2ª Via - Edição nº 264 - Agosto/2012

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Agosto 2012 - Nº 264 CAMPANHA SALARIAL Atividade no Itaú marca início da mobilização Página 08 Páginas 04 e 05 SINDICALIZAÇÃO Por que pagar o desconto assistencial? Página 03 JUSTIÇA Ações buscam garantir direitos de sindicalizados Página 06 BANCÁRIOS X BANQUEIROS Bancos contratam mais, mas pagam menos Página 07

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Jornal informativo distribuído pelo Sindicato dos Bancários e Financiários de Novo Hamburgo e Região

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Agosto 2012 - Nº 264

CAMPANHA SALARIALAtividade no Itaú marca

início da mobilização

Página 08

Páginas 04 e 05

SINDICALIZAÇÃOPor que pagar o

desconto assistencial?

Página 03

JUSTIÇAAções buscam garantir

direitos de sindicalizados

Página 06

BANCÁRIOS X BANQUEIROSBancos contratam mais, mas

pagam menos

Página 07

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Agosto 2012 - Nº 264

Editorial

Rua João Antônio da Silveira, 885, Centro / NH. Fone (51) 3594-5418. E-mail: [email protected]. Coletivo de Comunicação: Joey de Farias e Everson Gross.

Jornalista Responsável: Felipe de Oliveira - MTb/RS 14029

A 14ª Conferência Nacional dos Bancários

Campanhapermanente

O resultado da 14ª Conferência Nacional dos Bancá-rios foi positivo. Um grande encontro de trabalhadores de todo o Brasil, inclusive com a presença do ministro do Trabalho,

-des e diferenças. Após quatro dias de debates sobre temas importantes como saúde, segurança bancária e, em especial, remuneração, conseguimos produzir uma unidade para as lutas que virão durante a Campanha Salarial 2012. É verdade que houve discordâncias. Os eixos prioritá-rios, por exemplo, são diferentes daqueles eleitos como centrais em nossa Conferência Estadual do RS, realizada nos dias 07 e 08 de julho, em Porto Alegre. Destacamos o índice a ser reivindica-

a real capacidade dos banqueiros de traduzir em remuneração digna a importância do trabalho do dia a dia nas agências e

torno de 5,25%, mais aumento real de 5%, totalizando o percentual de 10,20%. Queríamos mais! Outro ponto de divergência é a autorização para que a Contraf-CUT estabeleça negociações com a Fenaban no

tocante a possibilidade de contratação de toda a nossa remuneração, incluindo a parcela de remuneração variável ou remuneração por metas, o que a direção da nossa entidade e a maioria dos delegados da Conferência Estadual avalia que acirra a disputa entre os bancários, mola propulsora do sofrimento mental e consequente adoecimento – basta analisar os números de afastados por doença ocupacional do INSS: somos a maior categoria de trabalhadores acometidos por essa mazela social. Postas as divergências às claras, reiteramos: foi uma grande conferência; uma demonstração de força e unidade dos sindicatos e federações, elegendo temas fundamentais a serem discutidos e negociados com os patrões. É isso que, sem sobra de dúvida, tem nos permitido o alcance de nossos anseios, mantendo e inovando direitos; ampliando conquistas. Boa luta

leitura a todos e a todas!

* Everson Gross, coordenador da Secretaria de Saúde e Relação do Trabalho, foi um dos representantes do Sindicato dos Bancários e Financiá-rios de Novo Hamburgo e Região na 14ª Conferência Nacional dos Bancários, em Curitiba, entre os dias 20 e 22 de julho de 2012.

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*Everson Gross

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COTIDIANO

Agosto 2012 - Nº 264

Desconto assistencial: por que contribuir?

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O período não poderia ser melhor para esta discussão: por que pagar o desconto assistencial? A respos-ta é simples: para garantir um sindicato forte, capaz de representar os interesses de todos os bancários na luta por emprego decente e salário justo frente aos banqueiros. A Campanha Salarial 2012 começou em agosto e as negocia-ções do Comando Nacional com a Fenaban já estão ocorrendo. Tudo bem, tudo bem. Mas antes de discutir porque pagar é preciso saber exatamente o que é esse dispositi-vo. No mês seguinte à assinatura do acordo coletivo, começa o período em que os bancários devem manifestar-se caso não queiram pagar o desconto. O

nacional da categoria e nesse ano será de 5% sobre um salário. O Sindicato dos Bancários e Financiários de Novo Hamburgo e Região devolve o valor integral aos sindicalizados. Os não

associados devem se opor formalmen-te, indo à sede da entidade (rua João Antônio da Silveira, 885, Centro – NH). E para onde vão esses recur-sos? Quem responde é o coordenador da Secretaria de Formação, Cultura e Lazer, Andrades Diehl Filho. “Durante uma campanha salarial, são diversas reuniões de preparação, rodadas de negociações, além de todo material e infraestrutura que compõem uma mobilização da categoria”, revela o sindicalista, citando banners (foto) e folders produzidos durante a campanha

são repassadas à Federação dos Bancá-rios, que as rateia entre os sindicatos de forma proporcional ao tamanho da base.”

Conquistas são para todos

A categoria dos bancários é historicamente uma das que mais

sucesso tem nas negociações de campanhas salariais e isso não é por acaso. É fruto de muita luta, como fora na greve de 22 dias que compôs a campanha do ano passado. Aumento real, melhores condições de trabalho e cláusulas sociais são conquistas que, quando vão para o papel, no acordo coletivo, se estendem a todos os traba-lhadores e trabalhadoras; não só aos sindicalizados. “A negociação salarial aconte-ce em nível nacional. Ou seja, a campa-

são para todos os bancários, de norte a sul do Brasil. As federações apontam seus representantes para o Comando Nacional e assim todos os sindicatos são representados, levando suas demandas à mesa com os banqueiros”, explica Andrades, defendendo a importância do desconto assistencial para a garantia da estrutura necessária.

Período para que bancários manifestem contrariedade começa no mês subsequente à assinatura do acordo coletivo

O período não poderia ser melhor para esta discussão: por que pagar o desconto assistencial? A respos-ta é simples: para garantir um sindicato fofof rte capaz de representar os interesses

associados devem se opor fofof rmalmen-te, indo à sede da entidade (rua João Antônio da Silveira, 885, Centro – NH).

E para onde vão esses recur-sos? Quem responde é o coordenador

sucesso tem nas negociações de campanhas salariais e isso não é por acaso. É fruto de muita luta, como fofof ra na greve de 22 dias que compôs a campanha do ano passado Aumento

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ESPECIAL

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Comando Nacional entregou pauta de reivindicações à Fenaban pedindo 10,25% de

aumento, piso de R$ 2.416,38 e PLR de três salários mais R$ 4.961,25

Aumento real, já! Campanha Salarial 2012 começa a todo o vapor

A Campanha Salarial 2012 come-çou. É hora de ir para a rua e exigir justiça nas negociações com os banqueiros. A pauta de reivindicações já foi entregue pelo Comando Nacional dos Bancários à Fenaban no início de agosto. "Neste momento em que completamos 20 anos da Convenção Coletiva de Trabalho, estamos esperançosos de fazer um bom

mais sólido do que nunca”, avalia o presi-dente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro. O próprio presidente da Fenaban reconhece que "a situação dos bancos é positiva". Murilo Portugal cita estudo do

-ceiro nacional e manifesta a esperança de que "as negociações deste ano sejam rápidas e exitosas para os dois lados". As duas primeiras rodadas já ocorreram, tratando de reivindicações de emprego, saúde e condições de trabalho e cláusulas sociais.

Principais reivindicações

nos últimos 12 meses.

> Piso da categoria equivalente ao salário mínimo do Dieese (R$ 2.416,38).

> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

> Auxílio-educação para graduação e pós-graduação.

> Auxílio-refeição, cesta-alimentação e auxílio creche/babá: R$ 622,00.

> Emprego: aumentar as contratações, acabar com a

Convenção 158 da OIT (que inibe demissões imotiva-das) e universalização dos serviços bancários.

> Cumprimento da jornada de 6 horas para todos.

> Fim das metas abusivas e combate ao assédio moral para preservar a saúde dos bancários.

> Mais segurança nas agências e postos bancários.

> Previdência complementar para todos os bancá-rios.

> Contratação total da remuneração, o que inclui a renda variável.

> Igualdade de oportunidades.

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Comando Nacional entregou pauta de reivindicações à Fenaban pedindo 10,25% de

aumento, piso de R$ 2.416,38 e PLR de três salários mais R$ 4.961,25

Aumento real, já! Campanha Salarial 2012 começa a todo o vapor

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Bancos públicos

BANCO DO BRASIL

- Melhorias no Plano de Carreira e Remuneração

- Negociação do Plano de Comissões

- PLR sem vinculação com o programa de metas Sinergia

- Jornada de 6 horas para todos, sem redução do salário

- Fim da PSO e volta dos caixas e gerentes de serviços para as agências

- Fim dos descomissionamentos e seleção interna para promoção em todos os cargos

- Remoção automática para o preenchimento de todas as vagas de escriturário

-tos e revisão dos Comitês de Ética

- Cassi e Previ para todos, sem redução de direitos

- Fim do voto de Minerva na Previ

- Delegados sindicais para todas as dependências do banco

- Acabar com o truque da direção do BB de enga-nar os clientes e a sociedade com o "Bom para Todos"

CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

- Contratação de mais empregados. Cem mil já!

- Saúde do trabalhador e melhores condições de trabalho

- Isonomia

- Recomposição do poder de compra dos salários

- Solução dos problemas do Saúde Caixa

- Extensão do tíquete e cesta-alimentação para aposentados e pensionistas

- Fim à discriminação dos participantes do REG/Replan não saldado.

- Fim do voto de minerva na Funcef

- Pagamento integral de toda hora extra realizada

- Em defesa da jornada de 6 horas

- Fim dos correspondentes bancários

- Fim do assédio moral

BANRISUL

-

Nacional dos Banrisulenses. O evento será realiza-do das 8h30 às 18h, no Ritter Hotel, próximo à Estação Rodoviária de Porto Alegre.

Bancário presidente da CUTQuem acompanhou a entrega da pauta à Fenaban foi o novo presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, eleito em julho, no Congresso Nacional da entidade. Aos 46 anos, ele é o primeiro bancário a assumir o cargo. Funcionário do Bradesco desde 1987, foi diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo e presidente da Contraf. O mandato é de três anos.

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Bancário, sindicalize-se! O momento é propício: a Campanha

que nunca é preciso união da categoria. E oportunidades não faltam. Desde o ano passado, o Sindicato dos Bancários e Financiários de Novo Hamburgo e Região está nas ruas com a Campanha de Sindicalização. Além de ter descon-tos no aluguel do salão de festas e do ginásio de esportes e em estabeleci-mentos, ser sócio representa ser contemplado pelas ações coletivas movidas pela entidade. O coordenador da Secretaria de Saúde e Relação do Trabalho, Everson Gross, explica que atualmente são três os processos que visam a garan-tir direitos aos trabalhadores. “Estamos

-nha de Sindicalização, em agosto, para

Ações visam a garantir direitos a sindicalizados

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BANCÁRIOS X BANQUEIROS

A retirada de patrocínio é um assun-to que tem gerado insegurança, particular-mente naqueles que possuem recursos próprios e oriundos da Funcef. E a Associação do Pessoal da Caixa Econômica Federal (APCEF) se mantém atenta ao assunto. Trata-se de uma empresa deixar de patrocinar um plano de previdência, deixan-do de contribuir para este plano – procedi-mento previsto na legislação. Antes, porém, é necessário que a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) autori-ze tal mudança, que precisaria ser aprovada pela Diretoria e depois pelo Conselho Delibe-rativo. Na Funcef, uma eventual retirada de patrocínio só poderia se dar por maioria absoluta (50% mais um dos votos) no Conse-lho Deliberativo, o que exigiria o consenti-mento de, pelo menos, um dos representan-tes eleitos pelos associados. A norma em vigor está defasada e, por isso, o Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC) está revisando-a. O Banco do Brasil já divulgou nota aos trabalhadores, negando que tenha inten-ção de retirar patrocínio do fundo de pensão dos funcionários do BB. Agora, trabalhadores da Caixa esperam que o banco dê também o

Desde junho, aposentados ou demitidos sem justa causa podem fazer a portabilidade do plano sem cumprir novas carências. Esta é uma das novas regras da Agência Nacional de Saúde Suple-mentar (ANS). O direito de perma-necer no plano pelos prazos que já existiam também está garantido. Agora, o trabalhador vai assumir o valor integral – todos os demitidos sem justa causa podem

plano da empresa por até dois anos, com a mesma cobertura, se o funcio-nário contribuiu com parte das mensalidades. No caso daqueles que contribuíram com o pagamento do plano por mais de 10 anos, é

-ários pelo tempo que quiserem, também assumindo o pagamento integral da mensalidade.

acionar a justiça”, revela. “É importante salientar que só será contemplado quem é sócio e que ninguém será

sindicato.” Para saber como fazer para sindicalizar-se basta ligar para o telefo-ne (51) 3594-5418 ou mandar e-mail para [email protected].

AÇÕES – A primeira ação busca a redução da jornada para seis horas sem prejuízo salarial às carreiras chamadas técnicas da Caixa e assistentes e geren-tes PF e PJ do Banco do Brasil. A segun-

-ções semestrais no cálculo para paga-mento do 13º salário e PLR no Bradesco

Sudaméris, adquirido pelo Santander, que não pagava corretamente o benefí-cio. A última vale para todos os bancos e

Caixa: atenção àretirada de patrocínios

trata da interrupção da prescrição de direitos desrespeitados ao longo do

-ca reaver eventuais diferenças para além dos últimos cinco anos.

STJ vota “desaposentadoria” em agosto

A partir deste mês, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) vai decidir se o direito de “desaposentadoria” para concessão de novo benefício sem a devolução dos valores já recebidos pelo INSS é válido ou não. O processo favorece os aposentados que continuaram traba-lhando ou voltaram ao mercado após a concessão da aposentadoria. Eles continuam contribuindo com o INSS, mas o valor do benefício não é alterado. Os segurados pedem a troca do benefício levando em conta os anos a mais e a idade atual. Ainda não há previsão legal para a “desaposentadoria” e somente pode ser obtida por meio de decisões judiciais, que têm variado entre garantir o direito com ou sem a devolução dos valores ou simplesmente rejeitar o pedido. A prática ganhou força a partir de 1999, quando entrou em vigor o fator previdenciário, que, na prática, reduziu o valor dos benefícios da maioria dos trabalhadores.

Plano de saúde: Aposentados e demitidos têm direito

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BANCÁRIOS X BANQUEIROS

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Itaú: sindicato condena abusos em agências da região

O resultado da 12ª Pesquisa de Emprego Bancário (PEB) aponta que os bancos criaram 23.599 novos postos de trabalho em 2011. No

folha de pagamento por meio da rotatividade. Segundo o estudo, em 2011, a remuneração média dos admitidos foi de R$ 2.430,57 e a dos desligados, de R$ 4.110,26. Diferença de 40,87%. A diferença era de 37,60% em 2010. O instrumento para implementar essa política, que diminui o salário dos

bancários para aumentar os lucros dos bancos, foi a demissão sem justa causa, motivo de 50,19% do total de 36.371 desligamento no ano. Os cinco maiores bancos registraram um lucro líquido de R$ 50,7 bilhões em 2011, número 9,8% maior do que no ano anterior – e o Itaú foi o único entre eles que fechou postos de trabalho. O banco, que obteve lucro líquido de R$ 14,62 bilhões em 2011, o maior da história

4.058 vagas. O Bradesco liderou a criação de novas vagas, com 9.436 empregos de saldo. O saldo de 23.599 novos postos de trabalho representa uma expansão de 4,88% no emprego bancário, mas o número é 1,80% menor do que os 24.032 empregos criados em 2010.

CampanhaSalarial 2012: Mais postos de trabalho, mais rotatividade

Redução do quadro de funcionários, descumprimento do intervalo e metas abusivas são as principais denúncias que tem chegado à entidade

Redução do quadro de funcioná-rios, descumprimento do intervalo e metas abusivas são comuns em quase todos os bancos. Infelizmente. Mas não são naturais. São impostas por direções autoritárias, contra as quais o Sindicato dos Bancários e Financiários de Novo Hamburgo e Região não se cansa de lutar. E assim vem sendo no caso de agências hamburguenses e do Vale do Sinos do Itaú. A direção da entidade está mobilizada para garantir melhores condi-ções de trabalho. Trata-se de situações que não causam prejuízos só aos trabalhadores, mas também aos clientes. A foto que você vê foi feita por dirigentes do sindicato em uma das agências que sofre com a falta de funcioná-rios. Eram mais de 17 horas e ainda havia cerca de 20 pessoas esperando atendimen-to. Inadmissível. Para saber mais sobre o caso do Itaú, o 2ª Via foi conversar com a sindica-

sobre as denúncias.

2ª Via - Quais são as principais denúncias que tem chegado ao sindicato?Noeli Leão - Ouvimos muitos relatos sobre a redução drástica do quadro de funcionários na área operacional, descumprimento do intervalo durante a jornada de trabalho e metas abusivas.

2ª Via - E desde quando a situação se agravou?Noeli Leão - A partir de 2010. Mas piorou consideravelmente no último ano, fazendo

com que boa parte dos colegas desta área não tenham sequer intervalo para o almoço, o que é inadmissível.

2ª Via - Que procedimentos o sindicato tem adotado para coibir abusos por parte do banco? Noeli Leão - Temos produzido material

fazemos manifestações de conscientização da categoria para a importância de denun-ciar e paralisações das agências para chamar a atenção da sociedade.

2ª Via - Além da mobilização, já houve denúncia formal à justiça ou contato com a direção do banco?Noeli Leão - Houve contato com o diretor regional, que encontrou como solução

paliativa deslocar colegas de outras agências para as mais necessitadas. O que não resolve o problema. Na verdade, o que isso faz é gerar um novo problema: a agência de onde o colega era passa a enfrentar as

2ª Via - O que devem fazer os bancários que sofrem com as condições de trabalho nas agências?Noeli Leão - Denunciar sempre ao sindicato; sua identidade é sempre mantida no anoni-mato do denunciante. Sabendo da situação, tomamos as medidas necessárias, que vão de uma solicitação de providências por parte das direções dos bancos, denúncia à justiça, até a radicalização com a paralização das agências.

Banco do Brasil condenado a pagar R$ 50 mil de

indenização por dano moral O Banco do Brasil foi condenado pelo Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (MG) a indenizar, por dano moral, funcionário que sofreu assédio moral na empresa, no valor de R$ 50 mil. O trabalhador alegou ter sofrido violência psicológica extrema enquanto estava doente e o resultado foi seu pedido de demissão. O reclamante pontuou que o banco recusou seus atestados médicos e o encaminhou para o INSS, mesmo sabendo que estava doente. Devido à pressão, retornou ao trabalho, remanejado para função com tarefas de maior esforço físico e perda de vantagens. O banco teria realizado diversos débitos indevidos em sua conta-corrente, creditando e estornando verbas, e deixando de pagar proventos por mais de quatro meses, o que gerou sua inclusão nos cadastros dos órgãos de proteção ao crédito.

DENÚNCIE: (51) 3594-5418 / [email protected]

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as são as principais denúncias que tem chegado à entidade

com que boa parte dos colegas desta área não tenham sequer intervalo para o almoço, o que é inadmissívo que é inadmissívo que é inadmissí el.

paliativa deslocar colegas de outras agências para as mais necessitadas. O que não resolve o problema. Na verdade, o que

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A Campanha Salarial 2012 está nas ruas desde o início de agosto e o Sindicato dos Bancários e Financiários de Novo Hamburgo e Região não poderia

que marcou o início do processo de mobilização no Vale do Sinos, a agência hamburguense do Itaú da Av. Joaquim

todo o dia 07 de agosto. E a opção é simbólica: trata-se de um dos bancos que mais tem abusado dos trabalhadores e descumprido a legislação trabalhista na região. Segundo o coordenador da Secretaria de Imprensa, Divulgação e Mobilização da entidade, Joey de Farias, atividades como essa serão constantes durante a campanha. No dia 08 de agosto, dirigentes de Novo Hamburgo e região foram à Igrejinha e contribuíram com o Sindicato do Vale do Paranhana em atividade que retardou a abertura de agências do Banco do Brasil e do Santan-der.

Comando Nacional Durante a Campanha Salarial 2012, o Sindicato dos Bancários e Finan-ciários de Novo Hamburgo e Região terão um representante no Comando Nacional, que sentará à mesa de negocia-ções com a Fenaban. O coordenador da Secretaria de Saúde e Relação do Traba-lho, Everson Gross, foi eleito suplente durante o congresso da categoria,

PÚBLICOS - Kopper é funcionário do Banco do Brasil e avalia que o resgate da função social dos bancos públicos é uma das bandeiras. “O que ocorre hoje é que o bancário do BB, da CEF e do Banrisul já não é mais percebido como agente envolvido na sociedade. Ele se apresenta e é apresentado como vendedor”, denun-cia. “Uma vez que os bancos, em especial os públicos, miram apenas o atingimento de metas, como se fossem boutiques, acabam por não resolver os problemas afeitos à sociedade. Nós somos bancá-rios, não vendedores; não são sinônimos.”

Atividade no Itaú marca início da Campanha Salarial 2012 na região

Agosto 2012 - Nº 264

Ele e o bancário Artur Kopper, da direção colegiada, representaram a entidade durante o evento. Para Gross, embora a expectati-va para as negociações sempre seja positiva, não está descartada a necessi-dade de ações mais radicais durante a campanha. “Durante o congresso, construímos uma pauta de reivindica-ções muito representativa e não vamos abrir mão de garanti-la”, defende o sindicalista. “Vamos acompanhar as discussões junto ao Comando Nacional e atualizá-las junto aos bancários da região.”

Especial

Sindicalistas mantiveram agência de Novo Hamburgo fechada durante todo o dia. Em Igrejinha, aberturas do Banco do Brasil e Santander foram retardadas.