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28 de Novembro de 2014 O conteúdo das matérias é de inteira responsabilidade dos meios de origem A missão da ADIMB é a de promover o desenvolvimento técnico-científico e a capacitação de recursos humanos para a Indústria Mineral Brasileira EXECUTIVOS DO SETOR MINERAL VEEM COMO POSITIVA NOVA EQUIPE ECONÔMICA A escolha da equipe econômica do próximo governo de Dilma Rousseff, com Joaquim Levy e Nelson Barbosa, foi avaliada como positiva por executivos do setor mineral, embora eles afirmem que o crescimento da área depende também do cenário de mercado global. Luiz Eulálio Terra, diretor da Pedreira Embu, afirmou, nesta quinta-feira, durante o Fórum Brasil Mineral, em São Paulo, que "sem dúvidas, a indicação da equipe econômica pode mudar para melhor o cenário para 2015 para o setor mineral". Na avaliação do executivo da Embu, que atua fortemente no setor de agregados minerais para construção, não somente o ramo de agregados, mas toda a indústria mineral voltada à construção pode ser beneficiada. Para ele, a atividade de construção vem enfrentando uma fase pior no país por causa de falta de confiança. "Isso mudando, com equipe com diretrizes mais ortodoxas, [o setor] pode ser melhorado", afirmou, acrescentando que o país tem condições de investimento para o crescimento na área. Um pouco menos otimista, Paulo Libânio, diretor da empresa australiana Ausenco, que atua em engenharia e tecnologia mineral, afirmou que a indicação da nova equipe é "bem-vinda, mas não é o suficiente" para uma melhora do setor. Na visão dele, além da questão da confiança, o faturamento do setor não depende apenas de um posicionamento interno, ainda que ele avalie que uma clareza maior em relação ao direcionamento econômico favorece o setor. "Quanto menos desinformação e quanto menos dúvidas, melhor para o setor", disse. Como exemplo, citou a demora com o código da mineração no país. "Acho que é positivo, mas ainda insuficiente", reforçou, sobre a nova equipe. "Na base da receita, estaremos muito dependendo do mercado, crescimento chinês, entrada de alguns e saída de outras empresas do mercado", disse. Autores: Olivia Alonso e Ivo Ribeiro Fonte: Valor Econômico Data: 27/11/2014

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28 de Novembro de 2014 O conteúdo das matérias é de inteira responsabilidade dos meios de origem

A missão da ADIMB é a de promover o desenvolvimento técnico-científico

e a capacitação de recursos humanos para a Indústria Mineral Brasileira

EXECUTIVOS DO SETOR MINERAL VEEM COMO POSITIVA NOVA EQUIPE

ECONÔMICA A escolha da equipe econômica do próximo governo de Dilma Rousseff, com Joaquim Levy e Nelson Barbosa, foi avaliada como positiva por executivos do setor mineral, embora eles afirmem que o crescimento da área depende também do cenário de mercado global. Luiz Eulálio Terra, diretor da Pedreira Embu, afirmou, nesta quinta-feira, durante o Fórum Brasil Mineral, em São Paulo, que "sem dúvidas, a indicação da equipe econômica pode mudar para melhor o cenário para 2015 para o setor mineral". Na avaliação do executivo da Embu, que atua fortemente no setor de agregados minerais para construção, não somente o ramo de agregados, mas toda a indústria mineral voltada à construção pode ser beneficiada. Para ele, a atividade de construção vem enfrentando uma fase pior no país por causa de falta de confiança. "Isso mudando, com equipe com diretrizes mais ortodoxas, [o setor] pode ser melhorado", afirmou, acrescentando que o país tem condições de investimento para o crescimento na área. Um pouco menos otimista, Paulo Libânio, diretor da empresa australiana Ausenco, que atua em engenharia e tecnologia mineral, afirmou que a indicação da nova equipe é "bem-vinda, mas não é o suficiente" para uma melhora do setor. Na visão dele, além da questão da confiança, o faturamento do setor não depende apenas de um posicionamento interno, ainda que ele avalie que uma clareza maior em relação ao direcionamento econômico favorece o setor. "Quanto menos desinformação e quanto menos dúvidas, melhor para o setor", disse. Como exemplo, citou a demora com o código da mineração no país. "Acho que é positivo, mas ainda insuficiente", reforçou, sobre a nova equipe. "Na base da receita, estaremos muito dependendo do mercado, crescimento chinês, entrada de alguns e saída de outras empresas do mercado", disse. Autores: Olivia Alonso e Ivo Ribeiro Fonte: Valor Econômico Data: 27/11/2014

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CARVÃO MINERAL A salvação energética?

"Está na hora de admitir que a pobreza energética é uma das crises mais sérias que enfrentamos e de rejeitar o alarmismo climático que paralisa as soluções para acesso à energia, que pode melhorar a saúde, a longevidade e a qualidade de vida para dezenas de milhões de cidadãos no mundo", disse o Presidente e CEO da Peabody Energy, Gregory H. Boyce. "A melhor maneira de reduzir o gás carbônico e promovero desenvolvimento humano é acelerar a utilização de tecnologias avançadas de carvão mineral, que garantem aperfeiçoamentos contínuos para o meio ambiente", declarou. As Nações Unidas porpuseram há mais de 10 anos os chamados "Objetivos do Milênio", que tinham como meta reduzir a pobreza pela metade até 2015. Entretanto, uqase chegando ao prazo final, 3,5 bilhões de pessoas no mundo ainda vivem sem acesso à energia. Bilhões de pessoas na Ásia Meridional e na África Subsaariana passam seus dias procurando por madeira ou biomassa para servir como combustível para cozinhar ou aquecer residências. Além de energia e fome, outro grave problema constatado ainda hoje são as emissões de carbono. "Pessoas razoáveis podem discordar da urgência de resolver os problemas causados pelo gás carbônico, mas ninguém pode questionar a crise que vivemos, quando mais de 4 milhões de pessoas morrem anualmente por causa da poluição do ar no interior de suas casas, em consequência da pobreza energética, disse Boyce. "Se estamos realmente a fim de ajudar as populações empobrecisas, então devemos apoiar atividades que garantem energia de baixo custo em abundância para bilhões de pessoas no mundo que não a têm. Conforme os formuladores de política no mundo consideram ações de longo prazo para a energia, é encorajador saber que mais nações estão se dando conta do dano causado às pessoas por causa de políticas sofríveis para o gás carbônico, apresentando liçõesimportantes para os líderes dos EUA e do mundo", afirmou. Para combater as emissões de gás carbônico, alguns países têm adotado medidas, como a Austrália, por exemplo, que revogou a tributação por emissão de gás carbônico. O primeiro-ministro australiano considerou "um imposto inútil e destrutivo, que prejudicou emprego, aumentou o custo de vida das famílias e realmente não ajudou o meio ambiente". Já o Japão investiu no apoio a centrais elétricas movidas a carvão mineral - seja no seu território ou em outros países - e propôs uso maior da tecnologia avançada de carvão mineral, que reduz as emissões de dióxido de carbono. O governo indiano comprometeu-se a disponibilizar eletricidade a todas as residências até 2022, enquanto a China está implantando tecnologia para reduzir as emissões. O país asiático é o maior usuário de carvão mineral do mundo. O Canadá está reduzindo as emissões sem uma tributação punitiva por emissão de gás carbônico; Já a estratégia de energia renovável da Europa está diminuindo, porque o continente está ameaçado pelas dificuldades de segurança energética da Rússia. "No momento em que o mundo está colocando em operação uma nova usina termelétrica a carvão, de 500 MW a cada três dias, as propostas para se desfazer dos combustíveis fósseis, de uma pequena parcela de investidores globais, são equivocadas e contra os pobres" disse Boyce. "Todos os investidores deveriam propor um uso mais avançado do carvão mineral, para aliviar a pobreza energética e impulsionar ganhos ambientais consideráveis." "Temos preocupações profundas com políticas de energia imperfeitas, elaboradas para eliminar eletricidade limpa e eficiente do carvão mineral, que abastece mais de 40% da energia nos EUA e tem, progressivamente, menos emissões", disse Boyce. O carvão mineral deve alimentar mais

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crescimento energético do que qualquer outro combustível nos próximos 20 anos, com base no atual cenário da política da Agência Internacional de Energia. Mias de 70 milhões de pessoas devem se mudar para as cidades a cada ano, até 2020, conforme as populações continuam a lutar contra a pobreza migrando para os centros urbanos. O carvão mineral é a forma de geração de eletricidade mais barata e mais confiável para atender cada vez mais às necessidades crescentes de energia. Segundo projeções, o carvão mineral deve superar o petróleo nas próximas décadas como maior fonte de energia em todo o mundo. Fonte: Brasil Mineral Data: Edição Outubro de 2014 - Nº 345

NOVO CENÁRIO DE ALTA NA OFERTA DE AÇO EXIGE ADAPTAÇÃO, DIZ GERDAU O presidente da siderúrgica Gerdau, André Gerdau Johannpeter, afirmou na manhã desta terça-feira, em reunião com analistas e investidores promovida pela Apimec, em São Paulo, que a empresa está adaptando todos os negócios à nova situação de alta na oferta de aço. Também participa do encontro o diretor vice-presidente-executivo da companhia, André Pires. No segmento de minério de ferro, a companhia diz que sempre buscou ser autossuficiente em minério de ferro, até que iniciou a comercialização da commodity. “Revisamos nosso projeto de minério frente ao cenário atual de consumo e preço. Somos bastante competitivos e, se os preços voltarem [a patamares mais altos], vamos exportar. Caso contrário, teremos um ativo muito bom”, disse o presidente. Segundo ele, a Gerdau não tem compromisso de longo prazo nesse segmento, o que dá flexibilidade para entrar e sair no negócio de exportação de minério. Consumo A siderúrgica Gerdau tem pouca visibilidade sobre as perspectivas do consumo dos seus produtos no Brasil em 2015, de acordo com André Pires, diretor vice-presidente-executivo da companhia. A situação segue o cenário econômico nacional. Quando o foco é a América do Norte, um dos principais mercados da companhia, a situação é diferente, como afirma o executivo. “Todos os indicadores da América do Norte, econômicos e de consumo de aço, continuam positivos. Aguardamos investimentos em infraestrutura, que dependem do governo”, diz Pires. O desafio do setor é o excesso da capacidade instalada, em que um terço fica parada e gera sobra de aço. Sobre os mercados em que a Gerdau atua, o presidente da companhia, André Gerdau, afirma que existe perspectiva de avanço mais forte nos países desenvolvidos, mas que há crescimento inclusive nos emergentes. “Temos forte perspectiva de crescimento nos Estados Unidos. No Brasil, o cenário vai continuar desafiador, o que afeta principalmente os segmentos de construção e automotivo. Na Europa, o ritmo de crescimento é lento e gradual. Acompanhamos de perto o crescimento econômico e adaptamos nossas operações”, diz o executivo. Autor(a): Daniela Meibak Fonte: Valor Econômica Data: 25/11/2014

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DUSOLO INICIA PRÉ-PRODUÇÃO E CAMPANHA DE SONDAGEM EM BOMFIM

A DuSolo Fertilizers informou ontem (24) que iniciou a pré-produção de fertilizante natural de aplicação direta (DANF, na sigla em inglês) no projeto

Bomfim, em Tocantins. A companhia também começou a campanha de sondagem de 2 mil metros no projeto, com o objetivo de aumentar os recursos

atuais com áreas que possuam recursos com alto teor. De acordo com comunicado enviado ao mercado, a DuSolo iniciou a primeira fase da pré-produção de DANF em 14 de outubro, por meio da cava a céu aberto no alvo Santiago, que faz parte de Bomfim. A companhia extraiu 10.384 toneladas de fosfato de alto teor, ou seja, com mais de 15% de pentóxido de fósforo (P2O5). Do total, 3.408 toneladas foram processadas em três produtos com teores diferentes: 1.155 toneladas com 18% de P2O5; 1.453 toneladas com 15% de P2O5; e 800 toneladas com 12% de P2O5. A DuSolo disse que, em 13 de novembro, interrompeu suas atividades de mineração, como escavação e transporte, devido ao período de chuvas. A companhia canadense disse que o material escavado continuará a passar por beneficiamento e será estocado no depósito do site de Bomfim assim que as condições meteorológicas permitirem. O preço pelo produto DANF finalizado foi calculado pela DuSolo em uma média de R$ 255 por tonelada. A empresa disse que pretende vender todo o material escavado restante no fim da temporada de plantio de 2014 e no primeiro trimestre do ano que vem. A DuSolo disse que recebeu uma demanda crescente por produtos DANF e informou que terá fortes vendas durante as temporadas de plantio no ano que vem, que vão de fevereiro a abril e de agosto a novembro. Com a demanda mais forte, a empresa canadense decidiu implementar melhorias em suas instalações de processamento. A expectativa da DuSolo é que essas melhorias dupliquem a capacidade de produção de DANF de 80 mil toneladas por ano para 160 mil toneladas na metade do primeiro trimestre de 2015. Para alcançar essa capacidade, a companhia agendou a instalação de três novos moinhos de martelo em conjunto com melhorias na infraestrutura de eletricidade, instalações adicionais de correias transportadoras e um novo depósito para material estocado. O custo estimado pela DuSolo foi de US$ 1,5 milhão. “Nós conseguimos executar o ramp up de nossas operações e alcançar as metas de produção, apesar dos desafios da temporada de chuvas. Devido à resposta positiva do mercado e a previsão de fortes vendas de DANF na temporada de plantio do ano que vem, estamos empenhados em completar as melhorias na planta o mais rápido possível”, disse Eran Friedlander, presidente e CEO da DuSolo. A Geomina Sondagens, companhia brasileira, foi contratada para realizar a campanha de sondagem de 2 mil metros no projeto Bomfim. Vão ser 900 metros de sondagem de circulação reversa de 1,1 mil metros de sondagem adamantada. A análise das amostras vai ser realizada pela SGS Geosol. A campanha foi projetada para identificar áreas de alto teor adicionais e para que a equipe técnica da DuSolo possa avaliar melhor o potencial geral do projeto. A empresa tem uma estratégia a longo prazo de implementar o desenvolvimento da segunda fase da produção em Bomfim, que implicará no uso de flotação.

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De acordo com dados da Coffey Mining, compilados em janeiros deste ano, o alvo Santiago possui um potencial de exploração adicional de 10 milhões a 20 milhões de toneladas com teor de 5,5% a 10% de P2O5. Fonte: Notícias de Mineração Brasil Data: 25/11/2014

BHP PREVÊ EXCESSO DE OFERTA E MAIOR QUEDA NOS PREÇOS

A BHP Billiton, número um mundial da mineração, estima que a oferta de minério de ferro vai exceder a demanda por vários anos e definiu a estratégia para se expandir em atividades mais lucrativas como petróleo e cobre. Em entrevista ao Valor, o presidente executivo, Andrew Mackenzie, evitou fazer projeção de preço no curto prazo para o minério de ferro, mas destacou que a evidencia é que o valor do produto está se achatando na medida em que mais oferta de baixo custo é adicionada no mercado. O executivo disse que Billiton previu e se preparou para essa situação e que elaborou uma estratégia para ser um produtor de menor custo ainda, completando: 'so far so good ('até agora, tudo bem'). A produtividade de suas operações de minério de ferro na Austrália ocidental aumentou 20%, segundo a companhia. Somente este ano, o preço do minério declinou 48%, em parte por causa da desaceleração da economia da China. Mas a expectativa é de que a cotação continue caindo no ano que vem. Na entrevista a margem do G-20, onde integrou uma delegação do setor privado que foi conversar com chefes de Estado, Mackenzie disse que a BHP Billiton não tem feito grandes investimentos em minério de ferro desde 2009. E que desde 2011, a companhia mudou seus investimentos de longo prazo para petróleo e cobre. Como outras companhias de recursos naturais, a BHP Billiton procura reduzir custos para reforçar seu balanço e garantir melhor rendimento aos investimentos, mesmo com a situação atual do minério de ferro, que representa 50% de seu faturamento. Ontem, na assembleia geral da BHP Billiton, em Adelaide, Mackenzie anunciou o plano de submeter aos acionista, em maio, a separação de seus ativos entre o que é central e o que não é. A companhia manterá quatro pilares - minério de ferro, carvão, petróleo e cobre -, com potássio como possivelmente o quinto elemento. Outras commodities, incluindo alumínio, manganês, prata e níquel, deverão integrar uma nova companhia que analistas financeiros estimam poder valer US$ 16 bilhões. A nova companhia será o maior produtor mundial de manganês e terá a maior mina de prata. Mackenzie disse, em Adelaide, que a BHP continua a obter "lucro decente", apesar de queda de preços das commodities. Autor(a): Assis Moreira Fonte: Valor Econômica Data: 21/11/2014

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PETROBRAS ENCOLHE R$ 200 BI SOB DILMA Em quatro anos, valor da estatal caiu de R$ 380,2 bilhões para R$ 179,6 bilhões;

Vale apresentou segunda maior desvalorização. O maior crescimento foi da Ambev, de R$ 120,4 bi

A Petrobras é a empresa que apresenta a maior queda em valor de mercado durante o governo da presidente Dilma Rousseff. Envolvida em escândalos de corrupção e com problemas de caixa devido ao represamento do reajuste de combustíveis, a estatal teve uma perda de R$ 200,6 bilhões no período, segundo estudo da Economatica. No fim de 2010, estava avaliada em R$ 380,2 bilhões, valor que caiu para R$ 179,5 bilhões em 24 de novembro de 2014. A segunda companhia com maior desvalorização é a Vale, com perda de R$ 159,3 bilhões no período. A queda acumulada das 15 empresas analisadas é de R$ 583,2 bilhões. No mesmo período, as 15 empresas em destaque que tiveram valorização do valor de mercado cresceram R$460,7 bilhões. Petróleo e gás e siderurgia e metalurgia são os dois setores com mais representantes entre as maiores quedas, com três empresas cada. O setor bancário tem dois representantes. O Santander Brasil apresentou queda de R$ 29,87 bilhões, enquanto o Banco do Brasil teve baixa de R$ 9,35 bilhões do valor de mercado no período. Já o maior crescimento no período foi apresentado pela Ambev, de R$ 120,4 bilhões. Na segunda colocação, o Bradesco apresentou expansão de R$ 55,5 bilhões. Entre as 15 companhias com maior expansão, há três empresas de alimentos e bebidas, três de telecomunicações e duas do setor bancário. A Economatica calculou a variação nominal do valor de mercado de 272 empresas de capital aberto brasileiras presentes no mercado. Fonte: Read Metro Data: 26/11/2014

ATIVIDADE FRACA E TENSÃO EXTERNA ABATEM LUCRO DE EMPRESAS ABERTAS No terceiro trimestre deste ano, as empresas de capital aberto acusaram o golpe desferido por renovados sinais de fraqueza da economia brasileira e pela ausência de perspectivas para 2015, ano subordinado ao resultado da eleição presidencial que teria desfecho apenas no final de outubro. E mesmo agora, meados de novembro e com a confirmada reeleição de Dilma Rousseff, a expectativa com o primeiro ano do segundo mandato da presidente é intensa porque pouco (ou nada) se sabe a respeito de planos traçados para a reestreia. O terceiro trimestre também foi marcado por revisões de estimativas de expansão para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano e do próximo; por anúncio feito pelo Federal Reserve para projeções de taxas de juro em 2015 e 2016 e que, mesmo mantendo parâmetros historicamente baixos, pressionaram o dólar frente a outras moedas; e pela divulgação de dados mais fracos de

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atividade na China – fator adicional a contribuir para a escalada do dólar. O dólar disparou no mercado internacional e também no Brasil. As commodities apanharam. A lucratividade consolidada de 355 empresas de capital aberto no terceiro trimestre deste ano comparada a igual período de 2013 caiu 40,4%, sendo que apenas uma, a Vale, contribuiu substancialmente para esta baixa. Descontando o prejuízo da mineradora no terceiro trimestre, o prejuízo consolidado das empresas recuou 13,07%. Levantamento da Economática mostra que o lucro acumulado pelas 355 companhias no terceiro trimestre de 2014 foi de R$ 22,4 bilhões contra R$ 37,6 bilhões em igual período no ano de 2013, queda de R$ 15,21 bilhões. A Vale teve prejuízo de R$ 3,38 bilhões no terceiro trimestre desde ano, contra lucro de R$ 7,94 bilhões em período idêntico de 2013. Excluindo a mineradora, o lucro de 354 empresas totalizou R$ 25,8 bilhões no terceiro trimestre deste ano contra R$ 29,7 bilhões no terceiro trimestre do ano passado – queda de 13,07%. Em função do desempenho da Vale, o setor de Mineração foi o que apresentou pior desempenho no trimestre, seguido pelo setor de Energia Elétrica representado por 40 empresas que, de julho a setembro deste ano, acumularam prejuízo de R$ 326 milhões contra lucro de R$ 3,44 bilhões no terceiro trimestre de 2013. Entre as 10 maiores perdas em lucratividade têm empresas do setor de Construção e Papel e Celulose, mostra a pesquisa elaborada por Einar Rivero, gerente de Relações Institucionais da Economática. Na ponta oposta, o setor Bancos – representado por 25 instituições – é o que apresenta melhor resultado no terceiro trimestre deste ano, com lucro consolidado de R$ 14,7 bilhões contra R$ 12,5 bilhões em 2013, com crescimento de 17,68%. Alimentos e Bebidas, com 16 empresas, teve lucratividade ampliada em 49,78%, para R$ 4,37 bilhões no terceiro trimestre deste ano. Em tempo: Ao lado de cinco Bancos, e empresas de Alimentos e Bebidas, isto é, dos setores mais lucrativos entre o terceiro trimestre de 2013 e o terceiro de 2014, a Economática identificou uma Seguradora e uma operadora de Cartões de Crédito e mais uma de Telecomunicações. Fonte: Valor Investe Data: 17/11/2014

ESTUDO APONTA PARA RISCOS DE RADIAÇÃO NO PROJETO DA USINA DE URÂNIO

NO CEARÁ Com a estimativa de uma vida útil de apenas vinte anos, o empreendimento

objetiva a exploração urânio e fosfato em Santa Quitéria Orçado em R$ 870 milhões, o projeto Santa Quitéria prevê a mineração de urânio e fosfato no município de Itataia, localizado na Região Central do Ceará, a 220 quilômetros de Fortaleza. Se as licenças da chamada Usina de Itataia forem concedidas em 2015, as obras devem começar em 2016 e a operação em 2018. O caso vem sendo estudado pelo núcleo tramas da Universidade Federal do Ceará (UFC). As pesquisas constataram uma série de irregularidades no estudo de impacto ambiental apresentado, entre elas, a ausência de licenciamento nuclear, de informações sobre a contaminação radioativa no processo de mineração, de planos de segurança em casos de acidente e normas de proteção aos direitos e à saúde dos trabalhadores e das comunidades da região.

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Custo-benefício Com a estimativa de uma vida útil de apenas vinte anos, o empreendimento objetiva a exploração urânio e fosfato e vem sendo proposto por um consórcio formado pela Indústrias Nucleares do Brasil (INB) e o grupo privado Galvani. Além de outros fatores, as pesquisas alertam para o risco da formação de pilhas de dejetos da mineração, com cerca de 90 metros de altura, que ficarão expostas a céu aberto mesmo após os vinte anos de exploração da mina, provocando ameaça de vazamentos e de dispersão do material via ação dos ventos e das águas. Fonte: Tribuna do Ceará Data: 20/11/2014

EDITORIAL BRASIL MINERAL Mineração muda a Amazônia

Em algumas poucas décadas, a região amazônica se transformou no segundo maior pólo mineral do País, estando próximo de se igualar ou suplantar Minas Gerais - ainda o carro-chefe em termos de valor da produção - onde a atividade se desenvolve por mais de três séculos. Em minério de ferro, por exemplo, apenas em duas unidades de produção (os complexos de Carajás e o projeto S11D, em implantação), a Amazônia deverá responder, até 2020, por uma produção anual da ordem de 230 milhões de toneladas, o que equivale a mais da metade de toda a produção brasileira atual. Estão também na Amazônia as duas principais unidades produtoras de manganês. Além disso, a região é o principal produtor de bauxita, matéria-prima para a produção de alumínio, sendo ainda líder na produção de alumina e tendo participação importante na produção do metal. Está também na Amazônia, mais particularmente no do Pará, o maior complexo para produção de caulim do mundo. E recentemente foi instalado na região a maior unidade para produção de concentrado de cobre do País. Isto sem mencionar o ouro (do qual a região é tradicional produtor) o níquel, o fosfato (que começará a ser produzido brevemente), o potássio (idem), o estanho, o tântalo e outros. A perspectiva, tendo em vista os investimentos programados para os próximos anos e o grande potencial de áreas ainda inexploradas, é que a produção mineral na Amazônia cresça ainda mais e a região se consolide de fato como principal pólo minerador do País, o que terá consequências positivas e negativas. A atividade de mineração está transformando a Amazônia. Em pouco tempo, o que antes eram pequenos núcleos urbanos - vilas, povoados, assentamento - se transformaram em grandes cidades, que recebem levas e levas de imigrantes em busca de trabalho e (em alguns casos) riqueza fácil. O problema é que esse crescimento urbano em ritmo acelerado se dá de forma desordenada, gerando uma série de problemas a serem resolvidos pelos responsáveis pela administração pública. Porque ao mesmo tempo em que surgem loteamentos planejados, em alguns casos até condomínios fechados, aparecem, da noite para o dia, as ocupações clandestinas, provocando a favelização das cidades. A demanda pelos serviçõs de saúde aumenta exponencialmente. E não há unidades suficientes para prover sequer a educação de nível básico. Da mesma forma não há como expandir a estrutura de saneamento - tratamento de água e esgotos - com a velocidade queé requerida, com os consequentes reflexos sobre a saúde da população. Pelo lado da infraestrutura viária, as antigas estradas de terra batida, por onde antes se gastava dias para ir de um ponto a outro, viram vias asfaltadas, no meio da selva, facilitando o

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deslocamento das pessoas e, consequentemente, a migração, mas também dificultando o controle sobre as áreas de preservação. Em contrapartida, nas áreas urbanas falta espaço para o tráfego de veículos, que se torna intenso, tendo em vista o aumento da frota, propiciada pela expansão da renda de pessoas. Para se ter uma idéia do problema, uma cidade como Parauapebas, que tem uma população de 270 mil pessoas, segundo cálculos da prefeitura, conta com uma frota de 60 mil veículos com placa de cidade e mais 30 mil com placas de fora. Dá mais ou menos um veículo para cada três pessoas, próximo da média dos EUA. Uma queixa que se ouve, principalmente por parte dos administradores públicos da região amazônica, é o baixo nível de industrialização na região. Pra alguns, deveria haver um maior esforço visando à transformação dos bens minerais em produtos, porque isso geraria mais riqueza para a região. Embora reconheça que a mineração tem sido um grande impulsionador da atividade comercial nesses centros urbanos - de fato, a pujança do comércio impressiona a quem visita algumas dessas cidades - esses dirigentes consideram que esta não é uma atividade perene e que o seu ritmo diminui conforme termina a fase de implantação dos projetos e começa a contagem regressiva para a exaustão das jazidas. Para alguns desses dirigentes, as companhias mineradoras que atuam na região amazônica estão dando muita ênfase à questão da sustentabilidade ambiental - de fato, é notório o cuidado ambiental na maioria dos projetos - e esquecendo da sustentabilidade social, que tem a ver com a qualidade de vida das populações que ali habitam. Este parece ser, de fato, grande desafio. Autor(a): Francisco Alves Fonte: Brasil Mineral Data: Edição Outubro de 2014 - Nº 345

AGUIA LEVANTA US$ 1,7 MI E INICIA CAMPANHA DE SONDAGEM EM PROJETO

DE FOSFATO A Aguia Resources informou hoje (20) que garantiu uma emissão privada de

aproximadamente US$ 1,72 milhão com a Sulliden Mining Capital, com a emissão das 40 milhões de ações que deram à Sulliden 15,7% de participação na

mineradora. O montante vai ser usado na campanha de sondagem que visa validar a estimativa de recursos do alvo Três Estradas Sul, que faz parte do

projeto de fosfato Rio Grande, no Rio Grande do Sul. A mineradora disse que já deu início à campanha de sondagem no alvo Três Estradas Sul, que abrange 3 mil metros de sondagem adamantada e mil metros de sondagem de circulação reversa. A expectativa da mineradora é que a sondagem adamantada seja concluída dentro de três meses, enquanto a sondagem de circulação reversa deve ser finalizada em um mês. O alvo Três Estradas Sul tem recursos de 30,5 milhões de toneladas com teor de 4,3% de pentóxido de fósforo (P2O5), incluindo recursos indicados de 9,9 milhões de toneladas com teor de 5,03% de P2O5 e recursos inferidos de 20,6 milhões com teor de 3,94% de P2O5. Segundo a Aguia, a meta de exploração para o alvo Três Estradas Sul foi estimada em 13 milhões a 27 milhões de toneladas com teor de 3,56% a 4,84% de pentóxido de fósforo.

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A transação abrange 40 milhões de ações da Aguia por US$ 0,04 cada, um prêmio de 31,58% em relação à última cotação antes da mineradora comunicar o mercado. A Sulliden vai adquirir 15,7% de participação da Aguia com a transação. Com a emissão privada, a Sulliden tem direito a nomear um membro para o Conselho de Administração da Aguia, a um net smelter return, ou royalty de tudo que for produzido e vendido no projeto Rio Grande e nas propriedades adjacentes ao projeto. A Aguia pode comprar o royalty de volta por meio do pagamento de US$ 1 milhão a qualquer momento em até três anos a partir da data de emissão das 40 milhões de ações. A Sulliden é uma empresa de capital de risco voltada para a aquisição e avanço de projetos de mineração em estágio de desenvolvimento, produção inicial e brownfields nas Américas. A Aguia Resources é uma empresa de desenvolvimento de fertilizantes, com projetos de fosfato e potássio no Brasil. A empresa possui os projetos de fosfato Rio Grande, no Rio Grande do Sul, Lucena, na Paraíba, e Mata da Corda, em Minas Gerais. Em Sergipe, a mineradora explora potássio por meio do projeto Atlantic. Fonte: Notícias de Mineração Brasil Data: 20/11/2014

EXPOSIBRAM MOSTRA O MELHOR DA MINERAÇÃO Reconhecida nacionalmente como o maior e mais importante evento da Região Norte voltado para a cadeia produtiva da mineração, a Exposição Internacional de Mineração (Exposibram) será aberta hoje à tarde em Belém e se estenderá até a próxima quinta-feira no Hangar Centro de Convenções da Amazônia. O evento é promovido pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) e pretende, nesta edição de 2014, apresentar a evolução tecnológica da indústria, em especial as ações que buscam a preservação do meio ambiente, a saúde e a segurança dos trabalhadores. Paralelamente à Exposibram, será realizado também o 4º Congresso de Mineração da Amazônia, que este ano tem como tema “Mineração consolidando o desenvolvimento nos territórios minerais”. Para o presidente do Ibram, José Fernando Coura, a realização do evento no Pará tem um simbolismo muito forte. “Para o Ibram, é de grande importância realizar a Exposibram num Estado em que a mineração é o grande vetor de crescimento do comércio exterior”, disse ele. Acrescentou que, por conta da expansão e instalação de novos projetos minerais no Pará, vai se criar uma demanda de aproximadamente cem mil novos postos de trabalho nos próximos anos. A Feira contará com um espaço de cerca de quatro mil metros quadrados e a expectativa de público é de doze mil visitantes. O objetivo dos eventos é envolver cada vez mais a população paraense em uma das principais atividades econômicas da região. Dos US$ 15,8 bilhões em exportações totais do Pará em 2013, as indústrias de mineração e transformação mineral responderam por 88%, além de se constituírem como um dos maiores geradores de emprego. Apenas no ano passado, foram gerados 271 mil empregos diretos e indiretos. A Feira é tida também como uma excelente oportunidade para os fornecedores de produtos e serviços fortalecerem o relacionamento com o mercado da Região Norte, fazerem novos contatos e apresentarem as novidades do setor.

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“Queremos receber participantes de todos os Estados do Norte e das demais regiões do país para que conheçam mais profundamente as excelentes perspectivas de negócios que a mineração proporciona”, completou José Fernando Coura. O diretor de assuntos ambientais do Ibram, Rinaldo Mancin, destaca que a Exposibram Amazônia 2014 é uma ótima oportunidade para prospecção de negócios para fornecedores de equipamentos, desenvolvedores de tecnologias inovadoras e prestadores de serviços diversos para a indústria da mineração. “Além disso, o Congresso abre espaço para a troca de ideias e experiências entre pesquisadores, acadêmicos, estudantes e as próprias mineradoras”, explica. Congresso deve atrair mil participantes Reunindo grandes nomes do setor mineral, o 4º Congresso de Mineração da Amazônia, assim como nas edições anteriores, espera média de público de mil congressistas. Minicursos, painéis, talk-show, palestras magnas e lançamento de publicações compõem as atividades do evento, que discute desafios e tendências do setor a cada dois anos. Na programação, o minicurso “Novas dinâmicas do licenciamento ambiental” traz Luis Enrique Sánchez, chefe do Departamento de Engenharia de Minas e de Petróleo, professor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) e ex-presidente da Associação Internacional de Avaliação de Impacto (IAIA). O debate será sobre os 30 anos de aplicação do licenciamento ambiental no Brasil e a necessidade de a mineração moderna compatibilizar a competitividade com a sustentabilidade. O 4º Congresso de Mineração da Amazônia busca exatamente isso: debater os desafios que, em virtude do cenário socioeconômico atual, o setor enfrenta para expansão de atividades. Segundo o gerente Executivo do Ibram Amazônia, Ronaldo Lima, abordar esse tema é importante para mostrar como a mineração moderna vem sendo desenvolvida na Região Norte. O Congresso apresentará temas importantes para o meio ambiente, como a questão climática, diminuição de gases poluentes e redução na utilização de caminhões, entre outros. Ronaldo Lima destaca ainda a contribuição que a mineração traz para a população paraense. “Cidades com projetos mineradores costumam ter um maior IDH. Podemos ver isso em lugares como Parauapebas e Canaã dos Carajás. Em um Estado em que mais de 30% do PIB corresponde à mineração, é fundamental desmistificar a imagem da mineração como prejudicial”, ressalta. Plano para superar a crise é destaque Um dos temas em destaque no 4º Congresso de Mineração da Amazônia, que começa hoje em Belém simultaneamente à Exposibram, será certamente a grave crise que atravessa a cadeia produtiva do alumínio. A recuperação do setor interessa diretamente ao Pará, Estado que tem sólida posição nesse segmento. A indústria do alumínio, aliás, tem exercido papel relevante no incremento da economia e na geração de emprego e renda, no Brasil e em particular no Pará. No ano passado, o setor registrou faturamento da ordem de R$ 48,8 bilhões e foi responsável pela geração de mais de 500 mil empregos, diretos e indiretos. Atualmente, porém, o segmento passada por uma crise que tem levado à redução da produção e do investimento, resultando daí o consequente aumento das importações. Para tentar reverter a crise e minimizar, no curto prazo, os seus efeitos ruinosos sobre a cadeia produtiva, a Associação Brasileira do Alumínio (Abal) já elaborou e apresentou ao Governo do Estado uma proposta de política industrial direcionada especificamente ao setor. O presidente da Abal, Milton Rego, diz que o plano traz análises detalhadas do atual cenário de crise e contempla sugestões para reverter o cenário atual, de perda de competitividade e de desindustrialização do setor. Entre as soluções apontadas, segundo Milton Rego, figura a implementação de diversas medidas, incluindo políticas próprias nas áreas de comércio e energia, esta voltada especificamente para o desenvolvimento industrial.

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O presidente da Associação Brasileira do Alumínio disse ainda que o setor defende a adoção de uma política de apoio à reciclagem, medidas para reduzir o custo dos investimentos, incentivo ao desenvolvimento tecnológico e formação de capital humano. Outras providências consideradas necessárias, conforme frisou, são a redução de custos trabalhistas, a aprovação de uma política mineral e a adoção de uma política de compras pelo Estado, além de questões estruturais e regulatórias que afetam toda a indústria. Fonte: Diário do Pará Data: 17/11/2014

NÍVEL DE PREÇOS JÁ FECHA E AMEAÇA VÁRIAS OPERAÇÕES NO MUNDO, INDICA

A CRU

Em meio a um cenário difícil para o minério de ferro, as empresas de menor porte lutam para permanecer no mercado sem perder dinheiro. A consultoria britânica CRU estima que cerca de 10% da produção brasileira da commodity é "vulnerável" com os atuais níveis de preços. Na Austrália, com as atuais cotações, cerca de 80 milhões de toneladas de minério de ferro têm custos acima dos preços. Mas isso não quer dizer, segundo Laura Brooks, consultora da CRU, que essa produção vai sair do mercado, pois é preciso considerar quem são os parceiros nos projetos, se as minas têm acordos firmes de venda com siderúrgicas e se há sócios com boa condição financeira. Com base em informações públicas, a CRU fez uma lista das minas de menor porte que já fecharam suas operações no atual cenário de preços. A lista inclui duas minas na Austrália: o projeto Cairne Hill, da IMX Resources (1,7 milhão de toneladas por ano), e o projeto Roper Bar, da Western Desert Resources (3 milhões de toneladas anuais). Há ainda um projeto no Canadá, o Silver Yards, da Labrador Iron Mines (1,7 milhão de toneladas) e o empreendimento Kaunisvaara, da Northland Resources, da Suécia (4,3 milhões de toneladas por ano). A relação considera também o projeto Serra Azul, da MMX, de Eike Batista, em Minas Gerais, que vinha operando com capacidade de produção de 6 milhões de toneladas por ano. A MMX Sudeste, subsidiária da mineradora de Eike que controla as minas, teve o pedido de recuperação judicial aceito pelo Justiça de Minas Gerais no mês passado. A CRU diz que o crescimento combinado de Brasil e Austrália no minério de ferro tende a se manter, mas em taxas menores. As grandes mineradoras dos dois países, Vale, Rio Tinto, BHP Billiton e Fortescue, têm uma participação no mercado transoceânico do produto de cerca de 65%. Em apresentação recente, a CRU informou que 90% da produção brasileira está gerando caixa nos níveis atuais de preços. De um ponto de vista teórico, disse a consultora, as mineradoras brasileiras de menor porte são mais competitivas do que as australianas quando se olha os custos de produção. O problema é que as brasileiras têm desvantagem no frete em relação às australianas no transporte para a China. No atual cenário de preços, abaixo de US$ 80 por tonelada, empresas como Bahia Mineração (Bamin), Manabi e Ferrous Resources, todas do Brasil, deverão ter dificuldades para implementar projetos novos e de expansão. Autor(a): Francisco Goés Fonte: Valor Econômico Data: 24/11/2014

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IBRAM ADVERTE PARA A CRISE QUE AMEAÇA SETOR A queda acentuada de preços das commodities minerais, por um lado, e por outro a elevação dos custos internos influenciada sobretudo pela alta das tarifas de energia elétrica, estão levando a indústria de mineração no Brasil a uma situação de extrema gravidade. A afirmação, em tom de alerta, foi feita ontem à noite pelo presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), José Fernando Coura, ao abrir em Belém a 4ª Exposição Internacional de Mineração da Amazônia, a Exposibram. “O momento é grave, é assustador”, afirmou o presidente do Ibram, acrescentando que a crise afeta de forma mais aguda a área de minério de ferro e a indústria do alumínio. José Fernando Coura observou que algumas empresas de mineração já estão encerrando suas atividades em Minas Gerais e deixou no ar um desafio. Para ele, o governo, em todas as suas instâncias de decisão, e também a representação política – senadores, deputados federais e também os estaduais – precisam olhar com mais atenção para o setor mineral. “É preciso decidir se queremos ou não a mineração neste país”, disse ele. As dificuldades enfrentadas pelo setor foram objeto de análise também pelo deputado federal Leonardo Quintão (PMDB/MG), relator do projeto do novo Código de Mineração, que tramita desde o ano passado no Congresso Nacional. Relator da matéria, o parlamentar mineiro disse que dois assuntos despontam hoje como desafios para a mineração no Brasil. Um, a queda dos preços das commodities minerais no mercado internacional. O outro, a necessidade se fazer uma melhor distribuição das riquezas geradas pela exploração dos minérios. Leonardo Quintão anunciou que o projeto do novo marco regulatório do setor mineral voltará à pauta de discussões na Câmara dos Deputados, em Brasília, já a partir desta quarta-feira. A intenção, segundo ele, é encaminhar uma decisão final sobre o projeto no menor espaço de tempo possível. Fonte: Diário do Para Data: 18/11/2014

LARGO CONFIRMA ALTO TEOR DE CROMITA E DE METAIS DE PLATINA NA BAHIA A Largo Resources divulgou ontem (24) os resultados iniciais das análises de amostras superficiais do programa de exploração do prospecto Capivara, na

região de Maracás, na Bahia. De acordo com a mineradora, amostras de cromita apontaram de 30,04% a 41,68% de óxido de cromo e os valores de platina

ficaram em 110 a 2.500 partes por bilhão. As 12 amostras superficiais iniciais foram recolhidas em uma área de três quilômetros por 500 metros. Segundo a Largo, oito dessas amostras foram analisadas pelo laboratório SGS Canada, de

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Ontário, e as quatro restantes foram testadas pelo laboratório ALS Mineral Division, de Vancouver, também no Canadá. Um levantamento gravimétrico está sendo realizado na área, a fim de identificar alvos para posterior avaliação e testes de sondagem. Segundo a Largo, existem pelo menos duas zonas de cromita com 20 metros a 25 metros de largura. Estas zonas estão a cerca de 400 metros a oeste do horizonte de magnetita que contém vanádio e platina anômala. A Largo descobriu recentemente o potencial de cromita no prospecto Capivara, que fica a 32 quilômetros ao Norte da cava Campbell, que pertence ao projeto de vanádio Mina de Maracás Menchen. "Nós continuamos empolgados com os resultados e pretendemos concluir os trabalhos futuros, incluindo a sondagem no curto prazo para delinear a área em potencial", afirmou o vice-presidente de Exploração da Largo, Robert Campbell. Segundo a mineradora, o objetivo inicial era avaliar os horizontes de magnetita conhecidos, incluindo áreas com alto teor de vanádio. Durante a avaliação desses horizontes de magnetita, foram descobertas zonas que contêm camadas de cromita com sulfetos finos. A Largo informou que a quantidade e qualidade potencial dos resultados é de natureza conceitual e testes adicionais serão necessários para definir qualquer recurso mineral. A Largo Resources é uma empresa de desenvolvimento de pesquisa e exploração mineral de metais estratégicos. No Brasil, além da mina de vanádio Marcás Menchen, a empresa tem 100% de participação em um projeto de titânio e ferrovanádio em Campo Alegre de Lourdes, também na Bahia, e do projeto de tungstênio Currais Novos, no Rio Grande do Norte. Fonte: Notícias de Mineração Brasil Data: 25/11/2014

IMAGEM NEGATIVA RESTRINGE ACESSO A FINANCIAMENTOS Para o geólogo Paulo Valle Pereira, pequenos e médios empreendimentos sofrem com um ciclo negativo que não conseguem romper sem ajuda externa. A imagem negativa das empresas restringe o acesso a financiamentos, o que limita a pesquisa geológica e o acesso restrito à tecnologia, o que resulta na imposição de condições precárias de trabalho, provocando danos ambientais, o que acaba por reforçar essa imagem negativa. Uma forma interferir neste ciclo é buscar fora do Brasil capital de risco para financiar as pesquisas. As 'junior companies' funcionam de maneira análoga às startups tecnológicas. Uma júnior se capitaliza por meio da venda de ações no mercado e pesquisa jazidas para vendê-las a médias e grandes mineradoras. "A mineração precisa ver que o produto está lá", explica Paulo Pereira, que criou a Brazil Resources Inc.. A companhia é financiada por recursos captados na Bolsa de Valores de Toronto, no Canadá, onde possui ações pulverizadas entre cerca de dois mil investidores, além de um grande parceiro, o banco de investimentos Brasilinvest. Em quatro anos, a companhia investiu cerca de US$ 20 milhões em quatro projetos no Brasil, onde as pesquisas identificaram cerca 110 mil quilos de ouro no solo. Em média, de cada 100 projetos para pesquisa mineral apenas uma se torna mina. A venda dessa mina financia a pesquisa em outras áreas. Uma boa venda de uma dessas minas pode levar os investidores a lucrarem. Antes, porém, ficam sujeitos aos resultados das pesquisas - o ouro debaixo

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da terra já é um ativo precioso - e às intempéries do mercado. Entre janeiro e março deste ano, por exemplo, as ações da Brazil Resources tiveram uma valorização de 180% com a aquisição áreas com grande potencial aurífero. Em outubro tiveram queda de 11,43% em uma tarde. "É uma startup com risco mais elevado", avalia Paulo. O ouro amazônico reluz para o capital de risco e para os pequenos e médios mineradores. As dificuldades que os pequenos mineradores enfrentam também derrubam ações na bolsa. Autor(a): Timóteo Camargo Fonte: Valor Econômico Data: 17/11/2014

EXPOSIÇÃO PERMANENTE “O QUE É GEOFÍSICA?” É INAUGURADA NA SEDE DA

CPRM No dia 6 de junho foi inaugurada a exposição “O que é Geofísica?” no Museu de Ciências da Terra, no Rio de Janeiro. Resultado de uma parceria entre a SBGf e o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), a mostra reúne diversos experimentos que demonstram as aplicações da Geofísica. Com o cunho didático, a exposição tem atraído um público jovem, o que vem ao encontro de um dos principais objetivos da SBGf, que é motivar o interesse de estudantes do ensino médio pela graduação e/ou especialização em Geofísica. “Com esta iniciativa de divulgação científica, queremos atrair o interesse dos visitantes para a área da Geofísica e das Geociências”, revelou o presidente da SBGf, Francisco Aquino, que juntamente com o secretário de Relações Institucionais, Jorge Hildenbrand, e o conselheiro Neri Boz representou a sociedade na inauguração. A solenidade também contou com a presença do diretor-presidente da CPRM, Manoel Barretto; do diretor do Museu, Diogenes Campos; e da chefe da Divisão de Geofísica, Maria Laura Azevedo. Gabriel Brando Soares, bolsista da SBGf e estudante de Geofísica da Universidade Federal Fluminense, foi o monitor que realizou a apresentação inaugural para os convidados que interagiram, fazendo diversas perguntas. Com entrada gratuita, a exposição fi cará montada permanentemente no Museu de Ciências da Terra, de segunda a sexta-feira, das 10h às 16h. O museu fi ca situado na Avenida Pasteur 404, Urca, Rio de Janeiro. Idealizada por professores de Geofísica da Universidade Federal do Pará (UFPA), a exposição “O que é Geofísica?” tem contado com o envolvimento de alunos e professores de Geofísica, Geologia e Matemática, das universidades de Brasília (UnB), de São Paulo (USP) e de Campinas (Unicamp) na organização de suas edições. O professor Alberto Leandro de Melo (UFPA) foi o responsável pela montagem dos experimentos presentes nesta exposição, que foram divididos nos seguintes modelos: O Globo Magnético, A Cordilheira Meso-Oceânica, Método Magnético, Eletrorresistividade/Método Elétrico, Pré-Sal, Perfilagem de Poço e Águas Subterrâneas/Contaminação. Fonte: Boletim SBGf - Publicação número 89

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MINERADORAS QUEREM REDISCUTIR CÓDIGO Diante da queda do preço internacional dos minérios, em especial do ferro, que despencou de US$ 134 a tonelada em dezembro de 2013 para US$ 81 na média de outubro deste ano, as mineradoras querem rediscutir o projeto de lei do novo Código da Mineração na Câmara dos Deputados. A negociação, aliada à provável troca do ministro de Minas e Energia e a impasses no texto atual, deve empurrar a votação da proposta para o próximo ano. Segundo o Valor apurou com deputados e empresários, as mineradoras têm demonstrado preocupação com o aumento da alíquota da Compensação Financeira pela Exploração dos Recursos Minerais (Cfem) para parte dos minérios. No caso do ferro, por exemplo, a taxa, hoje de 2% do faturamento líquido das empresas, seria de 4% do faturamento bruto. A tributação sobre o ouro, que perdeu 32% de seu valor desde agosto de 2012, passaria de 1% da receita líquida com a venda para 2% da bruta. Por outro lado, o relatório de Quintão prevê redução dos tributos sobre os minerais usados na construção civil, como a areia, e um desconto de 50% na alíquota caso o mineral seja industrializado no país, para estimular a indústria nacional. Prefeito de Mariana e presidente da Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais (Amig), Celso Cota (PSDB) acusa o "lobby das mineradoras" de segurar o projeto. "Não estamos falando em novos impostos, estamos falando em divisão dos lucros das empresas", diz. "Os preços deste mercado são muito dinâmicos e depois de um tempo recupera. Só não podemos esperar até isso ocorrer", afirma. Com a redução do preço dos minérios, a receita acompanhou a queda. A arrecadação da Cfem, que atingiu R$ 2,3 bilhões em 2013, com média mensal de R$ 197,9 milhões, caiu a R$ 145,3 milhões por mês este ano - queda de 26,5%. O valor é dividido entre a União (12%), Estado onde foi extraído o minério (23%) e município produtor (65%). Em Mariana, cidade do presidente da Amig, a redução foi de R$ 2 milhões por mês. O relator do código, deputado Leonardo Quintão (PMDB-MG), diz que sua intenção é votar até o fim do ano, mas que o setor teria entrado em contato com integrantes da comissão para pedir mais discussões sobre a proposta. "As empresas querem expor o cenário atual, que é bem preocupante, e discutir como essa nova lei vai impactar em um momento de crise", afirma. "Amanhã vou colocar para a comissão decidir." O governo queria estabelecer as alíquotas da Cfem por decreto para poder modificar o percentual dependendo do preço das commodities minerais, que é bem variável. Prefeitos e governadores dependentes dessa compensação, porém, pressionaram para que a lei já contasse com o valor das taxas para terem mais previsibilidade sobre suas receitas. Parte dos empresas também defende a inclusão na lei, com receio de uma "canetada" do governo para arrecadar mais, mas não há consenso nesse tema. Com esse impasse, ganha força a discussão de que a lei estabeleça uma margem, dentro da qual o governo poderá modular por decreto as alíquotas. "Não há consenso nem solução pronta, mas essa sugestão da banda eu gostei muito, é mais condizente com o dinamismo dos preços do setor", afirma o deputado Gabriel Guimarães (PT-MG), presidente da comissão que discute o código. O grupo que discute o código está parado há sete meses devido ao período eleitoral. Quintão quer aprovar esta semana requerimento para realização de duas audiências públicas para discutir o novo cenário e ouvir o posicionamento de prefeitos e empresários. Os governadores eleitos, como Fernando Pimentel (PT), em Minas Gerais, teriam demonstrado interesse em opinar.

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Um empresário ouvido pelo Valor, contudo, diz que não há interesse das empresas em aprovar o texto agora, que causaria aumento na carga tributária em um momento de queda de receita, e que o projeto também não é mais prioridade para o governo até o fim do ano - o Executivo está mais preocupado em alterar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para fechar as contas. Sete integrantes da comissão ouvidos pelo Valor também confirmaram a dificuldade de votar o texto no colegiado nesta legislatura. Restam menos de quatro semanas até o recesso e não há acordo sobre pontos centrais - além da alíquota, de quem é o direito de exploração das jazidas descobertas e o montante de recursos da futura Agência Nacional de Mineração, que substituiria o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). "As posições ficaram um pouco radicais e não estamos nem próximos de um consenso que permita votar", diz o deputado Beto Faro (PT-PA). "Teremos que discutir de novo. O cenário brasileiro é muito diferente do de quatro ou cinco meses atrás, quando o relatório foi apresentado, e vários fatores se alteraram. Não podemos aprovar um projeto que quebre as mineradoras ou perdemos empregos e receita", defende o deputado Marcos Montes (PSD-MG). "Sobre a questão da taxação, estamos noutro momento. Eu acho que temos que repensar os percentuais", disse ele, que elogiou o trabalho do deputado Quintão ao ouvir diversas opiniões, segundo o executivo, para elaborar o texto do projeto. Mas com os preços achatados, o que foi discutido não cabe mais. "Na minha opinião, os percentuais têm de ser revistos. O que se discutiu era uma taxação entre 2% e 4% da base bruta de vendas. Era num ambiente tal e agora estamos em outro ambiente." A Anglo American fez em outubro seu primeiro embarque de minério de ferro do sistema Minas-Rio, um projeto de US$ 8,8 bilhões que passou por várias dificuldades, atrasos nas obras e aumento de custos. O minério sai da região de Conceição do Mato Dentro (MG) e é levado por um extenso mineroduto até o Porto do Açu, em São João da Barra (RJ). Para o executivo, outra discussão necessária, porém, admite ele, mais difícil, é a redução da carga tributária em geral. Mas o projeto do código mineral já produziria, na sua opinião, muitos avanços. (Colaborou Marcos de Moura e Souza, de Belo Horizonte) Autor(a): Raphael Di Cunto Fonte: Valor Econômico Data: 24/11/2014

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