, Jacques. Histria. In: Enciclopdia Einaudi, v. 1. Memria-Histria. Lisboa: Imprensa Nacional/Casa da Moeda, 1984.

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    SARESP NA ESCOLA

    A Proposta Curricular do Estado de So Paulo foi planejada de forma que todos os alunos em idade de escolarizao faam o mesmo percurso de aprendizagem nas disciplinas bsi-cas: Lngua Portuguesa, Matemtica, Cincias (Ensino Fundamental), Fsica, Qumica, Biologia (Ensino Mdio), Histria, Filosoa, Sociologia (Ensino Mdio), Geograa, Ingls, Arte e Educao Fsica. Os documentos das disciplinas descrevem os contedos, as competncias, as habilida-des e os processos a serem desenvolvidos em cada srie. Os Cadernos do Professor e do Aluno subsidiam a escola para a implantao da Proposta Curricular.

    As disciplinas foram divididas por sries/anos e bimestres, com a indicao de conte-dos/competncias/habilidades em termos de desempenho escolar a serem desenvolvidos pelos alunos. Essa diviso foi formulada de modo a possibilitar tambm o monitoramento da progresso da aprendizagem, em cada srie/ano e em cada bimestre, por disciplina.

    Sempre oportuno relembrar que essa organizao curricular possibilita que sejam garantidas as mesmas oportunidades a todos os alunos, independentemente das escolas da Rede Estadual que frequentam, para que todos tenham acesso aos mesmos conhecimentos atualizados, signicativos e valorizados pela sociedade.

    A partir dessa base curricular comum, tambm possvel denir as metas que todos os alunos tm direito a alcanar nas disciplinas estudadas e, consequentemente, possvel e necessrio avaliar o progresso de todos os alunos em direo s metas denidas, de modo que eles possam melhorar seu desempenho quando sabem alm do padro determinado e, receber ajuda quando esse padro no alcanado.

    Uma vez proposto o Currculo estadual, pde-se estruturar a avaliao em larga escala. Os objetivos de desempenho esto agora descritos, por meio de uma srie de critrios do ren-dimento esperado, de forma a constituir a estrutura bsica de um sistema de avaliao referen-ciado a esses critrios, que incentiva os professores a se concentrarem nas habilidades e nos processos estabelecidos, para que os alunos os desenvolvam.

    As Matrizes de Referncia para a Avaliao para as disciplinas e sries/anos avaliados foram construdas com base no Currculo proposto. Por seus objetivos especcos, assim como pela natureza de suas habilidades, as matrizes representam apenas um recorte, ainda que sig-nicativo, das aprendizagens esperadas em cada etapa de ensino-aprendizagem, tais como podem ser aferidas em uma situao de prova escrita.

    Convm lembrar que, dados os objetivos do SARESP, os resultados dos alunos no esto articulados seleo ou promoo, mas vericao de que competncias e habilidades, entre as propostas para cada etapa de ensino-aprendizagem escolar, revelam-se em efetivo desen-volvimento entre os alunos.

    Conhea melhor a articulao entre Currculo e Avaliao, analisando os seguintes documentos:

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    Volume 1. Matrizes de Referncia para a Avaliao do SAREP: documento bsico.Volume 2. Matrizes de Referncia para a Avaliao do SARESP: Lngua Portuguesa.Volume 3. Matrizes de Referncia para a Avaliao do SARESP: Matemtica.Volume 4. Matrizes de Referncia para a Avaliao do SARESP: Cincias (Ensino

    Fundamental) e Biologia, Qumica e Fsica (Ensino Mdio).Volume 5. Matrizes de Referncia para a Avaliao do SARESP: Geograa e Histria.Propostas Curriculares das DisciplinasCadernos do Professor e do Aluno das disciplinas (por bimestre)Proposta Pedaggica da escolaPara reexo:H diferenas entre a Proposta Pedaggica da sua escola e as Propostas Curriculares

    ociais?Quais as interseces entre a Proposta Pedaggica de sua escola e as Propostas

    Curriculares ociais?De que forma o desenvolvimento do plano do professor est articulado ao projeto do

    sistema estadual de ensino?Qual foi a recepo dos professores de sua escola, em relao s Propostas Curriculares

    das disciplinas e aos Cadernos do Professor e do Aluno das disciplinas?Qual a importncia pedaggica em se denir uma Matriz de Referncia para a

    Avaliao?A escola deve tambm ter explcita uma Matriz de Referncia para a Avaliao em sua

    Proposta Pedaggica? Por qu?Os planos das disciplinas denem explicitamente os contedos e habilidades que devem

    ser aprendidos em cada srie/ano? As Matrizes de Referncia para a Avaliao das disciplinas da sua escola contemplam as

    competncias, habilidades e contedos previstos nas Matrizes de Referncia para a Avaliao do SARESP por disciplina, para cada uma das sries/anos?

  • 6 srie/7 anoEnsino Fundamental

    8 srie/9 anoEnsino Fundamental

    3 srieEnsino Mdio

    2. ANLISE DO DESEMPENHODOS ALUNOS EMGEOGRAFIA E HISTRIAPOR SRIE/ANO E NVEL

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    Neste tpico, desenvolveremos uma anlise pedaggica do desempenho dos alunos por nvel/srie/ano avaliados. Para a anlise, a escala de descrio por pontos, disponvel nos anexos deste documento, retomada, agora na perspectiva de agrupamento dos pontos nos nveis j citados de cada srie/ano.

    Essa metodologia nos permitiu ressaltar algumas hipteses colocadas como snteses gerais em cada srie/ano/nvel. Para completar, apresentamos alguns exemplos comentados de itens das provas por srie/ano/nvel.

    Devido ao carter de continuidade da escala, o desempenho dos alunos nas sries/anos incorpora o das demais sries/anos. Essa perspectiva deve ter por referncia os pontos da escala e os nveis representativos dos pontos.

    Portanto, ao se considerar a anlise de desempenho em uma srie/ano/nvel, deve-se reetir sobre o desempenho nas sries/anos/nveis anteriores a ela apresentadas e sua representao nos pontos da escala.

    Uma questo fundamental a ser considerada o que os alunos devem aprender em cada srie/ano (expectativas de aprendizagem previstas no Currculo). Os contedos de aprendizagem vo se tornando mais complexos a cada srie/ano. Nos resultados por srie/ano essa relao deve ser tambm relevante na anlise.

    Ao lado de cada srie/ano/nvel, colocamos a porcentagem de desempenho dos alunos da Rede Estadual no nvel. Essa indicao revela o carter mais importante desse processo. As diferenas de desem-penho associadas aos nveis demonstram que h alunos com conhecimentos muito diferentes em cada srie/ano. O propsito que tenhamos o maior nmero possvel de alunos no nvel Adequado por srie/ano. Isso equivaleria dizer que eles dominam os conhecimentos da srie/ano e esto prontos para continuar seus estu-dos com sucesso nas sries/anos posteriores.

    Essa uma forma de ler os resultados. Certamente, cada escola vai escolher o melhor caminho para interpret-los e traduzi-los em seus projetos pedaggicos ressaltando-se que as provas do SARESP repre-sentam um recorte das expectativas de aprendizagem previstas no Currculo e que muitas habilidades no podem ser avaliadas em situao de prova escrita.

    O recorte do SARESP, entretanto, signicativo e representa o desenvolvimento esperado dos alunos em Histria e Geograa.

    Retomamos o quadro que apresenta os pontos da escala distribudos por nveis/sries/anos e a qualica-o dos nveis com as indicaes dos percentuais dos alunos da Rede Estadual nos nveis de desempenho.

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    Nveis de Geograa e distribuio dos alunos da Rede Estadual nos nveis de procincia por srie/ano SARESP 2009

    Nveis 6/7 EF 8/9 EF 3 EM

    Abaixo do Bsico < 175 11,3% < 200 17,4% < 225 17,3%

    Bsico 175 a < 225 35,4% 200 a < 250 34,7% 225 a < 275 32,0%

    Adequado 225 a < 325 50,1% 250 a < 350 45,1% 275 a < 375 47,9%

    Avanado