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CONCEPÇÃO DA METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO DA FORMAÇÃO DO PROGRAMA QI-PME NORTE FORMAÇÃO- ACÇÃO E FORMAÇÃO PARA EMPRESÁRIOS RELATÓRIO FINAL OUTUBRO DE 2011 P PR RO OJ JE EC CT TO O P PR RO OM MO OV VI I D DO O P PO OR R C CO O- - F FI I N NA AN NC CI I A AD DO O P PO OR R GOVERNO DA REPÚBLICA PORTUGUESA

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  • CCOONNCCEEPPOO DDAA MMEETTOODDOOLLOOGGIIAA DDEE AAVVAALLIIAAOO DDAA

    FFOORRMMAAOO DDOO PPRROOGGRRAAMMAA QQII--PPMMEE NNOORRTTEE FFOORRMMAAOO--AACCOO EE FFOORRMMAAOO PPAARRAA EEMMPPRREESSRRIIOOSS

    RREELLAATTRRIIOO FFIINNAALL

    OOUUTTUUBBRROO DDEE 22001111

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    ndice

    Introduo .................................................................................................................................. 8

    1. Breve descrio do objecto de avaliao .......................................................................... 10

    2. Objectivos, questes-chave de avaliao e metodologia ................................................. 17

    3. Resultados da avaliao do Programa QI-PME Norte Formao-Aco ........................ 27

    3.1. Operacionalizao e execuo do Programa .................................................................... 28

    3.2. Nveis de satisfao globais e desagregados .................................................................... 53

    3.3. Aprendizagens efectuadas ................................................................................................ 65

    3.4. Transferncia das aprendizagens para as situaes de trabalho ..................................... 76

    3.5. Percepo do impacte nas micro e PME .......................................................................... 80

    3.6. Factores explicativos dos resultados e sugestes de melhoria do Programa .................. 83

    4. Resultados da avaliao do Programa QI-PME Norte Formao para Empresrios ..... 92

    4.1. Operacionalizao e execuo do Programa .................................................................... 92

    4.2. Nveis de satisfao globais e desagregados .................................................................... 98

    4.3. Aprendizagens efectuadas .............................................................................................. 100

    4.4. Transferncia das aprendizagens para as situaes de trabalho ................................... 102

    4.5. Percepo do impacte nas micro e PME ........................................................................ 103

    5. Anlise de Casos ............................................................................................................. 106

    6. Concluses e recomendaes......................................................................................... 133

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    ndice de quadros

    Quadro 1 Estrutura sntese do Programa QI-PME Norte Formao-Aco e Formao para

    Empresrios ................................................................................................................................. 15

    Quadro 2 - Elementos-chave da avaliao do Programa QI-PME Norte Formao-Aco e

    Formao para Empresrios ....................................................................................................... 18

    Quadro 3 Listagem de EB na Edio 1 e na Edio 2 do Programa QI-PME Formao-Aco

    segundo o seu perfil .................................................................................................................... 28

    Quadro 4 Listagem de EB na Edio 1 e na Edio 2 do Programa QI-PME Formao-Aco

    segundo o concelho de localizao da sede e a rea de abrangncia ........................................ 30

    Quadro 5 N. de Empresas seleccionadas, intervencionadas e desistentes na Edio 1 e na

    Edio 2 do QI-PME Norte Formao-Aco ............................................................................ 36

    Quadro 6 N. de Empresas seleccionadas, intervencionadas e com interveno concluda na

    Edio 1 e na Edio 2 do QI-PME Norte Formao-Aco por EB .......................................... 37

    Quadro 7 Tipologia de sectores de actividade das empresas abrangidas na Edio 1 e na

    Edio 2 do Programa QI-PME Norte Formao-Aco: previsto e concretizados .................. 38

    Quadro 8 N. de empresas destinatrias da Edio 1 do QI-PME Norte Formao-Aco por

    CAE segundo a Entidade Beneficiria .......................................................................................... 39

    Quadro 9 N. de empresas destinatrias da Edio 2 do QI-PME Norte Formao-Aco por

    CAE segundo a Entidade Beneficiria .......................................................................................... 41

    Quadro 10 N. de Empresas intervencionadas e com interveno concluda na Edio 1 e na

    Edio 2 do QI-PME Norte Formao-Aco por dimenso .................................................... 42

    Quadro 11 N. de Empresas com interveno concluda na Edio 1 e na Edio 2 do QI-PME

    Norte Formao-Aco por gnero do empresrio/gestores segundo a Entidade Beneficiria

    ..................................................................................................................................................... 44

    Quadro 12 Cronograma de desenvolvimento da Edio 1 e da Edio 2 do QI-PME Norte

    Formao-Aco, por Entidade Beneficiria ............................................................................... 46

    Quadro 13 Realizao Fsica da Edio 1 do QI-PME Norte Formao-Aco por Entidade

    Beneficiria .................................................................................................................................. 47

    Quadro 14 Realizao Fsica da Edio 2 do QI-PME Norte Formao-Aco por Entidade

    Beneficiria .................................................................................................................................. 51

    Quadro 15 Como avalia o processo de consultoria desenvolvida no mbito da Edio 1 do QI-

    PME Norte Formao-Aco, at ao momento, tendo em conta as necessidades da sua

    empresa? ..................................................................................................................................... 57

    Quadro 16 Como avalia o processo de consultoria desenvolvida no mbito da Edio 2 do QI-

    PME Norte Formao-Aco, at ao momento, tendo em conta as necessidades da sua

    empresa? ..................................................................................................................................... 58

    Quadro 17 - Na sua opinio, qual o nvel de adequabilidade dos seguintes aspectos do

    processo de consultoria desenvolvidos no mbito do QI-PME Norte Formao-Aco?........ 59

    Quadro 18 - Como avalia o processo de formao profissional desenvolvido no mbito da

    Edio 1 do QI-PME Norte Formao-Aco, at ao momento, tendo em conta as

    necessidades da sua empresa? ................................................................................................... 62

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    Quadro 19 - Como avalia o processo de formao profissional desenvolvido no mbito da

    Edio 2 do QI-PME Norte Formao-Aco, at ao momento, tendo em conta as

    necessidades da sua empresa? ................................................................................................... 63

    Quadro 20 - Opinio dos consultores sobre a consolidao de competncias dos empresrios

    devido participao na Edio 1 do QI-PME Norte Formao-Aco ................................... 66

    Quadro 21 - Opinio dos formadores sobre a consolidao de competncias dos empresrios

    devido participao na Edio 1 do QI-PME Norte Formao-Aco ................................... 66

    Quadro 22 - Opinio dos empresrios sobre o contributo da Edio 1 do QI-PME Norte

    Formao-Aco para a consolidao de conhecimentos, capacidade e competncias tcnicas

    em Gesto Estratgica ................................................................................................................ 69

    Quadro 23 - Opinio dos empresrios sobre o contributo da Edio 2 do QI-PME Norte

    Formao-Aco para a consolidao de conhecimentos, capacidade e competncias tcnicas

    em Gesto Estratgica ................................................................................................................ 69

    Quadro 24 - Opinio dos empresrios sobre o contributo da Edio 1 do QI-PME Norte

    Formao-Aco para a consolidao de conhecimentos, capacidade e competncias pessoais

    e inter-pessoais ........................................................................................................................... 70

    Quadro 25 - Opinio dos empresrios sobre o contributo da Edio 2 do QI-PME Norte

    Formao-Aco para a consolidao de conhecimentos, capacidade e competncias pessoais

    e inter-pessoais ........................................................................................................................... 70

    Quadro 26 - Opinio dos empresrios sobre o contributo da Edio 1 do QI-PME Norte

    Formao-Aco para a consolidao de conhecimentos, capacidade e competncias tcnicas

    em Gesto Operacional ............................................................................................................... 71

    Quadro 27 - Opinio dos empresrios sobre o contributo da Edio 2 do QI-PME Norte

    Formao-Aco para a consolidao de conhecimentos, capacidade e competncias tcnicas

    em Gesto Operacional ............................................................................................................... 72

    Quadro 28 - Opinio dos empresrios sobre a consolidao de competncias dos

    colaboradores devido participao na Edio 1 do QI-PME Norte Formao-Aco ........... 74

    Quadro 29 - Opinio dos empresrios sobre a consolidao de competncias dos

    colaboradores devido participao na Edio 2 do QI-PME Norte Formao-Aco ........... 74

    Quadro 30 - Opinio dos consultores sobre a consolidao de competncias dos colaboradores

    devido participao na Edio 1 do QI-PME Norte Formao-Aco ................................... 75

    Quadro 31 - Opinio dos formadores sobre a consolidao de competncias dos colaboradores

    devido participao na Edio 1 do QI-PME Norte Formao-Aco ................................... 75

    Quadro 32 - Opinio dos consultores e dos formadores sobre a frequncia de aplicao das

    competncias adquiridas/consolidadas e dos consultores sobre a frequncia de utilizao dos

    produtos de consultoria desenvolvidos no mbito da Edio 1 do QI-PME Norte Formao-

    Aco ........................................................................................................................................... 76

    Quadro 33 - Opinio dos empresrios sobre a frequncia de aplicao das competncias

    adquiridas/consolidadas no mbito da Edio 1 do QI-PME Norte Formao-Aco ............. 77

    Quadro 34 - Opinio dos empresrios sobre a frequncia de aplicao das competncias

    adquiridas/consolidadas no mbito da Edio 2 do QI-PME Norte Formao-Aco ............. 77

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    Quadro 35 - Opinio dos consultores e dos formadores sobre a principal razo para as

    competncias adquiridas pelos empresrios da Edio 1 do QI-PME Norte Formao-Aco

    no terem sido sempre aplicadas ............................................................................................... 78

    Quadro 36 - Opinio dos consultores sobre a principal razo para os produtos de consultoria

    no terem sido sempre utilizados pelos empresrios da Edio 1 do QI-PME Norte Formao-

    Aco ........................................................................................................................................... 78

    Quadro 37 - Opinio dos consultores e dos formadores sobre a principal razo para as

    competncias adquiridas na Formao-Aco pelos colaboradores no terem sido sempre

    aplicadas ...................................................................................................................................... 79

    Quadro 38 - Opinio dos empresrios e dos consultores sobre o contributo do QI-PME Norte

    Formao-Aco para a inovao / mudana da empresa ......................................................... 81

    Quadro 39 - Opinio dos empresrios, dos consultores e dos formadores sobre o contributo do

    QI-PME Norte Formao-Aco para a produo de efeitos organizacionais de mdio / longo

    prazo ............................................................................................................................................ 81

    Quadro 40 - Opinio dos empresrios, consultores e formadores sobre o tipo de influncia do

    QI-PME Norte Formao-Aco na competitividade das empresas ........................................ 82

    Quadro 41 Opinio dos empresrios, consultores e formadores sobre os factores que mais

    influenciaram positiva e negativamente o sucesso do QI-PME Norte Formao-Aco

    (sucesso = produo dos efeitos pretendidos de acordo com o PA) .......................................... 88

    Quadro 42 Listagem de EB do QI-PME Norte ........................................................................... 92

    Quadro 43 N. de empresrios aprovados, desistentes e que concluram o QI-PME Norte

    Formao para Empresrios ....................................................................................................... 94

    Quadro 44 N. de empresrios abrangidos pelo QI-PME Norte Formao para Empresrios

    segundo o sector de actividade .................................................................................................. 95

    Quadro 45 N. de empresrios abrangidos pelo QI-PME Norte Formao para Empresrios

    por dimenso .............................................................................................................................. 96

    Quadro 46 N. de empresrios do QI-PME Norte Formao para Empresrios por gnero

    segundo a Entidade Beneficiria ................................................................................................. 96

    Quadro 47 Como avalia o processo de formao desenvolvido no mbito da Formao para

    Empresrios, tendo em conta as competncias que necessitava de reforar e desenvolver? .. 99

    Quadro 48 Como avalia o processo de aconselhamento desenvolvido no mbito da Formao

    para Empresrios, tendo em conta as competncias que necessitava de reforar e

    desenvolver? ............................................................................................................................. 100

    Quadro 49 Em que medida que a Formao para Empresrios contribuiu para consolidar os

    seus conhecimentos, capacidades e competncias tcnicas que necessitava mobilizar para

    gerir a sua empresa? ................................................................................................................. 102

    Quadro 50 No desenvolvimento da funo de gesto/direco da empresa, diga com que

    frequncia que os conhecimentos adquiridos no mbito Formao para Empresrios so

    aplicados? .................................................................................................................................. 103

    Quadro 51 Na sua opinio, qual o contributo da Formao para Empresrios para a inovao

    / mudana da empresa nos seguintes domnios? ..................................................................... 103

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    Quadro 52 Na sua opinio, qual o contributo da Formao para Empresrios para os

    seguintes domnios? .................................................................................................................. 104

    ndice de grficos e figuras

    Grfico 1 - Nvel de satisfao do empresrio com o QI-PME Norte Formao-Aco tendo

    em conta as necessidades da empresa - Opinio dos empresrios ............................................ 53

    Grfico 2 - Nvel de adequabilidade das metodologias de consultoria do QI-PME Norte

    Formao-Aco para alcanar os objectivos pretendidos - Opinio dos Consultores .............. 54

    Grfico 3 - Nvel de adequabilidade da interveno programada em matria de formao

    profissional no QI-PME Norte Formao-Aco para alcanar os objectivos pretendidos -

    Opinio dos formadores.............................................................................................................. 60

    Figura 1 Domnios expectveis de produo de efeitos do Programa QI-PME Norte

    Formao-Aco e Formao para Empresrios ......................................................................... 17

    Figura 2 - Matriz de seleco de Entidades Destinatrias........................................................... 24

    Figura 3 rea de Abrangncia e localizao das empresas da Edio 1 do QI-PME Norte

    Formao-Aco .......................................................................................................................... 31

    Figura 4 rea de Abrangncia e localizao das empresas da Edio 2 do QI-PME Norte

    Formao-Aco .......................................................................................................................... 32

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    INTRODUO

    O presente documento constitui o Relatrio Final do Estudo de Avaliao da Formao do

    Programa QI-PME Norte Formao-Aco e Formao para Empresrios elaborado pelo

    consrcio constitudo pela QUATERNAIRE Portugal, Consultoria para o Desenvolvimento SA e

    pelo IESE Instituto de Estudos Sociais e Econmicos.

    O objecto do trabalho, adjudicado pela AIMinho Associao empresarial ao referido

    consrcio, em Novembro de 2008, focalizava-se na avaliao da Edio 1 e da Edio 2 do

    Programa QI-PME Norte Qualidade e Inovao, ou seja, do programa de formao-aco

    para micro e PME no mbito da Tipologia de Interveno 3.1.1 do Eixo 3 do POPH gerido pela

    AIMinho. O convite para apresentao de proposta de servios de Avaliao da Iniciativa

    Formao para Empresrios, realizado em Outubro de 2010, conduziu apresentao por

    parte do consrcio de uma proposta de servios e, consequentemente, a uma adenda ao

    contrato celebrado que estendeu o objecto do estudo, passando este a integrar para alm da

    tipologia de formao j mencionada, a Formao para Empresrios.

    O presente relatrio assenta na explorao do manancial de informao primria e secundria

    recolhida ao longo de quase trs anos de trabalho. Trata-se de informao de diversa ordem

    obtida atravs de processos de inquirio que permitiram recensear as percepes dos

    destinatrios finais e dos actores intervenientes (formadores e consultores), cruzados com as

    entrevistas individuais equipa de gesto do Programa QI-PME Norte, bem como com os

    painis de discusso realizados com as Entidades Beneficirias (EB) e os Estudos de Caso,

    permitiram sistematizar um conjunto de informao que se juntou aos dados estatsticos e

    documentais disponibilizados pela AIMinho e pelas prprias EB.

    Na verdade, todos os exerccios de auscultao dos actores visaram verificar em que medida

    os objectivos pr-estabelecidos estavam a ser cumpridos e os efeitos esperados a ser

    alcanados tal como estipulava o caderno de encargos do presente trabalho. Assim sendo, o

    foco da avaliao situa-se, claramente, na apreciao das realizaes e dos resultados das

    intervenes. Alguns elementos de anlise referentes ao modelo e qualidade da interveno

    e a outras dimenses externas interveno foram considerados na anlise pela equipa de

    avaliao com o objectivo de encontrar as variveis explicativas das realizaes e resultados

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    alcanados e no de realizar um exerccio exaustivo de anlise dessas dimenses, como se

    poder constatar no Captulo 2.

    Os dois captulos seguintes do relatrio centralizam a apresentao dos resultados da

    avaliao do QI-PME Norte Formao-Aco (Captulo 3) e do QI-PME Norte Formao para

    Empresrios (Capitulo 4) e decorrem do tratamento e anlise da informao primria e

    secundria recolhida de modo a dar resposta s questes-chave do presente exerccio de

    avaliao. Este captulo tem um primeiro ponto focalizado na caracterizao dos principais

    intervenientes na implementao do QI-PME Norte e dos grandes nmeros de execuo.

    Seguem-se-lhe quatro pontos referentes aos domnios de efeitos que nos propusemos a

    analisar: avaliao da reaco dos participantes (satisfao), avaliao das aprendizagens

    efectuadas, avaliao da transferncia das aprendizagens para as situaes de trabalho e, por

    fim, a avaliao do impacte nas micro e PME.

    No Capitulo 5 so apresentados os casos de algumas empresas e empresrios que

    beneficiaram da interveno no mbito do QI-PME Norte Formao-Aco e da Formao para

    Empresrios.

    O relatrio encerra com os captulos das concluses e recomendaes (Captulo 6).

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    1. BREVE DESCRIO DO OBJECTO DE AVALIAO

    A ateno conferida s micro e PME assumiu um especial relevo no quadro de orientaes da

    Poltica de Coeso da Unio Europeia para o perodo 2007-2013, revelando que uma grande

    parte dos fundos atribudos a esta poltica seria investida nas prioridades da estratgia de

    Lisboa, a saber: a economia do conhecimento, a investigao, o desenvolvimento e a inovao,

    o capital humano e o desenvolvimento das empresas.

    Tendo em conta o caso particular de Portugal, esta nfase torna-se mais evidente face ao

    conjunto de situaes que caracterizam a situao portuguesa no mbito do QREN,

    particularmente na componente de desafios para a Coeso e Competitividade, onde se

    evidenciam dois elementos estruturais:

    (i) a generalidade da actividade empreendedora em Portugal caracteriza-se por uma densidade

    de microempresas e de PME acima da mdia dos pases desenvolvidos, criadas sobretudo em

    sectores de servios de baixo valor acrescentado e que, por norma, registam baixas taxas de

    sobrevivncia e nveis de crescimento reduzidos;

    (ii) a maioria do sistema empresarial existente no atingiu ainda um estgio que exponha

    capacidade suficiente para abordar os mercados internacionais com base em factores de

    competitividade dinmicos e sofisticados, apresentando nveis de qualidade inovadora da

    generalidade das empresas (existentes e criadas) inferior verificada na maioria dos pases

    europeus.

    Em consequncia, os potenciais efeitos induzidos da inovao sobre o crescimento econmico

    e a competitividade so tambm menores, menos sustentveis e ocorrem mais lentamente.

    A este contexto acresceu a actual conjuntura econmica nacional desfavorvel consolidao

    das condies de valorizao das micro e PME e da melhoria da sua competitividade nacional

    (e internacional), pelo que a utilizao eficiente dos instrumentos de financiamento de

    intervenes disponveis assume uma maior relevncia.

    Encontra-se em curso um conjunto de intervenes estruturais destinadas ao desenvolvimento

    das micro e PME, inscritas na filosofia estratgica do QREN em particular em trs agendas: a

    Agenda Operacional para o Potencial Humano (POPH), que congrega o conjunto das

    intervenes visando a promoo das qualificaes escolares e profissionais dos portugueses

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    onde, se incluem os empresrios a Agenda Operacional para os Factores de Competitividade

    e os Programas Operacionais Regionais, que abrange as intervenes que visam estimular a

    qualificao do tecido produtivo, por via da inovao, do desenvolvimento tecnolgico e do

    estmulo do empreendedorismo, bem como da melhoria das diversas componentes da

    envolvente da actividade empresarial.

    No quadro destas agendas, a Agenda Operacional para o Potencial Humano, veio dar resposta

    s necessidades e objectivos estratgicos traados nomeadamente no Acordo para a Reforma

    da Formao Profissional, celebrado em Maro de 2007, onde se definiu como um dos

    objectivos estratgicos a elevao dos nveis de qualificao da populao portuguesa

    incluindo a elevao da formao dos empresrios, atravs da promoo de uma oferta

    formativa mais ajustada s suas necessidades. O documento refere, efectivamente, a

    valorizao da modalidade de consultoria / formao enquanto instrumento privilegiado de

    formao em micro e PME.

    De facto, no passado, a utilizao de metodologias integradas de formao-aco em

    contextos empresariais, bem como as de formao-consultoria, tm mostrado evidncias de

    eficcia na produo de resultados.

    Por simplificao dos conceitos, poderemos dizer que primeiras metodologias (formao-

    aco) encontram-se mais prximas de sistema formativos puros em que os momentos de

    aco so preconizados pelo empresrio como principal actor produtor das mudanas

    efectivas a partir da aplicao das competncias adquiridas nos momentos de formao

    terica ou prtica, enquanto as segundas (formao-consultoria), esto mais prximas da

    elaborao de solues / produtos para o contexto especfico de cada organizao, a cargo de

    um consultor que assume, neste caso, um maior protagonismo como produtor da mudana na

    organizao.

    Apesar da designao da Tipologia de Interveno 3.1.1 do Eixo 3 do POPH - Programa de

    Formao-aco para PME o artigo 4. do regulamento especfico, referente s Aco

    elegveis, contempla a integrao destas duas vertentes: formao e consultoria.

    A referida Tipologia de Interveno assume como objectivos:

    a melhoria dos processos de gesto das micro, pequenas e mdias empresas e o reforo das

    competncias dos seus dirigentes, quadros e trabalhadores, com prioridade acrescida para a

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    formao dirigida aos que no tenham uma qualificao de nvel secundrio, podendo as

    competncias adquiridas no mbito da Formao-Aco ser objecto de processos de RVCC;

    a promoo de formao orientada para o apoio ao desenvolvimento organizacional, para a

    adopo de modelos de organizao da formao favorveis ao envolvimento na formao dos

    activos empregados nas micro, pequenas e mdias empresas com baixas qualificaes e para

    processos que conduzam reduo das disparidades entre homens e mulheres em meio

    laboral, em particular atravs da sua articulao com CNO;

    a promoo do desenvolvimento das micro, pequenas e mdias empresas, atravs do

    desenvolvimento de aces que promovam a optimizao de metodologias e processos de

    modernizao e inovao ao nvel da gesto, podendo envolver as vrias reas funcionais da

    organizao, nomeadamente a produo, o marketing e os recursos humanos.

    A metodologia do Programa QI-PME Norte Qualidade e Inovao, na sua vertente Formao-

    Aco, combina as sesses de formao temticas destinadas aos empresrios (Gesto

    Estratgica, Gesto da Inovao, Gesto Comercial e Marketing e Gesto de Recursos

    Humanos) e as aces de formao, inter e intra, para os activos das empresas

    intervencionadas, com os momentos individualizados de interveno /aco na empresa1,

    realizados no mbito da componente de consultoria. Explicitando, o modelo assenta nos

    seguintes aspectos:

    A metodologia do Programa QI-PME Norte Formao-Aco, encontra-se estruturada em

    trs fases, antecedidas, no entanto, de um momento de arranque que compreende uma

    Sesso de Imerso, com o objectivo de garantir a motivao para o Programa, criar esprito de

    equipa e clarificar a organizao e planeamento da interveno, destinado aos representantes

    de cada empresa.

    A Fase I destinada ao desenvolvimento do diagnstico organizacional, contemplando duas

    vertentes: Formativa e Consultoria. A vertente formativa consiste na realizao de um

    Seminrio de Diagnstico Organizacional, em regime residencial, destinado aos representantes

    de cada empresa, com o objectivo de garantir a apropriao dos instrumentos de

    Benchmarking, Balano de Competncias Organizacional e agilizar uma dinmica de

    articulao com os Centros Novas Oportunidades (CNO). A vertente de consultoria visa

    promover a utilizao das ferramentas metodolgicas acima mencionadas - Benchmarking e

    1 O QI-pme Norte dirige-se, prioritariamente, para empresas integradas em sectores de bens e servios transaccionveis,

    preferencialmente: geradores de maior valor acrescentado, com capacidade de competir no mercado internacional ou

    correspondendo a formas inovadoras de servios de elevada procura interna e integrados nas fileiras existentes ou nos cachos

    de actividades e clusters motores identificados nas polticas regionais e anlises prospectivas para o Norte de Portugal.

  • 13

    AVALIAO DA FORMAO DO PROGRAMA QI-PME NORTE FORMAO-ACO E FORMAO PARA EMPRESRIOS

    PPRROOJJEECCTTOO PPRROOMMOOVVIIDDOO PPOORR CCOO--FFIINNAANNCCIIAADDOO PPOORR

    GOVERNO DA REPBLICA PORTUGUESA

    Balano de Competncias Organizacional com o objectivo de aferir a posio relativa de cada

    empresa face concorrncia bem como diagnosticar as competncias colectivas dos seus

    recursos humanos.

    Com base nos resultados obtidos elaborado o Plano de Aco (PA) ajustado s necessidades

    detectadas em cada empresa, onde so definidos os objectivos e as aces de consultoria e de

    formao para os colaboradores a implementar durante o perodo da interveno bem como

    um primeiro esboo das que apenas o devero ser no curto/mdio prazo que se segue

    concluso da interveno.

    A Fase II destinada implementao do PA, igualmente constituda por aces de formao

    em articulao com aces de consultoria. Na vertente de consultoria so implementadas as

    medidas definidas no Plano de Aco, visando-se o objectivo de consolidao das

    competncias necessrias utilizao dos produtos de consultoria desenvolvidos, de modo a

    permitir a autonomia da empresa na sua utilizao. A formao dos colaboradores dever ser

    ajustada s necessidades previamente diagnosticadas, podendo ser Formao Modular

    Certificada ou formao medida (que assume a designao de formao para a inovao e

    gesto no mbito da estrutura do POPH) e a sua realizao poder ser em formato intra ou

    inter-empresarial. Paralelamente, e em estreita articulao com os momentos de interveno

    nas empresas, est definido pelo Programa a realizao de Seminrios dirigidos a empresrios

    (inter-empresa), com o objectivo de desenvolvimento de conhecimentos e competncias

    relativos importncia dos instrumentos de gesto e o incremento da viso estratgica dos

    participantes, repartidos pelas seguintes reas: Gesto Estratgica, Gesto da Inovao,

    Gesto Comercial e Marketing e Gesto de Recursos Humanos.

    Por ltimo, na Fase III efectuada a avaliao da interveno em cada empresa, sendo

    necessrio diagnosticar o novo posicionamento da empresa e estabelecer comparaes

    relativamente sua situao inicial. Esta fase, na 1. edio do Programa era preconizada pela

    repetio do exerccio de Benchmarking, tentando medir o passo concreto que foi dado na

    empresa, aps implementao das aces, pelas mesmas metodologias propostas

    inicialmente. Na 2. edio do Programa aferindo-se que o Benchmarking Final no

    apresentava uma mais-valia para as entidades destinatrias, pois no era possvel trabalhar

    com dados actualizados das mesmas (dada a proximidade na realizao dos exerccios de

    Benchmarking inicial e final), foi substitudo por uma avaliao global da interveno, com os

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    AVALIAO DA FORMAO DO PROGRAMA QI-PME NORTE FORMAO-ACO E FORMAO PARA EMPRESRIOS

    PPRROOJJEECCTTOO PPRROOMMOOVVIIDDOO PPOORR CCOO--FFIINNAANNCCIIAADDOO PPOORR

    GOVERNO DA REPBLICA PORTUGUESA

    mesmos objectivos inicialmente definidos, ou seja, verificar mudanas na estrutura, na cultura,

    nas qualificaes, na gesto e no posicionamento da empresa.

    Ao avaliar o novo posicionamento da empresa possvel reavaliar o Plano de Aco traado

    inicialmente e deixar na posse do empresrio um novo Plano de Aco que lhe permita dar

    continuidade ao processo de desenvolvimento e de modernizao da sua empresa, numa fase

    ps-projecto.

    De acordo com o Manual de Procedimentos das Entidades Beneficirias, os objectivos do

    Programa assumem contornos muito prximos dos estipulados no Regulamento Especifico da

    TI:

    melhoria dos processos de gesto das micro, pequenas e mdias empresas e reforo das

    competncias dos seus quadros e trabalhadores;

    promoo da formao orientada para o apoio ao desenvolvimento organizacional;

    promoo do desenvolvimento das micro, pequenas e mdias empresas, atravs do

    desenvolvimento de aces que promovam a optimizao de metodologias e processos de

    modernizao e inovao ao nvel da gesto.

    Em sntese, trata-se de uma interveno que se pretende focada na mudana organizacional a

    partir da aquisio de novas e/ou consolidao das competncias do empresrio / gestor e dos

    seus colaboradores, bem como do desenvolvimento de solues / produtos que a sustentem.

    Em Maio do corrente ano, um despacho (8776/2010, de 24 de Maio) da Sra. Ministra do

    Trabalho e da Solidariedade, veio introduzir ajustamentos na regulamentao da Tipologia de

    Interveno 3.1.1 do Eixo 3 do POPH destinados a acolher uma das mais recentes medidas de

    combate crise econmica e de valorizao do capital humano e empresarial do Pas

    introduzindo a medida Formao para Empresrios, regulada na Portaria 183/2010, de 29 de

    Maro, que tem como objectivo:

    Reforar e desenvolver as competncias dos empresrios de micro e pequenas e mdias

    empresas (PME), atravs da realizao de formao e de aconselhamento que respondam s

    suas necessidades, visando a melhoria da sua capacidade de gesto e o aumento da

    competitividade, modernizao e capacidade de inovao das respectivas empresas.

    A nova regulamentao abriu a possibilidade dos OI contemplarem a Iniciativa Formao Para

    Empresrios, no mbito da Delegao de Competncias, caso que sucedeu com a AIMinho.

    Deste modo, a AIMinho alargou o mbito do programa QI-pme Norte, passando este a integrar

    para alm da vertente de Formao-Aco a vertente de Formao para Empresrios.

  • 15

    AVALIAO DA FORMAO DO PROGRAMA QI-PME NORTE FORMAO-ACO E FORMAO PARA EMPRESRIOS

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    O enfoque da Formao para Empresrios nos empresrios (de micro e pequenas e mdias

    empresas at 100 trabalhadores), sendo estes os nicos destinatrios da interveno, pelo que

    os efeitos directos esperados da interveno se situam, em primeira instncia, ao nvel dos no

    empresrio, sem prejuzo de indirectamente estes se virem a reflectir na empresa. J o QI-PME

    Norte Formao-Aco, possui como destinatrios, os empresrios, os colaboradores e as

    prprias empresas, o que coloca o enfoque da interveno na empresa, pelos que os efeitos

    directos esperados incluem resultados a estes trs nveis.

    Na tabela seguinte procura-se sistematizar as principais caractersticas do Programa QI-pme

    Norte Formao-Aco e do Programa QI-pme Norte Formao para Empresrios.

    Quadro 1 Estrutura sntese do Programa QI-PME Norte Formao-Aco e Formao para Empresrios

    Programa QI-PME Norte - Formao-Aco

    Programa QI-PME Norte - Formao para Empresrios

    Metodologia Formao-aco, com vertente de consultoria organizacional

    Formao-aco, com vertente de aconselhamento individual

    Destinatrios Formao: empresrios e colaboradores. Consultoria: empresas

    Formao: empresrios Aconselhamento: empresrios

    Efeitos directos / resultados esperados (curto prazo)

    Melhoria das competncias de gesto dos empresrios Melhoria de competncias dos colaboradores Introduo de solues / produtos inovadores e modernizadores capazes de gerar maior eficincia nas empresas

    Melhoria das competncias de gesto dos empresrios

    Efeitos directos / impactos esperados (mdio prazo)

    Aumento da competitividade das empresas

    Aumento da capacidade de introduzir solues organizativas e produtos inovadores capazes de promover a eficincia e competitividade das empresas

    Efeitos indirectos - Aumento da competitividade das empresas

    Temas da formao de empresrios

    Gesto estratgica Gesto da inovao Gesto comercial e marketing Gesto de recursos humanos

    Liderana e organizao do trabalho Estratgia Instrumentos de apoio gesto

    Modalidade de formao de empresrios

    Formao especfica

    Nvel base Formao especfica FMC

    Nvel avanado

    Crditos da formao de empresrios

    Formao especfica: sem creditao

    Nvel base: Formao especfica: sem creditao FMC: creditao da unidade

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    AVALIAO DA FORMAO DO PROGRAMA QI-PME NORTE FORMAO-ACO E FORMAO PARA EMPRESRIOS

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    modular Nvel avanado: creditao de 6 crditos ECTS

    Modalidade de formao de colaboradores

    Formao especfica Formao modular certificada

    No se aplica

    Crditos da formao de colaboradores

    Formao especfica: sem creditao FMC: creditao da unidade modular

    No se aplica

    Durao (meses) No disponvel. 8 meses

    Durao (horas) Formao do empresrio: 48 horas (+ 20 horas para seminrio de imerso, diagnstico e encerramento) Formao de colaboradores: 50 horas Consultoria: 170 horas Total: 288 horas

    Formao do empresrio: 75 horas Aconselhamento do empresrio: 50 horas Total: 125 horas

    Produtos da interveno (documentos)

    Diagnstico Organizacional Plano de Aco Avaliao final de interveno

    Plano Estratgico de Desenvolvimento

    Actores Entidades beneficirias Entidades consultoras externas Consultores individuais externos Consultores individuais internos Entidades formadoras externas Formadores individuais externos Formadores individuais internos

    Entidades beneficirias Entidades consultoras externas Consultores individuais externos Consultores individuais internos Entidades formadoras externas Formadores individuais externos Formadores individuais internos Estabelecimentos do ensino superior

    Comparticipao financeira dos destinatrios finais

    Sem comparticipao Nvel base: pagamento de 250 reembolsveis Nvel avanado: pagamento de 250 no reembolsveis

    Fonte: Quaternaire Portugal / IESE a partir: Manual de procedimentos das entidades beneficirias; Portaria

    183/2010 de 29 de Maro, Iniciativa Formao para Empresrios do QI-pme Norte.

  • AVALIAO DA FORMAO DO PROGRAMA

    PPRROOJJEECCTTOO PPRROOMMOOVVIIDDOO PPOORR

    2. OBJECTIVOS, QUESTES

    O contrato celebrado entre a AIMinho e o consrcio Quaternaire Portugal / IESE para

    realizao do presente estudo de avaliao, estabeleceu como objectivo fundamental:

    A produo de informao que possibilite aos i

    Gestor do Programa, verificar em que medida os objectivos pr

    cumpridos e os efeitos esperados esto a ser alcanados.

    Para tal foram considerados quatro nveis de efeitos

    Figura 1 Domnios expectveis de produo de efeitos do Programa QIFormao

    Note-se que o nvel 4 dos efeitos esperados assume uma relevncia diferente consoante o

    Programa. No caso do QI-PME Norte

    o empresrio mas, sobretudo, sobre a empresa esperado que decorram directamente

    impactes na mudana organizacional, enquanto que no caso do QI

    Empresrios esse ser um impacte indirecto resultado do reforo da capacidade de actuao

    do empresrio. Porm, do ponto de vista da avaliao de efeitos neste caso eles centram

    dominantemente e de modo mais directo, na qualificao do desempenho do empresrio.

    Complementarmente, a equipa de avaliao assumiu a recolha de evidncias explicativas dos

    nveis de efeitos obtidos com a execuo do Programa luz nomeadamente, da

    (des)adequao do modelo, das condies de suporte operacionalizao do modelo, das

    Avaliao do impacte na empresa (mudana organizacional)

    Avaliao da tranferncia das aprendizagens para as situaes de trabalho (aplicao

    Avaliao da aprendizagens afectuadas (aprendizagem dos indivduos)

    Avaliao de reaco dos participantes (satisfao dos indivduos)

    ROGRAMA QI-PME NORTE FORMAO-ACO E FORMAO PARA

    CCOO--FFIINNAANNCCIIAADDOO PPOORR

    GOVERNO DA REPBLICA PORTUGUESA

    QUESTES-CHAVE DE AVALIAO E METODOLOGIA

    O contrato celebrado entre a AIMinho e o consrcio Quaternaire Portugal / IESE para

    realizao do presente estudo de avaliao, estabeleceu como objectivo fundamental:

    A produo de informao que possibilite aos intervenientes no Projecto, assim como ao

    Gestor do Programa, verificar em que medida os objectivos pr-estabelecidos esto a ser

    cumpridos e os efeitos esperados esto a ser alcanados.

    Para tal foram considerados quatro nveis de efeitos esperados:

    Domnios expectveis de produo de efeitos do Programa QIFormao-Aco e Formao para Empresrios

    se que o nvel 4 dos efeitos esperados assume uma relevncia diferente consoante o

    PME Norte Formao-Aco, dado que o Programa intervm sobre

    o empresrio mas, sobretudo, sobre a empresa esperado que decorram directamente

    impactes na mudana organizacional, enquanto que no caso do QI-PME Norte

    r um impacte indirecto resultado do reforo da capacidade de actuao

    do empresrio. Porm, do ponto de vista da avaliao de efeitos neste caso eles centram

    dominantemente e de modo mais directo, na qualificao do desempenho do empresrio.

    ntarmente, a equipa de avaliao assumiu a recolha de evidncias explicativas dos

    nveis de efeitos obtidos com a execuo do Programa luz nomeadamente, da

    (des)adequao do modelo, das condies de suporte operacionalizao do modelo, das

    Avaliao do impacte na empresa (mudana organizacional)

    Avaliao da tranferncia das aprendizagens para as situaes de trabalho (aplicao pelos indivduos)

    Avaliao da aprendizagens afectuadas (aprendizagem dos indivduos)

    Avaliao de reaco dos participantes (satisfao dos indivduos)

    17

    ORMAO PARA EMPRESRIOS

    METODOLOGIA

    O contrato celebrado entre a AIMinho e o consrcio Quaternaire Portugal / IESE para

    realizao do presente estudo de avaliao, estabeleceu como objectivo fundamental:

    ntervenientes no Projecto, assim como ao

    estabelecidos esto a ser

    Domnios expectveis de produo de efeitos do Programa QI-PME Norte

    se que o nvel 4 dos efeitos esperados assume uma relevncia diferente consoante o

    , dado que o Programa intervm sobre

    o empresrio mas, sobretudo, sobre a empresa esperado que decorram directamente

    PME Norte - Formao para

    r um impacte indirecto resultado do reforo da capacidade de actuao

    do empresrio. Porm, do ponto de vista da avaliao de efeitos neste caso eles centram-se,

    dominantemente e de modo mais directo, na qualificao do desempenho do empresrio.

    ntarmente, a equipa de avaliao assumiu a recolha de evidncias explicativas dos

    nveis de efeitos obtidos com a execuo do Programa luz nomeadamente, da

    (des)adequao do modelo, das condies de suporte operacionalizao do modelo, das

    Avaliao da tranferncia das aprendizagens para as situaes de trabalho (aplicao

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    AVALIAO DA FORMAO DO PROGRAMA QI-PME NORTE FORMAO-ACO E FORMAO PARA EMPRESRIOS

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    GOVERNO DA REPBLICA PORTUGUESA

    caractersticas e comportamentos dos actores, das caractersticas e comportamento dos

    prprios destinatrios finais e do contexto externo implementao do Programa.

    A estas variveis acresceu a relevncia de recolher evidncias relativas a sinergias entre a

    Formao-Aco e a Formao para Empresrios conducentes a uma maior eficcia do

    Programa QI-PME Norte, sobretudo, a dois nveis:

    - a partir da melhoria de condies de operacionalizao, decorrentes da capitalizao da

    experincia de trabalho da rede de actores;

    - a partir do incremento dos efeitos nos empresrios, decorrentes da consolidao de

    competncias por via da participao em dois programas de formao.

    O quadro seguinte sistematiza as questes de avaliao e os pontos estratgicos que

    nortearam o exerccio de avaliao.

    Quadro 2 - Elementos-chave da avaliao do Programa QI-PME Norte Formao-Aco e Formao para Empresrios

    QUESTES DE AVALIAO PONTOS ESTRATGICOS

    Gesto/execuo Processo/ efeitos

    A formao-aco/formao para

    empresrios produziu os resultados

    esperados?

    Que outros resultados no

    esperados so possveis identificar?

    O modelo da interveno, a forma

    como foi operacionalizado, os

    nveis e ritmos de execuo, as

    caractersticas e comportamentos

    dos actores e dos destinatrios

    finais revelaram-se adequados ao

    cumprimento dos objectivos do

    Projecto?

    possvel identificar sinergias

    entre a Formao-Aco e a

    Formao para Empresrios

    conducentes a uma maior eficcia

    da interveno? Essas sinergias

    tm origem na rede de actores

    e/ou de destinatrios finais? De

    que tipo de sinergias se tratam?

    Modelo de interveno Condies de

    operacionalizao do modelo de interveno

    Nveis e ritmos da execuo Caractersticas e

    comportamentos dos actores

    Caractersticas e comportamentos dos destinatrios finais

    Sinergias entre a Formao-Aco e a Formao para Empresrios

    Satisfao com a formao e consultoria/aconselhamento

    Articulao entre a formao e a consultoria/aconselhamento

    Articulao com CNO/CNQ e com os EES: resultados em termos de continuidade de ALV

    Resultados ao nvel dos empresrios (competncias adquiridas e aplicadas no contexto de trabalho; outros)

    Resultados ao nvel dos colaboradores (competncias adquiridas e aplicadas no contexto de trabalho; outros)

    Impacto esperado nas empresas (motivao para a modernizao e inovao empresarial; alteraes nas condies de competitividade empresarial; outros)

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    AVALIAO DA FORMAO DO PROGRAMA QI-PME NORTE FORMAO-ACO E FORMAO PARA EMPRESRIOS

    PPRROOJJEECCTTOO PPRROOMMOOVVIIDDOO PPOORR CCOO--FFIINNAANNCCIIAADDOO PPOORR

    GOVERNO DA REPBLICA PORTUGUESA

    Para o desenvolvimento do estudo de avaliao recorreu-se utilizao de um conjunto de

    instrumentos metodolgicos que permitiram recolher informao de natureza quantitativa e

    qualitativa. A metodologia implementada baseia-se, fundamentalmente, na recolha da opinio

    e da percepo dos actores e destinatrios envolvidos no Programa relativamente aos

    resultados alcanados e impactos esperados e s principais dimenses explicativas dos

    mesmos.

    Assim, para alm de toda a informao secundria, de carcter documental e estatstico,

    disponibilizada pela AIMinho, a equipa produziu informao de natureza primria, utilizando

    para tal as seguintes tcnicas:

    A. Reunies de lanamento e acompanhamento do estudo com a AIMinho.

    Estas reunies visaram: proceder identificao e recolha de informao documental e

    estatstica do sistema de informao da AIMinho e do SIIFSE; explorar, analisar e reformular

    conjuntamente as condies de viabilidade dos vectores metodolgicos apresentados em sede

    de proposta; analisar as condies de viabilidade da realizao de um processo on-line aos

    empresrios, consultores e formadores (existncia de bases de endereos electrnicos);

    seleccionar os interlocutores que podem ser mobilizados para a realizao do trabalho de

    terreno (nomeadamente, nas Entidades Beneficirias - EB); discutir as concluses intercalares.

    B. Reunies colectivas com as EB (Agosto, 2009; Fevereiro, 2010; Abril, 2010; Maio,

    2011)

    As reunies colectivas com as EB procuraram responder necessidade de reflexo da equipa

    de avaliao com as EB em torno dos resultados e impactes alcanados e das suas variveis

    explicativas.

  • 20

    AVALIAO DA FORMAO DO PROGRAMA QI-PME NORTE FORMAO-ACO E FORMAO PARA EMPRESRIOS

    PPRROOJJEECCTTOO PPRROOMMOOVVIIDDOO PPOORR CCOO--FFIINNAANNCCIIAADDOO PPOORR

    GOVERNO DA REPBLICA PORTUGUESA

    C. Inquritos por questionrio

    Os inquritos aplicados no mbito da Edio 1 do QI-PME Norte Formao-Aco tiveram

    como destinatrios os empresrios beneficirios do Programa QI-PME Norte, os consultores e

    os formadores. Foram aplicados on-line e lanados dois inquritos por destinatrio em

    diferentes momentos do tempo. Aplicou-se um inqurito por indivduo por EB.

    Os objectivos centrais do 1. processo de inquirio foram:

    i. Caracterizar os actores envolvidos no processo de implementao do Programa QI-PME Norte (formadores e consultores);

    ii. Caracterizar as empresas e empresrios destinatrios efectivos do Programa;

    iii. Aferir o grau de satisfao dos actores envolvidos no processo de implementao e dos destinatrios finais do Programa;

    iv. Sistematizar as principais dificuldades sentidas e acolher as sugestes de melhoria;

    v. E, por fim, aferir a percepo dos inquiridos sobre os principais grandes domnios de resultado esperado nas empresas destinatrias, decorrentes da implementao do Programa.

    A aplicao do 1. processo de inquirio decorreu entre meados de Dezembro de 2009 e

    meados de Fevereiro de 2010, momento em que a grande maioria das empresas envolvida no

    Programa QI-PME Norte se encontrava na Fase III do Programa.

    No que se refere ao 1. processo de inquirio, os dados referentes s respostas ao

    questionrio aos consultores possuem significncia estatstica para um intervalo de

    confiana de 95% existe 5% de margem de erro. No caso dos empresrios e dos formadores,

    apesar do reforo no processo de inquirio, o nmero de respostas obtidas ligeiramente

    inferior ao alcanado para os consultores e remete para uma margem de erro superior a 5% o

    que, naturalmente, aconselha uma prudncia acrescida na anlise dos resultados apurados e

    na formulao de concluses sobre os mesmos.

    Consultores Empresrios Formadores

    Universo 293 262 216

    Contactos invlidos 11 31 9

    Amostra de contactos vlidos 282 231 207

    N. de respostas obtidas 177 73 123

    Taxa de resposta 62,8 31,6 59,4

    Margem de erro - 95% confiana 4,59 9,76 5,76

  • 21

    AVALIAO DA FORMAO DO PROGRAMA QI-PME NORTE FORMAO-ACO E FORMAO PARA EMPRESRIOS

    PPRROOJJEECCTTOO PPRROOMMOOVVIIDDOO PPOORR CCOO--FFIINNAANNCCIIAADDOO PPOORR

    GOVERNO DA REPBLICA PORTUGUESA

    Os objectivos centrais do 2. processo de inquirio cuja aplicao decorreu entre Outubro e Dezembro de 2010, aps o encerramento das intervenes nas empresas, foram:

    i. Identificar o tipo de aprendizagens realizadas pelos empresrios e colaboradores das micro e PME destinatrias do programa;

    ii. Compreender a intensidade de aplicao das competncias desenvolvidas;

    iii. Aferir a intensidade de utilizao dos produtos de consultoria desenvolvidos;

    iv. Analisar o impacto das intervenes nas empresas e a sua sustentabilidade ao longo do tempo;

    v. Identificar os principais factores explicativos dos efeitos das intervenes.

    No que se refere ao 2. processo de inquirio, a taxa de resposta foi de forma geral inferior

    do 1. processo de inquirio que poder ser reflexo, por um lado, de alguma saturao na

    participao dos actores no estudo de avaliao, e, por outro lado, do distanciamento

    temporal significativo face concluso da interveno.

    Tambm neste caso se procedeu ao follow-up das respostas, procedendo-se a trs reenvios

    directamente para os inquiridos, bem como solicitao das EB e do organismo intermdio

    (OI) para a mobilizao dos destinatrios para colaborao no processo de avaliao.

    Consultores Empresrios Formadores

    Universo 334 265 261

    Contactos invlidos 19 24 11

    Amostra de contactos vlidos 315 241 250

    N. de respostas obtidas 120 53 93

    Taxa de resposta 38% 22% 37%

    Margem de erro - 95% confiana 7,19 12,6 8,23

    Ainda no mbito da avaliao da Edio 2 do QI-PME Norte Formao-Aco foi aplicado um

    terceiro inqurito dirigido aos destinatrios finais que teve como objectivos:

    i. Identificar o tipo de aprendizagens realizadas pelos empresrios e colaboradores das micro e PME destinatrias do programa;

    ii. Compreender a intensidade de aplicao das competncias desenvolvidas;

    iii. Aferir a intensidade de utilizao dos produtos de consultoria desenvolvidos;

    iv. Analisar o impacto das intervenes nas empresas e a sua sustentabilidade ao longo do tempo;

    v. Identificar os principais factores explicativos dos efeitos das intervenes.

  • 22

    AVALIAO DA FORMAO DO PROGRAMA QI-PME NORTE FORMAO-ACO E FORMAO PARA EMPRESRIOS

    PPRROOJJEECCTTOO PPRROOMMOOVVIIDDOO PPOORR CCOO--FFIINNAANNCCIIAADDOO PPOORR

    GOVERNO DA REPBLICA PORTUGUESA

    A aplicao deste 3. processo de inquirio, dirigido aos empresrios, abrangeu empresrios

    da Edio 2 do QI-PME Norte Formao-Aco e decorreu entre Julho e Outubro de 2011,

    aps o encerramento das intervenes nas empresas. A taxa de resposta foi de 53,3%, obtida

    por sequncia de trs reenvios para os inquiridos.

    Empresrios

    Universo 278

    Contactos invlidos 51

    Amostra de contactos vlidos 227

    N. de respostas obtidas 121

    Taxa de resposta 53,3

    Margem de erro - 95% confiana 6,23

    Para a avaliao do QI-PME Norte Formao para Empresrios foi aplicado um inqurito

    dirigido aos destinatrios finais que teve como objectivos:

    i. Identificar o tipo de aprendizagens realizadas pelos empresrios e colaboradores das micro e PME destinatrias do programa;

    ii. Compreender a intensidade de aplicao das competncias desenvolvidas;

    iii. Aferir a intensidade de utilizao dos produtos de consultoria desenvolvidos;

    iv. Analisar os potenciais impactos das intervenes nas empresas;

    v. Identificar os principais factores explicativos dos efeitos das intervenes.

    A aplicao deste 4. processo de inquirio teve como destinatrios os empresrios

    beneficirios do QI-PME Norte Formao de Empresrios decorreu entre Julho e Outubro de

    2011, aps o encerramento das intervenes. A taxa de resposta foi de 40,5%, tendo sido

    necessrios realizar um reforo no envio do pedido de resposta ao inqurito.

    Empresrios

    Universo 374

    Contactos invlidos 122

    Amostra de contactos vlidos 252

    N. de respostas obtidas 102

    Taxa de resposta 40,5%

    Margem de erro - 95% confiana 7,65%

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    AVALIAO DA FORMAO DO PROGRAMA QI-PME NORTE FORMAO-ACO E FORMAO PARA EMPRESRIOS

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    D. Painel de consultores / formadores Edio 2 (Maio, 2011)

    Os actores (formadores e consultores) foram auscultados atravs de um painel misto, pois, por

    um lado, a probabilidade de os actores da Edio 1 serem numa percentagem significativa

    coincidentes com os da Edio 2 poderia influenciar negativamente a mobilizao para a

    resposta a instrumentos de inquirio por questionrio tal como estava previsto em sede de

    proposta. Este mtodo permitiu confrontar diferentes perspectivas acerca do Programa e,

    deste modo, recolher elementos qualitativos relevantes para o processo avaliativo. Os critrios

    de seleco destes actores para o Painel foram: o elevado grau de envolvimento no Programa

    (medido pelo numero de horas afectas ao Programa) bem como o facto de no serem

    consultores coordenadores (nas EB) de modo a evitar uma postura institucional.

    E. Estudos de Caso

    O recurso metodologia de Estudo de caso revelou-se prioritrio de modo a ilustrar os

    resultados alcanados em contextos empresariais diferenciados e de modo a complementar

    com elementos qualitativos a anlise dos factores explicativos dos resultados alcanados.

    A pr-seleco das unidades de anlise obedeceu ao cruzamento de elementos de evidncia

    recolhidos a dois nveis:

    Nvel 1: Pr-seleco de Entidades Beneficirias

    1. Consulta ao Organismo Intermdio;

    2. Painel com EB: aplicao de um questionrio s Entidades Beneficirias.

    Nvel 2: Pr - Seleco das Entidades Destinatrias:

    3. Instrumento-matriz de seleco de empresas: Aplicao de grelha de caracterizao e sinalizao de Entidades Destinatrias candidatas a serem seleccionadas para Estudos de caso, mediante um conjunto de critrios pr-definidos;

    4. Anlise documental: Anlise de Diagnsticos, Planos de Aco das empresas e Planos de Formao, assim como outros documentos disponveis nas Entidades Beneficirias.

    Destaca-se neste processo, a operacionalizao do nvel 2 da pr-seleco, realizado numa

    lgica de bottom-up. Com efeito, a aplicao de um processo de um instrumento-matriz de

    seleco de empresas foi enviado s Entidades Beneficirias no sentido de obter a

    caracterizao e sinalizao de Entidades Destinatrias candidatas a serem seleccionadas para

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    AVALIAO DA FORMAO DO PROGRAMA QI-PME NORTE FORMAO-ACO E FORMAO PARA EMPRESRIOS

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    Estudos de caso, mediante um conjunto de elementos de evidncia pr-definidos conforme

    figura seguinte.

    Figura 2 - Matriz de seleco de Entidades Destinatrias Matriz de seleco de Empresas

    Elementos de evidncia

    Entidade Beneficiria

    Empresa Activida

    de principal

    Dimenso

    Tipologia de objectivos

    da interveno

    / reas funcionais

    das intervenes

    Elementos de evidncia da qualidade

    da interveno na empresa

    Posicionamento o empresrio e trabalhadores

    face ao projecto (envolvimento)

    Resultados/efeitos/impactos da execuo

    das intervenes

    Outros elementos relevantes

    Empresa 1 Empresa 2 Empresa 3

    A partir da definio e estruturao dos elementos de apoio deciso de seleco dos

    projectos a incluir na anlise e a partir do cruzamento dos instrumentos acima descritos, foi

    possvel chegar a um conjunto pr-seleccionado de Entidades Beneficirias e respectivas

    Entidades Destinatrias:

    Entidade Beneficiria Entidade Destinatria Actividade Principal

    Tecminho - Associao Universidade - Empresa para o Desenvolvimento

    Valfios - Armazns de Fios Txteis, Lda. Transformao e comercializao de linhas para a indstria txtil

    Iberiana Technical, Lda. Prestao de servios tcnicos e comerciais para a indstria electrnica e automvel

    R.P. Industries Piscinas, Lda. Fabrico de piscinas

    ADRAVE - Agncia de Desenvolvimento Regional do Vale do Ave

    GUIMARPEIXE Comrcio de Produtos Alimentares, Lda.

    Congelao de produtos da pesca e da aquicultura

    Hidrofer Fbrica de Algodo Hidrfilo, Lda.

    Fabricao de outras preparaes e de artigos farmacuticos

    J.A.M. FERNANDES & IRMO LDA. Fabricao de calado

    AEVC Associao Empresarial de Viana do Castelo

    Manuel Carvalhosa & Cia, Lda. Construo e manuteno industrial

    Iogurviana - Comrcio de Produtos Alimentares, Lda.

    Comrcio de produtos alimentares

    Mveis Cambo, Lda. Concepo, fabrico e comercializao de mobilirio de cozinhas

    AEFAFE - Associao empresarial de Fafe, Cabeceiras de Basto e Celorico de Basto

    Corgobus Transportes Urbanos de Vila Real Unipessoal, Lda.

    2

    Transportes terrestres, urbanos e sub-urbanos de passageiros

    Bordafafe Bordados, Lda. Fabricao de bordados

    Pastelaria Doce Retiro, Lda. Panificao

    2 Apesar dos esforos da equipa de avaliao e da AEFAFE, no foi possvel entrevistar o empresrio em tempo til.

    Desta forma, as nicas fontes de informao relativamente aos resultados da interveno na Corgobus foram a entrevista ao consultor - que no manteve contacto regular com o empresrio aps o final da interveno e os documentos produzidos pela AEFAFE sobre a interveno (relatrio de benchmarking, balano de competncias organizacional, plano de aco e relatrio de avaliao).

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    AVALIAO DA FORMAO DO PROGRAMA QI-PME NORTE FORMAO-ACO E FORMAO PARA EMPRESRIOS

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    Cada um dos Estudos de Caso consagrou as seguintes actividades:

    Seleco de entidades beneficirias e entrevista aprofundada ao responsvel pela implementao do

    Programa;

    Seleco de empresas do universo de empresas abrangidas pela entidade beneficiria, e realizao nestas

    empresas de uma entrevista com o empresrio/ dirigente e de uma entrevista aos colaboradores

    envolvidos na componente de formao; e

    Entrevista colectiva com a equipa de consultores e formadores envolvida na formao-aco junto das

    empresas seleccionadas.

    O exerccio desenvolvido incorporou o esprito construtivo e de aprofundamento

    metodolgico sistemtico, sugerido em sede de proposta metodolgica para a realizao do

    presente trabalho, bem como de envolvimento dos diferentes actores. Assim, o primeiro

    exerccio de recolha de informao focalizou-se na anlise documental e na realizao de uma

    entrevista com a AIMinho - OI responsvel pela gesto do QI-PME Norte - a que se seguiu a

    dinamizao de um painel de discusso com as EB do Programa, de modo a clarificar o objecto,

    apreender a linguagem e realizar o ponto de situao da execuo do projecto. Estes inputs

    foram essenciais para a fase seguinte de trabalho, nomeadamente para a construo e

    aplicao dos guies de inqurito.

    Os primeiros resultados do processo de inquirio foram apresentados na sesso de arranque

    da segunda Edio do Programa QI-PME, na Rgua, no dia 24 de Fevereiro de 2010.

    Em Abril de 2010, o consrcio entregou um documento de trabalho interno AIMinho, no

    previsto inicialmente, com vista a obter uma primeira reaco aos nveis de satisfao dos

    actores e destinatrios. Pretendeu-se ainda descortinar o que poderia justificar as dificuldades

    sentidas e a forma como a gesto do Programa tinha vindo a contribuir para ultrapassar as

    mesmas; procurou-se aprofundar o conhecimento sobre os resultados esperados e obtidos

    naquele momento ao nvel empresarial a partir das intervenes realizadas e aferiu-se quais as

    principais preocupaes da gesto face apresentao daqueles resultados preliminares.

    Aps a concluso das intervenes nas empresas dinamizou-se um painel de discusso com as

    EB, centrado na explorao dos planos de aco e dos resultados obtidos nas entidades

    destinatrias. Cumulativamente procedeu-se operacionalizao do 2. processo de

    inquirio, de modo a aprofundar a anlise dos resultados da interveno. O exerccio

  • 26

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    culminou com a apresentao do Relatrio Final da Edio 1 que foi apresentado e discutido

    com a AIMinho.

    Posteriormente procedeu-se realizao de um painel com as EB dinamizadoras da Formao

    de Empresrios e de um painel com consultores e formao da Edio 2 do QI-PME Norte

    Formao-Aco bem como concepo e aplicao dos inquritos referentes aos

    empresrios da Edio 2 (QI-PME Norte Formao-Aco) e da Formao para Empresrios.

    Esta ltima fase de recolha de informao, foi ainda complementada pela realizao de

    Estudos de Caso, que permitiram aprofundar a partir de informao qualitativa algumas das

    evidncias recolhidas anteriormente.

  • 27

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    3. RESULTADOS DA AVALIAO DO PROGRAMA QI-PME NORTE FORMAO-ACO

    A anlise dos resultados est profundamente articulada com o contedo do quadro sntese

    dos elementos-chave da avaliao do Programa apresentado no captulo 2. do presente

    relatrio e que compe a essncia orientadora do exerccio de avaliao.

    O presente captulo inicia-se com a anlise da operacionalizao e da execuo referente

    Edio 1 e Edio 2 do Programa QI-PME Norte Formao-Aco, com o objectivo de

    clarificar todo o contexto interno de evoluo do quadro de implementao do programa. Para

    a elaborao deste captulo, foi mobilizada a informao quantitativa e qualitativa

    disponibilizada pelo OI e pelas EB, bem como alguns dados de caracterizao recolhidos em

    sede de aplicao de questionrios quer aos actores quer aos destinatrios finais da

    interveno.

    Os quatro pontos que se seguem encontram-se estruturados de acordo com as tipologias de

    efeitos potenciais da interveno do Programa QI-PME Norte Formao-Aco apresentados

    anteriormente. Dado que a produo destes efeitos se pressupe em cadeia, a sua anlise

    segmentada permite ter uma melhor compreenso sobre a forma como o Programa ter

    conseguido impactar diferentes partes da cadeia de efeitos.

    A anlise da satisfao dos destinatrios finais (empresrios) e dos actores do Programa feita

    de forma agregada e, posteriormente, de forma parcial, desagregando componentes do

    processo de formao-aco distintas, de modo a aprofundar a interpretao sobre os nveis

    de satisfao registados.

    Tratando-se de um programa de formao (com uma componente de consultoria) recolheu-se

    informao de modo a proceder a uma aproximao da tipificao dos resultados obtidos ao

    nvel das tipologias de aprendizagens desenvolvidas. Tendo em conta a informao recolhida

    nos painis com as EB, optou-se por se considerar como hipteses de resultados a este nvel, o

    desenvolvimento de hard e soft skills, quer ao nvel dos empresrios quer ao nvel dos

    colaboradores, pelo que a recolha de informao em sede de questionrios e a sua anlise

    seguiu este pressuposto.

  • 28

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    Segue-se-lhe a anlise da transferncia das aprendizagens realizadas para o contexto real de

    trabalho e conclui-se a anlise desta cadeia de efeitos com a percepo do impacte do

    Programa nas micro e PME.

    Este captulo encerra com a identificao dos factores explicativos dos resultados obtidos,

    segundo o ponto de vista dos actores e destinatrios finais do Programa, bem como a

    identificao das reas prioritrias de melhoria do mesmo.

    3.1. OPERACIONALIZAO E EXECUO DO PROGRAMA

    Entidades Beneficirias

    Existe uma forte justaposio entre as EB nas duas edies do Programa como se pode

    constatar na tabela seguinte, sendo que apenas a AIL no se encontra entre as EB que

    pertenceram Edio 1 e, posteriormente, Edio 2 e Associao Empresarial de Ponte de

    Lima que apenas implementou o projecto no mbito da Edio 2, tendo nessa altura passado a

    integrar as EB do Programa.

    Quadro 3 Listagem de EB na Edio 1 e na Edio 2 do Programa QI-PME Formao-Aco segundo o seu perfil

    Entidades Beneficirias Formao-Aco: Edio 1

    Formao-Aco: Edio 2

    Empresas

    SPI Sociedade Portuguesa de Inovao X X

    Expoente Servios de Economia e Gesto X X

    Entidades sem fins lucrativos

    ADRAVE Agncia de Desenvolvimento Regional de Vale do Ave

    X X

    TecMinho Associao Universidade /empresa para o desenvolvimento

    X X

    BIC Minho Oficinas de Inovao (*) X X

    Associaes empresariais

    AEFAFE Associao Empresarial de Fafe, Cabeceiras de Basto e Celorico de Basto

    X X

    AIL Associao Industrial de Lousada X

    UERN Unio das Associaes Empresariais da Regio Norte

    X X

    AEVC Associao Empresarial de Viana do Castelo

    X X

    ACIF Associao Comercial e Industrial de X X

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    Vila Nova de Famalico

    ACIAB Associao Comercial e Industrial de Arcos de Valdevez e Ponte da Barca

    X X

    Associao Empresarial de Ponte de Lima X

    N. total de EB 11 11 Fonte: Sistema de Informao da AIMinho.

    As EB do QI-PME Norte Formao-Aco possuem diferentes perfis, sendo a maioria

    associaes empresariais dos sectores da indstria e/ou comrcio, mas tambm entidades sem

    fins lucrativos que contribuem para o desenvolvimento regional atravs da melhoria da

    competitividade das organizaes e aumento das competncias dos indivduos, ou seja, da

    promoo do empreendedorismo e da inovao empresarial; e empresas que desenvolvem

    actividade no domnio da consultoria empresarial, apoiando a criao e o desenvolvimento de

    negcios das micro e PME.

    O quadro seguinte permite caracterizar as EB que integram a Edio 1 e Edio 2 do Programa.

    Das 11 Entidades Beneficirias (tal como previsto em Caderno de Encargos) com sede na

    regio Norte do pas, a maioria (7) possui sede no distrito de Braga e as restantes distribuem-

    se pelos distritos de Viana do Castelo (3) e do Porto (2).

  • 30

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    Quadro 4 Listagem de EB na Edio 1 e na Edio 2 do Programa QI-PME Formao-Aco segundo o concelho de localizao da sede e a rea de abrangncia

    Entidades Executoras Concelho de Localizao da Sede

    rea de Abrangncia

    ACIAB - Associao Comercial e Industrial de Arcos de Valdevez e Ponte da Barca

    Arcos de Valdevez Concelhos de Arcos de Valdevez; Ponte da Barca e Ponte de Lima

    ACIF - Associao Comercial e Industrial de Vila Nova de Famalico

    Vila Nova de Famalico

    Concelhos de Vila Nova de Famalico; Guimares e Vila Verde

    ADRAVE - Agncia de Desenvolvimento Regional do Vale do Ave, S.A.

    Vila Nova de Famalico

    Concelhos de Fafe, Guimares, Pvoa de Lanhoso, Santo Tirso, Vieira do Minho, Vila Nova de

    Famalico, Braga; Pvoa do Varzim; Trofa e Mondim de Basto

    AEFAFE - Associao Empresarial de Fafe, Cabeceiras de Basto e Celorico de Basto

    Fafe

    Concelhos de Fafe, Cabeceiras de Basto; Felgueiras; Vila Real;

    Guimares; Vila do Conde; Celorico de Basto e Vila Nova de Famalico

    AEPL - Associao Empresarial de Ponte de Lima

    Ponte de Lima Ponte de Lima; Barcelos; Vila

    Verde; Vila Nova de Gaia; Braga e Viana do Castelo

    AEVC - Associao Empresarial de Viana do Castelo

    Viana do Castelo

    Concelhos de Caminha, Viana do Castelo; Paredes de Coura;

    Melgao; Vila Nova de Cerveira e Esposende

    AIL - Associao Industrial de Lousada Lousada Concelhos de Lousada, Paos de Ferreira; Vila Nova de Famalico; Guimares; Barcelos e Gondomar

    Expoente Servios de Economia e Gesto Braga Concelhos de Braga, Barcelos; Fafe, Guimares; Maia; Santo Tirso e Vila

    Nova de Famalico

    BIC Minho Oficina da Inovao Braga

    Concelhos de Braga; Barcelos; Amares; Esposende; Guimares;

    Vila Nova de Famalico e Vila Verde

    SPI - Sociedade Portuguesa de Inovao Porto

    Concelhos de Bragana; Matosinhos; Valongo, Porto, Maia; Oliveira de Azemis; Santa Maria da Feira; Vila do Conde; Barcelos; Santo Tirso; Lousada; Vila Nova de

    Gaia e S. Joo da Madeira

    TecMinho Guimares

    Concelhos de Amares; Braga; Fafe; Guimares; Maia; Matosinhos;

    Ponte de Lima; Pvoa de Lanhoso; Vila Nova de Famalico; Vila Verde;

    Paredes; Vila Nova de Cerveira e Lousada

    UERN - Unio das Associaes Empresariais da Regio Norte

    Braga

    Concelhos de Chaves; Montalegre; Boticas; Valpaos; Braga; Vila

    Verde; Santo Tirso; Paredes; Fafe; Viana do Castelo; Guimares; Felgueiras e Vila Nova de Gaia

    Fonte: Mapa geral de identificao das entidades beneficirias, AIMinho.

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    Os mapas seguintes ilustram a localizao das Entidades Destinatrias da Edio 1 e da Edio

    2 do Programa e permite verificar que o Programa abrangeu empresas situadas para alm das

    fronteiras do Minho (ultrapassando largamente a rea de interveno geogrfica da AIMinho),

    abarcando, para alm de Braga e Viana do Castelo, os distritos do Porto, Aveiro, Vila Real e

    Bragana.

    Todavia, a maioria empresas encontra-se situada na rea de interveno geogrfica do Minho

    (Braga e Viana do Castelo), sendo que o distrito de Braga concentra mais de metade das

    Entidades Destinatrias com interveno no mbito do QI-PME e Viana do Castelo cerca de um

    quinto na Edio 1 e na Edio 2. O Porto o terceiro Distrito com maior concentrao de

    empresas.

    Apesar das reas de interveno das Entidades Beneficirias no se terem alterado

    significativamente entre ambas as edies do Programa com a no participao da AIL na

    Edio 2 e entrada da AEPL, no seu conjunto, a panplia de EB apenas deixou de abranger o

    concelho de Paos de Ferreira, fincando a cobertura dos demais concelhos de abrangncia da

    AIL assegurados pelas demais EB a mancha territorial das Entidades Destinatrias com

    interveno revela-se territorialmente mais concentrada na Edio 2 por comparao com a

    Edio 1 do Programa, como possvel de verificar nos mapas que se seguem.

    Figura 3 rea de Abrangncia e localizao das empresas da Edio 1 do QI-PME Norte Formao-Aco

    Fonte: Mapa geral de identificao das entidades destinatrias, AIMinho.

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    Figura 4 rea de Abrangncia e localizao das empresas da Edio 2 do QI-PME Norte Formao-Aco

    Fonte: Mapa geral de identificao das entidades destinatrias, AIMinho.

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    Rede de consultores

    A rede de consultores constituda pelas EB com o objectivo de dar resposta s necessidades de

    execuo da Edio 13 deste Programa foi relativamente alargada. De acordo com os dados

    fornecidos pelas EB, foram envolvidos na Edio 1 do Programa um total de 274 consultores, o

    que indicia uma mdia de um consultor por empresa. No entanto, este rcio no dever ser

    interpretado desta forma, dado que existem consultores com diferentes perfis a intervir numa

    mesma empresa (coordenadores, de benchmarking, de BCO, de concepo do PA, de

    implementao do PA, de avaliao dos resultados) embora alguns destes perfis sejam, na

    prtica, cumulativos.

    Este aspecto reflecte-se no nmero de empresas que cada consultor acompanhou durante a

    Edio 1. De acordo com as respostas no 2. processo de inquirio, no mnimo os consultores

    acompanharam uma empresa e no mximo dispersaram a sua interveno por 25 empresas,

    sendo que cerca de 87% acompanhou 5 ou menos empresas.

    Um desafio deste tipo de Programa e modalidade formativa (formao-aco) , por um lado,

    o de assegurar que a articulao entre os mltiplos actores se processe de forma fluida, de

    modo a que a interveno parcial dos actores no retire coerncia implementao do

    Programa em cada uma das empresas. O consultor-coordenador tem na sua misso, o desafio

    de promover esta articulao. Por outro lado, e exclusivamente no que se refere articulao

    entre os consultores e os formadores, refira-se que cerca de 26% dos consultores so

    formadores, pelo que a existncia de uma forma to expressiva da figura do consultor-

    formador pode minorar o risco de alguma fragilidade na articulao entre a formao e a

    consultoria na fase de implementao do PA.

    A este facto h ainda a acrescer que, 94% dos consultores que responderam ao 2. processo

    de inquirio afirmaram que, embora para uma mesma empresa, os consultores apenas

    tenham desenvolvido algumas actividades de consultoria, esse aspecto no condicionou o seu

    trabalho realizado com as mesmas, pois a articulao entre os diferentes consultores decorreu

    de forma fluida.

    3 Apenas se mobilizou informao quantitativa, disponibilizada por cada EB, para a anlise da rede de

    consultores referente Edio 1, dado que as EB promotoras do Programa em ambas as edies se manteve igual para a grande maioria dos casos e que, segundo as EB a estrutura de actores equiparvel em ambas as edies.

  • 34

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    Adicionalmente, quando questionados sobre os factores que podem ter influenciado os

    resultados e em que sentido, 50% dos respondentes considera que a alternncia e articulao

    entre os momentos de formao e de consultoria esto entre os factores mais relevantes para

    os influenciar de forma positiva.

    De referir que a rede de consultores se encontra estruturada maioritariamente sob o regime

    de subcontratao de empresas de consultoria por parte das EB. A maioria dos consultores

    que respondeu ao 2. questionrio (75%), era consultor externo da Entidade EB e estava

    integrado numa empresa de consultoria. Cerca de 16% era consultor individual externo mas

    articulava directamente com a EB e uma minoria de 9% era consultor interno da EB.

    Regressando aos dados disponibilizados pelas EB possvel verificar que, apesar de 86% dos

    consultores apenas articularem com uma EB, 8% articula com duas EB e 6% com trs ou mais

    EB.

    Se a este aspecto juntarmos o facto de 78% dos consultores que responderam ao 1. processo

    de inquirio j terem realizado aces sistemticas de consultoria a micro e PME e 15% de

    formao a entidades com este perfil e de mais de dos respondentes dizer possuir 5 ou mais

    anos de experincia como consultor, pode afirmar-se que se trata de uma rede de consultores

    experiente.

    Importa ainda referir, embora venha a ser explorado mais frente que o nvel elevado de

    satisfao do empresrio com o desempenho geral dos consultores um indicador revelador

    do favorvel desempenho deste tipo de actores.

    Rede de formadores

    A rede de formadores da Edio 14 do QI-PME Norte Formao-Aco foi composta por 246

    actores. Segundo as respostas ao 1. processo de inquirio, 29% (N=71) destes tambm foram

    consultores no contexto do Programa.

    O nmero de empresas onde cada formador ministrou formao varia entre uma e vinte e

    cinco, sendo que uma maioria de 83% ministrou em 3 ou menos empresas, de acordo com o

    4 Idem.

  • 35

    AVALIAO DA FORMAO DO PROGRAMA QI-PME NORTE FORMAO-ACO E FORMAO PARA EMPRESRIOS

    PPRROOJJEECCTTOO PPRROOMMOOVVIIDDOO PPOORR CCOO--FFIINNAANNCCIIAADDOO PPOORR

    GOVERNO DA REPBLICA PORTUGUESA

    2. processo de inquirio. Em termos relativos, a diferena face ao volume de consultores no

    significativa.

    De acordo com o 1. processo de inquirio, a experincia profissional dos formadores do QI-

    PME na participao em aces sistemticas de formao para micro e PME mais de 75% j

    exercia formao profissional h 5 ou mais anos sinaliza um bom nvel de experincia destes

    actores.

    Adicionalmente refira-se que no 2. processo de inquirio possvel verificar que a quase

    totalidade so formadores externos s EB, sendo que cerca de metade procede a uma

    articulao directa com as EB e 43% encontra-se integrado em entidades formadoras externas.

    Uma percentagem significativa (mais de 1/3) afirmou quer no 1. quer no 2. processo de

    inquirio ter ministrado aces de formao a trabalhadores e a empresrios. Este aspecto

    revela alguma flexibilidade dos formadores.

  • 36

    AVALIAO DA FORMAO DO PROGRAMA QI-PME NORTE FORMAO-ACO E FORMAO PARA EMPRESRIOS

    PPRROOJJEECCTTOO PPRROOMMOOVVIIDDOO PPOORR CCOO--FFIINNAANNCCIIAADDOO PPOORR

    GOVERNO DA REPBLICA PORTUGUESA

    Empresas e empresrios

    De acordo com o previsto, o nmero de empresas a envolver no QI-pme Norte corresponderia

    a 525 empresas (ou seja, 21 Entidades Beneficirias com interveno em 25 empresas cada

    11 Entidades Beneficirias na 1. Edio e 10 na 2. Edio), sendo que na 1. edio

    encontrava-se previsto envolver 275 empresas e na 2. edio 250. No entanto, no mbito da

    2. edio foi seleccionada mais uma entidade beneficiria face ao previsto, pelo que se

    poderia prever uma interveno em 275 empresas (mais 25 empresas face ao previsto

    inicialmente).

    Foram seleccionadas 285 empresas na Edio 1 e 294 empresas na Edio 2, das quais 7 no

    primeiro caso e 9 no segundo no foram consideradas elegveis, uma vez que no cumpriam os

    requisitos necessrios. Nesta perspectiva, o nmero de empresas envolvidas na Edio 1 do

    QI-PME Norte cifrou-se em 278 e na Edio 2 em 285.

    Porm, o nmero de empresas com interveno concluda na Edio 1 do Programa situou-se

    em 266 entidades o que significa que onze empresas desistiram e uma teve que ser substituda

    devido a alterao da sua denominao social e na Edio 2 cifrou-se em 276 empresas, dado

    que 6 desistiram e 3 foram consideradas no elegveis, traduzindo-se numa taxa de realizao

    face ao previsto inicialmente e contratualizado com o POPH de 97% e 110%, respectivamente.

    Quadro 5 N. de Empresas seleccionadas, intervencionadas e desistentes na Edio 1 e na Edio 2 do QI-PME Norte Formao-Aco

    EDIO 1 EDIO 2

    Empresas seleccionadas 285 294

    Empresas