3. Estudo Empírico na Economia Angolana

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01

1.  Enquadramento Conceptual

1.1. Definição de Dolarização

1.2. Custos e Benefícios da Dolarização

2. Evolução do Grau de Dolarização da Economia Angolana 2.1. Factos Estilizados sobre a Desdolarização 2.2. Condições Macroeconómicas 2.3. Regulação Prudencial

3. Estudo Empírico na Economia Angolana 3.1. Variáveis 3.2. Estimação e Diagnóstico do Modelo 3.3. Resultados

4. Considerações Finais

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02

1.  Enquadramento Conceptual

1.1. Definição de Dolarização

1.2. Custos e Benefícios da Dolarização

2. Evolução do Grau de Dolarização da Economia Angolana 2.1. Factos Estilizados sobre a Desdolarização 2.2. Condições Macroeconómicas 2.3. Regulação Prudencial

3. Estudo Empírico na Economia Angolana 3.1. Variáveis 3.2. Estimação e Diagnóstico do Modelo 3.3. Resultados

4. Considerações Finais

Page 4: 3. Estudo Empírico na Economia Angolana

1.1. Definição de Dolarização

Dolarização Oficial:

Moeda estrangeira detém o estatuto de moeda oficial. (Bogetić, 2000).

Dolarização Não Oficial:

Moeda estrangeira carece dos privilégios legais da Moeda Nacional. (Baliño, Bennett, and Borensztein, 1999).

•  Dolarização: Agentes residentes detêm uma parte significativa dos seus activos em moeda estrangeira.

03

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1.1. Definição de Dolarização

•  Substituição de activos (e de passivos) em moeda nacional por activos (e passivos) em moeda estrangeira.

Dolarização Financeira:

•  Intensificação de fluxos de transacções em moeda estrangeira. Dolarização das Transacções:

•  Denominação de preços e de salários em moeda estrangeira (Erasmus et al., 2009) Dolarização Real:

•  Dolarização: Agentes residentes detêm uma parte significativa dos seus activos em moeda estrangeira.

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02  

1.  Enquadramento Conceptual

1.1. Definição de Dolarização

1.2. Custos e Benefícios da Dolarização

2. Evolução do Grau de Dolarização da Economia Angolana 2.1. Factos Estilizados sobre a Desdolarização 2.2. Condições Macroeconómicas 2.3. Regulação Prudencial

3. Estudo Empírico na Economia Angolana 3.1. Variáveis 3.2. Estimação e Diagnóstico do Modelo 3.3. Resultados

4. Considerações Finais

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1.1. Custos e Benefícios da Dolarização

Ver  Anexo  A.1  

Benefícios

•  Integração Financeira e do Sistema Bancário

•  Comércio e Posição na Conta Corrente

•  Estabilização da Inflação

Custos

•  Perda de Flexibilidade da Política Monetária

•  Perda de Receitas de Senhoriagem

•  Perda de Função Emprestador de Última Instância pelo Banco Central

•  Limitações no Crescimento Económico

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02  

1.  Enquadramento Conceptual

1.1. Definição de Dolarização

1.2. Custos e Benefícios da Dolarização

2. Evolução do Grau de Dolarização da Economia Angolana 2.1. Factos Estilizados sobre a Desdolarização 2.2. Condições Macroeconómicas 2.3. Regulação Prudencial

3. Estudo Empírico na Economia Angolana 3.1. Variáveis 3.2. Estimação e Diagnóstico do Modelo 3.3. Resultados

4. Considerações Finais

Page 9: 3. Estudo Empírico na Economia Angolana

Gráfico 1: Evolução do Grau de Dolarização Real do Crédito e Depósitos

Nota: Séries de dolarização estão expressas em termos reais à taxa de câmbio média de Janeiro de 2010; Fonte: DES-BNA; Cálculos efectuados por DEE-BNA.

30%

40%

50%

60%

70%

80%

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Dolarização dos DepósitosDolarização do Crédito

•  A dolarização tem seguido uma tendência decrescente ao longo dos últimos anos.

•  Em 2006, a média da dolarização dos créditos e depósitos era, respectivamente, de 71,42% e 69,42%,

•  Já em 2013 aqueles indicadores situavam-se em 38,57% e 46,70%.

2.1. Factos Estilizados da Dolarização

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Gráfico 2: Evolução do Grau de Dolarização Real dos Depósitos

Nota: Séries de dolarização estão expressas em termos reais à taxa de câmbio média de Janeiro de 2010; Fonte: DES-BNA; Cálculos efectuados por DEE-BNA.

2.1. Factos Estilizados da Dolarização

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Dolarização dos Depósitos à Ordem Dolarização dos Depósitos a Prazo

•  A dolarização tem seguido uma tendência decrescente ao longo dos últimos anos.

•  Em 2006, a média da dolarização dos depósitos à ordem e depósitos a prazo era, respectivamente, de 82,1% e 65,3%,

•  Já em 2013 aqueles indicadores situavam-se em 51,3% e 43,1%.

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2.1.  Factos  Es2lizados  da  Dolarização    

0%

20%

40%

60%

80%

100%

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Gráfico 3: Participação dos Depósitos por Maturidade em ME nos Depósitos Totais em ME

Nota: Séries de dolarização estão expressas em termos reais à taxa de câmbio média de Janeiro de 2010; Fonte: DES-BNA; Cálculos efectuados por DEE-BNA.

•  Entre os Depósitos efectuados em Moeda Externa a p roporção destinado aos Depósitos a Prazo tem sido crescente.

•  Em 2006, os depósitos à ordem representavam, em média, 71,53% do total de depósitos efectuados em ME, enquanto que em 2013 já representavam, em média, 51,40%.

•  Os depósitos a prazo em ME que representavam 28,47% em 2006, em 2013 já representavam 48,60%.

2.1. Factos Estilizados da Dolarização

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2.1.  Factos  Es2lizados  da  Dolarização    

0%

20%

40%

60%

80%

100%

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Gráfico 4: Participação dos Depósitos por Maturidade nos Depósitos Totais

Nota: Séries de dolarização estão expressas em termos reais à taxa de câmbio média de Janeiro de 2010; Fonte: DES-BNA; Cálculos efectuados por DEE-BNA.

•  Já considerando os depósitos totais, os depósitos de menor liquidez aumentaram a sua proporção relativamente aos depósitos totais.

•  Em 2006, os depósitos à ordem representavam, em média, 75,95% do total de depósitos efectuados, e n q u a n t o q u e e m 2 0 1 3 j á representavam, em média, 55,95%.

•  Os depósitos a prazo representavam 24,05% em 2006, e 44,05% em 2013.

2.1. Factos Estilizados da Dolarização

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Tabela 1: Contribuições para a desdolarização (2006-2013) Participação (%) Dolarização (%) Contribuição para

Desdolarização 2006 2013 2006 2013 Depósitos à Ordem 76,0 56,0 82,1 51,3 -33,6 Depósitos a Prazo 24,0 44,0 65,3 43,1 3,3 Depósitos 100,0 100,0 69,4 46,7 -30,4

Nota: Séries de dolarização estão expressas em termos reais à taxa de câmbio média de Janeiro de 2010

2.1.  Factos  Es2lizados  da  Dolarização    

Ø  Depósitos com maior grau de liquidez foram os que contribuíram mais para a desdolarização, tanto na composição nos depósitos em moeda estrangeira, between, como na redução real dos depósitos à ordem efectuados nessa moeda, Within.

Ø  A desdolarização tem ocorrido mais no sentido da utilização da moeda nacional como meio de pagamento para despesas de consumo do que propriamente para efectuar poupança.

2.1. Factos Estilizados da Dolarização

ANEXO  

Page 14: 3. Estudo Empírico na Economia Angolana

2.1.  Factos  Es2lizados  da  Dolarização    

•  Verifica-se que nos últimos anos o diferencial das

taxas passivas entre MN e ME tem diminuído,

pode indicar menor atracção na recolha de

depósitos em Moeda Nacional pelas instituições.

•  A nível dos agentes, a maior rigidez da utilização

de moeda nacional nos depósitos a prazo pode ser

justificado pelas taxas de juros reais negativas para

instrumentos de poupança em moeda nacional.

Gráfico 5: Taxas de Juros Passivas em MN e ME

-1

0

1

2

3

4

5

6

7

8

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Diferencial Dep. Prazo a mais de 1 anoDiferencial Dep. Prazo inferior a 1 ano

pont

os p

erce

ntua

is

2%

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10%

12%

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16%

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

InflaçãoDep. prazo a mais de 1 ano MNDep. Prazo inferior a 1 ano MN

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2.1.  Factos  Es2lizados  da  Dolarização    

-16%-12%-8%-4%0%4%8%

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013Taxas de Juros P assivas Moeda Estrangeira a mais de 1 a noTaxas de Juros P assivas Moeda Na cional a mais de 1 ano -10%-8%-6%-4%-2%0%2%4%6%8%

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013Taxas de Juros Passiv as Moeda Estra ngeira inferior a 1 anoTaxas de Juros Passiva s Moeda Nacional a mais de 1 ano

•  As Taxas de juros reais negativas para instrumentos de poupança em moeda nacional implica que, não obstante à redução da inflação, os agentes que desejam efectuar poupança depositando em Kwanzas o juro recebido não compensa o juro de adiar consumo para o Futuro (taxa de Inflação).

Gráfico 6: Taxas de Juros Passivas Reais em MN e ME

-16%

-12%

-8%

-4%

0%

4%

8%

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Taxas de Juros Passivas Moeda Estrangeira a mais de 1 anoTaxas de Juros Passivas Moeda Nacional a mais de 1 ano

-10%

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-6%

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-2%

0%

2%

4%

6%

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2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Taxas de Juros Passivas Moeda Estrangeira inferior a 1 anoTaxas de Juros Passivas Moeda Nacional a mais de 1 ano

Page 16: 3. Estudo Empírico na Economia Angolana

Gráfico 7: Evolução da Dolarização Real do Crédito por Sector da Economia

Nota: Séries de dolarização estão expressas em termos reais à taxa de câmbio média de Janeiro de 2010; Fonte: DES-BNA; Cálculos efectuados por DEE-BNA.

2.1.  Factos  Es2lizados  da  Dolarização    

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Dol. do Crédito ao Sector PúblicoDol. do Crédito ao Sector Privado

•  A dolarização tem seguido uma tendência decrescente ao longo dos últimos anos.

•  E m 2 0 0 6 , a m é d i a d a dolarização dos créditos do Sector Público e Sector Privado era, respectivamente, de 72% e 71%,

•  Já em 2013 aqueles indicadores situavam-se em 16% e 39%.

Page 17: 3. Estudo Empírico na Economia Angolana

Gráfico 8: Evolução do Grau de Dolarização do Crédito por Maturidade

Nota: Séries de dolarização estão expressas em termos reais à taxa de câmbio média de Janeiro de 2010; Fonte: DES-BNA; Cálculos efectuados por DEE-BNA.

2.1.  Factos  Es2lizados  da  Dolarização    

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

IV I II III IV I II III IV I II III IV I II III IV I II III IV I II III IV

2008 2009 2010 2011 2012 2013

Dolarização Crédito Curto PrazoDolarização Crédito Médio Prazo

•  A dolarização tem seguido uma tendência decrescente ao longo dos últimos anos.

•  Em 2008, a média da dolarização do crédito a curto e médio prazo era, respectivamente, de 54,8 e 77,4%

•  Já em 2013 aqueles indicadores situavam-se em 23,3% e 46,4%.

Page 18: 3. Estudo Empírico na Economia Angolana

2.1.  Factos  Es2lizados  da  Dolarização    

Tabela 1: Média Anual da Dolarização do Crédito Desagregado 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Crédito Sector Privado Curto Prazo 53,39 50,30 45,27 44,97 31,07 24,13 Crédito Sector Público Curto Prazo 63,78 54,53 40,45 15,82 11,29 13,26 Crédito Curto Prazo 54,80 50,56 44,75 41,88 29,66 23,31 Crédito Sector Privado Médio Prazo 78,70 78,74 74,30 65,99 52,48 46,35 Crédito Sector Público Médio Prazo 82,52 83,71 40,76 66,20 14,59 8,23 Crédito Longo Prazo 77,37 78,45 72,92 66,01 52,52 46,40

Tabela 1: Média Anual da Participação do Crédito Desagregado Participação no Crédito Total 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Crédito Sector Público Curto Prazo 3,1 2,2 3,6 3,4 1,9 1,5 Crédito Sector Público Médio Prazo 3,1 3,5 2,2 1,6 2,4 1,9 Crédito Sector Privado Curto Prazo 32,4 34,2 35,5 30,2 28,0 31,8 Crédito Sector Privado Médio Prazo 61,4 60,2 58,7 64,8 67,7 64,7

100 100 100 100 100 100

Page 19: 3. Estudo Empírico na Economia Angolana

2.1.  Factos  Es2lizados  da  Dolarização    

Tabela II: Desdolarização do Crédito por maturidade e sector da economia (08-13) Dolarização (%) Participação (%)

2008 2013 2008 2013 Contribuição para Desdolarização

Crédito Sector Privado Curto Prazo 53,4 24,1 32,4 31,8 -9,6 Crédito Sector Público Curto Prazo 63,8 13,3 3,1 1,5 -1,8 Crédito Curto Prazo 54,8 23,3 35,5 33,4 -11,7 Crédito Sector Privado Médio Prazo 78,7 46,4 61,4 64,7 -18,3 Crédito Sector Público Médio Prazo 82,5 8,2 3,1 1,9 -2,4 Crédito Longo Prazo 70,4 46,4 64,5 66,6 -20,7 Crédito à Economia 70,5 38,0 100,0 100,0 -32,4

Ø  Ocorre desdolarização tanto no crédito a curto prazo como no crédito a médio prazo.

Ø  Tanto o crédito ao sector público como o crédito ao sector privado contribuíram positivamente para a desdolarização,

Ø  O Crédito a médio prazo tem sido o que teve maior descida no nível de dolarização, em particular, o crédito ao sector privado a médio prazo.

Nota: Séries de dolarização estão expressas em termos reais à taxa de câmbio média de Janeiro de 2010.

Page 20: 3. Estudo Empírico na Economia Angolana

Gráfico 10: Evolução das Taxas de Juros Activas

2.1.  Factos  Es2lizados  da  Dolarização    

•  O diferencial das taxas de juros activas em moeda nacional e em moeda estrangeira têm se vindo a reduzir, em

particular após meados de 2010, período em que se anunciava a implementação de um vasto conjunto de medidas de

caracter regulatório e prudencial para incentivar a intermediação financeira na moeda local.

4%

8%

12%

16%

20%

24%

28%

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Cpart De 181 dias a 1 ano MNCpart De 181 dias a 1 ano ME

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2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Cpart Até 180 dias MNCpart Até 180 dias ME

4%

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24%

28%

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Cpart Mais de 1 ano MNCpart Mais de 1 ano ME

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2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

CSE_ Até 180 dias MNCSE Até 180 dias ME

0%

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24%

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

CSE De 181 dias a 1 ano MNCSE De 181 dias a 1 ano ME

5%

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30%

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

CSE Mais de 1 ano MNCSE Mais de 1 ano ME

Page 21: 3. Estudo Empírico na Economia Angolana

02  

1.  Enquadramento Conceptual

1.1. Definição de Dolarização

1.2. Custos e Benefícios da Dolarização

2. Evolução do Grau de Dolarização da Economia Angolana 2.1. Factos Estilizados sobre a Desdolarização 2.2. Condições Macroeconómicas 2.3. Regulação Prudencial

3. Estudo Empírico na Economia Angolana 3.1. Variáveis 3.2. Estimação e Diagnóstico do Modelo 3.3. Resultados

4. Considerações Finais

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2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Produção de Petróleo Preço das Ramas

USD

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ril

Milhões de Barris/ M

ês

Produção de Petróleo e Preço das Ramas

500,000

1,000,000

1,500,000

2,000,000

2,500,000

3,000,000

3,500,000

4,000,000

-4%

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0%

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2008 2009 2010 2011 2012 2013

RILVariação da Taxa de Câmbio Nominal de Referencia (eixo à direita)

Reservas Internacionais Liquidas e Taxa de Câmbio

Milh

ões U

SD

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2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Taxa de Câmbio Mercado Primário Kz/USD (E.L.D.)Volatilidade dos Últimos 10 dias (E.L.E.)

Taxa de Câmbio Referência e Volatilidade

30%

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2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Dolarização dos Depósitos a Prazo (E.L.D.)Dolarização dos Depósitos (E.L.E.)Inflação Homóloga (E.L.D.)

Taxa de Inflacção e Dolarização dos Depósitos

Gráfico 11: Contexto Macroeconómico e Dolarização

Page 23: 3. Estudo Empírico na Economia Angolana

02  

1.  Enquadramento Conceptual

1.1. Definição de Dolarização

1.2. Custos e Benefícios da Dolarização

2. Evolução do Grau de Dolarização da Economia Angolana 2.1. Factos Estilizados sobre a Desdolarização 2.2. Condições Macroeconómicas 2.3. Regulação Prudencial

3. Estudo Empírico na Economia Angolana 3.1. Variáveis 3.2. Estimação e Diagnóstico do Modelo 3.3. Resultados

4. Considerações Finais

Page 24: 3. Estudo Empírico na Economia Angolana

Ø  Diferenciação da Taxa de Reservas Obrigatórias para o tipo de moeda utilizado nos depósitos;

Ø  Incorporação de cobertura para risco cambial no Rácio de Solvabilidade Regulamentar;

Ø  Imposição de Limites à exposição cambial líquida dos bancos;

Ø  Limitação do crédito em Moeda Estrangeira;

Ø  Novo Regime Cambial para o Sector Petrolífero.

2.3.  Regulação  Prudencial  

Page 25: 3. Estudo Empírico na Economia Angolana

2.3.  Regulação  Prudencial  

Cronograma de implementação da Nova Lei Cambial do Sector Petrolífero Maio de 2012 Abertura de contas em MN e ME em instituições bancarias domiciliadas no País.

Outubro de 2012 Os pagamentos a Entidades Cambias Residentes e Não Residentes Cambiais devem ser efectuados através de contas domiciliadas no país.

Maio de 2013 Os pagamentos dos impostos devem ser depositados em contas específicas em MN em bancos domiciliados no País.

Julho de 2013 Os pagamentos à Residentes Cambiais devem ser efectuados em MN.

Outubro de 2013 Os pagamentos de fornecimento de bens e serviços a Não Residentes Cambiais devem ser efectuados através dos bancos domiciliados no País.

Ø  Lei Cambial do Sector Petrolífero (Lei Nº 2/2012): novo regime cambial para a liquidação de operações de capital, mercadoria e de invisíveis correntes resultantes da actividade de pesquisa, avaliação, prospecção e desenvolvimento e produção de petróleo bruto e gás natural.

Page 26: 3. Estudo Empírico na Economia Angolana

02  

1.  Enquadramento Conceptual

1.1. Definição de Dolarização

1.2. Custos e Benefícios da Dolarização

2. Evolução do Grau de Dolarização da Economia Angolana 2.1. Factos Estilizados sobre a Desdolarização 2.2. Condições Macroeconómicas 2.3. Regulação Prudencial

3. Estudo Empírico na Economia Angolana 3.1. Variáveis 3.2. Estimação e Diagnóstico do Modelo 3.3. Resultados

4. Considerações Finais

Page 27: 3. Estudo Empírico na Economia Angolana

3.  Estudo  Empírico  na  Economia  Angolana  

Duas especificações VAR: estimadas a partir de dados mensais para o período de 2006 a 2013.

1ª Especificação: visa investigar uma possível relação de causalidade entre a regulamentação

do Banco Central, a estabilidade macroeconómica e a Desdolarização:

- Endógeno (Bloco da desdolarização)

- Exógeno regulatórias/prudenciais (Bloco Regulação Prudencial+ Bloco da estabilidade

macroeconómico);

2ª Especificação: visa investigar uma possível relação de causalidade bidirecional entre a

desdolarização e a estabilidade macroeconómica:

- Endógeno (Bloco da desdolarização + Bloco da estabilidade macroeconómica)

- Exógeno regilatórias/prudenciais (Bloco Regulação Prudencial);

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3.  Estudo  Empírico  na  Economia  Angolana  

Variáveis utilizadas para cada Bloco 1ª Dimensão: Dolarização

D(D_C_CP) Primeiras diferenças dolarização crédito a curto Prazo D(D_C_MP) Primeiras diferenças dolarização crédito a Médio Prazo D(D_DO) Primeiras diferenças dolarização Depósitos à Ordem D(D_DP) Primeiras diferenças dolarização Depósitos a Prazo

2ª Dimensão: Estabilidade Macroeconómica

D_APR - Variável dummy que vale 1 para apreciações acima de 1% D_DEP – Variável dummy que vale 1 para depreciações acima de 1% Volatilidade – Média mensal da volatilidade a 10 dias da taxa de câmbio PI_SA – Taxa de Inflação Des-sazonalizado D_CRISE – Dummy que capta os efeitos da crise de 2009

3ª Dimensão: Regulação Prudencial

Prud – Dummy que capta a entrada em vigor de um conjunto de medidas regulatórias para combater a desdolarização, desde Janeiro de 2011.

Page 29: 3. Estudo Empírico na Economia Angolana

02  

1.  Enquadramento Conceptual

1.1. Definição de Dolarização

1.2. Custos e Benefícios da Dolarização

2. Evolução do Grau de Dolarização da Economia Angolana 2.1. Factos Estilizados sobre a Desdolarização 2.2. Condições Macroeconómicas 2.3. Regulação Prudencial

3. Estudo Empírico na Economia Angolana 3.1. Variáveis 3.2. Estimação e Diagnóstico do Modelo 3.3. Resultados

4. Considerações Finais

Page 30: 3. Estudo Empírico na Economia Angolana

Resultados da Primeira especificação: VAR

Ø  Determinantes da Desdolarização dos créditos são variáveis que remetem tanto para a estabilidade

macroeconómica quanto para as medidas macroprudenciais.

Ø  Apreciações acima de 1% na taxa de câmbio concorrem significativamente para incrementos na

desdolarização do crédito a médio prazo. Já a maior volatilidade da taxa de câmbio implica uma

dolarização do crédito a médio Prazo.

Ø  Depreciações acima de 1% na taxa de câmbio concorrem significativamente para incrementos na

dolarização dos depósitos à ordem.

Ø  Existe uma relação de causalidade bidirecional entre desdolarização ao nível dos depósitos e ao nível dos

créditos.

3.  Estudo  Empírico  na  Economia  Angolana  

Ver  anexo  

Page 31: 3. Estudo Empírico na Economia Angolana

Ø  A desdolarização da economia angolana e a estabilidade macroeconómica observada nos

últimos tempos são dois processos complementares que se cruzaram e entrecruzam causando-

se mutuamente;

Ø  No entanto o quadro regulamentar que tem sido imposto pelas Autoridades tem-se

consubstanciado numa panóplia de medidas macroprudenciais altamente eficaz para a

desdolarização, cuja proporciona estabilidade macroeconómica, que por sua vez proporciona

desdolarização.

3.  Estudo  Empírico  na  Economia  Angolana  

Quadro Regulamentar Desdolarização Estabilidade Macroeconómica

Page 32: 3. Estudo Empírico na Economia Angolana

02  

1.  Enquadramento Conceptual

1.1. Definição de Dolarização

1.2. Custos e Benefícios da Dolarização

2. Evolução do Grau de Dolarização da Economia Angolana 2.1. Factos Estilizados sobre a Desdolarização 2.2. Condições Macroeconómicas 2.3. Regulação Prudencial

3. Estudo Empírico na Economia Angolana 3.1. Variáveis 3.2. Estimação e Diagnóstico do Modelo 3.3. Resultados

4. Considerações Finais

Page 33: 3. Estudo Empírico na Economia Angolana

4.  Considerações  Finais  

Grau de dolarização real de crédito e depósitos no contexto da economia angolana decomposto mostra que: -  Depósitos com maior grau de liquidez têm sido os que mais contribuíram para a

desdolarização dos depósitos; -  Crédito ao sector privado de médio prazo é o que mais contribui na desdolarização do crédito.

Abordagem Empírica aos Determinantes da Desdolarização: i) O novo quadro regulamentar introduzido é determinante para explicar a desdolarização; ii) A estabilidade macroeconómica que se tem assistido nos últimos anos na economia angolana tem sido fundamental para explicar e determinar a evolução da desdolarização em Angola;

Page 34: 3. Estudo Empírico na Economia Angolana

4.  Considerações  Finais  

Desafios: - Manutenção da Estabilidade Macroeconómica; -  Diversificação Económica

Page 35: 3. Estudo Empírico na Economia Angolana
Page 36: 3. Estudo Empírico na Economia Angolana

Autores Benefícios Observações

Calvo (1999a,b) Menor probabilidade de crise externa e contágio.

Berg e Borensztein (2000): Investimentos podem não ser efectuados devido a problemas de foro fiscal e na solidez do sistema. Como tal, não elimina o risco de crises externas.

Schuler (1999) Acelera a consolidação do sistema bancário Calvo and Reinhart (1999) Melhora (elimina) o problema de paragem

súbita do sistemaBerg and Borensztein (2000): Não reduz o impacto de choques reais externos.

Hausmann (1999) Promove a estabilidade financeira facilitando a integração internacional.

Goldfajn y Olivares (2000): Não é uma garantia de acesso imediato aos mercados internacionais.

Goldfajn and Olivares (2000) Aumenta a eficiência dos mercados financeiros.

Sims (2002): Reduz a gama de activos impossibilitando o governo de intervir em crises financeiras.

Panizza et al.(2000) Pode reduzir a fragilidade financeira, reduzindo a volatilidade dos preços e contribuindo para o desenvolvimento do sistema bancário.

Mendoza (2000) Enfraquecimento de fricções financeiras e um melhor acesso aos mercados de capitais globais.

Com base numa análise empírica para países da América Central.

Panizza et al.(2000) Menores custos de transação relativos aos produtos comerciais e activos denominados em moedas diferentes.

Klein (2002): O efeito da dolarização no comércio com os EUA não é estatisticamente diferente do efeito de uma taxa de câmbio fixa do dólar no comércio com os EUA.

Lizano (2000) Reduz a incerteza e risco de volatilidade da taxa de câmbio.

Morandé and Schmidt-Hebbel (2000)

Menor segmentação de mercado e maior integração de mercado. Comércio internacional mais elevado devido ao menor risco cambial.

A integração financeira e do sistema bancário

Comércio e posição da conta corrente

Page 37: 3. Estudo Empírico na Economia Angolana

Autores Benefícios Observações

Berg and Borensztein (2000) Não há incentivos à saída súbita de capitais motivados pela desvalorização da moeda, pelo que, promove um maior nível de confiança entre os investidores internacionais, mais investimento e crescimento.

Edwards (2001a, b): O caso do Panamá sugere que os choques externos resultam em maiores custos em termos de menor investimento e de crescimento do que nos países não dolarizados

Lizano (2000) Melhora a possibilidade de atrair investidores estrangeiros.

Mendoza (2002) Os investidores estrangeiros não precisam pagar para obter informações sobre a política monetária da economia dolarizada.

Mendoza (2000) Ganhos de bem-estar, removendo a falta de credibilidade de estabilização.

Berg e Borensztein (2000): a estabilidade em resultado da dolarização é relativa, uma vez que o dólar dos EUA oscila em valor frente relativamente a outras moedas amplamente negociadas.

Edwards andMagendzo(2001)

A inflação tem tido níveis relativamente mais baixos em nações dolarizadas do que em economias não dolarizadas.

Chang (2000) Pode aumentar a credibilidade da política fiscal, mesmo se o governo não escolher políticas sólidas.

Goldfajn e Olivares (2000): A ausência de senhoriagem não implica necessariamente a disciplina fiscal.

Calvo (1999 a,b) Menor nível e volatilidade das taxas de juros domésticas.

Savastano (1999): Haveria uma tendência decrescente das taxas de juros, mas elas não convergem totalmente ao nível das taxas de juros internacionais devido ao risco-país, que não diminuiria necessariamente.

Berg and Borensztein (2000) Elimina o risco repentino de fortes desvalorizações, e, assim, reduz o prémio de risco do empréstimo internacional.

Investimento e crescimento

A inflação e estabilização

Política Fiscal

As taxas de juros, desvalorização e risco de default

Page 38: 3. Estudo Empírico na Economia Angolana

Autores Custos Observações

Rojas-Suárez (1999) Perda da taxa nominal de câmbio como instrumento para atenuar os choques dos termos de troca.

Calvo (1999 a, b): A depreciação da moeda doméstica é contracionista em economias emergentes, e em vez de taxa de câmbio nominal, preços e salários poderiam ajustar a choques dos termos de troca. Os autores argumentam que ganhos de competitividade podem ser alcançado através da política fiscal.

Berg and Borensztein (2000), Mendoza (2002)

O banco central pode não afectar a oferta de moeda da economia, porque isso resulta da balanço de pagamentos.

Calvo (1999a, b): Economias emergentes dependem de política monetária dos EUA através das mudanças da taxa de Obrigações do Tesouro, como tal, a perda do poder da política monetária não é significativa.

Berg and Borensztein (2000) Perda de emprestador de última instância (LLR) e, portanto, perda do poder de resposta do banco central em casos de crise do sistema financeiro, embora não percam a capacidade de fornecer liquidez de curto prazo.

Gavin (1999): O banco central poderia providenciar liquidez aos bancos comerciais se mantiver excesso de dólares em reserva

Savastano (1999), Mendoza (2002)

Perda de Senhoriagem Dornbusch (2000): A perda de senhoriagem em resultado da redução dos custos do serviço da dívida pública resulta da redução das taxas de juros.

Goldfajn and Olivares (2000) A ausência de uma política monetária e cambial poderá provovar maior volatilidade do produto em comparação com um regime de taxa de câmbio flexível.

Carrera et al. (2002): De acordo com uma análise empírica efectuada para a Nova Zelândia, não houve diferença estatística na volatilidade macroeconómica entre as economias dolarizados e não dolarizadas.

Edwards (2001), Edwards and Magendzo (2001)

Os Países dolarizados têm crescido a uma taxa significativamente mais baixa do que os países não dolarizados.

Política monetária e cambial

Emprestador de última instância

Política Fiscal

Investimento e Crescimento

Cap. 1,2

Page 39: 3. Estudo Empírico na Economia Angolana

3.  Estudo  Empírico  na  Economia  Angolana  

Tabela VIII: Estimações VAR

D(D_C_CP) D(D_C_MP) D(D_DO) D(D_DP) Dolarização D(D_C_CP(-1)) -0,204161*** 0,096199 0,06976 0,03895 D(D_C_CP(-2)) 0,052473 0,148419*** -0,011475 0,16649 D(D_C_MP(-1)) -0,340062** -0,001697 -0,137691 -0,120388 D(D_C_MP(-2)) -0,052744 0,003429 -0,272284*** 0,13127 D(D_DO(-1)) 0,228529** -0,075792 0,003232 -0,107712 D(D_DO(-2)) -0,029258 0,020735 -0,038546 -0,148054 D(D_DP(-1)) 0,132853 0,037478 0,102555 -0,126142 D(D_DP(-2)) 0,021831 -0,140621 0,501811 -0,237573 Estabilidade Macroeconómica D_APR 0,649515 -2,12394** -0,197888 0,188204 D_DEP -0,056142 -0,947832 -6,757856* -0,100805 Volatilidade 0,075642 0,350964* 0,139706 -0,003565 PI_SA -0,044722 1,50415 -1,984912 2,445044** D_CRISE -0,78104 0,989572 -2,113144* 0,383037 Regulação Prudencial

-1,527186 0,664488 -1,606832 1,235024

Cap. 3

Page 40: 3. Estudo Empírico na Economia Angolana

Tabela II: Decomposição Between e Within da desdolarização do Crédito por Sector de Actividade Económica

Crédito por Sector de Actividade Económica Participação Dolarização 2011 – 2013 2011 2013 2011 2013 Within Between Total

Outras Act. de Serv. Colectivos, Socis e Pessoais 15,0 27,0 69,3 50,1 -2,9 6,0 3,1 Indústria Transformadora 10,1 10,6 67,6 58,8 -0,9 0,3 -0,6 Actividades Financeiras 2,3 1,1 39,0 21,8 -0,4 -0,2 -0,6 Comércio p/ Grosso e a Ret. e Reparação de Bens 17,8 12,6 58,7 30,2 -5,1 -1,6 -6,7 Construção 8,4 7,0 59,7 27,5 -2,7 -0,4 -3,1 Particulares 13,5 13,6 41,6 28,8 -1,7 0,0 -1,7 Acividades Imob, Alug. e Serv. Prestados às Emp. 12,2 12,8 53,1 49,5 -0,4 0,3 -0,1 Agricultura, Produção Animal, Caça e Silvicultura 1,8 6,0 51,9 54,3 0,0 2,3 2,4 Alojamento e Restauração 0,8 1,5 64,9 39,2 -0,2 0,3 0,1 Transportes, Armazenagem e Comunicações 5,3 2,7 74,7 35,5 -2,1 -0,9 -3,0 Educação 0,3 0,4 69,3 46,9 -0,1 0,0 0,0 Pesca 0,1 0,1 40,4 28,6 0,0 0,0 0,0 Saúde e Acção Social 0,5 0,4 92,7 51,5 -0,2 0,0 -0,2 Prod. e Dist. de Electricidade, de Gás e de Água 0,1 0,0 48,9 15,0 0,0 0,0 0,0 Indústrias Extractivas 3,8 3,9 82,6 40,6 -1,6 0,0 -1,6 Org. Internacionais. e Inst. Extra - Territoriais 8,3 0,1 87,6 37,7 -4,2 -3,1 -7,3 Famílias com Empregados Domésticos 0,0 0,1 50,6 18,6 0,0 0,0 0,0 Total 100 100 55,0 38,6 -16,5 0 -16,5

2.1.  Factos  Es2lizados  da  Dolarização    

Page 41: 3. Estudo Empírico na Economia Angolana

•  Subjacente à evolução do nível de dolarização da desagregação de crédito e depósitos, esta é decomposta em uma componente within e between. [Adptado de Garcia – Escribano (2010)]

∑𝑖=1↑𝐼▒(𝑑𝑐↓𝑖𝑡 − 𝑑𝑐↓𝑖𝜏 ) 𝑐↓𝑖𝑡 / 𝑐↓𝑡      -within, capta a alteração da dolarização, ao longo de um período analisado, associado aos níveis de dolarização nas estruturas de vencimento dos depósitos:

∑𝑖=1↑𝐼▒𝑑↓𝑖𝜏 ( 𝑐↓𝑖𝑡 /𝑐↓𝑡  − 𝑐↓𝑖𝜏 /𝑐↓𝜏  )  - between, reflecte o efeito da alteração da composição de uma maturidade dos depósitos nos níveis de dolarização.

2.1. Factos Estilizados da Dolarização

Page 42: 3. Estudo Empírico na Economia Angolana

Subjacente à evolução do nível de dolarização da desagregação de crédito e depósitos, temos uma decomposição nas componentes within e between. [Garcia – Escribano (2010)] Efeito Within = 𝑨×𝑩

𝑨   - Diferença da Dolarização dos depósitos à ordem entre 2006-2013;

𝑩   - Participação dos depósitos à ordem nos Depósitos Totais em 2006; Efeito Between = 𝑪×𝑫

𝑪   - Diferença da Participação dos depósitos à ordem nos Depósitos Totais entre 2006-2013;

𝑫 - Dolarização dos depósitos à ordem em 2013 - Dolarização dos depósitos à ordem em 2013

2.1. Factos Estilizados da Dolarização

Page 43: 3. Estudo Empírico na Economia Angolana

06  

Tabela 1: Decomposição Between e Within da desdolarização (2006-2013) Participação (%) Dolarização (%)

2006 2013 2006 2013 Within Between CDesd

Depósitos à Ordem 76,0 56,0 82,1 51,3 -23,4 -10,3 -33,6 Depósitos a Prazo 24,0 44,0 65,3 43,1 -5,3 8,6 3,3 Depósitos 100,0 100,0 69,4 46,7 -28,7 -1,6 -30,4

Page 44: 3. Estudo Empírico na Economia Angolana

07  

Tabela II: Desdolarização do Crédito por maturidade e sector da economia (08-13) Dolarização (%) Participação (%)

2008 2013 2008 2013 Within Between Total Crédito Sector Privado Curto Prazo 53,4 24,1 32,4 31,8 -9,5 -0,1 -9,6 Crédito Sector Público Curto Prazo 63,8 13,3 3,1 1,5 -1,6 -0,2 -1,8 Crédito Curto Prazo 54,8 23,3 35,5 33,4 -11,2 -0,5 -11,7 Crédito Sector Privado Longo Prazo 78,7 46,4 61,4 64,7 -19,9 1,5 -18,3 Crédito Sector Público Longo Prazo 82,5 8,2 3,1 1,9 -2,3 -0,1 -2,4 Crédito Longo Prazo 70,4 46,4 64,5 66,6 -15,5 1,0 -20,7 Crédito à Economia 70,5 38,0 100,0 100,0 -26,6 0,5 -32,4

Page 45: 3. Estudo Empírico na Economia Angolana

Ø  Aviso no 5/2010- Exposição Cambial Líquida: os recursos de que as instituições financeiras precisam de dispor em função da natureza e escala das suas operações, tanto ao nível da exposição cambial longa, como para a exposição cambial curta. ficaram limitada a 20% dos fundos próprios regulamentares;

Tabela V: Cronograma de implementação do Aviso 5/2010 de Novembro – Exposição Cambial Posições Longas Posições Curtas 31 de Dezembro de 2010 70% 40% 30 de Junho de 2011 50% 30% 31 de Dezembro de 2011 30% 20% 30 de Junho de 2012 20% 20%

Page 46: 3. Estudo Empírico na Economia Angolana

Ø  Aviso 4/2011 de 4 de Junho: instituições financeiras expressamente impedidas de realizar

operações de créditos, por desembolso, em moeda estrangeira, em quaisquer dos prazos para

as seguintes finalidades:

•  Adiantamentos a depositantes ou descobertos ou outros créditos com natureza de curto prazo;

•  Assistência financeira de liquidez (incluindo, dentre outras, as contas correntes caucionadas;

•  Financiamento automóvel;

•  Crédito ao consumo;

•  Micro- Crédito.

2.3.  Regulação  Prudencial