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 Prof. Nara Miranda de Oliveira Cangussu

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  • Prof. Nara Miranda de Oliveira Cangussu

  • Madeiras

    Mais antigo material de construo utilizado pelo homem, tendo precedido a prpria pedra.

    A madeira tem a caracterstica especial de ser renovvel; desde que adequadamente manejadas as florestas podem fornecer madeira em regime permanente.

  • Vantagens da madeira

    Massa especfica baixa;

    Alta resistncia mecnica;

    Grande variedade de padres;

    Utiliza-se ferramentas simples.

  • Desvantagens da madeira

    Vulnervel aos agentes externos;

    Durabilidade limitada quando desprotegida;

    um material combustvel.

  • Classificao das rvores

    Classificam-se conforme sua germinao e crescimento em:

    Endgenas ou de germinao interna (palmeiras, bambus, etc.)

    Exgenas ou de germinao externa:

    Conferas (no produzem frutos)

    Frondosas ou folhosas (madeiras duras ou de lei)

  • Endgenas:

    Exgenas:

    Conferas

    Frondosas

  • Crescimento das rvores

    A seo transversal de um tronco de rvore permite distinguir as seguintes partes, de fora para dentro:

    CASCA CMBIO LENHO CERNE ALBURNO MEDULA RAIOS MEDULARES

  • Casca

    Protege a rvore contra os agentes externos;

    No apresenta importncia sob o ponto

    de vista da construo;

    eliminada no aproveitamento do

    lenho.

  • Cmbio

    Camada invisvel a olho nu, situada entre a casca e o lenho;

    O crescimento das rvores d-se diametralmente, pela adio de novas camadas provenientes da diferenciao do cambio.

  • Lenho

    Constitui a parte resistente do tronco das rvores;

    Compreende o cerne e o alburno.

  • Cerne

    Formado por clulas mortas;

    Tem maior compacidade e dureza;

    Tem maior durabilidade por no possuir muitas matrias nutritivas, reduzindo as chances de ataques de fungos.

  • Alburno

    Formado por clulas vivas; o veculo da seiva bruta, das razes s folhas; A alterao do alburno forma o cerne; Tem propriedades mecnicas inferiores s do cerne; Menos durvel.

  • Medula

    Miolo central mole;

    Sem resistncia mecnica;

    considerado defeito na pea

    desdobrada.

  • Raios medulares

    Ligam as diferentes camadas entre si.

    Inibem, em parte, a retratibilidade devido s variaes de umidade.

  • Composio Qumica

    A composio da madeira em termos mdios, apresenta:

    60% celulose (massa);

    28% lignina (fibras);

    12% outras substncias.

  • Classificao das Madeiras

    Madeiras finas: empregadas em marcenaria.

    Ex: Mogno, Cedro, Cerejeira, Imbuia, Pinho, Sucupira, Jacarand, Ip, Pau-marfim, etc.

  • Madeiras duras ou de lei: empregadas na construo civil como vigas, escoramentos, suportes, etc.

    Ex: Peroba-do-campo, Peroba-rosa, Aroeira, Maaranduba, Brana, Canela, Pau-ferro, Jequitib, Freij, etc.

  • Madeiras resinosas: empregadas em construes temporrias.

    Ex: Pinho (formas)

  • Produo de madeiras

    Corte ou derrubada das rvores; Toragem; Falquejo; Desdobro; Aparelhamento ou bitolagem.

  • Corte

    Realizado normalmente no inverno,

    por ser a poca em que a madeira

    seca melhor e mais lentamente,

    evitando o aparecimento de fendas

    e rachas que so vias de acesso

    para os agentes de deteriorizao.

    Esta poca corresponde a uma paralisao

    na vida vegetativa das rvores, quando

    contm menos seiva elaborada, amido e

    fosfato que nutrem os fungos e insetos

    destruidores da madeira.

  • Toragem

    A rvore abatida e desgalhada traada em toras de 3 a 6m para facilitar o transporte.

  • Falquejo

    Cada tora fica com seco aproximadamente retangular, pela remoo de quatro costaneiras.

  • Desdobro ou Desdobramento

    a operao final na obteno da madeira bruta.

    Do desdobro so obtidos pranches, pranchas, etc.

    O desdobro radial produz peas de melhor qualidade < contraes, < empenos e rachas durante a secagem, > homogeneidade, etc porm menos utilizado devido ao maior custo da M.O. e maiores perdas.

  • Aparelhagem ou Bitolagem

    a obteno de pea de madeira serrada em bitolas comerciais.

  • Aparelhagem

  • Propriedades fsicas e mecnicas da madeira Fatores intervenientes

    Espcie Botnica possui alteraes em sua estrutura e constituio anatmica de espcie para espcie;

    Massa especfica possvel avaliar o comportamento da madeira atravs do conhecimento de sua massa especfica;

    Diferena entre o cerne e o alburno quando so retiradas partes diferentes de uma mesma tora, o CP apresenta diferenas de propriedades;

    Umidade a resistncia mecnica mais alta quando a amostra encontra-se completamente seca;

    Defeitos Sua presena pode determinar disperso notvel de resultados.

  • Madeira Aroeira

    Nomes Populares: Aroeira, aroeira-vermelha Urundeva, aroeira, aroeira-serto(C), aroeira-do-campo, aroeira-da-serra, urindeva, arindeva

  • CARACTERSTICAS : Madeira muito pesada; cerne bege-rosado ou castanho-claro, quando recm-cortado, escurecendo para castanho ou castanho-avermelhado-escuro; alburno diferenciado, branco levemente rosado; textura mdia, uniforme; superfcie um tanto lustrosa e lisa ao tato; cheiro e gosto imperceptveis. DURABILIDADE NATURAL: A madeira de AROEIRA-DO-SERTO OU URUNDEVA tida na prtica como a de mais alta resistncia ao apodrecimento e ao ataque de cupins de madeira seca.

  • PRINCIPAIS APLICAES:

    A madeira de AROEIRA-DO-SERTO OU URUNDEVA, por ser muito pesada, de resistncia mecnica alta e por ter alta durabilidade natural, indicada para construes externas, como vigamentos de pontes, estacas, postes, esteios, moures, dormentes; em construo civil, como vigas, caibros, ripas, tacos para assoalhos, peas torneadas etc.

  • Cedro

  • CARACTERSTICAS:

    Madeira leve, cerne variando do bege-rosado-escuro ou castanho-claro-rosado, mais ou menos intenso, at o castanho avermelhado, textura grossa; superfcie lustrosa e com reflexo dourados; cheiro caracterstico, agradvel, bem pronunciado em algumas amostras, quase ausente em outras ; gosto ligeiramente amargo.

    DURABILIDADE NATURAL:

    A madeira de CEDRO considerada de resistncia moderada ao ataque de organismos xilfago , segundo observaes prticas a respeito de sua utilizao.

  • PRINCIPAIS APLICAES:

    Na construo civil utilizada como venezianas, rodaps, guarnies, cordes, e forros.

    Indicada tambm para partes internas de mveis finos, folhas decorativas, embalagens decorativas, molduras para quadros, obras de entalhe, artigos de escritrios, instrumentos musicais, cabos de vassoura, em construo naval, como acabamentos internos decorativos, casco de embarcaes leves. A madeira de CEDRO classifica-se, entre as madeiras leves, que tem mais diversificao e superada somente pela madeira do PINHO-DO-PAR.

  • Eucalipto

  • O eucalipto a matria-prima do futuro quando se fala em madeiramento, devido s inmeras vantagens que apresenta,

    desde o seu plantio e rpido desenvolvimento at a inigualvel resistncia a doenas e pragas.

    CARACTERSTICAS:

    Cerne e Alburno distintos pela cor, cerne pardo, alburno branco-amarelado; Sem brilho; Cheiro e gosto imperceptveis; Elevada densidade; Dureza ao corte; Textura fina a mdia.

    Suas caractersticas robustas e prticas possibilitam os mais diferentes usos na rea de construo civil e moveleira.

  • DURABILIDADE NATURAL:

    Madeira susceptvel ao de xilfagos marinhos; Resistente ao apodrecimento.

    As informaes sobre resistncia ao ataque insetos xilfagos so contraditrias. O cerne de difcil tratamento, entretanto, o borne permevel.

    PRINCIPAIS APLICAES:

    Algumas aplicaes do eucalipto tratado: Quiosques, casa de madeira rolia, passarelas, ancoradouros, portais, pontes, escoramento, estrutural, cobertura, ornamental, cercas, pergolas, decks, pisos entre outras.

  • Madeira Pinho do Paran

    Outro nomes e Espcies Afins: No Brasil conhecida como Pinho, Pinho do Paran, Pinho-Brasileiro, Cori Cori, Curiva, Pinho e Araucria. No mercado externo chamada Parana-pine

  • CARASTERSTICAS:

    Cerne e alburno pouco diferenciados, branco-amarelado, uniforme; freqentemente apresenta ncleos largos, rseo avermelhados; s vezes a cor pardo-clara, uniforme, pode caracterizar a madeira como cor prpria; superfcie lisa ao tato; medianamente lustrosa; cheiro pouco intenso e agradvel de resina; gosto pouco acentuado, tambm de resina; textura fina e uniforme.

    DURABILIDADE NATURAL:

    A Madeira de pinho-do-paran, em ensaio de laboratrio, demonstrou ter baixa resistncia ao apodrecimento e ao ataque de cupins-de-madeira-seca.

  • PRINCIPAIS APLICAES:

    Tbuas de forro e formas para concreto, molduras, guarnies; ripas, caibros e vigas em construes temporrias; cabos de vassoura, brinquedos, embalagens leves, estrutura de mveis, prateleiras, balces, palitos de fsforo e de sorvete, mveis populares, instrumentos musicais, etc.

  • Pinus

  • CARACTERSTICAS: Cerne e alburno indistintos pela cor, branco-amarelado, brilho moderado, cheiro e gosto distintos e caractersticos (resina), gr direita; textura fina; densidade baixa, macia ao corte. DURABILIDADE NATURAL: Apresenta baixa resistncia ao ataque de organismos xilfagos, tais como: fungos; cupins; brocas de madeira e perfuradores marinhos.

  • PRINCIPAIS APLICAES:

    Leve interna estrutural: ripas, partes secundrias de estruturas.

    Leve interna, utilidade geral: cordes, guarnies, rodaps, forros e lambris.

    Uso temporrio: pontaletes, andaimes, formas para concreto.

    Uso na produo de madeiras compensada, laminadas, aglomeradas entre outras.