2a Oficina Relato Abril 2015

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Relato do 2º. Encontro do I curso de formação de novos grupos de c. agroecológicas Em 25/4 aconteceu, com menos gente, em função do novo feriado que aconteceu: estavam Magno (Caxias) Suenya (Rio das Ostras), Cecile Moy (Visconde de Maua) e Fabio;Lucia, com marido, filha e nenen tb de Mauá ; Fátima, Junior e Rayanne (Paraiba do Sul), Raquel (Seropédica), Ailéa com suas filhas,Ambrosina, Anita (nova Iguaçu), Andrea (Mangaratiba e Angra dos Reis), Tais (zona norte do RJ), num total de 15 pessoas. Estavam ainda Ana Carmelita, Beto, Erica, Miriam, Nicole, Rafael, na facilitação, num total de 21 pessoas. O encontro foi muito instigante e o tempo era curto, a necessidade de falar grande. Encerramos já perto das 20:00. a sensação na saída foi de muito subsidio, muito alimento, a ser posteriormente digerido com mais calma. 1. Um primeiro momento introdutório, de conexão com o encontro anterior, focalizando uma conseqüência do tipo de sociedade em que vivemos, que produz uma quantidade crescente de lixo. Diferentemente da publicidade, extremamente valorizada pelo mundo empresarial, que lhe destina enormes verbas e atenções, o lixo é descartado como preocupação, externalizado, como uma questão de governo ou dos individuos. 2.apresentação dos integrantes, a partir do tema (a apresentação mais detalhada será feita por cada cidade/bairro em texto especifico) Ficaram pregnantes dois niveis de ação: iniciativas pessoais e ações coletivas, envolvendo instancias governamentais , judiciário, empresas. Através de Lucia, que trabalha no Inea exatamente sobre este tema para a região sul fluminense, foi possível se ver que legislação existe e o governo federal tem colocado este tema da coleta seletiva em pauta. É algo que vai ser implantado, é uma questão de tempo. Fica claro ainda que estas mudanças foram conquistas do movimento social. Por outro lado, nas apresentações ficou enfatizada a ausência da coleta seletiva ou existir mais como fachada.

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Relato do 2

Relato do 2. Encontro do I curso de formao de novos grupos de c. agroecolgicas

Em 25/4 aconteceu, com menos gente, em funo do novo feriado que aconteceu: estavam Magno (Caxias) Suenya (Rio das Ostras), Cecile Moy (Visconde de Maua) e Fabio;Lucia, com marido, filha e nenen tb de Mau ; Ftima, Junior e Rayanne (Paraiba do Sul), Raquel (Seropdica), Aila com suas filhas,Ambrosina, Anita (nova Iguau), Andrea (Mangaratiba e Angra dos Reis), Tais (zona norte do RJ), num total de 15 pessoas. Estavam ainda Ana Carmelita, Beto, Erica, Miriam, Nicole, Rafael, na facilitao, num total de 21 pessoas.

O encontro foi muito instigante e o tempo era curto, a necessidade de falar grande. Encerramos j perto das 20:00. a sensao na sada foi de muito subsidio, muito alimento, a ser posteriormente digerido com mais calma.

1. Um primeiro momento introdutrio, de conexo com o encontro anterior, focalizando uma conseqncia do tipo de sociedade em que vivemos, que produz uma quantidade crescente de lixo. Diferentemente da publicidade, extremamente valorizada pelo mundo empresarial, que lhe destina enormes verbas e atenes, o lixo descartado como preocupao, externalizado, como uma questo de governo ou dos individuos. 2.apresentao dos integrantes, a partir do tema (a apresentao mais detalhada ser feita por cada cidade/bairro em texto especifico)

Ficaram pregnantes dois niveis de ao: iniciativas pessoais e aes coletivas, envolvendo instancias governamentais , judicirio, empresas.

Atravs de Lucia, que trabalha no Inea exatamente sobre este tema para a regio sul fluminense, foi possvel se ver que legislao existe e o governo federal tem colocado este tema da coleta seletiva em pauta. algo que vai ser implantado, uma questo de tempo. Fica claro ainda que estas mudanas foram conquistas do movimento social.

Por outro lado, nas apresentaes ficou enfatizada a ausncia da coleta seletiva ou existir mais como fachada. Quanto a compostagem, vrios fazem. Fica forte a presena da influencia familiar, para o bem e para o mal, alguns valorizando, outros se contrapondo. Fica visvel um trabalho de perseverana, persuaso. Vrias pessoas do grupo ficam evidentes como exemplos, estmulos, referencias. Praticamente toda(o)s tem h tempos preocupao com o tema, buscando sadas

A coleta de leo foi comentada por muitos, que o entregam ou sabem de postos; poucos no usam leo.

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3.Apresentao das facilitadoras Ana carmelita Lara e Erica Molini, sobre as aes desenvolvidas pela Rede Ecolgica.

Ana carmelita est a frente do reaproveitamento de embalagens,uma subcomisso da logstica, que organiza o retorno de vidros, caixas de ovos, bombonas utilizadas para produtores, no necessariamente os que enviaram os produtos. Este processo nem sempre fcil, mas a maioria dos ncleos tem esta proposta, j que endossar na prtica os 3 Rs faz parte da atuao da Rede Ecolgica, como um dos seus princpios bsicos.Assim os alimentos frescos vem a granel e so buscados em sacolas prprias por toda(o)s. Os pinhes e os aipins chegam em baldes para o espao do mutiro que precede a entrega de secos, e so pesados em quantidades menores no prprio nucleo, e os consumidores trazem seus recipientes. Comentrios de Ana Carmelita: O envolvimento dos participantes do curso, e a conscincia que eles j tm, agindo, foi muito bom de ver.Muitas ideias foram apresentadas em relao a reutilizao e reduo das embalagens e at mesmo uma certa cobrana em relao a compra a granel, vista como alternativa importante a ser mais pensada pela Rede, apesar de nosso argumento relativo ao numero elevado de famlias (aproximadamente 230). Foi revigorante para o trabalho interno na Rede, especialmente no que se refere a esta subcomisso.

Acho importante pensar a questo da reutilizao e reduo (comisso, aes, mtodos) antes de implementar qualquer outro passo, para um futuro grupo de compras coletivas . O que comprar deve vir atrelado a como comprar, em que embalagem comprar, dialogando com o produtor e propondo novas formas de embalar o produto a fim de que esse produto s possa ser consumido se dentro de um padro de embalagem cuja vida util seja longa.

Tambm penso na questo de delegar ao associado a criatividade de sua embalagem, ou seja, a granel e se vc no traz sua embalagem vc no leva o produto. O associado deve ter essa responsabilidade , no s a comisso de logstica.

Como importante aparticipao ativa,e como esses encontros proporcionam o repensar nossos mtodos, afinal somos 11 ncleos e a troca de experiencias entre os ncleos e o exterior deve ser estimulada. E o Curso nos ajuda

Erica Molini, produtora do po da Rede ecolgica, fala de como a associao na Rede a fez aderir aos orgnicos, e a partir de ser produtora, as embalagens viraram uma questo. Queria eliminar o uso de sacos plsticos para os pes, e comeou a pesquisar profundamente o assunto . Em um primeiro momento pensou em trocar o plstico comum pelos chamados Plsticos Verdes que prometiam uma biodegradao. Porm acabou descobrindo que eles apresentam srios problemas.

OPLSTICO VERDE- no um plstico biodegradvel, ou seja, ele no se decompe e, da mesma forma como o plstico comum, polui o meio ambiente do mesmo jeito, alm de ser um pouco mais caro tambm.

OPLSTICO OXIBIODEGRADVEL- a fragmentao em pedacinhos de plstico no o decompe, ele apenas fica invisvel e acaba indo para crregos, rios, lagos, represas e mares, contaminando tudo. Neste sentido, estudos indicam as possibilidades dos resduos serem ingeridos por animais e entrarem na cadeia alimentar, o que pode causar risco de contaminao, inclusive para o homem.

OPLSTICO BIODEGRADVEL(COMPOSTVEL) so plsticos produzidos a partir do milho. Para se tornar biodegradvel, esse novo plstico contm metais pesados, como chumbo.

Falou da sada do celofane feito de celulose, tendo conseguido encontrar um produtor em SP, a empresa Nelxon que produz papel celofane de celulose para embalar pes, e com isto pede alguns pequenos cuidados, para manter o po macio, armazen-lo em recipiente com tampa na geladeira. Est dando certo.

Ainda no a soluo ideal porque envolve um plantio crescente de eucaliptos.Tambm foi citada a bandeja dos cogumelos, que levaram a uma suspenso temporria da compra, e que a partir da pesquisa de outra associada (Mariana do Valle (Niteri), da comisso de educao alimentar) nos trouxe a indicao de onde encontrar as bandejas feitas de mandioca, biodegradveis, que passaram a ser utilizadas, ficando entretanto os produtos mais caros.

Ainda outra proposta de reaproveitamento foi o caderno ecolgico, que erica trouxe como exemplo, com suas folhas dobradas, capas reutilizadas,criatividade, ensejando oficinas que so muito bem avaliadas.

Finalmente, Miriam trouxe a experincia vivida na Urca com o motorista Antunes, de encaminhar materiais valiosos deixados na rua, assim como os mais variados objetos, roupas, etc, h anos, para produtores do assentamento com o que a Rede compra, sendo tambm distribudos entre outros na regio.

4 momento : o ppt (em anexo), sendo seguido por discusso de 4 subgrupos que trabalharam sobre os seguintes temas: Alimentao, transporte, comemoraes e brinquedos.

A seguir, os resultados foram includos em um quadro relativo aos 3 rs, que segue:

REDUZIRREAPROVEITARRECICLAR

- Reduo de laticnios (embalados) e outros processados

- Desligar a televiso

- Reorganizar prioridades

- Uso de bicicletas compartilhadas (tipo Ita)

- Carona solidria / carro comunitrio

- Reduzir uso do petrleo

- Reduzir o tamanho do automvel

- Troca de roupas e acessrios

- Horas na frente do computador/TV etc..- Identificar possveis usurios (produtores) de embalagens reutilizveis. / Artesanatos

- Confeccionar sacolas e novas embalagens com as embalagens usadas.

- Repassar a sabedoria do uso dos alimentos.

- Utilizar pneus para parquinhos infantis, criao de hortas e floreira.

- Pneus para muro de conteno.- Mveis e utenslios de cozinha com materiais de carros velhos.

- Reutilizao de leo de cozinha para abastecer o carro.

- Cala jeas se transforma em: bolsa; colcha; bermuda; pano de limpeza; brinquedo

- Reciclagem natural: compostagem

- Reciclar polticas e polticos ineficientes

- Reciclar em locais autorizados: eletrnicos, lmpadas fluorescentes, pilhas e baterias.

Ficou muito claro que a reciclagem um outro modelo, um outro conceito, que em sua maioria supe o descartvel. a compostagem, sim, como um processo de transformao natural, mas a reciclagem industrial envolve necessariamente um grande ataque ao meio ambiente. Foi interessante que surgiram questes mais qualitatitvas ligadas ao tempo e a disponbilidade, como se os objetos entrassem na medida em que as pessoas esto voltadas para outras coisas, e tentam atenuar sua falta. Isto especialmente na relao entre pais e filhos, marcada por um consumismo crescente.

veio um questionamento muito profundo e dificil: poder estar junto, se dedicar, fazer coisas, simplificar a vida. este foi um recado muito forte, que algumas pessoas do grupo vivem na prtica.5 momento: O lanche tambm foi um momento de troca gostosa, desta vez poucas frutas, mas bolos, antepasto de berinjela, sucos . e apareceu o maravilhoso pinho.

6 momento: Nicole Doerrzapf, associada da Rede, abordando o sitio quaresmeiras e especialmente sua experincia com reaproveitamento acontecendo na feira, reeducando cestantes, e tambm em sua casa,nos menores detalhes.(ppt em anexo)

Foram entregues pendrives para os alunos presentes, alm de uma sacola do projeto alimentos saudveis mercados locais, em que constava a chamada X saco Plstico!

(em anexo o ppt x saco Plstico!), que no deu tempo para ser apresentado.

Muito material, muitas idias, agora partir para a ao para os que ainda esto pouco nela!