3º médio gabarito Hexa
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1. INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
Nível da Expressão I
1. Alternativa: B. As pegadas indiciam que alguém passou.
2. Alternativa: B. O fato de o amigo fazer observações de ordem mais gramatical leva o autor a considerar tais
correções como uma ênfase à forma. Contudo, sua posição é discordante, uma vez que na frase “Toma a minha sopa,
não diz nada sobre ela [...]”, o termo sopa figurativiza o conteúdo e sinaliza para a inconformidade do autor com
relação à postura do amigo, que só enfatiza a forma: “o prato está rachado”.
3. Alternativa: A. Ao se considerar a dança como representação da cultura de um povo, pressupõe-se que ela
manifeste a afetividade, a história, a ideologia e as aspirações intelectuais e espirituais de um povo.
4. Na técnica cinematográfica, conhecida como traveling, a câmera se move para registrar imagens do espaço. No
texto apresentado, esse recurso possibilita relacionar a condição de miséria das personagens à condição de miséria da
paisagem em que elas se inserem.
5. Alternativa: D. O autor reforça a caracterização do “menino diabo” descrevendo ações praticadas por ele. São
colocadas em sequência orações coordenadas sindéticas aditivas, como vemos no trecho: “Por exemplo, um dia
quebrei a cabeça de uma escrava, porque me negara uma colher do doce de coco que estava fazendo, e, não contente
com o malefício, deitei um punhado de cinza ao tacho, e, não satisfeito da travessura, fui dizer à minha mãe que a
escrava é que estragara o doce „por pirraça‟; e eu tinha apenas seis anos”.
Nível da expressão II
1. Alternativa: C. A alternativa a é incorreta, pois não há melancolia na imagem ou no texto.
A alternativa b é incorreta porque o texto é um relato de viagem, podendo haver nele distorções, sem que seja
fantasioso.
A alternativa d é incorreta, já que, no texto e na pintura, a cultura indígena é discutida; em ambos os textos, os que
enunciam são europeus.
A alternativa e é incorreta, pois não se observa a religiosidade na imagem; no texto, a referência às partes íntimas tem
cunho moral, mas não exatamente religioso.
2. Alternativa: B. O ideograma do enunciado passou por um processo de transformação artística, no qual a figura do
cavalo tornou-se menos estilística. A sequência que poderia representar a evolução do ideograma chinês para a
palavra luta seria a da alternativa b, em que, inicialmente, é possível observar duas pessoas lutando.
3. Alternativa: A. O caracol é lento, portanto, para ele, é difícil começar a andar e carregar seu casco, mas ele persiste
e consegue levar tranquilamente sua “casa” nas costas. O difícil, então, é só começar, porque depois o fardo se torna
suave e fácil, e é representado pela cama elástica. Assim, “Com perseverança, tudo se alcança”.
4. Alternativa: D. As imagens lidam com a questão da perspectiva: dependendo de onde se olha, o que se enxerga é
diferente. Por isso, o ditado que melhor se relaciona é “As aparências enganam.”
Nível da expressão III
1. Alternativa: D. A literatura e a arte plástica do Simbolismo procuram dar sugestões abstratas e inusitadas aos
objetos, trabalhando com associações ora oníricas, ora misteriosas. Faz-se uma releitura do objeto.
2. Alternativa: A. O Cubismo, iniciado no começo do século XX com o quadro Demoiselles D’Avignon, de Pablo
Picasso, rompeu com o paradigma de arte como mímese, ou seja, a ideia de a arte ser associada à beleza e à perfeição.
Vanguarda artística de origem francesa, o Cubismo propõe a justaposição de figuras geométricas por meio de várias
perspectivas, como é descrito na célebre frase de Picasso: “Não pinto os objetos como os enxergo, e sim como os
imagino”.
3. Alternativa: D. Seguindo a estética impressionista, o pintor registra a imagem com cores puras, não misturadas.
Além disso, não há idealização de cores e imagens.
4. Alternativa: C. Nos textos I e II, são mostradas duas figuras de diferentes tempos históricos: uma pintura rupestre,
da Antiguidade, e um grafite, do mundo contemporâneo. Sobre os elementos comuns às duas imagens, não se pode
afirmar que: (a) há preferência por tintas naturais, pelo menos não hoje em dia; (b) há rompimento com modelos
estabelecidos, uma vez que as figuras são registros do pensamento e das crenças das sociedades em várias épocas; (d)
e (e) há restrição de uso pelas classes dominantes ou pela elite, já que o grafite, como o próprio enunciado afirma, é
considerado uma arte marginal.
Implícitos, ambiguidade e semântica I 1. Alternativa: D. Os textos retratam o desrespeito com relação ao fumante passivo, fato demonstrado na alternativa
d. Em nenhum momento é mencionada a quantidade de cigarros consumida por pessoa, como propõe a alternativa a.
O foco não é o direito do fumante ativo, como demonstrado na alternativa b e na alternativa e; e a conscientização
deve partir do fumante ativo, e não do passivo, eliminando-se a alternativa c.
2. Alternativa: E. A questão exige do candidato uma análise da relação entre os elementos verbais e não verbais
presentes na propaganda. Analisando os elementos verbais, nota-se a conjugação do verbo derreter, o qual remete a
um dos problemas causados pelo aquecimento global, nesse caso, o derretimento das calotas polares. Além disso,
essa conjugação sugere que o receptor da mensagem seja indiferente ao aquecimento global, o que é evidenciado pela
pergunta “Você tem certeza que quer conjugar este verbo?”. A construção “tem certeza” deixa implícito que há uma
expectativa de resposta afirmativa. Portanto, essa pergunta oferece ao receptor uma oportunidade para refletir sobre
suas atitudes com relação ao planeta e uma oportunidade para mudá-las. Sendo assim, a relação entre os recursos
verbais e os não verbais revela que a agressão ao planeta é dependente da posição assumida pelo homem frente aos
problemas ambientais.
3. Alternativa: A. Segundo o eu lírico, o indivíduo vive o “parecer” em detrimento do “ser”, ou seja, veste uma
máscara que faz com que pareça uma pessoa venturosa àqueles que o cercam.
4. a) O substantivo pobreza associa-se à expressão “pobreza absoluta” (pessoas que têm rendimento médio domiciliar
per capita de até meio salário mínimo mensal); já o substantivo miséria refere-se à expressão “pobreza extrema”
(pessoas que têm rendimento médio domiciliar per capita de até um quarto de salário mínimo mensal).
b) Na charge, o fato de a linha não estar visível deixa implícita a ideia de que não há diferença entre os dois estados;
em ambos, o ser humano vive de forma indigna.
5. Alternativa: D. A alternativa a está incorreta. O primeiro texto foi escrito por uma mulher, o que fica evidente pelo
emprego da expressão “estamos expostas”. Todavia, não se pode afirmar que o segundo texto foi escrito por uma
mulher, já que não há nenhuma marca linguística que assinale tal gênero; a alternativa b está incorreta. Não há tom de
indignação por parte dos leitores e não há referência, em seus textos, à falta de recursos destinados à saúde da mulher.
No primeiro texto, por exemplo, a afirmação “os cuidados com a saúde feminina se tornassem mais necessários”
pressupõe que esses cuidados já existem, posto que não são eficientes. A alternativa c está incorreta. Não se pode
afirmar que os leitores sejam profissionais da área da saúde. Não há nenhuma marca linguística que sustente tal
afirmação; a alternativa d está correta. O trecho “os cuidados com a saúde feminina se tornassem mais necessários”,
no texto 1, e o trecho “Os médicos devem se aprofundar nos estudos relacionados à saúde da mulher”, no texto 2,
evidenciam a preocupação com a saúde da mulher (e, consequentemente, sua importância). A alternativa e está
incorreta. Em nenhum dos dois textos, há a afirmação de que seus enunciadores não têm conhecimentos sobre o
infarto feminino.
6. Alternativa: B. O enunciador do texto procura orientar os alunos com relação ao que é cobrado em vestibulares, no
caso, o tema atualidades. Por não se tratar de uma ciência, ensina-se como estudar tal assunto: “Quando estiver se
informando, relacione os acontecimentos aos conteúdos aprendidos em sala de aula”.
Implícitos, ambiguidade e semântica II 1. Alternativa: C. Há duas possibilidades de se interpretar a alternativa:
- O coreano defendeu seu próprio filho contra o ataque dos ladrões.
- O coreano defendeu um indivíduo, que era filho de ladrões.
2. Alternativa: B. O humor presente na charge decorre do trocadilho com a palavra barata presente no último
quadrinho. Em decorrência da história do livro Metamorfose, de Kafka, que trata de um homem que se transforma em
um inseto, a construção “literatura barata” sugere duplo sentido.
3. a) A expressão que tem duplo sentido é “lavar as mãos”. Pode remeter à higiene (lavar as mãos em sentido literal)
ou ao fato de não se tomar uma atitude sobre o assunto, eximir-se da responsabilidade (no sentido figurado).
b) O vocábulo enquanto pressupõe que um dia não haverá mais água e que, portanto, o “aproveitar” será efêmero.
Implicitamente, o enunciador convoca o leitor para que não abandone a mata atlântica, pois, para que haja água, é
fundamental a existência da mata (na imagem, árvores nascem da torneira). Para o enquanto virar porque na oração, é
preciso que haja o respeito à natureza.
4. a) A expressão “Não posso me queixar” tem duplo sentido:
- Não tenho reclamação a fazer (ou seja, aceito o regime).
- Não posso reclamar (proibição pressuposta da censura).
b) Fazendo as adaptações necessárias, teremos:
Mas se você perguntar a quaisquer cidadãos de uma ditadura o que acham do seu país, eles respondem sem hesitação:
“Não podemos nos queixar”.
Implícitos, ambiguidade e semântica III 1. Alternativa: D. Nesse contexto, o conector mas não está indicando seu sentido usual: de adversidade. Iniciando o
penúltimo parágrafo, o autor acrescenta mais um argumento; dessa forma, pode-se dizer que há uma relação de
adição com os demais argumentos.
2. Alternativa: E. O poeta pré-modernista Augusto dos Anjos escreveu apenas um livro em vida, chamado Eu, que
trata de questões existencialistas ligadas a cientificismos e de termos ligados à biologia, fisiologia e química. Faz sua
poesia na forma clássica de soneto, mas traz elementos da modernidade científica e positivista que nutria os
pensadores do final do século XIX e começo do século XX. A linguagem rebuscada da poesia de Augusto dos Anjos
também marca uma característica típica de sua poesia: a hermenêutica, ainda influente dos parnasianos.
3. Alternativa: B. Apenas a palavra cabo destoa das demais assertivas elencadas na questão, visto que esse vocábulo
possui sentido de “fim”, enquanto as outras palavras mantêm relação de sinonímia, significando “início”.
4. Alternativa: D. A palavra grifada em “E foi assim que cheguei à cláusula dos meus dias...” significa conclusão,
fim. O mesmo sentido pode ser encontrado em “Antes de chegar à cláusula do seu discurso, todos o aplaudiram”.
5. Alternativa: A. Na frase “Só mesmo dizendo um palavrão”, a palavra mesmo enfatiza o termo só; já na frase “Só
dizendo um mesmo palavrão”, a mudança de posição do termo mesmo dá um sentido de repetição a palavrão.
Variação linguística I 1. Alternativa: B. A língua, organismo vivo, representa a identidade de um povo a partir do momento em que é
exposta da maneira como a população a emprega em seu cotidiano.
2. Alternativa: C. Noel Rosa defende a ideia de que o uso do coloquialismo (“tudo aquilo que o malandro pronuncia”)
representa a cultura brasileira, pois samba “não tem tradução”, ou seja, não há associação cultural desse estilo com
outra nação a não ser a nossa.
3. Alternativa: E. O texto de Teyssier apresenta uma interação pacífica entre as bases da população quando menciona
a delimitação do espaço de aplicação da língua.
4. Alternativa: A. O fato de existirem variados nomes para a Manihot utilissima revela as variantes regionais
presentes.
5. Alternativa: C. O texto privilegia a variação linguística entre Brasil e Portugal.
6. Alternativa: C. O texto “Palavra indígena” relata o momento em que dois mundos, aparentemente antagônicos,
encontram-se: a incorporação da internet na tribo Sapucaí. No segundo parágrafo, há a informação de que essa tribo
usa a rede basicamente para “preparação e envio de documentos”. No entanto, não apenas para isso: no quarto
parágrafo, vê-se que os índios dessa tribo traduzem os termos técnicos da informática para a língua guarani, o que
reforça a identidade linguística desse povo.
Variação linguística II
1. Alternativa: A. Uma nova forma de comunicação é criada a partir dos protocolos de interação, uma vez que os
chats permitem aos participantes um anonimato que não prejudique o processo de comunicação.
2. Alternativa: B. O enunciado da questão pede que a resposta seja dada com base na leitura dos textos. A alternativa
d e a alternativa e trazem informações que extrapolam a esfera do texto; não se pode afirmar que grego e egípcio
apresentem estruturas semelhantes apenas pela leitura do texto; a alternativa a nega a própria informação de que a
Pedra de Roseta foi decifrada, ao determinar que as línguas são intraduzíveis; da mesma forma, a alternativa c deve
ser descartada, pois o texto cita traduções de textos escritos de sociedades já extintas. Portanto, a alternativa b é a
correta.
3. Alternativa: D. A carta é enviada ao presidente da República e apresenta uma linguagem culta, respeitosa e
rebuscada, como atestam o tratamento e o vocabulário empregados: “Venho solicitar a clarividente atenção de Vossa
Excelência para que seja conjurada uma calamidade [...]”.
4. Alternativa: C. Na linguagem culta, teríamos “que você tivesse consertado”, substituído, no quadrinho, por “que
você tinha consertado”.
5. Alternativa: C. A canção “Cuitelinho” registra variantes linguísticas típicas do falar de regiões rurais do Brasil. Por
meio das marcas de oralidade (parentaia – bataia – navaia – os oio), a canção solidifica a identidade de um povo,
podendo ser transmitida de geração para geração.
6. Alternativa: E. O primeiro texto traduz a visão de um gramático, valoriza-se a norma. O segundo texto apresenta a
visão do linguista, enfatiza-se o lado pragmático da língua.
2. GRAMÁTICA
Verbos I
1. Ambos estão conjugados no pretérito imperfeito do subjuntivo, mas apenas “visse” expressa hipótese.
2. a) No texto 1, o uso do tempo presente indica o momento da fala (presente pontual, coincide com o momento da
enunciação); no texto 2, o presente aponta para ações habituais (presente durativo). No texto 3, é usado para indicar
ação que se realizará no futuro (emprego metafórico, efeito de certeza).
b) No último parágrafo, o uso do pretérito perfeito justifica-se porque, nesse momento, o locutor está repetindo a
narrativa, ou seja, retomando um fato ocorrido (momento anterior ao momento da enunciação).
3. B
Verbos II
1. C
O pretérito mais-que-perfeito composto (tinham passado) traduz um passado anterior a outro passado (a passagem do
cavaleiro: montava...); já o futuro do pretérito remete a um futuro (outros viriam) em relação a um passado (a
passagem do cavaleiro).
2. a) Trata-se da forma verbal “fazer”, o correto seria “fizer”, já que se trata do futuro do subjuntivo.
b) O futuro do subjuntivo para verbos regulares possui a mesma conjugação do infinitivo pessoal (se falar... se
cantar), mas o verbo “fazer” é irregular e não apresenta a mesma forma.
c) Efeito de certeza em relação ao fato de sair.
3. A
A forma “teria” está no futuro do pretérito (afirmativa II); o pretérito imperfeito do indicativo “trazia” entra em
harmonia com o pretérito imperfeito do subjuntivo “ficassem”, pois ambas as formas verbais estão no passado; a
forma verbal “fiquem”, por estar no presente, não se harmoniza com “trazia”.