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PSICOLOGIA B - 12º ano
Tema 2: EU
Aprendizagem: Condicionamento clássico e operante
Aprendizagem social
Rua Professor Veiga Simão | 3700 - 355 Fajões | Telefone: 256 850 450 | Fax: 256 850 452 | www.agrupamento-fajoes.pt | E-mail: [email protected]
A professora: Antónia Couto
Ano letivo: 2011-2012
Pavlov
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Foi o fisiologista russo Ivan Pavlov
quem, em 1904, ao estudar o papel da
saliva na digestão, verificou que os
cães salivavam ao cheiro ou à vista
da comida. Esta observação ocasional
levou Pavlov ao estudo sistemático do
condicionamento.
CONDICIONAMENTO CLÁSSICO
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.Processo de
aprendizagem que se
baseia na associação de
um estímulo condicionado
e um estímulo natural, de
modo a que o indivíduo
reaja ao estímulo
condicionado do mesmo
modo que reage ao
estímulo natural.
Experiência
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. Apresentou a um cão um pedaço de carne, o que fez com
que as glândulas salivares entrassem em atividade.
.Repetiu várias vezes a experiência, mas complicando-a,
fazendo com que, à apresentação da carne, o cão ouvisse
o som de uma campainha.
. Como resposta a esta nova situação, o cão continuou a
salivar.
. Por último, tocou apenas a campainha, e o cão, que
associara os estímulos "carne" e "som", respondeu
salivando.
. Pavlov constatou que o cão reagiu ao estímulo "som" com
uma resposta que seria adequada ao estímulo "carne",
mas inadequada ao estímulo "som".
Esquema
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E 1
E 1
E 2 R 1
R 1
Condicionamento operante - Skinner
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Este tipo de aprendizagem foi sistematizado pelo
psicólogo americano B. F. Skinner (1904-1990), que
criou uma caixa especial, conhecida, em sua
homenagem, como "caixa de
Skinner". A caixa contém uma alavanca que permite o
fornecimento automático de alimento (reforço) ao
animal, de acordo com um plano estabelecido pelo
experimentador. Contém ainda um mecanismo que
regista as respostas do animal, o que faz dispensar a
observação contínua do experimentador. Este
dispositivo regista cumulativamente as respostas
dadas pelo animal durante a experiência.
Condicionamento operante
Processo de aprendizagem
dinamizado pela obtenção do
reforço e que é baseado na sua
associação à resposta operante.
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Experiência
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Um rato faminto é colocado na caixa, o qual começa a explorar o ambiente,
cheirando as
paredes, tateando e arranhando, Locomovendo-se ao acaso, parando, erguendo-
se nas patas traseiras, etc. Num destes movimentos exploratórios, aciona
ocasionalmente a alavanca, caindo uma bolinha de alimento, Posteriormente, e
ainda por acaso, o rato volta a premir a
alavanca, o que faz cair outra dose de comida. A determinada altura, o rato
descobre que para obter alimento tem de premir a alavanca, pelo que passa mais
tempo na sua vizinhança, acionando-a insistentemente.
Alavanca Pressão na alavanca
Comida Comer
E1 R1
E2 R2
-----
Resultado
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Quando o rato estabelece a associação entre a
resposta operante (premir a alavanca) e o reforço
(alimento), conclui a aprendizagem, ou seja, fica
condicionado a premir a barra para comer. Como só
pode comer (R2) após ter acionado a alavanca (RI),
o alimento (E2) vai reforçar essa resposta (RI). Isto é,
o animal aprende a pressionar a alavanca em função
do reforço, que é o alimento. Este só é obtido se o
rato der uma resposta adequada, uma vez que, se
não carregar na alavanca, não receberá comida, e
quanto mais vezes carregar, mais comida poderá
obter.
Reforço • Estímulo agradável que, surgindo em consequência
de um comportamento, aumenta a sua ocorrência.
• Ex: Esse algo de agradável é a característica essencial do reforço, e pode consistir na obtenção de algo apetecível como, por exemplo, comida, ou na evitação de algo aversivo como, por exemplo, dor. Daí o reforço poder ser positivo e negativo. Na experiência de Skinner, o rato obtinha comida quando acionava a alavanca, Neste caso, o rato aprendeu por reforço positivo, dado que lhe era apresentado um estímulo apetecível - o alimento.
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Reforço: positivo
• Apresentação de qualquer estímulo apetecível e que aumenta a frequência do comportamento.
• Por ex: numa noutra experiência de Skinner, o chão da gaiola provocava choques elétricos ao rato, que cessavam sempre que o rato acionava a alavanca, o que rapidamente fez aumentar a frequência deste comportamento. Neste caso, o rato aprendeu por reforço negativo, dado que lhe era retirado um estímulo aversivo - o choque elétrico.
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Reforço: negativo
• Retirada de qualquer estímulo aversivo e que aumenta a frequência do comportamento.
• Por ex: as pessoas tendem a repetir comportamentos que lhes permitem ganhar dinheiro. Ganhar dinheiro constitui um reforço positivo. Do mesmo modo, as pessoas tendem a repetir comportamentos que lhes permitem pôr fim a uma dor. Pôr fim à dor constitui um reforço negativo.
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Castigo ou punição
• As respostas diminuem quando há castigo, ou seja, quando delas resulta algo de mau ou desagradável para o sujeito.
• Qualquer estímulo desagradável que surge em consequência de um comportamento e que diminui a sua ocorrência.
• Por ex: esse algo de mau ou desagradável é a característica essencial do castigo, e pode consistir quer em receber algo aversivo como a dor, quer em ser privado de algo apetecível como o alimento. Quando o rato passou a carregar menos vezes na alavanca porque apanhava um choque elétrico ou não recebia comida, estava a fazer uma aprendizagem por castigo. No primeiro caso, ao deparar com um estímulo incómodo. No segundo, ao ver-se privado de um estímulo agradável.
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Conclusão
• No dia-a-dia, as pessoas tendem a não repetir comportamentos que lhes provoquem dor ou as privem de obter algo que apreciam, Assim, diminuem o consumo de certo alimento se ficam com dor de estômago quando o ingerem ou tendem a não estacionar o carro em cima de uma rampa se este já tiver sido rebocado alguma vez.
• Em suma, ensina-se por castigo quando se apresenta um estímulo aversivo ou se retira um estímulo apetecível, o que, em um ou outro caso, faz diminuir a frequência do comportamento.
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Aprendizagem social • OBSERVAÇÃO E IMITAÇÃO Processo de aprendizagem que
as pessoas fazem através da observação de
comportamentos sociais, os quais são mentalmente
imitados e exteriormente expressos.
• MODELAGEM - Processo de aprendizagem social feito por
observação e imitação de pessoas significativas.
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Aprendizagem vicariante
• A ideia-chave das conceções de Bandura é a
de que as pessoas podem aprender tão bem direta como indiretamente.
• Por ex: assim, um empregado que recebe um prémio pelo seu desempenho profissional está a ser reforçado pelo seu comportamento positivo e tenderá a mante-lo no futuro. Trata-se de uma aprendizagem direta conseguida por reforço direto.
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Aprendizagem direta
• Aquisições em que as consequências dos atos
recaem sobre o sujeito que os pratica.
• Por ex: os colegas de trabalho tenderão a proceder como o empregado que recebeu o prémio, em virtude de terem observado que o seu bom desempenho foi apreciado. Trata-se de uma aprendizagem vicariante conseguida por reforço indireto ou vicariante.
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APRENDIZAGEM VICARIANTE • Aquisições em que os modos de proceder são
sugeridos pela observação das consequências que recaem nos outros.
• Aprender com o que acontece aos outros é uma via de aprendizagem de comportamentos, atitudes e sentimentos sociais. Assim, aprendemos a conduzir moderadamente, observando as consequências nefastas que recaem em pessoas que procedem de outra maneira. O medo de cobras, de assassinos, de animais selvagens, do mar bravo ou de fantasmas desenvolve-se muitas vezes nas pessoas, não por terem estabelecido um confronto direto, mas por contactarem com observações de outras pessoas a respeito desses seres e dos perigos reais ou imaginários que representam.
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