3º Relatório parcial (set 2016 maio 2017) · João Meirelles Filho - Diretor Geral Hermógenes...
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3º Relatório parcial (set 2016 – maio 2017) Néctar da Amazônia – Cadeia de valor do mel de abelhas nativas de povos e comunidades tradicionais da Amazônia Oriental
Junho de 2017
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Créditos Instituto Peabiru – Equipe diretamente envolvida no projeto Direção João Meirelles Filho - Diretor Geral Hermógenes Sá de Oliveira – gerente do projeto – [email protected] Fernando Oliveira – coordenador técnico Equipe de apoio do Instituto Peabiru Cleiton José Oliveira Santos, Curuçá, PA – técnico Maíra Parente – [email protected] Swellen Barbosa – [email protected] Técnicos de meliponários das localidades (bolsistas) Terras Indígenas do Oiapoque, Oiapoque, AP Anderson dos Santos Damasceno , Aldeia Açaizal, Karipuna Manoel Evandro Damasceno Forte Karipuna, Aldeia Açaizal (articulador local), Silas Maciel, Aldeia Tukay Valber Rogério Jeanjacques, Aldeia São José dos Galybi (Galybi). Territórios Quilombolas, Macapá, AP Elielton Cirilo dos Santos, Mel da Pedreira Arleson Miranda Fortunato, São Pedro dos Bois Calha Norte - Almeirim, PA Fábio Souza Gama, Lago Branco Patrícia Serra Ferreira, Praia Verde Calha Norte - Monte Alegre, PA Mazinho Brito da Silva, comunidades de Monte Alegre Curuçá, PA Vide Cleiton Santos acima, funcionário do Instituto Peabiru Sistemas Agroflorestais (SAF) e um dos responsáveis Bernardo Santos, Pingo D’Água, Curuçá, PA Edivaldo, Praia Verde, Almeirim, PA (Calha Norte) Elizeu Santos Território Quilombola Mel da Pedreira, Macapá, AP José Pedro Batista, Aldeia Ywawka, Terra Indígena Oiapoque, Oiapoque, AP (Palikur) Agradecimentos EMBRAPA Amazônia Oriental FUNAI Oiapoque Tiago Pelaes, Marahú Dra. Vera Lúcia Imperatriz-Fonseca, ITV/USP Às comunidades e organizações locais participantes do projeto e a todos(os) os(as) produtores(as) e colaboradores agradecemos a cessão de imagens e participação no projeto. Período do relatório – setembro de 2016 a maio de 2017. Documento final: 12 de junho de 2017.
Rua Ó de Almeida, 1083 | CEP: 66053-190 | Belém, Pará, Brasil F +55 91 3222 6000 | [email protected] | www.peabiru.org.br
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1. Apresentação
Esta é uma versão resumida do relatório. Este relatório técnico é parte integrante do Projeto
Néctar da Amazônia, do Instituto Peabiru, financiado pelo BNDES (Fundo Amazônia). O principal
objetivo do Projeto é fortalecer a cadeia de valor do mel de abelhas nativas em comunidades
tradicionais, de modo a prover renda complementar sustentável em substituição ao desmatamento.
O projeto foi iniciado em fins de 2014, com apresentação de um primeiro relatório em junho
de 2015. O presente relatório cobre o período entre setembro de 2016 e maio de 2017. Este
documento é um resumo do relatório técnico ao BNDES. Os resultados são apresentados segundo os
Produtos/Serviços previstos na Árvore de Objetivos do Plano de Trabalho apresentado ao
financiador, a saber:
OBJETIVO ESPECÍFICO 1 - Cadeia produtiva de mel de abelhas nativas com escala e valor agregado
Produto 1.1: Consolidação da atividade de produção de mel de abelhas nativas e ampliação do
número de colmeias;
Produto 1.2: Implantação de sistemas agroflorestais em áreas associadas aos locais de criação das
abelhas;
Produto 1.3: Implementação de uma unidade de beneficiamento de mel e supervisão da operação
por doze meses;
Produto 1.4: Estudo sobre o mercado do mel de abelhas nativas e seus subprodutos e elaboração de
planos de negócio para a cadeia produtiva, adequados às realidades do projeto;
OBJETIVO ESPECÍFICO 2 - Capacidades gerencial e técnica de comunidades tradicionais ampliadas
Produto 2.1: Apoio técnico e capacitação do público-alvo em criação de abelhas nativas, práticas
agroecológicas, gestão de negócios e processos produtivos;
Produto 2.2: Desenvolvimento de sistema de monitoramento socioambiental participativo.
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No período, foi inegável o acerto nas mudanças técnicas implementadas por Fernando
Oliveira (coordenador técnico) nos meliponários, o que garantiu um padrão simplificado e efetivo
para o manejo e a reprodução das colmeias em todos os polos. Além disso, a equipe de assistência
técnica percebe agora uma consolidação dos aprendizados pelos técnicos comunitários, o que talvez
seja um dos principais ativos deixados pelo projeto nos territórios.
As principais ações do período concentraram-se em duas expedições (janeiro/fevereiro e
março/abril de 2017). Nessas expedições, as ações foram:
Comunicação e mobilização dos atores locais (técnicos comunitários e beneficiários);
Reuniões de alinhamentos com os técnicos locais;
Monitoramento e avaliação sobre a situação dos meliponários
Planejamento logístico e operacionalização da entrega dos materiais e insumos;
Revitalização dos meliponários e as suas colmeias e colônias;
Assistência técnica em manejo com os técnicos e beneficiários para nivelamento e
padronização do manejo em todos os polos, por meio de atividades de alimentação
e reprodução (ampliação) controlada;
Realizações de cursos e oficinas previstos
Reunião de avaliação e de pactuação dos próximos passos (planejamento).
Entretanto, há ainda ações permanentes realizadas pelos técnicos comunitários, com
supervisão do coordenador técnico (Fernando Oliveira). Seguramente os técnicos comunitários são
um dos principais atores no processo de consolidação da Meliponicultura nos polos do projeto.
Esses técnicos são os responsáveis pelo pleno desenvolvimento das colônias, assim contribuindo
para a manutenção e desenvolvimento desse importante patrimônio biológico.
Todos os técnicos comunitários atuais são os mesmos desde o início do Projeto, o que
permite a consolidação do aprendizado de todo o ciclo do projeto nos territórios. A tabela a seguir
apresenta a distribuição de técnicos nos territórios:
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Nome do Monitor Comunidade/Município/Estado
Elizeu Mel da Pedreira / Macapá / AP
João Batista (Paredão) São Pedro dos Bois / Macapá / AP
Evandro Aldeia Açaizal / Oiapoque / AP
Anderson Aldeia Açaizal / Oiapoque / AP
Valber Aldeia Galibi / Oiapoque /AP
Silas Aldeia Tukai
Fábio Comunidade Lago Branco / Almeirim / PA
Patrício Comunidade Praia Verde / Almeirim / PA
Mazinho Comunidades: Santana, Paituna, Lages, Seis Unidos, Vila Nova de Nazaré, Nazaré / Monte Alegre / PA
Cleiton Comunidades: Cabeceira (2), São Pedro, Pingo dágua, Km 50, Santo Antônio, Araquaim, Sede de Curuçá / Curuçá / PA
Dentre as ações dos técnicos, destacam-se:
Articulação e mobilização dos beneficiários para as atividades coletivas,
especialmente para os mutirões de limpeza de terreno e multiplicação dos
meliponários;
Assessoria técnica individualizada aos beneficiários;
Organização dos eventos de capacitação;
Alimentação periódica das colônias;
Monitoramento e avaliação semanal do desenvolvimento das colônias
Manejo do processo de multiplicação das colônias;
Aquisição de insumos necessários para alimentação e manejo
Prestação de contas sobre a execução financeira local
Paralelamente, no período do relatório, outras 03 ações significativas ocorreram:
Autorização de Manejo da Atividade de Meliponicultura nos estados do Pará e
Amapá;
Relacionamento institucional com a Embrapa Amazônia Oriental para o (1) suporte
técnico à extração de Mel com vistas à comercialização (Produto 1.3) e (2) e apoio
na elaboração dos estudos sobre serviços ambientais relacionados à meliponicultura
e seus subprodutos (Produto 2.2); e
Monitoramento dos Sistemas Agroflorestais (SAF)
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2. Atividades realizadas e grau de execução física do projeto
OBJETIVO ESPECÍFICO 1 - Cadeia produtiva de mel de abelhas nativas com escala e valor agregado
Produto 1.1: Consolidação da atividade de produção de mel de abelhas nativas e ampliação do
número de colmeias.
Área Geográfica
Atualmente, estamos trabalhando com beneficiários de 24 comunidades em 5 municípios.
Consideramos esse arranjo suficiente para o alcance das Metas de colmeias e produtores.
Subprojeto Município Nº Comunidades Envolvidas
1 Macapá - AP
1 Mel da Pedreira
2 São Pedro dos Bois
3 Ambé
4 São Tiago
2 Oiapoque - AP
5 Açaizal
6 Tukay
7 Galibi
8 Ahumã
9 Yawká
3 Curuçá - PA
10 Cabeceira
11 São Pedro
12 Pingo Dágua
13 Km 50
14 Santo Antônio
15 Araquaim
16 Sede Curuçá
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Almeirim - PA 17 Praia Verde
18 Lago Branco
Monte Alegre – PA
19 Juçarateua
20 Santana
21 Nazaré
22 Lages
23 6 Unidos
24 Paituna
5 municípios 24 Comunidades Quadro 1 – Distribuição geográfica dos produtores em comunidades e municípios
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Quanto aos Produtores
Em relação ao relatório anterior, não houve alteração no número de produtores envolvidos
no projeto. Hoje o projeto conta com 101 produtores diretamente envolvidos no manejo da
meliponicultura, como mostra a tabela abaixo:
UF Município Comunidade Nome:
AP Macapá Mel da Pedreira Aldenira Fortunato de Souza
AP Macapá Mel da Pedreira Arlene da Costa Fotunato de Souza
AP Macapá Mel da Pedreira Calvino Cabral de Souza
AP Macapá Mel da Pedreira Cirilo Ramos de Souza
AP Macapá Mel da Pedreira Dione Ferreira de Souza
AP Macapá Mel da Pedreira Dionatan Cirilo de Souza
AP Macapá Mel da Pedreira Elielton Cirilo de Souza
AP Macapá Mel da Pedreira Elton Cirilo de Souza
AP Macapá Mel da Pedreira Joao de Almeida Barbosa
AP Macapá Mel da Pedreira Joelma Sousa Picanço
AP Macapá Mel da Pedreira Maria Helena Souza Cirilo
AP Macapá Mel da Pedreira Marineu Picanço de Souza
AP Macapá Mel da Pedreira Natan Cabral de Souza
AP Macapá Mel da Pedreira Osvaldino Fortunato de Souza
AP Macapá Mel da Pedreira Dario Cabral de Souza
AP Macapá Mel da Pedreira Elizeu Cirilo de Souza
AP Macapá Mel da Pedreira Manoel Alexandre Ramos de Souza
AP Macapá São Pedro dos Bois ARLEANE MIRANDA FORTUNATO
AP Macapá São Pedro dos Bois ALANA MIRANDA FORTUNATO
AP Macapá São Pedro dos Bois ARLETE CIRILO DE SOUZA
AP Macapá São Pedro dos Bois CIELE PINHEIRO CIRILO GOMES
AP Macapá São Pedro dos Bois ELIETE MIRANDA DE SOUZA
AP Macapá São Pedro dos Bois EDSON MIRANDA DE SOUZA
AP Macapá São Pedro dos Bois GILFRAN PINHIERO CIRILO
AP Macapá São Pedro dos Bois JOSÉ DE SOUZA CIRILO
AP Macapá São Pedro dos Bois JONAS SILVA DE MIRANDA
AP Macapá São Pedro dos Bois JULIANA MIRANDA DE SOUZA
AP Macapá São Pedro dos Bois JULIA MARIA SILVA MIRANDA
AP Macapá São Pedro dos Bois MARIA CONCEIÇÃO PINHEIRO
AP Macapá São Pedro dos Bois MARIA RAIMUDA DA SILVA MIRANDA
AP Macapá São Pedro dos Bois SUELEN PINHEIRO CIRILO
AP Macapá São Pedro dos Bois ARLESON MIRANDA FORTUNATO
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AP Macapá São Pedro dos Bois EDIELSON MIRANDA DE SOUZA
AP Macapá São Pedro dos Bois JOÃO BATISTA BARBOZA FORTUNATO
AP Oiapoque Açaizal Anderson dos Santos Damasceno
AP Oiapoque Açaizal Manoel Evandro Damasceno Forte Karipuna
AP Oiapoque Açaizal Daide dos Santos Batista
AP Oiapoque Açaizal Geimison Batista Forte
AP Oiapoque Açaizal Edmar dos Santos
AP Oiapoque Açaizal Erdeson dos Santos Vilhena
AP Oiapoque Açaizal Jose Damasceno Forte Karipuna
AP Oiapoque Açaizal Rosangela Gomes Karipuna
AP Oiapoque Açaizal Manoel dos Santos Damasceno
AP Oiapoque Açaizal Edinelson Forte Damasceno
AP Oiapoque Açaizal Nelma dos Santos Quaresma
AP Oiapoque Açaizal Joazio Quaresma dos Santos
AP Oiapoque Açaizal Josiane dos Santos Damasceno
AP Oiapoque Açaizal Elton dos Santos
AP Oiapoque Açaizal Clecivane dos Santos Quaresma
AP Oiapoque Açaizal Louriane dos Santos Quaresma
AP Oiapoque Açaizal Maria Dilma dos Santos Quaresma
AP Oiapoque Açaizal Saulo dos Santos Quaresma
AP Oiapoque Açaizal Lucelia Forte Damasceno
AP Oiapoque Açaizal Estefânio Forte
AP Oiapoque Açaizal Luciane Forte Damasceno
AP Oiapoque Açaizal Edielson Forte de Oliveira
AP Oiapoque Açaizal Eliseu dos Santos Batista
AP Oiapoque Açaizal Lucinete Damasceno Forte Karipuna
AP Oiapoque Galybi Valber Rogério Jeanjacques
AP Oiapoque Galybi Miguel Jeanjacque
AP Oiapoque Galybi Diego Monteiro dos Santos
AP Oiapoque TuKay Silas Macial dos Santos
PA Almeirim Lago Branco Elizeu Silva Moreira
PA Almeirim Lago Branco Hiltom de Jesus Balieiro da Silva
PA Almeirim Lago Branco Maria Rosely Brasil Felix
PA Almeirim Lago Branco Maria Mauriza das Graças Gama
PA Almeirim Lago Branco Marilucia Correia Nogueira
PA Almeirim Lago Branco José Marinaldo Gama Moreira
PA Almeirim Lago Branco João Francisco Balieiro da Silva
PA Almeirim Lago Branco Wilson Gama da Silva
PA Almeirim Lago Branco Maria das Graças Barbosa de Souza
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PA Almeirim Lago Branco Fábio Souza Gama
PA Almeirim Lago Branco Ivanilda do Socorro da Silva Moreira
PA Almeirim Lago Branco Henrique Gama Moreira
PA Almeirim Lago Branco Darlene Brazão de Abreu
PA Almeirim Lago Branco Quelma Silveira Paiva
PA Almeirim Praia Verde Oscar Rocha da Silva
PA Almeirim Praia Verde Patrício Sarraff Bezerra
PA Almeirim Praia Verde Edilson Souza Pinto
PA Almeirim Praia Verde Edvaldo da Silva Guerra
PA Curuçá Araquaim Tereza Santos de Sousa
PA Curuçá Araquaim Nilma Maria Braga de Sousa
PA Curuçá Araquaim Maria Verbena Correa Cordovil
PA Curuçá Arupi Lucivaldo de Araújo Ximendes
PA Curuçá KM 50 Francisco Ferreira Teles
PA Curuçá Pingo D'água Nelson Pinto da Conceição
PA Curuçá Pingo D'água Maria Deuzuite Oliveira Santos
PA Curuçá Pingo D'água Bernardo Nascimento dos Santos
PA Curuçá Pingo D'água Cleiton José Oliveira Santos
PA Curuçá São Pedro Maria Lina Pinheiro dos Santos
PA Curuçá União Marussia de Macedo Baena
PA Monte Alegre
Comunidade de Nazaré
ESTELA DE SOUZA VASCONCELOS
PA Monte Alegre
Juçarateua Vitoriano Gonzalez Murrieta Junior
PA Monte Alegre
Lages JOÃO VASCONCELOS DE ALMEIDA
PA Monte Alegre
Santana do Paituna Mazinho Brito da Silva
PA Monte Alegre
Santana do Paituna LUIS GONZAGA RODRIGUES DE ANDRADE
PA Monte Alegre
Seis Unidos EDILONE DUARTE MEIRELES
PA Monte Alegre
Vila Nova do Nazaré
ELINALDO RODRIGUES DE FRANÇA
PA Monte Alegre
Comunidade de Nazaré
JOSÉ NILDO VASCONCELOS DA SILVA
PA Monte Alegre
Comunidade de Nazaré
RAIMUNDO NONATO DE SOUZA
PA Monte Alegre
Comunidade de Erere
CLEONICE BATISTA DA SILVA (pretinho)
Quadro 2 – Beneficiários do Projeto Néctar da Amazônia
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O processo produtivo em torno do meliponário desses produtores e produtoras varia de
acordo com o histórico da gestão dos recursos naturais nos diferentes territórios. Há meliponários
coletivos e/ou comunitários, há meliponários familiares e há meliponários individuais. Por essa
razão, o número de meliponários não acompanhará o número de produtores, como mostrado a
seguir.
Os Meliponários
A configuração atual do projeto dispõe de 22 meliponários nas distintas comunidades e com
diferentes arranjos de “propriedade”. Em relação ao relatório anterior houve uma redução do
número de meliponários que era de 26. Essa redução foi em virtude da fusão dos meliponários nas
comunidades Quilombolas de Mel Pedreira e São Pedro dos Bois. Em ambas, os meliponários
passaram de 03 para somente 01. A tabela a seguir mostra detalhadamente essa configuração:
TABELA - Total de Colmeias com Colônias por Comunidade
Cód. Meliponário
UF POLO Comunidade Relatório Anterior
Situação Atual
M4 AP Macapá Mel da Pedreira* 100 195
M1 AP Macapá São Pedro dos Bois** 100 144
O1 AP Oiapoque Açaizal 27 40
O2 AP Oiapoque Galybi 5 10
O3 AP Oiapoque TuKay 8 3
A1 PA Almeirim Lago Branco 180 230
A2 PA Almeirim Praia Verde 180 230
C5 PA Curuçá Araquaim 59 59
C7 PA Curuçá Sítio Açaizal 5 20
C6 PA Curuçá Arupi 14 17
C3 PA Curuçá KM 50 20 30
C1 PA Curuçá Pingo D'água 5 5
C8 PA Curuçá Pingo D'água 84 84
C4 PA Curuçá São Pedro 82 126
C2 PA Curuçá União 6 11
MA3 PA Monte Alegre Comunidade de Nazaré 38 48
MA7 PA Monte Alegre Juçarateua 23 43
MA1 PA Monte Alegre Lages 48 48
MA4 PA Monte Alegre Santana do Paituna 37 34
MA5 PA Monte Alegre Santana do Paituna 22 42
MA6 PA Monte Alegre Seis Unidos 25 48
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11
MA2 PA Monte Alegre Vila Nova do Nazaré 40 48
TOTAL 1108 1515
Quadro 3: Meliponários, sua localização (comunidades e municípios e quantidade de colmeias)
* Após a aprovação da SEMA-AP, os 03 meliponários dos Quilombolas da comunidade Mel da
Pedreira foram unificados para facilitar o manejo e a multiplicação. O local escolhido foi o
meliponário do Sr. Elizeu Cirilo de Souza.
** Após a aprovação da SEMA-AP, os 03 meliponários dos Quilombolas da comunidade São Pedro
dos Bois foram unificados para facilitar o manejo e a multiplicação. O local escolhido foi o
meliponário do Sr. João B. Fortunato (Paredão).
A tabela a seguir apresenta quais os beneficiários que são responsáveis por cada
meliponário:
Código Meliponário
UF Polo Comunidade Nome:
M5 AP Macapá Mel da Pedreira Elizeu Cirilo de Souza
M3 AP Macapá São Pedro dos Bois João Batista Barboza Fortunato
O1 AP Oiapoque Açaizal Manoel Evandro Damasceno Forte Karipuna
O2 AP Oiapoque Galybi Valber Rogério Jeanjacques
O3 AP Oiapoque TuKay Silas Macial dos Santos
A1 PA Almeirim Lago Branco Fábio Souza Gama
A2 PA Almeirim Praia Verde Patrício Sarraff Bezerra
C5 PA Curuçá Araquaim Nilma Maria Braga de Sousa
C7 PA Curuçá Araquaim Maria Verbena Correa Cordovil
C6 PA Curuçá Arupi Lucivaldo de Araújo Ximendes
C3 PA Curuçá KM 50 Francisco Ferreira Teles
C1 PA Curuçá Pingo D'água Nelson Pinto da Conceição
C8 PA Curuçá Pingo D'água Maria Deuzuite Oliveira Santos
C4 PA Curuçá São Pedro Maria Lina Pinheiro dos Santos
C2 PA Curuçá União Marussia de Macedo Baena
MA3 PA Monte Alegre
Comunidade de Nazaré
Estela de Souza Vasconcelos
MA7 PA Monte Alegre
Juçarateua Vitoriano Gonzalez Murrieta Junior
MA1 PA Monte Alegre
Lages João Vasconcelos de Almeida
MA4 PA Monte Santana do Paituna Mazinho Brito da Silva
12
12
Alegre
MA5 PA Monte Alegre
Santana do Paituna Luis Gonzaga Rodrigues de Andrade
MA6 PA Monte Alegre
Seis Unidos Edilone Duarte Meireles
MA2 PA Monte Alegre
Vila Nova do Nazaré Elinaldo Rodrigues de França
Quadro 4: Meliponários, seus responsáveis e sua localização (comunidades e municípios).
Autorização da Atividade
Desde junho de 2016, a direção do Instituto Peabiru e a coordenação do projeto
intensificaram os esforços para a regularização da atividade de meliponicultura junto às secretariais
responsáveis nos Estados do Pará (SEMAS) e Amapá (SEMA).
O Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), através da Resolução nº 346 de 06 de
Julho 2004, disciplina a proteção e a utilização das abelhas silvestres nativas, bem como a
implantação de meliponários. Basicamente, a autorização exige dois procedimentos: Cadastro
Técnico Federal (CTF) e Autorização de Funcionamento da Atividade. A resolução estabelece que
para meliponários com menos de 50 colmeias é dispensado a autorização de funcionamento da
atividade. No entanto, continua sendo necessário o Cadastro Técnico Federal.
Após inúmeras conversas com diversos técnicos e gestores, os primeiros resultados
começam a surgir. Em março de 2017, as autorizações dos meliponários do Polo Quilombolas, no
Amapá, foram emitidas (anexo II). E no início de junho, as autorizações dos 05 primeiros produtores
do Estado do Pará finalmente foram emitidas pela SEMAS
A tabela a seguir apresenta a situação de cada grupo de meliponários quanto à necessidade
de autorização da atividade. A Autorização de Manejo (AM) é obrigatória para os meliponários que,
por meio de captura ou multiplicação em caixas racionais, alcancem mais de 49 colônias em sua
formação. Segue a tabela:
Cód. Meliponário
UF POLO Comunidade Total de Colmeias
Situação de Autorização
A1 PA Almeirim Lago Branco 230 Autorizado
A2 PA Almeirim Praia Verde 230 Autorizado
M4 AP Macapá Mel da Pedreira 195 Autorizado
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M1 AP Macapá São Pedro dos Bois 144 Autorizado
C4 PA Curuçá São Pedro 126 Autorizado
C8 PA Curuçá Pingo D'água 84 Autorizado
C5 PA Curuçá Araquaim 59 Autorizado
MA3 PA Monte Alegre
Comunidade de Nazaré 48
Autorização em Breve
MA1 PA Monte Alegre
Lages 48
Autorização em Breve
MA6 PA Monte Alegre
Seis Unidos 48
Autorização em Breve
MA2 PA Monte Alegre
Vila Nova do Nazaré 48
Autorização em Breve
MA7 PA Monte Alegre
Juçarateua 43
Autorização em Breve
MA5 PA Monte Alegre
Santana do Paituna 42
Autorização em Breve
O1 AP Oiapoque Açaizal 40 Autorização em Breve
MA4 PA Monte Alegre
Santana do Paituna 34 Autorização em Breve
C3 PA Curuçá KM 50 30 Autorização em Breve
C7 PA Curuçá Sítio Açaizal 20 Autorização em médio prazo
C6 PA Curuçá Arupi 17 Autorização em médio prazo
C2 PA Curuçá União 11 Autorização em médio prazo
O2 AP Oiapoque Galybi 10 Autorização em médio prazo
C1 PA Curuçá Pingo D'água 5 Autorização em médio prazo
O3 AP Oiapoque TuKay 3 Autorização em médio prazo Quadro 5: Cenário de previsão para a autorização da atividade
O mais difícil no processo de autorização da atividade foi o pioneirismo da demanda do
projeto, já que os nossos meliponicultores são os primeiros da Amazônia que conseguiram a
regularização do órgão ambiental como determina a Lei. Acreditamos que na medida em que os
parâmetros para a autorização já foram construídos nas secretarias estaduais, a próxima leva de
solicitações será bem mais célere.
Nesse sentido, nas próximas semanas todos os outros meliponários na esfera do projeto
solicitarão a autorização de manejo para as secretarias responsáveis, independente do número atual
de colmeias instaladas, para evitar futuros transtornos.
Capacidade Instalada para Produção
Como estávamos impedidos de ampliar significativamente nosso plantel em virtude da
demora no processo de autorização da atividade, continuamos com a mesma capacidade instalada
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anterior de 4.075 colmeias racionais aptas a serem incorporadas ao processo de produção de mel, a
partir do prosseguimento de processos de reprodução das colônias. Vale esclarecer que implantação
de capacidade instalada de produção na Amazônia é quase tão significativa quanto às boas práticas
de manejo da fauna, principalmente pelos inúmeros desafios de ordem logística e de capacitação
técnica.
O processo de instalação/ampliação dos meliponários nas comunidades consiste em: (1)
limpeza do terreno; (2) cavação de buracos; (3) instalação de cavalete com suporte; (4) colocação da
colmeia. Em todas as colmeias são instalados telhados para proteger do vento e da queda de galhos
(lembrar que os meliponários ficam em áreas limpas de floresta, onde há árvores de porte, que são
cercadas para evitar o trânsito de grandes animais).
Houve, no entanto, uma mudança significativa na qualidade instalada em Monte Alegre.
Foram instaladas as Melgueiras X para potencializar a safra ainda esse final ano. Foi decidido instalar
esse tipo de melgueira em virtude do desenvolvimento atual das colônias que apresentam uma
perspectiva de produtividade acima da média dos outros polos.
Foto 1: Meliponários com Melgueira X.
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Foto 2: Melgueira X em destaque.
Produto 1.2: Implantação de sistemas agroflorestais em áreas associadas aos locais de criação das
abelhas
No período, durante as expedições, houve momentos de visitas aos SAFs em todos os polos.
Os SAFs, apesar de significativa estiagem do último ano, estão se desenvolvendo normalmente.
Houve ampliação da área de implantação no Oiapoque, na Aldeia Açaizal, em Almeirim, na
Comunidade Praia Verde, e nos Quilombolas, na Comunidade Mel da Pedreira. Nos demais
territórios, a área implantada permanece a mesma em relação ao relatório anterior.
Foto 3: Antigo Bananal onde foi implantado SAF. Açaizal, Oiapoque.
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Foto 4: Técnico mostra onde serão plantadas as mudas para aproveitar o sombreamento. Açaizal, Oiapoque.
Fotos 5 e 6: SAFs em Praia Verde (Almeirim, PA). Detalhe para limpeza ao redor das plantas e as linhas de plantas em plena
fase de crescimento.
A tabela a seguir apresenta a situação atual dos SAFs.
SAF Polo Área Anterior Área Atual
Aldeia Açaízal Oiapoque 0 0,5
Aldeia Yawká Oiapoque 0,25 0,25
Comunidade Pingo D´Água Curuçá 1 1
Comunidade São Pedro dos Bois Quilombolas-AP 0,25 0,25
Comunidade Praia Verde Almeirim 0,5 1
Comunidade Mel da Pedreira Quilombolas-AP 0 0,5
TOTAL DA ÁREA (hectare) 2 3,5
17
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Quadro 6 – Comparativo entre area atual e anterior dos sistemas agroflorestais.
Foto 7: Mudas compradas para o SAFs para a Comunidade Mel da Pedreira. Na foto Elizeu e Neto.
Produto 1.3: Implementação de uma unidade de beneficiamento de mel e supervisão da operação
por doze meses.
No período, ficou definido que com o apoio da EMBRAPA Amazônia Oriental será definida a
estratégia para o processamento da produção, levando em consideração às características logísticas
e de produtividade dos territórios atendidos pelo projeto. Estamos atualmente na fase de assinatura
do convênio de parceria.
Produto 1.4: Estudo sobre o mercado do mel de abelhas nativas e seus subprodutos e elaboração
de planos de negócio para a cadeia produtiva, adequados às realidades do projeto.
Esse estudo será parte integrante da parceria com a EMBRAPA Amazônia Oriental. A ideia é
definir a melhor estratégia de comercialização a partir da definição da estratégia de processamento
e escoamento da produção. Estamos atualmente na fase de assinatura do convênio de parceria.
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OBJETIVO ESPECÍFICO 2 - Capacidades gerencial e técnica de comunidades tradicionais ampliadas
Produto 2.1: Apoio técnico e capacitação do público-alvo em criação de abelhas nativas, práticas
agroecológicas, gestão de negócios e processos produtivos.
No período, houve 17 momentos de capacitação em formato de cursos e oficinas com a
participação de 274 beneficiários.
Foto 8: Curso prático com grupo de jovens indígenas – Aldeia Açaizal , Oiapoque, AP.
Foto 9. – Apresentação de encerramento de curso – Quilombolas Mel da Pedreira,Macapá, AP.
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Produto 2.2: Desenvolvimento de sistema de monitoramento socioambiental participativo.
Esse estudo será parte integrante da parceria com a EMBRAPA Amazônia Oriental e começa
a ser implementada na próxima fase, de acordo com o previsto originalmente no plano de trabalho.
Estamos atualmente na fase de assinatura do convênio de parceria.
3. Principais ocorrências referentes à instituição
O Instituto Peabiru conseguiu aprovar com a Fundação Banco do Brasil a ampliação da
meliponicultura no Marajó, no município de Curralinho. A meta é alcança 500 colmeias integradas
aos açaizais do Rio Canaticu nos próximos anos.
No período, a meliponicultura foi reconhecida pela Fundação Grupo Boticário de Proteção à
Natureza, em parceria com a Innonatives — uma plataforma europeia aberta para soluções
sustentáveis, como iniciativa relevante para a conservação. O prêmio pelo reconhecimento é de 2
mil euros a serem aplicados para a estruturação do e-commerce.