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B O L E T I M
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128 N ú M E r O d O d I a
500 milhõesde euros é o custo estimado da reforma do Santiago Bernabéu,
estádio do Real Madrid
O f E r E c I M E N T O
Com Esporte Interativo, Liga tem futuro “incerto”
por ErICH BETING
O Esporte Interativo ven-ceu a concorrência para a TV fechada e internet e será, no próximo triênio (2015/16 a 2017/18) o de-tentor exclusivo dos direitos de transmissão da Liga dos Campeões da Europa.
A surpreendente vitória do canal, que usou a força do grupo Turner para ba-ter o consórcio formado por ESPN e Sportv, colo-ca em dúvida o futuro da transmissão da principal competição entre clubes na TV fechada no Brasil.
Atualmente, o EI não tem um canal de TV fechada com alcan-ce nacional. Até hoje, a emis-sora usava o sinal das antenas parabólicas para transmissões, além do canal Esporte Intera-tivo Nordeste, na TV fechada, mas de alcance regional.
A vitória do EI coloca dife-rentes cenários para a Liga dos Campeões no país. O primeiro deles é a emissora negociar
diretamente com as operado-ras para que passe a ter um canal, em processo semelhan-te ao feito pela Fox em 2012, quando lançou o Fox Sports.
Outra possibilidade é a emis-sora usar os canais da Turner (como o Space) para exibir os jogos. A terceira opção, pouco provável, seria compartilhar os direitos com outros canais.
A quarta possibilidade é usar os direitos para turbinar o EI Plus, que funciona num
sistema similar ao Netflix, com a cobrança de mensalidade para ter acesso ao conteúdo em plataformas móveis. Esse modelo seria a alternativa mais radical, uma vez que represen-taria romper com o modelo vigente de TV paga no país. De qualquer forma, o uso do EI Plus deverá acontecer paralela-mente à transmissão pela TV.
A Globo e a Band seguem como emissoras responsáveis pelos jogos da TV aberta.
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Santos celebra acordo, mas corre com contrato curto
por duda lopEs, dE saNTos (sp)
Santos e Huawei convocaram a imprensa e usaram jogadores para promover o patrocínio ao clube. Edu Dracena, Robinho e Gabriel vestiram a nova camisa para fotógrafos. A pompa do evento, no entanto, não con-diz com o acordo assinado. Pelo menos por enquanto.
No anúncio oficial, o presiden-te do clube, Odílio Rodrigues, explicitou o caráter pontual do negócio. A marca ficará no uni-forme só nos dois jogos contra o Cruzeiro pela semifinal da Copa Sadia do Brasil e na partida con-tra o Internacional, pelo Brasileiro.
Assim, o evento foi mais gran-dioso do que um patrocínio pon-tual convencional, porque ambas as partes não entendem que o acordo ficará como está assina-
do atualmente. Pelo menos até o fim deste ano, a pror-rogação já está apalavrada. “Eles não vão anunciar nada antes de assinar”, ratificou o gerente de marketing do Santos, Fernando Montana.
O mais provável é que a empresa use esse primeiro período como uma espécie de teste no Brasil. A marca chinesa tem investido em esportes populares ao redor do mundo, principalmente no futebol, mas nunca fez um investimento do gênero no país. E esse momento de des-coberta do mercado brasilei-ro começou com a apresenta-ção da Huawei no CT santista, com Robinho e Cia. divulgan-do o evento, algo bem maior do que um acordo pontual.
a Huawei atua há mais de 15
anos no Brasil, mas, na maioria
das vezes, tem a área corporativa
como cliente, com produtos que
envolvem transmissões e serviços
de comunicação. agora, o foco
passa a ser o consumidor final.
É nesse cenário que entra o pa-
trocínio fechado com o Santos.
“Queremos tornar a marca mais
conhecida do público final. Pode-
mos futuramente fazer ações com
clientes, mas o foco é a lembran-
ça de marca”, resumiu o gerente
comercial da Hauwei, daniel dias.
a estratégia se assemelha mais,
portanto, ao que a empresa faz
com o atlético de Madrid. O atual
campeão espanhol já usou pon-
tualmente a marca chinesa no es-
paço máster e hoje a mantém de
forma mais discreta, na manga do
uniforme nos jogos do Espanhol.
EmprEsa busca rEconhEcimEnto
dE marca para consumidor final
Erich Beting é diretor da Máquina do Esporte
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A emblemática conquista pelo Es-porte Interativo dos direitos de TV fechada da Liga dos Campeões reve-la uma nova ordem no mercado de transmissão do esporte: a internet vem ganhando cada vez mais peso.
Dois fatores fazem com que a esco-lha da Uefa pelo EI não represente grande mudança na TV paga. O pri-meiro é o mercado de televisão no país. Tendo ao lado o grupo Turner, o alcance do canal se torna pratica-mente igual ao de ESPN e SporTV.
O segundo é o próprio evento em si. A força da Liga dos Campeões no Brasil faz com que o torneio seja procurado pelo torcedor indepen-dentemente do veículo que o exiba.
O que muda realmente a situação é a força que o Esporte Interativo tem na internet e nos meios digitais.
Desde a concepção do canal, em 2007, o foco foi promover o cresci-mento do EI em outras plataformas além da TV. Isso transformou a em-presa no maior colosso da internet
entre as emissoras de TV do país. Além de líder no Facebook, com mais de 9,5 milhões de fãs, o uso da plataforma de transmissão pelo EI Plus a coloca entre as mais moder-nas emissoras de esporte do mundo.
A maior revolução provocada pela internet é que o consumo se tornou sob medida. Na hora e local que a pessoa determinar, no meio que ela escolher. No Brasil, hoje, só há uma emissora que atenda a esses requisi-tos. A Uefa percebeu isso.
Mudança na Liga dos Campeões revela fortalecimento da internet
por rEdação
O Real Madrid divulgou nesta ontem a assina-tura de um contrato de longo prazo com a IPIC (International Petroleum Investment Company), que irá ajudar na reforma do estádio Santiago Bernabeu. A parceria entre IPIC e Real Madrid representa a união de dois gigantes em seus se-tores. O fundo de investimentos possui ativos de R$ 173 bilhões. Mais rico clube do futebol mun-dial, Real Madrid faturou R$ 1,77 bilhão em 2013.
O acordo inclui ações com o acervo do Museu do Real Madrid pelo mundo, além do licencia-mento de escolas de futebol do clube nos Emira-dos Árabes e em outros países a serem divulga-dos, conforme interesse dos parceiros. “A partir de hoje, a IPIC se torna um parceiro fundamental que ajudará a fortalecer a marca do Real Madrid”, disse o presidente do clube, Florentino Perez.
No início do ano, Perez divulgou o projeto de
reforma do estádio. O plano prevê a construção de teto retrátil, hotel e complexo comercial e de lazer. A reforma irá custar entre R$ 1,3 bilhão a R$ 1,6 bilhão. O Real Madrid negociava com dez em-presas um contrato de naming right, que ainda não está descartado após o acerto com a IPIC.
“Esse acordo vai permitir ao Real Madrid cons-truir a maior instalação esportiva do mundo”, afirmou Khadem Al Qubaisi, diretor da IPIC.
da rEdaçÃO
Real Madrid fecha com fundo de Dubai para reformar Santiago Bernabéu
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por adalBErTo lEIsTEr fIlHo
Um grupo de atletas da NFL, a liga de futebol americano, participa de campanha contra a violência doméstica. O vídeo gravado começou a circular pelas redes sociais na semana passada e conta com a parti-cipação de astros como Eli Manning (quarterback do New York Giants), Cris Car-ter (ex-jogador do Minnesota Vickings) e Jason Witten (tight end do Dallas Cowboys).
As peças também estão sendo veiculadas nos intervalos comer-ciais das partidas da NFL e são encerradas com uma mensagem pela paz: “Juntos pode-mos dar fim à violência
e à agressão sexual”.A participação dos atletas é
uma reação à morosidade com que a direção da NFL puniu Ray Rice, running back do Baltimo-re Ravens, flagrado em vídeo agredindo a mulher, Janay Pal-mer no elevador do Revel Hotel and Casino, em Atlantic City. Em fevereiro, ele deixou a noi-va inconsciente ao dar-lhe um soco. A direção da liga só pu-niu Rice após o vídeo se tornar público, expulsando-o definiti-vamente da NFL. O problema é que a liga já sabia do caso, o que quase derrubou seu CEO.
A campanha começou mês passado, com anúncios prota-gonizados pelos atores Cour-
teney Cox (a Monica Geller da sitcom Friends) e Ice-T (o detetive Fin Tutuola da série Law & Order SVU), entre outros. Os filmes foram dirigidos por Mariska Hargitay, a Olivia Benson de Law & Order SVU. As peças foram postadas na página do Youtu-be da Joyful Heart, fundação de apoio a mulheres vítimas de estupro, mantida pela atriz.
“É um grande pas-so em direção à mu-dança. Se os craques da NFL falam sobre isso, serão inspiração para garotos pensa-rem de uma nova ma-neira”, afirmou Hargitay.
Após escândalo, atletas da NFL pedem fim de violência