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Nesta Unidade, você vai estudar as características dos seres vivos e como diferenciá-los dos não vivos. Verá que, embora os seres vivos possam ser divididos em cinco grandes reinos (Monera, Protista, Fungi, Plantae e Animalia), esses grupos não são suficientes para incluir formas de vida como os vírus, que, por terem características muito peculiares, não se enquadram em nenhum deles. Por fim, analisará mais detalhadamente os vírus e os reinos Monera, Protista e Fungi, podendo identificar semelhanças e diferen- ças entre eles. Estudará também a interferência desses reinos na saúde humana e na economia da sociedade em geral. Para iniciar... Observe a imagem abaixo e converse com seus colegas e professor. 3 OS SERES VIVOS © Diomedia Quais seres vivos você consegue observar nessa imagem? Na atmosfera que envolve a Terra, existem seres vivos que não conseguimos enxergar? Quais são as características que diferenciam os seres vivos dos não vivos? 39

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Nesta Unidade, você vai estudar as características dos seres vivos e como diferenciá-los dos não vivos. Verá que, embora os seres vivos possam ser divididos em cinco grandes reinos (Monera, Protista, Fungi, Plantae e Animalia), esses grupos não são suficientes para incluir formas de vida como os vírus, que, por terem características muito peculiares, não se enquadram em nenhum deles.

Por fim, analisará mais detalhadamente os vírus e os reinos Monera, Protista e Fungi, podendo identificar semelhanças e diferen-ças entre eles. Estudará também a interferência desses reinos na saúde humana e na economia da sociedade em geral.

Para iniciar...Observe a imagem abaixo e converse com seus colegas e professor.

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• Quais seres vivos você consegue observar nessa imagem?

• Na atmosfera que envolve a Terra, existem seres vivos que não conseguimos enxergar?

• Quais são as características que diferenciam os seres vivos dos não vivos?

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Características dos seres vivosAté meados do século XIX, os filósofos achavam que os seres vivos

eram animados por uma força vital ou sopro divino que lhes dava o dom da vida. Atualmente, os cientistas explicam a vida de maneira diferente. De acordo com eles, a matéria que forma os organismos vivos é basicamente a mesma dos corpos não vivos. A diferença é que, nos corpos inanimados, ela é constituída apenas por substâncias inor-gânicas, compostas por moléculas relativamente simples.

Nos seres vivos, certos elementos químicos, como o carbono, o hidrogênio, o oxigênio e o nitrogênio, estão presentes em grandes pro-porções, compondo substâncias mais complexas, chamadas generica-mente de substâncias orgânicas (proteínas, carboidratos, lipídios etc.). Portanto, além de serem formados por substâncias inorgânicas, os seres vivos apresentam, também, matéria orgânica, formada por gran-des conjuntos de átomos, chamados cadeias, nas quais o carbono é o elemento principal.

Além disso, existe um conjunto de aspectos que também diferen-ciam os seres vivos.

Célula: a unidade da vidaUma característica marcante dos seres vivos é que todos são for-

mados por células.

Gravura do microscópio de Robert Hooke (esq.) e desenho de um corte de cortiça visto no microscópio, mostrando células de uma amostra biológica.

Em 1665, o cientista inglês Robert Hooke (1635-1703) observou ao microscópio fatias muito finas de cortiça. Ele descreveu a cortiça como um conjunto formado por inúmeras e minúsculas cavidades, semelhantes aos favos de mel de uma colmeia. Ele deu o nome de célula a cada uma dessas cavidades. Hoje sabemos que a célula possui uma estrutura interna e é a unidade básica da vida.

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A maioria das células apresenta três partes fundamentais:

Com o desenvolvimento das pesquisas sobre células, descobriu-se que nem todas têm núcleo. Então, elas foram divididas em dois grupos:

• as que não têm núcleo, como as células bacterianas, chamadas procarióticas, nas quais o material genético (DNA) está espalhado no citoplasma;

• as eucarióticas, que possuem uma membrana que isola o núcleo (e, portanto, o DNA) do citoplasma.

Célula procariótica.

As células de animais e vegetais são do tipo eucariótica. Embora sejam bastante parecidas, existem diferenças significativas entre elas.

NúcleoParte da célula que guarda o DNA, ou seja, o material genético que armazena as informações sobre as características da célula que serão transmitidas aos descendentes.

CitoplasmaSubstância gelatinosa que preenche a célula.

MembranaPelícula muito �na que delimita a célula, de�nindo sua parte interna e externa. Ela seleciona as substâncias que entram e saem da célula e estabelece a comunicação com outras células.

Parede celular CitoplasmaMembrana plasmática

Materialgenético

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Atividade 1 Observando as células

Forme um grupo com dois ou três colegas. Observem as imagens a seguir, que representam uma célula vegetal e uma célula animal, e identifiquem diferenças entre elas, completando o quadro da pró-xima página.

Fonte: São Paulo faz escola. Biologia, 2a série, v. 1, 2011, p. 7.

Fonte: São Paulo faz escola. Biologia, 2a série, v. 1, 2011, p. 7.

Representação de célula vegetal

Representação de célula animal

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Quantas células tem um ser vivo?

Célula vegetal Célula animal

Parede celular

Cloroplasto

Plasmodesmos

Centríolos

A ameba é um ser unicelular.

O piolho é constituído por diversas células.

Os seres vivos formados por apenas uma célula são chamados seres unicelula-res, como bactérias, amebas e certos tipos de fungos e algas.

Os seres pluricelulares são aqueles formados por diversas células, como é o caso do ser humano, dos outros animais e das plantas.

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No caso dos seres pluricelulares, as células se agrupam em teci-dos (epitelial, gorduroso, muscular etc.), e estes se juntam em órgãos (pele, fígado, rins, cérebro etc.), constituindo os sistemas (respirató-rio, circulatório etc.) que formam os organismos (pessoas, animais, plantas etc.).

Para manter a célula funcionando, o organismo precisa rea-lizar um conjunto de reações químicas que lhe forneça energia. Esse conjunto de reações químicas necessárias para a manutenção da vida e para a reprodução das células é chamado metabolismo. A respiração, a digestão, a transpiração e o sono são exemplos de funções que fazem parte do metabolismo dos seres vivos. Toda ação que requer o uso de energia em um ser vivo envolve seu metabolismo.

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Tecido

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Atividade 2 Sono e metabolismo

Em sua opinião, quando uma pessoa está dormindo, seu metabo-lismo para? Justifique.

Reação a estímulos

Outra característica que distingue os seres vivos dos seres inani-mados é a capacidade de reagir a estímulos. Todos os seres vivos res-pondem a estímulos. Estes podem ser físicos (mudança de temperatura, pressão, luminosidade etc.) ou químicos (poluição do ar, ingestão de alimentos, remédios etc.). Embora mais lentamente que os animais, as plantas também respondem a estímulos. São exemplos conhecidos as plantas crescerem mais em direção à luz, os vegetais ficarem mais fortes com o uso de adubos, o movimento de abrir e fechar nas plantas carní-voras para atrair e alimentar-se de insetos, entre outros.

Ciclo vital

Outra característica dos seres vivos é que todos passam por diver-sas fases, realizando o ciclo vital: nascem, crescem, se reproduzem, envelhecem e morrem. Embora alguns organismos não completem todo o ciclo, ele acontece na espécie em geral.

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PURDUE University. Insects and Mosquitoes. Medical Entomology.

Disponível em: <http://extension.entm.purdue.edu/publichealth/insects/mosquito.html>. Acesso

em: 21 nov. 2012.

Segundoestágio da larva

Quartoestágio da larva

Pupa

Primeiro estágio da larva

Terceiroestágio da larva

Ovos

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Ciclo vital do mosquito

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Esporângiose abrindo

Liberação dos esporos

Prótalo

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Zigoto

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Fase assexuada

Fase sexuada

Soro

Ciclo vital da samambaia

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Metamorfose completa

Metamorfose

Adulto Fêmea Macho

EspermatozoidesÓvulos

Ovo fecundado

Embrião

Girino

Ciclo vital do sapo

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Ciclo vital da bactéria

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Reprodução

A reprodução, processo pelo qual os seres vivos produzem des-cendentes para perpetuar a espécie, é outra de suas características. A reprodução pode ser sexuada ou assexuada.

A reprodução sexuada ocorre quando existe a fusão de duas células sexuais ou reprodutivas – chamadas gametas –, como o espermatozoide (gameta masculino) e o óvulo (gameta feminino), entre dois indivíduos da espécie, macho e fêmea. Como ocorre uma mistura das características do macho e da fêmea em seus descenden-tes, eles nunca são idênticos aos pais, o que favorece a diversidade.

A reprodução assexuada é realizada de maneira isolada, pelo próprio indivíduo, que dá origem a outros seres idênticos a ele, ou seja, não envolve a fusão de células sexuais entre dois indivíduos da espécie. A reprodução assexuada é particularmente visível nas plantas, como as bananeiras, mas ocorre também com as amebas, certas bactérias, estrelas-do-mar e esponjas marinhas, entre outros organismos.

Atividade 3 Seres vivos e reprodução

1. No 7o ano/2o termo, você viu que a água e o carbono também têm seu ciclo na natureza. Consulte seu material e retome tais ciclos. Eles podem ser considerados seres vivos? Por quê?

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2. Algumas plantas, como o hibisco, podem ser plantadas de um pedaço de seu caule, fincando-o na terra. Isso significa que de um galho de hibisco pode brotar outro hibisco. Essa forma de reprodução é sexuada ou assexuada? Justifique.

3. Frutas e verduras podem ser ingeridas frescas, tendo importante papel em uma alimentação saudável. Em sua opinião, é correto considerar frutas frescas como seres vivos? E as folhas verdes que você come em uma salada? Justifique.

Adaptabilidade

Outra característica dos seres vivos é a adaptabilidade, desenvol-vida ao longo de muito tempo, permitindo a sobrevivência e a repro-dução da espécie em determinado ambiente. Ela é bastante influen-ciada pela variabilidade e pelo processo de seleção natural.

Os seres vivos e seus reinos

De acordo com o que você estudou na Unidade 2, os seres vivos podem ser classificados em vários grupos. Uma classificação muito utilizada, segundo os critérios científicos, divide os seres vivos em cinco grandes reinos: Monera, Protista, Fungi, Plantae e Animalia.

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Características dos reinos

Reino Características gerais Exemplos

Monera

• Unicelulares.

• Procariontes.

• Heterótrofosouautótrofos.

Bactérias

Protista

• Unicelularesoupluricelulares.

• Eucariontes.

• Heterótrofosouautótrofos.

Algas, amebas, paramécios

Fungi

• Unicelularesoupluricelulares.

• Eucariontes.

• Heterótrofos.

Leveduras, cogumelos, bolores

Plantae

• Pluricelulares.

• Eucariontes.

• Autótrofos.

Samambaias, árvores, grama etc.

Animalia

• Pluricelulares.

• Eucariontes.

• Heterótrofos.

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Atividade 4 Cadeia alimentar

Analise o quadro “Características dos reinos” e, pensando na cadeia alimentar, escreva o papel que cada reino desempenha (produ-tor, consumidor e/ou decompositor). Veja o exemplo a seguir:

Reino Monera Protista Fungi Plantae Animalia

Papel na cadeia alimentar Consumidor

Vírus

Os vírus apresentam características tão peculiares que alguns cientistas afirmam que não deveriam ser considerados seres vivos. Como não podem ser classificados em nenhum dos cinco reinos, outras formas de classificação dos seres vivos foram propostas, de modo a abranger até mesmo os vírus.

Os vírus são parasitas que dependem da célula hospedeira para todas as funções biológicas. Fora de uma célula hospedeira, são incapazes de se reproduzir e de realizar os processos metabólicos, ou seja, fora de outro ser vivo, um vírus parece um ser inanimado qualquer. Embora se comportem como seres vivos apenas no inte-rior de células vivas de animais, plantas ou bactérias, os vírus mui-tas vezes chegam a matar as células para sobreviver. Contudo, diferentemente de outros seres vivos, um vírus nem sem-pre se decompõe após a morte do hospe-deiro. Sua estrutura permite que sobre-viva em uma espécie de dormência, por muito tempo, até infectar outras células.

Além disso, os vírus não são formados por células. São extremamente pequenos (em 1 cm seria possível enfileirar 2 bilhões de vírus!) e apresentam estrutura bastante simples. Ainda que existam vários tipos, todos possuem apenas uma cápsula, cha-mada capsídeo, no interior da qual se encontram uma ou mais moléculas de seu material genético (genes).

CapsídeoMaterial genético

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Para se reproduzir, o vírus introduz esse material em uma célula. A partir daí, passa a controlar o metabolismo da célula infectada, utilizando o material que encontra dentro dela para fazer cópias de si mesmo. Um único vírus pode originar centenas de outros em um curto intervalo de tempo. Nesse processo, alguns vírus deixam parte de seu material genético misturado ao das células do ser vivo hospe-deiro, podendo causar diversos problemas de saúde.

O vírus entra emcontato com a

célula-hospedeira

Os novos vírusrecomeçam o ciclo

A bactéria é rompidae os novos vírus

são liberados

Novos vírus são formados

O vírus injeta seumaterial genético na

célula bacteriana...

...e se reproduz no interior da bactéria

Vírus

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Prevenção e tratamento de doenças virais

Os vírus têm capacidade de adaptação e camuflagem bastante efi-

caz, o que torna difícil a prevenção e o tratamento de viroses. Antibi-

óticos são inúteis contra os vírus. As vacinas constituem a principal e

mais eficiente solução para as doenças virais, e há drogas que tratam

os sintomas ou inibem o metabolismo do vírus. Por isso, é importante

estar sempre com a carteira de vacinação em dia.

Atividade 5 Vacinação

Você sabe quais são as vacinas que um adulto deve tomar? E as

crianças?

Além de informações sobre as vacinas, o que mais se anota em

uma carteira de vacinação?

Procure essas informações na internet ou no posto de saúde mais

próximo e anote o resultado de sua pesquisa. Compare-o com o de

seus colegas e veja se está faltando alguma informação.

Praticamente todos os tecidos e órgãos humanos podem ser objeto de alguma infecção viral. Algumas dessas infecções são transmitidas por insetos, como a febre amarela e a dengue. Outras, como a Aids (sigla em inglês que significa síndrome de imunodeficiência adquirida) e o condiloma, são doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Além delas, existem viroses mais comuns, como resfriado, caxumba, hepa-tite, herpes, meningite, mononucleose, poliomielite, raiva, rubéola, sarampo, varíola etc.

Vírus bacteriófago. Vírus HIV (da Aids). Vírus da gripe.

CondilomaTambém conhecido como jacaré, jacaré de crista, crista de galo e verruga genital, é uma doença sexualmente transmissível cujo sintoma é o aparecimento de verrugas na área genital do homem e da mulher.

Você sabia que o vírus de computador e o vírus biológico agem de modo semelhante?

Vírus de computador é um programa (software) malicioso que, assim como o vírus biológico, entra de forma disfarçada, prejudica o funcionamento do sistema, faz cópias de si mesmo e se espalha para outros computadores. Por agir de maneira semelhante a um vírus biológico, foi batizado também como vírus.

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2. Com base no que você leu, responda:

a) Qual foi o motivo da ação movida pelo trabalhador contra a empresa?

b) Qual foi o motivo da demissão alegado pela empresa?

c) Qual foi o resultado da ação movida pelo trabalhador? Ele ganhou ou perdeu a ação?

Justiça determina reintegração de soropositivo

A demissão de trabalhador portador do vírus da Aids é considerada discriminatória, cabendo à empresa rein-tegrá-lo ao serviço. Assim decidiu a 6ª Câmara do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região - Campinas/SP. Ex-empregado [de uma empresa alimentícia], o trabalhador moveu reclamação trabalhista que tramitou na 1ª Vara do Trabalho de Marília, alegando que durante quatro anos trabalhou de forma exemplar, mas mesmo assim foi despedido logo que soube ser portador de Aids. Segundo disse, sua reintegração no emprego deve ser deferida, pois a médica da empresa tinha conhecimento de sua enfermidade, o que prova a dispensa discriminatória.

Em sua defesa, a empresa alega que desconhecia o estado de saúde do empregado e que a dispensa foi por motivo de contenção de despesas. Afirma, ainda, que foram demitidos setenta e três funcionários no mesmo mês em que o autor foi dispensado. Julgada improcedente a ação, o ex-empregado recorreu ao TRT.

“Desde logo afasto o alegado desconhecimento da empresa sobre o estado de saúde do trabalhador, eis que a empresa foi cientificada através de sua médica, que, na verdade, manteve sigilo quanto ao caso, como lhe recomenda o código de ética médica”, disse Luiz Carlos de Araújo, relator do recurso. Segundo o magistrado, a legislação não avançou em relação à necessária estabilidade ao empregado portador da síndrome da imu-nodeficiência adquirida, cabendo ao juiz aplicar os princípios gerais do direito, a analogia e os costumes para resolver questões dessa natureza.

“Dada sua proliferação, o contágio pelo vírus HIV já se tornou há muito tempo, não somente no Brasil, mas em escala mundial, um caso de saúde pública. Mas, se a cura depende ainda do avanço da ciência médica, eviden-temente o combate ao preconceito com relação aos portadores do famigerado vírus depende simplesmente da conscientização e de legislação específica”, fundamentou Araújo, para quem o empregador não pode se recusar a contratar um soropositivo ou tratá-lo de forma diferenciada ou, ainda, dispensá-lo pelo fato de estar infectado.

Baseado na Constituição Federal e na Lei 9.029/95, Araújo reconheceu o direito à estabilidade do traba-lhador e, como a empresa não encerrou suas atividades, a alegada dispensa por contenção de despesas não poderia ter ocorrido. Para concluir, foi determinado, inclusive, o pagamento de todos os salários, reajustados desde a demissão até a real reintegração, corrigidos monetariamente e acrescidos dos juros de mora. O valor da condenação foi estipulado em R$ 10 mil.

Justiça determina reintegração de soropositivo. Expresso da Notícia, 4 maio 2006. Disponível em: <http://expresso-noticia.jusbrasil.com.br/noticias/137347/justica-determina-reintegracao-de-soropositivo>. Acesso em: 21 nov. 2012.

Atividade 6 Cidadania em exercício1. Leia o texto a seguir.

Trabalho6o ano/1o termo

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d) Quais os motivos apresentados pelo relator Luiz Carlos de Araújo para justificar a sentença final?

Reino Monera

O reino Monera é composto de bactérias e cianobactérias, que podem ser encontradas em todos os biomas da Terra e até mesmo no interior de outros seres vivos. São os menores e mais antigos orga-nismos conhecidos; seu tamanho varia entre 0,5 e 10 milésimos de milímetro e seu surgimento na Terra data de aproximadamente 3,4 bilhões de anos. Por isso, são considerados os precursores das formas de vida atuais. São unicelulares, embora várias espécies se apresentem como colônias, formadas por agrupamentos de células que, juntas, podem chegar a medir 1 metro, como acontece com as cianobactérias. A célula desses seres não apresenta um núcleo organizado. Portanto, seu material genético encontra-se disperso em seu interior.

Diversas espécies de bactérias compõem o reino Monera.

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A importância das bactérias

Existem mais de 20 mil espécies de bactérias conhecidas. Algu-mas delas são de grande importância para a saúde, o ambiente e até mesmo a economia de um país, na medida em que sua existência leva à fabricação de produtos que podem ser comercializados.

É comum associar as bactérias a infecções e doenças, mas nem todas são nocivas à saúde. Existem as que vivem no trato digestório, por exemplo, participando do processo da digestão, além de pro-duzirem vitaminas essenciais à saúde. Com o desenvolvimento da biotecnologia, as bactérias passaram a ser utilizadas também na sín-tese de várias substâncias, entre elas a insulina (para o tratamento da diabete) e o hormônio de crescimento, e na produção de antibió-ticos e vitaminas.

As cianobactérias, por exem-plo, ao realizar a fotossíntese, transformam o gás carbônico em outras substâncias e libe-ram oxigênio no ar. Foram seus ancestrais que, provavelmente, liberaram todo o oxigênio que há atualmente na atmosfera.

Além disso, diversas outras espécies de bactérias são úteis ao homem, como as do ácido acético, utilizadas na fabrica-ção do vinagre, e os lactoba-cilos, que provocam a coagu-lação do leite e são utilizados na preparação de coalhadas, iogurtes e queijos, entre outros.

Atividade 7 Você é o cientista – Experimento: pesquisando e produzindo iogurte

O iogurte é produzido pela fermentação realizada por uma cultura mista de bactérias (Streptococcus e Lactobacillus). Nesse processo de fermentação, elas consomem lactose para obter energia e liberam ácido lático. O leite coalhado preserva a gordura, os minerais e as vitaminas do leite puro, mas com uma proporção menor de lactose. Isso faz com que a digestão do iogurte seja mais fácil que a do leite.

As cianobactérias (filamentos amarelos da imagem), também

conhecidas como algas azuis, não podem ser consideradas

algas ou bactérias comuns, pois apresentam características mistas de ambas: são bactérias

que realizam fotossíntese.

InsulinaHormônio que regula a absorção de açúcar pelo corpo e cuja carência provoca a diabete.

BiotecnologiaConjunto multidisciplinar de conhecimentos e técnicas que envolve a manipulação de organismos vivos (organismos, células, organelas, moléculas) para gerar produtos (como remédios, alimentos transgênicos, plantas e animais modificados geneticamente, clonagem etc.).

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Você sabia que as bactérias desempenham, também, importantes funções ecológicas?

Algumas delas são decompositoras, o que permite a ciclagem de elementos por meio da decomposição de animais, plantas e outros seres, assim como de seus dejetos e secreções, como urina e fezes. Além disso, elas participam do ciclo do nitrogênio, absorvendo-o durante a vida e liberando-o para o ambiente quando morrem, permitindo assim sua utilização pelas plantas terrestres.

1. Experimente fazer esta receita de iogurte.

Materiais necessários

• 1litrodeleite.

• 1copodeiogurtenaturalbemfresco.

• 1colherdepau.

• 5copospreferencialmentedevidro.

• Papeltoalha(ouguardanapos).

Procedimentos

1. Aquecer o leite até quase ferver ou ferver por pouco tempo (não deixar fer-ver muito porque a temperatura de fervura do leite mataria todas as bacté-rias responsáveis pela fermentação).

2. Deixar o leite esfriar até ficar morno.

3. Acrescentar meio copo de iogurte natural e misturar bem, utilizando a colher de pau.

4. Colocar a mistura nos copos.

5. Enrolar bastante papel em cada copo e guardar em um armário.

6. Depois de 24 horas está pronto o iogurte.

2. Existem outras receitas para o preparo de iogurte. Pesquise sobre elas e anote suas descobertas no caderno. Você pode perguntar para as pessoas que conhece, procurar em livros de receita ou na internet. Depois, compare com as de seus colegas e discuta: Qual delas parece ser mais fácil de fazer? Por quê? Alguma delas parece mais saborosa do que as outras? Por quê?

3. Retome a receita de iogurte que aparece no experimento e pro-cure identificar:

a) Em qual etapa da produção do iogurte ocorre a fermentação?

b) Por que se acrescenta meio copo de iogurte ao leite morno?

Atividade 8 Doenças causadas por bactérias

A maioria das doenças causadas por bactérias é transmitida pela contaminação de alimentos ou água (cólera, febre tifoide) e pela con-taminação do ar (pneumonia, tuberculose). Conheça, no quadro da próxima página, quais bactérias transmitem cada uma dessas doen-ças, como ocorre o contágio e quais são os sintomas e o tratamento.

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Principais doenças causadas por bactérias

Doença Agente causador Forma de contágio Sintomas Vacina

MeningiteHaemophilus

influenzae

Contato com secreções respiratórias de pessoas

infectadas.

Febre alta, rigidez da nuca, dor de cabeça intensa, enjoo, vômito, perda

de apetite e prostração.

Tetravalente (DPT + Hib)

Tétano (acidental)

Clostridium tetani

Contato dos esporos com lesões na pele, como cortes,

arranhões, mordidas etc.

Dificuldade de abrir a boca (trismo) e de engolir e espasmos musculares.

Antitetânica ou Tríplice (DPT)

DifteriaCorynebacterium

diphtheriae

Contato com secreções respiratórias de pessoas

infectadas.

Placas nas amígdalas e, em alguns casos, na traqueia e na faringe;

comprometimento do estado geral, febre moderada e insuficiência cardíaca.

Tríplice (DPT)

Coqueluche(tosse

comprida)Bordetella pertussis

Contato com secreções eliminadas pelo doente ao

tossir, espirrar ou falar.

Acessos de tosse longa, seca e prolongada.

Tríplice (DPT)

TuberculoseMycobacterium

tuberculosis(bacilo de Koch)

Contato com saliva e secreções respiratórias de pessoas infectadas.

Febre baixa no fim da tarde, sudorese, tosse com expectoração, às vezes com sangue, comprometimento do estado

geral e perda de apetite.

BCG

CóleraVibrio cholerae

(vibrião)

Ingestão de água ou alimentos contaminados por fezes ou vômito de pessoas

contaminadas.

Na forma grave, forte diarreia, com desidratação e prostração, dor

abdominal e câimbra.

Dukoral (mas tem

baixa eficácia)

Hanseníase (lepra)

Mycobacterium leprae

(bacilo de Hansen)

Contato com secreções respiratórias de pessoas

infectadas.

Lesões cutâneas e perda da sensibilidade na região afetada da pele.

BCG

PneumoniaStreptococcus pneumoniae

Contato com saliva e secreções respiratórias de pessoas infectadas.

Febre, tosse com muco purulento, mal-estar generalizado e falta de ar.

Específica (Antipneumocócica)

Sífilis Treponema pallidum Relações sexuais.Ferida nos órgãos sexuais; no estágio mais avançado, cegueira, doença do

coração e paralisias.Não há

Gonorreia (blenorragia)

Neisseria gonorrhoeae

Relações sexuais.

Nos homens, coceira, corrimento purulento e ardor ao urinar. Nas mulheres, na maioria dos casos,

não há sintoma.

Não há

Cancro mole Haemophilus ducrey Relações sexuais.

Nos homens, feridas dolorosas no pênis com secreção clara; nas mulheres, os mesmos tipos de lesões na vagina e

próximas à região anal.

Não há

Fontes: Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Doenças infecciosas e parasitárias: guia de bolso. 8. ed. rev. Brasília (DF), 2010. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_infecciosas_parasitaria_guia_

bolso.pdf>. PINHEIRO, Bruno do Valle; OLIVEIRA, Júlio César Abreu de. Pneumonia adquirida na comunidade. Pneumoatual, jun. 2006. Revisado em fev. 2007. Disponível em: <http://www.unifesp.br/dmed/pneumo/Dowload/Pneumonia%20Adquirida%20na%20Comunidade.pdf>.

FERNANDES, Guilherme Côrtes; MARTINS, Fernando S. V.; CASTIÑEIRAS, Terezinha Marta P. P. Vacina antipneumocócica. Centro de Vacinação de Adultos - UFRJ, 14 mar. 2003. Disponível em: <http://www.cva.ufrj.br/informacao/vacinas/pneum-pr.html>. Acessos em: 21 nov. 2012.

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Fica a dica

Existe uma crença de que bastaria tomar um antibiótico antes de ter relações sexuais e outro depois para não pegar gonorreia ou outras doenças sexualmente transmissíveis. Isso não é verdade! Os antibióticos só podem ser utilizados para tratamentos e receitados por médicos.

Alga. Protozoário.

Com um colega, pesquise em sites e revistas sobre que outros cui-dados devem ser tomados para evitar essas doenças, além da vacina.

Reino Protista

As algas e os protozoários constituem o reino Protista. Os protistas possuem células eucarióticas e podem ser autótrofos ou heterótrofos. Alguns organismos desse reino são unicelulares, como amebas e para-mécios, e outros são pluricelulares, como as algas gigantes, que chegam a atingir vários metros. Suas células são tão complexas que são capazes de executar sozinhas todas as funções (locomoção, respiração, excreção, reprodução etc.) que os tecidos, os órgãos e os sistemas realizam em um ser pluricelular complexo.

Até meados do século passado, os protozoários eram conside-rados animais primitivos. São seres unicelulares que se alimentam por ingestão (como os animais) e muitos são parasitas. Para se locomover, alguns protozoários possuem flagelo, como a leishmâ-nia, e outros, cílios, como o paramécio. Ambos têm movimento constante em uma única direção. O que os difere é o formato (os cílios são menos curvos), o tamanho (os flagelos são mais longos) e a quantidade (os cílios são numerosos, enquanto o flagelo é único).

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Os protozoários podem ser encontrados nos mais variados biomas, sobretudo em ambientes aquáticos e terra úmida. Algumas espé-cies convivem em relação harmônica (mutualismo ou comensalismo) com outros seres vivos, enquanto outras parasitam alguns animais. Os protozoários parasitas podem se alojar em várias partes do corpo, como, por exemplo, no sangue e no tubo digestório.

Secretaria de Vigilância Sanitária (SVS). Ministério da Saúde (MS). Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/jpg/mapa_leish_casos_2008_2010.jpg>. Acesso em: 21 nov. 2012.

O paramécio (esq.) é um protozoário que se movimenta com os cílios, enquanto a leishmânia se movimenta com o flagelo.

Atividade 9 Os mapas das doenças

1. Observe o mapa a seguir, que representa as áreas com transmissão de leishmaniose no Brasil entre 2008 e 2010.

Áreas com transmissão de Leishmaniose Visceral (LV) no BrasilMapa de estratificação de LV segundo município de residência e média de casos de 2008 a 2010

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Fonte: SVS/MS

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a) Em quais Estados a leishmaniose era mais ativa nesse período?

b) Em que região do Estado de São Paulo a leishmaniose era mais ativa entre 2008 e 2010?

c) O mapa a seguir apresenta a renda per capita nos Estados brasileiros em 2009. É possível estabelecer alguma relação en-tre a leishmaniose e esse indicador econômico? Justifique.

MAIA, Alexander Gori; BUAINAIN, Antonio Marcio. Pobreza objetiva e subjetiva no Brasil. In: Confins. Revista Franco-Brasileira de Geografia, n.13/2011. Disponível em: <http://confins.revues.

org/7301#tocto2n1>. Acesso em: 21 nov. 2012.

Brasil: renda per capita e renda total mensal, 2009

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2. Agora, observe o mapa a seguir, que representa as regiões do Brasil onde a malária está mais disseminada.

a) Quais regiões do Brasil apresentam mais casos de malária?

Ministério da Saúde (MS); Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS). Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica (SIVEP) e Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN).

Brasil: risco de transmissão de malária por município, 2011

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b) Volte ao mapa Brasil: renda per capita e renda total mensal, 2009. É possível estabelecer alguma relação entre a dissemina-ção da malária e a distribuição de renda no Brasil? Justifique.

Climas zonais

IBGE. Clima. Atlas geográfico escolar. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/atlasescolar/mapas_brasil.shtm>. Acesso em: 21 nov. 2012.

c) Analisando o mapa abaixo, é possível estabelecer relação entre a malária e os tipos de clima predominantes em nosso país?

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d) Observe agora o mapa de desmatamento no Brasil. É possível estabelecer alguma relação entre as áreas desmatadas e os ca-sos de malária no País?

VASCONCELOS, V. V. Ministério Público do Estado de Minas Gerais, Coordenadoria-Geral das Promotorias por Bacia Hidrográfica, 2012.

Brasil: desmatamento, 2002-2008

As áreas de desmatamento estão representadas em vermelho.

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Previsto para ser votado – na Câmara dos Deputados – nos dias 3 e 4 de maio, o projeto que altera o Código Florestal brasileiro (PL 1.876/99) pode extinguir uma área de aproximadamente 200 mil km² de mata nativa. Como compa-rativo, é como se uma área prote-gida do tamanho do Estado de São Paulo fosse liberada para o desma-tamento.

Entre os pontos críticos no texto de alteração, que foi proposto pelo deputado Aldo Rebelo (PCdoB--SP), estão a redução das áreas de Reserva Legal nas propriedades particulares, o perdão das multas aplicadas a proprietários que des-mataram até julho de 2008 e a flexi-bilização da produção agropecuária em Áreas de Proteção Permanente (APPs), com a redução de 30 para 15 metros das áreas de preservação nas margens de rios. Além disso, o texto deixa de considerar topos de morros como áreas de preserva-ção permanente e também prevê a ampliação da autonomia dos

Estados para legislar sobre meio ambiente. [...]

Segundo Wagner Giron, “a par-tir do momento que a alteração do Código Florestal, promovida pelos interesses da bancada ruralista no Congresso, procura diminuir a pro-teção normativa ao meio ambiente, aumentando a fronteira do agro-negócio e áreas de desmatamento, o que acontece? Vai haver maior número de queimadas, emissões gigantescas de CO² e outros gases que causam o efeito estufa, perda da qualidade do ar, desfloresta-mento com aumento de doenças que já foram erradicadas das áreas urbanas. Podemos citar as doen-ças malária e de Chagas, que estão tomando conta dos espaços urba-nos do Brasil. Isso acontece porque os pernilongos e insetos, que são vetores dessas doenças, não tendo floresta, vêm para a área urbana. Toda flexibilização das normas ambientais gera catástrofes climá-ticas globais que afetam, principal-mente, as concentrações urbanas”.

São Paulo, 26 de abril de 2011

Alteração no Código Florestal causará impactos nas cidades

AUGUSTO, Danilo. Alteração no Código Florestal causará impactos nas cidades, Radioagência NP, Brasil de Fato, 26 abr. 2011. Disponível em: <http://www.brasildefato.com.

br/node/6158>. Acesso em: 21 nov. 2012.

Brasil dE FatO – EntrEvistas

Para o defensor público Wagner Giron, a população das áreas urbanas deveria ter mais participação no debate

Danilo Augusto Radioagência NP

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Reino Fungi

Cogumelos e orelhas-de-pau são alguns representantes do reino Fungi.

Os fungos mais conhecidos são cogumelos, bolores, mofos, leve-duras, fermentos, orelhas-de-pau e trufas. A princípio, quando todos os organismos eram classificados como animais ou plantas, os fun-gos foram incluídos no reino das plantas. Atualmente, constituem o reino Fungi, que abrange organismos eucariontes e heterótrofos, podendo ser unicelulares ou pluricelulares.

É um grupo bastante numeroso, formado por cerca de 200 mil espécies espalhadas por praticamente todo tipo de ambiente. A maio-ria sobrevive obtendo alimento da decomposição de organismos mor-tos. Existem espécies que se desenvolvem de maneira independente, e outras, em associação com outros seres vivos. Essa associação, cha-mada “simbiose”, oferece vantagens a ambos os organismos, como é o caso da relação harmônica de mutua lismo que ocorre entre os fungos e as algas que formam os líquens.

Líquen em tronco de árvore.

Contudo, algumas espécies são parasitas, já que se alimentam das substâncias que retiram dos orga-nismos vivos nos quais se instalam, mantendo relações desarmônicas com plantas e animais. Além desses mais comuns, existem alguns gru-pos de fungos considerados preda-dores, que capturam pequenos ani-mais e deles se alimentam.

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Fungos na culinária

Fungo que produz penicilina.

Os fungos estão mais presen-tes no dia a dia do que se pode imaginar. Com algumas bacté-rias, compõem o grupo de orga-nismos decompositores, reali-zando a ciclagem de nutrientes, de grande importância ecológica, já que a matéria orgânica contida em organismos mortos é devol-vida ao ambiente, podendo ser reutilizada por outros organis-mos. Além disso, são utilizados na fabricação de remédios, como antibióticos, de bebidas alcoóli-cas e de alimentos, como pães, tortas, massas e queijos. A peni-cilina, por exemplo, é um pode-roso antibiótico natural derivado de um fungo: o bolor do pão.

A fabricação de pães e bebi-das alcoólicas, como a cerveja e o vinho, depende da ação dos fun-gos. São eles que realizam o pro-cesso de fermentação alcoólica, transformando o açúcar em gás carbônico e álcool etílico. Para a preparação do pão, o importante é o gás carbônico produzido na fermentação, enquanto na pro-dução de bebidas alcoólicas o importante é o álcool.

Durante a preparação do pão, mistura-se fermento bio-lógico (que nada mais é do que levedura, um tipo de fungo) à massa, deixando-a “descansar”. O gás carbônico que a levedura libera se acumula no interior da massa, ori-ginando pequenas bolhas que tornam o pão poroso e mais leve. O teor alcoólico da massa do pão pode chegar perto de 1%, mas, ao assá-lo, o álcool evapora.

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Fica a dicaDoenças causadas por fungos

Os fungos também podem ser responsáveis pela decomposição de alimentos frescos, pelo apodrecimento de materiais utilizados em dife-rentes tipos de construção, pela destruição de tecidos e utensílios de madeira, além de prejudicar lavouras e criações de animais, causando doenças em plantas e animais.

É muito comum a ocorrência de mofo e bolor nos armários por causa da umidade. Para reduzir a umidade nesses móveis, basta espalhar pequenos pacotes com carvão em seu interior. Um modo simples de realizar essa operação é colocar pedaços de carvão dentro de meias velhas e limpas, fechá-las com um nó para o carvão não sujar as roupas e distribuí-las pelos armários.

Nas flores, os fungos podem causar desde pequenas manchas até a destruição completa das pétalas.

Os fungos podem crescer na casca da laranja, causando apodrecimento da fruta.

Shitake, cogumelo bastante utilizado na culinária japonesa.

Os fungos também estão presentes em outros pratos da culinária, como em saladas ou no estrogonofe. A espécie Agaricus, o popular champinhom, é a mais consumida nesses pratos. Já no Oriente, cogumelos como o shitake e o shimeji são bastante apreciados, enquanto os europeus preferem as trufas.

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Os fungos afetam também o ser humano, provocando micoses e outras doenças. As micoses aparecem comumente na pele e se manifestam em qualquer parte da superfície do corpo, sendo mais comuns as das unhas e dos pés, conhecidas como frieiras ou pé de atleta. Podem também afetar a mucosa vagi-nal, como acontece na candidíase.

A candidíase é uma doença sexualmente transmissível e uma das causas mais fre-quentes de infecção genital. Nas mulheres, caracteriza-se por coceira e ardor na região dos órgãos genitais, dor durante a relação

O mofo se estende pela parede devido à umidade, tornando o

ambiente insalubre.

Os fungos podem crescer no pão, tornando-o inadequado ao consumo humano.

Fungos provocam micose em unhas dos pés.

sexual e corrimento vaginal esbranquiçado, semelhante à nata do leite. Nos homens, é comum inchaço e avermelhamento do pênis, além da presença de pequenas lesões puntiformes (em forma de pontos) e avermelhadas, que provocam intensa coceira. O trata-mento deve ser feito com remédios específicos, conhecidos como antifúngicos. Quando a candidíase afeta a boca, provoca os conhe-cidos “sapinhos”, muito comuns em crianças ou adultos com sis-tema imunológico fragilizado.

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Atividade 10 Você é o cientista – Experimento: pesquisando bolores

1. Neste experimento, você vai estudar os elementos que influem no crescimento de fungos (bolores) nos alimentos.

Materiais necessários

• 1fatiadepãoamanhecido.• 1fatiadepãotorrado.• 1fatia(pedaço)dequeijo.• 1fruta(banana,porexemplo).• 1fatiadebatata.• 1pedaçodelimão.• Outroalimentoqualquer.• Sacosplásticostransparentes.• Fitaadesivaoufitacrepe.• 1caixadepapelão(oupapelgrosso).• 1lupa.

Procedimentos

1. Coloque cada alimento dentro de um saco plástico isolado. Feche o saco e prenda-o com fita adesiva ou fita crepe.

2. Coloque os sacos na caixa de papelão e deixe-a acomodada em um local onde possa ficar guardada e ser observada.

3. Combine com seus colegas e professor a periodicidade de observação da caixa.

4. Nas datas combinadas, com o auxílio da lupa, observe os pacotes com os alimentos e analise as transfor-mações ocorridas, como o surgimento ou não de bolor, a coloração, a textura que o alimento parece ter, a forma e o tamanho do bolor, ou ainda outros elementos que perceber e julgar importantes. Faça uma tabela no caderno, como a sugerida a seguir, e anote nela suas observações.

Data Pão Torrada Queijo Fruta Batata Limão Outro alimento

5. Quando o bolor estiver bem desenvolvido, faça uma observação final mais detalhada e compare com a do início do experimento. Em seguida, com cuidado, descarte todo o material no lixo.

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2. Ao terminar o experimento, responda:

a) O bolor apareceu em todas as amostras? Como você explica esse fato?

b) A quantidade de bolor que cresceu nas amostras foi a mesma? Ele se desenvolveu ao mesmo tempo em todas elas?

c) Se as amostras estavam todas embrulhadas em sacos plásticos, como pode ter aparecido bolor nelas? De onde veio o bolor?

d) Compare seus resultados e respostas com os dos colegas. Os resultados obtidos são os mesmos? Justifique.

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Você percebeu que muitas doenças geradas por vírus, bactérias, protozoários e fungos são sexualmente transmissíveis. Quais medidas de prevenção as pessoas devem tomar para evitar que tais doenças continuem sendo transmitidas, podendo ter como consequência sérios transtornos ou mesmo a morte de quem as desenvolve?

Pense sobre

Você estudou

Nesta Unidade, você estudou como diferenciar um ser vivo de um ser não vivo. Viu que essa diferenciação não é tão simples como parece, principalmente no caso dos vírus. Estudou também os rei-nos de modo geral e, em mais detalhes, os reinos Monera, Protista e Fungi, observando a grande biodiversidade que abrangem e como podem ser utilizados pelo ser humano. Conheceu, ainda, uma série de doenças causadas por esses organismos, analisando seus sinto-mas e aprendendo como é possível preveni-las ou tratá-las.

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plantas E animais

Nesta Unidade, você vai estudar os reinos Plantae e Animalia. Verá que as plantas são classificadas em diversos grupos, como briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas, e aprenderá como diferen-ciar umas das outras. Em seguida, vai conhecer o reino Animalia e suas características, o que diferencia animais e plantas, e ainda as diferenças entre os próprios animais. Para finalizar, estudará alguns grupos de animais que muitas vezes nem se sabe se são machos ou fêmeas.

Para iniciar...

A imagem a seguir mostra uma situação bastante comum na mata e pouco comum nas cidades.

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• Que tipo de planta é essa na qual a ave está pousada?

• O que são as bolinhas escuras que podem ser vistas nessa imagem?

• Quais são as funções que a planta está desempenhando para essa ave?

• A ave contribui para a vida da planta?

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Microrganismos Também chamados micróbios, são organismos microscópicos, que não podem ser vistos a olho nu, geralmente unicelulares. Entre eles estão os vírus, as bactérias, os protistas e alguns tipos de fungos.

Reino Plantae Na Terra, existem diversos tipos de seres vivos. A vasta variedade

de organismos é agrupada de acordo com as características que eles têm em comum. Dentre eles, estão microrganismos, animais e plantas.

Para que um organismo seja classificado como planta, são necessá-rias algumas características, tais como:

• a capacidade de realizar a fotossíntese; e

• a existência de parede celular em suas células.

Por meio da fotossíntese, a energia luminosa do Sol é transfor-mada em energia química, que fica guardada nas ligações químicas entre os elementos que constituem a planta. Por essas característi-cas, as plantas são seres autótrofos, multicelulares e formados por células eucarióticas.

Provavelmente, as plantas surgiram de um grupo ancestral de algas verdes, pois plantas e algas verdes possuem características seme-lhantes, como a parede celular constituída de celulose e a presença de clorofila nos cloroplastos. Fósseis e outros registros sugerem que a passagem para o ambiente terrestre ocorreu aproximadamente há 430 milhões de anos.

Ao contrário do carvalho, o musgo não tem sistema vascular que lhe dê sustentação.

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De acordo com a teoria da evolução, no começo da história das plantas na Terra existiam vegetais menores com apenas alguns cen-tímetros de altura e pequeno comprimento. Se todos os organismos têm um ancestral aquático comum – e considerando o exemplo dos primeiros animais, que sofreram transição de um ambiente molhado para um seco –, é razoável pensar que o mesmo ocorreu com as plan-tas: a princípio, cresceram em locais úmidos e com sombra para, depois, espalharem-se por locais quentes e secos.

Atualmente, as plantas são divididas em dois grandes grupos:

• plantas atraqueófitas, que não têm sistema vascular para distribui-ção de nutrientes;

• plantas traqueófitas (ou vasculares), que têm sistema de distribui-ção interna de seiva (o alimento das plantas) formado por vasos que se espalham por toda a planta, como se fossem a tubulação de água de uma casa.

Evolução simplificada dos grandes grupos de plantas

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Hepática Avenca Araucária Cupuaçu

Gimnospermas Angiospermas

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Briófitas

Cápsula

Esporos

Haste

Filoide

Cauloide

Rizoide

Musgo crescendo sobre pedras.

As briófitas são plantas de pequeno porte (a maioria delas não ultrapassa 5 centímetros de altura) que vivem em ambientes úmidos e sombreados, pois desidratam muito facilmente. Isso acontece porque são plantas sem vascularização, isto é, sem um sistema que conduza água e sais minerais da raiz para as outras partes. É essa ausência do sistema condutor que justifica, em parte, o seu tamanho.

As briófitas prendem-se ao solo por estruturas denominadas rizoi-des, mas qualquer parte dessas plantas é capaz de realizar a absorção e a distribuição de nutrientes, que é realizada de célula para célula. Toda-via, nesse processo, o transporte de água e nutrientes é muito lento. Os principais representantes do grupo das briófitas são os musgos.

Você sabia que o sufixo “-oide” quer dizer “com a mesma forma, a mesma aparência”?

Significa que os rizoides assemelham-se a raízes; os cauloides, a caules; e os filoides, a folhas. No entanto, nenhum deles, de fato, cumpre a mesma função que as estruturas das plantas pteridófitas, gimnospermas e angiospermas (como uma bananeira, por exemplo).

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Atividade 1 Difusão de nutrientes

Como você estudou, as briófitas não possuem sistema de vasos para distribuir água e nutrientes pelo corpo da planta. Esse transporte é feito por difusão, de célula para célula, o que torna esse processo bastante lento. Discuta com seus colegas e responda:

1. Como isso explica o fato de essas plantas crescerem em locais úmi-dos e não ultrapassarem poucos centímetros de altura?

DifusãoProcesso que envolve o movimento de partículas de uma região muito concentrada para outra menos concentrada, até que se atinja um equilíbrio. Esse processo se realiza sem gasto de energia.

Musgo na base de bonsai.

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Região com pequena concentração de partículas

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Uso das briófitas pelo ser humano

As briófitas, assim como os fungos, são bastante sensí-veis a ambientes poluídos e não se desenvolvem nesses locais, sendo boas indicadoras de poluição, preservação ou degrada-ção ambiental. Elas também podem ser utilizadas no combate às bactérias, no controle da erosão do solo e com fins ornamentais.

Com o passar do tempo, ocorreu uma adaptação extre-mamente importante das plantas a ambientes terrestres, o que permitiu um aumento significativo no tamanho de algumas espécies. A evolução foi marcada pelo aparecimento de um sis-tema vascular muito eficiente, que se comporta, como você viu antes, tal qual a tubulação hidráulica de uma casa, transpor-tando com rapidez água e nutrientes de uma região para outra.

2. O que aconteceria na parte superior dessas plantas se elas tives-sem 1 metro de altura? Justifique sua resposta.

3. E se fossem colocadas ao Sol? O que aconteceria? Por quê?

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Foi possível, portanto, que os vasos desse sistema vascular con-duzissem a seiva através da planta. A seiva é um fluido viscoso que circula e distribui os nutrientes pelas células da planta, como se fosse o sangue dos animais. Existem dois tipos de seiva:

• a seiva bruta, formada na raiz por absorção dos nutrientes, que leva água e sais minerais do solo para a planta; e

• a seiva elaborada, produzida nas folhas verdes pela fotossíntese, que leva outros nutrientes, como a glico-se (um tipo simples de açúcar), para a raiz e outras partes da planta.

A borracha é derivada do látex, seiva extraída da seringueira.

Pteridófitas

As pteridófitas foram as primeiras plantas a apresentar um sis-tema de vasos condutores de nutrientes, com raiz, caule e folha ver-dadeiros. Por isso, seu tamanho pode variar bastante, desde as bem pequenas (como a aquática salvínia, com 2,5 centímetros) até espécies arborescentes (como a samambaiaçu, com mais de 5 metros).

Fóssil de samambaia (pteridófita).

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Assim como as briófitas, as pteridófitas não produzem flores, frutos ou sementes. Por isso, dependem da água e do vento para se multiplicar, pois se reproduzem por meio de pequenas unidades chamadas esporos.

A maioria das pteridófi-tas é terrestre e, assim como as briófitas, vive preferencial-mente em locais úmidos e com sombra. No Brasil, a maior diversidade de pteridófitas vive na Mata Atlântica, que concen-tra mais de 800 espécies, o que se deve ao fato de parte dessa

Em tempos remotos (300 milhões de anos atrás), as pteridófitas dominavam grandes áreas do planeta, com espécies que chegavam a mais de 30 metros de altura. Esses vegetais fossilizados formaram parte da hulha, ou carvão mineral (carvão em pedra), utilizada atual-mente como combustível.

Pteridófitas como as samambaias possuem esporos agrupados nas folhas. São eles que reproduzem esse tipo de planta.

Você sabia que a ausência de sementes nas plantas estimulou a imaginação do homem, principalmente durante a Idade Média?Na Europa, por exemplo, surgiram várias lendas sobre isso. Os europeus acreditavam que plantas como as samambaias produzissem sementes, mas que elas só podiam ser vistas em algumas noites especiais do ano. Quem conseguisse coletar uma semente de samambaia adquiriria poderes de invisibilidade e de proteção contra o mal.

região apresentar a combinação ideal de clima tropical úmido, mon-tanhas e ecossistemas florestais, favorecendo o desenvolvimento desse tipo de planta. Os exemplos mais conhecidos de pteridófitas no Brasil são samambaias, avencas, xaxins e cavalinhas.

Uso das pteridófitas pelo ser humano

Atualmente, as samambaias são utilizadas como plantas ornamen-tais. Suas raízes podem ser emaranhadas e usadas como substrato para o cultivo de orquídeas.

Os troncos da samambaiaçu eram utilizados para fazer xaxim, mas a prática da poda predatória praticamente provocou a extinção dessa espécie e, atualmente, sua utilização é proibida no Brasil.

Algumas pteridófitas são empregadas como vermífugos por comu-nidades indígenas e quilombolas. Também são usadas na culinária desses povos e entre os povos do Oriente. É importante destacar que há pesquisas que correlacionam o consumo desse alimento com a inci-dência de câncer intestinal.

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Atividade 2 Samambaia que intoxica

1. Leia o texto a seguir.

[...]

Os níveis produtivos do rebanho brasileiro também sofrem ingerências de fatores relacionados à alimentação animal, mais precisamente pela ingestão de vegetais tóxicos.

Nesse aspecto, e assumindo grande importância na exploração pecuária extensiva, se destaca a Pteridium aquilinum, planta tóxica encontrada em quase todas as regiões brasileiras, especialmente com solo ácido. Estima-se haver um grande prejuízo na criação de bovinos no Brasil causado pela ingestão dessa planta e suas consequências tóxicas.

Considerações sobre a planta

A Pteridium aquilinum, popularmente chamada de samambaia-do-campo ou simplesmente samambaia, é uma planta perene [...] medindo entre 50 e 180 cm de altura.

Os estudiosos destacam que a samambaia é uma planta cosmopolita de todas as regiões tropicais e temperadas. Com exceção feita às plantas daninhas, é pos-sivelmente a mais ampla e distribuída das plantas vasculares.

Trata-se de um vegetal de característica invasora, sendo bastante frequente em solos ácidos, arenosos e de baixa fertilidade. Infesta campos, matas ciliares, capoeiras, beiras de matos e de estradas. [...]

Condições para intoxicar

[...] Em épocas de escassez alimentar, a fome constitui a primeira causa básica de ingestão da samambaia pelos bovinos. Isto normalmente ocorre na estação seca (julho a outubro), pois a planta suporta bem o período sem chuvas, possibilitando sua procura pelos animais. Segundo alguns estudiosos, os bovinos que ingerem a samambaia acabam “viciados na planta”, caracterizando, com isso, ingestões repe-tidas e compulsivas. O terceiro fator que possibilita a procura dos animais pela planta é a carência de pastagem fibrosa. Como a samambaia costuma se desen-volver e atingir boa altura, os bovinos suprem a necessidade de fibra, comendo os caules e folhas longas que a planta normalmente possui. Por fim, os bovinos eventualmente se intoxicam pelo fornecimento de feno contaminado que contenha a samambaia, o que pode ocorrer com animais semiconfinados. [...]

Riscos para a saúde pública

No leite bovino, a toxina da planta já foi isolada, demonstrando que os bezer-ros que mamam o leite de vacas intoxicadas fecham o ciclo da doença e continu-arão a ser doentes. Estudos também demonstraram a formação de tumores em ratos e camundongos alimentados com leite de vacas que consumiram samam-baia. O consumo de leite de vacas intoxicadas deve ser rigorosamente evitado [...].

[...] não há, ainda, conhecimento científico suficiente para condenar o con-sumo de carne dos bovinos acometidos pela enfermidade. Entretanto, alguns pesquisadores alertam que uma maior porcentagem de câncer de estômago no homem ocorre nas regiões onde existem vacas que se alimentam de samambaia. Por estas conexões, os exemplos ressaltam a importância dos conhecimentos da ciência veterinária e suas inúmeras contribuições também para a saúde pública.

MARÇAL, Wilmar Sachetin. A toxidez da samambaia nos bovinos. Saúde animal. Disponível em: <http://www.saudeanimal.com.br/bovino_samambaia.htm>. Acesso em: 21 nov. 2012.

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2. Agora, responda:

a) Localize no texto duas características que identificam a planta citada como uma pteridófita.

b) Por que os animais acabam ingerindo essa planta tóxica?

c) O que poderia ser feito para evitar a contaminação dos animais?

d) Quais são os perigos dessa contaminação para o ser humano?

Gimnospermas

Com o passar do tempo e a sucessão de gerações, surgiu um novo tipo de planta. Além dos vasos que conduzem a seiva, que as pteridó-fitas já possuíam, elas apresentam uma variação muito importante em relação às anteriores: as sementes.

As gimnospermas foram os primeiros vegetais a produzir semen-tes, característica que ajudou as plantas a conquistar de maneira definitiva o ambiente terrestre. A semente fornece água ao embrião, protegendo-o da desidratação, e nutrientes para seu desenvolvimento, o que possibilita a sobrevivência mesmo em condições ambientais des-favoráveis.

Outra característica das gimnospermas é a independência de água para a fecundação, graças ao grão de pólen, que é a parte reprodutora masculina, que fecunda a parte feminina. O processo de dispersão do grão de pólen é chamado polinização e, nas gimnospermas, se dá pre-dominantemente com a ação do vento.

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As gimnospermas são plantas exclusivamente terrestres e apresen-tam tamanhos variados. Pinheiros, sequoias (que chegam a ter 120 metros de altura e 15 metros de diâmetro) e araucárias são exemplos de gimnospermas. Vivem, em geral, em ambientes frios ou tempera-dos, sendo abundantes no Hemisfério Norte e não muito comuns em países de clima predominantemente tropical, como o Brasil. Entre-tanto, a araucária, ou pinheiro-do-paraná, é nativa do País e compõe um ecossistema característico do Sul brasileiro: a Mata de Araucá-rias. Essa mata, que ocorria desde o Paraná até o Rio Grande do Sul, está atualmente muito reduzida, devido à exploração da madeira do pinheiro-do-paraná. A manutenção dessa mata, no entanto, é funda-mental para a proteção das bacias hidrográficas da região.

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Atividade 3 Adaptação vegetal

Diferentemente das briófitas e das pteridófitas, as gimnospermas não precisam de água para se reproduzir. Por isso, podem crescer em climas frios e locais mais secos.

Em sua opinião, quais são as características dessas plantas que permitiram tais adaptações?

Uso das gimnospermas pelo ser humano

Pinhão.

As gimnospermas são muito utilizadas na extração de madeira, que alimenta a indús-tria de papéis e móveis. Delas também são extraídas gomas e outras resinas para a produção de solventes, perfumes, tintas e vernizes, além de fornece-rem matéria-prima para a pro-dução de resinas empregadas como substâncias antissépticas. Podem ser usadas, ainda, como plantas ornamentais.

A araucária produz tam-bém os pinhões, comida típica das festas juninas, e que são usados na produção de outros alimentos. Boa parte da fauna local se alimenta do pinhão.

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Angiospermas

As angiospermas se espalharam pelo ambiente terrestre graças a dois fatores evolutivos que as diferenciaram das gimnospermas: o desenvolvimento de uma proteção às sementes, chamado fruto, e de um órgão reprodutor denominado flor.

A maioria das plantas conhecidas são angiospermas, constituindo o grupo mais representativo de seres vivos em número de espécies – superado apenas pelos insetos. Existem entre 250 mil e 400 mil espécies de angiospermas em uma enorme diversidade de formas, que vão desde pequenas plantas, com 1 milímetro de comprimento, até eucaliptos, com mais de 100 metros. Elas são facilmente reconhecíveis pela produção de flores e frutos. São abundantes na Terra e ocupam os mais diversos ambientes. Sendo assim, têm grande importância na produção de matéria orgânica em todo o planeta.

Ipê-rosa florido. Flores da bananeira.

As angiospermas são os vegetais mais complexos, pois possuem raiz, caule, folha, flor, semente e fruto.

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As cores, o perfume e a produção do néctar, substância nutritiva que se apresenta nas flores, atraem insetos, aves e morcegos para as estruturas onde a planta produz o pólen. Esses animais contribuem para a polinização, ao levar o pólen de uma planta à outra, favore-cendo a fecundação, que produzirá sementes. Ao envolver as semen-tes, os frutos protegem e servem de alimento para essas estruturas, permitindo que sobrevivam por mais tempo e possibilitando que a dispersão delas aconteça de modo mais eficiente. Tais características contribuíram para que esse grupo vegetal se tornasse o mais represen-tativo das plantas, pelo menos em variedade.

Uso das angiospermas pelo ser humano

As angiospermas são as principais produtoras dos ecossistemas terrestres, servindo também para a alimentação de animais e seres humanos, aplicações industriais (móveis, tecidos etc.), ornamentação (flores em geral) e fabricação de produtos farmacêuticos e cosméticos (remédios, perfumes etc.).

Atividade 4 Revendo características

O quadro a seguir apresenta um resumo do que você estudou sobre as plantas. Consulte o texto e verifique se as informações con-tidas nele estão corretas. Caso localize algum equívoco, discuta com seus colegas e corrija.

Reino Plantae

Briófitas Pteridófitas Gimnospermas Angiospermas

Ambiente Úmido e sombreado

Úmido e sombreado Frio ou temperado Diversos ambientes

Órgãos Rizoide,

cauloide, filoide

Raiz, caule, folha

Raiz, caule, folha, semente

Raiz, caule, folha, flor, semente, fruto

Vasos Não Sim Sim Sim

Sementes Não Não Sim Sim

Exemplo Musgo Samambaia Pinheiro Banana

Uso

Indicador de poluição e combate à

erosão

Ornamental Alimentação Alimentação e ornamental

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Atividade 5 Os animais

1. Nesta imagem, quais animais estão representados?

2. Agora, converse com um colega para responder às questões a seguir.

a) Quais características dos animais os tornam semelhantes às plantas?

b) Quais características dos animais os diferenciam das plantas?

c) Vocês diriam que a água-viva é um animal ou uma planta? Por quê?

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Reino AnimaliaOs animais são seres eucariontes, pluricelulares e heterótrofos, ou

seja, são formados por muitas células nucleadas e se alimentam por ingestão de nutrientes do meio.

Há, ainda, outras características que apenas animais apresentam, embora nem todos eles. Ao contrário das plantas, a maior parte dos ani-mais tem a capacidade de se locomover, o que permitiu que se distribu-íssem pelos mais diversos ambientes. Outro fator que os distingue dos outros reinos é que apenas eles possuem tecidos nervosos e musculares.

Além disso, muitos animais apresentam simetria. Ela pode ser:

• bilateral, como em seres humanos, peixes e planárias, o que lhes possibilita melhor equilíbrio corporal;

• radial, como se observa principalmente em animais aquáticos que vivem fixos ao substrato, o que possibilita o contato com o am-biente em várias direções, proporcionando a captura de alimentos de maneira mais eficiente.

BILATERAL

RADIAL

Ser humano

Hidra(cnidário)

Esponja(ascoide ou sinicoide)

SubstratoQualquer objeto ou material ao qual um organismo está fixado, servindo de suporte a ele.

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Historicamente, os animais conhecidos eram classificados em dois grandes grupos: os vertebrados e os invertebrados. A maior parte dos animais ficava no segundo grupo – ou seja, dos que não possuem vértebras nem coluna vertebral, como vermes, minhocas, insetos, ara-nhas, estrelas-do-mar e outros.

No entanto, atualmente essa classificação está ultrapassada. O reino Animalia pode ser dividido em vários filos: poríferos, cnidários, platelmintos, nematódeos, moluscos, anelídeos, artrópodes, equino-dermos e cordados, entre outros.

Atividade 6 Classificando os animais

1. O quadro a seguir apresenta uma lista de animais. Leia-o com atenção.

Minhoca, baleia, lagartixa, coelho, rato, sapo, onça, tamanduá, tucano, mosca, borboleta, tubarão, tatu, camarão, pato, barata, formiga, aranha, galinha, gafa-nhoto, macaco, polvo, cobra.

Divida esses animais em grupos. Como você os classificaria?

2. Compare a classificação que você fez com a de seus colegas. Elas são iguais? Qual foi o critério que você utilizou para organizar os grupos? Por que escolheu essas características? E quanto aos seus colegas, qual foi o critério usado por eles?

Poríferos

O termo “poríferos” faz referência ao fato de os representantes desse filo apresentarem o corpo todo perfurado por poros microscópi-cos. Os poríferos pertencem ao grupo mais antigo de animais de que se tem conhecimento, tendo surgido provavelmente há cerca de 600 milhões de anos. Supõe-se que sejam a conjunção de seres unicelulares e heterótrofos que se agruparam em colônias. Não possuem tecidos nem apresentam órgãos ou sistemas – não têm sistemas muscular, nervoso ou sensorial.

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A maioria dos poríferos é marinha, mas existem também os de água doce. Vivem presos a algum substrato, como rochas ou objetos submersos, e se alimentam capturando restos orgânicos ou micror-ganismos que flutuam na água que passa pelo seu corpo, através dos poros. Os poríferos habitam muitas regiões aquáticas do planeta, de qualquer temperatura ou profundidade, sendo encontrados tanto nas águas polares como nas tropicais, na superfície da água ou nas regiões mais profundas do oceano.

As esponjas marinhas são exemplos conhecidos de poríferos.

As esponjas, que são poríferos, são animais exclusivamente aquá-ticos. Antes do advento das esponjas sintéticas, elas eram utilizadas (e ainda são) para banho, lavar louças, carros etc. Além disso, suas toxinas podem ser usadas na produção de remédios.

Cnidários

O grupo dos cnidários – do qual fazem parte as águas-vivas, os corais, as caravelas e as anêmonas, por exemplo – foi o primeiro do reino Animalia a apresentar uma cavidade digestiva no corpo. Essa característica lhes permite ingerir porções maiores de alimento, que podem ser reduzidos a pequenos pedaços na cavidade digestiva e, assim, ser facilmente digeridos, antes da absorção pelas células. Tam-bém foram os primeiros animais nos quais se constituíram tecidos, embora sem a formação de órgãos. Em geral, vivem presos a algum substrato, como rochas ou objetos submersos, mas algumas espécies podem se locomover livremente.

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Platelmintos

Os platelmintos, assim como espécies de outros grupos de ani-mais, como os nematódeos e os anelídeos, são conhecidos popular-mente como vermes. São animais invertebrados que: medem desde alguns milímetros até vários metros de comprimento; têm corpo achatado; e vivem em água doce ou salgada e em ambientes ter-restres úmidos ou no interior de outros animais, como parasitas. Os platelmintos surgiram na Terra provavelmente há cerca de 500 milhões de anos. Foram o primeiro grupo de que se tem registro a possuir três camadas de tecido no início do desenvolvimento, e sime-tria bilateral. Além disso, apresentam um princípio de formação de cabeça, o que significa uma tendência à concentração dos principais órgãos dos sentidos e do sistema nervoso na extremidade anterior do corpo, a primeira a entrar em contato com os estímulos do meio, o que acabou levando à diferenciação da cabeça.

Os principais representantes desse grupo são as planárias e as tênias solium e saginata, além de vermes trematódeos, que parasitam seres humanos e outros animais, como bois, porcos, cachorros, gatos etc. As principais doenças provocadas por platelmintos são a teníase, a cisticer-cose, a esquistossomose e outras doenças no sangue e no fígado.

Os cnidários possuem um tipo de célula especializada, que produz toxinas que provocam irritação nos predadores. A ação dessas toxi-nas pode causar reação alérgica nas pessoas. Toxina

Substância de origem biológica, venenosa, produzida pela atividade metabólica de certos organismos.

A água-viva é um cnidário.

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Atividade 7 Trabalho e doenças

1. Leia a notícia a seguir.

Quem costuma ir ao Agreste do Estado, quando passa por Vitória de Santo Antão, já deve ter visto plantações de verduras e legumes à beira da BR-232. É o distrito de Natuba, a 50 quilômetros do Recife, fornecedor de boa parte das hortaliças que são vendidas em Pernambuco.

O distrito emprega seis mil agricultores, que tra-balham nas plantações de hortaliças desde crianças. Com a economia, está tudo bem. O problema lá é de saúde pública. Os trabalhadores não usam luvas e nem botas. Por causa disso, são ameaçados por uma doença: a esquistossomose, também conhecida como barriga-d’água.

Alunos da Associação Caruaruense de Ensino Superior fizeram uma pesquisa com 310 morado-res de Natuba e descobriram que 28,4% deles têm esquistossomose, doença causada por um parasita chamado de Schistossoma mansoni.

A transmissão se dá através do contato com a água contaminada. Os ovos do verme são elimina-dos pelas fezes e urina humana e liberam larvas que infectam caramujos. Depois de uma semana, as larvas abandonam os caramujos. Presentes na água, são elas que penetram na pele e contaminam o homem. [...]

Segunda – 03/05/10 14h20 – atualizado em 03/05/10 17h12

Esquistossomose ameaça trabalhadores rurais em Pernambuco

Esquistossomose ameaça trabalhadores rurais em Pernambuco. Globo Nordeste – Pe360graus. Disponível em: <http://pe360graus.globo.com/diversao/cidades/sao-joao/2010/05/03/BLG,4183,4,270,DIVERSAO,1302-ESQUISTOSSOMOSE-AMEACA-

TRABALHADORES-RURAIS-PERNAMBUCO.aspx>. Acesso em: 18 dez. 2012.

GlOBO nOrdEstE – PE360Graus

Pesquisa da Associação Caruaruense de Ensino Superior revelou que 28,4% dos 310 moradores de Natuba, no Agreste do Estado, têm a doença

Da Redação do pe360graus.com

2. Após a leitura da notícia, responda às questões a seguir.

a) Qual é a doença citada no texto que ataca os trabalhadores ru-rais do Agreste de Pernambuco? Como ela contamina o homem?

b) Quais cuidados eles deveriam tomar para não serem vítimas dessa doença?

Fica a dica

Muitos trabalhos envolvem perigos nem sempre evidentes. Antes de assumir qualquer cargo ou função, procure se informar sobre os níveis de segurança adotados pela empresa. Faça sua parte, utilizando todos os equipamentos de segurança necessários!

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CachaloteÉ o maior animal marinho com dentes já conhecido. Pode medir cerca de 18 metros de comprimento e ficou imortalizado na obra Moby Dick ou A baleia, romance do estadunidense Herman Melville, publicado em 1851.

Nematódeos

Os nematódeos (ou nematoides) reúnem grande variedade de ani-mais de corpo cilíndrico e afilado nas duas pontas. Vivem em quais-quer ambientes: na água salgada, na água doce, no vinagre, no solo, em órgãos vegetais (raízes, tubérculos, caule, folhas, sementes) e em tecidos de diferentes tipos de animais. Algumas espécies podem supor-tar ambientes com baixa umidade por meses ou mesmo anos, como no interior de sementes de plantas mantidas armazenadas.

Os nematódeos podem causar doenças em seres humanos, ani-mais e vegetais.

Doença causada por nematódeos na cenoura.

Doença causada por nematódeos em uma pessoa (elefantíase).

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Alguns nematódeos são microscópicos, mas podem também chegar a mais de 8 metros de com-primento, como o Pla-centonema gigantissima, parasita do cachalote . Possuem sistema digestó-rio completo, com boca, tubo digestório e ânus, o que lhes garantiu alguma vantagem evolutiva.

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Atividade 8 Platelmintos, nematódeos e a saúde

Pesquise em livros e na internet quais são as doenças causadas por platelmintos e nematódeos, bem como os sintomas e como evitá-las. Registre os resultados de sua pesquisa em seu caderno, produzindo um quadro como o do modelo a seguir.

Moluscos

Os moluscos são animais de corpo mole, embora alguns possuam uma concha que protege o corpo. Essa concha pode ser externa, como nos caramujos, mariscos e ostras, ou interna, como na lula. Mas há também os que não têm concha, como o polvo e a lesma, entre outros.

Platelmintos Nematódeos

Doenças

Sintomas

Prevenção

Os moluscos apresentam simetria bilateral e têm o celoma, ou cavidade interna, como grande novidade evolutiva. O celoma é uma característica importante na separação entre os animais, pois permitiu que desenvolvessem sistemas de órgãos internos complexos, como o fígado e o estômago, que estão dentro do celoma.

Os moluscos possuem grande importância nas cadeias alimenta-res, sendo predadores de vermes e consumidores de microrganismos, algas e outras plantas.

Polvo. Ostra. Caramujo.

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Atividade 9 A convivência com os moluscos

Caramujo-gigante-africano.

O caramujo-gigante-africano é um molusco introduzido no Bra-sil que vem se tornando uma praga, um problema de saúde pública. Pesquise em livros e sites como ele foi introduzido no País e quais são os problemas que ele acarreta.

Anelídeos

Os anelídeos são animais invertebrados, de corpo cilíndrico, mole e segmentado transversalmente, como se fosse composto por uma sucessão de anéis – daí seu nome.

Vivem em ambientes aquáticos e em solos úmidos. Os mais conhecidos são as minhocas, que vivem na terra; os vermes-do-fogo, que habitam os mares; e as sanguessugas, que sobrevivem em ambien-tes úmidos ou em água doce.

Exemplos de anelídeos: no alto, minhoca (à esquerda) e verme-do-

-fogo. Ao lado, sanguessuga.

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Atividade 10 Anelídeos e o ser humano

1. As minhocas são muito utilizadas pelas pessoas, seja na pesca, seja na plantação. Como elas são usadas nessas atividades?

2. Você já ouviu falar em sanguessugas? Faça uma pesquisa sobre esses anelídeos e descubra situações em que podem ser nocivos ou benéficos na relação com seres humanos. Registre suas descobertas nas linhas a seguir.

Instalações sanitárias adequadas são usa-das por menos de dois terços da população mundial, ou seja, 2,6 bilhões de pessoas não utilizam um sistema de fossa séptica ou têm acesso a uma latrina ou saneamento conec-tado a uma rede pública de esgoto com trata-mento. Essa informação alarmante presente do relatório OMS/Unicef em 2010 apresenta um panorama do saneamento global e deixa clara a presença de disparidades internacionais

marcantes, que se estendem para a realidade brasileira [...].

Segundo o último censo (IBGE, 2010), além de deficiências nos sistemas de eliminação de dejetos, existem também no Brasil desigualda-des regionais no que diz respeito ao saneamento. Enquanto no Sudeste 82,3% dos domicílios possuem saneamento adequado, no Norte esta cobertura é de 22,4%. [...]

09/01/12 – 17:01

Censo 2010: uma leitura dos resultados sobre saneamento básico

VETTORE, Mario; LAMARCA, Gabriela. Censo 2010: uma leitura dos resultados sobre saneamento básico. Biblioteca Virtual em Saúde. Disponível em: <http://dssbr.org/site/2012/01/censo-2010-uma-leitura-dos-resultados-sobre-saneamento-basico/>. Acesso em: 21 nov. 2012.

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Por Mario Vettore e Gabriela Lamarca

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Você estudou

A agricultura é um meio de produção que envolve algumas plantas, animais e o trabalho humano. Que tipos de trabalho podem ser gera-dos na interação do ser humano com as plantas e os animais?

Nesta Unidade, você estudou as plantas e os animais, per-cebendo que a seleção natural tem um papel fundamental para a biodiversidade que se vê atualmente entre os seres vivos.

Viu que as plantas, desde briófitas até angiospermas, exis-tem há muito tempo e que foram evoluindo e se transforman-do. Discutiu que o desenvolvimento de vasos para distribuir os nutrientes permitiu a certas espécies ter maior tamanho, e que sementes, flores e frutos ampliaram a possibilidade de disper-são pelo ambiente.

Estudou as características que diferenciam as plantas dos animais e conheceu algumas divisões do reino Animalia.

Pense sobre

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