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UNIDADE I – INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA FARMACOGNOSIA 1-Histórico e Conceito da Farmacognosia Era do empirismo -> Agentes terapêuticos específicos. Aumento crescente no uso de “produtos naturais”. Fontes de estudo de apoio à farmacohistória - > monumentos, escritos, papiros (1.550 a. C.). Papiro de Birch, Papiro de Pent’s -> relata doenças e plantas para o tratamento. 1

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Farmácia

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UNIDADE I – INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA

FARMACOGNOSIA

1-Histórico e Conceito da Farmacognosia

Era do empirismo -> Agentes terapêuticos específicos.

Aumento crescente no uso de “produtos naturais”.

Fontes de estudo de apoio à farmacohistória -> monumentos,

escritos, papiros (1.550 a. C.).

Papiro de Birch, Papiro de Pent’s -> relata doenças e plantas para o

tratamento.

Dioscórides – sec I -> “De Matéria Médica” – guia médico para

diagnóstico e tratamento das doenças.

“Matéria médica – sinônimo para “Farmacologia”

Termo “Farmacognosia” criado por Seydler – 1815, em sua obra “Analecta Pharmacognóstica”.

1858 – Jacob Scheiden -> microscopia rudimentar para identificação de espécies vegetais.

Termo Farmacognosia -> grego Pharmakon + gnosis

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Farmacognosia -> É a ciência que estuda as substãncias

naturais, que recebem o nome de fármacos e/ou drogas,

de origem vegetal e animal, abrangendo desde o cultivo,

colheita, preparação, conservação da droga e

principalmente a extração, isolamento e identificação de

seus princípios ativos.

De 250 mil espécies existentes

História

Armazenamento

Comercialização

Uso

Identificação

Avaliação

Isolamento dos p. ativos

2- Ciências que apoiam a Farmacognosia.

2

Somente de 5 a 10% foram pesquisadas...

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A) BOTÂNICA

Problemas de origem, descrição dos caracteres da planta ou dos

órgãos

Utilizados.

Identificação dos vegetais (taxonomia)

B)QUÍMICA

Aplicada para: Identificação dos princípios ativos

Dosagem dos princípios ativos

Grau de pureza dos fármacos

1) Colheita -> época de maior quantidade de princípios ativos.

2) Armazenamento -> identificação de alterações benéficas ou

maléficas dos princípios ativos.

3) Isolamento de princípios ativos -> acompanha todas as etapas

de separação dos princípios ativos.

Terapêutica Princípios ativos possuem dosagem exata,

atividades farmacológicas constantes, fácil

administração. Ex: digitalina, quenina.

4) Indústria química substâncias naturais, estruturas

intermediárias para síntese. Ex: antibióticos, saponosídeos.

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QUÍMICA

Colheita do Vegetal

Isolamento P. Ativos

Indústria Química

Armazenam. das Drogas

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C) BIOQUÍMICA

Estuda a cadeia de substâncias intermediárias formadas na

biossíntese dos constituintes químicos.

Confirmação da classificação taxonômica.

D) HISTOLOGIA

Identifica as áreas na planta onde se localizam os princípios ativos.

Métodos histoquímicos.

E) FARMACOLOGIA

Identifica os constituintes ativos e inativos

Usada após separação dos constituintes.

3- Divisão da Farmacologia

Conceito: Ciência dos medicamentos e de suas

ações sobre o organismo sadio ou doente.

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a) Farmacodinânica b) Farmacotécnica

b)Farmacognosia

c) Fitoterapia

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4- Conceitos Básicos em Farmacognosia

4.1- Droga - “DROOG” (seco)

OMS É todo o produto de origem vegetal ou animal, que coletado ou separado da natureza, submetido a processo de preparo e conservação, tem composição e propriedades tais, que possibilite o seu uso como forma bruta de medicamento.

Produto de origem animal ou vegetal que sofre coleta, conservação (secagem) e que tenha propriedades medicinais.

Órgão ou parte do vegetal que tem

substâncias ativas e que vão ser usados como

medicamento (=Farmacógeno)

Requisitos para que uma matéria possa ser considerada

como droga:

a) Origem vegetal ou animal.b) Submetida a processos de coleta e conservação.c) Propriedades farmacológicas ou necessidade farmacêuticad) Não ser obtida por processos extrativos especiais.

4.2 – Matéria-prima OMS

É toda a droga ou produto de origem natural, destinado à extração de p. ativos ou à elaboração de preparações complexas para uso medicinal.

Ex: Digitalis purpurea Mat. Prima.

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Droga

Medicinal

Droga

Vegetal

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4.3 – Farmacógeno Parte da planta onde existe mais concentração de princípios ativos (=droga vegetal)Ex.: Folhas da dedalina Frutos da papoula

4.4 – Planta medicinal

4.5 – Princípio ativoSubstância isolada do órgão animal ou vegetal, com estrutura química definida e propriedades medicinais

4.6 – Princípio ativo natural Substância ou conjunto de substâncias, com estrutura química definida, que sofrem coleta, extração e purificação. Tem ação farmacológica.Sigla P.A.N.

Objetivos do isolamento dos P.A.N.

a) Efeito farmacológico quando separado da droga.b) Determinação da estrutura química.c) Determinação da potência e qualid. da subst. Isolada.d) Verificação da dose eficaz correta

Classificação dos P.A.N

a) P.A.N. – curativos ou terapêuticos.b) P.A.N. – corretivos ou preventivos.c) P.A.N. – coadjuvantes ou neces. farmacêuticas

Comparação entre Droga e P.A.N.

DROGA P.A.N.Coleta e conservação Extração e purificação

Matéria prima p/ obtenção P.A.N.Medicamento Medicamento

Não tem estrut. quím. definida

Tem estrutura quím. definida

Dificilmente dosável Facilmente dosávelNão pode ser sintetizada Pode ser sintetizado.

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4.7- Medicamento

OMS É toda a substância, qualquer que seja a

origem, forma, composição ou apresentação que, em

determinada dose, serve para procurar a saúde na forma total

ou parcial, restabelecendo o equilíbrio das várias funções do

organismo, servindo também para prevenir enfermidades.

Ex. finalidade do medicamento

4.8- Princípios Inativos-

Ex.: identificação do ópio ácido mecônico

5- Classificação das Plantas Medicinais.

a) Plantas que contém p. ativo, cuja ação farmacológica já foi

comprovada. Ex.: quebra-pedras, pata-de-vaca, papoula (alcal.

do ópio), marcela.

b) Plantas não tóxicas, com constituintes (composição) bem

definidas. Ex.: camomila (calmante suave e antiespasmódico);

alcachofra (digestiva); quina (antimalárico)

Óleo essencial

Camomila

Flavonóides

Cumarinas

c) Plantas tóxicas, com constituintes bem definidos.

Digitalis ou dedaleira cardiotônicas

Erva-de-santa-maria vermífugo

Confrei alcalóides pirrolizidínicos (tóxico p/ uso interno)

Boldo-do-chile doses elevadas podem provocar vômito

Boldo-brasileiro em excesso provoca irritação gástrica

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AntiinflamatórioAntissépticoAntiespasmódico

Antiespasmódico

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d) Plantas sem atividade farmacológica, mas que são úteis na

obtenção industrial de produtos com atividade biológica.

Ex.: Dioscorea sp p. a. diosgenina

por síntese progesterona

e) Plantas usadas em medicina popular, cujo uso deve ser avaliado

química e farmacológicamente.

Ex.: avelós câncer

f) Plantas não tóxicas com constituintes pouco definidos.

Ex.: Avenca expectorante, antitussígeno.

Guanxuma diminui colesterol e triglicerídios.

g) Plantas tóxicas com constituintes pouco definidos.

Ex.: Samambaia-do-mato anti-reumática

Ex. de plantas que podem causar danos ao organismo

Ao fígado: confrei, cambará, sassafrás, maria-mole.

À pele: arnica, folhas de figo (queimaduras)

Gastrointestinal: jurubeba, Ipeca, umbú, arnica

Diarréia: (quando usadas de modo incorreto) babosa,

Senne, cáscara-sagrada, ruibarbo, taiuiá.

S. N. Central: Erva-de-Santa-Maria ou mastruço,

trombeteira, cavalinha, losna.

Plantas que podem causar a morte:

espirradeira, mamona, maria-mole

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6- Divisão da Farmacognosia

A) Farmacoergasia

B) Farmacobotânica

C) Farmacoquímica

D) Farmacofísica

E) Farmacotaxonomia

F) Farmacogeografia

G) Farmacohistória

H) Farmacoemporia

I) Farmacodioscomia

J) Farmacoetimologia

Preferência pela cultura de plantas medicinais.

Seleção e genética beneficiando indústria química

1) Cultivo

Campos experimentais cultivos adaptação melhoramento de plantas medicinais

Fatores que interferem no cultivo das plantasa) Luz b) Temperatura 3 a 30ºC c) Umidade

Ex.: angélica camomila

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d) Solo Composição química na formação de princípios ativos.AdubaçãoCorreção do soloUso de inseticidas e fungicidasConsorciaçãoControle biológico

Ocimum basilicum (manjericão)Taraxacum oficinale (dente-de-leão)

d) Altitude e latitude CoqueirosDigitalis e acônitoQuinas

2) Colheita Variação dos princípios ativosColheita influi: aspecto

caracteres organolépticosqualidade

Fatores considerados na colheita vegetal

a) Fase do vegetal (idade) Conhecimento do ciclo de desenvolvimentoMaior desenvolvimento do farmacógeno e dos princípios ativos.Geral – época da floração ou da semente

b) Época do ano Raízes, rizomas e tubérculosCascasFolhas FloresFrutos

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c) Hora e condições do dia

Ventos, umidade e calor.Óleos essenciais.Plantas que contém glicosídeosPlantas alcaloídicasChuvas fortes

d) Estado patológico Vegetais sadiosExceção: Claviceps purpurea (em trigo,

cevada, aveia)Eryophys menthae

Normas gerais para a colheita Espécie botânicaOcorrênciaVegetais sadiosFisiologia e organografia do vegetal

3) Dessecação ou secagem T.U. < 15%Secagem após colheitaExceção: baunilha

A) Secagem natural

Sombra

Sol

B) Secagem artificial

1) Secagem c/ circulação de ar.2) Secagem em estufa s/ circulação de ar.3) Secagem em estufa c/ circulação de ar.

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4) Estabilização ObjetivoImportante: Drogas cardiotônicas

Processos:

1) Por aquecimento – 80 – 90ºC 15 a 30 mim.

2) Emprego de solventes

3) Por irradiação com raios Ultra-violeta

5) Conservação

a) Fatores ambientais Temp. 5 – 15º C

T. U. 10 – 30%

b) Estado de divisão

Vantagens e desvantagens

c) Embalagens

Material poroso

Inerte às substâncias

Agentes dessecantes

d) Tempo de armazenamento

Farmacopéias 1 ano

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Classificação dos Fármacos

1) Por ordem alfabética.

2) Segundo a morfologia das plantas.

3) Classificação botânica -Adotada por Planchon e Youngken.

4) Classificação química –Classificação proposta por Ischirch.

a) Carboidratos

b) Compostos graxos

c) Ceras

d) Ácidos livres e anidridos

e) Compostos terpênicos

f) Resinas

g) Taninos

h) Heterosídeos ou glicosídeos

i) Alcalóides

j) Albuminóides

5) Classificação farmacológica

6) Classificação quimiotaxonômica.

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Métodos Gerais de Identificação e Reconhecimento das Drogas.

Objetivos- Ex.: Ottonia sp. E Pilocarpus jaborandi

A identificação das drogas pode ser realizada por: A) Identificação taxonômicaB) Caracteres macroscópicosC) Identificação microscópicaD) Identificação biológicaE) Identificação Química

A) Identificação taxonômica – 1º) Identificação botânica exata2º) Consulta bibliográfica sobre o assunto

B) Caracteres macroscópicos – - Observação das formas gerais : FOLHAS

FLORESFRUTOSRAÍZES

- Avaliação organoléptica: CORODORSABORTATO

C) Identificação microscópica – - Observação das estruturas dos tecidos- Tratamento com corantes ou reagentes específicos

D) Identificação biológica – - Avaliação das drogas baseada na atividade

farmacológica

E) Identificação química - No próprio tecido vegetal - Nos extratos

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- Processos químicos empregados

- Reações características- Cromatografia

1) Reações características –

- Reativos específicos reações de coloraçãoou de precipitação

Ex.: Extrato clorofórmicode sementes de Resíduo Alcalinizaçãonoz-vômica

H2S04 K2Cr2O7 cor violácea (caract. p/estriquinina)

Reação de Vitali (caract. Para alcalóides)

Extrato CHCl3 Resíduo Alcalinização de folhas de beladona

HNO3 KOH alcoólico cor violeta intensa que passa a vermelho

- Reativos de Alcalóides

2) Incineração

% de RMF segundo Farmacopéias

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3) Cromatografia Importante : Isolamento

IdentificaçãoAnálise de subst. Orgânicas e inorgânicas

3.1 – Finalidades Definição

Método fisico-químico de separação dos componentes de uma mistura através da distribuição desses componentes entre 2 fases que estão em contato

3.2 - Classificação dos Processos Cromatográficos

F.st sólido F.st líq. Dist. Entre Dist. entre

Sólido (f.st) líquido (f.st) e. e.

F.móvel F. móvel

POUCOUSADA

F. st. é um sólido Líq-líq. Gás-líq. finamente dividido

3.3 – Cromatografia em Coluna.

3.4 – Cromatografia em Camada delgada:a) Cálculo do Rf.b) Fatores que influem no Rf. De uma substância

- Fase fixa (adsorvente)- Fase móvel (eluente)- Concentração da amostra (spot)- Espessura da camada da f. estacionária

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CROMATOGRAFIA

ADSORÇÃO PARTIÇÃO

GÁS LÍQUIDO GÁSLÍQUIDO

COLUNA CCD PAPEL ER. GASOSA

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c) Adsoventes

Sílica gel Óxido de Alumínio ou Alumerie Kiesselgur Celulose

d) Eluentes

Poder eluente – Poder de migração de solvente.A movimentação vai depender da polaridade e do poder eluente.

Série eluotrópica dos solventes (segundo Trappe)

n-HexanoCiclohexanoCCl4TricloroetilenoToluenoBenzenoCH2Cl2CHCl3Éter etílicoAcetato de etilaAcetonan-PropanolÁlcool etílicoÁlcool metílicoÁgua Ácido acético

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e) Desenvolvimento1) Ascendente e simples2) Bidimensional3) Duplo4) Múltiplo desenvolvimento5) Descendente6) Circular ou horizontal

f) Revelação das substâncias Cromatografadas Reativos Gerais : Iodo e H2SO4

Reativos especiais ou particulares: Alcalóides R. de Dragendorf (manchas

alaranjadas)Antraquinonas Sol. Alcalinas (manchas

róseas-vermelhas)Aldeídos e cetonas 2, 4 – dinitro-

fenilhidrazinas (manchas amarelas ou alaranjadas)

g) Saturação da Cuba Cubas Saturadas (CS)Normais (NS)

h) Identificação Na placa cromatográfica Cálculo RF

Reações específicas

Fora da Placa a) Reações químicasb) Métodos físicos de análise:

Espectrometria (V.4 e IR)Ressonância Nuclear MagnéticaEspectrofotometria de Massa

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CARBOIDRATOE E SEUS DERIVADOS

1- REVISÃO SOBRE CARBOIDRATOS A) Generalidades

Fenômenos biológicosFonte de reserva Formação dos tecidos de sustentação

B) Definição

C) Classificação dos Carboidratos

Oses ou Monossacarídeos

Holosídeos Oligossacarídios dissacarídios

Osídios trissacarídios

Polissacarídios celulose Amido

Heterosídeos

Heterosídeos Ex.: C20H27O11N + 2H2O 2C6H12O6 + HCN + C7H6O Amigdalina benzaldeído Amêndoas amargas (Prunus amigdala)

D) Ciclização das Oses Aldeídos reagem com álcoois semi-acetais

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TriosesTetrosesPentosesHexoses

XilosesArabinoses

ManoseGlicoseGalactose

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HETEROSÍDEOS

1) Generalidades

Parte glicídica (glicose, galactose ,ramnoses, etc) Não glicídica = aglicona ou genina.

Propriedade principal Hidrólise

2) Nomenclatura

2.1 – De acordo com a parte glicosídica –

Nome vulgar do heterosídeo + Sufixo osídeo

Ex.: Sinapsis nigra L. Heterosídeo SinegrosídeoRuta graveolens L. RutinosídeoStrophantus kombe Estrofantosídeo

2.2 – Da parte não glicosídica

Nome químico do heterosídeo + Sufixo idina ou genina

Ex.: Pigmentos antociânicos: Aglicona cianidina

Derivados cardiotônicos: Aglicona Digoxigenina

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3) Composição Porção aglicona diversas funções Porção glicona (carboidratos) Ligação das oses com a aglicona O, N, S, CO – heterosídeos , N- heterosídeos, S- heterosídeos, C- heterosídeos. Ex. de O- heterosídeo = Rutina Ex. de C-heterosídeo = Aloína

4) Classificação 4.1- De acordo com o tipo ou a natureza da ose:

Nome da OSE que está ligada + OSÍDEO Ex.:

4.2- De acordo com a natureza química da parte aglicônicaHeterosídeos cardiotônicosHeterosídeos antraquinônicosHeterosídeos saponínicosHeterosídeos flavonoídicosHeterosídeos cianogenéticos

4.3- De acordo com a ligação glicona-agliconaLigação do C1 da ose, através de átomos deC, O, N, S das geninasa) O-heterosídeo Purlanosídeob) C-heterosídeo Ác. Calmínicoc) S-heterosídeo Sinegrosídeod) N-heterosídeo Adenosídeo

4.4- Quanto ao nº de oses Heteromonosídeo Heteropoliosídeo – ex.: Purpureaglicosídeo A hidrólise DIGITOXINA (heter. Intermediário)

4.5- Quanto às propriedades:Propriedades divergentesCor Solubilidade Compostos hidrolizáveis

5) Ação dos heterosídeos Aglicona ação farmacológicaAções da parte glicídica

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ESTEROIDES

Ciclopentanoperhidrofenantreno

Estrutura

Atividades biológicas do composto:

a) Desenvolvimento e contdrole do ap. reprodutorHumano (hormônios sexuais = estradiol,

progesterona e testosterona)

b) Anticoncepcionais orais (estrógenos e progestágenos)

c) Precursores da vit. D (ergosterol)

d) Agentes anti-inflamatórios (corticosteróides)

e) Cardiotônicos (digoxina)

Estrutura do Colesterol e -sitosterol

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HETEROSÍDEOS CARDIOTÔNICOS

1) GENERALIDADES

“Heterosídeos cardiotônicos, cardiocinéticos, Glicosídeos cardíacos ou digitálicos, digitalóides, cardiotóxicos”

Estrutura básica: CICLOPENTANOPERHIDROFENANTRENO

PENTAGONAL CARDENOLÍDEOLACTONA HEXAGONAL BUFADIENOLÍDEO

2) AÇÕES DOS HET. CARDIOTÔNICOS Fibras musculares cardíaca, aumentando a força de

ContraçãoRegulam o rítmo cardíaco

2) ESTRUTURA

Características da estrutura fundamental

Estrutura esteroidal, com anel lactônico insaturado que se liga ao C17 pelo C20 da lactona.

Porção glicídica ligada à genina por OH do C3

(cardiotônicos do tipo O-heterosídeos) 2 OH (C3 e C14) CH3 no C10 E C13

Tipos de agliconas ou geninas:

3.1- Cardenolídeos (mais importantes)3.2- Bufadienolídeos

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CONTINUAÇÃO

4- Hidrólise dos Heterosídeos

4.1- Hidrólise ácida

4.2- Hidrólise enzimática

5- Distribuição na Natureza

5.1- Fam.: EscrofulariaceaeN.C.- Digitalis purpurea L.N.V.- dedaleira ou dedo-de-luvaFolhas dessecadas.Centro e Sudeste da EuropaCultivoColheitaComposição química: Purpureaglicosídeo APurpureaglicosídeo BGlicogitaloxina

5.2- Fam. EscrofulariaceaeN.C.: D. lanata EhrhN.V.: Dedaleira-da-GréciaFolhasCentro e Sudeste da Europa. Cultivada nosUSA e EquadorComposição Química: Lanatosídeos A, B, C

D, E.

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5.3- Fam. ApocinaceaeN.C. Strophantus kombé Oliv.

S. hispidus D. C.

S. gratus Franchet

Estrofanto

Sementes

África

Composição química:

S. kombé K-estrofantosídeo

S. hispidus estrofantidina

S. gratus 6-estrofantina

USOS

5.4- Fam: Apocinaceae

N.C. Nerium oleander L.

Folhas

Composição química:

Mistura de glicosídeos cardíacos derivados

De 6 geninas diferentes.

O principal: oleandrina

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1- Introdução

- Secreções vegetais, arrastáveis c/ vapor d’água –

Baixo peso molecular.

- Complexidade de composição e variabilidade

nas suas propriedades.

- Definidos através de propriedades:

-Cheiro e sabor

-Produtos voláteis

-Líquidos oleosos

-Incolores quando frescos

-Solubilidade

2- Localização

- Pelos glandulares das folhas e ramos. Ex.: menta.

- Cél. Modificadas do parênquima Pimenta

- Canais secretores oleíferos Anis

- Bolsas esquizógenas Pinheiros

3- Composição Química

Isopreno Terpenos

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4- Classificação dos Terpenos

4.1- Quanto ao nº de unidades isoprênicas

a) Monoterpeno ou terpeno 2 un. de

isopreno. Ex.: limoneno

b) Sesquiterpenos – C15 H24 (3 un. isopreno)

ex.: - cadineno (óleo de cade)

Existem di e triterpenos (não são voláteis)

4.2- De acordo com o anel

a) Monocíclico (oxigenado ou não)

Ex.: -terpineol Mentol

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b) Bicíclico (2 anéis cíclicos)

e -pineno ess. de coníferas

c) Acíclicos – são os mais importantes p/ área

médica

Ex.: Nerol – ess. de laranja, bergamota

Citral – ess. de melissa

Linalol – ess. de lavanda

Geraniol – ess. de rosa

Citronelol – ess. de eucalipto

4.3- Classificação quanto aos grupos funcionais-

a) Óleos voláteis hidrocarbonados

-São óleos essenciais onde predominam

substâncias da função hidrocarboneto

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ex.: Pimenta, terebentina, ess cítricas

b) Óleos essenciais alcoólicos

- Predominam subs. de função alcoólica

Ex.: ess de rosas (geraniol)

Ess de sândalo (álc. Sesquiterpenos)

Ess de hortelã (mentol)

Ess de alecrim (borneol)

c) Óléos essenciais aldeídicos

Ex.: ess de casca de laranjeira (citral)

Ess de casca de limão (citronelal)

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LIMONENO

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d) Óleos essenciais cetônicos

Óleos ess de poejo (pulegona)

Óleos ess de losna (tuiona)

Óleos ess e canforeira (cânfora)

e) Óleos essenciais fenólicos

Ex.: Cravo-da-índia (eugenol)

Óleo ess. sassafrás brasileiro (safrol)

Óleo ess. nós-moscada (miristicina)

de anis

de anis estrelado

de funcho

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ANETOL

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f) Óleos essenciais oxidados

Predominam óxidos

Ex.: óleo de eucalipto ( E. globulus ) Cineol

ou eucalilptol

g) Óleos essenciais glicídicos

Ex.: baunilha (coniferina – heterosídeo)

Por hidrólise: glicose + vanilina (ól.essenc.)

5-Distribuição

6-Fatores que provocam variações em óleos essenciais

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7- Propriedades

a) Consistência

b) Aroma > agradável (geral)

Desagradáveis : quenopódio

Inodoros: essências de cogumelos

c) Sabor > geralmente amargos

d) Cor > incolores ou levemente amarelados

e) Transparência > geralmente límpidos

P/ oxidação turvos

f) Volatilidade > muito voláteis

g) Atividade ótica > serve p/ verificar fraudes

h) Solubilidade > insol. em água; sol. Nos solventes

orgânicos comuns

i) Alteração > oxidam-se facilmente ao ar e à luz

j) Densidade> geralmente menos densos que a água

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8- Usos e ações farmacológicas

01-Essências carminativas e antiespasmódicasEx.: funcho, erva-doce, camomila

02-Essências com ação específica na musculatura lisa e terminações nervosas. Ex.: canela e açafrão na desmenorréia

Zimbro, losna e arruda (em altas doses)>abortivas03-Essências com ação central

Ex.: cânfora > excitante do SNCMelissa, camomila > sedadivas do SNC

04-Essências com ação cardiovascularEx.: mentol> internamente é depressor cardíaco

05-Ess. estimulantes digestivosEupépticos> usados em aperitivos . anis, hortelã,

gengibre. 06-Ess. expectorarantes . Eucalipto, guaco (guaiacol)07-Ess. diuréticas> sálvia, sândalo, zimbro, tomilho08-Ess. anti-sépticas > bactericidas, bacteriostáticas

Ex.: menta, eucalipto, cravo-da-índia.09-Corretivos de aroma e sabor 10-Ess. anestésicas locais > cânfora e menta.11-Ess. anti-helmínticas> quenopódio, tanaceto - Ind. de cosméticos e perfumaria- Aromatizante- Indústria de alimentos e bebidas- Indústria confeitaria e condimentos.- Síntese de outros compostos (ex.: terebentina)

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1) Papoula N. C.: Papaver somniferum L. var. album

Fam: PapaveraceasFarmacógeno - látex (ópio)Comp. Química – morfina, papaverina, narcotina.Ação farmacológica – analgésica

2) CocaN. C. Erytroxylon coca

Fam.: LináceasFarmacóg.: folhasComp. Química:

1)Núcleo pirrolidina--higrina2)Núcleo pseudotropina-tropacocaína 3)Núcleo ecgonina-cocaína

Ac. Farmacológica: sedativa do SNC e periférico

3) Noz vômicaN.C.: Strychnos nux-vomica L.

Fam.: LoganiaceasFarmac: sementesC. Química : Estriquinina, BrucinaA. Farmac.: Estimulante do SNC

4) JaborandiN.C.: Pilocarpus jaborandi Holmes Fam. RutaceasC. Quím.: PilocarpinaA. Farm.: Parassimpaticomimético; miótico;

aumenta a salivação; reduz a hipertensão intraocular no glaucoma; sudorífico

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5) CicutaN.C.: Conium maculatum L.

Fam.: UmbelíferasFarm.: Frutos verdes

C.Química: D-Conicina (também chamada coniina ou cicutina)Ação farmac.: paralisante das zonas motoras do cérebro e medula. Também dos músculos voluntários e diafragma, matando por asfixia.

6) BeladonaN.C. Atropa beladona L. Farmacog.: Raízes e folhasComp. Qúmica- Atropina, escopolamina e hiosciamina.

Ação Farmacol. Parassimpaticolítico (midríase; diminue a secreção salivar; relaxamento da musculatura lisa)

7) EstramônioN.C. Datura stramoniumFam. SolanáceasFarmcog= Folhas, colhidas na floraçãoComp Química – atropina, escopolamina e hiosciaminaAção farmac.: Parassimpaticolítico, midriático,antiespasmódico.

8) TabacoN.C. Nicotiana tabacum LFam. Solanáceas Farmacog: Folhas. C.Quim:Nicotina

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Ação farm.: Ganglioplégico – paralisia respiratória por bloqueio do impulso do diafragma.

Dependem da estrutura química dos alcalóides.a) Atuam particularmente no SNC

Ação sedativa e narcótica ex.: morfinaAção sedativa e hipotensiva ex.: alcal. da

rauwolfia

b) Sobre a musculatura e nervosProduzem excitação motora ex.: estriquininaParalisia dos nervos ao nível das placas motoras dos músculos. Ex.: curare, cicuta.

c) Relaxam as fibras musculares lisas e efetuam ação anti-espasmódica

Ex.: Papaverina Alcalóides da Lobélia

d) Sobre o globo ocularMidriático ex.: alc. da beladonaMióticos ex.: alcalóides da Pilocarpina

e) Sobre o aparelho cardiovascularPodem ser:Vaso-constritores e hemostáticosEx.: Hidrastina EfedrinaAlcalóides da cravagem (ergot) do centeio

- Hipotensores. Ex.: Alcalóides da rauwolfia

f) Prop. ParticularesProvocar vômitos ex.: emetina

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Sedativos da tosse ex.: codeínaAnti-parasitários. Ex.: quinina, peletierina,

emetina

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