30º Aniversário de D. Luiz de Orleans e Bragança na Chefia da Cas Imperial do Brasil

8/2/2019 30 Aniversrio de D. Luiz de Orleans e Bragana na Chefia da Cas Imperial do Brasil

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CRCULO MONRQUICO DO RIO DE JANEIRO

APRESENTAO

Ao completar Sua Alteza Imperial e Real, o Prncipe D. Luiz deOrleans e Bragana, o aniversrio de trinta anos frente dos desgnios

da Casa Imperial Brasileira, o Crculo Monrquico do Rio de Janeirohouve por bem parabenizar e homenagear o insigne Prncipe,elaborando um resumo biogrfico de Sua Alteza, no intuito de


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divulgar, embora de forma compacta, os dados essenciais a respeito dapessoa e da personalidade extraordinria que o caracterizam.

Para tanto, solicitou ao ilustre Professor Rogerio da Silva Tjader,carioca e decano dos monarquistas militantes no Brasil, que seencarregasse da confeco de tal pretenso.

Desta forma, pretende o Circulo Monrquico do Rio de Janeiroprestar sua justa e honrosa misso a to elevado Prncipe.

O primeiro grupamento monrquico, aps o nefando golpe queimplantou a repblica no Brasil, data de 1890, tendo sido organizado pelo ilustrssimo Visconde de Ouro Preto, ltimo Presidente doConselho de Ministros de Estado da Monarquia.

Daquela data em diante, inmera grupos que congregavammonarquistas, pelo Brasil de norte a sul, de leste a oeste, seorganizaram, adotando terminologias independentes, embora todasessas agremiaes se vissem imbudas do mesmo ideal, qual seja, arestaurao da Monarquia.

Se tal intento no foi alcanado, no se pode apontar comoresponsvel a falta de entusiasmo dos nossos maiores. Tal assertivaseria absolutamente injusta, pois foram eles de um denodo quase semlimites, na luta pela causa do ideal monrquico, labutando contraobstculos quase intransponveis, uma vez que os monarquistas viam-se relegados humlima condio de criminosos polticos, condioesta imposta pelo regime republicano, atravs da famigerada clusula ptrea, oriunda da Constituio Republicana de 1891, em seu artigo 217 6, clusula esta que proibia qualquer manifestao contra a

Forma de Governo Republicana. Este estado de coisas durou quase um sculo, sendo apenasabolido por ocasio da votao da Constituio de 1988.

Desde que assumiu a Chefia da Casa Imperial Brasileira, no anode 1981, vem o Prncipe D. Luiz de Orleans e Bragana se empenhando,de forma constante, e mais atuante possvel, para que os ideaisdefendidos por cada um dos monarquistas brasileiros vivifique, queseja frutificado.

Por estas razes, expressando a gratido de todos osmonarquistas brasileiros ao Prncipe D. Luiz de Orleans e Bragana, depblico reafirmo as convices monrquicas, ao mesmo tempo em querenovo, em nome do Circulo Monrquico do Rio de Janeiro os melhoresvotos de lealdade a Sua Alteza Imperial e Real, o Prncipe D. Luiz deOrleans e Bragana.

Crculo Monrquico do Rio de Janeiro


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TRIGSIMO ANIVERSRIO DE SUA ALTEZA IMPERIAL E REAL D.LUIZ DE ORLEANS E BRAGANA, FRENTE DA CHEFIA DA CASA

IMPERIAL DO BRASIL (1981 2011).

As dinastias, depois de criadas, tornam-se ininterrompveis, da a firmao bsica do princpio monrquico permanente que, em uma Monarquia, o Rei no morre nunca, fato que leva o Mestre deCerimnias da Corte a anunciar, quando do falecimento de umMonarca: - O Rei est morto. Viva o Rei.

Este tipo de transio isenta de traumas a nao, que no v atragdia familiar ocorrida na Famlia Monrquica se abater sobre oresto do pas.

Exatamente devido a este princpio temos assistido, no Brasil, aseqncia de Chefes da Famlia Imperial se sucederem, sem alardes,sem tumultos para a causa monrquica.

Desde o falecimento do Imperador D. Pedro II ocorrida em 1891, a Princesa Isabel D. Isabel I, Imperatriz de Jure pela Constituio Imperial de 1824 -, assumiu as funes de Chefe da Casa ImperialBrasileira, funo que exerceu a contento, at o ano de sua morte, 1921.

Com a Carta de Renncia firmada por D. Pedro de Alcntara, filhomais velho de D. Isabel, em 1908, seu irmo segundo, D. Luiz,cognominado O Prncipe Perfeito, assumiu o ttulo de Prncipe Imperial, mas no chegou a exercer a chefia da Casa Imperial, poisfaleceu antes da morte de sua me, ocorrida em 1921.

Do casamento de D. Luiz, O Prncipe Perfeito com a Princesa D. Maria Pia de Bourbon-Sicilia, nasceu como Primognito, D. PedroHenrique de Orleans e Bragana em 1909, alm de mais dois irmos.

A partir do falecimento prematuro de D. Luiz, O PrncipePerfeito, ocorrido em 1920 seu filho, D. Pedro Henrique de Orleans eBragana assumiu o ttulo de Prncipe Imperial, e aps o falecimentode sua av, D. Isabel, no ano seguinte, tornou-se ele, Chefe da CasaImperial, com apenas 12 anos de idade.

Na presente exposio no se insere o inefvel prazer que seriatratar mais detidamente da figura exponencial que foi D. Pedro Henrique de Orleans e Bragana. Cumpre, entretanto, ser dito que,casou-se ele em 1937, com D. Maria da Baviera, neta do Rei Luiz III, datradicional casa de Wittelsbach, oriunda do sculo IX.

Deste consrcio esponsalcio, nasceram doze filhos, dentre osquais, o mais velho D. Luiz Gasto Maria Jos Pio de Orleans eBragana, hoje, Chefe da Casa Imperial do Brasil.

Nasceu D. Luiz em Mandelieu, na Frana, em 06 de junho de 1938,sendo batizado na capela de Mas-Saint-Louis e registrado noConsulado brasileiro em Paris.

D. Luiz est intimamente ligado s mais ilustres Casas Reais daEuropa, por laos de sangue, como se constatar.

Alis, sua ascendncia remonta s mais primitivas origensnobilirquicas do velho continente: a Casa de Bragana encontra sua


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raiz mater no Condestvel Santo D. Nuno lvares Pereira; a Casa dosOrleans, descendente colateral dos Bourbons tem sua origem em HugoCapeto, que ascendeu ao trono da Frana no ano de 987, passando maistarde por So Luiz IX, o Rei Cruzado (1226-1270); a Casa de Bourbontem igualmente seu tronco original em Hugo Capeto, isto sem que sefale das Casas Reais aparentadas, com origens semelhantes.

A semente de tal ascendncia, frutificada e burilada pelosexemplos valorosos de moral, de dignidade e de obrigaes religiosas,mostrados e vivificados por seus maiores, encontrou guarida nocarter ntegro firme e consciente de D. Luiz, que se imbuiu dos deveresde lder, notabilizando-o como um homem cnscio das suasresponsabilidades de Chefe de Estado em potencial, cristo convicto edevotado s causas que abraa.

Com apenas sete anos de idade, desembarcou D. Luiz,acompanhando seu pai e demais membros de sua famlia, de bordo donavio Serpa Pinto em uma radiosa manh primaveril do longnquo

ano de 1945, na Praa Mau, no corao da cidade do Rio de Janeiro. A Famlia Imperial vinha para ficar, depois de um longo exlio,

prolongado pelo horror que representou a segunda guerra mundial.Na cidade do Rio de Janeiro, a Famlia Imperial fixou residncia

no bairro da Urca, ocasio em que D. Luiz iniciou seus estudos noColgio Santo Incio.

Por questes verdadeiramente inescrupulosas e at entoimpensveis, a Famlia Imperial viu-se atingida por um clima deaflio, que a conduziu a uma situao de dificuldade.

Graas a um auxlio inesperado, por bem da Providncia Divina, pode o valoroso D. Pedro Henrique se soerguer, adquirindo uma propriedade rural no Estado do Paran, para l conduzindo suafamlia.

Foi ali que D. Luiz houve por bem dar seqncia aos seus estudos,preparando-se para realizar seu sonho de alcanar uma graduao.

Mas no foi apenas o preparo intelectual que desenvolveu de D. Luiz. s noites, em conversas com seu pai, abeberava ele, emcompanhia de seu irmo D. Bertrand, o vasto conhecimento formadorque lhes incutia D. Pedro Henrique. Este conhecimento mostrou-sealicerador na formao da personalidade e do carter de D. Luiz. Nosdias que se seguiam, trocava ele com seu irmo, idias sobre asconversas havidas na noite anterior, fixando princpios que iriamnortear a sua vida.

Ao concluir o ento segundo grau, embora ainda jovem, D. Luiz jera um homem completo na forma de pensar e de agir.

Na Fazenda do Paran, D. Luiz praticou equitao e caa.Viajou para Paris, onde complementou seus estudos, aprimorando

seu conhecimento de lnguas estrangeiras, especialmente francs e

alemo, ao mesmo tempo em que se preparava para ingressar na Faculdade de Qumica, na Universidade de Munique, uma das maisconceituadas do mundo.


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Por ocasio das frias escolares, D. Luiz viajava pelos pasesvizinhos falando sobre o Brasil, mostrando suas vantagens para os queaqui pretendessem se instalar, ou apenas visitar a passeio.

Findo seu ciclo de estudos na Europa, D. Luiz regressou ao Brasilem 1967, passando a residir em So Paulo, dedicando-se a secretariarseu pai, j na ocasio, sitiante na cidade fluminense de Vassouras. Foino exerccio deste mister que D. Luiz iniciou sua interao sobre osintrincados problemas que afligiam o Brasil e o seu povo, passando ase interessar, vivamente por eles.

Entrementes, a sade de D. Pedro Henrique declinava lentamente,sob o peso dos anos, porm, nada indicava algo de maior gravidade;entretanto, a 05 de julho de 1981, um edema pulmonar o levou aenriquecer a pliade celestial, com suas telas, sua arte e, sobretudo, acerteza do exerccio da prtica do bem e do seu pleno dever, cumprido risca.

O Rei est morto! Viva o Rei!

A partir de ento, D. Luiz tornou-se o Chefe da Casa Imperial doBrasil, cargo para o qual se encontrava sobejamente preparado paraexercer.

Entretanto, problemas difceis, quer de ordem dinstico-familiar,quer de ordem poltica, iriam surgir, para perturbar a paz do novoChefe.

Embora de grande monta, estes problemas foram contornados acontento pelo sereno, porm atuante e firme Prncipe D. Luiz.

Cogitava-se, ento, da elaborao de uma nova Constituio para

a repblica. Cautelosamente, mas com firmeza, D. Luiz dirigiu a cadaum dos deputados Assemblia Constituinte, uma carta, na qualexpunha a absurda arbitrariedade que consistia a manuteno daClusula Ptrea, ao mesmo tempo em que lhes solicitava fosse ela ab-rogada. Sua campanha foi vitoriosa, livrando os monarquistas dapecha de, se no criminosos, pelo menos infratores polticos. Corria oano de 1988. Glria a D. Luiz!

Cada vez mais, D. Luiz congregava em torno de si e da causamonrquica, seu fieis seguidores, cujo nmero crescia a cada encontro.

Em decorrncia da sua efetiva atuao junto aos Deputados,passou a ser cogitado o cumprimento de uma determinao explcita,contida na Constituio de 1891, que tratava da efetivao de umplebiscito quanto Forma de Governo a ser adotado no Brasil, aps aimplantao da repblica. Repblica ou Monarquia. Tal plebiscito,jamais foi realizado.

Graas a um trabalho hercleo, levado a efeito por D. Luiz,coadjuvado por seus irmos D. Bertrand e D. Antonio, no ano de 1992, oPoder Legislativo Federal resolveu, com 102 anos de atraso, executar adeterminao constitucional de 1891.

A maior parte dos monarquistas em condies de ajudar assim o fizeram e, no ano de 1993, embora esbulhado de todas as formas, emuma vergonhosa e aviltante campanha governista contra aMonarquia, o Plebiscito foi realizado.


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O resultado foi uma derrota monrquica, mas foi uma derrotacom sabor de vitria, uma vez que sem tempo hbil para organizaruma campanha, sem recursos financeiros para sustentar as despesasdecorrentes, sem elementos humanos suficientes para percorrer o pas,esclarecendo o que Monarquia, enfrentando ataques desabridos einfundados, de toda a parte dos meios de comunicao subsidiados pela mquina governamental, ainda logramos alcanar quase 13 porcento da preferncia popular.

Desde ento, a luta em prol do ideal monrquico continua, emtodo o pas, sempre sob a liderana do Chefe da Casa Imperial,assessorado de forma incansvel, por seus dois irmos, D. Bertrand eD. Antonio.

D. Luiz mostra-se sempre atuante, acompanhando de perto os problemas que afligem o povo brasileiro, quer no seu aspecto social,quer no campo poltico, publicando mensagens, comunicados, noapenas dirigidos aos monarquistas, mas populao em um todo,

como ocorreu em janeiro deste ano quando do recente episdio dograve problema que atingiu a Serra Fluminense. Naquela ocasio D. Luiz tornou pblico o seu pesar, ao mesmo tempo em que sesolidarizava com as famlias enlutadas.

Seguindo o postulado da prudncia, mantm-se D. Luiz afastadodos embates que agitam o cenrio poltico-partidrio do Brasil, a fimde no se imiscuir nos desgastes das contendas, porm, mantm-sevigilante e atuante em defesa do processo moral e da dignidade da aopblica.

Homem de uma cultura vasta e bem alicerada, D. Luiz aprecia,em seus raros momentos de lazer, a boa msica clssica, colocando-sesempre a par do que ocorre no mundo, especialmente no Brasil, atravsde leitura diria dos principais jornais do pas.

Sediado em So Paulo, ocupando uma casa alugada, confortvel, porm sem luxo, dali D. Luiz dirige o movimento monrquico pelo Brasil, recebendo correligionrios e visitantes que o procuram parauma troca de idias, produzindo textos edificadores.

Por seus mritos de ordem pessoal, ele Gro Mestre da Ordem daRosa, da Ordem de Pedro I, tendo merecido ser agraciado com a GrCruz da Ordem Constantiniana de So Jorge, da Casa Real de Bourbon-Sicilia, alm de ser membro efetivo de inmeros institutos culturais.

D. Luiz tem viajado por todos os Estados do Brasil, sendoefusivamente homenageado onde quer que passe.

Inmeras cmaras municipais lhe outorgaram o ttulo deCidado Honorrio das cidades visitadas.

Poucos pases podem se orgulhar de ostentarem no seu cenrio delideranas um nome como o do Prncipe D. Luiz de Orleans e Bragana

Os monarquistas do Brasil, jubilosos de sua liderana, agradecem,

cumprimentam e parabenizam a D. Luiz de Orleans e Bragana por suaefetiva participao, nestes trinta anos de Chefia frente da CasaImperial.

Deus Guarde Vossa Alteza Imperial e Real !


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Pelo Crculo Monrquico do Rio de Janeiro

Rogrio da Silva Tjader

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