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PRODETUR NE-II PDITS – Salvador e Entorno 3.11 Perfil do Turista 450 3.11. Perfil do Turista Introdução Neste capítulo são apresentadas as caracterizações geográficas, psicográficas e de comportamento dos turistas atuais da área de planejamento. Sempre que for pertinente, também será apresentada a evolução dessas variáveis ao longo dos anos. Também é apresentada a evolução do fluxo, uma informação essencial para o dimensionamento e qualificação do serviço. Finalizam esta análise as avaliações dos turistas em relação à infra- estrutura, equipamentos e serviços, preços, atrativos e fidelidade e freqüência de visita. O conhecimento do perfil é uma primeira etapa para um processo de segmentação. Este processo tem duas finalidades primárias: (a) o acompanhamento das tendências referentes aos diferentes segmentos atendidos pelos destinos e um eventual monitoramento de performance das ações e programas implantados; (b) conhecimento detalhado das características de cada segmento, permitindo definir ações, programas e planos mais adequados a cada segmento, focalizando segmento preferenciais e posicionando seu destino conforme sua capacidade competitiva e oportunidades do mercado. Para se atingir esses objetivos, utilizou-se as Pesquisas de Demanda Turística (PDTs) da Bahiatursa. Essas PDTs são aplicadas para destinos selecionados do Estado da Bahia. São os destinos mais representativos em termos de fluxo e atendem a todas as zonas da geografia turística baiana. As PDTs são realizadas a cada dois anos e seus dados, usualmente, são colhidos duas vezes por ano (baixa e alta temporada). Apenas as PDTs de Salvador e Praia do Forte são realizadas anualmente, sendo que a de Salvador tem seus dados colhidos durante quatro diferentes períodos do ano. Os destinos pesquisados atualmente no Pólo Salvador e Entorno são: Cachoeira; Itaparica/Vera Cruz; Salvador; Praia do Forte e o Complexo Costa do Sauípe. As indicações do ano a que se refere cada uma das pesquisas estão indicadas em cada tabela. A maior parte delas, no entanto, refere-se aos anos de 2000 e 2001, oferecendo uma perspectiva muito recente sobre o perfil dos turistas. Evolução do Fluxo Turístico Neste item é analisada a evolução do fluxo turístico dentro da área de planejamento, o Pólo de Salvador e Entorno. As pesquisas são realizadas para a região de amostra, composta por Salvador mais Club Mediterrané (Vera Cruz) e Ecoresort (Praia do Forte). Os números apresentados aqui são baseados em estimativas oficiais do Estado para o turismo, não sendo encontradas nenhuma outra fonte com suficiente confiabilidade e

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3.11. Perfil do Turista

Introdução

Neste capítulo são apresentadas as caracterizações geográficas, psicográficas e de comportamento dos turistas atuais da área de planejamento. Sempre que for pertinente, também será apresentada a evolução dessas variáveis ao longo dos anos. Também é apresentada a evolução do fluxo, uma informação essencial para o dimensionamento e qualificação do serviço. Finalizam esta análise as avaliações dos turistas em relação à infra-estrutura, equipamentos e serviços, preços, atrativos e fidelidade e freqüência de visita.

O conhecimento do perfil é uma primeira etapa para um processo de segmentação. Este processo tem duas finalidades primárias: (a) o acompanhamento das tendências referentes aos diferentes segmentos atendidos pelos destinos e um eventual monitoramento de performance das ações e programas implantados; (b) conhecimento detalhado das características de cada segmento, permitindo definir ações, programas e planos mais adequados a cada segmento, focalizando segmento preferenciais e posicionando seu destino conforme sua capacidade competitiva e oportunidades do mercado.

Para se atingir esses objetivos, utilizou-se as Pesquisas de Demanda Turística (PDTs) da Bahiatursa. Essas PDTs são aplicadas para destinos selecionados do Estado da Bahia. São os destinos mais representativos em termos de fluxo e atendem a todas as zonas da geografia turística baiana. As PDTs são realizadas a cada dois anos e seus dados, usualmente, são colhidos duas vezes por ano (baixa e alta temporada). Apenas as PDTs de Salvador e Praia do Forte são realizadas anualmente, sendo que a de Salvador tem seus dados colhidos durante quatro diferentes períodos do ano. Os destinos pesquisados atualmente no Pólo Salvador e Entorno são: Cachoeira; Itaparica/Vera Cruz; Salvador; Praia do Forte e o Complexo Costa do Sauípe.

As indicações do ano a que se refere cada uma das pesquisas estão indicadas em cada tabela. A maior parte delas, no entanto, refere-se aos anos de 2000 e 2001, oferecendo uma perspectiva muito recente sobre o perfil dos turistas.

Evolução do Fluxo Turístico

Neste item é analisada a evolução do fluxo turístico dentro da área de planejamento, o Pólo de Salvador e Entorno. As pesquisas são realizadas para a região de amostra, composta por Salvador mais Club Mediterrané (Vera Cruz) e Ecoresort (Praia do Forte).

Os números apresentados aqui são baseados em estimativas oficiais do Estado para o turismo, não sendo encontradas nenhuma outra fonte com suficiente confiabilidade e

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regularidade. A manutenção da metodologia ao longo dos anos também permitiu a elaboração de séries históricas, possibilitando a avaliação da dinâmica turística.

Nesta avaliação da evolução do fluxo são apresentados dados sobre a variação do fluxo por principais emissores, a composição atual do fluxo e a distribuição do fluxo por meses.

Dada a diferença de dimensão entre o fluxo da área amostral e o restante dos destinos, considerou-se que ela é adequadamente representativa para a compreensão do fluxo no Pólo Salvador e Entorno.

Principais Mercados Emissores

O fluxo turístico em Salvador vem crescendo ao longo dos últimos anos. Exceto em 1998, quando houve uma queda no fluxo de turistas e interrompeu-se o processo de crescimento, a retomada ocorreu já em 1999. Atualmente o número de turistas na área da amostra está em 1,804 milhões ao ano.

A Tabela 3.11.1 apresenta os principais emissores do ano 2000 e sua evolução desde 1996. Foram apresentados todos os emissores com fluxo anual acima de 20.000 turistas. No mercado nacional, os turistas intra-estaduais são os mais importantes, seguidos dos paulistas. Os Estados do Nordeste, mais próximos, apresentaram crescimento discreto ao longo dos anos. Já os turistas de Estados mais afastados (sul, sudeste e centro-oeste) foram os que registraram o maior crescimento. O destaque fica por conta de Distrito Federal (com taxa de crescimento de 55,98% no período), Rio de Janeiro (35,3%), Rio Grande do Sul (76,7%) e Paraná (73,4%), frente a 10,5% de crescimento médio no mercado doméstico.

No mercado emissor internacional, o crescimento foi mais expressivo (13,0%). Neste mercado, americanos, franceses e italianos tiveram crescimento considerável. O grande destaque, contudo, fica por conta de Portugal, com crescimento de 227%. O destaque negativo fica por conta da Alemanha, com queda de 57,3%.

Os turistas nacionais compõem 90,1% da demanda total. Os estrangeiros são 9,9%. Entre 2000 e 2001, o fluxo estrangeiro apresentou uma queda significativa (9,7%), em grande parte como decorrência dos ataques terroristas de setembro.

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Tabela 3.11.1 - Evolução do Fluxo Global Visitantes / Principais Mercados Emissores - Salvador

Região Emissora 1996 1997 1998 1999 2000 2001 % 2001Bahia 635.228 616.188 558.031 532.576 547.276 544.444 30,2% -14,3% -3,8%São Paulo 288.867 330.569 357.025 379.604 378.872 370.188 20,5% 28,2% 6,4%Rio de Janeiro 138.694 150.224 163.731 190.184 208.733 187.707 10,4% 35,3% 7,9%Sergipe 75.526 90.507 72.796 75.500 74.995 88.573 4,9% 17,3% 4,1%Minas Gerais 61.774 63.899 62.584 73.334 71.756 71.750 4,0% 16,1% 3,8%Pernambuco 61.110 67.526 65.926 69.947 80.730 67.553 3,7% 10,5% 2,5%Distrito Federal 38.909 39.890 51.216 54.022 65.665 60.644 3,4% 55,9% 11,7%R.Grande Sul 20.352 22.254 19.656 32.177 34.670 35.952 2,0% 76,7% 15,3%Paraná 16.531 21.766 20.959 27.150 28.557 28.669 1,6% 73,4% 14,8%Alagoas 21.939 28.970 22.525 28.223 30.123 24.067 1,3% 9,7% 2,3%Ceará 23.051 24.710 25.162 23.741 33.237 23.854 1,3% 3,5% 0,9%Argentina 28.011 26.346 31.275 39.999 41.717 37.393 2,1% 33,5% 7,5%Estados Unidos 12.576 13.066 16.144 18.647 21.721 26.417 1,5% 110,1% 20,4%Portugal 5.384 7.130 10.310 15.273 21.843 17.601 1,0% 226,9% 34,5%Itália 13.271 13.823 19.678 23.744 21.947 17.002 0,9% 28,1% 6,4%França 11.318 15.200 17.352 20.482 20.673 15.973 0,9% 41,1% 9,0%Alemanha 36.338 19.820 18.045 18.582 20.217 15.519 0,9% -57,3% -19,2%Total Geral 1.632.608 1.723.784 1.688.865 1.816.611 1.886.272 1.804.739 100% 10,5% 2,5%Turistas Estrangeiros 158.448 144.542 155.303 193.543 198.247 179.099 9,9% 13,0% 3,1%Turistas Nacionais 1.474.160 1.579.242 1.533.562 1.623.068 1.688.025 1.625.640 90,1% 10,3% 2,5%

Crescimento médio

Crescimento total

Fonte: Desempenho Turismo Baiano 1991-2001 (fluxo ampliado)

Fonte: Desempenho do Turismo Baiano 1991-2001 (fluxo ampliado)

O Gráfico 3.11.1 ilustra o comportamento dos principais segmentos emissores:

Gráfico 3.11.1- Evolução do Fluxo Global de Visitantes / Principais Mercados Emissores - Salvador

0

200.000

400.000

600.000

800.000

1.000.000

1.200.000

1.400.000

1.600.000

1.800.000

2.000.000

1996 1997 1998 1999 2000 2001

Total Geral Turistas Nacion ais Turistas Estran geiros

Fonte: Desempenho do Turismo Baiano 1991-2001 (fluxo ampliado)

Os gráficos abaixo são derivados da Tabela 3.11.1, e ilustram uma grande concentração do fluxo em alguns poucos emissores. Bahia e São Paulo detêm mais de 57% do mercado

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nacional. A distribuição internacional já se mostra bem mais equilibrada, apesar da grande quantidade de turistas argentinos.

Gráfico 3.11.2 - Principais Mercados Emissores Nacionais – Salvador (2000)

Bahia34%

São Paulo23%

Rio de Janeiro12%

Sergipe5%

Minas Gerais4%

Pernambuco4%

Distrito Federal4%

R.Grande Sul2%

Paraná2%

Alagoas1% Ceará

1%Outros Nacionais

8%

Fonte: Desempenho do Turismo Baiano 1991-2001 (fluxo ampliado)

Gráfico 3.11.3 - Principais Mercados Emissores Internacionais – Salvador (2000)

Argentina21%

Estados Unidos15%

Portugal10%Itália

9%

França9%

Alemanha9%

Outros Estrangeiros27%

Fonte: Desempenho do Turismo Baiano 1991-2001 (fluxo ampliado)

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Distribuição do Fluxo ao Longo dos Meses

As características dos mercados emissores em nosso país são propícias a picos de demanda. As principais razões para esse fato são as férias escolares e a seqüência de importantes feriados durante o período de verão (natal, reveillon e carnaval). Outros eventos relevantes refletem picos de demanda.

Como resultado, tem-se uma grande concentração da demanda por pacotes, hospedagem e vôos durante esses períodos, ficando o dimensionamento dos serviços prejudicado e trazendo problemas de qualidade e atendimento.

Tabela 3.11.2 - Evolução do Fluxo Global de Visitantes / Distribuição Mensal - Salvador

Mês 1996 1997 1998 1999 2000 2001 % em 2001Jan 171.609 179.189 183.391 182.365 204.849 178.241 9,88%Fev 163.356 183.683 160.973 163.495 172.971 148.798 8,24%Mar 158.731 166.194 163.498 154.081 209.942 169.057 9,37%Abr 149.520 148.007 160.556 149.268 199.945 176.553 9,78%Mai 99.085 91.695 104.178 104.143 99.218 103.529 5,74%Jun 97.083 102.509 98.782 119.350 120.344 118.940 6,59%Jul 151.911 152.418 129.006 158.540 142.036 140.581 7,79%Ago 124.527 145.705 142.919 164.596 148.072 167.965 9,31%Set 122.464 148.614 141.886 153.998 150.525 157.586 8,73%Out 129.707 166.067 153.086 187.423 162.785 182.241 10,10%Nov 142.362 125.587 113.934 132.759 126.003 124.602 6,90%Dez 122.253 114.115 136.658 146.593 149.581 136.646 7,57%TOTAL 1.632.608 1.723.783 1.688.867 1.816.611 1.886.271 1.804.739

Fonte: Desempenho do Turismo Baiano 1991-2001 (fluxo ampliado)

Como se observa pelos dados acima, o ano de 2001 manteve o perfil de fluxo mais intenso durante os meses de verão, como nos anos anteriores. Apesar da tendência semelhante, chegou-se quase ao dobro do fluxo observado no mês de maio, tipicamente um dos mais fracos. Apesar das condições climáticas favoráveis durante todo o ano e esforços no sentido de promover o destino na baixa temporada com tarifas e pacotes especiais, ainda se observa uma dinâmica mensal inadequada, prejudicando o desempenho econômico dos envolvidos com o turismo.

Se o serviço fosse dimensionado levando em conta a média mensal, ter-se-ia a necessidade de capacidade de atendimento de 150 mil turistas/mês. O pico do fluxo traz 182 mil turistas, um incremento de 21% sobre a capacidade nominal. O mês que apresenta menor fluxo atrai 103 mil visitantes, 31% menos que a capacidade prevista. Um dos impactos mais relevantes dessa questão é a dificuldade em se manter padrões de atendimento adequado nos meses de maior fluxo, o que causa insatisfação nos visitantes e congestionamento nos serviços públicos (afetando também os habitantes).

Os dados apresentados em vermelho indicam os piores meses para o fluxo turístico em Salvador (maio, junho e novembro). A situação é semelhante em Praia do Forte, como se constatou em entrevistas com empresários e funcionários dos meios de hospedagem locais.

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Em junho, período de férias escolares e de festas juninas na Bahia, ameniza-se a baixa temporada do fluxo entre os municípios do Estado.

Gráfico 3.11.4 - Evolução do Fluxo Global de Visitantes /Distribuição Mensal - Salvador

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Ju l Ago Set Ou t Nov Dez

2000 1999 1998 2001

Fonte: Desempenho do Turismo Baiano 1991-2001 (fluxo ampliado)

Características do Turista e da Visitação

Este item inicia a etapa de segmentação da demanda para cada um dos principais destinos regularmente monitorados pela Bahiatursa. São analisadas as procedências dos turistas em cada um dos cinco destinos principais, os meios de hospedagem e transporte utilizados, a freqüência e a forma como viajam, o marco motivacional, a ocupação e renda dos indivíduos, além da permanência média de cada segmento.

Esta análise vai permitir conhecer com profundidade a composição dos segmentos e seu comportamento durante a viagem. Permite planejar o desenvolvimento do turismo no Pólo Salvador e Entorno, dados os segmentos mais adequados para concentrar esforços e as ações mais importantes para posicionar cada um dos destinos de forma a torná-los mais competitivos.

Procedência dos Turistas

Cada destino tem características peculiares que os torna mais atrativos para segmentos diferentes de mercado. Os dados a seguir mostram a preponderância dos visitantes nacionais sobre os emissores internacionais. Alterações nesta composição (um destino com maior participação de estrangeiros, por exemplo) implica em uma série de cuidados no planejamento da atividade turística: maior necessidade de atendimento em outras línguas; casas de câmbio; acesso a informações de outros países (internet, jornais, etc.), entre outros cuidados. Os dados abaixo mostram que a Praia do Forte é o destino com maior incidência de estrangeiros com 17,7%, enquanto a média do Pólo Salvador e Entorno é de 10,5%. No lado oposto, Cachoeira recebe a menor quantidade, 5,5%.

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Tabela 3.11.3 - Principais Mercados Emissores por Destino

Destino Procedência Destaques Porcentagem Total Bahia 77,0% Rio de Janeiro 4,5% São Paulo 3,5% Minas Gerais 3,0%

Internacional Bélgica 1,0% Espanha 1,0% Estados Unidos 1,0% 5,5% Bahia 70,3% São Paulo 4,9% Rio de Janeiro 2,9% Minas Gerais 2,1% Argentina 3,4% Suíça 1,2% França 1,0% São Paulo 44,7% Bahia 10,6% Rio de Janeiro 9,6% Minas Gerais 9,6% Distrito Federal 5,3% Inglaterra 2,9% Argentina 1,9% França 1,0% São Paulo 35,5% Bahia 17,7% Rio de Janeiro 9,4% Minas Gerais 6,0% Argentina 5,7% Alemanha 2,3% Inglaterra 2,3% Estados Unidos 1,5% Bahia 19,0% São Paulo 16,7% Rio de Janeiro 10,9% Sergipe 8,7% Pernambuco 6,4% Argentina 2,6% Estados Unidos 1,5% Alemanha 0,8%

94,5%

82,3%

7,2%

92,8%

8,3%

Internacional 10,4%

89,6%

17,7%

Complexo Sauípe (2001)

Nacional

Nacional

Internacional

Nacional

Internacional

Nacional

Internacional

91,7%

Nacional

Itaparica / Vera Cruz (2000)

Salvador (2001)

Cachoeira (2000)

Praia do Forte (2001)

Fonte: Pesquisa de Demanda Turística - Bahiatursa

Cachoeira tem uma alta taxa de visitantes regionais, sendo que 77% dos seus visitantes são baianos. O mesmo ocorre com Itaparica/Vera Cruz, um destino que atrai uma grande quantidade de veranistas de Salvador. Destinos mais sofisticados como Sauípe e Praia do Forte, por sua vez, atraem uma grande quantidade de paulistas (o maior emissor desses destinos). Já Salvador recebe uma grande quantidade de visitantes do próprio Estado (o maior emissor da capital). Em linhas gerais, cariocas e mineiros são dois outros grandes freqüentadores do Pólo Salvador e Entorno. Entre os emissores internacionais, a Argentina é o grande destaque de quase todos os destinos.

Meios de Transporte Utilizados

A análise dos meios de transporte utilizados reflete como os turistas chegam aos destinos. Sabendo como o turista chega, pode-se saber onde se dá o primeiro contato dele com o

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destino, situando serviços de recepção e divulgação, por exemplo. No capítulo 3.3 (Infra-estrutura), há mais informações sobre os terminais e meios de transporte no Pólo Salvador e Entorno, avaliando a disponibilidade de equipamentos e estimativas de fluxo.

A Tabela 3.11.4 apresenta os dados dos principais destinos do Pólo Salvador e Entorno:

Tabela 3.11.4 – Meios de Transporte Utilizados - Principais Destinos do Pólo Salvador e Entorno

Destino Ano Ônibus Automóvel Avião Navio Outros Cachoeira 2000 34,0 65,5 0,5 - 0,0 Itaparica / Vera Cruz (*) 2000 4,9 21,2 32,6 - 41,4 Complexo Sauípe (**) 2001 81,7 13,9 0,0 0,0 4,3

2000 9,2 40,2 0,0 - 50,6 2001 24,2 36,2 0,0 0,0 39,6 1999 27,7 29,7 42,1 - 0,5 2000 35,2 24,5 39,9 - 0,4 2001 26,8 26,4 44,3 0,3 2,1

(* * ) Acredita-se que houve um equívoco na elaboração da pergunta ou interpretação da resposta, dadas as características das regiões emissoras. Assim, as respostas obtidas como ônibus fretado devem corresponder, em grande parte, ao traslado do aeroporto para Sauípe

Meio Transporte Utilizado

Salvador

Praia do Forte

(* ) Devido a localização, acredita-se ser o ferry-boat.

Fonte: Pesquisa de Demanda Turística - Bahiatursa

Cachoeira recebe a maioria de seus visitantes pela estrada, vindos de carro ou ônibus. A cidade fica às margens do Rio Paraguassú, navegável pela Baía de Todos os Santos. Contudo, percebe-se que não há fluxo turístico por navio ou barco. Itaparica e Vera Cruz, por sua vez, estão situadas na Ilha de Itaparica. Seu acesso se faz através de ferry-boat (terminal hidroviário de São Joaquim em Salvador), da ponte do Funil (que interliga a Ilha ao continente) ou via aérea (pelo aeródromo do Aeroclube da Bahia). O fluxo aéreo observado, para o destino Itaparica / Vera Cruz deve se referir, principalmente, aos hóspedes do Club Med.

Os números de Sauípe sinalizam que os ônibus utilizados podem ser veículos fretados utilizados para fazer o traslado do aeroporto de Salvador para o Complexo, situado a cerca de 70 km de distância. Esta hipótese, apresentada em nota técnica da PDT, fortalece-se ao se observar a tabela sobre mercados emissores (Tabela 3.11.3), verificando que a maior parte de seus turistas vêm de locais distantes. Também foi comprovado, em visita ao Complexo, que a grande maioria dos visitantes chega em ônibus fretados para o transfer desde o Aeroporto.

Salvador apresenta um grande equilíbrio entre as vias aérea e rodoviária. Individualmente, o avião é utilizado por 44,3% dos visitantes. Por automóvel chegam 26,4% e de ônibus outros 26,8%.

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Meios de Hospedagem Utilizados

O conhecimento dos meios de hospedagem utilizados permite que se possa identificar qual oferta hoteleira predomina, obtendo subsídios para preparar serviços mais adequados, identificar padrões de gastos dos turistas e apontar oportunidades para aumentar a receita turística e o impacto no PIB.

Em Salvador, entre 30% e 35% dos turistas das regiões sul, sudeste e centro-oeste permanecem em casas de parentes. Quando são analisadas informações sobre turistas do nordeste e da própria Bahia, percebe-se que a quantidade aumenta para quase 51%. Outro meio de hospedagem importante para o fluxo turístico na capital são os hotéis, utilizados por 36% dos turistas.

Praia do Forte e o Complexo Sauípe são semelhantes neste quesito. 86,5% dos turistas de Praia do Forte utilizam hotéis e pousadas. Em Sauípe, cujos hóspedes, na sua maioria, são oriundos de destinos fora do Estado, o percentual chega a 97,1%.

A maior parte dos visitantes de Itaparica utiliza casas de parentes, próprias ou de aluguel. Em torno de 60,8% das pessoas que vão para a Ilha permanecem nesses tipos de hospedagem. Diferentemente de Praia do Forte e Complexo Sauípe, os visitantes de Itaparica são, em sua maioria, veranistas oriundos da própria Bahia. O outro tipo de hospedagem com alto percentual de utilização são os hotéis (21,2%).

Cachoeira possui um perfil semelhante ao de Itaparica e Vera Cruz, sendo que 59% de seus visitantes também ficam em casas de aluguel, de amigos ou próprias. Em pousadas ficam 28,5% de seus visitantes, devido a escassez de meios de hospedagem.

A Tabela 3.11.5 apresenta os dados detalhados para cada um dos destinos:

Tabela 3.11.5 - Meios de Hospedagem Utilizados - Principais Destinos do Pólo Salvador e Entorno

Destino Período Hotel Apart Pousada Aluguel Própria Hospedaria Parentes Camping Albergue OutrosCachoeira 2000 9,5 0,0 28,5 2,5 8,5 2,5 48,0 0,5 0,0 0,0Itaparica / Vera Cruz 2000 21,2 2,7 11,4 6,3 12,4 1,2 42,1 0,2 1,5 1,0Complexo Sauípe 2001 83,2 0,0 13,9 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 2,9

2000 53,6 0,0 26,8 0,0 0,4 11,9 0,4 0,0 5,4 1,52001 42,3 0,4 44,2 0,0 0,0 0,0 1,1 0,8 9,4 1,91999 35,8 3,5 5,9 2,1 5,0 4,1 39,6 0,3 1,4 2,42000 34,7 3,2 3,7 2,1 6,3 0,7 45,6 0,2 1,2 2,42001 36,0 3,9 6,2 2,9 6,2 1,2 39,0 0,3 1,1 3,3

Tipo de Hospedagem

Praia do Forte

Salvador

Fonte: Pesquisa de Demanda Turística – Bahiatursa

Como se vê pelos dados, a diversidade de destinos onde são realizadas pesquisas de demanda turística é significativa, atendendo desde destinos sofisticados (Sauípe, onde mais de 80% dos turistas utilizam hotéis) até destinos mais populares (onde meios como casas de aluguel, hospedarias, camping e albergues somam montantes expressivos). Fica evidente que os destinos pesquisados são aqueles onde há uma maior estrutura turística, sempre um excelente indicador de fluxo.

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Freqüência e Forma de Visita

A Tabela 3.11.6 apresenta a forma como viajam os turistas dos principais destinos do Pólo Salvador e Entorno, assim como a taxa de retorno ao local:

A satisfação em relação ao ciclo de serviços influencia na freqüência dos turistas ao destino. Mesmo que ele perceba que há mais atrações ou novidades, se não ficou satisfeito durante a primeira estadia terá pouca possibilidade de retornar. Outra razão para o visitante retornar é a vinculação com o destino, seja por laços familiares, seja por possuir imóvel na região.

Tabela 3.11.6 – Freqüência e Forma de Viagem - Principais Destinos do Pólo Salvador e Entorno

Destino Período Já conheciaPrimeira

vez Com famíliaCom

amigos Só ExcursãoCachoeira 2000 69,5% 30,5% 51,3% 28,2% 19,2% 1,4%

Itaparica / Vera Cruz 2000 74,5% 25,5% 61,9% 16,8% 10,5% 3,6%

Complexo Sauípe 2001 4,8% 95,2% 79,3% 12,6% 3,0% 5,2%Praia do Forte 2001 33,2% 66,8% 66,3% 23,0% 6,3% 4,3%Salvador 2001 72,1% 27,9% 51,6% 18,4% 25,0% 5,1%

Freqüência Forma de Viagem

Fonte: Pesquisa de Demanda Turística - Bahiatursa

Cachoeira possui uma alta taxa de retorno, quase 70% dos seus visitantes já conheciam o destino. Sauípe, por ser um destino desenvolvido recentemente, ainda apresenta uma pequena taxa de turistas que retornaram. Em torno de 73% dos visitantes de Itaparica e Salvador já conheciam os destinos. Para Itaparica esta alta taxa de retorno pode indicar a incidência de segundas residências. No caso de Salvador, trata-se de um destino tradicional já consolidado que tem proporcionado alto grau de satisfação aos visitantes.

Entre 50% e 80% dos turistas do Pólo Salvador e Entorno vão aos destinos com a família. Praia do Forte e Sauípe, projetados para o lazer, apresentam baixos índices de pessoas que viajam sozinhas.

Ocupação Principal dos Turistas

A ocupação profissional dos visitantes ajuda a identificar a condição socioeconômica dos turistas. Como as outras variáveis oferecem subsídios para desenvolver atividades e promover ações em cada destino. A Tabela 3.11.7 apresenta os grupos de ocupação mais numerosos para cada destino:

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Tabela 3.11.7 – Ocupação Principal – Principais Destinos do Pólo Salvador e Entorno

Destino Ocupação PorcentagemProfessores 14,0%Comerciários 11,5%Engenheiros 8,0%Estudantes 6,5%Médicos 6,0%Aposent./Pensionistas 6,0%Comerciários 14,4%Estudantes 13,1%Professores 8,3%Func.Públicos 7,3%Engenheiros 6,3%Médicos 5,8%Profissionais liberais 29,0%Outras ocupações 17,6%Comerciantes 17,1%Func.Públicos 7,8%Comerciários 5,7%Estudantes 5,2%Industriais 34,4%Comerciários 18,3%Industriários 18,3%Comerciantes 13,3%Func.Públicos 11,0%Outras ocupações 21,0%Func.Públicos 19,5%Indústriário 11,7%Comerciários 11,0%Profissionais liberais 8,9%Comerciantes 8,0%Estudantes 5,7%Aposent./Pensionistas 5,7%

Salvador (2001)

Cachoeira (2000)

Itaparica/Vera Cruz (2000)

Complexo Sauípe (2001)

Praia do Forte (2001)

Fonte: Pesquisa de Demanda Turística - Bahiatursa

Renda dos Turistas

A tabela abaixo apresenta a distribuição dos visitantes por faixas de renda. Cachoeira atrai visitantes com a menor renda média (US$ 1.093,00). Itaparica, Vera Cruz e Salvador apresentam rendas médias semelhantes.

A análise da evolução de Salvador demonstra uma forte queda de 1999 para 2000, seguida de uma pequena recuperação em 2001. Este fato deve ter forte relação com a desvalorização do Real frente ao Dólar (janeiro de 1999), diminuindo a renda em moeda americana. Como a coleta de dados da PDT em Salvador ocorreu em janeiro, maio, julho e novembro, uma parcela significativa de dados pode ter sido registrada com o dólar de janeiro (R$1,50 em

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média). Como o dólar teve cotação média de R$1,83 em 2000 e R$2,35 em 2001, a renda em dólar para 1999 foi mais alta.

A Praia do Forte, que possui um resort de alto padrão e pousadas mais simples, atrai turistas com renda média mais alta que os demais destinos. Só fica atrás de Sauípe, aonde os visitantes têm uma renda média de US$ 4.293,00.

Cachoeira, Itaparica, Vera Cruz e Salvador apresentam distribuição homogênea nas faixas de renda. Em Sauípe e na Praia do Forte, há uma clara predominância da faixa de renda superior (acima de US$ 2.000,00).

Tabela 3.11.8 – Faixas de Renda dos Turistas – Principais Destinos do Pólo Salvador e Entorno (US$)

Destino Período Até 150 150-300 300-600 600-1000 1000-1500 1500-2000 > 2000 Renda Média Cachoeira 2000 6,5 16,0 18,5 16,5 16,5 9,0 14,0 1.093,00 Itaparica / Vera Cruz 2000 3,4 6,3 14,8 10,9 11,2 10,9 22,4 1.637,00 Complexo Sauípe 2001 0,0 0,0 2,0 5,9 8,9 5,9 68,5 4.293,00

2000 0,0 1,1 8,4 6,5 10,7 11,9 41,0 2.879,00 2001 1,1 3,1 7,6 10,3 14,1 8,4 43,5 2.609,00 1999 2,8 7,0 13,7 13,1 15,9 11,3 22,7 1.929,00 2000 5,0 8,0 14,8 12,4 12,8 9,1 19,7 1.413,00 2001 3,7 9,1 15,0 17,8 15,1 6,6 18,2 1.468,00

Praia do Forte

Salvador

Faixas de Renda

Fonte: Pesquisa de Demanda Turística - Bahiatursa

Motivo de Viagem

A tabela abaixo apresenta a distribuição de turistas segundo o motivo de viagem.

Através da analise da Tabela 3.11.9 pode-se notar uma clara predominância do segmento de passeio sobre os demais em todos os destinos pesquisados.

Cachoeira é o destino que apresenta maior número de turistas que estão em visita a amigos e familiares. Mais de um terço de seus visitantes apresentam esse motivo.

Para Itaparica e Vera Cruz verifica-se mais uma vez passeio como o principal motivo de viagem, seguido de visita a amigos e familiares e negócios.

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Tabela 3.11.9 – Motivo de Viagem - Principais Destinos do Pólo Salvador e Entorno (%)

Destino Período Passeio NegóciosParente -

AmigoCongresso - Convenção Saúde Religião Outro

Cachoeira 2000 36,5 23,5 35,0 1,5 - 3,5 -Itaparica / Vera 2000 64,2 10,9 21,4 0,5 0,7 2,2 -Complexo Sauípe 2001 85,2 5,0 0,0 6,4 - 3,4 -

2000 95,4 1,9 2,3 0,4 - - -2001 88,7 1,5 7,2 - 0,4 - 2,31999 40,6 28,6 17,8 6,1 4,4 0,6 1,92000 36,0 29,1 20,9 4,7 7,0 1,5 0,92001 35,5 30,2 19,3 4,9 5,1 0,6 4,4

Praia do Forte

Salvador

Motivo da Viagem

Fonte: Pesquisa de Demanda Turística – Bahiatursa

Fonte: Pesquisa de Demanda Turística - Bahiatursa

Sauípe e Praia do Forte, desenvolvidos em grande parte para o lazer, apresentam evidente predominância de turistas de passeio, com números em torno de 90% do total.

Para Salvador o segmento de turismo com maior representação é o de passeio, que apesar de ser o mais relevante, vem apresentando queda desde o ano de 1999.

Outro importante segmento de turismo para Salvador é o de negócios e congressos. A participação desses segmentos no total vem se mantendo em torno de 30% da visitação total. Em Sauípe há uma boa parte de turistas que vão a congressos, consistindo em um segmento importante, principalmente na baixa temporada.

Motivação da Viagem

A avaliação da motivação da viagem mostra que os atrativos naturais são o grande chamariz dos destinos do Pólo Salvador e Entorno. Apenas em Cachoeira há uma divisão mais equilibrada entre os interesses de viagem. As festas religiosas, manifestações populares e o casario histórico atraem mais turistas que seus atrativos naturais.

Salvador também apresenta um bom índice de turistas com principal interesse em patrimônio histórico (10%), mas a preferência por atrativos naturais corresponde a algo como 90% dos turistas do Pólo Salvador e Entorno.

Deve-se ressaltar que a lista de motivação de viagens pode fazer com que o entrevistado incorra a erros ou forneça respostas contraditórias. Talvez a melhor resposta para motivação para um destino como Sauípe fossem outras, como serviços ou lazer.

A Tabela 3.11.10 apresenta uma síntese dos números de cada destino:

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Tabela 3.11.10 – Motivação da Viagem - Principais Destinos do Pólo Salvador e Entorno

Destino PeríodoAtrativos Naturais

Patrimônio Histórico

Manifestações Populares Outros

Cachoeira 2000 34,2% 31,5% 13,7% 20,6%

Itaparica / Vera Cruz 2000 82,2% 6,4% 4,9% 6,5%

Complexo Sauípe 2001 97,2% - - 2,8%Praia do Forte 2001 98,5% - 0,9% 0,4%

Salvador 2001 83,9% 10,0% 4,1% 20,0%

Fonte: Pesquisa de Demanda Turística - Bahiatursa

Permanência Média nos Destinos

A Tabela 3.11.11 oferece os dados sobre a permanência média dos turistas nos principais destinos do Pólo Salvador e Entorno. Salvador e Itaparica / Vera Cruz apresentam permanências médias maiores. Os demais destinos apresentam permanências médias em torno de cinco dias. A análise da evolução dos números faz mais sentido em séries mais longas, e a oscilação apresentada nos números de Salvador pode apenas demonstrar variações previsíveis na metodologia da pesquisa.

A permanência média maior observada em Itaparica/Vera Cruz e Salvador, 7 e 7,8 dias respectivamente. Em Salvador, este alto índice de permanência média está relacionado ao grande número e variedade de atrativos turísticos, além da grande oferta de hospedagem encontrada no município. Já em Itaparica/Vera Cruz, conforme a Tabela 3.11.1 apresentada anteriormente, a porcentagem de turistas que utilizam casa própria, casa de parentes ou casa alugada como tipo de hospedagem somam mais de 60% do total. Este fato pode ser a razão para a elevada permanência média observada neste destino.

Tabela 3.11.11 – Permanência Média – Pólo Salvador e Entorno (dias)

Destino CachoeiraItaparica / Vera Cruz

Complexo Sauípe

Ano 2000 2000 2001 2000 2001 1999 2000 2001Permanência Média 5,8 7 5,3 5,5 4,8 8,9 9,2 7,8

Praia do Forte Salvador

Fonte: Pesquisa de Demanda Turística – Bahiatursa

Fonte: Pesquisa de Demanda Turística – Bahiatursa

Segunda Residência

Uma outra característica importante do fluxo turístico do Pólo Salvador e Entorno diz respeito ao turismo de veraneio, em que residências particulares são utilizadas como forma de hospedagem preferencial. Esse fluxo tem por característica, além da ausência dos gastos com meios de hospedagem comerciais, um padrão de comportamento e de consumo turístico diferenciado (prefere praias, retorna freqüentemente ao destino, usa supermercados, não utiliza serviços de guias ou passeios turísticos etc.). Esse público requer

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atividades diferenciadas, gera pressões de ocupação distintas e prioriza o verão e os finais de semana, gerando alta sazonalidade de fluxo. Assim, a compreensão do porte e dos locais onde esse tipo de fluxo ocorre é importante para o planejamento da atividade turística.

Os dados da Tabela 3.11.5 demonstram que a proporção de turistas que ficam em casa própria é alta em Cachoeira (8,5%) e em Itaparica / Vera Cruz (12,4%). Além desses destinos, a própria visita de campo realizada pela equipe técnica identificou uma grande quantidade de residências sem ocupação permanente em várias localidades. A Tabela 3.11.12 apresenta a quantidade de segundas residências e a participação em relação ao total de domicílios em cada município, ajudando a dimensionar essa situação:

Tabela 3.11.12 – Proporção de Segundas Residências no Pólo Salvador e Entorno

MunicípioTotal

DomicíliosSegunda

Residência% Sobre Total

Cachoeira 9.270 739 8,0%Camaçari 59.612 9.684 16,2%Conde 6.214 992 16,0%Entre Rios 11.609 1.074 9,3%Esplanada 8.024 748 9,3%Itaparica 8.838 2.827 32,0%Jaguaripe 4.468 967 21,6%Jandaíra 2.956 340 11,5%Lauro de Freitas 37.386 2.617 7,0%Madre de Deus 4.060 322 7,9%Maragogipe 11.590 665 5,7%Mata de São João 10.902 1.130 10,4%Nazaré 7.679 234 3,0%Salinas da Margarida 3.889 1.076 27,7%Salvador 768.010 15.685 2,0%Santo Amaro 17.082 870 5,1%São Félix 3.420 74 2,2%São Francisco do Conde 7.879 423 5,4%Saubara 5.805 2.536 43,7%Vera Cruz 20.719 10.521 50,8%Pólo Salvador e Entorno 1.009.412 53.524 5,3%

Fonte: IBGE – Censo 2000

Como se percebe, em Vera Cruz e Itaparica há, efetivamente, uma grande quantidade de residências de uso ocasional. Além desses municípios, identifica-se uma alta proporção em Saubara, Salinas da Margarida e Jaguaripe (Baía de Todos os Santos). Na Costa dos Coqueiros os valores são bem representativos e pode-se acreditar que o número de segundas residências deve aumentar significativamente ao longo dos próximos anos, dada a facilidade de acesso e a instalação de infra-estrutura básica em vários locais.

Dada a proximidade com Salvador, é interessante notar que em Camaçari o número de segundas residência é o mais alto da zona turística. Mata de São João, cuja acessibilidade a

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partir de Salvador melhorou sensivelmente, deve perceber um considerável aumento nessa proporção nos próximos anos. Nos demais municípios que apresentam alto índice de segundas residências, o fato está mais relacionado com a proximidade a centros urbanos do interior, já que a distância em relação à Salvador (para esse tipo de fluxo) os torna menos atrativos.

Além do fluxo relacionado às segundas residências, em alguns pontos específicos do Pólo há um fluxo de excursionistas (visitantes de um dia) representativo. Esse público é composto por moradores dos municípios vizinhos aos locais que oferecem atrativos de lazer (praias, ilhas, rios ou balneários). Buscam recreação popular e os municípios que os recebem estão competindo com outras atividades recreativas do município de origem do visitante. Usualmente esse público possui baixa propensão ao gasto, sendo que viagens em grandes grupos são comuns. Pode vir a ser uma interessante fonte de receita para os destinos, desde que o processo seja ordenado. A oferta de estruturas dimensionadas para esse fluxo massivo é essencial. Também é importante a criação e a aplicação de códigos de postura, regulando o tipo de uso que pode ser feito em cada uma das áreas e permitindo o ordenamento do fluxo.

Os locais onde esse tipo de atividade é mais representativo são os seguintes:

• Salinas da Margarida;

• Madre de Deus (Paramana e Bom Jesus dos Passos);

• Conde (Praia do Sítio);

• Ilha de Maré;

• Esplanada (Baixio);

• Entre Rios (Porto Sauípe);

• Lauro de Freitas (Ipitanga e Buraquinho)

• São Francisco do Conde;

• Camaçari (Itacimirim, Arembepe, Jauá)

• Santo Amaro;

• Itaparica;

• Cachoeira,

• Maragojipe (Iguape e Ponta do Souza);

• Praia do Forte.

Satisfação dos Visitantes

Após compreender a evolução do fluxo turístico ao longo dos anos e meses, fez-se uma análise sobre quem é o turista que freqüenta os principais destinos do Pólo Salvador e Entorno e as razões de viagem. Nesta etapa é analisado o grau de satisfação desses turistas durante sua estadia. Aqui também são utilizadas as PDTs da Bahiatursa. Essas PDTs medem a avaliação dos turistas sobre a infra-estrutura urbana, os equipamentos e serviços turísticos, os atrativos e os preços.

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Intenção de Retornar

A análise das avaliações dos turistas sobre uma série de componentes do ciclo de serviços começa com a apresentação da intenção de retornar dos visitantes. Esta questão é hipotética, sugerindo que o turista, se tivesse outra oportunidade, gostaria de retornar ao destino. A tabela abaixo demonstra a alta taxa de visitantes com intenção de retornar aos destinos do Pólo Salvador e Entorno:

Tabela 3.11.13 – Intenção de Retornar / Turistas que já Visitaram o Destino - Principais Destinos do Pólo Salvador e Entorno (%)

Procedência CachoeiraItaparica / Vera Cruz Salvador

Praia do Forte Sauípe

Nacional 99,5% 98,7% 96,8% 92,2% 86,0%

Internacional 100,0% 97,1% 84,0% 76,6% 86,7%

Total 99,5% 98,5% 95,5% 89,4% 86,1%

Visitaram destino + de uma vez 69,5% 74,5% 72,1% 33,2% 4,8%

Intenção de retornar

Fonte: Pesquisa de Demanda Turística – Bahiatursa

Há uma maior propensão em retornar para um destino quando há proximidade geográfica. A proporção de turistas que não são regionais (da própria Bahia e do restante do Nordeste) é muito maior em Sauípe e na Praia do Forte (83%em média, contra algo como 40% dos demais). Assim, parece evidente que as taxas de intenção de retornar sejam menores.

Além disso, a questão é usualmente criticada por estudiosos de turismo, dado que é feita em plena viagem, quando os turistas tendem a afirmar que retornariam. Não indica, de forma alguma, que haverá um retorno. A satisfação das expectativas parece ser uma questão muito mais apropriada. Nos questionários onde essa segunda questão já foi incorporada (Praia do Forte e Sauípe), os índices de plena satisfação da expectativa são excelentes (87,5% e 81,7%, respectivamente).

Equipamentos e Serviços Turísticos

A avaliação dos equipamentos e serviços turísticos procura identificar como os turistas avaliam cada um dos componentes. Vários turistas não utilizam todos os serviços, razão pela qual a soma das avaliações não totaliza 100%. As tabelas apresentam os destaques positivos com números em azul e os negativos grafados em vermelho.

A hospitalidade do povo é um grande diferencial do Pólo Salvador e Entorno. Em todos os destinos este foi o componente que mais se destacou, chegando a receber 95,5% de avaliação ótima/boa em Praia do Forte. Outros grandes destaques do Pólo Salvador e Entorno foram os meios de hospedagem e os bares e restaurantes.

Em Cachoeira, apesar de seus restaurantes e bares terem sido muito bem avaliados, vários componentes apresentaram grandes porcentagens de regular, ruim e péssimo. Também foi o destino com maior quantidade de componentes com avaliações inadequadas.

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Em Itaparica e Vera Cruz a sinalização turística, bares/restaurante e comércio/compras foram os componentes com maiores índices de regular/ruim/péssimo.

Salvador teve suas piores avaliações em sinalização turística, mas considerando o tamanho da cidade e o fato de que mais que o dobro dos entrevistados avaliaram como ótimo/bom, não parece ser um problema significativo.

Praia do Forte recebeu ótimas avaliações em bares/restaurantes e meios de hospedagem. Em atrações noturnas, entretanto, obteve seu pior desempenho.

O Complexo de Sauípe recebeu mais que 70% de ótimo/bom em seis dos doze quesitos, com destaque para meios de hospedagem e sinalização turística. Em compensação, seu comércio e suas diversões noturnas foram considerados pontos negativos.

Tabela 3.11.14 – Avaliação de Equipamentos e Serviços Turísticos – Principais Destinos do Pólo Salvador e Entorno (%)

Equipamento / Serviço Ótimo / BomRegular / Ruim /

Péssimo Ótimo / BomRegular / Ruim /

Péssimo Ótimo / Bom Regular / Ruim /

Péssimo Ótimo / BomRegular / Ruim /

Péssimo Ótimo / BomRegular / Ruim /

Péssimo

Bares/restaurantes 70,5 27,0 64,0 22,6 79,9 9,6 84,9 13,2 72,1 22,1

Comércio/compras 56,5 32,0 35,6 20,7 67,4 9,9 64,9 26,8 48,0 40,4

Meios hospedagem 63,0 29,0 30,7 9,5 41,2 9,3 88,7 9,4 91,8 2,4

Guias turismo 29,5 39,0 5,1 5,6 8,8 1,9 40,4 5,3 44,2 3,4

Serviços táxi 34,5 19,5 25,4 5,4 42,8 9,8 9,1 6,0 7,7 4,8

Diversões noturnas 44,0 39,0 36,5 15,1 55,1 5,1 22,4 28,7 21,6 37,1

Equipamentos lazer 39,5 51,0 31,9 13,1 41,0 4,8 56,3 14,4 79,3 12,0

Passeios oferecidos 35,0 38,5 14,1 5,6 27,1 1,8 55,9 8,7 54,3 14,8

Receptivo 45,0 43,0 9,9 1,9 12,2 1,8 61,5 5,3 68,7 12,1

Sinalização turística 35,5 58,5 19,2 19,4 35,5 15,9 49,8 22,2 85,1 6,2

Informação turística 48,5 47,0 23,4 14,1 29,3 7,2 66,4 13,2 73,5 14,5

Hospitalidade povo 82,0 17,0 90,3 8,0 88,1 7,1 95,5 4,2 91,8 4,5

SauípeCachoeira Itaparica / Vera Cruz Salvador Praia do For te

Fonte: Pesquisa de Demanda Turística - Bahiatursa

Fonte: Pesquisa de Demanda Turística - Bahiatursa

O Gráfico 3.11.5 ilustra as avaliações positivas e negativas de cada um dos componentes:

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Gráfico 3.11.5 - Avaliação de Equipamentos e Serviços Turísticos – Principais Destinos do Pólo Salvador e Entorno (%)

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

Ótimo / Bom Regu lar /Ru im /Péssimo

Ótimo / Bom Regu lar /Ru im /Péssimo

Ótimo / Bom Regu lar /Ru im /Péssimo

Ótimo / Bom Regu lar /Ru im /Péssimo

Ótimo / Bom Regu lar /Ru im /

Péssimo

Cachoeira Itaparica / Vera Cru z Salvador Praia do Forte Sau íp e

Bares/restau ran tes Comércio/compras Meios hospedagem Gu ias tu rismo Serviços táxi Diversões notu rnas

Equ ipamen tos lazer Passeios oferecidos Recep tivo Sinalização tu rística In formação tu ríst ica Hosp italidad e povo

Fonte: Pesquisa de Demanda Turística - Bahiatursa

Infra-estrutura Urbana

A Bahiatursa também investiga a satisfação dos turistas em relação aos componentes da infra-estrutura urbana. É alto o número de pessoas que não souberam avaliar os serviços. A comparação deve ser feita, portanto, pela relação entre ótimo / bom e regular/ruim/péssimo.

As avaliações positivas de Sauípe foram destaque, o que é compreensível por se tratar de uma área planejada para este fim. Praia do Forte também possui boas avaliações, apesar de estar mais sujeita a intervenções da população que Sauípe.

Nos outros destinos as estruturas urbanas não foram desenvolvidas com finalidade turística e apresentam desempenho pior. Salvador, entretanto, mostra-se muito bem avaliada, apesar de um em cada três entrevistados não considerá-la segura e limpa. Itaparica teve avaliações negativas em sinalização urbana, limpeza e segurança pública. Praia do Forte também apresentou problemas com sinalização e limpeza.

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PRODETUR NE-II PDITS – Salvador e Entorno 3.11 Perfil do Turista 469

Tabela 3.11.15 – Avaliação da Infra-Estrutura Urbana – Principais Destinos do Pólo Salvador e Entorno (%)

Infra-estrutura Ótimo / BomRegular / Ruim /

Péssimo Ótimo / BomRegular / Ruim /

Péssimo Ótimo / Bom Regular / Ruim /

Péssimo Ótimo / BomRegular / Ruim /

Péssimo Ótimo / BomRegular / Ruim /

Péssimo

Terminal marítimo 9,5 11,0 47,9 19,2 17,2 5,2 3,4 0,8 1,0 0,5

Terminal rodoviário 14,5 33,5 6,8 4,1 31,1 5,9 4,6 3,8 1,0 0,0

Ônibus urbano 23,5 25,0 16,3 9,4 30,8 14,2 7,9 7,1 7,2 2,4

Aeroporto 7,5 9,5 25,6 12,4 46,1 2,1 13,2 0,4 1,5 0,0

Comunicações 66,5 27,5 49,7 25,6 59,0 12,7 67,6 17,4 65,3 17,8

Sinalização urbana 46,5 51,5 37,7 30,6 62,8 23,9 37,0 30,6 66,4 4,4

Limpeza pública 42,0 54,5 45,3 50,4 59,2 32,9 52,1 35,8 80,9 1,5

Segurança pública 46,0 46,0 48,9 37,5 61,3 29,7 66,1 19,7 92,8 0,5

Cachoeira Itaparica / Vera Cruz Salvador Praia do For te Sauípe

Fonte: Pesquisa de Demanda Turística - Bahiatursa

Em comparação com os demais destinos, Cachoeira e Itaparica / Vera Cruz apresentam as maiores taxas de avaliação regular, ruim e péssimo. O Gráfico 3.11.6 ilustra as avaliações para cada um dos destinos:

Gráfico 3.11.6 - Avaliação da Infra-Estrutura Urbana – Principais Destinos do Pólo Salvador e Entorno (%)

0,0

20,0

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60,0

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Ótimo /Bom

Regu lar /Ru im /

Péssimo

Ótimo /Bom

Regu lar /Ru im /Péssimo

Ótimo /Bom

Regu lar /Ru im /Péssimo

Ótimo /Bom

Regu lar /Ru im /Péssimo

Ótimo /Bom

Regu lar /Ru im /Péssimo

Cach oeira Itaparica / Vera Cruz Salvador Praia d o Forte Sau íp e

Terminal marítimo Term in al rod oviário Ôn ibu s u rban o Aeroporto

Comun icações Sinalização u rbana Limp eza p ública Segurança pú blica

Fonte: Pesquisa de Demanda Turística - Bahiatursa

Atrativos

Os atrativos naturais são o principal motivo de visitação nos principais destinos. Aparecem muito bem avaliados nas PDTs ( Pesquisas de Demanda Turística) da Bahiatursa, sendo que em todos os destinos eles obtiveram excelentes taxas de avaliação positiva. O patrimônio histórico também agradou à maior parte dos visitantes, apesar de uma taxa menor de

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pessoas que o avaliou. O item manifestações populares (exceto Praia do Forte) é outro importante motivo de visitação.

A quantidade de pessoas que avaliaram o patrimônio histórico e as manifestações populares em Sauípe é especialmente pequena, comprovando que estas não são as razões pelas quais os turistas vão para este destino. A Tabela 3.11.16 apresenta as avaliações sobre os atrativos, seguida do gráfico ilustrativo:

Tabela 3.11.16 – Avaliação dos Atrativos – Principais Destinos do Pólo Salvador e Entorno (%)

Atrativos Ótimo / Bom

Regular / Ruim / Péssimo Ótimo / Bom

Regular / Ruim / Péssimo Ótimo / Bom

Regular / Ruim / Péssimo Ótimo / Bom

Regular / Ruim / Péssimo Ótimo / Bom

Regular / Ruim / Péssimo

Manifestações populares 66,5 18,5 30,6 5,6 45,4 4,4 38,5 17,8 8,2 3,9 Atrativos naturais 79,5 18,5 91,8 5,4 79,8 6,7 97,7 1,5 91,8 2,9 Patrimônio histórico / cultural 78,0 20,5 51,6 14,4 75,9 4,3 50,6 18,6 6,7 1,9

Sauípe Cachoeira Itaparica / Vera Cruz Salvador Praia do Forte

Fonte: Pesquisa de Demanda Turística - Bahiatursa

Gráfico 3.11.7 – Avaliação dos Atrativos – Principais Destinos do Pólo Salvador e Entorno (%)

0,0

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60,0

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Ótimo /Bom

Regu lar /Ru im /Péssim o

Ótimo /Bom

Regu lar /Ru im /

Péssimo

Ótim o /Bom

Regu lar /Ru im /Péssim o

Ótimo /Bom

Regu lar /Ru im /Péssimo

Ótim o /Bom

Regu lar /Ru im /Péssimo

Cach oeira Itaparica / Vera Cru z Salvador Praia do Forte Sau íp e

Man ifestações p opu laresAtrativos n atu rais Patrim ôn io h istórico / cu ltu ral

Fonte: Pesquisa de Demanda Turística - Bahiatursa

Percepção sobre Preços

Nas PDTs de 2000, a avaliação específica sobre preços não era realizada. Mas, observando a relação entre a posição no ranking e a quantidade de turistas que avaliaram preços como altos (nos destinos cujas PDTs eram de 2001), pode-se considerar que este indicador seja suficiente.

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PRODETUR NE-II PDITS – Salvador e Entorno 3.11 Perfil do Turista 471

Preço não parece ser um item que desagrada aos turistas em Cachoeira e Itaparica / Vera Cruz, como demonstra sua posição no ranking sobre itens que menos agradaram.

A posição no ranking e a quantidade de pessoas que consideraram os preços altos em Salvador, Praia do Forte e, principalmente, Sauípe, demonstram que os turistas acreditam que estejam realmente elevados para o benefício oferecido. A parcela de visitantes que considerou os preços baixos também corrobora esta afirmação.

A tabela com as avaliações está apresentada a seguir:

Tabela 3.11.17 – Percepção sobre Preços - Principais Destinos do Pólo Salvador e Entorno

Destino Rank % Baixo Normal ElevadoCachoeira (2000) - - N/d N/d N/dItaparica / Vera Cruz (2000) 15o 2,0 N/d N/d N/dSalvador (2001) 5o 6,0 5,9% 61,9% 32,3%Praia do Forte (2001) 4o 7,9 3,4% 64,5% 32,1%Sauípe (2001) 1o 15,0 0,5% 50,5% 49,0%

Preços – item que menos agradou Percepção sobre preços

Fonte: Pesquisa de Demanda Turística - Bahiatursa

Fonte: Pesquisa de Demanda Turística - Bahiatursa

Conclusão

O fluxo de turistas em Salvador vem crescendo a uma taxa anual de 2,5% desde 1996. O segmento internacional obteve uma taxa maior que o nacional (3,1% para o primeiro, contra 2,5% para o segundo).

A distribuição entre os principais emissores é bem equilibrada, apesar do grande peso da Bahia (30,2%, com um grande fluxo motivado por visita a familiares e amigos) e São Paulo (20,5%). O crescimento alto apresentado por estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste demonstra que os esforços de marketing nessas regiões vêm alcançando resultados expressivos.

No segmento internacional, o crescimento apresentado foi mais expressivo. Os maiores emissores apresentaram taxas anuais entre 20,4% e 34,5%. Tradicionais emissores internacionais de grande distância, como Inglaterra, Canadá e Espanha, não apresentaram fluxo significativo (maior que 20.000 turistas ao ano). A Alemanha também enviou menos turistas ao longo do período, a uma queda anual de 19,2%.

A sazonalidade também é presente e alta, sendo o fluxo baixo, principalmente nos meses de maio, junho e novembro. Apesar do crescimento no fluxo total, os meses de maio e novembro vêm apresentando taxas menores de crescimento. Assim, a sazonalidade vem aumentando ao longo dos últimos anos.

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PRODETUR NE-II PDITS – Salvador e Entorno 3.11 Perfil do Turista 472

A avaliação de renda média permite identificar qual o perfil de renda dos visitantes dos destinos. A captação de turistas de maior renda contribui para aumentar o gasto médio. Assim, Cachoeira pode evoluir bastante neste critério.

Há uma grande concentração de visitantes com motivos de passeio, negócios e visita a parentes e amigos. Os demais motivos ainda são nichos inexplorados, podendo apresentar bom potencial.

Os veranistas e os visitantes de um dia configuram importantes mercados para destinações menos estruturadas. Em alguns desses locais, as residências de uso ocasional é parte significativa do total. Esse público possui uma relação distinta com o destino, tem necessidades distintas e trazem impactos peculiares. O ordenamento do fluxo e o controle da apropriação do espaço por esses tipos de turistas deve ser trabalhado.

Para o atual perfil de visitantes, a experiência turística está satisfatória em quase todos os destinos, como identificam os índices de satisfação dos visitantes. Cachoeira, entretanto, necessita de intervenções urgentes em equipamentos e serviços turísticos e infra-estrutura urbana. Os visitantes de Itaparica e Vera Cruz também demonstraram grande insatisfação na área de infra-estrutura urbana, para onde devem ser direcionados os esforços.

De acordo com o perfil atual e com os produtos e atrativos turísticos ofertados atualmente é possível indicar quais são os grupos de turistas que serão prioritariamente esperados e atraídos para o Pólo Salvador e Entorno. O turismo náutico, que apresenta visitantes com maior poder aquisitivo, é uma atividade a ser desenvolvida na região, principalmente na Baía de Todos os Santos. Os turistas interessados em aspectos histórico-culturais, também, deverão ser atraídos para essa Zona Turística, dada a grande quantidade de oferta com qualidade superior. Outro fator de diferenciação da área de planejamento é a potencialidade para o turismo ecológico, principalmente na Costa dos Coqueiros. A exploração desses nichos específicos poderá aumentar a receita turística gerada na Região. Assim, os turistas com esses interesses específicos deverão ser de captação prioritária para o Pólo Salvador e Entorno.