278-564-1-SM.pdf

download 278-564-1-SM.pdf

of 5

Transcript of 278-564-1-SM.pdf

  • 7/26/2019 278-564-1-SM.pdf

    1/5

    107

    1. INTRODUO

    Na atualidade os idosos, so portadoresfrequentes de problemas mdicos, sociais, econmicos,

    psicolgicos e nutricionais, no raramente sebeneficiam do atendimento interdisciplinar. Comefeito, o atendimento ao idoso pode ser definido comoum processo interdisciplinar projetado para atend-lodo ponto de vista multidisciplinar, procurando mant-lo em sua plena capacidade e autonomia pelo maior

    perodo de tempo.Frequentemente o problema mdico no o

    mais importante, havendo necessidade de ensinamentoshigieno dietticos, amparo social, apoio econmico emedidas de recuperao para manter a qualidade devida dos idosos, principalmente dos dependentes.

    importante discutir sobre o presente tema,uma vez que este permitira compreender que ocrescente aumento da populao idosa em todo mundo,comprovado por numerosos estudos demogrficos eepidemiolgicos, tem colocado para os rgosgovernamentais e para a sociedade os desafios mdicose socioeconmicos prprios do envelhecimento

    populacional, o que precisa de uma ateno maior deassistncia de enfermagem para a recuperao de

    pacientes depressivos.Todos os problemas dos idosos sejam

    mdicos, sociais, econmicos e psicolgicos,

    representam desafios que devero ser enfrentados coma finalidade de tomar menos rdua caminhada aolongo da terceira idade. H, portanto, necessidade de se

    buscar as causas determinantes de atuais condies de

    Interdisciplinar: Revista Eletrnica da UNIVARhttp://revista.univar.edu.br ISSN 1984-431XAno de publ icao: 2014

    N.: 11 Vol.: 1 Pgs.107 - 111

    DEPRESSO DO IDOSO: O PAPEL DA ASSISTNCIA DE ENFERMAGEM NARECUPERAO DOS PACIENTES DEPRESSIVOS

    Mariana Figueiredo Inez de Almeida 1 Alan Cardec Barbosa2 Alissia Guimares Lemes 3 Keurolainy Cristine SilvaAlmeida4 Tatiana Lima de Melo5

    RESUMO: A depresso um importante problema de sade pblica no Brasil, uma vez que acomete grande parte dapopulao na terceira idade. O estudo tem como objetivo destacar a assistncia de enfermagem a pacientes idosos

    acometidos pela doena, com nfase na identificao da prevalncia e os fatores de risco, como tambm aponta asdificuldades encontradas pelos familiares, frente s pacientes com depresso. Assim, fundamental a compreenso deque os transtornos comportamentais so altamente prevalentes e esto frequentemente associados ao stress doscuidadores. Percebe-se que a assistncia de enfermagem prestada ao idoso depressivo vai muito alm dos cuidados

    bsicos e depende da participao ativa da famlia. A identificao de estratgias para minimizar e manejar os sintomascomportamentais uma importante contribuio que a enfermagem pode dar para a recuperao desses pacientes idosos.Palavras-chave: Depresso; Idoso; Assistncia; Enfermagem.

    ABSTRACT: Depression is an important public health problem in Brazil, since it affects most of the population in oldage. The study aims to highlight nursing care to elderly patients affected by the disease, with emphasis on identifying the

    prevalence and risk factors, but also points to the difficulties encountered by families, compared to patients withdepression. Thus, it is essential to understand that behavioral disorders are highly prevalent and are often associated withthe stress of caregivers. It is noticed that the nursing care provided to elderly depressive goes far beyond basic care and

    depends on the active participation of the family. The identification of strategies to minimize and manage the behavioralsymptoms is an important contribution that nursing can make to the recovery of elderly patients.Key Words:Depression; Elderly; Assistance; Nursing.

    1 Acadmica do Curso de Bacharelado em Enfermagem das Faculdades Unidas do Vale do Araguaia.UNIVAR-MT.2 Bacharel em Enfermagem pela UFMT; Especialista Sade Pblica pela FMB; Docente do Curso de Enfermagem das Faculdades Unidas do Vale doAraguaia (UNIVAR)Email: [email protected] Mestranda em Imunologia e Parasitologia. Docente Auxiliar I da Universidade Federal de Mato Grosso - Campus do Araguaia. Curso deEnfermagem. Barra do Garas - MT. E-mail: [email protected] Acadmica do Curso de Bacharelado em Enfermagem da Universidade Federal de Mato GrossoUFMT/Barra do Garas-MT.5Doutora em Ecologia e Recursos Naturais pela Universidade Federal de So Carlos. Docente do curso de Enfermagem das Faculdades Unidas doVale do Araguaia (UNIVAR).

  • 7/26/2019 278-564-1-SM.pdf

    2/5

    108

    sade e de vida os idosos e de se conhecer as mltiplasfacetas que envolvem o processo de envelhecimento

    para que esse desafio seja enfrentado por meio deplanejamento adequado.

    importante saber que a velhice tem que serabordada da maneira mais ampla possvel. Enxerg-lasimplesmente pelo prisma biofisiolgico desconheceros problemas ambientais, sociais, culturais eeconmicos j referidos que, seguramente, em maiorou menor extenso, participam do processo deenvelhecimento.

    H que se ter viso global doenvelhecimento enquanto processo, e dos idososenquanto indivduo. Aceitar como queremos os

    biogerontologistas, que o envelhecimento

    caracterizado pela incapacidade de manter o equilbriohomeosttico sob condies de sobrecarga funcional(PAPALEO NETO, 2007).

    O fato que o envelhecimento, apesar de serum fenmeno universal e comum e quase todos os

    seres animais, teve seu estudo negligenciado durantemuito tempo e os mecanismos envolvidos em suagnese ainda permanecem obscuros, existindo umlongo caminho a ser percorrido at que novos estudossejam mais esclarecedores.

    Os idosos, por constiturem hoje um grupoetrio politicamente frgil, no tiveram vez e voz noatendimento e suas reivindicaes mais elementares. Asociedade, que hoje os exclui do contexto social,dever viver, em um futuro bem prximo, uma situaoainda pior.

    O envelhecimento manifesta se pelo declniodas funes dos diversos rgos que,

    caracteristicamente, tende a ser linear em funo dotempo, no permitindo a definio de um ponto exatode transio, como nas demais fases. Tem inciorelativamente precoce, ao final da segunda dcada davida, perdurando por longo tempo de modo pouco

    perceptvel, at que surgem, no final da terceira dcada,as primeiras alteraes funcionais e/ou estruturaisatribudas ao envelhecimento.

    2. MATERIAIS E MTODOS

    O presente estudo trata-se de uma reviso daliteratura em mtodo qualitativo, onde foi realizado um

    levantamento bibliogrfico atualizado por meio deartigos, e livros encontrados na Biblioteca dasFaculdades Unidas do Vale do Araguaia e nos bancosde dados nacionais e internacionais, a assistncia deenfermagem ao portador de depresso no idoso, bemcomo discutir as causas sugestivas, e dificuldadesencontradas pelos familiares acerca da depresso.

    Para coleta de dados dos artigos foramacessados sites do Bireme, Scielo, Lilacs e Medline.Para tanto foram identificados os seguintes descritores:Depresso; Idoso; Assistncia; Enfermagem. A

    pesquisa foi realizada de janeiro a novembro de 2013,sendo a coleta dos dados entre os meses de agosto a

    outubro do mesmo ano.

    3. RESULTADOS E DISCUSSES

    3.1 O Envelhecimento Populacional e as DoenasGeradas

    Nas ltimas dcadas tem ocorrido umaumento na expectativa de vida das pessoas. Com isso,o processo de envelhecimento populacional no Brasiltraz consequncias nos idosos no nosso cotidiano.Porm, foram necessrios vrios anos detransformaes demogrficas para que chegssemos realidade atual (PAPALEO NETO, 2007).

    Na velhice que os problemas aparecem, ouseja, o envelhecimento vem acometidos por inmeros

    problemas de sade, destacando problemas que vaidesde hipertenso a depresso que um dos grandes

    problemas deste sculo. Hoje em dia as pessoas no seencontram preparadas para envelhecerem. Prova disso a entidade famlia que esta a cada dia desaparecendo,fazendo com que os seres humanos se tornem pessoassolitrias no meio de milhes de pessoas.

    O que mais chama ateno quanto ao

    processo do envelhecimento mal preparado pelo serhumano, so as doenas que aparecem nesse perodo,por vrios motivos, como exemplo destacamos adepresso doena foco do nosso estudo, que seconstitui de uma condio psiquitrica que abrangesintomas psicolgicos e comportamentais e fsicos,

    podendo haver variaes conforme a fase da vida dapessoa que acometida por ela (CANINEU, et alPAPALEO NETO, 2007).

    Ainda, de acordo com Papaleo Neto (2007),para se adequar as necessidades de uma populao queenvelhece e buscar a qualidade de vida com asatisfao de suas necessidades bsicas, a enfermagem

    dever colaborar na adequao do Programa deAteno Bsica a uma mudana no paradigma deassistncia, trocando o modelo voltado para otratamento de casos agudos por outro que ajude aenfocar a preveno.

    3.2 A Depresso na Terceira Idade

    A prevalncia de depresso em idosos podetambm ter alguma variao em funo de vriosfatores. A prpria expectativa de vida que vemcrescendo, tambm nos paises desenvolvidos comonaqueles em desenvolvimento, contribui para o

    aumento do numero de casos, bem como o acumulo defatores estressantes (CANINEU, 2007).Segundo Halber, (2000, p. 294):

    Hoje as pessoas, no s vivem mais, mastambm assumem papis na prpria sociedadee na famlia que muitas vezes, constituemverdadeiros desafios em sua vida e podemlev-las a desenvolver a sintomatologia. Adepresso um dos diagnsticos maisfrequentes encontrados nos servios de

    psiquiatria destinados a populao idosa(HALBER, 2000, p. 294).

    Observa-se que a depresso um importanteproblema de sade pblica, acarretando elevadoscustos aos indivduos e a prpria sociedade ao no ser

  • 7/26/2019 278-564-1-SM.pdf

    3/5

    109

    diagnosticada. No processo de envelhecimento nopodemos deixar de relacionar tambm a falta de apoiofamiliar, no abandono do idoso a situaesdeterminantes de depresso ou ambientais e odesamparo mdio assistencial que causa grandeimpacto na vida e na situao do idoso.

    Oliveira et al (2006) destaca que a:

    Depresso a doena psiquitrica maiscomum entre os idosos, frequentemente semdiagnstico e sem tratamento. Ela afeta suaqualidade de vida, aumentando a cargaeconmica por seus custos diretos e indiretose, pode levar a tendncias suicidas. Os

    pacientes deprimidos mostram-se insatisfeitoscom o que lhes oferecido, havendointerrupo em seus estilos de vida, reduode seu nvel socioeconmico quando ficamimpossibilitados de trabalhar (OLIVEIRA etal. 2006, pg. 735).

    A depresso uma doena que no possuibarreiras, atinge todos, o que hoje em dia tambm sefaz mais em prol da velhice, o que justamente pelo fatode haver maior expectativa de vida, onde os idosos setornaram um problema social. Sabe-se que os sereshumanos sempre ficaram velhos doentes e morreram.As pessoas morriam no decurso de todo o ciclo vital,constituindo a morte uma possibilidade ou

    probabilidade tanto para os jovens como para os velhosque muitas das vezes o ciclo de vida era interrompido

    pela depresso, mas que as pessoas alm de noconsiderar como uma doena responsabilizava ser a

    velhice a causa da morte (PESSINI, 2004).A medicina moderna oferece cada vez maismeios de atenuar o envelhecimento fsico, e muitasdoenas consideradas incurveis at pouco tempo,

    podem ser hoje retardadas ou suavizadas, entre elas asmolstias caractersticas da velhice, o que abra uma

    possibilidade maior de detectarmos mais cedo adepresso em uma pessoa idosa, que pode estender seuciclo de vida por um maior perodo de tempo(AMORIM, 2007).

    A velhice um perodo que deve obter umamaior ateno por parte dos familiares mais jovens, ouseja, um perodo em que o indivduo est mais

    exposto ao acometimento de doenas, e a depresso uma dessas doenas que no pede licena, chega no seular invade sua residncia e atinge as pessoas menos

    preparadas, como exemplo os idosos que sofre aseparao dos filhos que se casam, mais tarde aindaenfrentam a perda de amigos e contemporneos com osquais partilhou a vida. O sentimento de vazio e solidoque aflige os idosos hoje um dos maiores agentes quea depresso possui para vitimizar o publico da terceiraidade.

    3.3 As Causas da Depresso no Idoso

    Um dos grandes fatores que est ligado, ascausas da depresso no idoso, inicia pelas as perdas dospapis sociais, o que para muitos idosos a prpriaimagem est ligada ao trabalho. Com a aposentadoria,

    se perde no s o trabalho, mas tambm o ambiente decolaboradores e o sentido de no se considerar maisnecessrios aos outros. O que leva os idosos adependncia, e esse abandono gradual de papis fazsurgir no ancio a nsia de ser til e frustr-lo em suanecessidade de auto estima (AMORIM, 2007).Ainda de acordo com Amorim (2007) a velhice vemacompanhada de inmeras doenas que podem acabarencurtando a vida do ser humano. O que deveria servisto como momento de descanso, de prazeres, devitrias, pelo fato do indivduo ter dedicado parte desua vida trabalhando e contribuindo com a previdnciasocial acaba se tornando um momento de isolamento ede sentimento de inutilidade.

    Stella et al (2002) destaca que:

    As causas de depresso no idoso configuram-se dentro de um conjunto amplo decomponentes onde atuam fatores genticos,eventos vitais, como luto e abandono, e

    doenas incapacitantes, entre outros. Caberessaltar que a depresso no idosofrequentemente surge em um contexto de

    perda da qualidade de vida associada aoisolamento social e ao surgimento de doenasclnicas graves (STELLA et al 2002 pg. 92).

    Nota-se que a velhice no preparada gerainmeros problemas para o ser humano, fato este que

    podemos destacar a depresso, que atinge os idososmenos preparados, que se encontram sozinhos sem acompanhia dos filhos, o que leva o idoso a no sentirtil, vindo com isso a sofrer de depresso.

    O isolamento social tambm um dos grandesagentes causadores da depresso, onde o idoso seencontra isolados de promoes sociais, encontros efestas apropriadas, o que no lhes permitem

    participarem da vida ativa dos atos da comunidade, quesempre tiveram antes de atingirem a terceira idade.Sem as distraes e a vida social o idoso fica semsentir til, no se sente reconhecido em sua capacidadede continuar colaborando e produzindo, nonecessariamente de estar mandando, mas sim deencontrar um objetivo a mais para continuar vivendosua trajetria de vida (BOSI, 2009).As pessoas idosas devem permanecer integradas na

    comunidade, e para aquelas que se afastaram devem sercriadas oportunidades de reaproximao, pois a solidocomo j mencionado antes, uma grande ameaa parao idoso, que se entregam ao pensamento que pormaiores que sejam os esforos um dia a morte chegar.

    3.4 A Enfermagem em Prol do Paciente IdosoDepressivo

    Um primeiro ponto no acompanhamento doidoso sem dvida, a solidariedade da presena de um

    profissional de sade, pois quando algum desse setor solidrio o idoso sente que possui algum valor, ou

    seja, ainda tenho importncia, e ao se sentiremacolhidos, do mais valor vida, no se deixandoabater facilmente para doenas como a depresso.

  • 7/26/2019 278-564-1-SM.pdf

    4/5

    110

    O ser humano gosta tanto da vida que, emuma determinada fase, chega imaginar a

    possibilidade de estar pessoalmente imune amorte, mas o tempo assegura ao homem aconscincia de um horizonte limitado, semqualquer possibilidade de exceo(RIEMANN, 2007, p.877).

    Dentre O profissional de sade, deve sempreter uma atitude receptiva para poder sentir melhor asnecessidades da pessoa que esta vivendo uma grandemudana. preciso que o profissional saiba ouvir, vere tocar com o corao, alm das mos, assim consegue-se resgatar a identidade e a valorizao dos idosos ecompreender essa fase da vida, a mudana do novo

    para a velhice. preciso que enfermeiro consiga repassar ao

    idoso fazendo com que esse entenda que a morte umanecessidade decorrente da natureza, e no devemos tera coragem de aceit-la facilmente, preciso desfazer a

    mentalidade pr-morte que est empregada em nossacultura.Nesse aspecto importante ter o corao

    aberto, que significa dar amor sem pr-julgarmos nemrequisitos de qualquer espcie. precisomanisfetarmos abertamente que amamos, que o medo,a dor e o sofrimento no so certos ou errados, e nem amorte para o idoso ruim ou boa, o profissional deveouvir e demonstrar que a vida sempre tem algo maisimportante, que as preocupaes solido e outrosagentes negativos no so to importantes quanto avida (RIBEIRO, 2007).

    O tratamento da depresso do idoso deve ser

    adequado ao seu quadro clnico e obrigatoriamenterealizado por todas as razes expostas anteriormente,mesmo que os casos possam parecer brandos. Mesmosestes aparentemente menos complexos, podem piorar aqualidade de vida e aumentar a mortalidade de idosos(CANINEU, 2000).

    O enfermeiro quando se deparar compacientes idosos depressivos, deve ter em mente que otratamento da depresso, de maneira geral tambm ados idosos, inclui obrigatoriamente duas abordagensigualmente importantes e complementares: aabordagem farmacolgica (RIEMANN, 2007).

    3.5 A Promoao da Sade Mental Pelo Enfermeiro

    Quando mencionamos sade mental, deacordo com Minzoni, (2007) sade mental umcomponente essencial da sade, um direito humano, oque vem reforar a idia de que um dever doenfermeiro e dos outros profissionais, promover asade mental das pessoas.Os fatores econmicos e as mudanas sociais exerceminfluncias considerveis sobre a vida mental das

    pessoas e tambm sobre a estrutura e a dinmica dasfamlias. A aplicao dos conhecimentos de sademental pode contribuir para prevenir consequncias

    psicossociais danosas decorrentes de certas mudanassocioeconmicas (BARROS, 2005).

    O enfermeiro o profissional que trata doconjunto de tcnicas e procedimentos voltados

    para o bem-estar do doente, para a promooda sade e preveno das doenas. Logo noapenas em sade mental ou psiquiatria necessrio que este profissional tenhahabilidades/ conhecimento para reconhecer eintervir apropriadamente nos casos em que oindivduo est em sofrimento psquico(PESSINI, 2008, p. 137).

    Na colocao do autor acima, a enfermagemna rea da sade mental deve se compatibilizar com asexigncias do Terceiro Milnio, em vez de ficarenclausurada no hospital psiquitrico, oportuno queos conhecimentos, habilidades e atitudes em prol da

    preveno da doena mental sejam compartilhados nasprprias Unidades Bsicas de Sade (UBSs) eUnidades Sade da Famlia (USFs) que priorizam asade fsica. Acredita-se que a iniciativa por uma nova

    aliana entre esses dois profissionais (fsica e mental)pode tambm ser tomada justamente pelos especialistasem Enfermagem Psiquitrica e de Sade Mental(CAMPOS, 2000).

    O tratamento do idoso depressivo est baseadoem aes de carter medicamentoso, psicoterpico e demudanas do padro de vida. A enfermagem enquantoresponsvel para a estruturao do conhecimento dasrespostas humanas aos problemas de sade, tem ointuito de propiciar ao doente idoso as melhorescondies de vida para que este possa restabelecer suasade (BALLONE, 2003).

    As aes voltadas ao cuidado com o idoso

    depressivo, a partir dos diagnsticos de enfermagem,necessitam basear-se nos sinais e sintomasapresentados pelo idoso deprimido, onde o tratamentodo idoso com depresso deve ser adequado ao seuquadro clinico e obrigatoriamente realizado por todasas razes, devendo se ter em mente que o tratamento dadepresso de maneira geral em idosos incluiobrigatoriamente o uso de medicamentos(CARVALHO, 2000).

    4. CONSIDERAES FINAIS

    Ao trmino do presente estudo, foi possvel

    compreender que um dos grandes motivos decorrentesda depresso ocasionada em idosos, ocorre logo aps oindivduo passar para a terceira idade, momento emque este acredita perder o prestgio para o meio socialdentre outros fatores como a solido e o isolamento das

    promoes sociais.O trabalho demonstrou que o papel do

    enfermeiro relevante frente depresso, atravs daassistncia de enfermagem, uma vez que contribui narecuperao dos idosos depressivos, ouvindo, dandomaior ateno, passando aos pacientes depressivos queestes so importantes e que a vida no termina logoaps entrar na velhice, alm de incentivar e orientar

    quanto terapia medicamentosa.O estudo demonstrou que a multiplicidadede questes inerentes depresso na terceira idadecomo plano de fundo dos tabus, das interdies, dos

  • 7/26/2019 278-564-1-SM.pdf

    5/5

    111

    padres culturais que interferem na sociabilidadehumana e que obscurecem tenses, conflitoshistoricamente determinados causadores da depressona terceira idade. O estudo permitiu conhecer algunsdesses agentes causadores da depresso em idosos,como tambm as questes que contribuem para que oidoso possa vir a sofrer de depresso.

    Ao trmino desta abordagem sobre o temaestudado, foi possvel concluir que desenvolver estetrabalho, foi muito enriquecedor para uma boaformao acadmica, atravs dela consegui aplicar um

    pouco dos conhecimentos tericos, como tambmimpulsionou buscar em diversas fontes conceitos sobreo assunto.

    Cabe ressaltar que o conhecimento cientfico um marco inicial na formao acadmica, sendofundamental o aumento de conhecimentos intelectuais,

    pois possibilita uma interao melhor com vriospacientes depressivos, como tambm no que discutido hoje pelos autores atualizados sobre essa

    doena do sculo XXI.Quanto ao papel do enfermeiro naassistncia em sade mental, foi possvel descrever asatividades realizadas nos diversos servios, no entantoeste profissional sempre est exercendo atividadesconsideradas como desvio de funo. A enfermagem

    precisa apropriar-se do conhecimento tcnico-cientficona rea da sade mental e assim tornar-se teraputica.

    O estudo deixou um alerta que as famlias,principalmente na figura dos filhos e dos parentes maisnovos do grupo familiar, devem discutir e seorientarem com relao s dvidas sobre a depresso,sobre os tabus e preconceitos to frequentes dessa

    doena que muitas das vezes confundem a depressoem idosos com a velhice, ou seja, no acreditam que oidoso possa esta sofrendo de uma doena,simplesmente ele est em processo de senescncia.

    5. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    ABEC - UNIVAR- FACULDADES UNIDAS DOVALE DO ARAGUAIA; Construindo trabalhoscientficos - Normas para apresentao eelaborao/UNIVAR - Faculdades Unidas do Vale doAraguaia. Barra do Garas ( MT): Editora ABEC,2012. ISSBN85-99933-01-9.

    AMORIM, T.J. A dignidade de nossos velhos. Jornalde Opinio; So Paulo: editora santurio So Paulo.2007.

    BOSI, E. Memria e sociedade: lembrana develhos. So Paulo: Editora da Universidade, 2009.

    BALLONE GJ. Depresso no idoso. [s.l.]: PsiqWeb;2002. Disponvel em: URL: . Acessado em: 3 set. 2013.

    CAMPOS, C. M. S.; BARROS, S. Reflexes sobre o

    processo de cuidar da enfermagem em sade mental.Revista da Escola de Enfermagem da USP, SoPaulo, v. 34, n. 3, p. 271-276, set. 2000.

    CARVALHO VFC, Fernandes MED. Depresso noidoso. In: Netto MP. Gerontologia: a velhice e oenvelhecimento: uma viso globalizada. So Paulo:Atheneu; 2000. 524 p. il. p. 122-42.

    CANINEU, Paulo Renato. Depresso no idoso.Compendio de psiquiatria. V.1. So Paulo: ArtesMedicas. So Paulo. 2000.

    FIGUEIREDO, Kamilly Rosa. Depresso no idoso.14de fevereiro de 2008 . Acesso em : 29 set. 2013.

    HALBER H.W. Fonseca A.M. Sndrome doClimatrio. In: Halber HW (ed.) Tratado deGinecologia. 3 ed. So Paulo: Roca, 2000.

    OLIVEIRA, Deise A A P; GOMES, Lucy;OLIVEIRA, Rodrigo F. Prevalncia de depresso em

    idosos que frequentam centros de convivncia. Rev.Sade Pblica, So Paulo, v. 40, n. 4, Aug. 2006.

    PESSINI L. Bertachini L. Humanizao e cuidadospaliativos: So Paulo: Editora do Centro UniversitrioSo Camilo, Edies Loyola; 2004.RIEMANN, F. A arte de envelhecer. So Paulo:Livraria Veredas Editora. 2007.

    RIBEIRO, A. Tratado de Gerontologia/MatheusPapaleo Neto. 2. ed., ver. E amp. So Paulo: EditoraAtheneu, 2007.

    STELLA, Florindo; GOBBI, Sebastio; CORAZZA,Danilla Icassatti; COSTA, Jos Luiz Riani. Depressono Idoso: Diagnstico, Tratamento e Benefcios daAtividade Fsica. Motriz, Rio Claro, Vol.8 n.3, pp. 91-98, Ago/Dez 2002.

    http://www.portaleducacao.com.br/psicologia/artigos/3913/depressao-no-idosohttp://www.portaleducacao.com.br/psicologia/artigos/3913/depressao-no-idosohttp://www.portaleducacao.com.br/psicologia/artigos/3913/depressao-no-idosohttp://www.portaleducacao.com.br/psicologia/artigos/3913/depressao-no-idoso