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    PRESERVANDO O MADEIRA

    PROJETO:CAMPANHA DE SENSIBILIZAO

    CONSERVAO DO MEIO AMBIENTE S

    FAMLIAS RIBEIRINHAS PORTOVELHO/RO

    LAIS MARY LISBOA DE LIMAJOS ORESTES MEROLA DE CARVALHO

    MARICLIA MESSIAS C. DOS SANTOS

    HORTA ORGNICA

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    APRESENTAO

    A Sociedade Educacional da Amaznia Sera vinculada aFaculdade So Lucas realiza o Projeto titulado Campanha desensibilizao conservao do meio ambiente s famlias ribeirinhasPorto velho/RO PRESERVENDO O MADEIRA- financiado peloConselho Federal Gestor do Fundo de Defesa de Direitos Difusos daSecretaria e Direitos Difusos do Ministrio da Justia com apoio doBanco da Amaznia, Ibama e Embrapa Rondnia.

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    SUMRIO

    PRESERVANDO O MADEIRA................................................................................................................1

    PROJETO:...................................................................................................................................................1

    CAMPANHA DE SENSIBILIZAO CONSERVAO DO MEIO AMBIENTE SFAMLIAS RIBEIRINHAS PORTO VELHO/RO..................................................................................1

    MARICLIA MESSIAS C. DOS SANTOS..............................................................................................1

    APRESENTAO......................................................................................................................................2

    AGRICULTURA ORGNICA..................................................................................................................4

    TCNICAS DE CULTIVO ORGNICO................................................................................................4Manejo do solo.....................................................................................................................................4

    Manejo da gua...................................................................................................................... ......... ....4

    Preparo do solo....................................................................................................................................4Sementes e mudas................................................................................................................................4

    Cobertura do solo................................................................................................................................5

    Manejo de ervas invasoras................................................................................................... ........ .......5

    Rotao de culturas............................................................................................................... ........ ......5

    Correo do solo..................................................................................................................................5

    Nutrio das plantas...................................................................................................................... ......6

    Matria orgnica...................................................................................................................... ........ ...6

    Micronutrientes....................................................................................................................................6

    HORTA ORGNICA..................................................................................................................................7

    ESCOLHADO LOCAL......................................................................................................................................7SOLO...........................................................................................................................................................7ADUBAO ORGNICA...........................................................................................................................10

    Compostos Orgnicos........................................................................................................................11

    Adubo Caseiro.................................................................................................................. ........ .........12

    Biofertilizante.....................................................................................................................................12

    Bokashi...............................................................................................................................................14

    PREPARODOTERRENO..................................................................................................................................17PREPARODOSCANTEIROS..............................................................................................................................17SEMENTEIRA...............................................................................................................................................19PLANTIO.....................................................................................................................................................20

    Plantio de Mudas:..............................................................................................................................20

    Plantio Direto no Canteiro:...............................................................................................................21

    Plantio em Covas:..............................................................................................................................21

    CALENDRIO...............................................................................................................................................22PRAGASE DOENAS.....................................................................................................................................25TRATOSCULTURAIS......................................................................................................................................27COLHEITAE ARMAZENAMENTO......................................................................................................................29CUIDADOS..................................................................................................................................................30COMOPLANTAREMPEQUENOSESPAOS..........................................................................................................32

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    AGRICULTURA ORGNICA

    TCNICAS DE CULTIVO ORGNICO

    Para iniciar ou converter uma horta convencional em hortaorgnica, o primeiro passo conhecer os princpios do cultivoorgnico, de acordo com as Normas Tcnicas do Ministrio daAgricultura de 17/05/99.

    Manejo do solo

    O solo considerado na agricultura orgnica como um ser vivo,habitat de riqussima fauna e flora, sendo fonte geradora de vida erecursos naturais para todos os seres vivos. Seus recursos soesgotveis, devendo por isso ser manejados de forma adequada,para preservar suas riquezas.

    Manejo da gua

    No cultivo ecolgico e orgnico, deve-se dar prioridade qualidade da gua, que deve ser analisada, seja para irrigao, comopara outros fins, pois pode ser portadora de contaminantes qumicosou biolgicos. No se deve permitir excesso, nem deficincia hdrica.A drenagem do terreno deve ser planejada.

    Preparo do solo

    A agricultura ecolgica e orgnica adota o sistema demecanizao conservacionista cujo objetivo evitar a mobilizaoexcessiva e compactao do solo. Utilizam o sistema de preparomecanizado reduzido ou plantio direto, ou com o emprego de plantasde razes fortes (adubos verdes), objetivando conservar as condiesfsicas, qumicas e biolgicas do solo.

    Sementes e mudas

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    As sementes e mudas no podem ser transgnicas (OGM) equando possvel, devem ser originadas de produo orgnica. Omaterial gentico deve ser adaptado s condies locais e poca deplantio, procurando sempre cultivares mais resistentes e tolerantes.

    Cobertura do solo

    Na agricultura ecolgica o preparo e manejo do solo deveroser adaptados ao sistema de nunca deixar o solo descoberto, sejacobertura orgnica (morta) ou vegetao (viva), que podem serfeitos com material orgnico ou ento adubos verdes ou as ervasnativas.

    Manejo de ervas invasoras

    O princpio da agricultura orgnica quanto s ervas invasoras que no possvel elas no devem ser erradicadas, mas manejadas.Elas podem aumentar a biodiversidade (flora e fauna), cobertura eestruturao do solo, alm de reduzir a eroso devido fora do seusistema radicular.

    Rotao de culturas

    Compreende o cultivo de diferentes grupos de plantasalternadamente na mesma rea. Com isso traz melhorias nafertilidade e estrutura do solo, controle da eroso e reduo depragas, doenas e ervas invasoras.

    Correo do solo

    O sistema orgnico preocupa-se com a correo da acidez e dasdeficincias de clcio, magnsio, fsforo e micronutrientes, quepodem ocorrer no solo. O calcrio aplicado de forma moderada.Recomenda-se o pH na faixa de 6,0 a 6,5, mantendo-se as relaesequilibradas entre clcio, magnsio e potssio, no somente paraobter boa produtividade, como maior resistncia da planta e dosfrutos.

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    Nutrio das plantas

    Na agricultura orgnica no so aceitas as fontes sintticassolveis de nitrognio, como sulfato de amnia, uria, cloreto depotssio, nitrato de potssio, salitre, supersimples, supertriplo, MAP,DAP e outros. Na agricultura orgnica a adubao mineral acomplementao da orgnica. considerado que um solo rico emmatria orgnica capaz de transformar os minerais existentes emformas assimilveis pelas plantas.

    Matria orgnica

    A matria orgnica constitui a principal fonte de nutrientes paraas plantas neste processo, desde que isentos de contaminantesqumicos ou biolgicos. Elas podem ser originadas de: estercos deanimais e aves, cama de currais, estercos lquidos, biofertilizantes,adubos verdes, tortas e farinhas vegetais, vinhaa, hmus deminhocas, restos vegetais e animais, compostos orgnicos, etc.

    Micronutrientes

    Os micronutrientes so considerados elementos de grandeimportncia pela agricultura orgnica, no somente pelo seu papel nanutrio, como na defesa e resistncia da planta, como exemplo:boro, zinco, mangans, cobre, molibdnio, e outros.

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    HORTA ORGNICA

    A horta um local onde se podecultivar vrios tipos de verduras elegumes que so ricos em saisMinerais e vitaminas indispensveispara o organismo humano. Nelatambm se pode plantar temperos eervas medicinais

    Alm de ser uma fontealimentar um importante local derelaxamento que proporcionacontato com a terra e a natureza e o prazer de produzir algo, semfalar da economia que podemos conseguir quando cultivamos nossos

    prprios alimentos, ao invs de compr-los, com possibilidades devend-los, ajudando na renda da famlia. Ter uma horta em casa no difcil, porm preciso alguns conhecimentos para ter um bomplanejamento e uma boa produo. Neste folheto, procuramoscontribuir com algumas dicas para que voc faa, com sucesso, umahorta em sua casa.

    ESCOLHA DO LOCAL

    O local de instalao da horta deve ser de fcil acesso, depreferncia onde bata o sol da manh, com gua disponvel emquantidade e prxima ao local. No devem ser usados terrenosencharcados, que favorecem a ocorrncia de podrides radiculares. Oterreno pode ser plano. Mas, se a horta for instalada em reasinclinadas, os canteiros devem ser feitos acompanhando o nvel,cortando as guas. Os canteiros devem ser feitos na direo norte-sul, ou voltados para o norte para aproveitar melhor o sol. No localda horta no aconselhvel a entrada de galinhas, cachorros,coelhos. O local para a horta deve ficar afastado, no mnimo, 15metros de privadas, chiqueiros ou esgotos.

    SOLO

    O solo o fator mais relevante a ser considerado para aproduo. O solo deve ser encarado como um organismo vivo, queinterage com a vegetao em todas as fases de seu ciclo de vida.Devem ser analisados os aspectos fsicos, qumicos e biolgicos dossolos. Para uma rea de um metro quadrado (1 m 2) recomenda-se,em primeiro lugar, afofar bem o solo, aproveitando para misturar omato a existente, colocando neste processo 2kg de hmus de

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    minhoca ou terra preta (que pode ser encontrado em floriculturas) e50g de Ecobokashi de forma bem homognea.

    Depois de misturar bem a terra, regue-a com a mistura de umacolher de sopa de EM-4 em um regador com cinco litros de gua,deixando o solo bem molhado. Feito isto, coloque uma cobertura

    morta e deixe a terra descansar por uma semana (pousio) antes deplantar, mantendo sempre a umidade, regando com gua pura. Parasaber o teor de umidade da terra necessrio treinar bem aobservao em sua horta, assim o solo ter sempre uma boauniformidade de gua, nem seco nem encharcado, favorecendo oplantio.

    O aspecto fsico do solo serefere sua textura e a suaestrutura. A textura de um solo serelaciona ao tamanho dos gros queo formam. Um solo possui diferentesquantidades de areia, argila, matriaorgnica, gua, ar e minerais. Aforma como estes componentes seorganizam, representa a estrutura dosolo. Um solo bem estruturado deveser fofo e poroso permitindo apenetrao da gua e do ar, assimcomo de pequenos animais, e dasrazes.

    O aspecto qumico se relaciona com os nutrientes que vo serutilizados pelas plantas. Esses nutrientes, dissolvidos na gua do solo(soluo), penetram pelas razes das plantas. No sistema orgnico deproduo os nutrientes podem ser supridos atravs da adio dematria orgnica e compostos vegetais.

    O aspecto biolgico trata dos organismos vivos existentes nosolo, e que atuam nos aspectos fsicos e qumicos de um solo. A vidano solo s possvel onde h disponibilidade de ar, gua e denutrientes. Um solo com presena de organismos vivos indica boascondies de estrutura do solo. Os microorganismos do solo so osprincipais agentes de transformao qumica dosnutrientes, tornando-os disponveis para absoro pelas razes das plantas.

    A matria orgnica um dos componentes de um solo e atuacomo agente de estruturao, possibilitando a existncia de vidamicrobiana e fauna especifica, alm de adicionar nutrientes soluodo solo.

    Os solos no Brasil em geral so cidos sendo recomendvel,

    sempre, iniciar a correo do solo com a aplicao de calcrio, depreferncia o dolomtico que, alm de conter clcio, tem magnsio,

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    que deve ser aplicado dois meses antes do plantio (hortaconvencional). Seu uso na agricultura convencional visa aumentar nosolo a disponibilidade dos dois elementos, neutralizar o alumniotxico e reduzir a acidez. Na abordagem ecolgica (horta orgnica),considera-se como sua funo principal o favorecimento dos

    organismos do solo. As demais funes so mais bem realizadas pelohmus. Na verdade, minhocas e microorganismos desenvolver-se-omelhor se um adequado nvel de clcio e magnsio estiver suadisposio.

    As dosagens de calcrio so, na abordagem convencional,baseadas na anlise do solo, que fornece, entre outras informaes,os nveis de clcio, magnsio e alumnio txico e a intensidade deacidez. Na horta orgnica, em funo do maior teor de hmus queser formado, no haver necessidade de dosagem acima de duas

    toneladas por hectare, relativamente baixa pelos padresconvencionais. Assim, com segurana, pode-se estabelecer critriosprticos para orientar nossa deciso. O mais vivel observar odesenvolvimento das plantas e a composio do mato. Se este, porexemplo, formado por plantas indicadoras de acidez e alumniotxico (sap, samambaia, capim-natal, timbete ou carrapicho-deroseta), usamos a dosagem ecologicamente mxima: duas toneladaspor hectare. Se o mato constitudo por ervas indicadoras de altafertilidade: capim-marmelada, trapoeraba, caruru, capim-p-de-galinha, etc, no ser necessria a correo. Dosagens intermedirias

    dependero do bom senso e da prtica.Nas condies de horticultura caseira podemos considerar os

    seguintes parmetros:

    Fertilidade Dosagem em g/m2

    Alta Desnecessria

    Mdia 100 g

    Baixa 200 g

    Para esclarecer, existem dois tipos bsicos de nutrientes:Macronutrientes Fsforo, potssio, nitrognio, clcio,

    magnsio e enxofre estes so exigidos em maiores quantidadespelas plantas.

    Micronutrientes boro, cloro, cobre, cobalto, vandio, sdio,ferro, mangans, molibdnio e zinco, so utilizados em quantidadesnfimas pelas plantas, mas possuem importncia vital.

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    ADUBAO ORGNICA

    Chama-se adubao orgnica o uso de material vegetal eanimal utilizado como insumo na produo agrcola. A matria

    orgnica, quando aplicada dentro das tcnicas e sendo de boaqualidade um dos principais agentes de estruturao dos solos. Aaplicao de matria orgnica no solo atua na estrutura do solo, namanuteno e desenvolvimento da vida microbiana do solo e noaporte de nutrientes. Um solo bem estruturado possui maiorresistncia compactao e eroso.

    Os adubos so usados para ajudar no crescimento das plantas.Eles podem ser qumicos ou orgnicos. O adubo qumico o que vocj compra pronto como, por exemplo, o salitre do Chile, o sulfato deamnia e o NPK 4-14-8. Por todos os efeitos colaterais dosfertilizantes qumicos, eles devero ser usados apenas em reamaiores, como um recurso transitrio de que o agricultor ecolgicopode lanar mo numa etapa inicial. Na pequena horta, o uso deadubos qumicos deve ser evitado. A palha para cobertura e oestrume esto geralmente disponveis e so suficientes. Inicialmente,o estrume poder ser incorporado in natura para as hortalias maisrsticas. Em sessenta dias, poderemos produzir um razovelcomposto para hortalias mais exigentes.

    Na agricultura orgnica comumente praticada, a adubao dosolo constitui-se na incorporao de composto de incorporao,composto de cobertura, palhada das culturas e adubos verdes. Estesltimos so, geralmente, da famlia de leguminosas. Mais raramenteso tambm utilizados o biofertilizante, o caldo biolgico e o estrumelquido, em irrigao. Do ponto de vista ecolgico, estas prticas soinsuficientes. Geralmente no envolvem o principal cuidado que oagricultor deveria ter com o solo: a cobertura com mulche vegetal.Alm disso, a incorporao envolve uma inverso das camadas dosolo, geradora de severos distrbios e mortandade na populao deorganismos teis.

    Na pequena horticultura, o uso de cobertura permanente commulche vegetal e do composto de incorporao constituem asprticas orgnicas mais viveis e saudveis. So importantes,tambm, para cobrir o solo em lugares muito quentes ou muito frios,protegendo as razes e mantendo a umidade.

    O uso de adubo orgnico deve ser feito com material curtido.Uma terra desgastada deve receber, gradativamente, matriaorgnica suficiente para incentivar o retorno da fauna dosolo.

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    Compostos Orgnicos

    A COMPOSTAGEM uma tcnica que facilita o manejo doesterco, reduz o volume de material, a perda de Nitrognio e outrosnutrientes aps a aplicao; elimina sementes de ervas daninhas einsetos; conserva o esterco at que a aplicao seja necessria.

    O nome composto vem da mistura de materiais usados em suafabricao. Um composto bem feito possui matria orgnicatransformada em hmus e atua no solo como uma cola entre ospequenos pedaos de terra, melhorando sua estrutura, dandocondies ao solo de armazenar maior quantidade de gua, de ar, ede nutrientes, que alimentaro as plantas.

    O ideal no primeiro ano usar dois quilos de composto por

    metro quadrado de canteiro. O canteiro poder ser usado at trsvezes num ano, repetindo-se o uso do composto em cada plantio.

    MATERIAIS MAIOR QUANTIDADE DENITROGNIO

    MATERIAIS MENOR QUANTIDADE DENITROGNIO

    plantas cultivadas plantas nativas, de mata, campo oucerrado

    plantas herbceas plantas arbustivas e arbreasplantas verdes plantas secas

    leguminosas e plantas aquticas demais famliasfolha, broto, flor e fruto (sementes) haste, caule, ramo, galho, tronco e

    cascas

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    Canais escoadoresde enxurrada

    Alternnciaem volumede materialrico e pobreem nitrognio

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    Adubo Caseiro

    O esterco animal (tirado do curral ou galinheiro) pode sersubstitudo por outro tipo de adubo orgnico, feito com o seguintematerial: folhas em geral, restos de cozinha, mato capinado, cinzas,restos de animais, cascas de frutas e outros. fcil preparar em casamesmo o adubo orgnico. Veja aqui:

    Fazer um buraco na terra e jogar todo material disponvel. Acobertura, para proteo contra a chuva, pode ser feita compalha, bambu, tela, plstico. O tamanho do buraco depende dadisponibilidade de matria-prima ou da necessidade de adubo.Pode ser feito medas (amontoados de material orgnico) ouesterqueiras.

    Jogar gua 2 (duas) vezes por semana; O adubo estar pronto para ser usado quando a mistura estiver

    curtida, ou seja, fria;

    Para ver se est curtido, colocar uma chapa de metal at ofundo do buraco e deixar por 10 minutos. Quando retirar achapa, veja se ela esta quente ou fria. Se estiver fria, o adubopode ser usado imediatamente, mas, se estiver quente, noest pronto e voc deve colocar mais gua;

    Uso correto 3 a 4 (trs a quatro) litros por metro quadrado de

    canteiro.

    Biofertilizante

    Como o nome j diz, um fertilizante vivo, cheio demicroorganismos. Podemos fazer biofertilizantes somente comesterco e gua ou ainda com qualquer tipo de material verdefermentado na gua. Podemos enriquecer com alguns minerais comcalcrio e/ou cinzas.

    Os biofertilizantes so lquidos e podem ser usados no solo ouem tratamentos foliares. Este ltimo aplicado na planta compulverizador. O importante que se utilize material existente emabundncia e a baixo custo na propriedade. Como base se usaesterco fresco de gado, soro de leite e/ou leite, garapa de cana,melao ou acar, guaps, ervas daninhas do campo e roada depastos, resto de frutas e verduras.

    O biofertilizante alimenta mas no s isso. Uma dasimportantes qualidades e descobertas que ele protege a planta

    agindo como defensivo. Isto porque ajuda a planta a se proteger, o

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    que bem diferente da ao dos agrotxicos. Esta defesa pode serocasionada por diversos fatores:

    A) Se a planta bem nutrida, tem mais resistncia econsequentemente, ter condies de se defender de algum ataque

    de insetos, fungos, bactrias, etc.B) Como o biofertilizante um produto vivo, os

    microorganismos podem entrar em luta com o que est atacando aplanta e repelir e destruir ou paralisar a ao desses elementos.

    Existem dezenas, talvez centenas de misturas para se fazerbiofertilizantes. Fazendo, cada produtor vai descobrir a mistura e aconcentrao que para ele d mais resultado.

    Em recipiente de 200 litros (tambor de plstico com tampa)coloque:

    30 litros de esterco

    70 litros de gua

    5 litros de garapa ou 2 kg de acar

    5 litros de leite ou soro

    3 kg de cinzas

    restos de pasto picados

    restos de verdura picados

    restos de frutas picadas

    Modo de fazer:

    Colocar todos os ingredientes em recipiente plstico(tambor), e deixar fermentar.

    importante que na tampa haja uma sada para o gsque naturalmente se forma, evitando uma possvel explosodo recipiente. Porm, no pode haver entrada de ar notambor. Para isso, deve-se adicionar uma mangueira tampa, que deve ser bem vedada (com durepox, silicone,etc.) e mergulhar a outra extremidade num recipiente comgua.

    Indicao: repelente de insetos, fertilizante foliar e controle dedoenas.

    Pode ser usado a partir do 4 dia. Para aplicar como adubo

    diluir em 2/3 de gua e regar os ps das plantas. Para pulverizar nas

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    folhas usar uma concentrao de 3 a 5%. Deixar sempre um pedaode testemunha para observar o resultado.

    Recomenda-se a diluio de 2% para frutferas e hortalias e de4% para tomate.

    No pomar, pulverize a intervalos de 10-15 dias e para tomate eoutras hortalias, pulverize a intervalos de 10-20 dias.Para controle de doenas, pulverizar na concentrao de 5 a

    10%.Para aumentar o poder germinativo de sementes diluir a 20% e

    deixar as sementes por 8 horas. Semear logo em seguida.Modo de ao: quelatiza os nutrientes e evita o vazio biolgico.

    importante que em cada regio ecolgica, para cada cultura, avalie-se as concentraes e propores ideais dos micronutrientes, comotambm, a freqncia das pulverizaes.

    Tomar cuidado com a condutividade eltrica do biofertilizanteque de aproximadamente 4,0 e o valor que a planta tolera de 0,6.

    Bokashi

    um nome japons usado para a mistura de vrios farelosfermentados com microorganismos eficazes (EM-4). Essafermentao pode ser aerbica ou anaerbica. Na fermentaoanaerbica desenvolvem-se os microorganismos que necessitam decontato com o ar, j na fermentao anaerbica, desenvolvem-seaqueles que no necessitam do contato com o ar.

    O principal objetivo de se utilizar o Bokashi melhorar ascondies fsicas (agregao, maior capacidade de reter gua edrenar o excesso, reduzindo a eroso), qumicas (menor perda emaior disponibilidade de nutrientes) e biolgicas (melhor equilbriobiolgico e menor infestao de doenas) do solo, resultando naobteno de um produto agrcola de baixo custo, mais saudvel parao produtor e consumidor e no agressivo ao meio ambiente.

    Composio

    Bagao de cana 50% Caroo de aa triturado 30% Palha de caf ou arroz 15% Farelo de arroz 5%

    Preparo da soluo

    A soluo de EM usada para preparao do Bokashi dever serfeita misturando-se:

    98 % de gua;

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    1% de EM-4; 1% de melao ou acar cristal

    A quantidade de soluo utilizada dever ser:

    Bokashi aerbico: 30 % do volume Bokashi anaerbico: 15 % do volume

    Modo de produo

    AerbicoO material seco dever ser pesado e misturado. Em seguida,

    acrescenta-se a soluo de EM-4. A mistura poder serhomogeneizada com auxlio de uma enxada ou microtrator. A seguir,deve-se formar um canteiro com 1 m de largura, 30 cm de altura ecomprimento varivel. O canteiro dever ser coberto com sacos deestopa e ficar abrigado da chuva.

    Entre a fermentao e secagem pode decorrer seis a oito diasaproximadamente.

    A temperatura um importante ponto a ser controlado, sendonecessrio o revolvimento do canteiro com uma p, toda vez que atemperatura ultrapassar 45C. Esse processo de revolvimento feitoa partir do segundo dia de preparo, terminando no sexto ou stimodia, sendo necessrios 2 a 3 revolvimentos por dia.

    A partir do 3 dia aconselha-se abaixar a altura do canteirotoda vez que for revolvido para acelerar a perda de umidade demaneira uniforme.

    AnaerbicoO processo o mesmo do Bokashi aerbico at o ponto de

    adio da soluo de EM-4 e homogeneizao da mistura, tomando-se o cuidado de adicionar soluo somente at obter-se 15% deumidade.

    A nica diferena est em ensacar os farelos logo aps a adio

    da soluo e homogeneizao, no sendo necessrio o revolvimentodo material, pois na fermentao anaerbica a temperatura noultrapassa 50 C.

    O material dever ser colocado em sacos plsticos (sacos delixo) sem nenhum furo e revestido por um saco de rfia para norasgar durante o manuseio. Qualquer abertura, que possibilite aentrada de ar, resultar em m fermentao.

    O tempo de fermentao um pouco maior que o do aerbico,sendo de 15 a 20 dias. Aps esse perodo, se a fermentao tiver sidobem feita, ao abrir o saco, o material fermentado exalar um odor

    agradvel, podendo ser prontamente usado.Dosagem

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    Normalmente, jogam-se 1.000 kg por hectare no preparo dosolo. Deve-se esperar 10 dias para se proceder ao plantio, perodoem que se processa a fermentao, no havendo com isso nenhumprejuzo para a planta.

    Em canteiros de hortalias, deve-se utilizar at 200 g por metroquadrado, no preparo do canteiro.

    A cobertura com mulche

    O fornecimento de mulche ao solo poder ser feito por meio dediversas estratgias, dependendo do tamanho da rea e do tipo decultura. No caso de pequena horta, praticamente todo o mulchedever ser trazido de fora da rea de cultivo. A espessura do mulchedepender do porte da cultura. Na horta, varia de 3 a 7 cm.

    Finalmente, preciso considerar que a prpria planta j constitu porsi s uma natural proteo do solo. A fim de aproveitar a prpriacultura e ervas espontneas como verdadeiro mulche verde, oagricultor ecolgico pode adotar uma das seguintes estratgias:

    a. Introduo de culturas companheiras nas linhas eentrelinhas de cultura principal.

    b. Reduo dos espaamentos convencionais entrelinhas, promovendo maior raleamento dentro daslinhas.

    c. Manejo de ervas espontneas, eliminando asagressivas como gramneas, mas preservando as queno estabelecem competio com as culturas. Sempreque possvel, deve trocar a capina pela roada domato.

    d. Capoeiramento regenerativo usando espcies quemelhoram a fertilidade do solo, como p.ex.leguminosas. Esta prtica vivel somente paraespaos maiores, pois implica inatividade de parte darea.

    Na pequena horta so mais viveis as prticas a, b e c. Se foremutilizadas simultaneamente, elas tero grandes benefcios para osolo.

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    FERRAMENTAS

    As ferramentas mais comuns que podem serusadas numa horta so: colher, ancinho,enxadinha, regador de 20 litros, mangueira,enxada, enxado, barbante, uma ripa para plainare uma pequena faca ou canivete. Se voc no temtodas, pode aproveitar algum material disponvelque tem em casa e fazer suas prpriasferramentas, ou mesmo substituir algumas.

    PREPARO DO TERRENO

    Limpar ou capinar a rea, ajuntando todo o mato em um canto.O material retirado servir, depois de apodrecido, como aduboorgnico (esterco).

    Cavar o terreno na profundidade de 20 cm Desmanchar os torres, usando enxada ou enxado, deixando o

    terreno bem fofo. Nunca use o fogo para limpar o terreno.

    PREPARO DOS CANTEIROS

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    Dimenses:

    Altura:0 a 30 centmetros. Comprimento: 5 metros. Pode ser maior dependendo da

    disponibilidade do terreno.

    Largura: Deve variar de 80 a 120 cm.

    Distncia entre um canteiro e outro: de 30 a 50

    centmetros. Para uma rea de um metro quadrado (1,0 m2)

    recomenda-se 2,0 kg de hmus de minhoca, compostoorgnico ou terra preta (que pode ser encontrado emfloriculturas) e 50g de Ecobokashi de forma bemhomognea.

    Depois de misturar bem a terra, regue-a com a misturade uma colher de sopa de EM-4 em um regador com cinco litros degua, deixando o solo bem molhado.

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    Posio:Em terrenos inclinados, os canteiros devemficar atravessados em relao queda doterreno para evitar que as guas das chuvasos destruam. Deve-se fazer uma cercadura,porque a regagem constante causa erosonas beiradas do canteiro e diminui a reatil a ser plantada. A cercadura pode sefeita com a prpria terra do canteiro,tbuas, tijolos, madeira rolias ou qualquermaterial que segure a terra.

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    Feito isto, coloque uma cobertura morta de 3 a 7 cm(mulche) e deixe a terra descansar por uma semana (pousio) antesde plantar, mantendo sempre a umidade regando com gua pura.

    SEMENTEIRA

    o local onde se plantam as sementes de algumas hortaliaspara obter as mudas que sero transferidas para o canteiro. Asementeira muito importante porque o bom desenvolvimento dasplantas vai depender da qualidade das mudas. A sementeira de umahorta domstica pode ser feita na ponta de uma canteiro comum,geralmente 2 ou 3 m2 de canteiro so suficientes, ou em bandejas deisopor.

    Veja alguns cuidados importantes para fazer umasementeira:

    A sementeira pode ser feita em umpequeno canteiro, bandejas de isopor ouainda em caixote raso de madeira, comterra.

    A terra dever ser preparada da seguintemaneira: misturar 50% de hmus, 25%

    de areia grossa e 25% de terra. No useadubo qumico na sementeira.

    Fazer sulcos ou reguinhos, com a terra j umedecida, de 10 em10 centmetros de distncia, com 1 a 2 centmetros de fundurapara colocar as sementes. Os reguinhos devem ficaratravessados na sementeira

    Semear a quantidade necessria de sementes, de acordo com oseu canteiro e o nmero de mudas que deseja.

    Depois de plantar, irrigue bem com a mistura de uma colher decaf de EM-4 em um regador de cinco litros de gua uma vezpor semana.

    Cobrir a sementeira com saco ou capim.

    Transplantio

    Quando as plantas atingirem a altura recomendada eaparecerem as primeiras folhas definitivas estaro prontas para otransplantio. Retire-as com cuidado e leve-as para o canteirodefinitivo. No momento do transplante, deve-se tomar cuidado para

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    que as razes no fiquem com as pontas de baixo voltadas para cima,pois deste jeito morrero. Isto se aplica principalmente s mudas dealface, tomate, repolho, almeiro, brcolis, acelga, chicria,manjerico, entre outros. Aps o transplantio das mudas colocar umacobertura morta de capim picado ou folhas ou qualquer tipo de mato

    para proteger o solo do ressecamento rpido, pelo sol e pelo vento,proporcionando melhores condies para o desenvolvimento dasplantas.

    PLANTIO

    O plantio no canteiro pode ser feito de trs formas. Veja asinstrues para os diferentes tipos de plantio:

    Plantio de Mudas:

    Neste tipo de plantio so usadas as mudas de alface, couve,tomate, repolho, almeiro, cebola, pimento etc., vindos dasementeira.

    As mudas no devem ser enterradas demais na terra. Devemficar com 30 centmetro de espaamento uma da outra e 2 a 3centmetros de profundidade. Aperte um pouco para ficar firme.

    As razes das mudas no podem ficar dobradas. Mudas comrazes tortas ou quebradas no devem ser aproveitadas.

    O transplantio deve ser feito tardinha, com o tempo fresco.

    Aps o plantio, todas as mudas devem se regadas.

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    Plantio Direto no Canteiro:

    Depois do perodo de pousio (descanso) da terra por umasemana, distribuir as sementes no canteiro: em seguida tem quecobri-las com uma fina camada de terra, de preferncia peneirada.

    Irrigar com mistura de uma colher de caf de EM-4 em um regadorde cinco litros de gua uma vez por semana, mantendo a terrasempre mida com gua pura. Para que as sementes fiquem bemprotegidas da chuva, do ressecamento e dos pssaros, proteja o solocom palha ou capim picado e s retire esta cobertura quando assementes germinarem. Retire apenas a cobertura que cobre aplntula. Se aps a germinao, as mudinhas ficarem muito juntas,arranque algumas, com cuidado para no machucar as razes das queficarem.

    Plantio em Covas: Costuma-se plantar nas covas as sementes de vagem,

    abobrinha, quiabo, e ervilha.

    Fazer covas com enxada ou enxado, cavando at 20 (vinte)centmetros de fundura.

    Fazer adubao 10 dias antes do plantio. Voc deve colocar emcada cova 5 (cinco) litros de esterco bem curtido.

    Plantar 3 sementes em cada cova.

    Regar duas vezes por dia.

    Quando as plantas tiverem 20 (vinte) a 30 (trinta) centmetrosde altura, fazer o desbaste, tirando a muda mais fraca.

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    Plantio consorciado

    As variedades devem ser escolhidas de

    acordo com as condies ambientais da rea eplantio. Uma boa idia escolher duasvariedades de uma hortalia, plant-las namesma poca e pesquisar sobre odesenvolvimento de cada uma delas. Aescolha da melhor variedade est relacionadaa: taxa de germinao, desenvolvimento daplanta, resistncia a ataque de pragas edoenas, produtividade, aspecto do produtofinal, sabor.

    Em uma horta podem ser plantados diferentes tipos dehortalias. Como exemplo citamos alguns, agrupando-os pela partecomestvel mais utilizada:

    Razes: Cenoura, rabanete, batata doce;

    Bulbos: alho, cebola, beterraba;

    Folhas: Alface, almeiro, chicria, couve, espinafre, repolho;

    Frutos: Berinjela, tomate, pepino, pimento, jil, quiabo,abbora, feijo-vagem;

    Flores: Couve-flor, brcolis;

    Ervas: hortel, manjerico, alecrim, mostarda, organo,cebolinha, salsa, coentro.

    CALENDRIO

    Cada hortalia possui caractersticas prprias quanto ao ciclo devida, poca preferencial de plantio, necessidade de gua, exignciasnutricionais. Por exemplo, na poca das chuvas muitas vezes temosproblemas com encharcamento do solo, dificultando colheita de razese bulbos.

    Existem bons calendrios de plantio disposio em livros dehorticultura. Citaremos rapidamente um calendrio de plantio:

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    Ano todo

    Abobrinha, acelga, agrio, alface, almeiro, berinjela, beterraba,cebolinhas, cenoura, chicria, couve manteiga, espinafre, feijo-vagem, jil, milho, mostarda, pepino, rabanete, rcula e salsa.

    Janeiro

    Semear alface, agrio, aipo, couve, rabanete, almeiro, nabo,beterraba, rcula, chicria, espinafre, batata-doce, salsa e coentro

    em locais com clima ameno e chuvas leves. Em clima quente semearas culturas de ano todo.

    Fevereiro

    Semear rabanete e alface, transplantar o que foi semeado em

    sementeira.

    Maro

    Semear direto no canteiro cenoura, almeiro, salsa, alho, e nassementeiras: alface, chicria, espinafre, salso, couve-flor, brcolis erepolho. Deve-se estar atento para seleo de variedades uma vez

    que as culturas semeadas nesta poca se desenvolvero em clima deinverno.

    Abril

    Semear direto no canteiro agrio, almeiro, beterraba, nabo, salsa,alho, rcula, chicria, salso, na sementeira: chicria, salso, couve-

    flor, brcolis e repolho de inverno, e espinafre.

    Maio

    Semear nos canteiros rabanete, cenoura, almeiro, nabo, beterraba,rcula, salsa, chicria, salso, espinafre, couve-flor, brcolis, e

    repolho de inverno. Semear em sementeira alface.

    Junho

    Plantio direto no canteiro de almeiro, cenoura, nabo, beterraba,rcula, alho. Na sementeira chicria, agrio, couve-flor, brcolis e

    repolho de inverno.

    Julho

    Semear nos canteiros almeiro, rcula, alho. Na sementeira semeia-se alface, rabanete, chicria, beterraba.

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    Agosto

    Comea-se a selecionar variedades de vero para as que podem serplantadas o ano todo, de acordo com o clima local. Em sementeira

    plantar jil, berinjela, pimenta, pimento, tomate.

    Setembro

    Semear alface, rabanete, cenoura, couve-flor, brcolis. Continuaplantio de jil, berinjela, pimenta, pimento, tomate e aindaabobrinha, feijo de vagem, pepino, maxixe, salsa e coentro.

    Outubro

    Semear cenoura, couve-flor, brcolis, repolho, pimento, tomate,berinjela, jil, abobrinha, feijo de vagem, pepino, maxixe,

    mandioquinha, salsa, batata-doce, coentro.

    Novembro

    Semear alface, rabanete, cenoura, brcolis, repolho, couve-flor,batata-doce, coentro.

    Dezembro

    Semear abobrinha, feijo de vagem, pepino, cenoura e repolho.

    importante organizar o semeio de acordo com o que sepretende colher. Para isso deve-se analisar dados de cada cultura.

    Por exemplo: alface tem ciclo que pode variar de 35 dias novero a at 60 dias no inverno. Um canteiro com 5 metros decomprimento e 1,20 metros de largura resultam em 6 m2 de canteiro,o espaamento da alface sendo de 25 x 25 cm, resulta em 96 plantaspor canteiro. Se um canteiro for semeado em um nico dia, haveruma colheita de aproximadamente 96 ps em, no mximo, umasemana, uma vez que a alface tem ciclo curto e pode passar do

    ponto de colheita neste tempo.Isto diferente para outras culturas que podem permanecer

    bastante tempo no canteiro com a colheita estendendo-se por maisde um ms, como a couve, berinjela, cenoura, brcolis, jil,cebolinha, salsa entre outras.

    De acordo com o que se pretende colher, aconselha-se quesejam realizados plantios semanais de alface, chicria, ervilha,rcula, rabanete.

    Deve-se ainda levar em considerao o ciclo da cultura: sequiser milho verde para a festa junina, deve plant-lo cerca de 3

    meses antes.

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    PRAGAS E DOENAS

    Antes de aplicar qualquer tipo produto alternativo para ocontrole de praga ou doena, certifique-se da espcie de praga e/oudoena presente nas plantas e verifique se realmente o ataque intenso e justifica uma interveno.

    Lembre-se dos conceitos modernos de manejo ecolgico nocontrole de pragas que estabelecem:

    1- Toda praga tem pelo menos um inimigo natural;2- Toda planta pode suportar uma determinada

    quantidade/nvel de ataque de uma praga e/ou doena;3- Toda lavoura pode atingir equilbrio na natureza;4- Todo controle pode ser seletivo. Se houver necessidade

    de interveno para controle de praga e/ou doena, utilizar produtoscom menor efeito sobre os inimigos naturais das pragas/doena;

    5- Toda planta com nutrio equilibrada e sadia dificilmenteser atacada por pragas e doenas.

    Escolha a receita especfica para praga e/ou doena que possuafcil disponibilidade dos ingredientes.

    Pragas Ingredientes Modo de fazerPulgo Calda de fumo

    10 cm de fumo derolo

    50 g de sabo decoco ou neutro 1 litro de gua

    Pique o fumo e o sabo empedaos, junte a gua emisture bem. Deixe curtirpor cerca de 24 horas. Coe epulverize as plantasatacadas.

    Cochonilhas Emulso de leo

    2 litros de gua 1 kg de sabo comum

    (em pedra ou lquido) 8 litros de leo mineral

    Pique o sabo (se for empedra), misture com o leo ea gua e leve ao fogo,mexendo sempre, at quelevante fervura. A misturavai adquirir a consistnciade uma pasta. Guarde emum pote bem tampado e nahora da aplicao, dissolvacerca de 50g pasta em guamorna e dilua tudo em 3litros de gua

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    Mosca- branca Quando o ataque pequeno, o uso de plantas repelentes

    como tagetes ou cravo-de-defunto (Tagetes sp.), hortel

    (Mentha), calndula (Calendula officinalis), arruda (Ruta

    graveolens) - costuma dar bons resultados.

    Usar soluo 0,5% de detergente neutro ou leo mineral(50 ml de detergente para 10 l de gua)

    Lagartas Ch de angico

    100 g de folhas deangico

    1 litro de gua

    Coloque as folhas de angicode molho na gua por cercade 10 dias, misturandodiariamente. Coe o ch eguarde em uma garrafatampada. Quando forutilizar em pulverizaes,dilua uma parte do extratoem 10 partes de gua

    Formigas Dicas:Um bom mtodo natural para espantar as formigas eespalhar sementes de gergelim em torno dos canteiros.Alm disso, o gergelim colocado sobre o formigueiro,intoxica o fungo do qual elas se alimentam e ajuda aeliminar o ninho das formigas;

    Nematides So parentes das lombrigas e atacam pelo solo. Asplantas afetadas apresentam razes grossas e cheias defendas. Num ataque intenso, provocam a morte dosistema radicular e, conseqentemente, da planta.Algumas plantas do sinais em sua parte area,mostrando sintomas do ataque de nematides: as dlias,por exemplo, podem apresentar reas mortas, decolorao marrom, nas folhas mais velhas.

    Dica:

    O melhor repelente natural o plantio de tagetes (opopular cravo-de-defunto) na rea infestada;

    Se o controle ficar difcil, indicado eliminar a plantainfestada do jardim, para evitar a proliferao.

    Lava-ps, quem-quem,

    cupim etc

    Usar uma soluo de creolina, feita com 1 (um) copo decreolina para cada 10 (dez) litros de gua.

    Insetos, bacterias,

    fungos, nematides,

    carrapatos

    Calda de Alho

    100 g de alho 0,5 litro de gua 10 gramas de sabo de

    Os dentes de alho devemser finamente modos edeixados em repouso por 24

    horas em 2 colheres de leomineral. parte, dissolver

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    cco 2 colheres de (caf) de

    leo mineral

    10 g de sabo em 0,5 litrode gua. Misturar todos osingredientes e filtrar. Antesde usar o preparado, diluir omesmo em 10 litros degua, podendo, no entanto,

    ser utilizado em outrasconcentraes, de acordocom a situao.

    TRATOS CULTURAIS

    Cuidados na sementeira Na sementeira prepara-se a mudaque vai para o campo. uma poca de muitos cuidados porque umamuda saudvel gera um planta produtiva. Na sementeira a terra deve

    ser limpa de doenas e sementes de outras ervas para evitar doenase competio; deve-se dar preferncia a solos arenosos, onde agerminao das sementes mais fcil e evita-se o encharcamento. Asementeira deve ser coberta para evitar a incidncia direta de raiossolares e chuva. A cobertura pode ser feita com palha, bambu, tela,plstico.

    Transplantes a passagem da muda da sementeira para ocanteiro e s pode ser realizada quando a planta j tem folhasdefinitivas e raiz desenvolvida. No confundir as folhas definitivascom as primeiras folhas que surgem. A poca de transplante variapara cada cultura, mas pode-se tomar como regra que a muda tenhaentre 4 e 8 folhas definitivas.

    Rega A irrigao responsvel pelo aporte de gua aoplantio. A gua tem funes diversas como fornecer gua paragerminao da semente, desenvolvimento da planta, solubilizar osnutrientes do solo para disponibiliz-los para as plantas. Existemvrios tipos de irrigao; em pequenas reas recomenda-se o uso demangueira, regador ou ainda sistema de irrigao por asperso.Plantas de ciclo curto e pequeno porte so mais sensveis falta degua. A fase de sementeira exige regas dirias, sendo aconselhvel

    que seja feita duas vezes ao dia. A irrigao deve ser realizada,sempre, nas horas mais frescas do dia. Uma forma de determinar anecessidade de rega verificar qual a umidade do solo a umaprofundidade media de 10 cm.

    Rotao de culturas ao planejar um canteiro, deve-se evitaro plantio sucessivo de uma mesma cultura, assim como plantas damesma famlia. A rotao reduz a chance de aparecerem doenas epragas e possibilita um melhor aproveitamento dos nutrientesdisponveis. Uma boa seqncia a ser utilizada : folha, raiz, flor,

    fruto (exemplo: alface, cenoura, brcolis, berinjela). Este mtodo

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    possibilita ainda o plantio sem necessidade de refazer o canteiro,utilizando-se apenas adubao de plantio.

    Associao de culturas algumas plantas gostam dacompanhia de outras: so as companheiras.

    Cobertura morta utilizada para proteger o solo contra achuva e o sol. Nos solos argilosos evita formao de crostas duras nasuperfcie. Em solos arenosos aumenta a reteno de gua no solo.Tambm evita a presena de ervas invasoras. Pode ser feita compalha, capim cortado, casca de arroz ou outro material disponvel.No deve ser incorporado ao solo.

    Controle de ervas as ervas invasoras tem aspectos positivose negativos para o desenvolvimento da cultura. So positivos: a

    atrao de insetos, a cobertura do solo, a produo de massa verdeque pode ser usada na compostagem. So negativos: a competiopor gua e nutrientes e insolao. As ervas devem ser controladasquando se verificar competio (exemplo, o mato est mais alto quea cultura plantada).

    Adubao verde consiste no plantio de leguminosas junto,ou antes, da cultura pretendida. A adubao verde melhora o solo,trazendo nutrientes de partes mais profundas, elimina nematdeos,cobre o solo com muita massa verde e incorpora ao solo o nitrognio

    que as leguminosas captam do ar. Tipos de leguminosas maisusados: guandu, mucuna-preta, mucuna-an, feijo de porco,crotalria e leucena. Estas plantas podem ser usadas em rotao noscanteiros, associadas ao milho ou em terras em descanso. Podemainda ser aproveitadas para alimentao animal, humana (guandu) ecomo lenha (guandu). Em solos compactados convm anteceder oplantio da horta com cultivo de leguminosas.

    Adubao refere-se ao aporte de nutrientes s plantas, que feito pela aplicao de adubos orgnicos na terra. O adubo se

    dissolve na gua do solo e penetra pelas razes. Pode-se realizaradubao de plantio e de cobertura. Adubo de plantio aplicado nocanteiro antes do plantio. Adubo de cobertura usado nas fasesposteriores, quando a planta precisa de fora para formar cabea,frutificar, rebrotar ou amadurecer os frutos ou at para aumentar otamanho e o nmero de folhas em culturas de ciclo mais longo. Parauma horta orgnica a adubao tem como base o composto, hmus,ou qualquer outro adubo orgnico maduro.

    Desbaste no plantio definitivo necessrio diminuir onmero de plantas no canteiro possibilitando um maiordesenvolvimento das plantas que ficam.

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    Amontoa juntar terra no p das plantas (para couve,brcolis, beterraba e tomate).

    Estaqueamento - suporte para plantas trepadeiras: ervilha,

    feijo vagem, tomate, pepino. Pode tambm utilizar a cerca da hortaou ps de milho j colhidos.

    Controle de pragas considera-se praga o ataque de insetoque cause danos srios a plantao ou reduza a produo. No hnecessidade de controle enquanto no h dano. Os ataques podemainda ser minimizados com a rotao de culturas, plantas bemnutridas, presena de inimigos naturais (joaninha, pssaros). Ocontrole pode ser feito atravs de produtos como biofertilizante,pasta de sabo ou preparados a base de plantas.

    COLHEITA E ARMAZENAMENTO

    A colheita uma atividade que varia deacordo com a cultura. A colheita de frutos feitaquando estes esto maduros, de vez, oudependendo do produto, ainda verde. Folhaspodem ser colhidas atravs da retirada total daplanta ou de algumas folhas apenas.

    Os melhores horrios de colheita so os de temperatura maisbaixa quando os vegetais perdem menos gua, o ideal antes do solforte, para folhas; e no final da tarde para razes.

    Aps a colheita as hortalias continuam perdendo gua o quepode levar ao murchamento ou desidratao do seu produto.Conservar os produtos em locais frescos mantendo-os midos amelhor forma de conserva-los. Em locais frios ou geladeira osalimentos se conservam melhor.

    Para melhor apresentao, conservao e higiene as verdurasdevem ser lavadas em gua corrente e retirados todos os restos deterra, folhas secas, ou outras impurezas.

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    http://www.planetaorganico.com.br/poscolh1.htm
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    CUIDADOS

    O clima, por exemplo, determinante na adaptao de

    certas culturas e deve ser levadoem considerao na seleo devariedades. As diferenas entreestaes, quanto a temperatura epluviosidade devem ser verificadas,servindo como base para umcalendrio de pocas de plantio.

    Para incio da produo importante realizar umplanejamento. Nele deve-se definir os espaos a serem utilizados e

    o tipo de produo pretendida, verificando-se poca de plantio,variedades adaptadas, escalonamento de produo, consrcios, ciclosdas culturas, exigncias e tratos culturais necessrios. Paraimplantao de uma horta orgnica em pequenas reas pode-seconsiderar o calculo de 10 m2 por pessoa e que uma hora detrabalhos dirios possibilita a manuteno at 100 m2 de reatrabalhada.

    A Reserva florestal um fator que est relacionado aoequilbrio ecolgico regional de modo mais geral e, maisprecisamente, presena de espcies da fauna que podem interagircom o plantio. Aves e insetos so componentes da cadeia que vai sergerada a partir de um plantio orgnico.

    Sementes: Quando for comprar as sementes, precisoverificar a procedncia, espcie, validade e variedade com cuidado.Cada tipo de semente deve ser semeado de acordo com a melhorpoca do plantio.

    Os inseticidas: Os inseticidas qumicos no devem ser usadosna horta, pois podem trazer srios problemas para a sade humana epara o meio ambiente, j que muitos alimentos so comidos tambmcrus.

    gua: No use gua suja (poluda) para regar os canteiros,porque isto pode danificar as plantas e trazer problemas para suasade.

    Remdios: Sempre que aplicar remdios caseiros nos canteirosde hortalias, espere pelo menos 5 (cinco) dias para com-las.

    Rotao de Culturas: Aps cada colheita, voc deve alternar,

    no canteiro, o plantio de verduras de folhas por tubrculos, que soas hortalias que do batata debaixo da terra. Isto quer dizer que, no

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    mesmo canteiro onde voc plantou couve, pode plantar, por exemplo,a beterraba. A alface pode ser substituda pela cenoura; o repolho porrabanete e assim por diante, de acordo com a sua preferncia.

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    COMO PLANTAR EM PEQUENOS ESPAOS

    Equipe

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    Trata-se de uma horta que pode sercultivada em qualquer lugar, em umaestrutura de bambu, com as hortaliasplantadas em garrafas pet...

    1. Escolha um local que receba solpelo menos cinco horas por dia,bem arejado, mas evitando oexcesso de vento que prejudica as

    plantas.

    2. Voc poder fazer o plantio emrecipientes de qualquer materialresistente umidade: floreiras,tubos cortados de plstico, pneuscortados ao meio, latas, caixas demadeira como aquelas usadas porcomerciantes para carregarverduras. O segredo garantir quetenham pelo menos um palmo deprofundidade (cerca de 20 cm) para

    a mistura de terra e compostoorgnico;

    3. Prepare o recipiente, colocandono fundo uma camada de cascalhoou cacos de cermica, para facilitaro escoamento da gua, e - sobreela - a terra com composto. Umadica colocar o recipiente sobre umsuporte, no muito alto: assim oexcesso de gua sair maisfacilmente. Se o recipiente tiver at25 cm de profundidade, planteervas (cebolinha, salsinha, coentro,salsa) ou hortalias de raiz menosprofunda (como alface, espinafre,rabanete, rcula, chicria, agrio).Caso seja mais fundo, aproveite:alm das ervas e verduras, darpara plantar espcies maiores, ou/ede razes mais profundas, comocouve, brcolis, pimento, cenoura.

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    Lais Mary Lisboa de Lima

    Engenheira Agrnoma / Docente - Faculdade So Lucas

    Jos Orestes Merola de Carvalho

    Engenheiro Agrnomo / Pesquisador - Embrapa Rondnia

    Mariclia Messias Cantanhde dos Santos

    Biloga - Faculdade So Lucas