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18 Curso de Formação de Sargentos Bombeiros CFS 2011 CAPÍTULO 3 EQUIPAMENTOS 1.0 DESENCARCERADOR HIDRÁULICO DE RESGATE (R$ ____________ ) O desencarcerador é um conjunto de equipamentos hidráulicos capaz de possibilitar acesso e extração de vítimas encarceradas, que, devido a um acidente, encontra-se incapacitada de sair pelos seus próprios meios, quer devido a lesões sofridas quer por estar presa pelos materiais envolventes. 1.1 TESOURAS - As tesouras empregam-se para cortar totalmente os componentes dos veículos com a finalidade de retirar certas zonas do mesmo. Adicionalmente, podem ser empregues para realizar cortes de alívio que permitem o afastamento de alguns componentes do veículo ou em operações de levantamento do teto. 1.2 EXPANSOR - Os expansores têm três funções principais: comprimir, separar e tracionar. Os expansores podem apertar ou comprimir o metal para criar pontos de franzido débeis ou áreas para corte, além disso, podem separar componentes que não estejam unidos. A terceira função realiza-se usando umas

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Curso de Formação de Sargentos Bombeiros – CFS

2011

CAPÍTULO 3

EQUIPAMENTOS

1.0 DESENCARCERADOR HIDRÁULICO DE RESGATE (R$ ____________ )

O desencarcerador é um conjunto de equipamentos hidráulicos capaz de possibilitar

acesso e extração de vítimas encarceradas, que, devido a um acidente, encontra-se

incapacitada de sair pelos seus próprios meios, quer devido a lesões sofridas quer por estar

presa pelos materiais envolventes.

1.1 TESOURAS

- As tesouras empregam-se para

cortar totalmente os componentes

dos veículos com a finalidade de

retirar certas zonas do mesmo.

Adicionalmente, podem ser

empregues para realizar cortes de

alívio que permitem o afastamento

de alguns componentes do veículo

ou em operações de levantamento

do teto.

1.2 EXPANSOR

- Os expansores têm três funções

principais: comprimir, separar e

tracionar. Os expansores podem

apertar ou comprimir o metal para

criar pontos de franzido débeis ou

áreas para corte, além disso,

podem separar componentes que

não estejam unidos. A terceira

função realiza-se usando umas

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pontas com adaptadores para

correntes os quais permitem que o

expansor aproxime objetos até ao

seu ponto de força.

1.3 MULTIUSO

- O multiuso é uma ferramenta de

ação dupla, permitindo a função de

corte e a execução das técnicas

efetuadas com o expansor.

Normalmente esta ferramenta, visto

ser uma combinação, possui uma

potência inferior, quer no

afastamento quer na capacidade de

corte.

1.4 EXTENSOR (MACACO DE SEPARAÇÃO)

O extensor faz uso da sua força

mediante potentes pistões

hidráulicos e aplicam-se

principalmente para separar

componentes do veículo ou para

criar espaços adicionais.

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1.5 BOMBAS HIDRÁULICAS / GRUPO ENERGÉTICO

Equipamento fundamental para a

utilização das ferramentas

hidráulica, a bomba hidráulica

pode ser acionada com motores a

gasolina, elétricos ou a diesel (no

CBMMG utiliza-se motores a

gasolina). Gera pressão que pode

atingir a ordem de 700 bar,

proporcionando um fluxo

hidráulica capaz de transmitir

força de trabalho para as

ferramentas. Podem operar

simultaneamente duas ou mais

ferramentas (conforme o modelo).

Na base dos motores da bomba hidráulica existe um recipiente que funciona como

reservatório de óleo hidráulico. Tal componente será injetado no interior das mangueiras de

pressão (geralmente vermelha) no momento do corte. Todo cuidado deve ser redobrado, pois o

óleo que circula no interior dessas mangueiras, além de estar pressurizado está aquecido, o

que pode ocasionar sérios ferimentos ao operador e aos demais militares que participam da

ocorrência. http://soubombeiro.blogspot.com/2010/03/acidente-com-desencarcerador.html

Outro ponto de bastante atenção está em não arrastar as mangueiras em superfícies

ásperas, assim como as conexões. Após a utilização efetuar a limpeza com um pano seco.

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2.0 ALMOFADAS PNEUMÁTICAS (R$ ____________ )

É um equipamento com alta capacidade de levantamento de cargas (veículos) ou

afastamento de estruturas (desmoronamento - lajes, paredes, pilares) durante uma

operação de salvamento.

O ar comprimido em cilindros é canalizado para seu interior, proporcionando força

suficiente para elevar toneladas de forma rápida de segura. Sua leveza e praticidade

(transporte e montagem) lhe garante grande versatilidade.

Apesar de existirem vários modelos de almofadas no mercado, todas possuem

características comuns, como um “X” no centro, indicando o local correto de

posicionamento da almofada na carga, o que garantirá o máximo deslocamento e uma

melhor estabilidade.

2.1 COMPOSIÇÃO:

1 3

2 4

5

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1 - Cilindro de ar comprimido de aço ou fibra de carbono;

2- Conjunto regular de Pressão de ar contendo 2 (dois) manômetros;

3- Mangueiras de alta pressão com 5m comprimento, equipadas com conexões

rápidas.

4- Console de comando de ar.

5- Almofadas pneumáticas ou bolsas de ar construídas em neoprene resistente com

no mínimo 3(Três) camadas de malha de Kevlar* ou Neoprene** reforçadas com aço,

possuindo uma etiqueta em alto relevo com as seguintes, informações:

*A KEVLAR, uma fibra de aramida*** da família dos polímeros feitos com poliamidas aromáticas, possui uma

estrutura de cadeia molecular excepcionalmente rígida, oferecendo incomparável resistência à tração, a

impactos e com estabilidade térmica diferenciada para temperaturas que variam de –40ºC a 130ºC.

**NEOPRENE possuem característica isotérmica, evitando que o corpo dissipe o calor.

***A fibra de aramida concilia grande resistência, rigidez e baixo peso específico permitindo o uso de menos

material para se obter as mesmas características mecânicas; é resistente a rachaduras; aumenta a rigidez da

estrutura; possui alta absorção de energia e baixo alargamento; não corrói em água doce nem salgada e é

incombustível.

2.2 CAPACIDADE:

A capacidade irá variar com a dimensão da almofada, conforme demonstrado nos

gráficos e tabela abaixo:

Capacidade de levantamento (t);

Altura máxima (mm);

Dimensões (comprimento x largura) mm e

Espessura

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KPI 12 KPI 17 KPI 22 KPI 32 KPI 35

Capacidade de elevação (Ton) 12 17 21,8 31,8 34,7

Comprimento (mm) 381 533 508 609 1066

Dimensões Largura (mm) 381 381 508 609 381

Espessura (mm) 17,8

Altura de elevação (mm) 208 233 282 333 249

Pressão de trabalho (lbs) ou (bar) 118 ou 8,13

Pressão de teste (lbs) ou (bar) 236 ou 16,27

Pressão de ruptura (lbs) ou (bar) 700 ou 48,26

Peso (kg) 2,7 4,1 5,5 8,2 8,2

Tempo de elevação (seg)

3

4 7 11 12

Para saber qual a almofada a ser utilizar, deve aplicar a Lei de Pascal:

P= F / A ou F = P x A

P - Pressão

F - Força de Elevação e

A - Superfície de Aplicação da Força

2.3 OPERAÇÃO:

Antes de iniciar a operação, é importante que todos os bombeiros que estiverem

operando o equipamento estejam usando os EPI´s adequados, como: capacete, óculos de

proteção, luvas, botas, etc. Deve-se avaliar cuidadosamente o que será feito, determinando

o peso e o tamanho a ser movimentado, sempre garantindo o máximo contado entre a

almofada e a carga.

2.3.1 SEQUÊNCIA DE MONTAGEM E CUIDADOS:

a) Ao montar o sistema, inicie pelas almofadas em direção ao cilindro, pois o sistema

somente poderá ser pressurizado quando acabar a montagem, e para desmontar, do

cilindro em direção a almofada;

b) Cuidado com superfícies, pontiagudas, presença de objetos cortantes, produtos

químicos corrosivos, temperaturas acima de 57,2°C, fatos que poderão danificar a

DIANTE DE

TANTAS

ALMOFADAS,

QUAL

UTILIZAR?

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almofada, colocando em risco a operação, devendo ser colocados calços entre a

almofada e a superfície a ser movimentada;

c) Cuidado com o acúmulo de terra, graxa, líquidos oleosos, superfícies instáveis, que

poderão provocar o deslizamento da almofada no momento que for inflada;

d) Durante a insuflação das almofadas, evitar ficar posicionado na direção das

conexões;

e) Respeitar a capacidade máxima de cada modelo de almofada;

f) Sempre isolar o local, não permitindo que pessoas estranhas se aproximem do

equipamento;

g) Manter todos os registros fechados, abrir somente durante a utilização;

h) Fazer as desconexões somente com o equipamento despressurizado;

i) Não empilhar mais de duas almofadas;

j) Não exceder a pressão de enchimento de 8 bar(118 PSI).

SENTIDO DE MONTAGEM: ALMOFADA CILINDRO SENTIDO DE DESMONTAGEM: CILINDRO ALMOFADA

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2.3.2 CUIDADOS PARA BOA UTILIZAÇÃO

a) Evitar o choque das conexões das mangueiras, das almofadas e das válvulas

reguladoras de ar, pois se forem danificadas, poderão dificultar no momento do

engate;

b) Sempre inspecionar visualmente o local a ser colocado as almofadas, para verificar a

existência de algum material que possa danificar ou por em risco a operação;

c) Não empilhar mais de

duas almofadas, por questões de segurança, quando utilizar deste recurso, a

almofada que ficar na parte inferior deverá ser a de maior capacidade e nunca

exceder a capacidade da menor, posicionando as almofadas de forma centralizada,

obedecendo ao “X” demarcado nas mesmas;

Quando forem empilhadas duas almofadas, a almofada que ficar embaixo deverá ser inflada até que a almofada de cima encoste no objeto a ser movimentado, somente então a segunda almofada deverá ser inflada;

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d) Quando duas almofadas forem colocadas lado a lado, a capacidade de levantamento

será a soma da capacidade das mesmas, se for colocado uma almofada com

capacidade de 20 T e a outra com capacidade de 25 T, quando posicionadas lado a

lado, terão o potencial de levantar 45 T;

e) Fazer a utilização de calços de madeira ou outro material similar sob as almofadas;

f) Nos casos em que as almofadas forem utilizadas para erguer algum material,

aconselha-se fazer o uso de escoras, não deixando que a carga que será levantada

esteja suportada somente pelas almofadas pneumáticas.

Para melhor visualização acessar sites:

http://www.youtube.com/watch?v=CMsNOMGAKKA

http://www.youtube.com/watch?v=v3YEFmzTWek&feature=related

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2.4 MANUTENÇÃO

a) As almofadas pneumáticas devem ser limpas após cada uso. Óleo, graxa ou outro

resíduo similar fazem com que as almofadas fiquem escorregadias;

b) Não deixe sujeitas grudadas nas almofadas, remova qualquer acúmulo de sujeiras

com uma escova com cerdas dura e enxágüe com água fria, se houver a

necessidade de utilizar algum sabão ou detergente, utilizar neutro, e depois remover

totalmente com água;

c) Deixar a almofada secar na posição vertical e com o bico de engate rápido para

cima;

d) Sempre vistoriar as almofadas para ver se há a presença de deformidades, como

cortes, bolhas de ar, abrasões... que possam colocar em risco a operação;

e) Vistoriar sempre os engates rápidos, para ver se não está danificado e possa impedir

o acoplamento;

f) As conexões dos engates rápidos deverão estar sempre protegidas, ou retiradas das

almofadas na hora de serem armazenadas de preferência usar uma proteção para

que não ocorra a perda.

g) Quando acondicionar uma almofada, tanto na vertical como na horizontal, colocar de

forma que o engate rápido fique voltado para cima e para fora, desta forma, o

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mesmo não irá sofrer impacto na hora de armazenar, chocando-se contra o fundo da

gaveta da viatura ou armário onde for acondicionada a almofada;

h) Transportar uma almofada pneumática com o engate rápido para cima e para frente,

para evitar que se danifique com algum impacto, se possível proteger o engate com

uma das mãos e

i) As peças do conjunto de almofadas, como: conjunto de regulador de pressão,

console de comando de ar e mangueiras deverão ser limpas com um pano limpo e

seco, não utilizar nenhum produto químico.

2.5 ALMOFADAS PNEUMÁTICAS DE BAIXA PRESSÃO

As almofadas de baixa pressão a 0.5 Bar / 7,2

PSI (máximo) são as mais indicadas para resgate de

pessoas presas debaixo de viaturas em acidentes

rodoviários, quedas de aviões, ou de túneis, pontes ou

estruturas de trabalho, principalmente em situações onde

os métodos tradicionais de resgate não podem ser

utilizados ou demorariam demasiado tempo. As

almofadas são eficazes em solo mole, desnivelado e

areia ou cascalho.

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A combinação de materiais na sua construção proporciona um alto nível de segurança

durante a sua utilização. A base e o topo da almofada são de borracha têxtil em

multicamadas, relativamente espessas com uma boa resistência a perfuração. A parede

lateral é fabricada num tecido de poliamida, proporcionando o correspondente ao triplo e

quádruplo do fator de segurança (pressão de trabalho /pressão de ruptura).

Transformação: Bar em PSI (Libra Força - Lbs) e Vice-Versa http://www.centauro-owners.com/articles/psibar.html

3.0 MOTO-REBOLO/ABRASIVO: (R$ ____________ )

Motor à explosão do tipo dois tempos que aciona um disco que faz cortes por

abrasão. Muito utilizado em materiais ferrosos e de alvenaria (concreto). Mais comumente

chamado de “Moto Abrasivo ou Cortador Abrasivo”.

Seu funcionamento é semelhante à moto-serra, porém sua aplicação é restrita a

entradas forçada (portas metálicas), retirada de pessoas presas em grades/bueiros ou em

desabamentos (concreto e ferros). Com a chegada do equipamento desencarcerador, o

cortador de disco entrou em desuso.

Antigamente era muito utilizado em acidentes automobilísticos, mais especificamente

para cortar ferragens. O atrito entre o disco metálico com as ferragens dos automóveis

produzia muitas faíscas, as quais eram fontes potenciais de risco tanto para vítima quanto

para a guarnição.

Por que esses riscos ocorrem? Debata com seu instrutor tal assunto.

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3.1 OPERAÇÃO

Antes de ligar o Moto Rebolo e durante a operação existem diversas

recomendações, porém destacamos as que consideramos imprescindíveis para o bom

funcionamento e segurança:

O disco não deve possuir rachaduras ou dentes, pois isso o torna mais frágil,

aumentando consideravelmente a chance do mesmo ser projetado;

Os cabos das mãos (empunhadura e traseiro) devem estar secos e limpos, para

evitar queda com equipamento;

Procure estudar o corte antes de iniciar, para ter um rendimento melhor;

DURANTE A OPERAÇÃO USE SEMPRE O EPI COMPLETO:

1- _________________; 2- _________________; 3 - _________________;

4 - _________________; 5 - _________________; 6 - _________________;

7 - _________________ ....

Proteja a vítima com anteparos (cobertor, prancha curta...)

Nunca fumar enquanto abastecer o equipamento, que deve estar desligado;

No manuseio, evite movimentar o disco desnecessariamente para os lados, para

evitar ferir alguém;

Usar sempre as duas mãos para operar o equipamento;

Ao transportar o cortador, desligue o motor, segure pelo cabo de empunhadura e

mantenha sempre o disco apontando para trás;

Não trabalhar com o cortador em locais confinados ou mal ventilados

(risco de explosão);

Nenhuma parte do corpo deve ficar na direção do corte (risco de

queimadura);

Serrar sempre a plena aceleração, inclusive na hora de retirar o disco

do corte (evitar a quebra do disco ou desgaste prematuro);

Não trabalhar em escadas, locais instáveis ou em altura acima dos

ombros e

Tenha sempre disponível um extintor, apropriado a classe de incêndio

predominante por perto.

3.2 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

Mistura de Combustível – 25:1 (diretamente no reservatório de gasolina);

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Diâmetro do disco de corte (concreto e ferro): 300 mm x 3 mm;

Diâmetro do disco de corte (somente pedra): 300 mm x 6 mm;

Disco para metais - corta ferro, elétron, cobre, latão, zinco, gusa e similares e

Disco para concreto – corta cano de cimento, asfalto, lajes e similares.

“Dar a partida com o cortador no ar demonstra irresponsabilidade”

4.0 SERRA-SABRE

Constitui-se de uma serra elétrica alimentada por uma bateria. Possui lâminas para corte

de metais diversos, vidro laminado e madeira. É um equipamento muito eficiente para trabalhos

de corte em missões que exige rapidez, eficiência e muitas das vezes com espaços reduzidos.

Apesar de não ser um equipamento criado para ser utilizado em operações de bombeiro é

uma ferramenta de grande utilidade nas operações devido sua portabilidade e leveza.

O tempo de duração da bateria irá

variar de acordo com o material que está

sendo cortado, pois quanto mais duro, mais

será exigido da ferramenta. Vamos lembrar

que se lubrificarmos com detergentes, água,

sabão... a superfície que está sendo cortada

iremos diminuir o atrito e o corte se tornará

mais eficiente. Bateria com vida útil reduzida

também influenciará na autonomia, por isso o manual de instrução do equipamento deve ser

seguindo, especialmente no que se refere ao carregamento.

A amplitude do acionamento do gatilho da ferramenta deve ser invariável, para que a

serra mantenha a mesma freqüência do corte, evitando assim o desgaste prematuro das

lâminas.

Atentar também para que não haja movimentos laterais da lâmina durante o corte, o

que pode empená-la.

4.1 INSTRUÇÕES DE SEGURANÇA

PARA USO SEGURO E OBTENÇÃO DE MELHORES RESULTADOS DE

DESEMPENHO DO PRODUTO, LEIA ATENTAMENTE AS REGRAS ABAIXO:

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1. Quando do recebimento do serviço realizar sempre o funcionamento prévio, da

ferramenta e verificar se a bateria está carregada;

2. Uso de EPI é obrigatório, nas atividades, em que esteja operando a Serra Sabre,

sendo eles: luvas, óculos, capacete, máscaras para poeira e protetores auriculares;

3. A ferramenta deverá estar sempre travada, pelo botão de travamento, quando

estiver sendo transportada. É obrigatória a retirada da bateria quando se realiza a

inclusão, exclusão ou troca de qualquer uma das lâminas;

4. Em caso de duvidas na operação

solicite assistência a SAO da Unidade;

5. Não opere ferramentas elétricas em

ambientes explosivos, como na presença de

líquidos, gases ou pós inflamáveis. As

ferramentas de corte produzem fagulhas

que podem incendiar o pó ou vapores;

6. Permaneça alerta, observe com atenção o que você está fazendo e use o bom

senso ao operar uma ferramenta elétrica. Não use a ferramenta quando estiver cansado

ou sob efeito de drogas, álcool ou medicamentos;

7. Use tornos ou outra maneira pratica para prender e apoiar a peça a ser

trabalhada;

8. Não force a ferramenta. Use a ferramenta adequada à sua aplicação. A ferramenta

adequada fará o trabalho melhor e com mais segurança na faixa para a qual foi

projetada;

9. Quando a bateria não estiver em uso, mantenha-a longe de outros objetos de

metal tais como: clipes de papel, moedas, chaves, pregos, parafusos ou outros

pequenos objetos de metal que possam fazer uma conexão de um terminal para outro.

Causar curto-circuito em terminais de baterias pode causar faíscas, queimaduras ou

incêndios;

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10. Utilize somente acessórios que

sejam recomendados pelo fabricante

para o modelo de sua ferramenta.

Acessórios que podem ser adequados

para uma ferramenta, podem ser

perigosos quando utilizados em outras

ferramentas;

11. O conserto da ferramenta

somente deve ser realizado por pessoal de reparo qualificado - o militar responsável

pela SAO ou profissional da assistência técnica;

12. Segure a ferramenta pelas superfícies isoladas da empunhadura ao executar

uma atividade na qual a ferramenta de corte possa entrar em contato com cabos

escondidos. O contato com um cabo “energizado” fará com que as partes metálicas

expostas da ferramenta fiquem “energizadas” e causarão um choque elétrico no

operador;

13. Mantenha suas mãos distantes de peças em movimento. Nunca ponha suas

mãos próximas à área de corte;

14. Cuidado redobrado ao cortar objetos que se encontrem acima de você, porém

não visíveis, considere as possíveis trajetórias de galhos e outros objetos que possam

cair e

15. Não opere esta ferramenta por longos períodos de tempo. As vibrações

causadas pela operação desta ferramenta podem causar ferimentos permanentes nos

dedos, mãos e braços.

5.0 TALHA TIFOR / MULTIPLICADOR DE FORÇA / APARELHO DE

TRACIONAMENTO

O Tirfor, como é conhecido no CBMMG, é um aparelho muito comum nas viaturas de

salvamento e tem uma larga área de atuação em içamentos e tracionamentos de cargas. Tal

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aparelho trabalha em qualquer posição (vertical, horizontal, obliquo), sendo que seu

posicionamento irá variar de acordo com a necessidade imposta pelo teatro de operações.

Dessa forma podemos considerá-lo muito versátil.

A talha opera com a ação de dois pares de mordentes lisos, de ajuste automático,

que no momento do içamento ou da descida

da carga, esses dois pares de mordentes,

alternadamente, apertam e soltam o cabo,

para puxá-lo no sentido da subida ou retê-lo

no sentido da descida, sendo que os dois

conjuntos de mordentes apertam o cabo

conforme a tração do cabo, então quanto

mais pesada à carga, mais forte será o

aperto.

Sua força nominal é variável de acordo com o modelo do aparelho, sendo mais

comuns: 750 Kg, 1600 Kg e 3200 Kg.

Principais Peças

1- Corpo do aparelho; 6- Punho de debreagem;

2- Alças;

7- Orifício para admissão do cabo;

3- Eixo ou gancho de

ancoragem;

8- Orifício para saída do cabo;

4- Alavanca de avanço;

9- Alavanca de tubo telescópio e

5- Alavanca de recuo;

10- Cabo de Aço Especial.

Obs.: seu diâmetro varia de acordo com o

aparelho.

Um ponto muito importante está no manuseio do cabo de aço, que só deve ocorrer

quando o bombeiro estiver calçado de luvas, para evitar que fios de aço salientes o

perfurem. Pode até parecer uma recomendação óbvia, mas o numero de militares feridos

por negligenciarem a simples utilização de luvas é considerável.

A limpeza do cabo após a utilização é fundamental para preservação do material e

para garantir que sujeiras não acumulem entre os fios trançados de aço, as quais com o

tempo podem danificar os pares de mordentes e levar o aparelho a inutilização precoce.

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Sua utilização em conjunto com

polias móveis aumenta a capacidade de

içamento/arrastamento a qual é limitada

basicamente pela força muscular do

operador.

Obs.: Perda devido ao atrito do cabo

com a polia é de aproximadamente 15%.

6.0 APARELHOS DE ILUMINAÇÃO

São todos os equipamentos que geram luz artificial para iluminar os locais de

trabalho. Os mais comuns são:

Faróis:

São aparelhos dotados de fonte luminosa de grande potência, alimentados por

eletricidade. Em nossa Corporação são encontrados na forma de refletores/holofotes ou

torres de iluminação. Sua alimentação elétrica dar-se-a por geradores portáteis. Todavia,

nunca devemos esquecer que as unidades devem ter lâmpadas reservas na SAO.

Lanternas elétricas:

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São aparelhos elétricos portáteis de grande segurança para os serviços de

reconhecimento. Podem possuir um ou mais elementos, pilhas ou bateria.

Gerador portátil:

Aparelho destinado a converter energia mecânica em energia elétrica em forma de

corrente contínua ou alternada. Utilizado principalmente em locais desprovidos de energia

elétrica, como rodovias, locais de difícil acesso, matas...

Possui baixo consumo de combustível e alta autonomia, variando de acordo com o

modelo. Veja:

Lembre-se: por ser um aparelho bivolt é fundamental conferir qual a voltagem selecionada

antes de ligar algum equipamento em suas tomadas, principalmente

para evitar surpresas desagradáveis que podem transformar uma simples ocorrência em

uma grande operação.

Modelo 6500CXE

Grupo Gerador Toyama, Equipado com

motor Gasolina de 13.0 HP, partida

manual e elétrica, monofásico, Potência

Máxima de 6.0 KVA e Potência Nominal de

5.5KVA, BIVOLT 110 e 220 volts,

equipado com tanque de 25 litros que

proporciona aproximadamente 12 horas de

autonomia.

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NOTA

A Corrente Alternada é a forma mais eficaz

de se transmitir uma corrente elétrica por

longas distâncias.

A Corrente contínua normalmente é utilizada para

alimentar aparelhos eletrônicos (entre 1,2V e 24V)

e os circuitos digitais de equipamento de

informática.

7.0 VENTILADORES / EXAUSTORES

Trabalhos em áreas confinadas são uma das maiores causas de acidentes graves.

Seja por ocorrência de explosão, incêndio ou asfixia, estes acidentes em muitos casos têm

conseqüências fatais.

A ventilação em espaços confinados tem como objetivo principal reduzir a

concentração de substâncias tóxicas e/ou perigosas presentes na atmosfera do ambiente

confinado, seja antes do início dos trabalhos seja no decorrer

destes.

Dessa forma, os ventiladores/exaustores são muito

importantes no serviço operacional, sendo que sua utilização

deve sempre ocorrer quando houver dúvida sobre a qualidade do

ar atmosférico a ser respirado ou até mesmo em ambientes onde

a visibilidade é reduzida pela presença de fumaça.

Vale frisar que o referido aparelho em hipótese alguma

substitui a máscara autônoma, apenas complementa sua utilização.

Atualmente a corporação vem substituindo seus exaustores, fazendo aquisição de

equipamentos mais compactos, facilitando assim o transporte e manuseios. Todavia, de

nada irá adiantar se os bombeiros não levarem para o teatro de operações um gerador

portátil, conforme vimos anteriormente.

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Assim, podemos perceber que os equipamentos operacionais se complementam e

que a ineficiência de um pode comprometer todo sistema, o qual deve funcionar como um

conjunto de engrenagens de um relógio.

Você já utilizou um exaustor? Se não, pegue um pouco de papel picado e coloque

próximo ao duto de exaustão e depois próximo ao duto de ventilação para visualizar como o

aparelho funciona.

Nunca esquecer e aterrar o equipamento, pois o

movimento de ar nos dutos pode gerar eletricidade estática no

corpo do aparelho, o qual irá descarregar no primeiro corpo

que lhe encostar (eletrização por contato).

Leia: http://www.geocities.ws/saladefisica5/leituras/choque.html

Quando a movimentação do ar ocorre para dentro do

ambiente, chamamos de ventilação/insuflamento, sendo a

exaustão, portanto, a movimentação do ar para fora.

A ventilação é um processo de renovação de ar ambiente por forma a retirar os

elementos poluidores (microrganismos, poeiras, químicos, etc). Uma das formas mais

eficiente de controlar o ar ambiente é através de ventilação adequada.

A ventilação forçada consiste em utilizar dispositivos próprios (ventiladores,

exaustores, etc.) que provocam o movimento do ar entre o interior e o exterior do recinto.

A exaustão ocorre devido à diferença de pressão entre o ambiente interno e externo.

Como a pressão do ambiente interno é maior que o duto de ventilação (a hélice girando

diminui a pressão), ocorre o arrastamento do ar atmosférico para o exterior.

Nunca devemos esquecer que antes de iniciarmos uma operação de exaustão é

preciso saber identificar onde os fluidos de maior densidade se concentram, para que o

exaustor seja posicionado corretamente.

Por exemplo:

Fluido Densidade (kg/m3) Localização

Fumaça* (genérica) 777 Teto

Ar Atmosférico 998 #

GLP (30% butano + 70% propano) 3 1158 Piso

*Nota: A combustão incompleta é mais comum que a completa e produz um grande número de subprodutos. A

reação gerará dióxido de carbono, monóxido de carbono, água, e vários outros compostos como óxidos de

nitrogênio, dependendo da composição do combustível. Também há liberação de átomos de carbono, sob a forma

de fuligem. Por tanto, a densidade de referência não é exata, apenas demonstra que a fumaça proveniente de uma

combustão é menos densa que o ar atmosférico.

http://www.if.ufrj.br/teaching/fis2/hidrostatica/tabela_LIQ.html

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8.0 MACA TIPO ENVELOPE SKED

Uma das melhores ferramentas para resgate e transporte de

vítimas em espaços confinados, restritos e externos.

Após compactada, a maca Envelope é fechada com suas próprias

fivelas, tornando mais simples e prático seu armazenamento dentro de sua

mochila.

SAIBA QUE A MACA É UM MEIO DE TRANSPORTE E NÃO UM MEIO DE

ESTABILIZAÇÃO DA VITIMA.

8.1 CARACTERÍSTICAS

É provida de um sistema de amarração que

garante a integridade e proteção total da vitima;

Seus pontos de suspensão permitem que seja

suspensa na vertical ou na horizontal inclusive por

helicópteros;

CASO ILUSTRAÇÃO

1º - Ilustra o vazamento de GLP, o qual segundo a tabela

acima é mais pesado que o ar. Dessa forma o exaustor

deverá ser posicionado na parte inferior da residência,

visando arrastar o GLP para o exterior.

2º - Ilustra um incêndio, onde a fumaça, por ser menos

densa que o ar, tente a se concentrar na parte superior da

residência. Dessa forma o exaustor deverá ser

posicionado na parte superior da residência, visando

arrastar a fumaça para o exterior.

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De fácil manuseio;

Torna-se rígida quando montada com a vítima;

Sua flexibilidade permite que seja enrolada e acondicionada em uma mochila própria

para transporte.

8.2 PREPARAÇÃO DA VÍTIMA

Assim como na maca-cesto, a fixação de uma vítima na maca SKED pode ter

variações, porém, deve ser padronizada para evitar erros e facilitar a conferência por parte

de qualquer integrante da equipe. Sugere-se os seguintes procedimentos:

1. Ao retirá-la da mochila, desenrole-a para em seguida invertê-la, enrolando suas

extremidades no sentido contrário ao que estava acondicionada para que fique plana,

facilitando sua manipulação;

2. Após a imobilização da vítima em prancha longa, posicione-a na maca, fechando

os tirantes porém, sem ajustá-los;

3. Inicie o encordamento para possível inversão da posição de içamento ou descida;

4. Ajuste os tirantes e instale o suporte de pés;

5. Ajuste e arremate o encordamento;

6. Faça a regulagem da aba superior da maca na altura da cabeça e

7. Instale, se necessário, as fitas tubulares extra para a função de pegadores.

8.3 PROCEDIMENTOS PARA MONTAGEM DA MACA SKED

Desenrole a maca Enrole as extremidades no sentido contrário ao de acondicionamento

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8.4 ENCORDOAMENTO

Para efetuar o encordoamento utilize a corda com aproximadamente 11,0 m, que

acompanha o equipamento.

Inicie a confecção do nó oito com a corda permeada, passando seus chicotes por

entre os orifícios ou ilhoses da maca iniciando pela cabeça e tomando o cuidado de realizar

a amarração de forma igual nos dois lados. Realize a passagem do encordoamento em um

dos pegadores da prancha longa repetindo a operação do outro lado;

Continue inserindo os chicotes pelos orifícios ou ilhoses da maca, tencionando-os

após cada passagem até que chegue nos pés da maca. Emende os chicotes com um nó

direito na altura dos pés;

Após posicionar a prancha longa, feche as fitas laterais

Feche os tirantes dos pés

Feche a cabeceira Faça o encordoamento da maca

Una os tirantes com o mosquetão

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Leve os chicotes da corda até as alças mais próximas do pé da maca SKED e una

estas pontas com um nó direito e cotes.

8.5 CONFERÊNCIA PRÉVIA DO SISTEMA OU MATERIAL MONTADO

Enumere todos os procedimentos executados por ordem cronológica, como segue:

1. Tirantes da prancha longa;

2. Tirantes do SKED;

3. Fixação da vítima e ajuste de todas as presilhas;

4. Suporte de pés;

5. Encordoamento de reforço para possível inversão de içamento para posição vertical;

6. Equalização correta dos tirantes;

7. Cabo guia (se houver) e

8. Trava e angulação correta do mosquetão principal.

9.0 MACA BASKET

Apesar de não ser comum esse tipo de maca em todas as unidades operacionais,

devemos tomar conhecimento de sua existência, já que ela pode ser muito útil em

salvamentos, em especial quando utilizada no sistema teleférico ou transposição de cabo

aéreo (salvamento em altura).

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9.1 CARACTERÍSTICAS:

A maca confeccionada em polietileno, atóxico, geralmente na cor laranja (destacar),

com alças e fita de fixação; possibilidade de içamento nas posições vertical e horizontal.

Poderá haver versões da maca confeccionadas somente em aço/fibra de carbono.

9.2 PREPARAÇÃO DA VÍTIMA

A vítima deverá ser imobilizada em prancha longa e colocada na maca. Deve-ser ter

o cuidado em não se esquecer de trançar cordas sobre a vítima, presas na estrutura da

maca, para evitar que a vítima caia de seu interior.

10.0 BOMBA DE SUCÇÃO

10.1 APLICAÇÕES DA MOTOBOMBA

Muitas são as aplicações deste equipamento, na agricultura, indústrias, minas,

empresas, construções, comunicação, cabeamento subterrâneo, manutenção de

tubulações, jardins, pesca, etc. Mas é aqui no Corpo de Bombeiros, que assume a sua

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principal função: liberar vias, casa, compartimentos, que por ventura estejam alagados, o

que poderá trazendo riscos à vida e ao bem de terceiros.

Visando a melhoria do ensino foi copilado parcialmente o manual de operação, o

qual trará informações de como operar e manter, de forma segura e eficiente a motobomba,

quando do atendimento de ocorrências ou realização de instrução.

10.2 INSTRUÇÕES DE SEGURANÇA

PARA USO SEGURO E OBTENÇÃO DE MELHORES RESULTADOS DE

DESEMPENHO DO PRODUTO, LEIA ATENTAMENTE AS REGRAS ABAIXO:

1. Procure sempre verificar na SAO, o histórico das atividades do equipamento, seu

funcionamento, suas possíveis panes, se está abastecido, onde fica o combustível para

um possível reabastecimento, o óleo e realizar o funcionamento prévioquando do

recebimento do serviço;

2. Uso de EPI é obrigatório, nas atividades, em que esteja operando a Motobomba

auto-escorvante;

3. Use esta bomba em lugar ventilado ou ao ar livre. O sistema de escape do motor

elimina monóxido de carbono, letal para seres humanos e animais;

4. Assegure-se de que a bomba esteja sobre uma superfície estável e nivelada;

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5. Mantenha a bomba afastada de chamas, calor intenso e materiais inflamáveis e

áreas de risco;

6. Nunca ligue a bomba a seco.

10.3 DESCRIÇÃO E PRINCIPAIS COMPONENTES

Os principais componentes do conjunto são mostrados nas Figuras.

Antes de iniciar qualquer

trabalho, encha o corpo

da bomba com água.

Sim, Senhor !

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instalaçã

o

10.4 INSTALAÇÃO

1. Coloque a bomba sobre uma superfície horizontal e plana, o mais próximo

possível da captação de água. Fixe o suporte da bomba sobre superfície rígida.

Uma mangueira de sucção de 2” cheia de água que tenha 6 m de comprimento

pesa mais de 15 kg. Se a bomba não estiver bem presa, a mesma pode se

deslocar da sua posição correta. Nunca use a bomba em posições elevadas sem

fixá-la sobre uma base rígida.

2. Tubulações devem ter suporte para evitar vibração e não sobrecarregar o suporte

da bomba. Antes de operá-la verifique todas as conexões entre a bomba e a

tubulação. Não deixe nenhuma conexão solta e principalmente nenhum

vazamento. Use bitolas de tubulação igual ou maiores que a bitola da bomba.

3. O filtro deve ser mantido a distância segura da superfície, encostas e fundo de

rios. O filtro deve ser afundado ao menos 30 centímetros para evitar a sucção de

ar e mantido à pelo menos 30 centímetros do fundo e encostas de rios, evitando

assim a sucção de pedras e raízes.

Desenho sem escala

Discuta com seu instrutor os inconvenientes dos mangotes de 2 ½” que possuem

juntas de plásticos e a importância da válvula de retenção no mangote.

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10.5 OPERAÇÃO E SEUS CUIDADOS

1. Ligue o motor;

2. Após encher o corpo da bomba de água e ligar o motor, a bomba criará vácuo na

mangueira de sucção;

3. Depois que todo o ar for evacuado, o fluxo completo de água ocasionará notável

diferença de carga no motor;

4. A ação de escorvamento da bomba pode chegar a durar até 4 minutos. Isso

dependerá da altura de sucção e das condições da mangueira e conexões de sucção e

5. Não havendo fluxo de água depois de 5 minutos, desligue o motor, encha o corpo da

bomba com água novamente e dê partida no motor.

ATENÇÃO: Evitar operá-lo em água suja ou que tenha areia fina em suspensão.

10.6 DESEMPENHO TÉCNICO – TGAE3C651 – E (TOYAMA)

O que isso significa?

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11.0 TRIPE E APARELHO DE POÇO

Muitas são as aplicações deste equipamento, com

predominância em espaços confinados.

Apesar de serem usados quase todos os dias, muitos não

dão a esse aparelho se devido valor.

Antigamente o tripé era todo feito em ferro ou aço, o que

acarretava em um grande peso a ser carregado pelas GU´s BM.

Diante de um quadro de evolução de equipamentos, onde as

substituições ocorrem gradativamente, o CBMMG está realizando

aquisição de Tripés de última geração para todas as suas Unidades,

a fim de facilitar os trabalhos operacionais e potencializar a segurança das atividades

desenvolvidas.

11.1 DESCRIÇÃO DO EQUIPAMENTO E SUAS LIMITAÇÕES

O novo Tripé utilizado pelo CBMMG é produzido com extremo controle de qualidade,

obedecendo a padrões internacionais (NFPA 1983 e ANSI)

O Tripé Task (marca) é fabricado em liga de alumínio aeronáutico, de alta

resistência, o que lhe garante total confiabilidade.

O cabeçote (aço carbono) possui três robustos pontos de ancoragens com grandes

orifícios para conexão de mosquetões, permitindo assim que a carga esteja sempre

corretamente centralizada. Saiba que o cabeçote também é o limitador de abertura das

pernas tubulares.

As soleiras (aço carbono) possuem articulações que permitem que se acomodem

em superfícies planas ou irregulares, permitindo também que sejam posicionadas para

cravarem em solos de consistência moderada, como terra compacta ou gelo.

Quanto menos irregularidade/desnível houver no terreno, melhor será o

posicionamento do tripé e conseqüentemente maior será a estabilidade do sistema.

Suas pernas tubulares possuem onze pontos de regulagem de altura o que o

tornam extremamente versátil.

Agora uma pergunta para reflexão: Será que as pernas podem trabalhar com

regulagens de altura diferentes?

Tire suas conclusões!!!

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11.1.1 TABELA COMPARATIVA ENTRE ALTURA E RESISTÊNCIA

Nunca devemos esquecer que quanto mais arvorado estiver o tripé, menor será

sua resistência, em virtude da variação do ângulo de abertura de seu cabeçote.

11.2 OPERAÇÃO

Como já foi discutido, não existe uma “receita de bolo” para atendimento de

ocorrências, pois os cenários mudam, assim com a dimensão da ocorrência. O que existe

são recomendações básicas relativas a procedimentos operacionais.

Dessa forma aconselhamos:

1. Cientificar-se da identificação e isolamento da área de ocorrência em toda a

sua extensão, somente o pessoal empregado e da Gu BM

no local;

2. Cientificar-se das cordas de vida visando

seguranças;

3. Cientificar que o equipamento se estabilizou ao

terreno estando com suas sapatas presas por cordas ou

correntes;

CASO 1 CASO 2

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4. Montar o tripé em um local onde as suas bases deverão ficar estabilizadas,

sendo ás vezes necessário o uso de ferramentas de sapa a fim de acertar e adequar

o terreno ao equipamento;

5. Colocar a corda ou corrente limitantes aos pés do equipamento, para evitar que os

pés abram de forma irregular ou escorregem;

6. Primar para a segurança própria e de todo o grupo durante o atendimento da

ocorrência;

7. Certificar-se, dos EPI´s e equipamentos de salvamento em altura

necessários.

Abaixo constam fotos onde torna bem claro que não existe uma “receita de bolo” e

principalmente, responde a pergunta feita acima (regularem irregular das penas do

equipamento)

Note que na foto da esquerda, a perna tubular que está recuada está mais arvorada

que as demais.

Parece simples, mas não é !!! Não arrisque

trabalhar com o tripé na negativa sem treinar com

militares que já realizaram essa operação.

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12.0 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)

Utilizar um EPI não é difícil, mesmo sendo desconfortável, o problema está em

conscientizar os militares a efetivamente utilizá-los. Todavia, se perguntarmos a tropas

sobre a necessidade de utilizarmos esses equipamentos, receberemos diversas

respostas que irão convergir sempre para a importâncias da utilização.

Nossa atividade em si já trás consigo riscos potenciais de acidente durante o

atendimento de ocorrências, seja elas simples ou complexas. Então o que fazer para

minimizar esses riscos?

Abaixo apresentaremos uma tabela que demonstra alguns cuidados que

devemos tomar para minimizar o risco de acidentes:

1. Não utilização de Equipamentos de Proteção individual (EPI);

2. Atitude descuidada com a própria segurança;

3. Falta de habilidade no uso dos equipamentos;

4. Problemas físicos que impeçam esforços extenuantes;

5. Atos inseguros ou inadequados podem causar lesões;

6. Uso inseguro de equipamentos ou ferramentas;

7. Não reconhecer mecanismos agressores e riscos no ambiente;

8. Levantar objetos pesados de forma inadequada;

9. Desativar a segurança de equipamentos;

10. Não utilizar roupas visíveis especialmente em local de trafego intenso;

11. Falta de Isolamento no local do acidente

12. Sinalização de transito ausente ou incorreta, etc.

A Norma Reguladora N.º 6 do Ministério do Trabalho define EPI, como: “todo

dispositivo de uso individual... destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar

a segurança e a saúde no trabalho.”

http://portal.mte.gov.br/data/files/FF8080812DC56F8F012DCDAB536517DE/NR-06%20(atualizada)%202010.pdf

Além da conscientização da importância do uso constante do EPI, deve-se

ressaltar outro ponto:

DÊ NADA ADIANTARÁ UTILIZAR O EPI

SE ELE NÃO FOR CONDIZENTE COM O RISCO!!!

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CASO 1 CASO 2 CASO 3

12.1 GRÁFICO DE SANGUE

Quando lermos essa frase devemos associá-la imediatamente a prevenção de

acidentes. Não iremos entrar em muitos detalhes, pois é uma teoria que carece de

mais informações, então vamos restringir nosso raciocínio a necessidade da utilização

constante do EPI para evitar acidentes.

Preste atenção no caso hipotético abaixo:

Uma guarnição do 11º BBM deslocou-se para atender um chamado de risco iminente

de queda de árvore às 15:30 h. Chegando ao local, observaram que tratava-se de uma árvore

de pequeno porte, mas que realmente configurava risco. No entanto, como aquela era uma

guarnição experiente e o tempo para realizar o serviço era reduzido, já que a noite se

aproximava, o chefe resolveu mandar um dos militares subir na árvore sem a calça de

motosserrista, pois o corte seria feito todo no machado, uma vez que a motosserra estava sem

combustível (vazamento do reservatório).

Após alguns minutos de trabalho, a guarnição arrumou uma outra motosserra e o

militar que cortava a árvore pediu aos demais membros da guarnição que enviassem para ele o

equipamento. Ao acionar a motosserra, próximo a seu corpo, o militar não percebeu que a

trava da corrente estava inoperante... e ocorreu o que ninguém esperava, o ACIDENTE!!!.

O que você acha que irá acontecer com a tropa após esse acidente?

No primeiro momento todos irão ficar bem

alertas sobre o ocorrido, mas à medida que o

tempo for passando aquele evento traumático irá

cair no esquecimento e as mesmas falhas

apresentadas anteriormente possivelmente

voltarão a acontecer.

Baseado no caso hipotético acima, como

você interpretaria esse gráfico?

ESGOTO