3 Comp Intr Vel Acel
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3 Componentes intrnsecas da velocidade e da acelerao
Na seo 1 foram definidas velocidade escalar e acelerao escalar para uma partcula. Em diversos problemas da engenharia, h necessidade de se conhecer tambm as direes e os sentidos da velocidade e da acelerao. Para isso, nesta seo ser apresentada uma abordagem vetorial do movimento da partcula.
3.1 Vetor velocidade
Conforme foi visto na seo referente ao Triedro de Frenet, a posio de um ponto P no espao tridimensional pode ser determinada pelo vetor posio, de acordo com a equao (3.1).
OPOP = (3.1)
Fig. 3.1 Vetor posio
O vetor velocidade da partcula definido pela taxa de variao do vetor posio em relao ao tempo:
dtPd
dtOPd
v ==
(3.2)
Pela regra da cadeia obtm-se:
-
dtds
dsPd
dtPd
v ==
(3.3)
Como dtds
v = vem:
dsPd
vdtPd
v ==
(3.4)
Na seo 3.1.1 ser determinado o mdulo e a direo do vetor dsPd
.
3.1.1 - Vetor dsPd
Na seo 2.2, referente ao versor tangente do Triedro de Frenet, foi visto que o tal versor obtido pela equao:
dtPd
dtPd
=
Como t um parmetro qualquer, o arco s, definido entre as posies P1 e P2 (veja fig. 3.2) tambm poderia ser tomado como parmetro. Assim, o versor tangente ficaria definido pela equao (3.5).
dsPd
dsPd
= (3.5)
-
Pela figura 3.2, o mdulo do vetor POP = representa a corda e s define o
arco entre as posies 1P e 2P . Se s tender a zero ( 0s ), o comprimento do arco
e a corda tendem ao mesmo valor, ou seja 1=dsPd
.
Fig. 3.2 - Vetor P
Desta forma, a equao (3.5) toma a forma:
dsPd
= (3.6)
Substituindo a (3.6) na (3.4) vem:
vdsPd
vv == (3.7)
A equao (3.7) mostra que, a cada instante, a direo do vetor velocidade da partcula tem direo tangente trajetria (veja figura 3.3).
Fig. 3.3 - Vetor velocidade
V
-
3.2 Vetor acelerao
Nesta seo ser avaliada a variao do vetor velocidade em relao ao tempo, denominada de acelerao.
Derivando a equao (3.7) em relao ao tempo, obtm-se:
vvdtvd
+= (3.8)
Pela regra da cadeia do clculo I:
dsd
vdtds
dsd
dtd
=== (3.9)
Observando as equaes (2.4.1.8) e (2.6.5) das sees 2.4.1 e 2.6, aqui
reescritas, pode-se concluir que os vetores dsd
e n
so paralelos.
=
OPOPOP
OPOPOPn
(2.4.1.8)
( )4
'
'"'
PO
POPOPOdsd
=
(2.6.5)
Como 1=n vem:
ndsd
dsd
= (3.10)
Substituindo (3.10) em (3.9) obtm-se:
ndsd
v
= (3.11)
-
Como
1=
dsd
(veja definio de curvatura na seo 2.6), obtm-se:
nv
= (3.12)
Substituindo (3.12) em (3.8) vem:
nv
vdtvd
a
2
+== (3.13)
Pela equao (3.13) observa-se que o vetor acelerao resultante da soma de dois vetores:
- um,
v , na direo da reta tangente curva, que caracteriza a variao do
mdulo da velocidade em relao ao tempo, denominado de acelerao tangencial;
- o outro, nv
2
, na direo e sentido do versor normal, que caracteriza a variao
da direo da velocidade, denominado de acelerao normal (ou centrpeta). Estes vetores esto mostrados na figura 3.4.
Fig. 3.4 - Vetor acelerao
V
nV
2
n