Aluno Online - Solicitacao de Inscricao em Disciplinas (Crítica)
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Saiba o que é Fator de Potência e qual a sua importância
Você sabia que pode estar pagando multa por baixo Fator de Potência? Saiba o que é
Fator de Potência, qual a sua importância e como fazer a sua correção para deixar de
pagar multas na sua fatura de energia elétrica.
1. Introdução
Quando você usa a Corrente Alternada há dois tipos de Potência a serem considerados:
a Potência Ativa ou Real e a Potência Reativa. A primeira á aquela que realiza o traba-
lho esperado, por exemplo, a produção de luz em uma lâmpada ou a geração de calor
em um chuveiro elétrico ou ainda o movimento do eixo de um motor.
Já a Potência Reativa é utilizada para a produção e manutenção dos campos eletromag-
néticos nas cargas indutivas e campos elétricos nas cargas capacitivas.
A quase totalidade das instalações elétricas apresenta uma predominância de cargas
indutivas, o que nos faz deduzir que é grande a solicitação de energia reativa pelas
mesmas. Essas cargas indutivas são caracterizadas, entre outros, por equipamentos tais
como: motores elétricos, lâmpadas fluorescentes, máquinas de solda, transformadores,
etc. É claro que nos locais em que essas cargas forem em quantidade elevada, é grande a
solicitação de Energia Reativa.
A soma dessas duas Potências que são entregues às cargas elétricas é chamada de Po-
tência Aparente.
Resumindo:
Potência Real ou Ativa: É aquela que realiza trabalho.
Potência Reativa: Não realiza trabalho. É usada na criação e manutenção dos
campos eletromagnéticos nas cargas indutivas e elétricos nas cargas capacitivas.
Potência Aparente: É o somatório da Potência Ativa com a Potência Reativa.
2. Unidades usadas
As três Potências estudadas no item anterior são medidas usando-se as seguintes unida-
des:
Potência Ativa (PAt): kW (quilowatts)
Potência Reativa (PRe): kVAR (quilo Volt Ampère Reativos)
Potência Aparente (PAp): kVA (quilo Volt Ampère)
3. Como as Potências se comportam em CA
Para que você entenda melhor o que é Fator de Potência (FP), vamos fazer uma analogi-
a. Se você vai ao Supermercado para comprar 1 Kg de carne, você, com certeza, pagará
apenas 1 Kg de carne, que foi a mercadoria que lhe foi entregue. Se você desejar com-
prar uma dúzia de latas de cerveja, pagará pelas 12 latinhas, que é o que você está le-
vando para casa. . Esta lógica que aparentemente deveria valer para todos os bens e ser-
viços adquiridos por nós, não se aplica à Eletricidade.
Neste caso, quando você compra Eletricidade, a Concessionária lhe entrega Potência
Aparente, mas só cobra pela Potência Real. Isso acontece porque os medidores de ener-
gia elétrica só medem a Potência Ativa (kW), ignorando a parcela referente à Potência
Reativa (kVAR). Já dá para você deduzir que a Concessionária nos entrega uma quanti-
dade de energia, mas só cobra por uma parte da mesma.
Resumindo:
A Concessionária fornece Potência Aparente (Potência Ativa + Potência Reati-
va) aos consumidores.
Os consumidores pagam apenas a parcela referente à Potência Ativa.
4. O que é Fator de Potência (FP)
Imagine que exista um determinado consumidor cuja instalação elétrica transforma em
trabalho (luz, calor, movimento dos eixos de motores, etc.) apenas 60% da potência
total que a concessionária lhe fornece. Nós então vamos dizer que a eficiência das insta-
lações desse consumidor é de 60% ou 0,6.
Caso haja outro consumidor que consiga aproveitar 90% da potência recebida, diremos
que a eficiência de suas instalações é de 90% ou 0,9. Observando estes dois exemplos,
diremos que as instalações do segundo consumidor são muito mais eficientes que as do
primeiro.
O Fator de Potência é simplesmente a medida da eficiência de uma determinada instala-
ção elétrica. No caso do primeiro consumidor diremos que o seu fator de potência é de
0,6 ou 60%. Já o FP do segundo consumidor é de 0,9 ou 90%.
Resumindo:
O FP é a medida da eficiência de uma instalação elétrica. Ele nos mostra qual a percen-
tagem da Potência Total (PAp) está sendo aproveitada sob a forma de Potência Ativa
(PAt) e, por conseguinte, convertida em trabalho.
5. A importância do FP
A Legislação brasileira estabelece que o FP mínimo admitido é de 0,92. Isto significa
dizer que as unidades consumidoras deverão transformar em Potência Ativa no mínimo
92% da Potência recebida (Potência Aparente).
Caso as instalações elétricas do consumidor apresentem uma eficiência inferior a 92%,
caberá à Concessionária a cobrança de multa por baixo FP. Essa multa é cobrada dire-
tamente na Fatura entregue ao Consumidor.
6. Correção do FP
Se você constatar que a Concessionária está lhe cobrando multa devido ao seu baixo FP,
será sua a responsabilidade de resolver o problema. Existem diversas maneiras de se
corrigir um baixo FP e, por conseguinte, deixar de pagar multa.
A forma mais prática de se elevar o valor do FP é através da instalação de capacitores
nas grandes cargas indutivas, no barramento de BT (Baixa Tensão), na entrada de ener-
gia de Alta Tensão (AT) ou ainda na extremidade dos circuitos alimentadores. Apenas
uma análise apurada poderá indicar qual local é o mais adequado para a instalação dos
capacitores.
7. Principais causas de um baixo Fator de Potência
Naturalmente que você deve estar curioso para saber quais são os motivos que levam
um instalação elétrica a apresentar um baixo Fator de Potência. Os mais comuns são:
Lâmpadas de descarga (fluorescentes, vapor de mercúrio, vapor de sódio) usan-
do reatores inadequados. Procure verificar se os reatores usados nessas lâmpadas
são de baixo FP e, em caso afirmativo, substitua-os por outros de alto FP;
Transformadores operando em vazio (sem carga) ou com muito baixa carga;
Uma grande quantidade de pequenos motores.
8. Vantagens oriundas da Correção do FP
Além de você deixar de pagar multa à Concessionária, a correção de um baixo FP vai
trazer as seguintes vantagens para as suas instalações elétricas:
Redução do aquecimento dos condutores, o que reduz as perdas de energia;
Redução das variações de tensão;
Aumento do tempo de vida útil dos equipamentos e das suas instalações;
Melhor aproveitamento dos transformadores.
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