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1 RELATÓRIO FINAL PROGRAMA DE DIFUSÃO DA CARTA DA TERRA SVMA/SME

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RELATÓRIO FINAL PROGRAMA DE DIFUSÃO DA

CARTA DA TERRA SVMA/SME

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Apresentação Este relatório representa a síntese dos trabalhos realizados no Programa de Difusão da Carta da Terra na rede municipal de educação em São Paulo, parceria entre a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente (SVMA) e Secretaria Municipal de Educação (SME) do Município de São Paulo. O relatório está estruturado cronologicamente, apresentando as etapas e atividades desenvolvidas entre setembro de 2007 e outubro de 2008, com os seguintes itens:

1. Definição, propósito e planejamento do Programa 2. Difusão do Programa nas DRE – setembro de 2007 3. Unidades Escolares envolvidas por Coordenadoria 4. Metodologia 5. Temas abordados por encontro 6. 1º Seminário da Carta da Terra e Ecopedagogia na Educação 7. Encerramento da etapa 2008 do Programa Carta da Terra 8. Relatório de pesquisa e avaliação dos Educadores 9. Considerações sobre o processo 10. Equipe Técnica

Acompanham o presente relatório: Anexo 1: Carta da Terra, exemplar da edição de 65 mil exemplares distribuídos às escolas Anexo 2: Caderno Carta da Terra, com informações sobre o Programa e DVD com os materiais dos 10 Encontros realizados, distribuída para os educadores que participaram do programa. Anexo 3: DVD com reportagens e outros materiais audiovisuais produzidos ao longo do programa.

Definição, Propósito e Planejamento do Programa Em março de 2006, Betty McDermott, da U-Peace (Universidad para la Paz, Costa Rica), apresentou, em São Paulo, na UMAPAZ – Universidade Livre do Meio Ambiente e da Cultura de Paz da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, o programa Carta da Terra e experiências que vêm sendo desenvolvidas em outros países. Em junho de 2007, esteve em São Paulo Miriam Vilela, brasileira, que trabalha na ONU com a difusão da Carta da Terra. Nessa ocasião, houve uma decisão conjunta do Prefeito de São Paulo, o Secretário do Verde e Meio Ambiente e o Secretário da Educação de intensificar a difusão da Carta da Terra na rede municipal de educação. A partir dessa decisão, técnicos das equipes das duas Secretarias começaram a desenhar o Programa de Difusão da Carta da Terra na rede municipal de educação de São Paulo. O propósito definido para o Programa foi o de difundir os valores e princípios da Carta da Terra na rede municipal de educação, contribuindo para a promoção do equilíbrio e da sustentabilidade sócio ambiental.

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A dinâmica escolhida foi a de promover Encontros mensais entre educadores da rede municipal de educação, especialmente coordenadores pedagógicos e diretores de escolas – pela sua capacidade de multiplicação e influência – e educadores socioambientais da UMAPAZ – Universidade Livre do Meio Ambiente e da Cultura de Paz, para que dialogassem sobre os princípios e valores da Carta da Terra e sua aplicação nos projetos pedagógicos e atividades das escolas da rede pública municipal, que atingem um milhão de crianças e adolescentes. A primeira ação foi a reprodução de 65 mil exemplares da Carta da Terra para distribuição para todos os professores da rede municipal de educação. Em seguida, as equipes das duas Secretarias articularam a forma de realização do programa, pelo período inicial de um ano, a partir de setembro de 2007 até outubro de 2008, iniciando com reuniões em cada uma das treze diretorias regionais da educação, para informar sobre o programa e definir, com elas, a dinâmica do processo e o perfil das turmas.

Difusão do Programa As primeiras ações do projeto tiveram início no dia 3 de setembro de 2007, quando foi feita a primeira das 13 reuniões de divulgação do projeto para os diretores das escolas da rede municipal nas respectivas Coordenadorias de Educação do Município. Por meio dessas 13 reuniões foram sensibilizados 877 participantes num cenário de 1321 unidades. A seguir detalhamos as dinâmicas por Coordenadoria.

1. CEU Parque São Carlos - CE São Miguel A reunião contou com a presença de 94 representantes das escolas num universo de 117 escolas. Ao termino da apresentação muitos diretores e diretoras se manifestaram, refletindo uma mobilização aberta e interessada. 2. CEU Cidade Dutra - CE Capela do Socorro e CE Santo Amaro Contamos com a presença de 103 representantes de escolas num universo de 159, a maioria Diretores e Diretoras. 3. CEU Campo Limpo - CE Campo Limpo Contamos com a presença de 37 representantes num universo de 145. Mesmo assim o envolvimento dos presentes foi bastante ativo.

4. Auditório da CE Freguesia do Ó /Brasilândia Contamos com a presença de 56 representantes das escolas num universo de 79 profissionais. As trocas foram boas.

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5. Auditório da CE de Butantã Contamos com a presença de 84 representantes das escolas num universo de 77 escolas, ou seja, algumas escolas tinham mais de um representante. As trocas foram boas e agendamos a reunião de inicio para 1 de outubro como meta.

6. CEU Jambeiro - CE Guaianases No Céu Jambeiro, contamos com a presença de 69 representantes num universo de 90. Alguns diretores perguntaram sobre a possibilidade de indicarem mais de um representante e respondemos que caso a escola seja muito grande o diretor poderia indicar dois representantes. 7. Auditório da CE da Penha - CE Penha Contamos com a presença de 85 representantes num universo de 118. As trocas foram ativas e alguns diretores perguntaram sobre possibilidades de financiamento para os projetos que a escola viesse a desenvolver durante o projeto. Respondemos que, a princípio, nos estaríamos dando apoio para as articulações necessárias ao desdobramento dos projetos, mas sem previsão inicial de financiamento pelo projeto em si. 8. Auditório da CE de Jaçanã /Tremembé - CE Jaçanã/Tremembé Neste encontro estavam presentes 103 representantes de escola num universo de 102 escolas. Dessa forma obtivemos 100% de presença. A participação foi ativa e ao final duas escolas compartilharam em plenária suas experiências e projetos na área ambiental, incluindo projetos com a Carta da Terra.

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9. CEU Meninos - CE Ipiranga Estiveram presentes 66 representantes, num total de 102. Alguns diretores perguntaram sobre a articulação entre a segunda fase do PAVS “Saúde e meio ambiente” com o projeto Carta da Terra. Respondemos que nosso objetivo é o de fazer a conexão com o PAVS, e que as UBS que desenvolverem projetos relacionados às escolas serão identificadas para que as parcerias possam acontecer. 10. CEU Vila Atlântica - CE Pirituba No CEU Vila Atlântica tivemos a presença de 19 representantes num total de 120. Segundo os representantes da Coordenadoria de Pirituba isto aconteceu em virtude do convite aos diretores ter sido em caráter de convite e ao fato de que naquele mesmo dia outra reunião importante havia chamado demandado a presença dos diretores daquela regional. Colocamos-nos a disposição para uma nova aproximação. Os representantes da Coordenadoria de Pirituba se responsabilizaram por contatar todas as escolas ausentes enviando a apresentação feita, divulgando o projeto. 11. CEU São Rafael - CE São Mateus No Céu São Rafael, contamos com a presença de 98 representantes de escolas num universo de 120. A participação foi bem ativa. Perguntaram sobre a possibilidade de formação de turmas noturnas, mas respondemos que, á princípio, não seria possível por questões logísticas. 12. Auditório da CE Itaquera - CE Itaquera Nessa reunião, contamos com uma recepção calorosa da sala de programas especiais e com a presença de 71 representantes num universo de 92. A troca foi boa e muitos diretores se mostraram interessados em participar do projeto.

Decisões Essas reuniões regionais resultaram nas seguintes decisões:

� realizar o programa com diretores, coordenadores pedagógicos ou outros representantes das escolas, com capacidade de influenciar a proposta pedagógica e as

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atividades das respectivas escolas, junto a comunidade escolar (docentes, discentes e pais);

� formação de turmas com 20 a 25 educadores, por região, sem obrigatoriedade de

participação;

� realização de 10 Encontros mensais, de quatro horas de duração cada um, entre educadores da rede e educadores ambientais da UMAPAZ, para compartilharem reflexões sobre os princípios da Carta da Terra;

� realização dos Encontros nas áreas das respectivas direções regionais, em locais definidos pelas coordenadorias.

A partir dessas decisões, foram constituídas 42 turmas de educadores da rede municipal de educação pelas Diretorias Regionais de Educação e mobilizada uma equipe de 12 educadores ambientais da UMAPAZ, encarregada de preparar materiais – exposições e textos de autores de referência - para os Encontros.

Em 1 de outubro de 2007 foram iniciados os Encontros de Difusão da Carta da Terra, com cada uma das turmas, nas 13 regiões. O cronograma inicial dos encontros esta sistematizado na tabela abaixo é importante salientar que ele apresentou adequações ao longo do período, mas sempre mantendo o cronograma integral com as 40 horas de capacitação para cada uma das turmas.

CRONOGRAMA INICIAL DA CAPACITAÇÃO CARTA DA TERRA – SVMA/SME

DRE out Nov Dez Fev Março Abril Mai Jun Ago Set Out

1 5 3 18 10 07 05 02 04 01 13 Jaçanã

8 12 10 25 17 14 12 09 11 08 13

Pirituba 22 26 17 - 03 28 19 16 18 15 e 29 13

Penha 1 5 3 18 10 - 05 16 18 15 e 29 13

8 12 10 - 24 07 26 30 04 01 6 e 13 São Miguel

22 26 17 - 17 e 31 14 12 09 11 08 13

Freguesia 8 5 3 - 04 01 06 03 05 02 6 e 13

1 5 3 - 17 07 26 02 04 01 06 Guaianases

8 12 10 18 24 14 12 09 11 08 13

22 26 17 25 03 28 19 23 25 22 13 Santo Amaro 29 26 17

- 10 - 05 16 e 30

18 15 e 29 13

Butantã 1 5 3 - 03 07 05 02 04 01 6 e 13

Penha 8 12 10 25 03 28 19 23 25 22 13

1 5 3 - 24 07 26 02 04 01 6 e 13 Capela Socorro 8 12 19 18 17 14 12 09 11 08 6 e 13

3 7 3 - 05 02 07 04 06 03 6 e 13 Itaquera

10 14 10 20 12 09 14 11 13 10 13

Campo Limpo

22 5 3 25 10 28 19 09 11 08 13

1 5 3 25 10 28 19 23 25 22 13 São Matheus 8 12 10 03 e

31 - 05 16 16 18 15 e 29 13

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Número e Tipo de Unidade Escolar por Coordenadoria

Coordenadoria CEI EMEI EMEF CIEJA CECI EMEFM EMEE CEU Total Jaçanã 19 60 16 9 - - - - 104 Butantã 8 12 13 - - - - - 33 Campo Limpo 21 25 8 - - - - - 54 Capela do Socorro 13 23 8 1 - - - - 45 Freguesia/Brasilândia 4 19 13 - - - - - 36 Guaianases 26 31 28 1 - - - - 85 Ipiranga 13 41 30 2 - - 1 - 87 Itaquera 18 25 16 1 - - - - 60 Penha 23 29 23 - - - - - 75 Pirituba 7 16 19 - 1 - - - 43 São Miguel 34 34 37 - - - - - 105 Santo Amaro 17 22 30 1 - 1 1 - 72 São Matheus 14 38 27 - - - - 2 81 Total Geral 217 375 268 15 1 1 2 2 882

Responsáveis pelo programa por DRE

DIRETORIA NOME FONE

BUTANTÃ

Inês Aparecida Costa Veiga e Mariléia Sguerri Farah

37433377 r. 270/269/ e r. 226/228

CAMPO LIMPO

Andréia Caetano de Araújo e Manuel Gomes Filho 58149766

CAPELA DO SOCORRO Margarete de Moraes Zillig 55211993

FREGUESIA DO Ó Rosângela Padoim Gracio 39315279

GUAIANASES Nadir Aparecida Costa 25576100 r216

ITAQUERA

Margarete Louzano Silva e Adalcina Helena Magalhães

2746 7641 e 67418801 r206

IPIRANGA

Elisabeth Oliveira Dias e Mônica Maria Felix

50821206

JAÇANÃ/ TREMEMBÉ

Agar Aga Toledo Peres Leite Penachio e Alessandra Tex Favari 29826870

PENHA

Sandra Regina Romeu e Benedita Conceição do Amaral Silva 20933450

PIRITUBA

Leila Gallacci Metzker e Viviane Faulstich Arbex

38686151 e 38714038

SANTO AMARO Ayako Deola e Gisleine Dias 50318855- r245

SÃO MATEUS

Maria do Carmo de Mattos Zampronha e Yara Goulart Moreno 21197982

SÃO MIGUEL

Jarir Siproni e Maria Advani de Oliveira Gomes 29562420

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Metodologia Os Encontros foram desenhados como espaços de compartilhamento de experiências e de reflexão sobre as orientações da Carta da Terra e as possibilidades de sua aplicação nas práticas educativas, com o apoio de materiais audiovisuais e bibliográficos apresentados pelos facilitadores, educadores socioambientais.

Os Encontros se dedicaram a aprofundar conhecimentos, tanto dos educadores da rede como dos educadores socioambientais e a refletir sobre os axiomas da prática educativa tradicional, suas limitações e necessidades de mudança.

Buscou-se o equilíbrio entre momentos de reflexão teórica sobre os fundamentos filosóficos e paradigmáticos que norteiam a ação do educador e momentos voltados para análise da situação atual das escolas e para o diagnóstico dos principais obstáculos para a superação dos desafios.

Em cada Encontro foi oferecido um referencial teórico, insumo para as dinâmicas de grupo e plenárias, a fim de ampliar percepções sobre (1) a interdependência entre seres humanos e a biosfera; (2) a responsabilidade da sociedade atual com as futuras gerações; e (3) as conseqüências dos hábitos de consumo sobre o cenário socioambiental atual.

Na dimensão prática, os participantes foram introduzidos na aplicação da metodologia da Pegada Ecológica, que dimensionaram, nas suas respectivas escolas, a pegada ecológica referente aos resíduos e às áreas verdes. Para isso foram desenvolvidas planilhas que auxiliaram o levantamento de dados e a sua posterior análise, com identificação de aspectos que podem ser modificados e melhorados em relação aos resíduos e às áreas verdes.

O propósito da aplicação dessa metodologia foi o estímulo à introdução de novas práticas na escola, para a separação e destinação correta de resíduos e, com o apoio da equipe da UMAPAZ e dos Núcleos Descentralizados, implantar hortas e fazer plantios.

Plantio realizado na EMEI Cordeiro, com as crianças e o ecólogo da UMAPAZ, Vitor Lucato

Durante o processo de trabalho, foi realizado um esforço de articulação com outras instituições e grupos públicos e privados, para os desdobramentos do Programa, como reuniões com a LIMPURB, solicitando um circuito de coleta seletiva nas escolas; com o Instituto Verdescola, que foi parceiro na realização de um seminário com os educadores e com o grupo Educomunicação, da própria Secretaria Municipal de Educação.

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Temas abordados por Encontro

Os temas abordados são articulados com os quatro princípios da Carta da Terra, a saber:

i. Respeitar e Cuidar da Comunidade da Vida

ii. Democracia Não violência e Cultura de Paz

iii. Integridade Ecológica

iv. Justiça Social e Econômica

Para cada um destes princípios foram planejados dois Encontros. Tivemos um Encontro de abertura, trabalhando o prólogo da Carta da Terra e, ao final, um Encontro dedicado à avaliação e futuro.

Como referencial de apoio, foram utilizados autores como Fritjof Capra, Edgar Morin e Leonardo Boff e outros. Também foi utilizado o filmete “Hope” para dialogar sobre as escolhas da humanidade.

Neste Encontro foi introduzida, também, a ferramenta da pegada ecológica escolar para resíduos, como parte da metodologia necessária para o trabalho com as planilhas.

O segundo e terceiro Encontros focalizaram o primeiro princípio da Carta da Terra “Respeitar e Cuidar da Comunidade de Vida”.

Dessa forma, no primeiro Encontro foram abordadas as perspectivas e a responsabilidade da família humana face à situação do Planeta e da comunidade da vida, que permeiam todos os princípios e propósitos da Carta da Terra, consolidados na noção de Interdependência.

O grupo Educomunicação, coordenado por Carlos Lima, com equipes de alunos da rede municipal de educação, tem o objetivo de contribuir para que as escolas da rede utilizem o rádio e o jornalismo no processo pedagógico. Teve uma significativa participação no processo, participando e apoiando várias reuniões e eventos, incentivando e oferecendo apoio às escolas para implantar educomunicação e criando o e.group

[email protected]

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As diferentes visões foram trabalhadas em grupo e plenárias. Além das reflexões, foram realizadas dinâmicas para trabalhar as planilhas de resíduos e do verde na escola. E, finalmente, a temática da “cultura do desperdício”, já em resposta aos primeiros dados trazidos pelos participantes na pegada dos resíduos na escola.

No quinto Encontro, nos debruçamos sobre a Diversidade Humana. O tema central foi o conceito de cultura e conversamos sobre sua influência sobre nossas construções sociais. Este encontro teve o propósito de suscitar o dialogo sobre a unidade que reside na diversidade e vice-versa. Em outras palavras, conversaremos sobre nossa diversidade cultural e nossa unidade genotípica, com o intuito de ampliar nosso censo de identidade em perspectiva histórica com o nosso planeta. Usamos como referencial Levi Strauss, Humberto Maturana, Martin Luther king Jr e Eduardo Galeano.

No segundo Encontro foi abordada a temática da Biodiversidade e sua importância, recuperando-se as noções de Ecologia Profunda (Arne Naess), Biofilia (Edward Wilson) e Saber cuidar (Leonardo Boff).

Foram trabalhados os princípios de “Respeitar a Terra e a vida em toda sua diversidade” e de “Cuidar da comunidade da vida com compreensão, compaixão e amor”

No quarto Encontro, em fevereiro, foram focalizadas as bases da Cultura do Consumo e Cultura do Desperdício. Para tanto nos referenciamos em autores como Zigmunt Bauman, Gilberto Dupas e Erwin Laslo. Neste momento dialogamos sobre a relação entre consumo, felicidade e sustentabilidade, trabalhando as interfaces entre nossa sociedade de consumo ocidental e seus impactos socioeconômicos e culturais mais abrangentes. Da mesma forma conversamos sobre a publicidade e sua influência na criação de necessidades e na perpetuação do consumo enquanto fim em si mesmo e seus reflexos sobre a construção da personalidade das nossas crianças.

No terceiro Encontro, ainda dentro do primeiro princípio, foram trabalhadas diferentes abordagens pedagógicas, usando como tema Diversidade de Olhares sobre Educação, com a escolha de sete autores que se debruçam sobre o tema da educação: Moacir Gadotti (ecopedagogia), Edgar Morin (complexidade e os sete saberes da educação do futuro), Roberto Crema (educação e vocação), Krishnamurti (educação sem disciplina), Sai Baba (pedagogia do amor), Howard Gardner (inteligências múltiplas) e Fritjof Capra (teia da vida e alfabetização ecológica).

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Nesse momento, em junho de 2008, Miriam Vilela esteve no Brasil e pudemos fazer um encontro para aproximar nossas ações ao movimento internacional da Carta da Terra.

Um sistema onde sejam valorizados os laços econômicos de proximidade e circuitos locais de troca de bens, serviços e produtos. Foram trabalhadas idéias de Marcus Arruda, Euclides Mance e Ignacy Sachs. Foram analisadas as fotografias do livro: Hungry Planet, de Peter Menzel e Faith D´Aluisio

Como prática foram realizadas feiras de trocas solidárias.

No nono Encontro, posterior ao 1º Seminário Carta da Terra e Ecopedagogia, trabalhamos o desafio: Da Sensibilização para a Mobilização. Para tanto nos debruçamos sobre o sentido de pertencimento a um território e a necessidade de ampliarmos nossa percepção para ativar potencialidades latentes no próprio território. Utilizamos como dinâmica o exercício das trilhas

No sexto Encontro, aprofundamos a abordagem sobre a diversidade humana especificamente no Brasil e em São Paulo. Para trabalhar a Diversidade no Brasil e em São Paulo, fizemos uma retrospectiva histórica, nossa formação étnica cultural baseada na miscigenação e singularidades regionais. Usamos como referencial teórico, autores como Darcy Ribeiro, Roberto Gambini e Kaká Verá Jecupé.

No sétimo Encontro, o tema foi a Cultura de Paz e a Resolução Pacífica de Conflitos. A idéia foi conectar toda ampliação da noção de identidade humana trabalhada nos dois encontros anteriores com ferramentas praticas de gestão de conflitos de forma pacífica. Os temas trabalhados foram mediação de conflitos, conciliação e negociação, fechando com a apresentação do modelo da comunicação não violenta e dialogo temático, recuperando Xesus Jares. Lia Dkiskin, Johan Galtung e Marshall Rosenberg entre outros

Durante o oitavo Encontro entramos na temática da Economia Solidária, com o objetivo de demonstrar as bases do sistema econômico atual como representantes de um sistema insustentável e autodestrutivo. Em seguida iniciamos um diálogo sobre os princípios e valores de um outro sistema econômico possível, baseado na abundância, na cooperação e na humanização do ser humano.

Entre o oitavo e o novo Encontro foi realizado o 1º Seminário Carta da Terra e Ecopedagogia, tratado em item específico.

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urbanas interpretativas e recuperamos autores como Edgar Morin, Milton Santos, Ruben Alves e Fernando Pessoa.

Pesquisa Resíduos Sólidos na Escola

Durante os Encontros, foi realizada uma pesquisa para aprofundar o diagnóstico no que tange a relação das escolas com a gestão dos resíduos sólidos no ambiente escolar. Do total de participantes recebemos 265 questionários que estão representados nas tabelas abaixo.

O que podemos observar na primeira tabela é que 42% destas escolas, 106 unidades, só tem acesso a coleta de lixo comum 1 vez por semana. Isto acarreta diversos problemas pois o acumulo dos resíduos pode comprometer a sanidade do espaço escolar. Além disso, 4% das unidades, nove escolas, não faziam parte das rotas de coleta de lixo da LIMPURB (departamento de cuida da limpeza pública no município).

Gráfico I: COLETA DE LIXO COMUM

30%

24%

42%

4%

1

2

3

4

O gráfico seguinte, que retrata o cenário da coleta seletiva para estas 265 unidades, demonstra que este serviço não atinge mais do que 11% das escolas o que torna muitas vezes o trabalho dos educadores dentro do ambiente escolar superficial, pois como demonstra O gráfico III, 47% das unidades separam o lixo, mas apenas 11% delas conseguem dar um fim coerente ao mesmo. O compromisso didático de dar o exemplo torna-se um desafio e os educadores

Diariamente 3 x semana 1 x semana Não há coleta

No décimo e ultimo Encontro, trabalhamos a idéia do Educador como Modelo, como uma referência importante para os educandos. A idéia central residiu no fato de que educamos pelo exemplo, pelas ações e isso amplia nossa responsabilidade de trabalharmos em nós mesmos as dimensões que percebemos mais frágeis e de assumirmos nossos limites enquanto educadores e seres humanos. Mobilizamos para amparar essas reflexões as idéias de Fátima Freire Dowbor entre outros. E foi utilizado o curta metragem australiano “Children see, children do”.

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freqüentemente se sentem desmotivados a continuar fazendo a separação internamente quando sabem que todo este trabalho será em parte perdido pela ausência da coleta seletiva.

Gráfico II:

Coleta Seletiva na Escola

11%

89%

1

2

Além disso, podemos observar que mais da metade das unidades não separa seus resíduos, o que representa uma lacuna a ser urgentemente trabalhada em sincronia a ampliação da rede de coleta seletiva, pelo menos para as escolas da rede Municipal.

Gráfico III

Separação dos Residuos na Escola

47%53%

1

2

Sim, semanalmente Não há

Sim Não

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O que permanece evidente é o grande trabalho, ainda no nível básico, necessário para dar suporte ao processo educativo que a gestão responsável dos resíduos pode representar no ambiente escolar e para as comunidades do entorno. É comum pensarmos em intervenções inovadoras, mas que por vezes esbarram em lacunas centrais como estas apresentadas pelos gráficos acima.

1º Seminário Carta da Terra e Ecopedagogia

Nos dias 28 e 29 de junho, a UMAPAZ – Universidade Livre do Meio Ambiente e da Cultura de Paz realizou o primeiro Seminário “Carta da Terra e Ecopedagogia: a escola e o educador no mundo da interdependência e cidadania global”, em parceria com o Instituto VERDE ESCOLA, uma organização não governamental sediada em São Paulo. O Seminário teve o objetivo de apresentar iniciativas de escolas da rede municipal de educação que contribuem para uma educação sustentável e promover a troca de experiências entre as escolas participantes do programa. Cada escola pôde inscrever um trabalho ou projeto realizado ou em fase de realização no âmbito escolar, nas áreas de educação ambiental e de cultura de paz. Os trabalhos inscritos foram selecionados por uma comissão formada com esse fim. A exposição dos trabalhos no evento foi múltipla: exposição oral de até 10 minutos, banners, apresentações teatrais, musicais, performances. A programação completa esta representada abaixo pelo folder de divulgação. No DVD anexo a este relatório poderão ser encontradas as entrevistas feitas pela equipe de Educomunicação sobre o evento.

Seminário Carta da Terra e Ecopedagogia

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Encerramento da Etapa de 2008 do Programa de Difusão da Carta da Terra

No dia 13 de Outubro de 2008, foi realizado um Café do Futuro como evento de encerramento da etapa de 2008 do Programa de Difusão da Carta da Terra na rede municipal de educação, realizado na UMAPAZ – Universidade Livre do Meio Ambiente e da Cultura de Paz, no Ibirapuera.

Nesse evento, 250 educadores participaram de duas vivencias:

CAFÉ DO FUTURO: realizado com a metodologia do world café (Juanita Brown e David Isaacs), com o tema: “Cidadania do Futuro”. As perguntas para o dialogo foram: (1) Como seria o “melhor” cidadão para o futuro que você pode imaginar? e (2) O que você acha que pode fazer para contribuir com a formação deste cidadão? Foram desenvolvidas rodadas de diálogo e, ao final, a colheita das idéias do grupo.

A partir destas duas perguntas realizamos as rodadas de dialogo e de colheita das idéias ao final do processo. No DVD anexo também é possível assistir a um pequeno documentário sobre este processo.

FEIRA DE TROCAS: A segunda vivencia foi a realização de uma feira de trocas solidárias a partir dos bens, produtos e serviços que os educadores trouxeram para trocar.

Relatório de Pesquisa dos Educadores

Ao final dessa etapa do Programa de Difusão da Carta da Terra, distribuiu-se um questionário para os educadores participantes do Programa. O propósito da pesquisa foi o de conhecer mais sobre o perfil do participante, sua satisfação com o programa e os possíveis impactos que ele próprio observa na sua vida. Foram recebidos preenchidos e tabulados 349 questionários, que representam uma amostra não intencional do universo de cerca de 800 educadores inscritos no Programa, que traz algumas revelações sobre essa população. A distribuição dos educadores participantes da pesquisa pelas 13 DRE é a seguinte:

24

14

36

20

47

42

14

17

43

25

31

20

16

0 10 20 30 40 50

ITAQUERA

FREGUESIA DO Ó

SANTO AMARO

PERUS-PIRITUBA

JAÇANÃ-TREMEMBÉ

S.MIGUEL

CAPELA SOCORRO

CAMPO LIMPO

IPIRANGA

PENHA

S.MATEUS

GUAIANAZES

BUTANTÃ

Distribuição dos educadores participantes da

pesquisa por DRE

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PERFIL Em relação ao perfil, foi pesquisado; sexo, faixa etária, área de graduação, cargo e ano de ingresso na Prefeitura, função que exercia no início do programa (outubro 2007) e no seu final (set./out 2008), se tem mais de um emprego, se mudou de escola no período do programa, se mora na região da escola e como acessa a escola. A distribuição dos participantes da pesquisa por sexo, mostra a predominância de educadores do sexo feminino (320) e apenas 29 do sexo masculino.

Sexo

8%

92%

M

F

Em relação à faixa etária, o educador mais jovem participante da amostra tem 25 anos e o mais idoso 67 anos. A distribuição, por faixas etárias dos participantes da amostra, é a seguinte:

0

10

20

30

40

50

60

21-30 31-40 41-50 51-60 61 e mais Nãorespondeu

Faixas etárias

Observa-se uma predominância de educadores com mais de trinta anos. Um terço dos educadores situa-se na faixa de 31 a 50 anos. São pedagogos de formação 53% dos participantes da pesquisa. Cinco por cento dos educadores indicaram mais de uma área de graduação. A distribuição, por curso indicado, é a seguinte:

Área de Graduação nº

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Pedagogia 185 Letras 34 Psicologia 23 Biologia 17 História 17 Educação Física 16 Ciências físicas e biológicas 12 Geografia 11 Administração 7 Serviço social 7 Ensino médio 6 Educação Artística 5 Ciência 4 Matemática 4 Superior 4 Química 3 Ciências Sociais 2 Gestão Escolar 2 Artes 1 Filosofia 1 Normal Superior 1 Não respondeu 8

Sobre o cargo na Prefeitura, segundo as respostas dos educadores, a distribuição é a seguinte:

Cargo na Prefeitura

Função que exerce

Assistente de Diretor 14 23 Diretor de CEI 6 9 Diretor de Escola 61 61 Coordenador Pedagógico 83 87 Educador Comunitário 0 1 Professor 171 129 Professor Readaptado 0 19 Supervisor Escolar 7 12 Auxiliar técnico de educação 2 3 Agente de Desenvolvimento Infantil 2 2 Coordenador de Projetos 1 1 Não Respondeu 2 2 Total 349 349

Quando foi definida a parceria entre as Secretarias, o público focalizado pelo Programa deveria ser composto por dirigentes ou coordenadores pedagógicos das escolas em cujo âmbito de decisão estivesse a possibilidade de introduzir no projeto pedagógico e nas atividades da comunidade escolar as questões da sustentabilidade socioambiental. Porém, observa-se que 37% dos integrantes exercem a função de Professor. Quanto a atividade profissional, foi perguntado se o educador tem mais um vinculo ou emprego, pois muitas vezes essa questão apareceu nas reflexões durante o Programa. Um terço declarou ter mais de um emprego.

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Tem mais de um emprego?

69%

30%

1%

Não

Sim

Não Respondeu

Foi indagado, também, se o educador mudou de escola durante o período do Programa. Na mudança de ano letivo, quando o Programa foi retomado, em fevereiro de 2008, muitas turmas haviam perdido diversos integrantes. E a explicação dada foi que o motivo fora o processo de remoção. Houve até mesmo o caso de uma professora que estava participando ativamente do Programa e com a remoção foi impedida de continuar, porque na escola para a qual foi removida não foi possível autorizar a sua saída mensal. Mesmo assim, ainda houve mais alguma movimentação posterior, pois 27 pessoas (8,5%) declararam, na pesquisa, que mudaram de escola. Nas reuniões houve reflexões sobre como a movimentação constante de educadores, apesar das vantagens que costumam ser apontadas, fragiliza a relação na comunidade escolar e a introdução e implementação de inovações. Muitos projetos são interrompidos com a movimentação de pessoas. Outro fator que facilita as relações é o pertencimento comum, isto é, o fato do educador ser integrante da comunidade que atende, vivenciar e conhecer os problemas e as potencialidades. Perguntados sobre se moram na mesma região da Escola, 62% dos educadores respondeu afirmativamente.

Mora na mesma região da Escola?

62%

37%

1%

Sim

Não

Não respondeu

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E como acessam a Escola ? A maioria (71%) utiliza o automóvel. Note-se que esse percentual é quase o dobro do que os que declaram morar em outra região (37%), portanto, mesmo os que moram na mesma região da Escola deslocam-se de automóvel.

52

3

53

9

1

249

0 50 100 150 200 250

A pé

De bicicleta

De ônibus

De metro

De trem

De carro

Os que utilizam metro e ônibus também caminham complementarmente. SATISFAÇÃO Para a avaliação do Programa pelos educadores, foram feitas várias perguntas, procurando encontrar informações que permitissem apurar a satisfação dos participantes. Inicialmente procurou-se descobrir como o participante chegou ao Programa, se por indicação da DRE (Direção Regional de Educação), por indicação da Escola ou por escolha própria.

Como passou a participar do Programa Carta da Terra % por indicação/solicitação da DRE 16 por indicação/solicitação da escola 32 por escolha própria 60 não respondeu 2 Total 100

O fato de 60% estar no Programa por escolha própria dialoga com o item do Perfil, que mostrou, em relação à função que o participante ocupa, um grande número de professores, superando o total de coordenadores pedagógicos e de diretores. Dois terços dos pesquisados declararam ter comparecido a todos os dez Encontros do Programa. É preciso considerar que a pesquisa foi feita no último Encontro e os que lá estavam foram, em sua maioria, aqueles que acompanharam todo o Programa.

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Frequência aos Encontros

68%

29%

3% Compareci a todos osencontros

Compareci a parte dosencontros

não respondeu

A pergunta seguinte refere-se a como o educador percebeu o Programa em relação a contribuição para o trabalho que realiza e, também, para o seu dia-a-dia. 92% declaram que o conteúdo dos Encontros foi significativo para o seu trabalho e para o seu cotidiano.

De um modo geral o conteúdo dos encontros foi significativo para seu trabalho e vida cotidiana? Nº % Sim 322 92 Parcialmente 24 7 Não 1 0 Não respondeu 2 1 349 100

Os materiais do Programa foram sistematicamente disponibilizados no site www.prefeitura.sp.gov.br/umapaz com o objetivo de torná-los acessíveis aos educadores. Foram disponibilizados os arquivos das apresentações em power point, textos e referências bibliográficas e de sites e imagens. Procurou-se saber se os educadores puderam acessar a página e os materiais e se os utilizaram. Um primeiro achado foi o de que a maioria dos educadores: 80% acessaram o site ao menos uma vez e, dentre esses que acessaram, 64% o fez mais de uma vez.

Você acessou a página para ler ou reproduzir

algum dos materiais dos Encontros?

26%

64%

9% 1%

Sim, uma vez

Sim, mais de uma vez

Não, nenhuma vez

Não respondeu

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Dentre os 36 educadores que não acessaram, 9% do total, os motivos apresentados foram: 45% disseram que não tiveram oportunidade; 32% que não têm acesso facilitado à internet e 6% que, quando acessaram, os materiais não estavam disponíveis. Esses achados sinalizam que pode ser efetiva a comunicação virtual com a maior parte dos educadores da rede. Confirma-se a informação de 2007, quando a UMAPAZ ofereceu um curso a distância que obteve um grande interesse por parte dos educadores da rede municipal de educação. Sobre a utilização dos conteúdos do Programa nas atividades profissionais dos educadores participantes da pesquisa, verificou-se que a maioria deles (85%) declarou ter utilizado.

Você utilizou algum dos conteúdos apresentados

nos Encontros na sua atividade profissional?

85%

14% 1%

Sim

Não

Não respondeu

Dos 49 educadores que declararam não ter utilizado nenhum dos conteúdos apresentados na sua atividade profissional, o motivo mais freqüente (73 %) foi “a falta de oportunidade”. Dos 296 educadores que declararam ter utilizado conteúdos, observa-se que o fizeram não apenas nas suas relações profissionais – com professores (75%), alunos (42%), pais de alunos (25%), mas também com familiares e amigos (33%) e na sua vida pessoal (36%):

222

125

75

98

115

1

1

5

0 50 100 150 200 250

professores

alunos

pais de alunos

familiares, amigos

individualmente

agentes escolares

funcionários

Não respondeu

Você utilizou conteúdos do Programa com que

públicos?

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E a Escola dos educadores participantes da pesquisa, está trabalhando com a questão socioambiental e os eixos tratados na Carta da Terra?

A sua escola tem atividades ou projetos que

trabalham com um ou mais temas abordados nos

Encontros?

77%

18%5%

Sim

Não

Não respondeu

A maioria das Escolas, segundo os educadores, já tem atividades ou projetos com os temas. Então, os Encontros contribuíram para essas atividades e projetos? Segundo 98% sim, os Encontros contribuíram.

Se sim, você considera que os Encontros trouxeram alguma contribuição Sim 265 Não 4 Não respondeu 14

Os achados da pesquisa, no que diz respeito à satisfação, informam que, na visão dos educadores, o Programa Carta da Terra, com seus dez Encontros, trouxe conteúdos e materiais que eles acessaram e utilizaram ativamente na sua vida profissional e pessoal e que também contribuíram para as atividades que as Escolas já realizavam sobre a questão socioambiental e os temas tratados na Carta da Terra. A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, que no início do Programa editou e disponibilizou a Carta da Terra para todos os professores da rede (65.000 exemplares), também editou todo o material utilizado no Programa, reunindo-o numa publicação, com um CD, de modo a que outros educadores e escolas da rede possam utilizar os conteúdos. A publicação foi distribuída aos participantes no último encontro coletivo, realizado em outubro de 2008, na UMAPAZ. IMPACTO Além da satisfação, a pesquisa procurou aferir a percepção dos educadores sobre o impacto do Programa Carta da Terra na sua visão de mundo, hábitos ou opiniões.

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No plano pessoal, você considera que a sua

participação nos Encontros do Programa teve

influência na mudança de algum hábito ou

opinião?

93%

5% 2%

Sim

Não

Não respondeu

Dos 349 participantes da pesquisa, 321 educadores declaram que consideram que a sua participação nos Encontros tiveram impacto na sua visão, hábitos ou opiniões. Comentando esses impactos, os educadores participantes apresentaram sua visão, numa questão aberta. Não quantificamos essa questão. A seguir, serão reproduzidas, em alguns blocos, frases colhidas nos questionários, que são a expressão direta dos educadores. Verde Desenvolvi um jardim no quintal de casa Observar as praças, cuidar da preservação Orientar os alunos sobre a importância da preservação das árvores" Lixo Comecei a reduzir o lixo que produzo Cuidado com o lixo Coleta seletiva/cuidado na separação e acondicionamento do lixo Maior preocupação com o lixo reciclado Redução do lixo, adotar reciclagem Passei a influenciar familiares e colegas de trabalho Passei a separar o lixo também em minha residência Evitar pintar reciclados Água e Energia Cuidado com o desperdício de água Economizar água Economia de luz Sacolas e embalagens Redução do uso da sacola plástica em casa e de embalagens em objetos que vou guardar Adquirir uma sacola e desprezar as de plástico Usar caixas para compras do supermercado Alimentação Atenção à alimentação Rever hábitos alimentares Reaproveitar alimentos

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Consumir orgânicos Óleo Separar o óleo Não jogar óleo na pia Consumo Ao pensar em comprar repenso a necessidade de sua utilização Diminui o consumo Repensar o uso de descartáveis Evitar o desperdício, reaproveitar os alimentos, reformar roupas. Praticar o consumo regrado e consciente Atenção ao desperdício. Atenção ao consumo. A importância de consumir menos e levar a vida mais leve Incentivar artesanato Verifico a procedência dos produtos e como são produzidos (materiais e funcionários como são considerados) Observação das embalagens dos produtos consumidos Diversidade, conflitos e cultura de paz Compreensão mais alargada do tema Diversidade Diferenças físicas não deveriam estar relacionadas aos direitos Diferentes Brasis / características das comunidades/ cultura do povo brasileiro e local (paulista)/ diferentes culturas e respeito/multiculturalidade Cultura do povo brasileiro e local (paulista)/ diferentes culturas e olhares regional e respeito/ multiculturalidade/ contribuições de várias culturas Aceitar com mais tranquilidade as diferenças Relaçoes pacíficas/trabalhar e evoluir em paz/a importância da paz e do entendimento entre os seres humanos/ amor entre homens/ sem preconceito Buscar leituras relacionadas a cultura de paz Abordagem mais humanizada Mudança na minha percepção da influência de outra cultura, que muitas vezes não percebia, não reconhecia e nem valorizava Mudanças no meu olhar pedagógico, colocar-me no lugar do outro Mudanças de visão A discussão sobre preservação do meio ambiente é muito mais ampla do que a preocupação em se "reciclar" produtos, separar o lixo e se preocupar com a poluição. Ela é o traço da nossa cultura! Visão global / crise planetária Noção de finito / necessidade de um viver sustentável Mudança de paradigmas e posturas/ Soluções/ perspectivas positivas Novos paradigmas nas relações sociais /relações interpessoais/ conviver com respeito/ não-violência/ promover a paz a partir de nós mesmos Enfim me vejo num processo de reconexão com a natureza e com a busca de atos diários que a preserve Hoje eu fico atento Observação do meio ambiente /percepção da realidade/ olhar sensível /a diferença entre olhar e ver Para podermos caminhar em busca da preservação do planeta, precisamos mudar também a visão de mundo e de homem Identifico melhor os cuidados que devo ter com o meio ambiente. Procuro também passar isso para quem eu conheço Ampliação de horizontes, reafirmação e segurança das atitudes positivas Parar somente de falar e realmente agir, criar um planeta sustentável Ratificações e confirmações sobre muitas ações intuitivas. Foram momentos importantes para reflexões pessoal e profissional Provocar mudanças. Mobilizar outros Mudanças em mim e em todos da casa O foco da nossa escola mudou

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Intervenções na escola/ como trabalhar o tema na educação/ visões diferenciadas/ como desenvolver projetos na escola / maneira diferentes para trabalhar Estou procurando conscientizar os funcionários e professores de que o projeto do meio ambiente não deve ser pontual, mas se pautar por ações contínuas, visando realmente as mudanças comportamentais Observar, escutar, olhar o mundo interior e ao meu redor Respeito à comunidade/justiça Atenção à cultura de paz / Ética Um olhar renovado, uma preocupação constante, respeito pelo outro Maior noção dos dados dos acontecimentos mundiais do meio ambiente em geral Ver a questão ecológica de forma mais profunda, principalmente sob o aspecto econômico Mudanças de hábitos, de observação e de percepção do mundo Mudança muito profunda difícil de expressar em palavras É uma modificação para o meu viver Foi a semente colocada para que se tenha um novo olhar Cidadania Planetária Os comentários revelam a diversidade de temas e aspectos relacionados aos valores da Carta da Terra e a questão da sustentabilidade socioambiental tratados nos Encontros e como os educadores relacionaram essa diversidade com seus próprios conhecimentos e experiências, fazendo pequenas e grandes mudanças na sua vida profissional e pessoal. Revelam, também, a potencialidade de transformação que reside no trabalho com educadores da rede municipal, que pode alcançar um milhão de alunos e suas famílias. Neste momento da história do Planeta em que, como diz a Carta da Terra, a humanidade deve escolher o seu futuro, a crise economia e as crises decorrentes das mudanças climáticas, representam uma oportunidade de que essa escolha seja feita com respeito à comunidade da vida e às futuras gerações.

Considerações sobre o processo

“ Para seguir adiante, devemos reconhecer que no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que, nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações. Prólogo da Carta da Terra“

Os princípios e valores da Carta da Terra implicam mudanças profundas na sociedade, inclusive no sistema educacional. Mudanças incrementais que podem brotar e desenvolver-se a partir da sensibilização e conscientização dos indivíduos para a situação socioambiental do Planeta, da Cidade e de cada comunidade. Conhecer os desafios é o primeiro passo para superá-los.

O Projeto Carta da Terra tem o propósito de contribuir para essa transformação, com consciência de seus limites e possibilidades.

Para isso os Encontros tiveram um enfoque pró-ativo, possibilitando que, em conjunto, os educadores se debruçassem sobre a coerência entre o discurso que fazemos ou defendemos e a prática que temos enquanto cidadãos e educadores.

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Este processo não é fácil e nem é rápido. A Carta da Terra questiona padrões de comportamento e mudanças de atitudes e valores levam tempo e implicam esforço continuado.

Temos o desafio de abordar questões existenciais que há muito tempo estão distantes do cotidiano de todos nós e, por isso, precisam ser novamente trazidas para o diálogo consciente.

Todos somos aprendizes dessa realidade que a família humana forjou e também somos os agentes de transformação, os construtores do futuro:

“A ciência está em transição, “a noção de complexidade desempenha um papel importantíssimo (...) Todo mundo percebe que a complexidade está ligada à multiplicidade de comportamento, a sistemas cujo futuro não se pode prever, como se pode prever o futuro de uma pedra que cai”. (...) a complexidade nos conduz a uma nova forma de racionalidade que ultrapassa a racionalidade clássica do determinismo e de um futuro já definido. E o fato de que o futuro não está determinado é, para mim, um sinal de esperança, porque o passado é um passado de violência e de sangue. Portanto, a meu ver, podemos falar de um futuro que se faz, de um futuro em construção.” Ilya Prigogine in O fim da Certeza in MENDES, Cândido (org) Representação e Complexidade, Garamond: Rio de Janeiro, 2003, p.50)

Mas, como lembra Einstein: “Não resolveremos os problemas que enfrentamos com a mesma mente que os criou”.

Os Encontros de Difusão da Carta da Terra procuraram incentivar a reflexão sobre a mudança de atitudes e valores dos educadores como parte essencial das possibilidades de influência e estímulo para mudanças dos educandos e da escola como um todo no que diz respeito à sustentabilidade socioambiental.

Os diálogos foram consistentes e seminais, tanto pela grande experiência dos participantes – diretores, coordenadores pedagógicos e assistentes de escolas da rede – como pelos exemplos iluminadores que foram trazidos para a reflexão.

Paralelamente, o trabalho com as pesquisas sobre os resíduos e as áreas verdes nas escolas trouxeram informações relevantes até mesmo para os próprios educadores que passaram a observar aspectos do cotidiano de suas escolas. Assim também as reflexões sobre a alimentação e o desperdício de alimentos e as relações sociais e culturais na escola, as maneiras de lidar com as diferenças e de conduzir os conflitos, despertaram olhares e potenciais.

Como apontaram os participantes, a reflexão feita sobre a cultura do desperdício, problema fundamental do nosso tempo, onde muitas pessoas não têm como suprir necessidades básicas outras desperdiçam os bens que adquirem ou recebem, foi estimulante. Observaram que isso também ocorre na escola, com relação a merenda, ao material escolar, ao uniforme e a materiais utilizados nas atividades administrativas e pedagógicas. Tal situação foi objeto de intensos diálogos, sendo que, no 3º Encontro, foi compartilhada uma proposta para que as escolas trabalhem o assunto no início das aulas, focalizando o quanto de elementos naturais (árvores, petróleo, algodão, etc.) e o quanto de trabalho humano (agricultores, operários, costureiras, transportadores e outros) estão contidos em um lápis, um caderno, um agasalho.

Visualizamos como desafios na continuidade do Programa:

� o acompanhamento dos processos de mudança iniciados referentes a resíduos, áreas verdes, merenda, material escolar e uniformes, diversidade e relações na escola e resolução pacífica de conflitos;

� o alcance de maior número de coordenadores pedagógicos e diretores de escolas;

� a abertura do Programa para pais e alunos.

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Equipe Técnica

O Programa de Difusão da Carta da Terra na rede municipal de educação de São Paulo, na sua primeira etapa, realizada de 2007 a 2008, resultou de um acordo definido pelo Prefeito Gilberto Kassab e os Secretários Municipal de Educação, Alexandre Schneider e do Verde e do Meio Ambiente, Eduardo Jorge Martins Alves Sobrinho, com a interveniência de Miriam Vilela, enquanto coordenadora da Iniciativa Carta da Terra, pela U-Peace.

Os interlocutores da Secretaria Municipal de Educação para o desenvolvimento do Programa foram: Emília Emirene Nogueira (2007-2008); Renata V. Rodel (até fevereiro de 2008) Marisa Ricca Ximenes, Benedita Terezinha Rosa de Oliveira e os Diretores Regionais de Educação, que designaram assessores para o acompanhamento do Programa em cada uma das treze regiões.

Por parte da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo, a responsabilidade pelo Programa foi da UMAPAZ – Universidade Livre do Meio Ambiente e da Cultura de Paz, com a seguinte equipe de educadores socioambientais:

Rose Marie Inojosa, comunicóloga, coordenadora da UMAPAZ ([email protected]; [email protected]); Diogo Alvim Gonçalves, biólogo, coordenador do programa;André Luis Moura de Alcântara, sociólogo;Camila Tolosa Bianchi, bióloga;Eliana Sapucaia Rizzini, biólogo;Georges Fouad Kherkakian, economista;Glacilda Pinheiro Pedroso Correia, pedagoga;Márcia Halluli Meneh, arquiteta;Márcia Moura, assistente social;Maricy Montenegro, psicóloga;Shirley Daisy Pelliciari, pedagoga;Vitor Octávio Lucato, biólogo e ecólogo.

São Paulo, dezembro de 2008