3ª Edição

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- - - Publicação da Confederação Brasileira do Desporto Universitário Ano I - nº 03 - Julho de 2010 Fases regionais movimentam equipes de todo Brasil em Maceió e Uberlândia. Confira também resultados da Liga de Lutas 2010, em Curitiba (PR). E MAIS: - JIF 2010 reúne 2.000 alunos em Brasília - Salvador (BA) recebe Pan-Americano de Basquete

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Revista CBDU

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LIGA DO DESPORTOUNIVERSITÁRIO 2010

Fases regionais movimentam equipes detodo Brasil em Maceió e Uberlândia.Confira também resultados da Liga de Lutas 2010, em Curitiba (PR).E MAIS:

- JIF 2010 reúne 2.000 alunos em Brasília- Salvador (BA) recebe Pan-Americano de Basquete

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CAMPUS 2

Livros que merecem medalha de ouro

O selo COB Cultural é fruto da parceria do Comitê

Olímpico Brasileiro (COB) com a editora Casa da

Palavra, reunindo os pontos fortes de cada lado.

Aliando a experiência no desenvolvimento e na co-

mercialização de produtos editoriais da Casa da

Palavra, o COB agregou a autoridade, o conhe-

cimento a respeito dos esportes olímpicos e o re-

lacionamento com atletas, técnicos e entidades

esportivas. O resultado se traduz em livros que

valorizam o esporte como ferramenta de promo-

ção social, entretenimento, motivação e cultura.

Com um importante papel na formação de um pú-

blico leitor de esporte, o selo tem entre seus dife-

renciais a variedade de títulos. Ao mesmo tempo

em que são atendidas as demandas específi cas

de atletas e técnicos, são apresentadas opções

que se encaixam perfeitamente no universo das

empresas, das escolas e dos amantes do esporte.

Conheça o catálogo em:

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EXPEDIENTE

sumário 04 Entrevista - Walter Roese, técnico da seleção

brasileira universitária de basquete06 Brasil recebe melhor do basquete das Américas07 Liga 2010 agita Maceió (AL) e Uberlândia (MG)08 Coluna Saúde e Movimento09 Disputas acirradas na Liga de Lutas 201010 JIF 2010: sucesso dentro e fora de quadra12 Brasil encara Mundiais 2010 da FISU14 Coluna Direito e Esporte15 BRA, CHI e COL destacam-se no Sul-Americano16 Notas - Rápidas Universitárias18 Espaço Acadêmico - Artigo de Camila BachTold19 Memória CBDU com Luis Carlos Novi

editorial Mais de 2 mil alunos-atletas estiveram em

Brasília (DF) na disputa dos Jogos Brasileirosdas Instituições Federais de EducaçãoTecnológica e Profissional - JIF 2010,

de 23 a 29/05. A convite dos Ministérios daEducação e do Esporte, a CBDU idealizou eparticipou do evento, desde a primeira linha

escrita do projeto até a execução final.Um grande teste que comprovou nossa capacidade de

organização e realização de grandes eventos e pelo qual recebemos diversos elogios e congratulações.

Agora nos preparamos para a realização das etapas regionaise nacional da Liga do Desporto Universitário 2010, resultado

do crescimento e da consolidação do interesse dasInstituições de Ensino Superior em participar dos eventospromovido pela CBDU e pelas Federações Universitárias

Estaduais (FUE’s).Conquistas que são fruto da profissionalização da entidade edo comprometimento e envolvimento da atual diretoria e das

FUE’s nos novos projetos da CBDU.Nesta 3ª edição da revista CAMPUS CBDU registramos os

melhores momentos deste início de temporada 2010.Saudações Desportivas Universitárias!Luciano Cabral

PresidenteLuciano Cabral

Vice-PresidenteWaldir Frazao

Diretor FinanceiroRoberto Maldonado

Secretário GeralAlim Rachid Neto

Gerente de EventosAlessandro Battiste (Juca)Gerente Administrativa

Daniela OliveiraAssessor de Relações Internacionais

Luiz Ricardo MouraDiretor Jurídico

Marcelo FalcãoDiretor de PatrimônioClidenor Honório Filho

Diretor TécnicoAndré Mattos

Diretores MédicosBreno Schor e Sérgio Macedo

AssessoresAyssa Peixoto (Dept. Jurídico)

Sílvio Leonardo (Dept. Técnico)Felipe Luna (Dept. Técnico)Tarso Olinto (Dept. Técnico)

Marcus Boulitreau (Credenciamento)Pollyanna Pádua (Imprensa)

SecretariaAllison Carvalho

Rita Meneses

STJDUAuditor Presidente:

Daniel VerçosaAuditor Vice-Presidente:

Hênio de MirandaAuditores:

Hezir Espíndola, Elias Vilaça,Kleber de Andrade, Alexandre Fialho,

Emídio Prata, Paulo Henrique Pinheiroe Claúdio Nunes Marinho

Procurador: Joselino RamalhoSecretaria: Cintia Cançado© Revista Campus CBDU

Produção e Edição: Pollyanna PáduaDiagramação: Juliano Rodrigues

Tratamento de Imagem: Adilson Moraes

Impressão: POLIGRÁFICA - Goiânia/GO

Fotos da edição n.03:Adalberto Silva, Laurisson Mariano

e Pollyanna Pádua (CBDU)Contato, Sugestões e Críticas:

[email protected]

Apo io Ins t i tuc iona l3 CAMPUS

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Basquete comemora

Experiência no bancoDesde 2007, quando dirigiu o Brasilpela primeira vez na Universíade2007, Walter Roese está inserido noprocesso de reestruturação do bas-quete universitário brasileiro. Expe-riência não lhe falta seja comoo-gador (foram 15 anos como atletaprofissional de basquete) e técnico(desde 2000 ele dirige equipes deuniversidades norte-americanas).Atualmente Roese é técnico da Uni-versidade do Hawaii. E, além da se-leção universitária, também é ocomandante da seleção brasileirasub-18 que acaba de conquistarmedalha de prata na Copa América.Em entrevista à Revista Campus

CBDU, Roese, gaúcho de 36 anos,fala sobre o momento vivido pelobasquete universitário nacional e asprevisões para o Pan de Basquete.Campus: No comando da seleçãobrasileira universitária de basquetevocê disputou duas Universiades(2007 e 2009) e foi campeão do tor-neio Top Four Nation 2009, na Ale-manha. Quais principais mudançase evolução percebidas nestes últi-mos três anos convivendo com aseleção universitária, a CBDU e asInstituições de Ensino Superior?Walter Roese: As principais mudan-ças foram na estrutura e no enten-

dimento da importância do bas-quete universitário no páisl. O apoioda CBDU e a parceria com as uni-versidades e clubes são fundamen-tais. A experiência de jogar torneiosinternacionais é muito positiva.Quando os jogadores retornam pa-ra suas escolas e clubes, repassa-ram as experiências em participarde uma Universiade e sua impor-tância dentro do contexto do es-porte internacional. Diante desteintercambio de informações, o inte-resse dos atletas de alto rendimentoem participar de eventos universitá-rios apresenta, a cada ano, cresci-mento substancial.

Campus: Diante de sua experiênciae vivência no basquete universitárionorte-americano, o que falta ao Bra-sil para atingir o nível técnico e a re-presentatividade e visibilidade dasligas nos Estados Unidos?Roese: A estrutura. Existe um inves-timento enorme no esporte univer-sitário norte-americano que já estáintegrado à cultura. Entretanto paraque eles chegassem ao nível emque se encontram atualmente leva-ram anos. A NCAA é uma institui-ção que levou também anos paraatingir o nível atual. Creio que o Bra-sil tem potencial para tal, mas te-mos que fazer dentro da nossa

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Walter Roese está no comando da seleção brasileira universitária de basquete e insere-se no projeto de reestruturação da modalidade no cenário nacional. Depois do título dotorneio Top Four em 2009, ele prepara-se para mais um desafio: levar o Brasil ao pódio

do Campeonato Pan-Americano Universitário de Basquete, em Salvador (BA).

Seleção brasileira universitáriacampeã do Top Four Nation,na Alemanha, 2009

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realidade e ir crescendo com o de-correr dos anos.Campus: CBDU e ConfederaçãoBrasileira de Basquete mostram, acada competição, maior proximida-de em busca do desenvolvimentodas categorias de base do basque-te. Qual a importância do diálogo edo trabalho conjunto das confede-rações?Roese: Esta aproximação e diálogosão fundamentais. Principalmenteesta integração para o desenvolvi-mento não somente da modalida-de basquete, mas também para odesenvolvimento técnico dos atle-tas. Nas duas ultimas Universíades(Tailândia 2007 e Sérvia 2009) pre-senciamos a importância que ospaíses dão para a competição aoenviarem seus melhores atletas pa-ra o torneio. A Universíade é consi-derada pelas maiores forças dobasquete internacional como umacompetição de altíssimo nível. Porisso, temos que aproveitar estacompetição para dar mais experiên-cia internacional para nossos atletase CBDU e CBB já reconhecem estaimportância e unem forças paraque cheguemos ao pódio em 2011.Campus: Em 2009, a seleção brasi-leira universitária venceu o torneioTop Four Nation, na Alemanha, àsvésperas da Universíade e depoisperdeu jogos importantes na Sérviapara equipes que havia enfrentadona conquista do Top Four. O quefaltou para que o time chegassemais longe na última Universíade?Roese: Eu fiquei muito feliz com orendimento da seleção brasileira naúltima Universíade. Nosso trabalhojunto com a diretoria da CBDU tevecomo objetivo criarmos um padrãode jogo e crescer até atingirmos ameta que pretendemos em termosde nível técnico para o basqueteuniversitário brasileiro. Na Alema-nha nosso grupo estava completo.Infelizmente perdemos um dosnossos principais atletas em ummomento importante do campeo-

nato e não pudemos contar comele na Universíade. E também fica-mos numa chave muito forte comIsrael, que derrotamos no Top Foure nos venceu na prorrogação e dis-putou o bronze na Sérvia, e comRússia, prata na Universíade.Campus: Em junho, você conquis-tou o vice-campeonato da CopaAmérica Sub-18. Alguns dos atletasdesta equipe podem surgir na listada seleção universitária para o Pan?Você pretende aproveitar este en-trosamento dos atletas?Roese: Potencial existe, mas muitosatletas ainda não terminaram o co-legial. E creio que temos nomescom um pouco mais de experiên-cia e com o apoio da CBB podemoster um grupo forte para o Pan Ame-

ricano na Bahia.Campus: O que a torcida brasileiraem Salvador e em todo Brasil podeesperar deste Pan de Basquete emrelação ao nível técnico da compe-tição e o desempenho da seleçãobrasileira?Roese: Uma competição de altís-simo nível, a torcida do basquetebrasileiro terá a oportunidade de veratletas que certamente integrarãono futuro próximo as seleções prin-cipais de seus países. O importanteé começar a preparar já esta sele-ção brasileira para a próxima Univer-síade na China, em 2011. Tenhocerteza que a integração CBDU eCBB, bem como a seriedade do tra-balho das duas instituições de for-ma conjunta, permitirá ao Brasilchegar na competição em Salvador

com uma seleção forte e que teráchances de medalha.Campus: Em 2016, o Brasil irá rece-ber os Jogos Olímpicos e já existeuma preocupação da CBB e daCBDU em aproveitar o Pan-Ameri-cano e os torneios universitários co-mo “ponta-pé” para a preparaçãodestes jovens atletas que podemdefender a seleção nas Olimpíadasdo Rio. É importante fomentar, es-timular e dar visibilidade a estes jo-vens atletas desde agora?Roese: Com certeza, de quantomais torneios internacionais os atle-tas participarem, melhor será paratodos e, principalmente, para o bas-quete brasileiro. Acho que essapreocupação com os Jogos Olímpi-cos, Pan-Americanos e Universía-des é de suma importância esalutar para o desenvolvimento dobasquete brasileiro.

A Universíade é considerada pelas maiores forças do basquete in-ternacional um torneio de altíssimo nível. Por isso, temos que apro-veitar esta competição para dar mais experiência para nossos atletas.CBDU e CBB já reconhecem esta importância e unem forças.“

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Walter Roese

Marcelo Falcão, Marco Pegolo (Chui), Tariane Vidal e Walter Roese:comissão técnica que dirigiu a seleção brasileira na conquista do TopFour Nation, na Alemanha, e na Universíade, na Sérvia, em 2009

SAIBA MAIS

Walter Roese defendeu váriasequipes brasileiras e seleçõesnacionais em 15 anos de carre-ria como atleta profissional debasquete. Foi técnico dos ti-mes universitários da BrighamYoung University Hawaii (2000-01); da Brigham Young Univer-sity (2001-07); da University ofSan Diego (2007-08); da Univer-sity of Nebraska (2008-10) e,atualmente, dirige a equipe daUniversity of Hawaii. Neste pe-ríodo conquistou os títulos doMountain West Conference eda West Coast Conference.Pela seleção brasileira, Roesecomandou a equipe universitá-ria nas Universíades da Tailân-dia (2007) e da Sériva (2009) elevantou o título de campeãodo Top Four Nation 2009. Coma seleção sub-18, disputou aCopa América 2006, o Sul-Ame-ricano 2010 e foi vice-campeãoda Copa América 2010.

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O Brasil recebe, entre os dias 09 e 15/08, omelhor do basquete universitário das Américas.Salvador irá sediar o I Campeonato Pan-Ameri-cano Universitário de Basquete, promovido pelaConfederação Brasileira de Desporto Universitá-rio (CBDU), e que terá transmissão ao vivo docanal SporTV.

Brasil, Estados Unidos, Canadá, Chile, Uru-guai, Paraguai e Colômbia confirmaram pre-sença no torneio e desembarcam na capitalbaiana com os principais atletas da nova geraçãodo basquete. São jovens jogadores (até 24 anos)que atuam em Ligas nacionais, tais como NovoBasquete Brasil (NBB) e NCAA, e serão nomescertos em Mundiais, Olimpíadas e na própriaNBA nos próximos anos.

“As equipes prometem reunir seus melhoresatletas e a expectativa é de um torneio de altonível técnico e muita garra em quadra. Esta com-petição será um marco para o desporto universi-tário americano e, também, para o basquetebrasileiro que já sonha e se prepara para os JogosOlímpicos do Rio 2016”, explica Marcelo Falcão,diretor jurídico da CBDU e presidente da Comis-são Organizadora do Pan de Basquete 2010.

Os Estados Unidos chegam ao Pan-Ameri-cano com a seleção da NCAA (National Colle-giate Athletic Associationa), a principal ligauniversitária do mundo. Canadá e Chile tambémtrarão times de craques que foram campeõesnacionais. E o Brasil, dono-da-casa, promete reu-nir os principais atletas da categoria graças à par-ceria entre CBDU e Confederação Brasileira deBasquete (CBB) que miram o Pan-Americanocomo ponta-pé inicial para os jovens jogadoresque vão estar nas Olimpíadas do Rio 2016.

Visibilidade - A presença da SporTV na trans-missão ao vivo da semifinal e da decisão do Pande Basquete 2010 é outro destaque do torneio emarca o retorno das competições universitáriasàs telas das televisões.

Em 2006, a SporTV acompanhou as finaisdas modalidades coletivas das Olimpíadas Uni-versitárias – JUB’s. Foi a última vez em que umtorneio universitário foi transmitido ao vivo poruma emissora de TV.

“A presença da SporTV é fundamental paradar ainda mais visibilidade ao desporto universi-tário nacional, estimulando cada vez mais os jo-vens atletas, as Instituições de Ensino e toda a

sociedade para a força e a importância da práticaesportiva entre os jovens nesta década em queo Brasil será palco dos principais eventos espor-tivos do mundo”, destaca Luciano Cabral, presi-dente da CBDU.

O Pan-Americano Universitário de Basqueteé promovido pela Confederação Brasileira deDesporto Universitário (CBDU) em parceria coma Koch Tavares e chancela da Organização Des-portiva Universitária Pan-Americana (ODUPA).

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Comissão técnica observa treino dos atletas da seleção universitária na Universíade 2009

Brasil e Salvador recebemPan de Basquete 2010

Quadra do ginásio Salesiano, em Savaldor, palco dos jogos do Pan Universitário de Basquete

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A Liga do Desporto Universitáriochega à quinta edição comemo-rando a consolidação do evento nocenário nacional diante da cres-cente participação das Instituiçõesde Ensino Superior (IES) que moti-vou a realização das etapas regio-nais e nacional da Liga 2010.

“A Liga vem para dinamizar efortalecer o calendário do desportouniversitário nacional, estimulandotanto os atletas quanto as IES paraque estas invistam cada vez maisem suas equipes. E sempre nos

preocupamos em oferecer a me-lhor estrutura possível aos times,dentro e fora das quadras. O cresci-mento da participação das IES nestatemporada, com a realização dasetapas regionais, demonstra queestamos no caminho certo”,aponta Luciano Cabral, presidenteda CBDU.

Na temporada 2010, a CBDU,em parceria com o Ministério do Es-porte e a Koch Tavares, promoveu aLiga de Vôlei de Praia, em janeiro, ea Liga de Lutas, em abril. Agora, asequipes preparam-se para as dispu-tas regionais das modalidades cole-tivas: handebol, futsal, vôlei ebasquete (masculino e feminino).

Maceió (AL) e Uberlândia (MG)recebem, de 26 a 31/07, as etapasregionais da Liga do Desporto Uni-versitário 2010. Na capital alagoana

reúnem-se as equipes do Norte eNordeste e em Minas encontram-se os times das regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste.

Oito equipes enfrentam-se emcada modalidade e naipe de acor-do com a ordem de confirmaçãodas inscrições, sendo, preferencial-mente, uma Instituição de EnsinoSuperior (IES) por Estado. As Fede-rações Universitárias Estaduaissedes das regionais (FUME e FADU)indicam duas IES para a disputa.

Para as finais da Liga do Des-porto Universitário, em Recife (PE),de 20 a 26/07, serão nove equipesem cada chave. As campeãs e vice-campeãs da Liga 2009, as três me-dalhistas das etapas regionais daLiga 2010 e uma IES indicada pelaFAPE. As demais vagas serão com-pletadas por ordem de inscrição.

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Liga do Desporto Universitárioterá etapas regionais e final

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Pollyanna Pádua

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SAÚDE E MOVIMENTO

Atualmente falar sobre alimentação, nutrição, dietas milagrosas e alimentos que prometem salvaras pessoas é uma verdadeira febre, porém, aindase desconhece o verdadeiro papel de alguns ali-mentos e nutrientes em nossa saúde e isto geradúvidas sobre como deve ser a alimentação dequem se propõe à prática de desportos, tanto comoforma de competição quanto de lazer.

Vejamos, em linhas gerais, a diferença entre oatleta e o desportista.

O Atleta é aquele que recebe um treino dire-cionado para um objetivo específico, ou seja, buscaum condicionamento físico que leve a uma melhorade desempenho em uma modalidade desportiva es-pecífica e, normalmente, com objetivo de compe-tição.

O Desportista é aquele que pratica exercíciosfísicos por lazer e/ou pela busca de uma forma físicadesejada, normalmente sem objetivo de melhoria dedesempenho ou participação em competições.

O que acontece na prática é que temos vistomuitas pessoas buscando orientação nutricional es-pecífica para atletas quando, na verdade, são ape-nas praticantes de atividades físicas. Ou seja, umaalimentação equilibrada já atenderia boa parte destepúblico. O que temos de certo, sem erro, é que aboa alimentação contribui para uma vida saudável.

Desta forma, o desportista dificilmente necessi-tará de algum acréscimo na sua alimentação nor-mal, ou seja, suplementos, desde que tenha umadieta equilibrada e adequada às suas necessidadesnutricionais e capaz de atender suas necessidadesfísicas. O desgaste gerado pela atividade des-portiva, nesse caso, é facilmente compensado poruma boa alimentação, sem necessidade de nenhumalimento ou suplemento adicional.

As pessoas que estão com peso dentro da nor-malidade ou abaixo do normal e praticam atividadesfísicas regulares podem fazer um necessárioacréscimo na quantidade de alimentos ingerida nodia, como forma de repor a energia gasta durante oexercício e prevenir a perda de peso, quando estanão é desejada, e fornecer energia para a práticadas atividades. É de fundamental importância a in-gestão de líquidos, principalmente de água, tantodurante quanto após os exercícios, como forma deprevenir desidratação.

Orientações - No caso dos atletas, quando háum ritmo intenso de atividade física, com treinosregulares diários, é necessário um cuidado maior naalimentação. Algumas orientações nutricionais têmsido indicadas por diversos estudiosos no assuntoem busca de melhor capacidade e resistência físicados atletas. São elas:

1) aumentar a ingestão de água, pura ou naforma de sucos, principalmente durante e após aatividade física;

2) consumir maior quantidade de fontes de car-boidratos (massas, cereais em geral, pães, etc),dando preferência para aquelas que contenhampouca ou nenhuma gordura;

3) evitar gorduras sob todas as formas, tomandocuidado com a “gordura invisível” nos alimentoscomo maionese, embutidos de carne, queijosamarelos, etc;

4) não exceder no consumo de proteínas (carnesde qualquer tipo, leite e derivados, ovos, etc)

5) ingerir boas fontes de fibra nas refeições(cereais integrais, pão e arroz integral, cascas, talose bagaços de frutas e vegetais, grãos com casca),uma vez que estas têm efeito de propiciar uma libe-ração mais lenta da glicose para o sangue, for-necendo energia ao organismo de forma gradativa,o que é extremamente favorável para o atleta alémde ajudar no bom funcionamento do intestino;

6) evitar o excesso de açúcar e/ou alimentosaçucarados;

7) evitar o sal em excesso, pois o mesmo au-menta a necessidade de água do organismo, assimcomo pode contribuir para elevação da pressão ar-terial em pessoas predispostas, o que é altamenteprejudicial para o atleta;

8) evitar bebidas gaseificadas (refrigerantes);9) abusar do consumo de frutas, legumes e ver-

duras;10) ingerir leite ou similar (iogurte, coalhada ou

queijo branco) em uma proporção mínima de doiscopos ao dia e, se possível, desnatado;

11) cuidado com molhos picantes e gordurosos;12) na véspera da competição, ingerir grande

quantidade de massas (carboidratos) e reduzirainda mais o consumo de gordura;

13) a mesma orientação anterior serve para areposição energética após a competição, sendoque, nesse caso, é necessário aumentar a ingestãode líquidos;

14) logo após a atividade, principalmente após acompetição, não ingerir alimentos ricos em gorduraou proteínas, dando preferência a frutas (principal-mente ácidas), hortaliças e fontes de carboidratos;

15) evitar bebidas alcoólicas, principalmentepróximo às competições.

A NUTRIÇÃO NO EXERCÍCIO E NO DESPORTOJOELMA MARINHOé nutricionista (CRN6 – 3044),especialista em Obesidade eEmagrecimento; em Controle eQualidade de Alimentos e emNutrição e Atividade Física

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Disputas acirradas na Ligade Lutas 2010 em CuritibaA edição 2010 da Liga do Des-

porto Universitário de Lutas reuniucerca de 300 atletas, em Curitiba(PR), dias 24 e 25/04. Entre eles,nomes da nova geração das artesmarciais com medalhas e participa-ções em Olimpíadas, Mundiais eSul-Americanos. O ginásio Almir deAlmeida Tarumã foi palco das dispu-tas de judô, karatê e taekwondo(masc/fem) da Liga de Lutas 2010,seletiva para os Mundiais Universi-tários de Taekwondo e Karatê.

Entre os destaques da disputade Taekwondo, Débora Nunes(UNIMEP-SP, categoria até 67kg),atleta olímpica em Pequim 2008, eTalisca dos Reis (Pitágoras-PR, cate-goria até 53kg), prata nos Jogos Sul-Americanos da Colômbia 2010,conquistaram ouro na Liga de Lutase vaga no Mundial Universitário damodalidade, em Vigo (Espanha).

Medalhistas Sul-Americanos emMedelín (COL) também encararamo torneio de judô da Liga de Lutas2010. Steffani Lupetti (UniSantanna-SP), prata por equipes na Colômbia,conquistou medalha de ouro emCuritiba, categoria peso meio-pe-

sado. Os judocas da seleção brasi-leira Breno Alves (peso ligeiro) eMaria Portella (peso médio), da Uni-Santanna-SP, e Felipe Oliveira (pesomédio), da FTC-BA, também confir-maram o favoritismo e saíram cam-peões da Liga.

“Sempre acompanho as dispu-tas da Universíade que reúne no-mes de peso do judô mundial emeu objetivo é representar o Brasilna Universíade 2011. Este é o pri-meiro passo”, conta Felipe Oliveira.

Nas disputas de karatê, seletivapara o Mundial Universitário 2010,em Montenegro, destaque para Vá-leria Kumikazi (Unoeste-SP), bronzeno kumite por equipes nos JogosSul-Americanos da Colômbia, eouro na Liga de Lutas no kumite in-dividual, categoria até 55kg. Os pa-ranaenses Rafael Assunção (maisde 84kg), Rogério Emerick (até84kg) e Ana Paula Carvalho (até61kg), da Faculdade DomBosco,campeões individuais e por equipeno kumite, também sonham com

a chave de representar o Brasil noMundial Universitário 2010.

Delegações de 15 Estados (AL,BA, CE, DF, GO, MG, MS, PE, PI, PR,RJ, RS, RN, ES e SP) participaram daLiga de Lutas 2010.

Os atletas de São Paulo – maiordelegação inscrita no torneio – ga-rantiram 25 medalhas de ouro nasoma das três modalidades: judô,karatê e taekwondo. Os paranaen-ses, do-nos-da-casa, conquistaramnove medalhas douradas.

MELHORES IES POR MODALIDADE:Judô

1º) UniSant’anna (SP): 81 pontos2º) Unisul (SC): 44 pontos3º) FTC (BA): 21,5 pontosKaratê

1º) UniSantanna (SP): 93 pontos2º) Univali (SC): 78 pontos3º) DomBosco (PR): 76 pontos

Breno Alves (de quimono azul), campeão da Liga no peso ligeiro

Pollyanna Pádua

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Mais de 2 mil alunos-atletas de25 estados e do Distrito Federal par-ticiparam da fase nacional dos Jo-gos Brasileiros das InstituiçõesFederais de Educação Profissional eTecnológica (JIF 2010), em Brasília,de 23 a 29/05. O torneio é parte dascomemorações pelo centenário daRede Federal de Educação.

Onze modalidades estiveramem disputa nos JIF 2010: futsal, han-debol, basquete, vôlei, vôlei depraia, natação, atletismo, xadrez,tênis de mesa e judô (masc/fem) efutebol de campo (masc).

Destaque para a delegação deSão Paulo, principal vencedora dosJIF 2010, campeã das chaves mas-culina e feminina do tênis de mesae dos torneios masculino de bas-quete e de xadrez, com o atletaBruno Rodrigues.

Maranhão, Rio Grande do Nortee Rio de Janeiro conquistaram, cadaum, três títulos na competição. Po-tiguares e capixabas subiram oitovezes ao pódio.

“Só temos que comemorar osresultados obtidos nos JIF 2010 den-tro e fora das quadras. Os atletas fi-zeram um espetáculo à partedemonstrando muita garra, energiae superação. Coordenadores técni-cos e professores também tiveramtotal empenho na condução dostorneios e de suas equipes. E o Co-mitê Organizador não mediu esfor-ços para oferecer a melhorestrutura aos participantes. A CBDU

agradece a oportunidade e o con-vite do MEC e do ME como parcei-ros na realização destes jogos”,destacou Luciano Cabral, presi-dente da CBDU.

Além do pessoal do Comitê Or-ganizador, um time essencial tam-bém entrou em campo paragarantir a realização dos JIF 2010:voluntários, árbitros e equipe deapoio. Setenta estudantes do Dis-

trito Federal atuaram como voluntá-rios; 150 árbitros acompanharam aspartidas e provas dos Jogos e 250pessoas trabalharam nas equipesde apoio.

Ao final da maratona de jogos –foram 242 partidas pelos torneioscoletivos; 41 provas de atletismo enatação e mais os combates dejudô e partidas de xadrez e tênis demesa – os JIF 2010 distribuíram1.000 medalhas e troféus.

"A realização dos JIF foi um gran-de teste para a CBDU e consegui-mos identificar nossa capacidadede organização e realização degrandes eventos ao montarmostoda a estrutura dos jogo”, explic aLuciano Cabral.

Os JIF 2010 foram uma realiza-ção do Ministério da Educação emparceria com o Ministério do Es-porte e Confederação Brasileira doDesporto Universitário (CBDU) eapoio do governo do Distrito Fede-ral (GDF).

CAMPUS 10

Adalberto Silva

Festa e conquistas marcam edição

Atletas do time do IF de Mato Grosso durante partida pelos JIF 2010

JIF 2010:Laurisson Mariano

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Pollyan

na Pád

ua

ATLETAS DESTAQUESAlém de fotos, novos amigos, muitas histórias e lem-

branças, alguns atletas voltaram para seus estadoscom a bagagem recheada de medalhas. Destaquepara Kairo Silva e Ludmila Vilaça (foto de fundo),do Maranhão, que somaram juntos sete meda-lhas de ouro no Atletismo. Na natação, GustavoDantas, do Sergipe, conquistou três medalhas

douradas e Raísa Feitosa, do Amazonas, garantiuouro nos 50m livre e prata nos 50m e 100m peito.

VOLUNTÁRIOSCerca de 70 alunos do Distrito Fede-

ral atuaram como voluntários nos JIF2010 auxiliando os diversos departa-mentos do Comitê Organizador e asdelegações.

COORDENAÇÃO TÉCNICAProfessores dos Institutos Federais da Rede Fe-

deral de Educação ficaram responsáveis pela dire-ção técnica dos JIF 2010 com suporte da CBDU. “Oobjetivo dos JIF é possibilitar este aprendizado e congraçamentoentre alunos e professores da Rede. Fazer do esporte uma ferra-menta educativa e de formação cidadã que seja vivenciado cadavez mais no dia-a-dia de todos os institutos”, explica João HolandaCavalcante (IFRN), coordenador técnico dos JIF 2010.

ESTRUTURA E NÚMEROS DOS JIFPara receber os participantes dos JIF 2010 durante os sete dias

de competição na capital federal, o Comitê Organizador mobilizou13 hotéis e dois mil leitos. O restaurante oficial do evento serviu, desábado à sábado (22 a 29/05), cerca de 1.820kg de arroz, 2.800kgde feijão, 980kg de macarrão e 23.200 litros de suco e refrigerante.

CAMPEÕES POR MODALIDADEOs JIF não apontam um campeão geral, mas os vencedores

e destaques por modalidade. Confira os destaques dos JIF 2010:Atletismo: Maranhão; Natação: Ceará (F) e Roraima (M); Judô:Rio Grande do Norte; Xadrez: Pernambuco (F) e São Paulo (M);Tênis de Mesa: São Paulo; Vôlei de Praia: Rio de Janeiro (F) e Pará(M); Vôlei: Maranhão (F) e Rio de Janeiro ((M); Basquete: Rio deJaneiro (F) e São Paulo (M); Futebol: Pará (M); Handebol: Paraíba(F) e Alagoas (M); Futsal: Espírito Santo (F) e Minas Gerais (MG).

Adalberto Silva

Laurisson Mariano

Pollyanna Pádua

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CAMPUS 12

Defender o Brasil entre as principais potências esportivas do mundo.Uma oportunidade essencial para o crescimento técnico dos jovensatletas e, também, oportunidade única de integração cultural e social.Por isso, nesta temporada, a CBDU, com apoio do Ministério do Es-porte, terá delegações em dez Mundiais da FISU (Federaçaõ Interna-cional do Esporte Universtiário).

Os triatletas Mauro Cavanha (UTP-PR) e Rebeca Falconi (UniBH-MG)foram os primeiros a embarcar para o 10º Campeonato Mundial Uni-versitário de Triathlon, dia 30/05, em Valência (Espanha).

Cavanha foi o melhor atleta sul-americano na prova e o 33º colo-cado na classificação final. Rebeca garantiu o 3º melhor tempo entreas competidoras latino-americanas e o 36º lugar geral.

Depois foi a vez das duplas Fabí e Júlia, Marcella e Shirleny, Lucianoe Vinícius, Raphael e Filipe garantiram a melhor participação brasileiraem uma edição do Campeonato Mundial Universitário de Vôlei dePraia.

Nas areias de Alanya, na Turquia, de 15 a 20/06, as parcerias brasilei-ras estiveram entre os dez melhores do mundo. Luciano e Vinícius al-cançaram o quarto lugar geral, seguidos por Raphael e Filipe (5º lugar).

Fabí e Júlia, atuais campeãs sul-americanas, conquistaram o melhorresultado de uma parceria feminina no Mundial: foram as 5ª colocadasgerais. E as capixabas Marcella e Shirleny, vice-campeãs do BrasileiroUniversitário de Vôlei de Praia 2010, foram 9ª colocadas na competiçãointernacional.

Da Turquia para a Hungria. A seleção brasileira feminina de hande-bol, comandada pelo técnico Robson Andrade, desembarcou em Nyi-regyhaza para o Campeonato Mundial Universitário da modalidade, de27/06 a 04/07.

As meninas do handebol brasileiro encararam as equipes da Hun-gria, Turquia, República Tcheca, Polônia, Romênia e Japão em um tor-neio marcado pelo alto nível técnico dos times e somaram experiênciapara receber o Mundial em 2012 e buscar um lugar no pódio.

Enquanto isso, nos tatames em Vigo, na Espanha, onze atletas re-presentam o Brasil no Campeonato Mundial Universitário de Taek-wondo, de 29/06 a 04/07. Na delegação verde-amarela, lutadores comexperiência em Mundiais e Universíades, nas palavras do técnico Fre-derico Mitooka: “uma equipe muito forte”. Na volta ao Brasil, medalhade bronze conquistada por Cristiano Valeriano (categoria 58kg).

Em julho, oito caratecas representam o Brasil no Mundial em Mon-tenegro e a seleção feminina de Rugby embarca para Portugalonde faz sua estreia em torneios universitários. E não pára por aí.No segundo semestre, a CBDU planeja enviar delegações paraos Mundiais de Futsal (na Sérvia), de Canoagem (na Polônia),de Xadrez (na Suíça) e de Hipismo (na Coréia).

“A participação das nossas equipes nos Mundiais Univer-sitários é essencial para o crescimento do nível técnico dosatletas e, também, para a formação esportiva e cultural de umageração de jovens que em breve irá representar o Brasil emUniversíades, Jogos Olímpicos e Mundiais”, aponta Luciano Ca-bral, presidente da CBDU.

O Brasil nos Mundiais

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13 CAMPUS

29 E 30/05 VALÊNCIA (ESPANHA): MUNDIAL UNIVERSITÁRIO DE TRIATHLON

27 A 30/06 NYIREGYHAZA (HUNGRIA): MUNDIAL UNIVERSITÁRIO DE HANDEBOL

15 A 18/07 PODGORICA (MONTENEGRO): MUNDIAL UNIVERSITÁRIO DE KARATÊ

23 A 26/08 - NOVI SAD (SÉRVIA): MUNDIAL UNIVERSITÁRIO DE FUTSAL

05 A 12/09 - ZURICH (SUÍÇA): MUNDIAL UNIVERSITÁRIO DE XADREZ

15 A 20/06 ALANYA (TURQUIA): MUNDIAL UNIVERSITÁRIO DE VÔLEI DE PRAIA

01 A 04/07 VIGO (ESPANHA): MUNDIAL UNIVERSITÁRIO DE TAEKWONDO

21 A 24/07 - PORTO (PORTUGAL): MUNDIAL UNIVERSITÁRIO DE RUGBY

27 A 30/08 - POZNAN (POLÔNIA): MUNDIAL UNIVERSITÁRIO DE CANOAGEM

04 A 07/11 - SANGIU CITY (CORÉIA): MUNDIAL UNIVERSITÁRIO DE HIPISMO

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CAMPUS 14

DIREITO E ESPORTE

O tema a que enveredamos neste segundoartigo da coluna “Direito e Esporte” mereceuma reflexão bem mais aprofundada e commaior riqueza de detalhes, porém seguindo ametodologia de expor apenas algumas idéiase levar os leitores ao debate, devem ser traça-das algumas linhas consideradas importantes.A cada dia que passa aumenta a curiosi-

dade e as dúvidas dos espectadores de qual-quer evento esportivo sobre as decisõesemanadas pelos Tribunais de Justiça Des-portiva de cada modalidade, em especial naparte atinente às punições que são aplicadas,enveredando-se alguns em verdadeiros “co-mentaristas” do mundo jurídico-desportivo,emitindo suas opiniões muitas das vezes des-providas de qualquer conhecimento técnicosobre a matéria.Essas discussões acerca das atuações dos

tribunais esportivos são salutares para o cres-cimento e fortalecimento do esporte brasileirocomo um todo, pois dá a sensação a qualquerpessoa apaixonada pelo esporte de que sehouver a prática de alguma infração disciplinaresta será julgada de forma rápida e, caso hajacondenação, a pena será devidamente cum-prida. Acaba, de uma vez por todas, com aque-le ditado popular de que “a justiça é morosa”,ou mesmo de que “a justiça quando tardia,deixa de ser justa.”Aqui os legisladores brasileiros acertaram

ao incluir na Constituição Federal Brasileira acriação da Justiça Desportiva com competên-cia exclusiva para dirimir qualquer questão re-lativa a competição e a disciplina desportivas,estabelecendo um prazo máximo de 60(sessenta) dias para que o processo tenha fi-nalizado em todas as suas instâncias.Seria totalmente desproporcional e faltaria

razoabilidade qualquer infração disciplinar deum atleta, como, por exemplo, uma jogada vio-lenta, ou mesmo algum litígio que envolvessea definição do campeão de uma competição,fossem submeter ao longo procedimento daJustiça Comum.

Essa agilidade na tramitação e julgamentodos processos desportivos, a meu ver, só épossível pelo fato da Justiça Desportiva nãoser órgão integrante do Poder Judiciário, muitomenos do Legislativo ou do Executivo, mas porser uma instituição de direito privado, dotadade interesse público, ligada às entidades deadministração do desporto, uma vez que todosos esforços são envidados único e exclusiva-mente para aquela determinada modalidadeesportiva a qual estão vinculados.Além desta celeridade necessária nos

processos esportivos, todas as decisões pro-feridas pelos tribunais de justiça desportiva sãotécnicas e imparciais, não havendo mais es-paço para qualquer interferência “política” ou“apadrinhamento” nestas, eis que qualquermembro deste órgão jurisdicional exercefunção considerada de relevante interessepúblico, conforme artigo 54 da Lei nº 9.615/98(Lei Pelé), isto é, o interesse da coletividadedo esporte deve prevalecer sobre o particular.O legislador ter guindado o membro da

Justiça Desportiva ao status de exercer“função considerada de relevante interessepúblico” constitui o alicerce para este fortale-cimento do esporte brasileiro, pois inclui umprincípio de direito público em uma relação pri-vada, dando o manto de legalidade, publici-dade, eficiência, moralidade e ética quefaltavam outrora, acabando de uma vez portodas com a possibilidade de algum desvio depoder ou desvio de finalidade.No arremate, tudo isso explica o sucesso da

Confederação Brasileira do Desporto Univer-sitário no cenário esportivo nacional, posto queconseguiu atrelar a força da instituição com aqualidade do órgão jurisdicional universitário,qual seja, o Superior Tribunal de Justiça De-sportiva, tendo como resultado alcançado acredibilidade, transparência e respeitabilidadenecessárias em todos os envolvidos no seg-mento esportivo universitário, bem como noMinistério dos Esportes, Comitê Olímpico Bra-sileiro e demais patrocinadores dos eventos.

RELAÇÃO ENTRE ADMINISTRAÇÃO DODESPORTO, JUSTIÇA DESPORTIVA EPRINCÍPIO DO INTERESSE PÚBLICOPAULO HENRIQUESILVA PINHEIROé auditor do STJDU indicado

pelo Conselho Federal da OAB,radialista e advogado,

pós-graduado em Direito doTrabalho, Processo do

Trabalho, Previdenciário eTributário, doutorando emDireito do Trabalho pelaUniversidade de Buenos

Aires-Argentina, diretor jurídicodo Vila Nova Futebol Clube, daFederação dos Clubes do

Estado de Goiás, do Clube Jaóe da Federação Goiana deDesportos Universitários, e

sócio-proprietário do escritórioPinheiro Advogados

Associados.

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15 CAMPUS

CLASSIFICAÇÃO FINAL – III JOGOS SUL-AMERICANOS UNIVERSITÁRIOS

Pollyanna Pádua

Brasil, Chile e Colômbia sãodestaques no Sul-AmericanoCinco países, três modalidades

em disputa e mais de 200 pessoasenvolvidas, entre atletas, técnicos,dirigentes e comitê organizador.Este foi o balanço dos III Jogos Sul-Americanos Universitários, realiza-dos em Curitiba (PR), de 18 a 22/04.

Brasil, Chile, Colômbia, Paraguaie Uruguai disputaram a edição2010 do Sul-Americano Universitá-rio nas seguintes modalidades: fu-tebol, tênis e vôle (masculino).

Os brasileiros garantiram o tri-campeonato nas disputas de vôleie as medalhas de ouro e prata dachave de simples do torneio detênis. A Colômbia comemorou otroféu de campeã no futebol. E oschilenos ficaram com o 1º lugar nachave de duplas do tênis.

“Mais uma vez só temos quecelebrar os resultados obtidos den-tro e fora de quadra em mais estaedição dos Jogos Sul-AmericanosUniversitários, tais como as possibi-lidades de intercâmbio técnico ecultural entre os jovens atletas e ofortalecimento das federações uni-versitárias sul-americanas”, desta-cou Alim Maluf Neto, presidenteda Confederação Sul-Americanade Desporto Universitário (Cosud).

Tênis – Brasil, Chile e Colômbiadestacaram-se nas disputas detênis, no Graciosa Country Club. Nafinal da chave de duplas, os chile-nos Carlos Ibañes e Alejandro Javiervenceram a parceria da Colômbiaformada por Harold Montoya eJose Aristizabal.

Pelo torneio de simples, finalverde-amarela entre os tenistas cu-ritibanos Valter Mori e Luis Deneka.Mori marcou 2x0 e ficou com amedalha de ouro. Javier e Ibañes,do Chile, garantiram medalhas debronze.

Vôlei – Na quadra do CírculoMilitar, Brasil e Chile chegaram àdecisão do torneio de vôlei. A equi-pe da Unoesc (SC) manteve a he-gemonia brasileira e conquistou o

‘tri’ sul-americano ao marcar 3x0 notime chileno. A Colômbia comple-tou o pódio com vitória de 3x0 con-tra o Paraguai.

Futebol – No gramado do Está-dio do Pinhão, surpresa nas dispu-tas de futebol. A Colômbia superouUruguai, vencedor do Sul-Ameri-cano em 2006, e Brasil, dono-da-casa, e levou o troféu de campeã.A seleção colombiana obteve a

melhor campanha na chave comoito pontos conquistados (duas vi-tórias e dois empates). Uruguai eChile completaram o pódio.

Os Jogos Sul-Americanos Uni-versitários são uma realização daCosud e, este ano, tiveram apoioda CBDU, Federação Paranaensede Desportos Universitários (FPDU),Paraná Esporte e SANEPAR para suarealização.

Tênis (chave de simples):

1º) Valter Mori (BRA) 2º) Luis Deneka (BRA)3º) Alejandro Javier (CHI)3º) Carlos Ibañes (CHI)

Tênis (chave de duplas):

1º) Chile2º) Colômbia

Vôlei

1º) Brasil2º) Chile3º) Colômbia

Futebol

1º) Colômbia2º) Uruguai3º) Chile

Jogo entre Colômbia e Brasil pelo Sul-Americano Universitário. A Colômbia ficou com o troféu de campeã

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CAMPUS 16

CONFERÊNCIA DO ESPORTE

O desporto universitário esteve pre-

sente nas discussões do III Conferência Na-

cional do Esporte (CNE), realizada em

Brasília, de 03 a 06/06. Dirigentes das fede-

rações universitárias estaduais participaram

como delegados da Conferência: Jairo Ro-

drigues (FUEMS), Maria Cícera de Oliveira

(FADU), Olivaldo Nunes (FADAP), Cristina

Marsicano (FPDA), Francisco Braz (FAEP),

Lauro Ely (FUGE), Hamilton Ferro Júnior

(FAME) e Alexandre Marcelino FUPE). Lu-

ciano Cabral, presidente da CBDU, atuou

como integrante da Comissão Organi-

zadora Nacional do Esporte e recebeu

homenagem do ministro do Esporte, Or-

lando Silva, na abertura da Conferência,

cujo tema, este ano, foi “Plano Decenal do

Esporte e Lazer: 10 pontos em 10 anos para

projetar o Brasil entre os 10 mais”.

FADAPOito Instituições de Ensino Superiore cerca de 300 atletas, técnicos e diri-gentes participaram dos Jogos Univer-sitários Amapaenses - JUAP's 2010, de22/05 a 26/06, no Amapá.O torneio, promovido pela FADAP,foi seletiva para a Liga do Desporto Uni-versitário 2010 nas modalidades vôlei,basquete, handebol e futsal. A UEAPsagrou-se campeã geral dos JUAP's2010. META e CEAP completaram opódio com o 2º e 3º lugares, respecti-vamente.

FAEPParceria entre FAEP e a Fundação

dos Esportes do Piauí (Fundespi)deram novo rumo à estrutura do es-porte universitário de norte a sul doestado. Desde 2004, a parceria temsido fundamental no processo decrescimento e organização dos even-tos esportivos e na participação deatletas em competições nacionais.Para Vicente Sobrinho, presidente daFundespi, a parceria além de valorizaro talento dos jovens alunos atletas,promove integração e o bem-estarda comunidade esportiva em geral.

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17 CAMPUS

FÓRUM FISUA 10ª edição do Fórum FISU, realizada em Vigo (Es-

panha), de 21 a 26/06, reuniu alunos, dirigentes e autori-dades de 70 países para discussão das contribuições dodesporto universitário no processo educacional e emuma perspectiva de atuação contextualizada, a partir dotema central do evento: “Esporte Universitário: plataformapara mudança”. Luciano Cabral, presidente da CBDU,participou do Fórum 2010 nas funções de vice-presidenteda FISU e Roberto Cabral, presidente da Comissão Cien-tífica da CBDU, representou o Brasil no evento.

PARCERIA WILSONA CBDU e a Wilson renovaram parce-

ria para mais uma temporada em prol

do desporto universitário nacional. Nora

Vallejos, presidente da Wilson, e Paulo

César Navarro, gerente institucional, vi-

sitaram a sede da CBDU em Brasília, no

mês de maio, e confirmaram o apoio da

empresa à CBDU. E para este segundo

semestre está prevista a inauguração da

web-loja para venda de produtos da Wil-

son no site da CBDU com preços e de-

scontos especiais para os técnicos e

atletas universitários.

FCDUA Universidade do Alto do Rio doPeixe (Uniarp) conquistou o título do

1° Campeonato Catarinense Univer-sitário de Futebol de Campo, pro-

movido pela FCDU, de 16 a 20/06, emCaçador-SC. Os times da Universi-

dade do Extremo Oeste de SantaCatarina (UNOESC) e Universidade

Federal de Santa Catarina (UFSC)garantiram prata e bronze, respectiva-

mente. Agora é a vez de atletas eequipes de 19 IES encararem os Jogos

Universitários Catarinenses - JUCs, de20 a 25/07, em dez modalidades.

FRCDUMais de 30 equipes das faculdades

São Lucas, Uniron, Fimca, Metropoli-

tana, FARO/IJN e FAAr disputaram ostorneios coletivos das Olimpíadas Uni-

versitárias de Rondônia (OLIMUR), pro-

movido pela FRCDU, de 18 a 28/06, emPorto Velho e Ariquemes.

Os títulos da OLIMUR 2010 ficaramcom as seguintes faculdades: SãoLucas (handebol e vôlei masculino);

Metropolitana (handebol feminino) eFARO/IJN (futsal masculino e femi-

nino).

FGDUDezenas de atletas, dirigentes e

professores das Instituições de EnsinoSuperior de Goiás prestigiaram a festade premiação dos Jogos Universitáriosde Goiás - JUG’s 2010. A FGDU home-nageou os atletas destaques em cadauma das nove modalidades em dis-puta nos JUG’s e entregou os troféusàs melhores instituições na classifi-cação geral. A Universo conquistou otítulo geral dos JUG´s 2010 seguidapela Universidade Federal de Goiás(UFG), vice-campeã, e Pontifícia Univer-sidade Católica (PUC) de Goiás, terceiracolocada.

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Espaço AcadêmicoTÍTULO: A MOTIVAÇÃO PARA O ESPORTE EM ATLETAS UNIVERSITÁRIAS DE HANDEBOL MASCULINO

E FEMININOAutoria: BACHTOLD, Camila dos Reis. Mestranda em Ciências Del Movimiento na Universidad Politecnica

e Artistica Del Paraguay (UPAP)RESUMO“Ao longo dos últimos 20 anos, numerosos estudos têm procurado descobrir os motivos que levam

os jovens à prática desportiva, constituindo esta área um dos grandes temas da Psicologia que maiorprodução cientifica tem originado”. (Frias e Serpa, 1991). O presente estudo caracterizado por uma inves-tigação descritiva buscou analisar e decompor os fatores motivacionais mais importantes para a práticado esporte em atletas universitárias praticantes de handebol. A amostra foi composta por 15 alunos/atletasda equipe masculina e feminina de handebol com idades entre 18 e 43 anos da Associação Catarinensede Ensino. Para tal, foi utilizado como instrumento de trabalho o QMAD, desenvolvido por Gill, Gross eHuddleston (1983) e adaptado para a língua portuguesa por Frias e Serpa (1990). A seguinte pesquisaapontou que o fator motivacional preponderante dos atletas universitários praticantes de handebol foi aforma física que serve como alicerce para desenvolvimento das outras valências subseqüentes, apresentadasno estudo como o desenvolvimento de habilidades, a capacidade de fazer amigos (senso de cooperativismoe equipe) e envolver-se em um ambiente de entretenimento e diversão.

Palavras-chave: Motivação. Handebol. Psicologia do desporto.INTRODUÇÃODentre as temáticas de estudo da psicologia do esporte, a motivação talvez seja uma das possibilidades

de intervenção mais importante na dura rotina dos atletas. Mesmo sabendo da importância da atividadefísica e do esporte para a manutenção da saúde, são poucos os estudos que abordam os fatores moti-vacionais importantes que estimulam os participantes a se manterem na prática de atividades físicas.

A partir do conhecimento que possuímos sobre o prestígio atual dos esportes de alto nível, parte-se do princípio de que esses interesses estão sendo valorizados por um grande número de candidatos aeleição do desporto, levando-os ao aperfeiçoamento de habilidades na participação esportiva. Cabe então,nesse trabalho analisar as motivações que levam os atletas a participarem de competições esportivas nohandebol e continuarem com um trabalho de treinos contínuos mesmo posteriormente as competições.Observa-se a importância do trabalho psicológico para com os atletas tanto no decorrer da competição,quanto antes e depois.

REVISÃO LITERÁRIAInicialmente será abordado sobre uma breve revisão da história do handebol, em seguida sobre a

Psicologia do Esporte e posteriormente nos aprofundaremos na motivação, justificando sua importânciano contexto do esporte e na atividade física.

O Handebol não foi criado ou inventado, ele é uma evolução de muitos esportes praticados na an-tiguidade. Posteriormente passou a ser chamado de Haandbold, na Dinamarca; de Hazena na Tcheco-Eslováquia e El Balon no Uruguai. Todavia, o handebol, como se joga hoje, foi introduzido na últimadécada do século passado, na Alemanha, como Raftball. Em 1919, o professor alemão Karl Schelenz re-formulou o Torball, alterando seu nome para Handball com as regras publicadas pela Federação Alemãde Ginástica para o jogo com 11 jogadores. Mas, foi o handebol jogado no campo de futebol, quechamamos de Handebol de Campo, que teve maior popularização, tanto que foi incluído nos JogosOlímpicos de Berlim em 1936.

Com o grande crescimento do futebol com quem dividia o espaço de jogo, com as dificuldades dorigoroso inverno, muitos meses de frio e neve, o Handebol de Campo foi paulatinamente sendo substituídopelo Hazena que passou a ser o handebol a 7, chamado de Handebol de Salão, que se mostrou maisveloz e atrativo.

Em 1972, nos Jogos Olímpicos de Munique-Alemanha, o Handebol (não mais era necessário o com-plemento "de salão") foi incluído na categoria masculina, reafirmou-se em Montreal-Canadá em 1976(masculino e feminino) e não mais parou de crescer.

Abordado uma breve história do handebol no mundo, é relevante falar agora sobre a importânciaque a psicologia do esporte tem. Atualmente, a condição física e tática dos atletas é tão parelha que odiferencial é a questão psicológica. A psicologia do esporte é a ciência que se ocupa de todos os aspectospsíquicos presentes em toda atividade física e desportiva (GONZÁLES, 1996, p.12).

A psicologia do esporte é muito importante para a educação das pessoas envolvidas diretamente eindiretamente com o esporte. Principalmente preparadores físicos, treinadores, árbitros, dirigentes, médicos,fisioterapeutas, atletas e pais. A psicologia do esporte trabalha não só com o atleta, mas também com opsicológico dos técnicos e os demais membros da comissão técnica visando à saúde e equilíbrio emocional,e a harmonia de todos os envolvidos no esporte (FRANCO, 2000).

Com relação ao handebol, desenvolve-se uma melhor performance se aliado á psicologia está a mo-

tivação para a pratica do esporte. Na prática esportiva, de acordo com Samulski (2002) e Weinberg &Gould (2001), a motivação depende de uma interação entre aspectos da personalidade como, expectativas,necessidades e interesses e fatores ambientais como desafios, influências sociais e facilidades. Ou seja, amotivação envolve fatores da personalidade, variáveis sociais, e/ou conhecimentos que entram em jogoquando uma pessoa realiza uma tarefa pela qual é avaliada, entra em competição com outros, ou tentalucrar certos níveis de habilidades (ROBERTS; TREASURE, 1995).

Uma definição mais completa é proposta por Samulski (2002) e mostra que "a motivação é carac-terizada como um processo ativo, intencional e dirigido a uma meta, o qual depende da interação defatores pessoais (intrínsecos) e ambientais (extrínsecos)”. “‘Intrínseca’ se refere a algo interno, parte íntimainseparável. A motivação intrínseca, então, é aquela razão, aquele motivo, que vem de dentro da pessoa.”FRANCO, 2002, p. 46). Ainda Franco (2002) relata que a motivação extrínseca é ao contrario da intrínseca,o motivo vem de uma necessidade externa.

O impulso motivacional, a tomada de ação, comportamento diferenciado em um determinado mo-mento está ligado as características da personalidade de cada individuo. A motivação atual depende dainteração dos fatores pessoais e situacionais Abordando os fatores pessoais cada pessoa possui duastendências motivacionais: tendência de procurar o sucesso e tendência de evitar o fracasso. (WEINBERG;GOULD 1999, apud SAMULSKI, 2002. O motivo de procurar sucesso é definido como a capacidade devivenciar orgulho e satisfação na realização das tarefas, enquanto o motivo de evitar fracasso é determinadocomo a capacidade de experimentar vergonha e humilhação como conseqüência do mesmo. O compor-tamento de uma pessoa é influenciado pela interação destas duas tendências motivacionais.

Conforme Bergamini (1991, apud SCALON, 2004, p.21): “O desempenho de uma pessoa na realizaçãode uma atividade será a resultante do somatório da aptidão deste indivíduo com a motivação para alcançarum objetivo”. “A dificuldade da tarefa, então, deve estar de acordo com as capacidades do indivíduo. Sevocê se impõe uma atividade muito difícil, será impossível se manter motivada por muito tempo, pois de-morando a ver o retorno, não consegue vislumbrar a vitória” (FRANCO, 2000, p 25).

Tarefas fáceis produzem monotonia e saturação psíquica. Tarefas muito difíceis têm como conseqüênciao fracasso e a frustração. As duas situações não são muito estimulantes para a melhoria do rendimento(SAMULSKI, 2002).

O nível de motivação e o rendimento estão ligados, ao ter uma ativação baixa ou muito alta, o rendi-mento é muito baixo, entretanto com um nível médio de motivação se apresentam os melhores pré-req-uisitos para o rendimento. A motivação atual para o rendimento é determinada por dois fatores externos:

Incentivos: Antecipação de prêmios, como elogio, reconhecimento social, dinheiro, que estão rela-cionados ao resultado de uma ação.

Dificuldades e problemas: O grau de dificuldade das tarefas determina o nível de motivação paratomada de decisão.

A rotina de treinamento e das competições segundo Marques (2003), desgastam o desportista. Ostreinos são repetitivos, e nos seguidos torneios há sempre a cobrança de bons resultados tanto por partedo atleta como dos técnicos e pais. Tanto os pais como os treinadores devem incentivar os atletas,fornecendo combustível para que eles se dediquem nos treinos e nos campeonatos. Mais a motivaçãointrínseca tem papel fundamental nesse momento. Como adquirir essa motivação? Os treinadores devemdesenvolver situações nas quais os atletas aprendam motivar-se intrinsecamente, este fato desenvolve aautonomia dos atletas e promove a formação da personalidade.

Segundo Steve (2005) destaca:Com o auxílio de métodos de treinamento psicológicos, esportistas de ponta buscam

melhorar seu potencial de desempenho e otimizá-lo para o momento decisivo.Os principais fatores mentais no treinamento e em competição são:

relaxamento, atenção, auto-eficiência (a crença nas próprias forças) e motivação.A motivação segundo Becker, Jr. (2000), é um fator muito importante na busca de qualquer objetivo,

pelo ser humano. Os treinadores reconhecem este fato como sendo principal, tanto nos treinamentoscomo nas competições. Assim sendo, a motivação é um elemento básico para o atleta seguir as orientaçõesdo treinador e praticar diariamente as sessões de treinamento.

Segundo Weinberg; Gould (2001, p 83), a motivação para a realização é a tendência a lutar porsucesso, persistir em face de fracasso e experimentar orgulho nas realizações. A motivação para realizaçãoem situações esportivas e de exercício focaliza-se na autocompetição, enquanto a competitividade influenciao comportamento em situações de avaliação social.

“As razões que impulsionam os atletas em direção a determinado comportamento não podem sera conceitos rígidos, pois variam de acordo com a história de vida do atleta e as contingências do ambiente”(FIGUEIREDO, 2000, p 116).

Com essa breve revisão literária sobre a história do handebol, sobre a psicologia aliada à motivação,sobre o esporte de rendimento, torna-se mais fácil o entendimento desse estudo e sua relevância na at-ualidade.

Vários acadêmicos enviarm trabalhos à Comissão Científica da CBDU, em maio, para concorrerem ao II Concurso de Ensaios doFórum FISU 2010 que concedeu bolsa de participação no Fórum, na Espanha, a dois alunos sul-americanos. Os artigos de CamilaBachtold, mestranda de Joinville (SC), foram escolhidos pela CBDU e representaram o Brasil no Concurso. A revista Campus CBDUpublica nesta edição um dos trabalhos de Camila, entitulado: A Motivação para o Esporte em Atletas Universitários de Hande-bol Masculino e Feminino. A íntegra deste artigo você confere na versão on-line da Campus CBDU no site www.cbdu.org.br

CAMPUS 18

PARA LER A ÍNTEGRA DESTE ARTIGO ACESSE NOSSO SITE: WWW.CBDU.ORG.BR.ENVIO DE TRABALHOS:Para publicar artigos e monografias na revistaCAMPUS CBDU encaminhe seus trabalhos àComissão Científica da CBDU, presidida pelo pro-

fessor dr. Roberto Cabral por correio eletrônico,em formato Microsoft Word, letra Arial 12, para:[email protected]; ou em 01 cópia digita-lizada em CD/DVD e 01 cópia impressa por Cor-reio/Sedex para o endereço: Rua Apodí, n.381,

Apt.102, Tirol, Natal (RN), CEP 59020-130.Compete à Comissão Científica analisar e aprovaros trabalhos recebidos, bem como selecionar omelhor, de acordo com normas técnicas e aproxi-mação aos temas e conteúdos desta publicação.

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Memória CBDU: Luis Carlos NoviEm 2009, a CBDU completou 70

anos de fundação. Nestas sete dé-cadas, a entidade, dirigentes e atle-tas colecionaram muitas conquistase histórias. Na tentativa de recupe-rar esta memória, a revista CampusCBDU inaugura espaço para narraralguns destes capítulos.

Nesta edição, retornamos à dé-cada de 1970, quando chega àCBDU um casal apaixonado por es-porte: Edna e Luis Carlos Novi. Em1976, Edna assumia a coordenaçãode Judô da Confederação enquan-to Novi, desde 1973, já atuava comodiretor de judô da FUPE e participada organização de eventos e da co-ordenação de delegações.

Durante o período de vigênciado regime militar, por questões po-líticas e no intuito de aproximar-sedos estudantes, o governo federalapoiava federações e a CBDU comverbas para realização de eventosdentro do país e participação emtorneios internacionais. “Chegamosa ter aviões da Vasp para levar as de-legações para competições”, re-corda Luis Carlos Novi.

Com a queda do regime, já noinício dos anos 80, diminui tambémo suporte do governo às entidadesligadas ao desporto universitário.“Foram momentos críticos já queera difícil captar recursos. Nestaépoca, nós que gostávamos do es-porte precisamos literalmente pa-trocinar a CBDU e bancar comrecursos próprios inscrições e via-gens para os torneios”.

Foi neste período, graças à ba-tuta e à dedicação de Novi, que ojudô brasileiro manteve a CBDU eteve como retorno a medalha olím-pica de Aurélio Miguel, em 1988,nos Jogos de Seul. A preparaçãohavia começado quatro anos antesquando Aurélio sagrou-se campeãomundial universitário em Estrasbur-go, na França.

“Nesta época havia desavençasentre a diretoria da CBJ e um grupode atletas como o Aurélio Miguel eo Rogério Sampaio. A CBDU foi aválvula de escape para que estes ju-docas conseguissem disputar tor-

neios internacionais de alto nível. Ecreio que foi esta não interrupçãodos treinos que nos permitiu che-gar às medalhas olímpicas do Mi-guel e do Rogério. E tenho muitoorgulho de ter feito parte da carreiradestes atletas”, explica Novi, técnicodos judocas no clube Pirelli (SP).

Nos anos 1990, a CBDU enfren-tou nova crise e mais uma vez aatuação de Novi como diretor dejudô da entidade foi fundamentalaté a retomada dos Jogos Universi-tários Brasileiros (JUB’s), em 1994.Neste período, o dirigente tambémparticipou ativamente da constru-ção da atual sede da CBDU. “Orga-nizávamos bingos para arrecadarverbas e promover eventos, mantera estrutura e até realizar a sede so-cial da confederação”, aponta.

Entre 2002 e 2003, a CBDU pas-sava por sua pior crise e Novi man-teve-se participativo, apoiando aeleição da atual diretoria, presididapor Luciano Cabral. Esteve tambémà frente das primeiras reuniões quemarcaram a reaproximação entreCBDU e o Comitê Olímpico Brasi-leiro e o Ministério do Esporte.

“Foi muito gratificante ver a ale-gria do Novi na Universíadesde de2005, na Turquia. Ele falava: ‘Quebacana! Tudo bonito: atletas unifor-

mizados, material de competição,médicos, passagens compradas esem problemas. Que lindo!’. Estaspalavras mostram a simplicidade doNovi e que seu único objetivo é ser-vir o esporte e os atletas brasileiros“,destaca Luciano Cabral.

Atuante como dirigente e ven-cedor como técnico, Luis Carlos No-vi, hoje com 65 anos, também foideterminado na carreira como atle-ta de judô, colecionando títulos edefendendo o Brasil em torneios in-ternacionais. Também se destacouna carreira pública como professorde educação física.

As primeiras medalhas de cam-peão paulista vieram aos 19 anos eo último título, pela categoria mas-ter, foi conquistado aos 52 anos.Quantos troféus Novi colecionouneste período? A resposta é sim-ples. “Não dá pra enumerar. Foram25 anos como atleta. Isto é umavida, uma vida!”.

Em 2008, Luis Carlos Novi rece-beu o título de Membro Benemé-rito da CBDU. “É sempre bacana oreconhecimento depois de anos dededicação e de trabalho, com-pensa todos os esforços”.

Dedicação e reconhecimentotanto pelo trabalho de Novi como

diretor da FUPE e da CBDU quantocomo idealizar da Odupa e criadorda Cosud, entidades sul-americanae pan-americana de gestão do des-porto universitário.

Mesmo de longe, Novi acompa-nha e procura notícias dos projetose caminhos da CBDU. Diante da in-tenção do Brasil em candidatar-se àsede da Universíade, ele não temdúvidas. “A atual gestão da CBDUpensa o esporte de forma profissio-nal. Pela estrutura técnica e pelomaterial humano que a CBDU pos-sui podemos realizar qualquerevento de forma eficiente e assu-mir o compromisso de sediar nova-mente a Universíade. Será ótimo”.

As palavras de Luciano Cabral re-sumem a importância de Luis Car-los Novi para o esporte universitárioe para o judô brasileiro. ‘’O Novi éuma pessoa extraordinária, respei-tado em todos os locais por ondepassa. Tenho orgulho e prazer deconviver e desfrutar de sua amiza-de. Muito que fizemos na CBDU égraças aos ensinamentos do Novi eda Edna. Esta diretoria teve sorte deter um professor e um mentor apai-xonado pelo esporte universitário eapaixonado pela CBDU. O esporteuniversitário tem uma dívida impa-gável com ele e toda sua família”,conclui Cabral.

Luis Carlos Novi, membro benemérito da diretoria da CBDU, e Luciano Cabral, atual presidente da entidade

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