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í—' D O r \c N JOVENS E ADULTOS Trimestre de 1994 . Bíblicas esus Cristo T/do de Deus .

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JOVENS E ADULTOS2° Trimestre de 1994

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Bíblicas

esus CristoT/do de Deus

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BIBLIOTECA DIDAOUÊ

Comentário: ESTEVAM ANGELO DE SOUZA

SUMÁRIOLições

do 2° Ttímestrede 1994

Lição lCristo Sofreu por Nós

Lição 2A Ressurreição de Cristo

Lição 3A Esperança Messiânica de Israel

Lição 4O Nascimento Virginal de Cristo

Lição 5Â Infância e a Adolescência de Jesus

Lição 6O Batismo de Jesus e sua Unção peloEspírito Santo

Lição 7Cristo Chama os Primeiros Discípulos

Lição 8O Tríplice Ministério de Cristo

Lição 9Cristo, o que Batiza com o Espírito Santo

Lição IOCristo, sua Igreja e o Mundo

Lição 11Os Milagres de Cristo

Lição 12Os Ensinos de Cristo

Lição 13A Ascensão de Cristo

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3 de abril de 1994

CRISTO SOFREU POR NÓS

TEXTO ÁUREO LEITURA EM CLASSE

"Porque paru isto sois cha-mados; pois lambem Cristopadeceu por nós, deixando-noso exemplo, para que sigais assuas pisadas" (l Pé 2.21).

VERDADE PRATICA

A vitoria de Cristo no so-frimento cumpriu o plano cmplena vontade de Deus.

ÉPOCA DO EVENTO: 29 d.C.

LOCAL: Jerusalém

HINOS SUGERIDOS: 095 (089HCA) e 097 (465 - HCA)

LEITURA DIÁRIA

Segunda- Hb 10.4-7Cumpriu a vontade do PctiTurfa - Is S3.4-8Levou nossas doresQuarta-h 53.12Apagou nossos pecadosQuinta - Is 53.5Sacrificado cm nosso luxarSexta-Hb 12.18-24Garantiu unia nova aliançaSábado - J» 8.32-36libertou-nos da condenação

MARCOS 14.32-34,44,46; 15.1-5

32 - E foram a um lugar chama-do (íetsêmaiii, e disse aos seus dis-cípulos: Assentai-vos aqui, enquan-to eu oro.

33 - E tomou consigo a Pedro, ea Tiago, e a João, e começou a terpavor, e a angustiar-se.

34-E disse-lhes: A,minha almaestá profundamente triste até àmorte: ficai aqui, e vigiai,

44 - Ora, o que o traía, tinha-lhes dado um sinal, dizendo: Aque-le; que eu beijar, esse é; prendei-o,e levai-o com segurança.

46 - E lançaram-lhe as mãos, eo prenderam.

15.1 - E, logo ao amanhecer, osprincipais dos sacerdotes, com osanciãos, e os escribas, e todo oSinédrio, tiveram conselho; e, li-gando Jesus, o levaram e entrega-ram a Pilatos.

2 - li Pilatos lhe perguntou: Tués o rei dos Judeus? K ele, respon-dendo, disse-lhe: Tu o dixes.

3 - E os principais dos sacerdo-tes o acusavam de muitas coisas;porém ele nada respondia.

4 - li Pilatos o interrogou outravê/, dizendo: Nada respondas? Vêquantas coisas testificam contra ti.

5 - Mas Jesus nada mais res-pondeu, de maneira que Pilatos semaravilhava.

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ESBOÇO

INTRODUÇÃO

I. O SOFRIMENTO DE CRISTOANTES DA CRUZ

1. A agonia do Gclscmani2. Os molivos tia agonia doGetsêmani

3. A decisão de Jesus noGctscmani

U. PERGUNTAS E REVELAÇÕES1. Que mal fé/ Ele?

2. Qual dos dois quereis que euvos solte?3. Que farei, cnlíio, de Jesus

chamado o Crislo?

I I I . DESFECHO DOS SOFRIMEN-TOS DE CRISTO

I. O sofrimento (Ysico2. O sofrimento moral c psico-lógico3. O sofrimento espiritual

IV. A FINALIDADE DO SOFRI-MENTO E DA MORTE DE JE-SUSl. Jesus sofreu c morreu por nós

2. "Para que o corpo do pecadoseja destruído...3. Para que nos consideremosinorlos para o pecado...

4. Para que o pecado não reinemais cm nosso corpo mortal...5. Jesus tomou os nossos peca-dos cm seu corpo...6. Para que a vida de Jesus semanifeste cm nosso corpo...

OBJETÍVOS

No término dês Ia lição, os alunosdeverão ser capazes de:

• Entender que a agonia de Je-sus, por nossa causa, foi tão grande

que seu suor se transformou cm gotasde sangue (Lc 22.44).

* Compreender <.\uc. as perguntasde Pilaíos comprovam-nos que. real-mente, Jesus nada fé/paramcrecer amorte (Ml, 27.23).

+E!upcnhar-sc, para que amorlede Jesus surta um efeito restauradorcm suas vidas.

^ Enfeude r que. Jesus era inocen-te c colocou-seem nosso lugar, paramorrerpornós, o Justo pelos injustos(i Pé 3. I N ) .

SUGESTÕES PRÁTICAS

1. Informe cios alunos que Jesusestava designado para morrer pornós, como o Cordeiro de Deus, desdea fundação do mundo (Ap 13.8). OCriador sabia, por sua Onisciência,que o homem, criado à sua imageme semelhança, desobedecer-lhe-ia, e,por isso, estabeleceu o plano da sal-vação na morte expiatória do seuFilho amado.

2. Mosire-ihes que Jesus aceitoude bom grado a vontade do Pai, e, porisso, Ele veio ao mundo. Viveu emtotal dependência de Deus e íbi-lhcobediente até a morte (Fp 2.8). Nahora de render o seu Espírito, bra-dou: "Está consumado" (Jo 19.30),para entendermos que sua obra foicompleta.

3. !''..\}>liijue a eles que Deus nãoachou alguém que fosse capaz desalvar a humanidade perdida. Porisso, em u m gesto de grande amor (Jo3.16). enviou seu Filho. para. por suamorte, sermos livres da condenação

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eterna, o destino de quem não aceitaa Jesus como Salvador.

PARTICIPAÇÃO DO ALUNO

• Uma aula em que o aluno nãoparticipe, torna-se monótona,cnjoatíva e indigesta. O professorprecisa saber que o aluno não é umpaciente c, siin, um agente no pro-cesso ensino-aprcndizagcm. É umanecessidade prcmcnlc do ser huma-no, para aprender, interagir, ou seja,não ficar na passividade, mas parti-cipar ativamentc, através de pergun-tas e debates, a fim de dirimir todassuas dúvidas.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Nas lições deste trimestre estu-daremos fatos relacionados com apessoa do Senhor Jesus, desde o seunascimento até à sua ascensão aoCéu. Como, porém, na primeira se-mana de abril se comemoram a mor-te e a ressurreição de Cristo, altera-mos a ordem cronológica dos acon-tecimentos.

A inteligência humana é sobre-modo incapaz de analisar e descre-ver os sofrimentos do Senhor Jesus.O mais imporiante, porém, é reco-nhecermos que tudo Ele padeceu pornós.

I. O SOFRIMENTO DE CRISTOANTES DA CRUZ

1. A agonia do Getsêmani. Apósos ensinamentos profundos do Ser-

mão Profético, Jesus abriu-lhes ocaminho para o Céu, mediante osofrimento iniciado no Getsêmani.Ali, o Senhor Jesus fez a oraçãopreparatória para o seu triunfo noCalvário. Mateus diz, que Ele "come-çou a entristecer-se e angustiar-se"(26.37), e Lucas diz que Cristo oroucom tal instância que "o seu suortornou-se em grandes gotas de san-gue, que corriam até o chão1' (22.44).

O mero esforço em qualquer la-bor humano provoca suor. Aqui nãoera uma simples dedicação humana,mas o empenho do Salvador parauma realização eterna. Era o Deushumanizado empenhando-se paradesfazer as obras do maligno e liber-tar as almas escravas do pecado e dopoder de Satanás. Era a preparaçãopara o Calvário, onde Jesus seriaoferecido para resgatar nossas al-mas. Foi nesse momento que Eledisse: "Aminha alma está profunda-mente triste até àmorte" (Mt 26.38).

2. Os motivos da agonia doGetsêmani. No Gelsêmani, o Se-nhor orou: "Meu Pai: Se possível,passe de mim este cálice'1 (Mt26.39).Esta oração tem sido interpretada,erroneamente, de que Jesus teve medodamorte. Ele não temeu, pois decla-rou que veio para dar a sua vida emresgate de muitos (Mc 10.45). Tam-bém disse: "Eu dou a minha vidapara a reassumir. Ninguém a tira demim.... eu espontaneamente a dou.Tenho autoridade para a entregar etambém para reavê-la" (Jo 10.17,18- ARA).

3. A decisão de Jesus noGetsêmani. Depois de orar pela ter-

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ceira vez, o Cristo de Deus concluiu:"Meu Pai, senão épossívelpassardemim este cálice, sem que eu o beba,faça-se a tua vontade" (Mt 26.42).Em resposta a esta oração, diz oevangelistaLucas: "Então Iheapare-ceu um anjo do céu e o confortava"(22.43). O cálice, entretanto, nãopassou de Jesus sem queEle o bebes-se. Ele significava os sofrimentos doCalvário. Se Jesus não o sorvesse,nós sofreríamos para sempre. Seriaimpossível a nossa salvação sem osacrifício expiatório de Cristo.

II. PERGUNTAS E REATELA-ÇÕES

Durante o julgamento de Cristoperante Pilatos, estabeleceu-se entreo governador romano e os judeus umdiálogo profundamente significati-vo. As perguntas erespostas aponta-vam para os propósitos de Deus,como revelação do seu plano salva-dor.

1. Que mal fez Ele? (Mt 27.23).Sem caráter de pergunta, significa-ria afirmar que Jesus não praticoumal algum. Isto nos ensina duasgrandes verdades que permeiam adoutrina da salvação:

a. A. impecabilidade de Jesus.Impecabilidade é a característicaencontrada exclusivamente no Se-nhor Jesus. A todos os demais ho-mens, que vieram ao mundo, desdeAdão até os nossos dias, aplicam-seestas palavras: "Não há justo, nemsequer um... todos se extraviaram, àuma se fizeram inúteis. Não há quemfaça o bem" (Rm 3.10-12). "Todos

pecaram e destituídos estão da glóriade Deus" (Rm3.23). Alei preceitu-ava: "A alma que pecar, essamorre-rá" (Ez 18.20). Assim, Deus nãousaria nenhum outro homem comopropiciação pelos nossos pecados.Só Jesus, o Cordeiro Imaculado, po-dia nos substituir, ao sofrer e morrerpomos,EEle,ojusto, tomouolugardo injusto, do pecador, para que fôs-semosfeitosjustos, aleluia! Em refe-rência a Jesus, está escrito: "Comefeito nos convinha um sumo sacer-dote, assim como este, santo,inculpável, sem mácula" (Hb 7.26);"Ele não cometeu pecado, nem nasua boca se achou engano" (l Pé2.21,22).

b. Se Jesus houvesse praticado omal, não poderia realizar a obrapropiciatória em nosso favor. SeCristo tivesse sido submetido a jul-gamento pelas autoridades, por al-gum crime ou pecado que tivessecometido, teríamos de admitir queEle morreu pelos seus pecados. Mas,ao contrário, Pilatos disse que Jesuserajusto (Mt27.24) e declarou: "Nãovejo neste homem crime algum" (Lc23.4). Dele es tá escrito: "Cristo mor-reu, uma única vez, pelos pecados, ojusto pelos injustos, para conduzir-vos aDeus" (l Pe3.18),pois "Aqueleque não conheceu pecado, ele o fezpecado por nós; para que nele fôsse-mos feitos justiça de Deus" (2 Co5.21).

2. Qual dos dois quereis que euvos solte? A resposta foi: "Solta-nosBarrabás e crucifica a Jesus". Osjudeus erraram, escolhendo aBarrabás, mas foi satisfeito o desíg-

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nio de Deus de entregar o seu Filho,santo, inocente à morte, e que ummalfeitor fosse Hberlo. Se Barrabástivesse sido crucificado, nenhumbenefício nos sobreviria da sua mor-te. Seria apenas um malfeitor amaismorrendo pelos seus crimes. Ao con-trário, em Jesus se cumpriu a predi-ção divinamente inspirada: "Mas elef oiferido pelas nossas transgressões,c moído pelas nossas iniqíiidades; ocastigo que nos traz a paz estavasobre ele, e pelas suas pisaduras fo-mos sarados" (Is 53.5).

3. Que farei, então, de Jesuschamado o Cristo? Responderam:"Seja crucificado". Esta perguntateria sido respondida corretamentede duas maneiras:

a. Seja crucificado por nós. Oapóstolo João diz que Caifás foi cons-trangi do a confessar: "Convém quemorra umsó homem pelopovo, equenão venha a perecer toda a nação"(11.50). Foi isto que Deus ensinou aAbraão, quando proveu o cordeiropara morrer cm lugar de lsaquc(Gn22.7-14).

b. Se a resposta tivesse vindoatravés de Pedro e João, ou outrapessoa que conhecesse o plano salva-dor de Deus por Jesus Cristo, certa-mente teria sido: "Aceita-o cornoteu salvador pessoal, como o únicoque pode perdoar os teus pecados.Aceita-o como enviado de Deuspara a salvação da tua alma e tuafelicidade eterna" (M116.13-16).

133. DESFECHO DOS SOFRI-MENTOS DE CRISTO

As dores, decorrentes da agonia

quelevou Jesus Cristo asuarsangue,continuaram através das atrocidadesinfligidas aonosso Salvadorno perí-odo da prisão à morte na cruz, eforam:

1.0 sofrimento físico. Para nossalvar, o Verbo de Deus encarnou-secm um corpo humano semelhante aonosso, sujeito a sofrimentos e dores.

Em Jerusalém, diante de Caí fíís,Jesus foi julgado e submetido a seve-ros castigos. Sua cabeça foi coroadade espinhos e duramente espancadacom uma cana. Todo este sofrimen toculminou com a sua morte na cruz.Na posição em que ficava a pessoacrucificada, não havia como aliviar-lhe o sofrimento, pois em qualquertentativa de mudança de posição,mais aumentavam as dores do cruci-ficado. Porém, tudo isto estava pre-dito a respeito de Jesus (Lm 1.12).

2. O sofrimento moral e psico-lógico. OFilho de Deus, arespeíto dequem os anjos receberam ordem deadorar, era objcto de escárnio, dezombaria, por parte dos soldadosromanos que o haviam prendido eagora o espancavam, ao invés deprestar-lhe adoração. Lucas escreve:"Os que detinham Jesus, zombavamdele, davam-lhe pancadas e, ven-dando-lhe os olhos, diziam: Profeti-za-nos quem é o que te bateu" (Lc22.63,64). Veja Salmo 22.7; Isafas53.3. A reação do nosso Senhor,diante de tais sofrimentos, revela asua inteira obediência a vontade doPai. Ele realizava a obra salvíficaque o Pai lhe confiara. Deste modo,mesmo injuriado, o escarnecido su-

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plica; "Pai, perdoa-lhes, porque nãosabem o <jue Ia/em" (Lc 23.34). As-sim, o Senhor cumpria o papel demediador, intercedendo pelos peca-dores, conforme havia predito Isaías(53.12).

3. O sofrimento espiritual. Je-sus não foi um mártir, mas a vítimapropiciatória preparada por Deus,para substituir-nos, na condenaçãoque mereciam os nossos pecados. Osseus sofrimentos chegaram ao auge,no momento em que na cruz tomousobre si os nossos pecados c foi de-samparado pelo Pai. Ele clamou;"Deus rneu, Deus meu, por que medesamparaste?" (M127.46). Este foio seu maior sofrimento; ser desam-parado c exposto a toda a severidadedalei de Deus, ultrajada pelos milha-res de pecadores de todas as gera-ções. Assim, o autor da nossa reden-ção sofreu a dor física, moral e espi-ritual, desamparado pelo Pai, ao to-mar sobre si os nossos pecados, parareconciliar-nos com Deus (2 Co5.19).

IV. A FINALIDADE DO SOFRI-MKNTO K DA MORTE DEJESUS

O sofrimento de quem colhe osfrutos de um viver alheio aos propó-sitos de Deus não tem finalidadeanimadora c nem gratifieante. Jesussofreu, ao executar o plano divinoque previa resultados eternos. Con-sideremos a sua finalidade:

1. Jesus sofreu e morreu pornós, "para aniquilar [o pecado] pelosacrifício de si mesmo" (Hb 9.26).

Ele é o "Cordeiro de Deus que tira opecado do mundo" (Jo 1.29).

2. "Para que o corpo do pecadoseja destruído, e não sirvamos maisao pecado como escravos" (Rm 6.6).O sofrimento de Jesus teve por fimlibertar-nos da escravidão do pecado(Jo 8.32-36).

3."Para que nos consideremosmortos para o pecado c vivos paraDeus" (Rm 6.11). Os que vivem nopecado, mesmo vivos estão mortos(l Tm 5.6).

4. Para que o pecado não reinemais em nosso corpo mortal, domi-nando-nos através das paixões (Rm6.12).

5. Jesus tomou os nossos peca-dos em seu corpo, para que o nossocorpo não seja instrumento de ini-qúidade,masdejustica(Rm6.13,19).

6. Para que a vida de Jesus semanifeste em nosso corpo, propor-cionando-nos afelicidade nesta vida.O apóstolo Pedro declara que Cristofoi enviado para nos abençoar, nosentido de que cada um se aparte desuaspervcrsidadcs (At 3.26).

Se cremos que Cristo sofreu pornós, forçoso nos c admitir que Elepadeceu por estas sublimes finalida-des, que são a expressão máxima doseu amor c a segurança da nossaeterna salvação.

ENSINAMENTOS PRÁTICOS

[.Muitos afirmam que Jesus nãosofreu tanto em Mia crucificação emorte, pois Deus, o Pai. aliviou a Mia

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dor. Mas ó uni puro engano, pois, sefosse assim, Ele não precisava, comoHomem de Dores, sói Ver as agrúriasdo Calvário. O profeta Ismas vatici-nou que o Crislo padcccriamuilo (Is53.3,4).

2. Nós c que merecíamos todo estesofrimento. Mas, para nada valia, poissomos falhos. Era necessário i|uc oVerbo se fizesse carne, e, como oHomem Perfeito, aceitasse o desafiode morrer cm nosso lugar, como oCordeiro Imaculado, para nos livrartia condenação eterna (Is 53.5).

QUESTIONÁRIO

GLOSSÁRIO

Calvário; tio latim calvaria quetratlu/, t) [ermo grego kranion, e oaramaicotfií/tfofíi, e significa crânio.

Diálogo: conversa alternadamantida entre duas ou mais pessoas.

Escárnio: menosprc/o; humilha-ção; zombaria.

Getsêmani: do aramaico gathshetnen, um lugar tle a/,eitc, Um jar-dim (Kêpos, Jo 18.1) alestc de Jerusa-lém, além do vale do Ccdrom c pertodo monte das Oliveiras (Ml 26.30).

Instância; insistência; tenacida-de; urgência.

Labor: palavra latina que signi-fica trabalho.

Permear: t a/cr passar pelo meio;entremear.

Propiciação: ato de tornar pro-pício; favorável.

Sorver: beber aos poucos; absor-ver; tragar.

Triunfo: grande alegria; satisfa-ção plena; esplendor.

1. Conforme Lucas 22.44, quemilagre ocorreu durante a oração deintensa agonia do Senhor ?

- Lucas declara que o suor deJesus "lornoiKsc cm grandes gotasde sangue, que corriam até o chão"

2. Dê a definição de impe-cabilidade.

-Impecabilidadeé uma caracte-rística exclusiva do Senhor Jesus.Significa que Ele jamais pecou. Porisso, o "Cordeiro Imaculado" pôdecumprir cabalmente o plano divinode salvação em prol da humanidade.

3. Diante das acusações contra oSenhor, o que declarou Pilatos arespeito de Jesus ? Cite as referênciasbíblicas.

- Pilatos declarou aos acusadoresque Jesus era justo (Mt 27.24), c quenão via nele crime algum (Lc 23.4).Todavia, o entregou para ser crucifi-cado (Mc 15.15).

4. Cite a declaração de Pedro emsua 1a epístola 3.18.

- "Crislo morreu, uma vez, pelospecados, o justo pelos injustos, paracondu/ir-vos a Deus".

5. Conforme Hebreus 9.26 c Ro-manos 6.11, por que Jesus morreupor nós?

- "Para aniquilar o pecado pelosacrifício de si mesmo" (Hb 9.26), c"Para que nos consideremos mortospara o pecado e vivos para Deus"

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Lição 2 10 de abril de 1994

A RESSURREIÇÃO DE CRISTO

TEXTO ÁUREO

"Mas agora Cristo ressus-citou dos mortos, c foi feito asprimícias dos que dormem1'(l Co 15.20).

VERDADE PRATICA

A ressurreição de Jesus é agaranl iade Iodas as promessascio Evangelho.

ÉPOCA DO EVENTO: 29 d.C.

LOCAL: Jerusalém

HINOS SUGERIDOS: 127 (183HCA)el2S

LEITURA DIÁRIA

Segunda-Mt 28,1-10O túmulo vazioTerça -Ix 24.13-24No caminho de EmáitsQuarta - Lc 24,25-35Jesus é reconhecidoQuinta - Lc 24.36-43Jesus aparece aos discípulosSexta - Lc 24.44-53A ascensão de JesusSábado-At 1.7-14O testemunho dos discípulos

LEITURA EM CLASSE

LUCAS 24.1-12

1 - E no primeiro dia da sema-na, muito de madrugada, foramelas ao sepulcro, levando as especi-arias que tinham preparado.

2 - E acharam a pedra revolvi-da do sepulcro.

3 - E, entrando, não acharam oeorpo do Senhor Jesus.

4 - E aconteceu que, estandoelas perplexas a esse respeito, eisque pararam junto delas dois va-rões, com vestidos resplandecen-tes.

5 - E, estando elas muito atemo-rizadas, e abaixando o rosto para ochão, eles lhes disseram: Por quebuscais o vivente entre os mortos?

(í - Não está aqui, mas ressusci-tou. Lembrai-vos como vos falou,estando ainda na Galiléia.

7 - Dizendo: convém que o Filhodo homem seja entregue nas mãosde homens pecadores, e seja cruci-ficado, e ao terceiro dia ressuscite.

8 - E lembraram-se das suaspalavras.

9 - E, voltando do sepulcro,anunciaram todas estas coisas aosonze e a todos os demais.

10 - E eram Maria Madalena, eJoana, e Maria, mãe de Tiago, e asoutras que com elas estavam, asque diziam estas coisas aos apósto-los.

11 - E as suas palavras lhe,s

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pareciam como desvario, e não ascreram.

12 - Pedro, porém, levantando-se, correu ao sepulcro, e, abaixan-do-se, viu só os lenços ali postos; eretirou-se, admirando consigoaquele caso.

ESBOÇO

INTRODUÇÃO

1. CONTRASTES HUMANOSQUANTO A RESSURREIÇÃODE CRISTO1. A incoerência dos guardas2. A contradição das mulheres3. Os discípulos no caminho de

Emaús

U. PROVAS DA RESSURREIÇÃODE CRISTO1. Provas incontestáveis2. O testemunho dos anjos às

mulheres3. O testemunho de Maria

Madalena4. Jesus, ressuscitado, apareceu

várias vezes aos discípulos5. O túmulo va/io6.0 poder, a alegria e a devoção

da Igreja7. Os escritos do Novo Testamen-

to8. O batismo no Espírito Santoy. A regeneração dos que crêem

cm Cristo

I I I . EFEITOS IMEDIATOS DARESSURREIÇÃO1. Trouxe alegria aos (ristes2. Alertou a fé dos discípulos3. Mudou o rumo da vida dos

discípulos

IV. EFEITOS REDENTIVOS DARESSURREIÇÃO DE CRISTO1. Separa o pecador dos seus peca-

dos2. Constrange-n o s a pensar nas

coisas lá do alto3. Cristo, ressuscitado, toniou-se

as primícias dos que dormem4. A ressurreição de Cristo e a

vida nova5. A ressurreição de Cristo e a

garantia da nossa justificação6. A ressurreição de Cristo 6 a

certeza da nossa tambémV. A RESSURREIÇÃO DE CRIS-

TO, VERDADE CENTRAL DOEVANGELHO1. Prova que Ele c o Filho de Deus2. A ressurreição de Cristo é a

garantia de sua morte rcdentiva

OBJETIVOS

No término desta lição, tis alunosdeverão ser capaz.es de:

• Compreender que a ressurrei-ção de Cristo é o alicerce do Cristia-nismo. Sc Ele não tivesse ressuscita-do, vã seria a nossa te.

• Entende n.\u&, propositadamen-te, Jesus apareceu durante 40 dias,após sua ressurreição, para confir-mar a veracidade deste fato.

• Concluir que a ressurreição deCristo c o principal tema da mensa-gem do Evangelho, pois se tal fatonão tivesse acontecido, estaríamoscondenados para sempre.

• Empenhar-se, para tjuc, na pri-me ira ressurreição dos mortos, ou noArrebatamento da Igreja, não sejamexcluídos das Bodas do Cordeiro.

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SUGESTÕES PRATICAS

1. Dif>a aos alunos que Sutiuiásse empenhou, p;ira que ninguém acre-ditasse na ressurreição de Cristo: osguardas romanos, vigias do túmulo,Toram subornados para mentir (Mt28.12,13); as mulheres dirigiram-seao sepulcro para embalsamar o cor-po de Jesus, c os discípulos tle Emaúsviajavam chorosos. Por isso, orcssurrcto exortou a Iodos duramen-te, por não acreditarem no que Elehaviadilo sobre este acontecimento.

2. Informe-lhes {\\\£ Mc hoje mui-tos não acreditam na ressurreição deCristo. Mas o Espírito Santo gera cmnós esta convicção, através das mui-tas provas que a Bíblia registra c dapresença de Jesus cm nossas vidas,aJém do crescimento da Igreja quesegue sua marcha triuníanlc.

3. Moslre a eles que os eleitos daressurreição de Cristo são notórioscm nossas vidas: tornamo-nos novascriaturas, presenciamos as transfor-mações nas atitudes dos novos con-vertidos, somos bati/,ados com o Es-pírilo Santo, falamos línguas estra-nhas e possuímos os dons espiritu-ais. Nada disso nos aconteceria, seJesus não tivesse ressuscitado.

PARTICIPAÇÃO DO ALUNO

• A aprendi/agem só c concreti-zada mediante a reali/ação de estí-mulos a que são submetidos os alu-nos. E não há motivação semincentivacão. Sc você deseja que oscomponentes de sua classe estejam

constantemente motivados, incenti-ve-os a participar ativamcnte dasaulas. Desta forma, sempre serãoassíduos frequentadores da EscolaDominica].

COMENTÁRIO JI. CONTKASTES HUMANOS

QUANTO À RESSU RR IfilÇÃ ODE CRISTO

O ser humano tem dificuldadeem admitir a realidade dos grandesfeitos do Criador; por isso, tentanegar a veracidade dos fatos com-provados.

1. A incoerência dos guardas.Viram a manifestação do poder deDeus na ressurreição de Cristo enegaram. Declararam que Cristo foraretirado do túmulo, enquanto dormi-am (Mt 28.11-15). Nisto há duascontradições:

a. Os guardas estavam sujeitos àmorte, se dormissem e ocasionassema fuga do preso (At 12.19).

b. Nada sabiam sobre o fato, serealmente dormiam. Receberam su-borno, para negarem a ressurreiçãode Cristo, com que Deus coroara aobradaredenção, consumada nacruz.A mentira, aceita por muitos, nãoimpediu que a verdade prevalecesse,para felicidade dos que crêem.

2. A contradição das mulheres:a. Constrangidas pelo amor, na

madrugada do domingo, foram aosepulcro, c levavam aroma paraembalsamar o corpo de Jesus. Na suaincredulidade, entretanto, choravam,quando deviam estar alegres.

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b. Discutiam como remover apedra da entrada do sepulcro, quan-do esta já" fora retirada (Mc 16.3,4).

c. Imaginavam que Jesus esti-vesse morto, quando Ele predisseraque ressuscitaria ao terceiro dia.

3. Os discípulos no caminho deEmaús. Pensavam ser aquele "es-trangeiro" o único que não conheciaos fatos ocorridos em Jerusalém, arespeito da morte de Cristo (Lc24.17,18). No entanto, Ele tudo sa-bia, pois havia morrido e ressuscita-do. Os fatos se sucederam conformeas Escrituras registraram (Lc 24.25-27).

H. PROVAS DA RESSURREI-ÇÃO DE CRISTO

1. Provas incontestáveis. Lucasescreve que, aos discípulos, "depoisde ler padecido, [Jesus] se apresen-tou vivo, com muitas provas incon-testáveis, aparecendo-lhes durantequarenta dias" (At 1.3).

Aos dois discípulos, no caminhodeEmaús, Ele falou de sua ressurrei-ção, ao afirmar que se cumpriram aspredições, e, "então lhes abriu o en-tendimento para compreenderem asEscrituras" (Lc 24.45).

2. O testemunho dos anjos àsmulheres. Ao reprová-las, disseram:"Por que buscais entre os mortos aoque vive? Ele não está aqui, mas res-suscitou. Lembrai-vos de como vospreviniu, estando ainda na Galiléia,quando disse: importa que o Filho dohomem seja entregue nas mãos depecadores e seja crucificado e ressus-cite no terceiro dia" (Lc 24.4-7).

3. O testemunho de MariaMadalena. João registra a chegadade Maria Madalena ao túmulo vazioc o seu diálogo com os dois anjos, quelhe certificaram da ressurreição doSenhoreque,logoapós, viu Jesus empó, o qual falou com ela, levando-aexclamar, convicta: "Rábôni! quequer dizer Mestre" (Jo 20.11-18).

4. Jesus, ressuscitado, apare-ceu várias vezes aos discípulos. Du-rante os quarenta dias que antecede-ram a sua ascensão, o Senhor Jesusapareceu aos seus discípulos em dezocasiões, sendo as cinco primeirasnodiadaressurreição. O Dr.Scofieldexpõe isto na seguinte ordem: 1) aMariaMadalena (Mc 16.9-11); 2) asmulheres que voltavam da sepulturacom a mensagem do anjo (Mt 28.8-10); 3) a Pedro, provavelmente à(arde (Lc 24.34; l Co 15.5); 4) Aosdiscípulos, no caminho deEmaús, à(arde(Mcl6.12,13;Lc24.13-32);5)aos discípulos, na ausência de Tomé(Mc 16.14; Jo 20.19-25); 6) no do-mingo seguinte, à noite, na presençade Tomé presente (Jo 20.26-29); 7)aos sete, junto ao mar da Galíléia (Jo21.4-14); 8) aos apóstolos eamaisde500 irmãos (Mt2S.l6-20; l Co 15.6);9) a Tiago (l Co 15.7) e 10) seuúltimo aparecimento registrado emsua ascensão no monte das Oliveiras(Lc 24.44-53; At 1.3-12).

5. O túmulo vazio. Se os inimi-gos tivessem levado o corpo de Jesus,eles o teriam destruído e nunca maisseria visto poralguém, comoaconte-ceu várias vezes. Se os discípulostivessem roubado o corpo do Mestre,não sacrificariam seus bens e suas

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vidas pela causa do Evangelho, poispregariam uma mentira. O túmulovazio revela que Jesus ressuscitou e6 verdadeiramente o Filho de Deus(Rm 1.4).

6. O poder, a alegria e a devo-ção dalgreja. Estas qualidades exis-tentes na Igreja primitiva constitu-em provas reais da ressurreição deJesus. ScEIe não houvesse ressusci-tado, não fosse visto pelos discípulose nem tivesse falado com eles, esta-riam tristes, desapontados, escondi-dos, como procederam antes de vê-loressuscitado.

7. Os escritos do Novo Testa-mento. O Novo Testamento foi es-crito por homens capazes de sacrifi-carsuas vidas pelavcrdadeeajustiçaensinadas por Jesus. Eles jamais es-creveriam acerca de Cristo e seusensinos, se Ele tivesse terminado suamissão em morte e desilusão (l Co15.12-19).

8.0 batismo no Espírito Santo.O batismo no Espírito Santo e asmanifestações sobrenaturais nalgre-ja, constituem provas irrefutáveis daressurreição de Cristo. Jesus falou davinda do Espírito, em plenitude, logoapós sua glorificação (Jo 7.38,39).Pedro, no dia de Pentecoste, disseque Jesus fora exaltado à destra doPai, e derramara o Poder do Altosobre os discípulos (At 2.32,33). OEspírito Santo não teria descido nodia dePentccoste, seCristonãohou-vesse ressuscitado e subido ao CÉU.

9. A regeneração dos que crêemem Cristo. Se Cristo não tivesse res-suscitado, o Cristianismo seria apenasuma das muitas religiões, sem algum

poder regenerador. Milhares de pes-soas mmsformadas.rcgcneradasesal-vas, são provas autênticas dcqucCris-to voltou para o Céu e enviou-nos oEspírito regenerador (Tl 3.5).

m. EFEITOS IMEDIATOS DARESSURREIÇÃO

1. Trouxe alegria aos tristes.Maria Madalena chorava, ao pensarque Jesus falecera. A simples expec-tativa de um Gris to morto lhes traziatristeza; porém, tinham maior an-gústia, ao imaginá-lo defunto. ÀMaria Madalena e aos demais discí-pulos seaplicam estas palavras: "Ale-graram-se, portanto, os discípulosao verem o Senhor" (Jo 20.20).

2. Alertou a fé dos discípulos.Entre os duvidosos, Tomé pareciaser ornais incrédulo; mas, diante dareal manifestação de Cristo ressusci-tado, foi o primeiro a confessar: "Se-nhor meu, e Deus meu!" (Jo 20.28).Todos seriam esmagados pelas dúvi-das e perpJexidades, incertezas edesapontamentos, se Jesus não hou-vesse ressuscitado. Quanto a nós,não venceríamos as nossas dúvidas,se o corpo de Jesus continuasse notúmulo, ou tivesse sido roubado.

3. Mudou o rumo da vida dosdiscípulos. Entre amortee aprimei-ra aparição de Cristo, ressuscitado,muitos pcnsainentosnegativos cpes-simistas dominaram as mentes dosdiscípulos, que já se afastavam deJerusalém, ao parecer-lhes teremabraçado uma causa perdida. Doisdeles íam para Emaús, provavel-mente ao retorno de suas atividades

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comuns. No entanto, ao ouvirem aspalavras de Cristo, ressuscitado,mudaram de ideia (Lc 24.31-35).

a. Tiveram seus olhos abertos,para reconhecerem a Jesus (v.31);

b. Seus corações, f rios e insensí-veis, tornaram-se ardentes (v.32);

c. Ao invés de permanecerem emEmaús, voltaram a Jerusalém, paratestemunharem da ressurreição deCristo aos discípulos e ao mundo,posteriormente. A certeza daressur-reição de Cristo nos anima a cumprira nossa missão de testemunhar estaverdade.

IV. EFEITOS REDENTIVOS DARESSURREIÇÃO DECRISTO

Os efeitos daressurreição de Cris-to são experimentados e vividos poraqueles que nele crêem como Salva-dor pessoal.

1. Separa o pecador dos seuspecados (At 3.26). Em Jesus cum-priu-se opreditopelo salmista: "Poisquanto o céu se alteia acima da terra,assim é grande a sua misericórdiapara com os que o temem. Quantodista o Oriente do Ocidente, assimafasta de nós as nossas transgres-sões" (SI 103.11,12). LeiaMiquéias7.18,19.

2. Constrange-nos a pensar nascoisas lá do alto (Cl 3.1). Pensar nascoisas do Céu é um eficiente métodode comunicar-se com Deus. Em nósestão os meios de contato com oSenhor ou com. o Diabo, com o Céuou com o Inferno. Porque cremos emCristo, que ressuscitou e está à direi-

ta do Pai, onde intercede- por nós,torna-se possível ocuparmos o nossopensamento em "tudo o que é verda-deiro, tudo o que é respeitável, tudoo que é j usto, Ludo o que é puro, tudoo que é amável" (Fp 4.8); porque anossa vida está escondida com Cris-to, em Deus (Cl 3.3).

3. Cristo, ressuscitado, tornou-se as primícias dos que dormem (lCo 15.20). O termo primícias temrelação com a ordem dos grupos quecompõem a primeira ressurreição.Paulo explicaisto ao escrever: "Cris-to, as primícias; depois os que são deCristo, na sua vida (l Co 15.23).

4. A ressurreição de Cristo e avida nova. Como efeito daressurrei-Ção de Cristo, ressuscitamos espiri-tualmente para uma vida nova (Rm6.5-11). Portanto, a ressurreição denosso Senhor não significa que oJesus humano tornou-se apenas umpersonagem da história passada, e,sim, que existe, como sua consequ-ência, a extensão da palavra e daobra de Jesus era nossas vidas atual-mente.

5. A ressurreição de Cristo é agarantia da nossa justificação."Aquele que foi entregue por nossospecados, ressuscitou para a nossajustificação" (Rm 4.25).

6. A ressurreição de Cristo é acerteza da nossa também. Comoefeito daressurreição de Cristo, res-suscitaremos em corposincorruptíveiseimortais (l Co 15.50-53). Seremos semelhantes aEle (l Jo3.2), nos céus, em corpo idêntico aode sua glória (Fp 3.20,21).

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V. A RESSURREIÇÃO DE CRIS-TO, VERDADE CENTRALDO EVANGELHO

Paulo escreve que "Cristo mor-reu... foi sepultado e ressuscitou aoterceiro dia, segundo as Escrituras"(l Co 15.3,4). A importância daressurreição de Cristo, para os quecrêem, é revelada nisto:

1. Prova que Ele é o Filho deDeus. Jesus disse: "O Pai me ama,porque eu dou a minha vida para areassumir... Tenho autoridade paraa entregar e também para reavê-Ia"(Jo 10.17,18). Paulo, por sua vez,afirma que Jesus foi designado Filhode Deus, pela ressurreição dos mor-tos (Rm 1.4).

2. A ressurreição de Cristo é agarantia de sua morte redentiva.Es lá escrito: "E, se Cristo não ressus-citou, é vã a vossa fé, e aindapermaneceis nos vossos pecados" (lCo 15.17).

ENSINAMENTOS PRÁTICOS

1. A ressurreição de Cristo, ape-sar das inúmeras provas contidas naBíblia, é aceita pelos cristãos comoum ato de fé. Jesus falou muito arespeito desle fato, mas seus discípu-los não acreditaram naquelapossibi-lidade. Tomé foi exortado duramen-te pelo Filho de Deus: "Porque meviste, creste; bem-avcnturadosos quenão viram e creram" (Jo 20.29).

2. Com esta afirmativa, Jesusreferia-sc a nós, nos dias atuais.Apesar do tempo (há quase dois milanos atrás), acreditamos na ressur-

reição de Cristo, não somente peloque a Bíblia afirma, mas porque oEspírito Sanlo testifica com o nossoespírito que somos filhos de Deus eque em breve seremos arrebatadospelo nosso Senhor, para com Elevivermos eternamente.

3. Nada aconteceu por acaso noministério terreno de Cristo. Deusnos mostrou, atravás da enfermida-de, morte e ressurreição de Lázaro,que era capa?, de ressuscitá-lo e tam-bém a seu Filho (as primícias dos quedormem) e anos, os salvos. Compre-endemos isto nas palavras de Jesus:"E folgo, por amor de vós, de que eulá não estivesse, para que acrediteis;mas vamos ter com ele" (Jo 11.15).

GLOSSÁRIO

Constrangido: obrigado; força-do; coagido.

Embalsamar: perfumar; intro-duzir em um cadáver, substânciasque o livrem da podridão.

Inabalável: que não se abala;constante; fixo.

Incontestável: que não se podecontestar; indiscutível.

Notório: sabido de todos; públi-co.

Predição: ato ou efeito de sepredizer; profecia.

Predizer: dizer antecipadamen-te; profetizar.

Prevalecer: ter mais valor; pre-dominar; superar.

Remover: retirar de um lugar ecolocar em outro,

Suborno: ato ou efeito de se cor-romper alguém.

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QUESTIONÁRIO

1, Cite algumas provas da ressur-reição de Cristo.

- a) Lucas declara que Jesus "de-pois de ler padecido, se apresentouvivo, com muitas provas incontestá-veis, aparecendo-lhes jaós discípu-los] durante quarenta dias" (At 1.3);b) o túmulo vazio; c) o balismo corno Espírito Santo c a concessão dosdons espirituais à Igreja.

2. Dê algumas referências querelatam a aparição do Senhor.

- Mateus 28.8-10; Marcos 16.9-14; Lucas 24.13-34,44-53; João20.19-25; 21.4-14; Atos 1.3-12.

3. Cite os efeitos imediatos daressurreição de Jesus, em relação aosseus discípulos.

- a) Trouxe-lhes alegria; b) des-pertou-lhes a t"ó; c) mudou-lhes orumo da vida.

4. Cite alguns efeitos redentivosda ressurreição de Cristo.

- a) Confere vidanova ao pecadorarrependido; b) leva-nos a uma vidaplena de comunhão com Deus; c) dá-nos a certeza da nossa ressurreição eda vida eterna com Ele.

5. Qual o caráter da ressurreiçãode Jesus?

- Real e permanente (Rm 6.9; Ap1.18).

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Lição 3 17 de abril de 1994

A ESPERANÇA MESSIÂNICA DE ISRAEL

TEXTO ÁUREO

"Mas ide antes às ovelhasperdidas da casa de Israel1' (M t10.6).

VERDADE PRATICA

Deus é fiel cm suas pro-messas, e, no tempo próprio,enviou o esperado Messias deIsrael, o Desejado das nações,o Salvador dos homens.

ÉPOCA DO EVENTO: 5 d.C.

LOCAL: Jerusalém

HINOS SUGERIDOS: 022 (252HCA) e 024 (124 - HCA)

LEITURA DIÁRIA

Segunda-Gn 3.14,15A promessa redentivaTerça - Is 40.1-11Uma visão da esperançaQuarta- l'x 3.1-9Preparando o caminho do SenhorQuinta - Lc 2.21-24; 3.21-22O cumprimento da esperançaSexta - Lc 2.25-35A esperança de Simeão é alcançadaSábado- H h 1.1-9Deus fala pelo Sen Filho

LEITURA EM CLASSE

LUCAS 2.25-34

25 - Havia em Jerusalém umhomem cujo o nome era Simeão, eeste homem era justo e temente aDeus, esperando a consolação deIsrael, e o Espírito Santo estavasobre ele.

26 - E fora-lhe revelado peloEspírito Santo que ele não morre-ria antes de ter visto o Cristo doSenhor.

27 - E pelo Espírito foi ao tem-plo, e, quando os pais trouxeram omenino Jesus, para com ele proce-derem segundo o uso da lei,

28 - Ele então o tomou em seusbraços, e louvou a Deus, e disse:

29 - Agora, Senhor, despedesem paz o teu servo, segundo a tuapalavra.

30 - Pois já os meus olhos virama tua salvação.

31 - A qual tu preparaste pe-rante a face de todos os povos;

32 - Lu/, para alumiar as na-ções, e para glória de teu povoIsrael.

33 - E José, e sua mãe, se mara-vilharam das coisas que dele sediziam.

34 - li Simeão os abençoou, edisse a Maria, sua mãe: Eis queeste é posto para queda e elevaçãode muitos em Israel, e para sinalque é contraditado.

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ESBOÇO

INTRODUÇÃO

L AS PREDIÇÕES MILENARES1. Antes de Abraão2. Antes de Davi3. Depois de Davi4. Porque Israel desconheceu o

Messias

II. A ESPERANÇA MESSIÂNICADIVULGADA1. Urgência das mensagens profé-

ticas2. A dispersão dos judeus3. A tradução das Escrituras para

o grego4. A mensagem de João Batista

m. CARACTERÍSTICAS BÍBLI-CAS DO MESSIAS1. O Messias que Israel esperava2.0 Messias que Israel não espe-

rava3. O Messias de que Israel mais

necessitava4. O Messias que se manifestou

IV. IDENTIDADE DO MESSIAS1. Marav;llioso no nascimentoe no seu ministério2. Maravilhoso na morte3. Maravilhoso na sua Ressur-reição

V. ESPERANÇA E REALIDADE1. O testemunho das Escrituras2. A revelação do próprio Mes-sias

OBJETIVOS

No término desta lição, os alunosdeverão ser capazes de:

• Compreender que a vinda de

Jesus é o cumprimento da promessafeita por Deus no Jardim do Éden(Gn 3.15).

• Entender que a chamada deAbraão tem tudo a ver com a prepa-ração de um povo, para que, porintermédio dele, viesse o Messias.

• Admitir que, realmente, oMessias "não tinha parecer nem for-mosura", pois veio morrer em nossolugar, mas retornará com poder eglória, no Milénio.

• Esforçar-se, para que a salva-ção por Jesus Cristo, o Messias, sejapropagada a todos, principalmenteaos judeus.

SUGESTÕES PRATICAS

1. Fale aos alunos que os judeusainda esperam um Messias guerrei-ro, para os livrar das mãos dos seusopressores, por não entenderemIsaías 53. No entanto, o que virá, embreve, é falso, e fará com eles umpacto de sete anos. Mas este acordoserá desfeito e os judeus muito sofre-rão em suas mãos.

2. Esclareça-lhe ff que este falsoMessias é o Anticristo, o qual só semanifestará ao mundo após o arreba-tamento da Igreja. Ele é um inimigodeclarado de Cristo, pois é proveni-ente de Satanás, e tudo fará paradesfazer as coisas e o nome de Deus.Após perseguir os crentesdespreparados, que não foram arre-batados, voltar-se-ácontraosjudeuspara destruí-los.

3. Explique a eles que, no final daGrande Tribulação, os judeus, ao

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perceberem que foram enganadospor Satanás, clamarão pelo Messiasprometido e então verão Jesus, compoder c glória, voltar com a suaIgreja para estabelecer o governomilenar (Ap l .7). O Diabo serápresopor mil anos c o Anticristo c o falsoprofeta serão lançados vivosnoLagode Fogo.

PARTICIPAÇÃO DO ALUNO

• Sem a atuação do binómio alu-no-profcssor, a aprendizagem nãochega a um bom lermo. A pedagogiaé uma ciência em plena evolução edescobriu que a aula participativa éum excelente recurso para se alcan-çar os objetivos propostos. Por esta.razão, permita que seus alunos par-ticipem ativãmente de sua aula.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

A esperança de Israel, quanto àvinda do Messias prometido, afetadapor centenas de anos, pelas lutas cpelo silêncio da voz profética, foiavivadapela mensagem de Simeão eAna, servos de Deus, que ansiavampela vinda de Cristo.

LÃS PREDIÇÕES MILENARES

As predições da vinda do Messi-as constituíam, a esperança de Israele são frequentes em todo o AntigoTestamento.

1. Antes de Abraão. O Penta-teuco, aceito sem reserva por Israel,

inclui o Génesis, no qual se encontraa primeira referência ao Messias,representado pelo descendente damulher, nestas palavras: "E poreiinimizade entre ti c a mulher, c entrea tua semente e a sua semente" (Gn3.15). Esta promessa teve o seu cum-primento, quando Deus enviou o seuFilho, nascido de mulher, pararedimir a raça humana (GI 4.4,5).Isto éexposlo por Paulo, um israelita,que transmite esta revelação ao seupovo com muita segurança.

2. Antes de Davi. São numerosasas profecias e simbologias que cons-tituem a esperança de Israel, o povoescolhido de Deus. Com a chamadade Abraão, o Senhor transmite aIsrael as promessas da vinda doMessias, designado nas Escrituraspor vários símbolos e tipos. Ele seria:

• O descendente de abraão, atra-vés de quem viria uma multidãonumerosa "como as estrelas dos céus"(Gn 22.17; Gl 3.16). Esta passagemtambém se refere à descendênciaespiritual, pois a expressão, "comoareia do mar", simboliza os descen-dentes naturais de Abraão.

+ QprofetasemelhanteaMoisés,ao qual todos, especialmente os ju-deus, deveriam ouvir, para ter vida(Dt 18.18,19; Aí 3.22,23).

3. Depois de Davi. Ao se aproxi-mar o tempo da vinda do Messias,mais abundantes e claras ficaram aspredições a seu respeito. Isaías ochama de Emanuel, o Deus conosco(Is 7.14); o Redentor, o Santo deIsrael(Is41.14); oServo, sobre quemrepousa o Espírito de Deus, e desfaz

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as transgressões de Israel como né-voa (is 42.1; 44.21,22); "O homemde dores", que foi ferido pelas trans-gressões doseupovo (Is53). O Soldajustiça, que iraria salvação (Ml4.2).Estas e muitas outras passagens da-vam a Israel a certeza de sua vinda.

4. Por quelsrael desconheceu oMessias? "Um abismo chama outroabismo" (SI 42.7). Israel rejeitou ogoverno teocrático sob o qual viverapor longos anos. De tal modo afas-tou-se do plano de Deus que, napresença do Messias, disse: "Nãotemos rei, senão César!" (Jo 19.15).Evite afastar-se de Deus! Leia o Sal-mo 73.27,28.

n.AESPERANÇAMESSIÂNICADIVULGADA

Os homens se omitempor como-dismo, egofsmo ou outros sentimen-tos perversos. Deus, ao contrário,porque ama o seu povo, aprcssa-seem revelar os seus planos c temmeios para agirem todas as circuns-tâncias. Ele tudo fez para que Israeltivesse plena consciência dainfalibi-lidade de suas promessas cimutabilidade de seus propósitos.

1. Urgência d as mensagens pro-féticas. À medida em que os homensse excedem na prática do pecado,tendem a abusar da misericórdia deDeus. Isto aconteceu com Israel, es-pecialmente pela sua adoração aosfalsos deuses e consequentesenvolvimentos em todos os tipos deimoralidade. Mas foi aí que se evi-denciou a persistência divina, atra-vés dasprofecias, conclamando Isra-

el a retomar ao seu Criador. Só emJeremias encontramos dez vezes asexpressões: "Começando de madru-gada"; "Falei, começando demadru-gada"; "Começando de madrugadaos enviei" (Jr 7.13,25; 25.3; etc.).

2. A dispersão dos judeus. OMessias de Israel seria também oSalvadordomundo. Paraisto,muitocontribuiu a dispersão dos judeus,que falavam da sua esperança aospovos que os escravizavam, a exem-plo da menina judia, a serviço deNaamã(2Rs5.2,3).

3. À tradução das Escrituraspara o grego. Com a expansão doImpério Grego, sob Alexandre, oGrande, o mundo beneficiou-se coma sua cultura, ao tomar o grego oidioma universal, conhecido por sol-dados c mercadores. Deus usou essacircunstância para executar os seusdesígnios, quanto à vinda do Messi-as. Isaías predissera: "Causará ad-miração às nações, c os reis fecharãoas suas bocas por causa dele; porqueaquilo que não mês foi anunciadoverão, e aquilo que não ouviramentenderão" (Is 52.15). Isto se tor-nou mais viável, quando PtolomeuFiladelfo, rei do Egito, ordenou quesctentaedois sábiosjudeus traduzis-sem suas leis, do hebraico para ogrego, beneficiando, assim, tanto osjudeus, há anos distantes de sua ter-ra, como os demais povos.

4.AmensagemdeJoãoBatista.Mais ou'menos quatrocentos anosantes, Malaquías proferiu da partedoSenhorasuamensagem de despe-dida, ao dizer: "Lembrai-vos da lei

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de Moisés, meu servo... Eis que euvos enviarei o profeta Elias, antesque venha o grande c terrível dia doSenhor" (MI 4.4,5). Depois de tãoprolongado silencio, surge, no de-

' serto da judéla, João Balista, emcumprimento da profecia: "Preparaio caminho do Senhor, endireitai assuas veredas"(Is40.3; Mt3.3). Tudoisto representa o empenho divinodurante séculos, ao promover e avi-var a esperança de Israel, prcparan-do-o para receber o Messias. Porisso, ao chegarão mundo o Desejadoda nações, havia pessoas comoSimeão e Ana, que o aguardavamansiosamente. Nos corações desses,a chama da esperança estava acesa.

HL CARA CTERÍSTJ CAS BÍBLI-CAS DO MESSIAS

Em virtude da abrangência doministério de Cristo para o homem(espíri to, alma e corpo), para Israel etodo o mundo, as Escrituras o retra-tEim em seus vários aspectos como oMessias de todos os povos.

1.0 Messias que Israel espera-va. Todo o homem entende as coisasde acordo com o seu ponto de vista.Os anos de escravidão e sofrimentogeraram nos filhos de Israel um ar-dente desejo da vinda de um liberta-dor, cheio de glória, paralivrá-los dodomínio de seus opressores. Esta eraacaraclerística do Messias queespc-ravam. Todavia, não foi assim. Eiscomo as Escrituras o apresentam:

a. Rei Justo e de reinado eterno:"Julgará os aflitos do povo, salvaráos filhos do necessitado, e qucbran-

(aráo opressor. Temer-te-ão enquan-to durar o sol e a lua, de geração emgeração" (SI 72.4,5).

b. "Maravilhoso, Conselheiro,Deus fone, Paida eternidade, Prín-cipe da paz" (Is 9.6).

c. "O Senhor Deus lhe dará otrono de Davi, seu pai, e reinaráeternamente na casa de Jacó, e o seureino não terá fim" (Lucas 1.32,33).Era este o Cristo que Israel esperavapara os dias amargos em que vivia.

2. O Messias que Israel nãoesperava. O Messias que Israel nãoesperava era aquele que "não tinhaparecer nem formosura", era o "ho-mem de dores, e experimentado nostrabalhos" (Is 53.2,3). Os judeus nãoaguardavam um Messias tão pobre,que tivesse uma manjedoura comoberço (Lc 2.7), e não possuísse ondereclinar a cabeça. Um Cristo com(ais caracterísliças escandalizava osseus compatriotas (Jo 1.11).

3. O Messias de que Israel maisnecessitava. Jesus disse que os ju-deus eram escravos do pecado, cujosalário é a morte (Jo 8.32-34; Rm6.23). Portanto, em vez de um liber-tador político, à moda do rei Davi,eles precisavam de quem os salvasseda condenação eterna (Mt 1.21; 2 Pé2.19).

4.0 Messias quesemanifestou.Foi aquele que veio buscar e sal var oque se havia perdido (Lc 19.10);tomou sobre si as nossas enfermida-des e foi transpassado pelas nossastransgressões (Is 53.4,5). O que nosama e peio seu sangue nos libertoudos nossos pecados (Ap 1.5). Deus

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enviou o Messias, que trouxe alívioao cansado c salvação uo perdido,seja israelita ou não.

l V. IDENTIDADE DO MESSIAS

Por muitas vezes, Jesus identifi-cou-se cora o Messias prometido.Vejamos:

1. Maravilhoso no nascimentoe no seu ministério. Esta expressãose confirma em sua concepção (ML1.21-23; Lc 1.26-33), no seu nasci-mento (Lc 2.7-14), no seu batismo ena sua apresentação ao mundo, parao início de sua obra redentora, quetranscorreu maravilliosamenie (Lc3.21,22). Seu ministério, do princí-pio ao fim, leve excelente destaque,evidenciado pela cura de enfermida-des, expulsão de demónios e ressur-reição de mortos. Ele desafiou, in-clusive, osjudeus incrédulos: "Credenas obras; para que possais saber ecompreender que o Pai cstáemmim,e eu.estou no Pai" (Jo 10.38).

2. Maravilhoso na morte. NoCalvário, a natureza manifestou-se,ao rodear Jesus de extraordináriasmaravilhas: terremotos, tremores de(erra, trevas sobre o mundo, o véu dotemplo partido e túmulos abertos;acontecimentos pelos quais Deusdizia ao mundo que Jesus era o Mes-sias prometido. Não sabemosquantosjudeus creram nele nessa hora, maso centurião e os que com ele guarda-vam a Jesus, vendo o terremoto etudo o que sepassava, fi caram possu-ídos de grande temor, e disseram:"Verdadeiramente este era Filho deDeus" (Mt 27.54).

3. Maravilhoso na sua Ressur-reição. Sua Ressurreição foi maravi-lhosa, pois representava a vitóriasobre a sua morte e a de milhões quecreriam nele para a vida eterna. Aprova de sua Ressurreição consistiunisto: terremoto e o anjo, o qualremoveu a pedra que fechava otúmulo: "O aspecto dele era comorelâmpago e sua veste alva como aneve, deixando os guardas espavori-dos e como se estivessem mortos"(M128.2-4).

V. ESPERAN CA E REALIDADE

Na foz do Amazonas, dois naviosse encontraram. Veio de um deles oapelo: "Precisamos de água!" A res-postafoi: "Arriem os baldes!" Nova-mente: "Precisamos de água parabeber!" A resposta foi a mesma:"Arriem os baldes!" Lançaram osbaldes e encontraram a água quedesejavam. Os tripulantes do navioperdido estavam na maior fonte deágua potável do mundo, e não sabi-am.

O Messias que Israel esperavaveio ao mundo há quase dois milanos; porém, muitos deles não sa-bem disso.

1. O testemunho das Escritu-ras. "Veio para o que era seu, e osseus não o receberam" (Jo 1.11).Paulo, ao pregar em Antioquia, afir-mou: "Varões israelitas...conformea promessa, trouxe Deus a Israel oSalvador, que é Jesus" (At 13.16-23), como alusão ao Messias.

2. A revelação do próprio Mes-sias. Quando Jesus pregou àmulher

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samaritana, ela respondeu: "Eu seique há de vir o Messias, chamadoCristo; quando ele vier nos anuncia-rá todas as coisas. Disse-lhe Jesus:Eu o sou, eu que falo contigo" (Jo4.25,26). Ao ouvir isto, a mulhercorreu à sua aldeia, c anunciou:"Vinde comigo, e vede um homemque medisse tudo quanto tenho feito.Será este, porventura, o Cristo?!" (Jo4.29).

| ENSINAMENTOS PRÁTICOS |

1. Deus não faz acepção de pesso-as, mas nos concedeu o livrc-arbí-trio, a fim de escolhermos o queachamos melhor para as nossas vi-das. Os judeus, talvez por causa dapresunção de seus líderes religiosos,voluntariamente, rejeitaram o Mes-sias, mas não foram excluídos doplano da salvação. O Evangelho 6pregado para eles em todo mundo cmuitos se convertem e tornam-seuma benção na igreja.

2. Hoje, os judeus se convertemindividualmente, mas haverá a sal-vação nacional, no momento em queo Anticristo invadir Israel com oexército das nações. Na hora da maioraflição de suas vidas, Deus colocaráneles o espírito de súplicae clamarãopelo Messias prometido. Quandovirem o Rei dos reis descer em umanuvem de glória, todos se converte-rão (Zc 12.10).

3. Jesus não é o Messias apenasdos judeus, mas também de todos ospovos, como se expressa Agcu 2.7:"E farei tremer todas as nações, c

virá o Desejado de todas as nações, cencherei esta casa de glória, di/, oScnhordos Exércitos". Concluímos,então, que a salvação, c para a huma-nidade.

| GLOSSÁRIO |

Abrangência: qual idade dequem cinge, abraça, abarca.

Compatriota: di/.-sc de alguémda mesma pátria de outra pessoa.

Designar: indicar; apontar; dara conhecer.

Dispersão: separação de pessoasou coisas em diferentes sentidos; adebandada tios judeus pelo mundo.

Esplendoroso: cheio de esplen-dor; brilhante.

Imutabilidade: virtude de Deusque jamais muda.

Infalibilidade: virtude de Deusque j amais falha.

Manjedoura: tabuleiro em quese deita comida aos animais nasestrebarias.

Névoa: vapor aquoso que escu-rece a atmosfera.

Teocracia: governo de Deus.

QUESTIONÁRIO

1. Onde se encontra, na Bíblia, aprimeira referência ao Messias?

- Em Génesis 3.15.

2. Conforme o primeiro tópico dalição, cite alguns tipos com os quaiso Messias é designado nas Escritu-ras.

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- a) O descendente de Abraão(Gn 12.7; 22.17,18; Gl 3.16); b) oprofeta semelhante a Moisés (Dt18.18; At 3.22,23); c) O Sol da jus-tiça (Ml 4.2).

3. Por que Israel não reconheceuo Senhor Jesus como o Messias pro-metido nas Escrituras?

- Porque rejeitou o Senhor Jeovác o seu governo, desviando-se, as-sim, do plano divino.

4. Por meio de quem, Deusconclamou o seu povo ao arrependi-mento?

- Por meio dos profetas, entre osquais João Batista, o precursor doMessias.

5. Como as Escrituras apresen-tam o Messias?

- a) "Rei justo e de reinado eter-no" (SI 72.4,5); b) "Maravilhoso,Conselheiro, Deus forte, Pai da eter-nidade, Príncipe da paz" (Is 9.6).

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Lição 4 24 de abril de 1994

O NASCIMENTO VIRGINAL DE CRISTO

TEXTO ÁUREO LEITURA EM CLASSE

"Portanto o Senhor mes-mo vos dará um sinal: Eis quea virgem conceberá, e dará àluz um filho, e lhe chamaráEmanuel" (Is 7.14).

VERDADE PRATICA

A doutrina do nascimentovirginal de Cristo é um dospilares da nossa fé. claramenteexarado na Palavra de Deus.

ÉPOCA DO EVENTO: 5 a.C.

LOCAL: Belém de Judá

HINOS SUGERIDOS: 030 (475HCA) e 031 (366 - HCA)

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Is 7.14; 9.6,7Profecias sobre JesusTerça - Lc 1.46-55A submissão de MariaQuarta - Mt 2.3-12A visita dos magosQuinta - Mt 2.13-15,19-23A infância de JesusSexta - Lc 2.41-52A adolescência de JesusSábado- Mi 1.17-21O nascimento virginal de Cristo

MATEUS 1.18-25

18 - Ora o nascimento de JesusCristo foi assim: listando Maria,sua mãe, desposada com José, an-tes de se ajuntarem, achou-se terconcebido do Espírito Santo.

19 - Então José, seu marido,como era justo, e a não queriainfamar, intentou deixá-lasecretamente.

20 - E, projetando ele isto, eisque em sonho lhe apareceu umanjo do Senhor, dizendo: José, fi-lho de Davi, não temas recelter aMaria tua mulher, porque o quenela está gerado é do Espírito San-to;

21 - E dará à luz um filho echamarás o seu nome Jesus; por-que ele salvará o seu povo dos seuspecados.

22 - Tudo isto aconteceu paraque se cumprisse o que foi dito daparte do Senhor, pelo profeta, quediz:

23 - Eis que a virgem conceberáe dará à luz um filho, e chama-lo-fio pelo nome de EMANUEL, quetraduzido é: Deus conosco.

24 - E José, despertando dosonho, fez como o anjo do Senhorlhe ordenara, e recebeu u sua mu-lher;

25 - li não a conheceu até quedeu à luz seu filho, o primogénito;e pôs-lhe por nome Jesus.

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ESBOÇO

INTRODUÇÃOI. A PREEXISTÊNCIA DE CRIS-

TO1. Existia com o Pai, na Criação2. Existia na glória, antes que

houvesse mundo3. Designado Salvador, desde os

tempos eternos4. Cristo existia antes de Abraão5. Cristo, o Cordeiro Pascoal6. Cristo no Êxodo7. Cristo, reveladono Antigo Tes-

tamentoII. CRISTO, DIVINO E HUMANO

1. A virgem dará à luz um Filho2. A importância da encarnação

de Cristo3. Cristo, divino e humano

III. A DIVINDADE DE CRISTO1. Nomes divinos de Cristo2. Atributos divinos conferidos a

Cristo3. Adoração prestada a Cristo

W. OBRAS DIVINAS ATRIBUÍ-DAS A CRISTO1. Criador2. Sustentador de todas as coisas3. Cristo perdoa pecados4. Cristo ressuscitou dos mortos5. Cristo proclamaa sua divinda-

de

OBJETIVOS

No término desta lição, os alunosdeverão ser capazes de:

• Concluir que Jesus Cristo éeterno, pois, como "Verbo (a Pala-vra), se fez carne e habitou entrenós" (Jo 1.14).

• Admitir que, como Verbo, Je-sus possui duas naturczas: a divina e

a humana. A primeira o identificacomo Deus e a segunda, como ho-mem.

• Concordar que Cristo tornou-sehumano, mas não perdeu suaiden-tidade divina, pois não deixou de serDeus.

• Constatar que, mediante João1.3: "Todas as coisas foram feitaspor ele, e sem clcnada do que foi feitose fez", Jesus realmente é divino.

SUGESTÕES PRATICAS

1. Explique aos alunos que Deussempre existiu em três pessoas: Pai,Filho e Espírito Santo. A segundapessoa da Trindade aceitouhumanizar-se para salvar o homemda condenação. Após realizar suaobra redentora, reassumiu sua glóriaque usufruía antes da fundação domundo. Por isso, Cristo épreexistente.

2. Esclareça-lhes a respeito dasduas naturezas de Cristo. Ele c divi-no, pois é a segunda pessoa da Trin-dade. Mas se fez homem, teve fome,sede, cansou-se, chorou, alcgrou-se.Submeteu-se às tentações, mas resis-tiu a todos e nos deu a vitória em suamorte. Conhecedor da fragilidadehumana, hoje intercede por nós iun-to ao Pai.

3. Comprove a eles que se oVerbo não assumisse a humanidade,não haveria salvação para os ho-mens, pois todos pecaram e destitu-ídos estavam da glória divina. Mas asegunda pessoa da Trindade, volun-tariamente, humanizou-se c nos

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garantiu, pelo seu sangue derrama-do, a nossa redenção. Hoje, Ele é onosso primogénito, constituídos quefomos filhos de Deus.

PARTICIPAÇÃO DO ALUNO

• A mela principal do professoré promover a busca do conhecimen-to. O educador que ensina sem inspi-rar em seus alunos o prazer de parti-cipar da aula, "malha em ferro frio".Prepare-se melhor, ore a Deus e bus-que a maneira mais adequada detornar sua aula mais atrativa eparticipativa. Tenie e descubra quala principal forma de alcançar osobjetivos propostos.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

A data do nascimento de Jesus édesconhecida, e nada tem a ver como início de sua existência como oVerbo de Deus, e, sim, com a suaencarnação, a fim de cumprir a obraredentora da humanidade.

I. A PREEXISTÊNCIADE CRISTO

São numerosos os textos bíblicosque falam da existência de Cristo,desde a eternidade, antes do seu nas-cimento em Belém de Judá.

1. Existia com o Pai, na Cria-ção. "No princípio era o verbo, e overbo estava com Deus, e o verbo eraDeus. Ele estava no princípio comDeus. Todas as coisas foram feitas

por ele, e sem elenada do que foifeitosefez"(Jol.l-3).OautordaEpístolaaos Hebreus aplica as palavras doSalmo 102.25, ao Filho: "No princí-pio, Senhor, lançaste os fundamen-tos da terra, e os céus são obras dastuas mãos; eles perecerão; tu, porém,permaneces..." (Hb 1.10 - ARA).

2. Existia na glória, antes quehouvesse mundo. Isto é reveladopelo próprio Cristo em sua oraçãosacerdotal: "E agora, glorifica-me, óPai, contigo mesmo, com a glóriaque eu tive junto de ti, antes quehouvesse mundo" (Jo 17.5 - ARA).

3. Designado Salvador, desdeos tempos eternos. É o que afirma oapóstolo Paulo: "Conforme a suaprópria determinação e graça quenos foi dada em Cristo Jesus antesdos tempos eternos" (2 Tm 1.9).Pedro ensina: "Fostes resgatados davossa vã maneira de viver... com oprecioso sangue de Cristo..., conhe-cido, ainda antes da fundação domundo" (l Pé 1.18-20).

4. Cristo existia antes deAbraão. Pela fé, Abraão o contem-plou, representado pelo cordeiro quesubstituiu Isaque no monte Moriá(Gn 22.10-13). Quando Jesus disseaos judeus: "Vosso pai Abraão ale-grou-sc por ver o meu dia, viu-o eregozijou-se. Perguntaram-lhe, pois,osjudeus: Ainda não tens cinquentaanos, e viste a Abraão? Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdadeeu vos digo: Antes que Abraão exis-tisse, eu sou'1 (Jo 8.56-58). O VerboDivino existia antes da fundação domundo (Jo 1.1).

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5. Cristo, o Cordeiro Pascoal.Depois de vários milagres, diversaspragas e muitas promessas de Faraó,o povo israelita ainda continuavaescravo. Quando, porém, o cordeiropáscoa! foi imolado e seu sangueaspergido nas umbreiras e vergasdas portas, Israel saiu do Egito. Istofala de Cristo que já existia, designa-do por Deus, para encarnar-se noventre da virgem, afim de proporci-onar a libertação dos escravos dopecado. Esta é a interpretação dePaulo, ao escrever: "Cristo, nossapáscoa, foi sacrificado por nós" (lCo 5.7).

6. Cristo no Êxodo. Cristo é ocentro das atenções e de todas asrevelações de Deus. Nalibertação deIsrael e na peregrinação pelo deser-to, Ele estava presente. Quando opovo teve sede, o Senhor disse: "Eisque estarei ali diante de ti sobre arocha em Horebe; ferirás a rocha, edela sairá água, eopovo beberá" (Êx17.6). Na expressão: "Estarei ali di-ante de ti sobre a rocha", aparece oCristo, a Fonte da Água Viva. Pauloexplica este fenómeno, ao afirmar:"E beberam da mesma fonte espiri-tual; porque bebiam de uma pedraespiritual que os seguia. E a pedraera Cristo" (l Co 10.4).

7. Cristo, revelado no AntigoTestamento. Além dos numerosostipos relacionados asuapessoa, exis-tem claras revelações atinentes a suavinda: a concepção (Is 7.14); o lugaronde nasceria (Mq 5.2); o seu minis-tério (Dt 18.15); o seu sacerdócio (lSm 2.35,36); a sua morte (SI 22; Is

53); a sua ressurreição (SI 16.10); eo seu reinado (Jr 23.5,6).

n. CRISTO, DIVINOE HUMANO

Só mediante o nascimento virgi-nal, Ele seria, ao mesmo tempo, di-vino e humano.

1. A virgem dará à luz umfilho.Tanto Mateus como Lucas concor-dam que Jesus foi concebido peloEspírito Santo (Mt 1.18; Lc 1.34) enasceu de uma virgem. A doutrinada encarnação de Jesus, duranteanos,enfrenta várias oposições dos teólo-gos liberais. Entretanto, é inegável ocumprimento do que Deus determi-noumais oumenos700 anos antes donascimento de Cristo, através do pro-feta Is aias.

2. Aimportância da encarnaçãode Cristo. Para ser qualificado comoRedentor que pagaria o preço dosnossos pecados e trazer-nos-ia a sal-vação, eranecessário que Jesusfossetotalmente humano, mas sem peca-do, eplenamente divino (Hb 7.25,26).Cristo satisfez estes requisitos:

a. Nasceu de uma mulher (Lc2.6,7);

b. Concebido pelo Espírito San-to (Mt 1.20);

c. Filho de Deus (Jo 3.16).Como resultado, sua concepção

não foi natural e, sim, sobrenatural.O anjo disseaMaria: "Descerásobreti o Espírito Santo e o poder doAltíssimo te envolverá com a suasombra; por isso também o ente san-to que há de nascer, será chamadoFilho de Deus" (Lc 1.35).

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3. Cristo, divino e humano. Je-sus viveu e sofreu como pessoa hu-mana, e compadeceu-se dos fracos(Hb 4.15); como Filho de Deus, EleLem poder para libertar-nos do domí-nio do pecado e do poder de Satanás(At 26.18; Hb 2.14-16). Divino ehumano, foi qualificado para servirde sacrifício pelos pecados de todosos homens, e, como sumo sacerdote,para interceder pelos que se aproxi-mam de Deus (Hb7.24-28; 10.9-12).

m. A DIVINDADE DE CRISTO

Cristo tornou-se humano, masnão deixou de ser divino. A suadeidade é claramente revelada noNovo Testamento. Paulo escreve:"Aprouve a Deus que nele residissetoda a plenitude"; "porquanto nele[em Cristo] habita corporalmentetoda a plenitude da Divindade" (Cl1.19; 2.9).

1. Nomes divinos de Cristo:a. Deus - De eternidade a eterni-

dade Jesus é Deus (Hb 1.8,9). Toméconvertido, confessou: "Senhormeu,e Deus meu" (Jo 20.28);

è.Se/í/zor-AnaniasdisseaSaulo:"O Senhor me enviou, a saber, opróprio Jesus que te apareceu nocaminho por onde vinhas" (At9.17).A expressão Senhor Jesus aparecemuitas vezes no Novo Testamento.

c. Filho de Deus - Por ocasião dobatismo de Jesus, foi ouvida a voz doPai: "Tu és meu Filho amado, em time comprazo"; c, Pedro, inspiradopelo Espírito Santo, disse a Jesus:"Tu és o Cristo, o Filho do Deusvivo" (Lc 3.22; Mt 16.16).

2. Atributos divinos conferidosa Cristo:

a. Eternidade. Em relação a Je-sus, lemos: "Tu, porém, és o mesmoe os teus anos jamais terão fim" (Hb1.12). "Não tendo princípio de dias,nem fim de vida" (Hb 7.3).

b. Onipotência. Cristo, após res-suscitar dos mortos, disse: "É-medado todo o poder no céu e na terra"(Mt 28.18). Ele é "o soberano dosreis da terra"; "Rei dos reis e Senhordos senhores" (Ap 1.5; 19.16).

c. Onisciência. É uma qualidadeque só pertence a Deus. Pedro decla-rou: "Senhor, tu sabes todas as coi-sas..." (Jo 21.17).

d. Onipresença. Antes de suaressurreição, Jesus estava sujeito àslimitações do corpo humano, impos-sibilitado de estar presente em maisde um lugar ao mesmo tempo (vejaJo 11.6-15, 21-32). No entanto, an-tes de sua ascensão, Ele disse: "Eisque estou convosco todos os dias, atéa consumação dos séculos" (Mt28.20b). Esta declaração de Cristo écorroborada pela experiência de mi-lhões de cristãos espalhados por todoo mundo, que são ajudados peloamado Salvador.

3. Adoração prestada a Cristo.Jesus exerceu o seu ministério entreas "ovelhas" da casa de Israel. Osseus primeiros discípulos eram ju-deus c o adoravam, como prova deque reconheciam a sua divindade,pois eles, desde o cativeiro .emBabilónia, curados da idolatria, re-verenciavam, somente a Deus, con-forme inslrução de Moisés (Dt 6.4)."E todos os anjos deDeus o adorem"

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(Hh l .6). O próprio Jesus perguntouao cego de nascença a quem rcslau-rara a vista: "Crês tu no filho dohomem?" A rcsposfa to i: "Creio,Senhor; e o adorou" (Jo 9.35-38).Oulras passagens: o leproso purifi-cado (Mt 8.2); Jairo (Ml 9.18-25); amulher cananéia (Mt 15.25); todosesses o adoraram, porijuc reconhece-ram a sua divindade.

IV. OURAS DIVINAS ATRIBUÍ-DAS A CRISTO

Jesus disse: "Tudo o que este [oPai | fizer, o Filho tambémsemelhantemente o faz" (Jo 5.19).

1. Criador. No tocante a Cristo,Paulo disse: "Pois nele foram criadastodas as coisas, nos céus e sobre aterra, as visíveis e as invisíveis, se-jam tronos, sejam sobcranias, querprincipados, quer potestades. Tudofoi criado por meio dele c para ele"(Cl 1.16).

2. Sustentador de todas as coi-sas. Em Hebreus 1.3, lemos: "Ele,que é o resplendor da glória e aexpressão exala do seu Ser, susten-tando todas as coisas pela palavra doseu poder...". A mais, diz Paulo:"Ele é antes de todas as coisas. Neletudo subsiste" (Cl 1.17).

3. Cristo perdoa pecados. Quan-do Jesus disse ao paralítico: "Perdo-ados estão os teus pecados", osescribas retrucaram: "Quem podeperdoar pecados, senão Deus?" (Mc2.5-7). À mulher pecadora, arrepen-dida, chorava aos pés do Mestre, Eledisse: "Perdoados são os teus peca-dos", e acrescentou: "A tua lê te

salvou; vai-te cm paz" (Lc 7.48-50).Sc Cristo tem poder para perdoarpecados, é Deus!

4. Cristo ressuscitou dos mor-tos. Jesus disse: "Pois assim como oPai ressuscita e vivifica os mortos,assim lambem o Filho vivifica aque-les a quem quer" (Jo 5.21). Dissemais: "Eu sou a ressurreição e a vida.Quem crê cmmim, ainda que morra,viverá" (Jo 11.25). Isto ficou prova-do, quando Ele ressuscitou a filha deJairo (Mc 5.4i,42), o filho da viúvade Naim (Lc 7.14,15) c a Lázaro, noquarto dia de morto (Jo 11.43,44).Mas Jesus tem poder não apenaspara ressuscitar em casos como es-tes. Quanto ao que crê no seu nome,Ele disse: "...eu o ressuscitarei noúltimo dia" (Jo 6.40).

5. Cristo proclama a sua divin-dade. Ele nuncaprocurou glória parasi mesmo, mas não negava sua divin-dade, quando isto era requerido dele.

Quando o sumo sacerdote o in-terrogou: "És lu o Cristo, o Filho doDeus bendito? Jesus respondeu: Eusou, c vereis o Filho do homem as-sentido à direita do Todo-poderoso,c vindo com as nuvens do céu" (Mc14.61,62). Em João 10.30, Jesus afir-ma: "Eu c o pai somos um". Assegu-rou que não blasfemava, ao di/cr:"Sou Filho de Deus" (Jo 10.36). Es-tas são provas irrefutáveis da divin-dade de Cristo.

ENSINAMENTOS PRÁTICOS

1. Por causa da incredulidade,muita gente não acredita no nasci-mento virginal de Cristo. Alegam

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ser impossível uma m u l h e rengravidar sem a participação de umhomem. Mas com Jesus aconteceudiferente. Ele foi gerado por obra cgraça do Espírito Santo, conforme amensagem do anjo Gabriel: "...a vir-tude do Altíssimo te cobrirá com asua sombra..." (Lc 1.35).

2. Maria concebeu ainda virgem,cm cumprimento dcisaías 7.14. Teveuma gestação semelhante a de todasas mulheres, apesar de condu/iremseu ventre o Filho de Deus. Na horade dar à luz, passou pelas mesmassituações e dificuldades, peculiares aeste ato de maternidade. Jesus é,portanto, um ser humano, c não nmextraterrestre como alguns afirmam.

3. Tudo leva-nos a crer que ne-nhum médico assistiu a Maria, nahora do nascimento de Jesus, paralhe fa/cr um par U) cesariano e con-servar sua virgindade. Ela deu à lu/,pela via natural e, conforme registraMateus l .25, José a conheceu e tive-ram uma vida conjugal normal eforam, pais de vãrios filhos.

GLOSSÁRIO

Aspergir: fa/,er aspersão (res-pingo) com o hissope ou um ramomolhado.

Atinente: relativo a; que diz res-peito a; concernente; pcrlcnccnle.

Comprazer: dcleitar-sc; rego/,i-jar-se.

Concepção: alo de ser concebidoou gerado; geração.

Irrefutável: evidente; irre-cusável.

Potestade: poder; potência.Remissão: ato ou efeito de per-

doar.Umbreira: parte lateral das por-

tas; o mesmo que batente.Verga: madeira central de uma

porta.Virginal: relativo a virgem.

QUESTIONÁRIO

1. Cite algumas referênciasbíblicas que comprovam apreexistência de Cristo.

- João 1.1-3; 8.56-58; 17.5; 2Timóteo 1.9; l Pedro 1.18-20.

2. Que requisitos eram necessá-rios ao Redentor da humanidade?

- Possuir nalure/a divina c hu-mana. Jesus satifez cabalmente estesrequisitos (Hb 7.25,26).

3. Cite os títulos divinos de Jesus.- a) Deus (Jo 1.1-3; 20.28; Hb

1.8,9); b) Senhor (At 9.17); c) Filhode Deus (Mt 3.17; 16.16; Jo5.17,18,25,26; 10.30).

4. Cite os atributos divinos con-feridos a Cristo.

- Eternidade, Onisciência, Oni-polência, Onipresença (Hb l .12; 7.3;Jo 21.17; Ml 28.18,20b).

5. Cite referências que compro-vam a humanidade de Cristo.

-Mateus4.l2;M;ircos4.38;João11.35; 19.28.

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Lição 5 l de maio de 1994

A INFÂNCIA E A ADOLESCÊNCIA DE JESUS

TEXTO ÁUREO LEITURA EM CLASSE

"E crescia Jesus em sabe-doria, e em estatura, e em gra-ça para com Deus e os ho-mens" (Lc 2.52).

VERDADE PRATICA

Os períodos da infância eadolescência de Jesus faiam decrescimento físico, mental eespiritual; estas fases não anu-lam a divindade de Cristo.

ÉPOCA DO EVENTO: 8 d.C.

LOCAL: Jerusalém

HJNOS SUGERIDOS: 039 (156HCA) e 040 (205 - HCA)

LEITURA DIÁRIA

Segunda-Mt 2.13-18O infante levado para o EgitoTerça-Mt2.19-23Jesus e a família cm NazaréQuarta - Lc 2.40-52O adolescente entre o.s doutoresQuinta - Jo 1.26-34O testemunho de João BatutaSexta-Mc 1,1-8O poder de JesusSábado - Lc 4,1-13A resistência de Jesus

LUCAS 2.39-52

39 - E, quando acabaram decumprir tudo segundo a lei doSenhor, voltaram à Galiléia, paraa sua cidade de Nazaré.

40 - E o menino crescia, e sefortalecia em espírito, cheio de sa-bedoria; e a graça de Deus estavasobre ele.

41 - Ora, todos os anos iam seuspais a Jerusalém, à festa da Pás-coa.

42 - E, tendo ele já doze anos,subiram a Jerusalém, segundo ocostume do dia da festa.

43 - E, regressando eles, termi-nados aqueles dias, ficou o meninoJesus em Jerusalém, e não o soube-ram seus pais.

44 - Pensando, porém, eles queviria de companhia pelo caminho,andaram caminho de um dia, eprocuravam-no entre os parentese conhecidos;

45 - E, como o não encontras-sem, voltaram a Jerusalém embusca dele.

46 - E aconteceu que, passadostrês dias, o acharam no templo,assentado no meio dos doutores,ouvindo-os, e interrogando-os.

47 - E todos os que o ouviamadmiravam a sua inteligência erespostas.

48 - E quando o viram, maravi-lharam-se, e disse-lhe sua mãe:Filho, por que Fizeste assim para

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conosco? Eis que teu pai e eu ansi-osos te procurávamos.

49 - K ele lhes disse: Por que éque me procuráveis? Não sabeisque me convém tratar dos negóciosde meu Pai?

50 - E eles não compreenderamas palavras que lhes dizia.

51 - IÍ desceu com eles, e foipara Nazaré, e era-lhes sujeito. Esua mãe guardava no seu coraçãotodas estas coisas.

52 - E crescia Jesus em sabedo-ria, e em estatura, e em graça paracom Deus e os homens.

ESBOÇO

INTRODUÇÃO

I. A PRIMEIRA INFÂNCIA DEJESUS1. Jesus em Belém2. Jesus no Templo3. O resgate do primogénito4. A visita dos magos5. Por que pensam que a visita

dcu-se em Belém?

II. A SEGUNDA INFÂNCIA DEJESUS1. O cuidado paterno e o desen-

volvimento de Jesus2.0 desenvolvimento distinto de

Jesus

III. A ADOLESCÊNCIA DE JESUS1. O exemplo dos pais c a vocação

de Jesus2. Jesus obedeceu aos preceitos

judaicos3. Os pais de Jesus cm Jerusalém4. A persistente procura dos pais

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IV. EXEMPLOS DO DESENVOL-VIMENTO DE JESUS1. Exemplo de dedicação espiritu-

al2. Jesus os ouvia3. Ele lhes perguntava4. A preocupação de Maria5. Jesus na casa do Pai

V. EXEMPLOS DE SUBMISSÃO1. Jesus, exemplo de submissão2. O sentido da submissão de Je-

sus

OBJETÍVOS

No término desta lição, os alunosdeverão ser capazes de:

• Compreender que Jesus, comohomem, teve um crescimento físicoidêntico ao de qualquer outra crian-ça, ao passar pela infância, adoles-cência, j uventude, até chegar à idadeadulta.

• Entender que o seu desenvolvi-mento intelectual diferiu do das de-mais crianças de sua idade, porquenão teve a influência da naturezapecaminosa.

• Admitir que Jesus, desde a suainfância, admirava a todos, por cau-sa do seu bom comportamento c dasua dedicação às coisas de Deus (Lc2.49).

• Descobrir que, mediante seusexemplos de submissão, Jesus nosprova que foi obediente ao Pai até amorte (Fp 2.8).

SUGESTÕES PRATICAS

1. Informe aos alunos que Jesusnão nasceu na Galiléia, para o cum-

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primento da profecia de Miquéias5.2: "E tu, Belém Efrata, posto quepequena entremilhares de Judá, de time sairá o que será Senhor em Israel,e cujas saídas são desde os temposantigos, desde os dias da eternida-de". Por esta razão, César Augustodeterminou que todos se alistassemem suas cidades de origem.

2. Esclareça-lhes que Jesus ape-nas nasceu em Belém de Judá, paracomprovar a sua legitimidade de ju-deu da casa de Davi, mas, ao retornardo Egito, fixou residência em Nazaré,norte da Palestina, também para ocumprimento deoutraprofecia: Mateus2.23. Enganaram-se todos os que pen-saram ter Ele nascido na Galiléia,conforme lemos em Lucas 22.59.

PARTICIPAÇÃO DO ALUNO

• O professor precisa ter um pro-fundo conhecimento do assunto a serensinado, pois é importante que do-mine a matéria, ao ponto de desper-tar nos alunos inspiração e estímulo,a fim de que participem ativamentedaaula, ehajaboa aprendizagem. Setemos segurança no que ensinamos,possuímos condições de transmiti-loclara e facilmente, sem receio dasperguntas que nos fizerem.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

As Escrituras pouco informamsobre a infância e a adolescência deJesus. A despeito disto, as poucasnotícias dessas fases de sua vida

constituem sublimes revelações quetrazem àhiz seu caráter maravilhosodesde a infância.

I. A PRIMEIRA INFÂNCIA DEJESUS

1. Jesus em Belém. Lucas relatao nascimento de Cristo, festejadopelos anjos e pastores. E nada maisinforma, até a sua apresentação noTemplo, quarenta dias após o seunascimento, conforme alei, e oretor-no de seus pais para a Galiléia (Lc2.22-39).

2. Jesus no Templo. Estudamosque Simeão c Ana tomaram a Jesusnos braços e profetizaram a respeitodele, no momento de sua apresenta-ção no Templo, para o cumprimentodas ordenanças divinas (Lv 12.6-8).Cristo não foi concebido em pecado,mas nasceu sob a lei, para cumpri-lacabalmente.

Jesus era o Unigénito de Deus e oprimogénito de Maria. Conforme alei, aos quarenta dias, era levado aoTemplo para ser consagrado ao Se-nhor (Êx 22.29). Por isso, Jesus tam-bémfoiapresenladoaDeus(Le2.23).

3. O resgate do primogénito.De acordo com a lei, o primogénitoera consagrado a Deus (Nm 18.15).Nosso texto, no entanto, não fazmenção ao resgate de Jesus.

4. À visita dos magos. Os pasto-res adoraram o menino Jesus naestrebaria em Belém, os magos não.A visita destes aconteceu, provavel-mente, alguns meses depois do nas-cimento de Jesus. Alguns estudiososacham que seis meses ou mais. Ccr-

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tamente, por isso, Herodes "mandoumatar todos os meninos que haviaemBelémfeem todos os seus contor-nos, de dois anos para baixo..." (Mt2.16).

Portanto, parece-nos não haverbasebíblica encenar o Natal de Jesuscom apresença dos magos emBelém.É bom observar que eles vieram doOriente, provavelmente da Pérsia,pois a palavra grega magoi indicahomem versado no estudo das estre-las . Não há provas de que eram ape-nas três, nem que seriam reis.

Ao certo, depois de verem a "es-trela", reuniram-se para estudar ofenómeno, e, então, iniciaram ospreparativos para a viagem, em queteriam de percorrer centenas de qui-lómetros montados em camelos.Como teriam chegado a Belém nanoite do nascimento de Jesus, oumesmo antes de levá-lo aJerusalém,para ser consagrado?

5. Por que pensam que a visitadeu-se emBelém? Certamente,por-que Herodes enviou os magos a estacidade (Mt2.8). Esterei, perturbado,ao saber que Jesus nascera emBelém,não pensou em outro lugar. Masobservemos o que o texto nos diz:

a. "E, tendo eles ouvido o rei,partiram; e eis que a estrela, quetinham visto no oriente, ia adiantedeles, até que, chegando, se detevesobre o lugar onde estava o menino.E, vendo eles a estrela, alegraram-semuito com grande alegria" (Mt2.9,10).

b. No versículo 9, lemos que elase deteve sobre o lugar onde o meni-no estava, mas não menciona o local.

Lemos mais: "Entrando na casa (nãomais a estrebaria), viram o meninocom Maria, sua mãe" (Mt 2.11).Conclusão: Se, depois da consagra-ção, José e Maria voltaram paraNazaré, e a visita dos magos deu-sedepois, indubitavelmente eles encon-traram Jesus emNazaré.Afugaparao Egito aconteceu depois. VejaMateus 2.13.

H. A SEGUNDA INFÂNCIA DEJESUS

1.0 cuidado paterno e o desen-volvimento de Jesus. Em sua infân-cia, como qualquer outra criança,dependeu do cuidado dos pais.

2. O desenvolvimento distintode Jesus. Cremos que Ele eviden-ciou um desenvolvimento distintodos demais meninos. Quando outrascrianças eram fracas no entendimen-to, e inaptas para certas resoluções,Ele se mostrou forte no espírito, etomou decisões corretas. Pelo Espí-rito Santo, seu ser revestia-se deextraordinário vigor. Enquanto ou-tros meninos sofriam a influência danatureza pecaminosa, Ele se coloca-va acima de tais influências. Era oalvo do favor divino: "Crescia omenino e se fortalecia, enchendo-sede sabedoria; e a graça de Deusestava sobre ele" (Lc 2.40). São es-tes, apenas, os dados históricos queregistramos da infância do nossoSalvador, antes do seu aparecimen-to, no Templo, aos doze anos.

HL A ADOLESCÊNCIADE JESUS

O que chamamos de adolescên-

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cia de Jesus é a sua idade de dozeanos, quando foi com seus pais aJerusalém.

1.0 exemplo dos pais e a voca-Ção de Jesus. "Ora, todos os anosiam seus pais a Jerusalém, à festa daPáscoa. E, tendo ele já doze anos,subiram a Jerusalém, segundo o cos-tume do dia da festa" (Lc 2.41,42).

O comparecimento ao culto deDeus faz parte dos preceitos divinose tem relação com o bem-estar espi-ritual dos seus filhos, desdeos longosanos antes de Cristo. Isto reforça arecomendação neotesíanaentária:"Não deixando a nossa congregação,como é costume de alguns" (Hb10.25).

Os pais de Jesus subiam, anual-mente, a Jerusalém, para a Páscoa.Jesus, aos doze anos, foi com eles, emarcou esta etapa de sua vida comum belo exemplo de dedicação aDeus.

2. Jesus obedece aos preceitosjudaicos. Os mestres preceituavamque, a partir dos doze anos, os ado-lescentes coráeçariarnajejuarde vezem quando, e, a partir daí, seriamconsiderados filhos da sagrada ali-ança. Os que dessem provas de obe-diência e consagração, fariam, parteda vida religiosa de Israel. Jesussatisfez a essas exigências, por forçada vocação divina.

3. Os pais de Jesus em Jerusa-lém. Os pais de Jesus permaneceramem Jerusalém durante os dias daPáscoa. Ao voltarem, verificaramque o menino não os acompanhara.Procuraram-no durante três dias,entre os companheiros de viagem e

os parentes, e não o encontraram.Estava no Templo, com os doutoresda Lei. Em sentido figurado, isto nosensina que é mais fácil encontrá-lona igreja, do que entre amigos eparentes (Lc2.44,45). Todasua vida,desde a infância, é um livro abertoquenos ensina verdades profundas eeternas (l Pé 2.21b).

Ele permaneceu em Jerusalém,mesmo depois da festa. É bom nãonos apressarmos a deixar a casa deDeus, especialmente antes do térmi-no do culto. É excelente pensarmoscomo Davi: "Senhor, eu tenho ama-do a habitação da tua casa e o lugaronde permanece a tua glória" (SI26.8).

4. A persistente procura dospais. Jesus estava no Templo, masseus pais não o sabiam. Preocupadoscom a sua ausência, procuraram-no,persistentemente, até encontrá-lo emJerusalém. Este exemplo orienta osque se separam de Cristo. O certo évoltar ao lugar onde Jesus pode serencontrado; onde já estiveram, nacasa do Senhor. "Chegai-vos a Deus,e ele se chegará a vós" (Tg 4.8).

IV. EXEMPLOS DO DESEN-VOLVIMENTO DE JESUS

Nos dias do seu ministério, Elebem podia dizer: "Aprendeidemim".Em sua adolescência, seu exemploconstitui o modelo para todo e qual-quer cristão, independente de suaidade.

1. Exemplo de dedicação espi-ritual. No terceko dia, seus pais o

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encontraram no Templo. Foi encon-trado entre os doutores da Lei (Lc2.46), não como um simplescatecúmeno, mas discutindo com elesas questões fundamentais das Escri-turas. Isto não era somente uma ins-tância da divina sabedoria em suavida, mas, também, revelava o seudesejo de crescer, tanto no conheci-mento, como de comunicar aos seusouvintes a sabedoria de Deus; torna-va-se, dessemodo, o grande exemplopara os garotos de sua idade, queaprendem com Cristo a se deleitar nacompanhia dos que lhes proporcio-nam instrução, e dignificam suasvidas no vigor dos dias.

2. Jesus os ouvia. Os que dese-jam aprender as coisas.espirituais,devem estar prontos para ouvir, re-verentes para aceitar, e dóceis paraobedecer.

3. Ele lhes perguntava. Con-quanto já tivesse autoridade divinapara ensinar, perguntava, pois dese-java aprender. Ao interrogá-los, ou-via a expressão: "Não sei". Ele, en-tão, as respondia corretamente, demaneira que seus interlocutores"muito se admiravam da sua inteli-gênciaedassuasrespostas"(Lc2.47).Perceberam que Ele era mais sábiodo que os grandes mestres. Compro-vava, então, que sua sabedoria e seuconhecimento eram divinos.

4. A preocupação de Maria,sua mãe. Ela, ao vê-lo no Templo,tranquilizou-se e maravilhou-se, aover como era admirado e respeitadopelos doutores da Lei. Ela externousua preocupação, ao dizer-lhe: "Fi-lho, por que fizeste assim conosco?

Teu pai e eu, aflitos, estamos à tuaprocura" (Lc 2.48). Seus pais o bus-caram com preocupação, mas o en-contraram com alegria e grande jú-bilo.

5. Jesus na casa do Pai. O desen-volvimento espiritual de Jesus con-cedeu-lhe, aos doze anos, consciên-cia da importância de Deus em suavida. Ele respondeu, gentilmente, aJosé e Maria: "Por que é que meprocuráveis ? Não sabeis queme con-vém tratar dos negócios demeu Pai?"(Lc2.49).

Cuidar dos negócios do Pai, fazera sua vontade e realizar a sua obraeram os principais objetivos de suavida terrena. Para Ele, era mais im-portante do que o comer, o beber e oaconchego do lar paterno.

V. EXEMPLOS DE SUBMISSÃO

Submissão é hoje uma palavrafatídica para muita gente, especial-mente, para adolescentes e jovensque aspiram a liberdade que, nãoraro, os leva a fins trágicos.

1. Jesus, exemplo de submis-são. Em nosso texto, lemos: "E des-ceu com eles, e foi para Nazaré, eera-Ihes sujeito" (Lc 2.51).

Submissão significa sujeição aossuperiores. Thomas A. Kempis es-creve: "Andapor onde quiseres: nãoacharás descanso senão na sujeição eobediência ao superior".

2. O sentido da submissão deJesus. Lucas 2.51 tem relação comsua atividade de carpinteiro, sob aorientação de José (Mt 13.55; Mc6.3).

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ENSINAMENTOS PRÁTICOS

1. É necessário os alunos enten-derem que nada aconteceu por acasona vida terrena de Jesus. Antes deEle vir ao mundo, tudo já estavadeterminado: olocal do nascimento,a ida para o Egito, a residência cmNazaré, o encontro com os doutoresda Lei, aos 12 anos, no Templo emJerusalém, por ocasião dacelebraçãoda Páscoa, etc.

2. Jesus foi um filho exemplar.Logo cedo, aprendeu uma profissão,através da qual muito ajudou o seupai adotivo, José, no sustento dafamília. Na adolescência, demons-trou também grande interesse pelascoisas espirituais, quando disse à suamãe: "Por queéqueme procuráveis?Não sabeis que me convém tratar dosnegócios de meu Pai?" (Lc 2.49).

Trajetória:trajeto;percurso;via,Unigénito: único gerado por seus

pais; filho único; Cristo.

GLOSSÁRIO

Cabal: completo; perfeito; ple-no.

Encenar: pôr em cena; fazer re-presentar no teatro.

Fenómeno: maravilha; rarida-de.

Inapto: incapaz; inadequado.Incompatível: quenão pode har-

monizar-se; inconciliável.Menção: referencia; registro; ins-

crição.Ordenança: ordem; determina-

ção.Primogénito: aquele gerado an-

tes dos oulros irmãos; filho maisvelho.

QUESTIONÁRIO

1. Em relação à primeira infân-cia de Jesus, o que nos informa aBíblia?

- Seu nascimento em Belém, avisita dos pastores, sua apresentaçãono Templo, a visita dos magos (Lc2.7,15-18,21-38; Mt 2.1,2,11,12).

2. Quando Jesus foi apresentadono Templo, conforme a lei?

- Quarenta dias após o seu nasci-mento (Lc 2.22-24).

3. Qucpersonagens estavam pre-sentes à apresentação de Jesus noTemplo?

- Além de seus pais, Simeão eAna, dois servos de Deus, profeta eprofetisa, respectivamente (Lc 2.25-37).

4. Que acontecimento trágicoocorreu em Belém e seus arredores,na primeira infância de Jesus?

- A matança de todos os meninosde dois anos para baixo, por ordemdo rei Herodes (Mt 2.16).

5. Cite os exemplos deixados porJesus, em sua adolescência.

- Dedicação aos negócios do Piá.celcsúal e submissão aos pais terre-nos (Lc 2.51).

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Lição 6 8 de maio de 1994

O BATÍSMO DE JESUS E SUA UNÇÃOPELO ESPÍRITO SANTO

TEXTO ÁUREO

"Como Deus ungiu a Jesusde Nazaré com o Espírito San-to e com virtude; o qual andoufazendo bem, e curando a to-dos os oprimidos do diabo,porque Deus era com ele"(At 10.38).

VERDADE PRATICA

No batismo, Jesus recebe aunção do Espírito Santo e ini-cia o seu ministério de prega-ção e poder.

ÉPOCA DO EVENTO: 25 d.C.

LOCAL: Rio Jordão

HINOS SUGERIDOS: 011 (412HCA) e 012 (244 - HCA)

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Mt 3.4-12O pregador do desertoTerça-Mt3.13-14A humildade de João BaíistaQuarta-Mt3.15O propósito do batismoQuinta - Mt 3.16A bênção do batismo

Sexta - Fp 2.5-11Identificado com os homensSábado -Mt3.16-17A Trindade no batismo de Jesus

\A EM CLASSE |

MATEUS 3.13-17

13 - Então veio Jesus da Galiléiater com João, junto do Jordão,para ser batizado por ele.

14 - Mas João opunha-se-lhe,dizendo: Eu careço deser batizadopor ti, e vens tu a mim?

15 - Jesus, porém, responden-do, disse-lhe: Deixa por agora,porque assim nos convém cumprirtoda a justiça. Então ele o permi-tiu.

16 - E, sendo Jesus batizado,saiu logo da água, e eis que se lheabriram os céus, e viu o Espírito deDeus descendo como pomba e vin-do sobre ele.

17 - E eis que uma voz dos céusdizia: Este é o meu Filho amado,em quem me comprazo.

ESBOÇO

INTRODUÇÃO

I. POR QUE JESUS SUBMETEU-SE AO BATISMO?1. A obediência de Jesus2. O batismo de João3. O batismo de Jesus

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II. LIÇÕES DO BATISMO DE JE-SUS1. A modéstia de João2. A humildade de Jesus3. A atitude de João4. "Jesus começou a fazer e a

ensinar"

III. O MOMENTO SOLENE1. "Ao sair da água"2. "Estando ele a orar, o céu se

abriu"3. Jesus revés tido do Espírito San-

to4.0 Espírito Santo na nova cria-

ção5. O que João testemunhou

tV. O ESPÍRITO EM FORMA DEPOMBAL A pomba, símbolo do Espirito

Santo2. Apomha, símbolo dasimplici-

dade e inocência

V. A VOZ DO PAI1. A voz vinda do Céu2. A afeição do Pai por Jesus3. Somos aceitos por Deus4. Aposição do pecador sem Cris-

to

VI. JESUS, UNGIDO PARA AOBRA DE DEUS1. Pregou no poder do Espírito

Santo2. Curou e expulsou os demónios

no poder do Espírito3. Triunfou no poder do Espírito

Santo

VII. CONCLUSÃO

OBJET1VOS

• Entender que Jesus, apesar denão ter pecado, submeteu-se ao ha-tismo em água, para aprendermosque esta prática é uma instituiçãodivina, e não humana.

• Compreender que o batismo deJesus foi um dos aios mais solenes desua vida: O Espírito Santo pousousobre Ele e o Pai exclamou do céu.

• Entender que a manifestaçãodo Espírito San to em fornia corpóreadeumapomba, significaqueestaavec um símbolo da terceira pessoa daTrindade.

• Compreender que a Trindadese fez presente no rio Jordão, paranos mostrar a aprovação divina doplano da salvação.

SUGESTÕES PRATICAS

Notérminodcstalição, os alunosdeverão ser capazes de:

1. Informe aos alunos que Jesusnão tinha necessidade de ser baliza-do, pois, como Deus, é puro e santo.Por esta razão, João Batista se recu-sou a ser o oficiante. Mas o Cristoinsistiu, para que se cumprisse "todaa justiça, ou seja, suas atitudes ser-vissem de exemplo para nós.

2. Esclareça-lhes que tiramosexcelentes lições no momento dobatismo em água de Jesus no rioJordão: a modéstia de João: julgou-se incapaz de atender o Filho deDeus; a humildade de Cristo', ofere-ceu-se como candidato; a atitude doBatista'. "Eu preciso ser balizado porti".

3. Explique a eles que o EspíritoSanto não possui alguma forma hu-mana ou animal. No batismo de Je-sus, Ele se manifestou na forma

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corpórea de uma pomba, exatamen tepara associar as suas virtudes com asqualidades desta ave, tão puraebela!Esle pássaro, por isso, constilui-seem um dos principais símbolos daterceira pessoa da Trindade.

PARTICIPAÇÃO DO ALUNO

• Além de conhecer a Deus e umaioria que vai ensinai', compreen-der igualmente o aluno, isto é, ascaracterísticas psicológicas de cadafaixa etária c também entender asleis, os princípios c os métodos deensino, são requisitos cjuc se espe-ram de um bom professor que sonhacom a participação aliva de sua clas-se de Escola Dominical, no decorrerdo trimestre!

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

O batismo nas águas faz parte daordenança de Jesus (Me 16.15-18), cé um pré-requisito para o necessárioêxito no trabalho do Senhor. En-quanto que a unção c um dom divinoe c essencial para aobradeDeus aquina Terra. Jesus habilitou-se para agrande missão que realizou no mun-do. O tema desta lição abrange doisassuntos distintos. Vejamos:

I. POR QUE JESUS SUBME-TEU-SE AO HATISMO?

l. A obediência de J esus. Pregaro que se vive e viver o que se pregasempre é o melhor método para se

obter credibilidade e conquistar ospecadores para Cristo.

Jesus nasceu para ser o grandeexemplo deobediência. Quando Joãoobjetou: "Eu é que preciso ser baliza-do por ti, e tu vens a mim? Jesusrespondeu: "Deixa por enquanto,porque assim nos convém cumprirtoda justiça" (Mt 3.14,15).

2. O batismo de João. "Saíam aler com ele Jerusalém e toda acircunvizinhança do Jordão... con-fessando os seus pecados" (Mt3.5,6).Esse batismo confirmava a lavageme a purificação. Já se usava antes doNovo Testamenlo, para expressaruma renovação da existência huma-na. Ministrava-se após o balizandoconfessar seus pecados. Significavaa volta do judeu corrompido paraDeus.

3. O batismo de Jesus. Tinhamotivo e finalidade diferentes. Mi-nistrado por João, não se comparavacom o batismo do arrependimento,pois Jesus não linha do que se arre-pender e nem pecado a confessar. Oseu alo de submissão ao batismo,evidenciou sua identificação com ahumanidade. Os céus abertos e aaprovação do Pai demonstraram quea atitude de Cristo dava início aocumprimento do plano de salvação.

TI. LIÇÕES DO BATISMO DEJESUS

No balismo de Jesus, destacam-se a modéstia de João c a humildadedo Senhor.

1. A modéstia de João. Foi difícilpara João aceitai' o pedido de Jesus

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para o balizar, pois sabia ser apenasum simples precursor de Cristo. Jul-gou que balizar o Filho de Deus seriauma honra demasiadamente grandepara ele. Ao anuir e balizar a Cristo,seu nome lornou-se universalmenteconhecido c respeitado. Sua modéstiafoi recompensada.

2. A humildade de Jesus. Reve-lou-se a humildade de Jesus, quandose ofereceu para ser balizado porJoão. Crislo dês linava-scascrobjelodas maiores honrarias; no entanto, jádeinício, deu-nos imporumles liçõesdesubmissão. Pregou a humildade, eapresentou-sc como exemplo: "Quemquiser tornar-se grande entre vós,será esse o que vos sirva; c quemquiser ser o primeiro entre vós, serávosso servo" (Mt20.26,27); "O pró-prio Filho do homem, não veio paraser servido, mas para servir e dar asua vida em resgate por muitos" (Mc10.45). Deus tem bênçãos especiaispara os que se conservam humildes,quando conquistam grandes honras.

3.AatitudedeJo3o.EIepensouque fosse necessário ser balizado porJesus: "Eu preciso ser balizado porti". Disto aprendemos:

a. Conquanto fosse cheio do Es-pírito Santo desde o ventre materno(Lc 1.15), sabia que precisava maisdo poder de Deus. Esta foi a atiludede quem era o maior dentre os nasci-dos de mulher.

b. Jesus não tinha do que searrepender, mas se identificouconosco, pois sabia, de antemão, queo Senhor o faria pecado por nós,"para que nele fôssemos fci tos justi-ça de Deus" (2 Co 5.21).

4. "Jesus começou a fazer e aensinar" (At 1.1). Como determina-ria o batisino para as pessoas de todasas nações, se Ele mesmo se negasseabalizar? Ao submeter-se, o SenhorJesus cumpria a justiça de Deus,revelava ser sábio e nos encorajava aaceitar os preceitos divinos.

TU. O MOMENTO SOLENE

Os céus se abriram, como mani-festação de alegria pelo batismo deCristo, e o Espírito Santo pousousobre Ele, cm forma corpórea depomba. A glória dcDeus cnlão se feznotória:

1. "Ao sair da água". Cristo nãotinha pecados para confessar. Porisso, saiu de imediato da água, comoalguém que, prontamente, tivesseum trabalho a realizar, com corageme decisão. Partia para concretizaruma grande missão. Continuou damaneira como começou e terminou:orando!

2."Estando ele a orar, o céu seabriu". É o que Lucas registra sobreo maravilhoso falo ocorrido após obatismo, às margens do Jordão (Lc3.21).

As portas do Céu abrem-se paranós, quando oramos. Por causa docomodismo, da indolência edopeca-do, muitos vivem sob um céu debronze (DL 28.23).

O Espírito Santo pousou sobreJesus, enquanto Ele orava, da mes-ma forma que é derramado sobremilhões de servos de Deus, atravésdos anos da Díspensação da Graça.

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3. Jesus revestido do EspíritoSanto. No tópico anterior, estuda-mos a humildade de Cristo, que setornou semclhan teaoshomens. Ago-raElesecoIocasobadependênciadoEspírito Santo, queoreves te desabe-dona e força divina, para vencer opoder do pecado e de Satanás, econsumar cabalmente a obra salvíficada humanidade escravizada e cor-rompida, Jesus mesmo disse que ex-pulsavaos demôniospcloEspírito deDeus (Mt 12.28).

Este fato nos encoraja a buscar orevestimento do Espírito Santo, doqual tanto precisamos, pois tambémtemos um ministério a cumprir euma obra a realizar.

4. O Espírito Santo na novaCriação. O Espírito, no princípio dacriação, movia-se sobre a face doabismo. No início da criação espiri-tual, Ele pousa sobre Jesus, Iniciava-se, então, o ministério profético doMessias.

Jesus inauguravao reino dos céusa todos os que cressem nele. A luz eo amor divinos eram derramadossobre os filhos doshomens, por JesusCristo que, naquele momento, esta-va na Terra, mas, ao mesmo tempo,ligado ao Céu (Jo 1.51).

5. O que João testemunhou (Jo1.32). Ele viu o Espírito Santo, emforma corpórea de uma pomba; pou-sar sobre Jesus. Naquelcmomen to, oFilho de Deus recebeu a plenitude doEspírito Santo (Mc 1.10; Jo 1.33).Isto caracteriza a inauguração doministério público de Cristo.

IV. O ESPDWTO SANTO EMFORMA CORPÓREA DEPOMBA

É digno de estudo o falo de ter oEspírito Santo pousado sobre Jesusem forma corpórea de pomba.

1. A pomba, símbolo do Espíri-to Santo. Se era conveniente umaforma corpórea para o Espírito, nãodevia ser a de um.hoin.em. Nada seriamais adequado do que a de uma avecândida, ou seja, a pomba.

2. A pomba, símbolo da simpli-cidade e inocência. O Espírito San-to não pousou sobre Jesus cm formacorpórea de uma águia, consideradaa rainha das aves, de rapina, mas nadeumapomba, criaturinhasimples einofensiva. É tanto que Jesus reco-mendou aos seus discípulos que fos-sem simples como as pombas (Mt10.16).

V. A VOZ DO PAI.

1. A voz vinda do Céu. O Espí-rito Santo manifestou-se em formade pomba, e Deus, o Pai, pela voz,proclamou: "Este é o meu Filhoamado, em quemmecomprazo" (Mt3.17). Naquele momento, as trêspessoas da Trindade manifestaram-se, ao se estabelecer a Dispensaçãoda Graça.

Jesus, designado para o ofício deRedentor do mundo, foi selado peloEspírito e enviado pelo Pai, a fim deentregar ao mundo a mensagem dasalvação.

2. A afeição do Pai por Jesus."Meu Filho amado". Jesus erapartiamado (Jo 3.16; Rm 8.32).

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3. Somos aceitos por Deus. Elenos recebe em Cristo. Todos os queestão nele, unidos pela fé, são tam-bém filhos amados (Rin l .6,7). Deus"nos predestinou para Ele, para aadoção de filhos, por meio de JesusCristo, segundo o beneplácito de suavontade, para louvor da glória de suagraça, qucelenos concedeu gratuita-mente no Amado" (Ef 1.5,6)

4. A posição do pecador semCristo. Para o pecador sem Cristo,Deus é "fogo consumidor" (Hb12.29). Em Jesus, porém, o Senhorreconciliou o homem consigo mes-mo (2 Co 5.18). Esta é a súmula doEvangelho.

VI. JESUS, UNGIDO PARA AOBRA DE DEUS

1. Pregou no poder do EspíritoSanto. Ele não somente conhecia aPalavra, mas era o próprio Verbo (Jo1.1). Amais disto, pregavana unçãodo Espírito, que conhece asprofundezas de Deus (l Co 2.10).Jesus explicou que nele se cumpriraa profecia de Isaías: "O Espírito doSenhor Deus está sobremim, porqueo Senhonneungiu, parapregarboas-novas aos quebrantados" (Is 61.1), e"todos se maravilharam das palavrasde graça que lhe saíam dos lábios1'(Lc 4.22).

2. Curou e expulsou os demóni-os no poder do Espírito. Istodepreende-se de Atos 10.38, ondelemos queEle "andou por toda parte,fazendo o bem c curando a. iodos osoprimidos do diabo". Leia Mateus4.23; 15.30.

3. Triunfou no poder do Espíri-

to Santo. A vida de Jesus foi assina-lada de sofrimentos vários, mas nun-ca munnurou e nem desistiu da car-reira que lhe estava proposta (Hb12.1). Antes, a seu respeito, lemos:"Naquela hora exultou Jesus" (Lc10.21). O Espírito Santo cm nossoser é a fonte perene de alegria, nashoras de sofrimento. Leia Atos5.40,41. No poder do Espírito Santo,Jesus venceu a tentação e destruiu asobras do Diabo (Lc 4.1-13; l Jo3.8).

VII. CONCLUSÃO

Cristo tornou-se um perfeitoexemplo para nós. Todo cristão podeser cheio do Espírito Santo e vence-dor como o foi o nosso Senhor Jesus.Se Ele necessitou do poder de Deus,para vencer a todas as artimanhas domaligno, nós precisamos muito mais,para realizarmos a obra que Deusnos confiou e sennos fiéis até a mor-le.

ENSINAMENTOS PRÁTICOS

1. Nós somos chamados cristãos,porque seguimos a Crislo. Realmen-te merecemos este título, se, comodiscípulos do Mestre, adolarmos to-das as lições de vida que Jesus nosensinou. Esiaé arazão por que Ele sesubmeteu ao batismo em. água: obe-decer todas as determinações divi-nas ligadas ao plano de salvação dohomem.

2. Deus, o Pai, demonstrou suaaprovação, no ato do batismo emágua de Jesus, e fc?, que o céu seabrisse c ouvissc-sc sua vo/,: "Este é

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o meu Filho amado, cm quem mecomprazo" (Ml 3.17). Esta é umaprova real que o Messias já veio elogo voltará com poder e glória paraarrebatar a sua Igreja. Os sinais, quese cumprem, mostram-nos claramen-te isto!

3. O Espírito Santo não tem for-ma humana nem animal. No entan-to, Ele se manifesta através de váriossímbolos, para entendermos, pormeio deles, a sua atuação no proces-so da salvação do homem. A pombasimboliza a pá/, que a terceira pessoada Trindade estabeleceu entre Deusc os homens.

GLOSSÁRIO

Anuir: estar de acordo; coiiscn-l ir .

Beneplácito: consentimento;permissão; aprovação.

Circunvizinhança: arredores;subúrbio.

Credibilidade: qualidade daqui-lo que se pode acrcdilar.

Kssencial: indispensável; neces-sário; importante.

lívidenciar: esclarecer; compro-var.

Indolência: insensibilidade, ne-gligencia; desânimo.

Modéstia: simplicidade; semambição.

Objetar: opor-se; alegar, em sen-tido contrário.

Precursor: anunciante da che-gada de alguém; aquele que vai adi-ante.

QUESTIONÁRIO

1. Por que Jesus submeteu-se aobatismo?

- A tim de identificar-s e com ahumanidade c cumprir toda a justiça(Mt 3.14,15).

2. Onde Jesusíoi balizado, equemo batizou?

- a) No Jordão; b) João Batista.

3. Que lições aprendemos do ba-úsmo de Jesus?

- a) A modéstia c a humildade deJoão Balis ta; b) Acomplcta obediên-cia de Jesus à vontade do Pai.

4. Que acontecimentos marca-ram o batismo de Jesus?

- A descida do Espírito Santosobre Ele, ungindo-o para cumprir oseu ministério, c o testemunho doPai: "Este é o meu Filho amado, emquem me comprazo" (Mt 3.17).

5. Como pode o cristão vencer astentações c artimanhas do Maligno?

- Vivendo cheio do Espírito San-to.

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Lição 7 15 de maio de 1994

CRISTO CHAMA OS PRIMEIROSDISCÍPULOS

TEXTO ÁUREO

"Assim, pois, qualquer devós, que não renuncia a tudoquanto tem, não pode ser meudiscípulo" (Lc 14.33).

VERDADE PRATICA

O discipulado cristão im-plica no aproveitamento deoportunidades oferecidas porDeus, paraum serviço qucglo-rirlquc o seu nome.

ÉPOCA DO EVENTO: 26 d.C.

LOCAL: Mar da Galilcia

HINOS SUGERIDOS: 303 (076UCA) c 304 (490 - HCA)

LEITURA DIÁRIA

Segunda-Mc 4.1-9Jesus ensina os dozeTerça - Lc 9.1-6Jesus envia os dozeQuarta - Mt 10.1-13Conselhos aos enviadosQuinta- Mt 10.17-23A oposição aos enviadosSexta- Mt 5.1-12O galardão dos chamadosSábado-At 5.17-29A ousadia dos primeiros apóstolos

LEITURA EM CLASSE

MATEUS 4.18-25

18 - E Jesus, andando junto aomar da Galiléia, viu a dois irmãos,Simão, chamado Pedro, e André,os quais lançavam as redes ao mar,porque eram pescadores;

19 - E disse-lhes: Vinde apósmim, e eu vos farei pescadores dehomens.

20 - Então eles, deixando logoas redes seguíram-no,

21 - E, adiantando-se dali, viuoutros dois irmãos, Tiago, filho deZebedeu, e João, seu irmão, numbarco com seu pai Zebedeu, con-sertando as redes; e chamou-os;

22 - Eles, deixando imediata-mente o barco e seu pai, seguiram-no.

23 - E percorria Jesus toda aí (i i l i léia. ensinando nas suas sina-gogas e pregando o evangelho doreino, e curando todas as enfermi-dades e moléstias entre o povo.

24 - E a sua fama correu portoda a Síria, e traziam-lhe todos osque padeciam, acometidos de vári-as enfermidades e tormentos, osendemoninhados, os lunáticos, e osparalíticos, e os curava.

25 - E seguia-o uma grandemultidão da CiíiHléia, de Decápolis,de Jerusalém, da Judéia, e dalémdo Jordão.

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ESBOÇO

INTRODUÇÃO

T. OS DOZE APÓSTOLOS1. A procedência dos primeiros

discípulos2. As qualidades dos primeiros

apóstolas3. Exerciam uma profissão mo-

desta

II. A ESSÊNCIA DA CHAMADA1. O teor da chamada2. Jesus chamou-os para o traba-

lho3. A prontidão dos discípulos

m. A NATUREZA DA CHAMA-DA1. A chamadadenaturczacomum2. A chamada de naturc/a especí-

fica3. A chamada para um trabalho

divino4. Chamada divina, um desafio

irresislívcl5. A chamada e o preparo intelec-

tual6.0 mérito das escolas de prepa-

ração

1V.CHAMADAEHABÍLITAÇÃO1. A dí vimi condição para o t raba-

Iho2. Homem capaz, para uma obra

excelente3. A responsabilidade do ganha-

dor de almas

OBJETIVOS

No término desla lição, os alunosdeverão ser capazes de:

• Compreender que Jesus cha-mou 12 discípulos, a fim de prepará-

los para a missão que rcali/ariamapós a morte do Messias.

• Entender que o preparo inte-lectual não significa a chamada divi-na, pois muitos pensam que um sim-ples curso teológico lhe dá o direitode ser obreiro.

• Empenhar-se, para que a cha-mada divina em sua vida seja umabênção e, por seu intermédio, muitosse convertiam a Cristo.

• Orar, afim de que Jcsusprepa-rc muitos obreiros para a Seara quemadura está, c necessita de homenssinceros, para a colheita.

| SUGESTÕES PRÁTICAS |

1. implique dos alunos que Jesusnão se preocupou com a capacidadeintelectual dos seus discípulos, poismuitos deles eram simples pescado-res do mar daGalilcia. Erariccessá-rio, apenas, que se predispusessem arcalÍ7;ir a obra de Deus. As condi-ções seriam consignadas no dia dePcntccoste, com o revestimento depoder.

2. /•;.\c/an>t,-a a ales que achamadadivina significa um compromisso as-sumido com Deus paraarcalizacãodealgo em prol do crescimento da Igreja.Não importaoque façamos, desde queo realizemos com dedicação c amor,conforme registra Romanos, capítulo12. versículos 5 a 8.

3. Informe-Ilie.s que o nosso tra-balho não é em vão. Tudo o quefa/cmo cm benefício daobrade Deus,por mais simples (|uc soja possui uminestimável valor aos olhos de Cristo

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que nos galardoará em seu tribunal.Jamais façamos algo para Jesus, de-sejosos de receber a retribuição doshomens, pois a recompensa vem doSenhor.

PARTICIPAÇÃO DO ALUNO

• Há grande diícrença entre otalar c o ensinar. O primeiro fatorpode preencher lodo o tempo da aula,sem proveito algum para a aprendi-zagem. Um bom professor enriqueceas palavras com o auxílio de carta-zes, ilustrações e aplicações práti-cas, o que torna os alunos mais ale-gres c participativos.

| COMENTÁRIO |

INTRODUÇÃO

Quando Cristo iniciou seu mi-nistério, escolheu doze discípulosque aprenderiam com Ele, para de-pois pregarem, ensinarem e continu-arem a grande obra a realizar-se atéa consumação dos séculos (Mt28.20).

I. OS DOZE APÓSTOLOS

l. A procedência dos primeirosdiscípulos. Eram galileus. No con-ceitojudaico, Cristo não nasceria naGaliléia enem de lá surgiriam profe-tas (Jo 7.41-52).

Jesus não chamou seus discípu-los da corte herodiana. Na Escrituralemos: "Não foram chamados mui-tos sábios segundo a carne, nemmuitos poderosos, nem muitos denobre nascimento" (l Co 1.26). Não

os escolheu de Jerusalém, dentre osprincipais sacerdotes e anciãos, masda Galiléia, exceto Judas íscariotes,que erajudeu.

2. As qualidades dos primeirosapóstolos. Jesus chamou, primeiro,dois pares de irmãos: Pedro e André,Tiago e João (Mc 1.16-20). Eleseram discípulos de João Batista. Sub-meteram-se ao batismo do arrepen-dimento. Os mais dispostos a seguira Cristo, aceitaram de bom grado asregras da nova vida de fé. Alémdisso, compunham duas famíliasestruturadas, que trabalhavam jun-tas (Lc 5.9-11).

3. Exerciam uma profissãomodesta. Eram pescadores. Cristonão despreza o homem, por exerceruma profissão humilde. Quem esti-ver pronto a trabalhar e a aprender,será útil à causa do Mestre.

H. Â ESSÊNCIA DA CHAMADA

Todas as palavras de Jesus eramplenas de objetividade.

1.0 teor da chamada. "Vinde amim, e eu vos farei pescadores dehomens" (Mc 1.17). Três fatos im-portantes compõem o chamado deCristo:

a. "Vinde a mim". Vir a Jesus écondição essencial para que alguémsejaenviadoapregaroEvangelhodeCristo.

b. "Eu vos farei". Nenhum ho-mem, por simesmo, pode elevar-se àcategoria de ministro de Cristo, poisEle mesmo disse: "Sem mim nadapodeis fazer" (Jo 15.5); "O homemnada pode receber, sem que do céu

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lhe seja dado" (Jo 3.27). Leia tam-bém Zacarias 4.6 e Tiago 1.17.

c. "Pescadores de homens". Je-sus não os chamou apenas parapro-ferirembelos discursos. Escolheu-ospara participarem de seu plano desalvação. Pescadores dehomens sig-nifica ganhadores de almas para oreino de Deus.

2. Jesus chamou-os para o tra-balho. Não os escolheu para umavida cómoda, cheiaderegalias. Cha-mou pescadores, experientes no tra-balho árduo, e de riscos constantes,que exigia coragempara enfrentar osperigos, e vigilância para evitar pos-síveis tragédias. Estas condições de-terminam o perfil de homem chama-do por Cristo, nos dias atuais. Temque ter disposição para trabalhar elibertar os escravos de Satanás, evigiar, para não ser enlaçado nosseus ardis (l Pé 5.8).

3. A prontidão dos discípulos.Sem pensar em honrarias e sem te-mer dificuldades, eles deixaram suasredes de pescar, e prontamente sededicaram ao labor depregar o Evan-gelho, que "é o poder de Deus para asalvação de todo aquele que crê"(Rm 1.16). Aliás, a Igreja nasceu,quando ninguém tinha de que seorgulhar. O ministério não emotivode orgulho e não serve para honrarcomodistas, atraídos por interessespróprios.

III. A NATUREZA DA CHAMA-DA

A chamada de Cristo para o traba-lho é de natureza comum e específica.

1. Â chamada de natureza co-mum. A Igreja é o corpo de Cristo,

composto de muitos membros, e to-dos devem contribuir para o seu de-senvolvimento e edificação, medi-ante o testemunho, o conselho e aoração. "Para cada crente, o Mestrepreparou um trabalho certo, quandoo resgatou".

2. A chamada de natureza es-pecífica.- Além da participação detodos, existem ministérios distintos,para os quais há homens chamadospor Deus.

A luz das Escrituras, essas cha-madas sempre foram precedidas demarcantes experiências espirituais,pelas quais as pessoas foram capaci-tadas a colocar em plano inferiortodos os demais interesses.

Moisés, apesar de sua posiçãoelevada e da instrução "em toda aciência dos egípcios", tornou-se "po-deroso em suas palavras c obras" (At7.22). Os quarenta anos como pastorde ovelhas, no deserto, contribuírampara torná-lo manso (Nm 12.3).Entretanto, só após a experiência dasarça ardente, foi capacitado para agrande missão de libertar o povoisraelita, escravizado no Egito (Êx3.2-10). Temos também os exem-plos delsaías (Is 6.1-8)edeSaulo, nocaminho de Damasco (At 9.l-22).

3. A chamada para um traba-lho divino. Ela sempre comove ohomemasentirprofundoamorpelasalmas, sem pensar em recompensasmateriais. Aliás, esta é urna condi-ção impostapor Jesus: capacidadedevencer todos os obstáculos e de su-portar os sacrifícios, por esta causagloriosa.

4. Chamada divina, um desafioirresistível. A chamada divina rua-

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nifesta-se na vida do candidato aoministério, antes de sua consolida-ção. Constitui-se, na pessoa, um de-safio irresistível, aponto de ela nadatemer, mesmo consciente das inú-meras adversidades que enfrentaráemfavor do reino deDeus.Achama-da divina o inflama. A paixão pelasalmas o domina. O executar a suamissão, em qualquer circunstância,proporciona-lhe a maior felicidade,por tudo o que sofrera.

5. A chamada e o preparo inte-lectual. A instrução, o preparo inte-lectual e o treinamento em umeducandário cristão não constituemuma chamada divina para o santoministério. Estes fatores,indubitavelmente,- tornam rnais am-plas as oportunidades do servo deDeus e são úteis ao seu ministério.Ninguém pode ensinar o que nãoaprendeu. Os que se aventuram, en-volvem-se cm confusão, e caem nodescrédito das pessoas entendidas noassunto.

6.0 mérito das escolas de prepa-ração. Quanto aos seminários e insti-tutos, a formação e o nível espiritualdeles determinarão, cm grande parte,a condição espiritual do ministro. Poroutro lado,nenhum preparo intelectu-al substitui a meditação na Palavra deDeuseaoração. Ais to, temos denomi-nado de"velhométodo",pois oencon-tramos naBíblia, desde tem pôs remo-tos: "Moisés e Arão caíram sobre osseus rostos..." (Nm 14.5-7).

Diante dos problemas da primei-ra comunidade cristã, os apóstolosbuscaram soluções que lhes permi-tissem dedicar-se à oração e ao mi-nistério da palavra (At 6.4).

IV. CHAMADA E HABILITA-ÇÃO

Conhecimento profundo das Sa-gradas Escrituras, aliado à poderosa-unção do Espírito Santo, completa áhabilitação daquele que é chamadopor Deus para o seu serviço.

1. A divina condição para otrabalho. O ganhador dealmas, coma mente esclarecida pela Palavra deDeus, e a alma inflamada pelo zelo esanto amor, e o coração abrasadopelo Espírito Santo, tem condição deentender e expor com segurança árazão de sua fé e esperança (l Pé3.15).

2. Homem capaz, para umaobra excelente. "Se alguém deseja oepiscopado, excelente obra deseja"(lTm3.1).ÉlógÍco:paraumaexce-.lente obra é necessário um homemcapaz. Em adição aisto, aplicamos apergunta de Paulo: "E para estascoisas quem c idóneo?" (2 Co 2.16).

3. A responsabilidade do ga-nhador de almas. Certa ocasião,ouvimos de um obreiro improdutivoesta desculpa: "Cada um tem seusdiferentes dons". Isto é verdade, masnão seaplicaaos descuidados eindo-lentes, que agem como se não fossemresponsáveis pelos seus insucessos.Se, de fato, possuímos diferentes donsespirituais, estes resultarão em notá-vel êxito no nosso ministério. Busca-mos zelosamente os dons espirituais,para a edificação da Igreja (l Co14.12). Os ministérios (Ef 4.11,12)também exercem suas funções naedificação do corpo de Cristo, e vi-sam um fim proveitoso (l Co 12.7).

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ENSINAMENTOS PRÁTICOS

1. Jesus alcançou plenamente osseus objetivos. Com exceçãodeJudas,o línico judeu dos doze, os outroseram galileus. Apesar das fraquezase paixões humanas, após o batismocom o Espírito Santo, no dia dePcntecoste, dedícaram-sc ousada-mente à obra da evangelização e empouco tempo falaram de Cristo alodo o mundo de então.

2. Somente Judas Iscarioles, o únicojudeu dos dozcapóstolos,nãoperseve-rou. Tesoureiro do grupo, roubavaparte da contribuição que lhe era con-fiada para a manutenção de Jesus eseus discípulos. Vendeu o Filho deDeus por 30 moedas, mas não imagi-nava que conseguissem prcndc-lo.Quando soubcquc Jesus fora condena-do à morte, desesperou-se, devolveu odinheiro e suicidou-se.

3. Nós somos continuadores daobra que Jesus confiou aos 12 após-tolos. E Cristo não mudou: é o mes-mo ontem, hoje e eternamente, enosgarantiu: "eis que eu estou convoscotodos os dias, até a consumação dosséculos. Amém" (Mt 28.20). Temos,portanto, a mesma capacidade ou-torgada pelo Espírito à Igreja primi-tiva. Mãos ao arado!

GLOSSÁRIO

Ardil: astúcia; sutilcza.Árduo: difícil; trabalhoso; cus-

toso.Categoria: classe; serie; caráter.

Cómodo: adequado; tranquilo;favorável.

Diligência; /elo; cuidado; ativi-dade.

Indolente: negligente; ocioso;preguiçoso; desanimado.

Indubitável: incontestável; cer-to; seguro.

Perfil: aspecto; pequeno escritoem que se faz a traços rápidos oretrato de uma pessoa.

Proferir: Proclamar; pronunci-ar em voz alta e ciara; dizer.

Regalia: vantagem; privilégio;permissão especial,

QUESTIONÁRIO

1. Quais discípulos chamadosprimeiro, por Jesus?

- Pedro c André, Tiago e João(Mc 1.16-20).

2. Que profissão exerciam antesde serem chamados?

- A de pescador

3. Paraqueos chamou o Senhor?- Para serem "pescadores de ho-

mens" (Mc 1.17).

4. Qual o significado da expres-são "pescadores de homens"?

- Ganhadores de almas para oreino de Deus.

5.0 que é necessário à habilita-ção para o serviço de Deus?

- Possuir a chamada divina, aunção do Espírito Santo e um pro-fundo conhecimento das SagradasEscrituras.

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Lição 8 22 de maio de 1994

O TRÍPLICE MINISTÉRIO DE CRISTO

TEXTO ÁUREO

"Não me escolhestes vós amim, mas eu vos escolhi a vós,e vos nomeei, píira que vades cdeis fruto, e o vosso fruto per-maneça" (Jo 15.16).

VERDADE PRATICA

O ministério de Cristo édesenvolvido pelos que des-frutam de íntima comunhãocom Ele.

ÉPOCA DO EVENTO: 26 d.C.

LOCAL: Galiléiíi

HINOS SUGERIDOS: 082 (200HCA)e089(198-HCA)

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Lc 4.14-21Curando os males humanosTerça-Lc 19.1-10Buscando c salvando o perdidoQuarta - Mc 2.2-12,15-17Perdoando os pecadosQuinta - h 53.5Salvando pelo sofrimentoSexta - Mt 8.28-34Libertando os oprimidasSábado -Hb 4.14-16Socorrendo os crentes

LEITURA EM CLASSE

MATEUS 4.23-25; 9.36-38

23 - E percorria Jesus toda aGuliléia, ensinando nas suas sina-gogas e pregando o evangelho doreino, e curando todas as enfermi-dades e moléstias entre o povo.

24 - E a sua fama correu portoda a Síria, e traziam-lhe todos osque padeciam, acometidos de vári-as enfermidades e tormentos, osendemoninhados, os lunáticos, e osparalíticos, e ele os curava.

25 - E seguia-o uma grandemultidãodaGaliléia,deDecápolis,de Jerusalém, da Judéia, e dalémdo Jordão.

9.36 - E, vendo a multidão, tevegrande compaixão deles, porqueandavam desgarrados e errantes,como ovelhas que não têm pastor.

37 - Então disse aos seus discí-pulos: A seara é realmente grande,mas poucos os ceifeiros.

38 - Rogai pois ao Senhor daseara que mande ceifeiros para asua seara.

MARCOS 1.21,22

21 - Entraram em Cafarnaum,e, logo no sábado, indo ele à sinago-ga, ali ensinava.

22 - E maravilharam-se da suadoutrina, porque os ensinava comotendo autoridade, e não como osescribas.

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ESBOÇO

INTRODUÇÃO

L CRISTO, O PROFETA1 . Definição teológica de profeta2. Cristo, maior que os profetas3. O protela anuncia a.salvação4. O protela profere a mensagem

de juízo5.0 caráter do ministério proféti-

co de CristoII. O SACERDÓCIO DE CRISTO

l .Qualificaçãomoral doministc-riode Cristo

2. O alvo do serviço sacerdotal3. A superioridade tio sacerdócio

de Cristo4. A base híhíica do sacerdócio de

Cristo5. A estrutura do sacerdócio de

Cristo

TIL CR ISTO, O SUMO SACERDO-TE1. O sumo sacerdote e o lugar

santíssimo2. Características do sumo sacer-

dote3. O santuário celestial4. O tempo

IV. CRISTO, O REI1. Cristo, o Rei presente2. As características do reino de

Deus

OBJETIVOS

No término desta lição, os alunosdeverão ser capa/es de:

• Compreender que Jesus exer-ceu o ministério tríplice de profeta,sacerdote e rei, em benefício da sal-vação humana que veio rcali/ar.

• Entender que Jesus é sumosacerdote, conforme a ordem deMclquisedequc, ou seja, não teveprincípio c exercerá csie ministérioeternamente.

• Compreender que Jesus exer-ceu o ministério profético, quandoproferiu palavrasarespeíto dos acon-tecimentos futuros.

• Entender que Jesus, no seuministério terreno, já era o Rei pre-sente, pois, através de sua realc/a,l - I e u -v- iLsc i lo i f o.s morins, ciirnu osenfermos c expulsou os demónios.

SUGESTÕES PRATICAS

1. Esclareça aos alunos que eranecessário Jesus exercer o ministériotríplice: profético, sacerdotal e real.Como profeta, anunciou a Palavra deDeus e previu os acontecimentos fu-turos; na função de sacerdote, inter-cedeu por nós, ao rogar ao Pai quenos livrasse do mal; no exercício derei, respondeu a Pilatos, quando ointerrogou a este respeito: "Tu odi/cs" (Lc 23.3).

2. Informe-lhes que Jesus está ádireita de Deus, o Pai e, como suínosacerdote, intercede por nós. Por isso,Ele nos ensinou que tudo oquc pedís-semos em seu nome, com fé, rccelx>ríamos. Hoje, temos a plena cerlc/ade queas nossas orações são ouvidas,pois existe quem as apresente aonosso Criador.

PARTICIPAÇÃO DO ALUNO

• Comente com os alunos a im-portância de estudarem, meditarem

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na leitura diária e marcarem com um"x" cada dia da semana. Lembre quecies precisam de orientação e incen-tivo, para aprenderem a p;m.Íciparalivamente das aulas. Desperte o m-leressc deles pela lição, através deuma aula bem. preparada. Ensinecom confiança, pois Jesus prometeuque o Espírito Santo seria seu mes-tre. Faça a sua parte; sem dúvida, aterceira pessoa da Trindade realiza-rá a que lhe compete.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Ao exercer o ministério tríplice(profético, sacerdotal e real), na Ter-ra e no Céu, no tempo c na eternida-de, o Senhor Jesus revelou-se capazde "salvar perfeitamente os que porele se chegam a Deus, vivendo sem-pre para interceder por eles" (Hb7.25).

L CRISTO, O PROFETA

1. Definição teológica de profe-ta: Proclamador. O que prega aber-tamente a palavra de Deus e fazrevelações proféticas, pois tem a ca-pacidade de revelar segredos ocultose eventos futuros.

Estas qualidades estiveram pre-sentes no ministério do Senhor Je-sus. Ele não somentcexpôs verdadesdivinas, mas foi, Ele mesmo, a me-lhor revelação de Deus (Jo 1.18).

2. Cristo, maior que os profe-tas. No Novo Testamento, Jesus apre-senta-se como o maior de todos osprofetas. Ao falar do arrependimen-

to dos ninivitas, pela pregação deJonas, em contraste com os judeusendurecidos, disse: "E eis aqui estáquem é maior do que Jonas" (Mt12.41). Elenãosomcmcammciavaasalvação, mas era o próprio Salvador(Lc 10.24; 19,10; IPel.10). Ao falarda diferença entre a mentalidadeobscura dos j udeus e a compreensãoda rainha de Sabá, cm perceber asabedoria de Salomão, o Senhor dis-se: "Eis aqui está quem é maior doque Salomão" (Mt 12.42). Por quê?Ele não apenas falava de uma formanunca expressa por algum homem(Jo7.46), mas Ele mesmo "se tornou,da parte de Deus, sabedoria" paranós (l Co 1.30).

3. O profeta anuncia a salva-ção. De Cristo procedem e nele seconcentram "as grandíssimas e pre-ciosas promessas, para que por elasnos tomemos co-parlicipantes dana-tureza divina" (2 Pé 1.4). Foi a res-peito de sua presença no inundo queJoão Batista disse: "e toda a carneverá a salvação de Deus" (Lc 3.6).Zaqueu teve a sua experiência con-firmada, quando Jesus, ao entrar emsuacasa, disse: "Hoje veio a salvaçãoa esta casa1'(Lc 19.9).

4. O profeta profere a mensa-gem de juízo. Este é o aspecto maisimportante do ministério profético:as duras advertências advindas deDeus. Os profetas do Antigo Testa-mento faziam isto com o risco devida. É o que lemos em Hebreus1135-38. Jesus também transmitiuuma dura mensagem no decorrer doseu ministério. Ele agiu assim, não

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em caráter de desabafo ou como ex-pressão de ódio, mas com a finalida-de benévola de apartar o homem daspráticas pecaminosas que atrairiama ira de Deus.

A História registra os nomes decidades e nações que, advertidas porDeus, foram destruídas, por have-rem desprezado as suas enérgicasadvertências. A destruição deCorazim, Betsaída, Cafamaum e deJerusalém, sobre quem Jesus profe-riu mensagens de juízo (Mt 11.21-23; Lc 19.41-44), comprovam a au-tenticidade do seu ministério profé-tico.

5. O caráter do ministério pro-fético de Cristo. Com algumas ex-ceções, como JoãoBatista(Jo 10.41),os profetas do Antigo Testamentoeram usados poderosamente, emoperações de grandes prodígios, atra-vés dos quais eram acreditados pe-rante o povo, como mensageiros doCéu. Cristo, o profeta "semelhante aMoisés" (Dt 18.18), teve em seuministério profético, um caráter so-bremodo maravilhoso. Quando res-suscitou o filho da viúva de Naim,"de todos se apoderou o temor, eglorificavam a Deus, dizendo: gran-de profeta se levantou entre nós, eDeus visitou o seu povo" (Lc7.16).

H. O SACERDÓCIO DE CRIS-TOl. Qualificação moral do sacer-

dócio de Cristo. Hánotável diferen-Ça na qualificação moral do sacerdó-cio de Cristo, em relação aos sacer-dotes da Antiga Aliança. Ele era"santo,inocente, imaculado, separa-

do dos pecadores, e feito mais subli-me do que os céus" (Hb 7.26).

Jesus não somente é a via deacesso ao Criador, mas "tambémpode salvar os que por ele chegam aDeus, vivendo sempre para interce-der por eles" (Hb 7.25). Como peca-dores que somos, necessitamos deum sumo sacerdote que nos santifi-que e interceda por nós.

2.0 alvo do serviço sacerdotal.É tornar possível o acesso a Deus,mediante a expiação. Por isto, somosexortados a conservar "firmes anos-sa confissão" (Hb 4.14), o que signi-fica nunca negá-lo, nem nos enver-gonharmos dele diante dos homens.O cristão deve, não somente ter umavida digna do Evangelho, mas tam-bém testemunhar de Cristo com in-trepidez.

3. A superioridade do sacerdó-cio de Cristo. O sacerdócio de Cristonos proporciona superior esperança,e constitui o fundamento de toda acerteza que temos quanto a salvaçãoe a vida eterna. Por causa desta con-vicção, repousamos em Deus e vive-mos em comunhão com Ele.

A superioridade do sacerdócio deCristo ésustentada em Hebreus pelapalavra "superior", encontrada 14vezes nesta epístola, destacando-senas seguintes afirmativas:

a. É eterno. Por ser sacerdotesegundo aordemdeMelquisedeque,antecedeu em centenas de anos ao deArão e é, portanto, "o Autor da sal-vação eterna" (Hb 5.9);

b. Baseia-se em superior aliança(Hb 7.22; 8.6a);

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c. É detentor de superiores pro-messas (Hb 8.6b);

d. Inspira superior esperança (Hb7.19);

e. Oferece sacrifício superior(Hb9.23);

A superioridade do sacerdócio deCristo fundamenta-se, outrossim, nojuramento divino (SI 110.4; Hb5.6).

4. A base bíblica do sacerdóciode Cristo. O fato e a significância dosacerdócio de Cristo fundamentam-se nas Escrituras. No Salmo 110.4,lemos: "O Senhor jurou e não searrependerá: Tu és sacerdote parasempre segundo a ordem deMelquísedequc". Nosso Senhor Je-sus Cristo é o ministro de Deus paranós; é o advogado e omediador entreo Pai e nós. Ele é o nosso sacerdotepara sempre, tanto porque não espe-ramos outra dispensação semelhan-te a esta, sob o sacerdócio de Cristo,como porque com Ele permanecere-mos para sempre (l Ts 4.17).

5. A estrutura do sacerdócio deCristo. O sacerdócio de Cristo éestruturado no amor e na compaixãopelos pecadores. Mais que qualqueroutro, Jesus, o sacerdote sempecado,compadece-se devidamente dos ig-norantes e dos que erram (Hb 5.2). Osacerdote apresentava o holocausto erogava por ele e pelo povo. Jesusofereceu o sacrifício de si mesmo nacruz e, até a morte, intercedeu peloshomens:

a. Quando Pedro estava sob oataque de Satanás, Jesus disse-lhe:"Eu rogueipor ti, para que tuafé nãodesfaleça" (Lc 22.32).

b. Na sua oração sacerdotal, Ele

intercedeu pelos discípulos presen-tes e por todos quantos haviam, decrer nele (Jo 17.9-26).

c. Na cruz, Ele intercedeu poraqueles que o crucificavam: "Pai,perdoa-lhes, porque não sabem o quefazem" (Lc 23.34).

m. CRISTO, O SUMO SACER-DOTE

1. O sumo sacerdote e o lugarsantíssimo. O sacerdote enlrava di-ariamentenolugarsanto,paraofere-cer sacrifícios. Isto Jesus fez uma sóvez: "Porque com uma só oblação,aperfeiçoou para sempre os que sãosantificados" (Hb 10.14). Cristo,como sumo sacerdote, penetrou noCéu (Hb 9.6,7), onde apresenta aoPai a eficácia expiatória do seu san-gue, e intercede por nós. Ele, "peloEspírito eterno, se ofereceu a si mes-mo imaculado a Deus" (Hb 9.14), afim de purificar a nossa consciênciadas obras mortas, para servirmos aoDeus vivo.

2. Características do sumo sa-cerdote. A fraqueza do sacerdóciolevítico jaz na sua pecaminosidade(Hb 5.3; 7.27). Embora Cristo tenhase tornado semelhante aos homens,em todas as coisas (Hb 2.17), nãopecou (Hb 4.15). Por isso, há maioreficácia no seu sanguepurificador. Éeste sumo sacerdote que permanecediante de Deus, e intercede por nós.(Hb 7.26), pois só Ele realizou aexpiação total. Porisso, lemos: 'Ten-do, pois irmãos, ousadia para entrarno santuário, pelo sangue de Jesus,pelonovo e vivo caminho que ele nos

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consagrou, pelo véu, isto c, pela suacarne, c tendo um grande sacerdotesobre a casa de Deus, chegucmo-noscom verdadeiro coração, em inteiracerteza de fé; tendo os corações puri-ficados da má consciência..." (Hb10.19-22).

3. O santuário celestial. O ser-viço sacerdotal levítico era imperfei-to, porque a sua natureza era terrena(Hb9.12).

Segundo Êxodo 25.40, oTabernáculo c cópia ou modelo dosantuário celestial, onde Cristo ofi-cia como sumo sacerdote. Ele é per-feito, "verdadeiro", porque não é"desta criação" (Hb 9.11). A presen-ça de Jesus no Céu e a sua mediaçãoe intercessão, constituem, essencial-mente, o seu serviço sacerdotal. 4.0tempo. O suíno sacerdócio de Cristosubstituiu o arônico (Hb 7.18,19). Aimolação de Jesus, como sacrifícioúnico pelo pecado, inaugura o seuministério sacerdotal c o fim do ritu-allevíticocomoinstituiçãocxpiadora(Hb 10.5-9). O novo culto somenteconhece "o sacrifício de louvor, istoé, o fruto dos lábios que confessam oseu nome" (Hb 13.15).

IV. CRISTO, O REI

"Filho de Davi", "Rei dos Ju-deus", "Rei de Israel", são títulosmessiânicos, atribuídos a Cristo.

1. Cristo, o Rei presente. Oreinado de Cristo não é essencial-mente escatológico e supratcrrcno.Jesus ensinou que o seu reino viriaainda no tempo de sua pregaçãoterrena. Disto, Ele não tinha qual-

quer dúvida. Cristo falou do reino deDeus, presente, através da sua pes-soa, em Lucas 1l.20. Através doministério de Jesus, o poder real deDeus libertava os homens dos malesdas trevas: pecado, doenças, posses-são demoníaca e morte.

2. As características do reinode Deus. Em Lucas 17.20,21, Jesusdestaca três características do reino:

a. Não vem com visível aparên-cia. A vinda do reino de Deus nãopodia ser reduzida às expectativaspolílico-nacionalislas dos judeus. Suanatureza é universal;

b. Oreino de Deus está entre vós.O mais surpreendente para os judeusfoi ascgunda afirmação de Jesus: "Oreino de Deus está entre vós". Napessoa e nas alívídades do Cristo, oreinado divino se fez presente entreos judeus. Não precisavam procurarsinais e, sim, recebê-lo como rei. Eleos exortou a buscarem o reino deDeus (Ml 6.33; Lc 17.29-32).

c. O rei viria em humildade. Se-ria sofredor. Jesus disse: "Mas pri-meiro convém que elepadeçamuito,e seja reprovado por esta geração"(Lc 17.25). Ele lembra aos discípu-los que odiada consumação do reinoainda viria, mas já estava presenteentre eles. Sim, o Rei virá, poderosa-mente, para destruir todos os seusinimigos, definitivamente, como osjudeus esperavam naqueles dias.

ENSINAMENTOS PRÁTICOS

l. Moisés, cm sua despedida, fezmenção ao ministério profético deJesus, ao revelar uma mensagem de

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Deus: "Eis lhes suscitarei um profetado meio de seus irmãos, como tu; eporei as minhas palavras na suaboca,e eles lhes falará tudo o que lheordenar" (Dt 18.18), Pena que osjudeus, como nação, não aceitaram aCristo, mas nós somos gratos aoSenhor pelo que temos visto, ouvidoe recebido!

2.0 escritor aos hebreus declaraqueMelquisedeque constitui-se umafigura do sacerdócio eterno de Cris-to. Jesus é o Mediador entre Deus e oshomens e nenhuma graça vem doscéus sem antes passar pelas suasmãos. Nós não tínhamos condiçãoalguma de solicitar algo do Criador,por causa das nossas transgressões,mas o Messias nos reconciliou, atra-vés de sua morte expiatória na cruz!

Tríplice: que contém três partes;triplo.

GLOSSÁRIO

Acreditado: que tem crédito; quemerece confiança; reconhecido.

Benévolo: bondoso; benigno; omesmo que benevolente.

Eficácia: qualidade do que dábom resultado.

Imolação: sacrifício sangrento;holocausto.

Intercessão: pedido; ato de sú-plica.

Intrepidez: coragem; destemer;audácia.

Oblação: sacrifício a Deus; ofer-ta.

Obscuro: escuro; difícil de en-tender; confuso.

Supraterreno: além dos limitesda Terra.

QUESTIONÁRIO

1. De a definição teológica deprofeta.

- O profeta é um porta-voz deDeus. Ele anuncia a palavra do Se-nhor ao povo e tem a capacidade depredizer eventos futuros que lhe sãorevelados por Deus.

2. Qual a missão do profeta noAntigo Testamento?

- Conduzir o povo no caminho doSenhor através de mensagens dejuízo, consolação e advertência.

3. Cite o tríplice ministério deCristo.

- Profeta, Sacerdote e Rei.

4. Mencione algumas profeciasde Jesus que se cumpriram integral-mente.

- A destruição das cidades deCorazim, Betsaida, Cafarnaum eJerusalém (Mt 11.21-23; Lc 19.41-44).

5. Qual a estrutura do sacerdóciode Cristo?

- O sacerdócio de Cristo éestruturado no seu inefável amor ena compaixão pelos pecadores (Hb4.15; 5.1,2).

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Lição 9 29 de maio de 1994

CRISTO, O QUE BATIZA COM OESPÍRITO SANTO

(Dia de Pentecoste)

TEXTO ÁUREO

"E eu, cm verdade, vosbatizo com água para o arre-pendimento; mas aquele quevem após mim c mais podero-so do que eu; cujas alparcasnão sou digno de levar; ele vosbalizará com o Espírito Santo,e com fogo" (Mt 3.11).

VERDADE PRATICA

O batismo com o EspíritoSanto é o caminho do poder,daunção e da operação sobera-na que a Igreja deve seguir.

ÉPOCA DO EVENTO: 25 d.C.

LOCAL: Rio Jordão

HINOS SUGERIDOS: 183 (087HCA) e 184 (437 - HCA)

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Jo 14.16,17,26-29A promessa do PaiTerça-At 2.16-36O cumprimento proféticoQuarta - At 1.5; 2.38,39; 11.16Prometido aos santos

Quinta - Gl 3.1-9,13,14Recebido pela f éSexta - Tt 3.5; l Pé 3.20,21Renova e purificaSábado - Aí 1.8; 4.20,33É fonte de poder

LEITURA EM CLASSE

JOÃO 1.29-33

29 - No dia seguinte João viu aJesus que vinha para ele, e disse:Eis o cordeiro de Deus, que tira opecado do mundo.

30 - Este é aquele do qual eudisse: Após mim vemumvarãoquefoí antes de mim, porque já eraprimeiro do que eu.

31 - E eu não o conhecia; mas,para que ele fosse manifestado aIsrael, vim eu, por isso, batizandocom água.

32 - E João testificou, dizendo:Eu vi o Espírito descer do céu comouma pomba, e repousar sobre ele.

33 - E eu não conhecia, mas oqueme mandou a batizar comágua,esse me disse: Sobre aquele quevires descer o Espírito, e sobre elerepousar, esse é o que batiza como Espírito Santo.

ATOS 2.32,33

32 - Deus ressuscitou a esteJesus, do que todos nós somos tes-temunhas.

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33 - De sorte que, exaltado peiadestra íle í)eits? e t&não recebidodo Piú a promessa do Espírito Sxn-ío5 derramem ssto fii«e vós agoravedes e ouvis.

ESBOÇO

INTRODUÇÃO

I. CRISTO, O BATIZADORCREDENCIADO1. Testemunho coerente dos

evangelistas2. Cristo teve a experiência da

plenitude do Espírito Santo

II. O BATISMO COM O ESPÍRITOSANTO NO PLANO DE DEUS1. A profecia de loel2. A profecia de l saías3. A profecia de João Balista4. Cristo prometeu o Espírito Santo

III. CRISTO BATIZA COM O ES-PÍRITO SANTO, HOJE?1. Para quem é a promessa?2. Resultado da experiência do

Pcntccoste

IV. O BATISMO COM O ESPÍRI-TO SANTO E O NOVO NASCI-MENTOl. Diferença entre o batismo c o

novo nascimento2.0 que c o batismo com o Espí-

rito Santo?3. Os discípulos que conviveram

com Cristo4. Os samaritanos convertidos5. O apóstolo Paulo6. Os discípulos em Éíeso

OBJETIVOS

• Compreender que Jesus é quembaliza com o Espírito Santo, medi-ante nossa solicitação, por fé.

• Entender que o batismo com oEspírito Santo é uma necessidade enão um meio de salvação. Medianteeste revestimento, recebemos o po-der para enfrentar as lutas da vida.

• Empenhar-se, os que aindanãosão balizados, pelo recebimento des-ta bênção, pois ela também nos di/,respeito nos dias de hoje.

• Incentivar aos que ainda nãosão balizados, a buscar com perseve-rança, pois Jesus é o mesmo, on-tem, hoje e eternamente.

SUGESTÕES PRATICAS

No término desta lição, os alunosdeverão ser capazes de:

1. Explique aos alunos que obalismo com o Espírito .Santo é ocumprimento de umapromessa feitapor Deus, o Pai, através do profetaJocl (2.28,29). Este acontecimentose deu no dia de Pentecoste, festaanual celebrada pelos judeus, 10 diasapós a ascensão de Jesus, ocasião cmqueos discípulos estavam reunidos ecomeçaram a falar em línguas estra-nhas.

2. Informe-lhes que este aconte-cimento não se deu apenas no dia dePentecosíe. Ele se repetiu no decor-rer dos séculos, nas vidas dos queacreditaram e ainda se sucede nosdias aluais, mediante a fé de quem obusca.

Comprovamos isto biblicamen-te, quando lemos Atos 10.44-46; 19.6.

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PARTICIPAÇÃO DO ALUNO

• Para obtermos a participaçãoefetiva dos alunos é necessário queos conheçamos bem, mediante nossaconvivência com eles. Daí, enten-dermos que o trabalho do professornão serestrínge apenas ao horário daaula. Jesus conhecia seus alunos, osquais andavam com Ele. Cristo em-pregava métodos próprios, visitava-os c dialogava com os mesmos. Pro-cedatambém assim, eos membros desua classe estarão sempre com você,para aprenderem mais e mais a Pala-vra de Deus!

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Os quatro evangelistas registramo testemunho de João Batista a res-peito de Jesus, como o que batizacom o Espírito Santo.

I. CRISTO, O 1ÍATIZADORCREDENCIADO

1. Testemunho coerente dosevangelistas. Em Mateus, Marcos cLucas, lemos es ta solenedeclaração:"Ele vos balizará com o EspíritoSanto" (Mt 3.11; Mc 1.8; Lc 3.16).João', o evangelista, não somente re-gistra as mesmas palavras, mas tam-bém que João Batista afirmara tersido elas ditadas por "aquele que lheenviou a balizar" (Jo 1.33).

2. Cristo teve a experiência daplenitude do Espírito Santo. Foi oque aconteceu, sem a designação de

batismo,naquelahorasolene. Quan-do Jesus orava, o Céu se abriu e oEspírito Santo desceu sobre Ele emforma corpórea de pomba (Lc 3.22).

3. A mediação de Cristo nobatismo como Espírito Santo. Ma-ravilhosas palavras: "Bendito o Deuse Pai de nosso Senhor Jesus Cristo,que nos tem abençoado com todasorte de bênção espiritual nas regi-ões celestiais em Cristo1' (Ef 1.3)."Porque quantas são as promessas deDeus, tantas têm nele o sim" (2 Co1.20).

Por sermos salvos pela mediaçãode Cristo, nosso redentor, somosabençoados com as riquezas do Céu,também pelos seus méritos. Foi istoque Pedro explicou no seu sermão,no dia de Penjecoste: "A este JesusDeus ressuscitou, do que todos nóssomos testemunhas. Exaltado, pois,à destra de Deus, tendo recebido doPai a promessa do Espírito Santo,derramou isto que vedes e ouvis" (At2.32,33).

II. O BATISMO COM O ESPÍRI-TO SANTO NO PLANO DEDEUS

Cristo, "que amou a igreja e a simesmo se entregou por ela1', tornou-se o Agente, o Executor do plano deDeus para uma nova criação, c visa-va não apenas a salvação daquelesque comporiam sua Igreja no mun-do, mas também à vida abundantepara estes. Vejamos as muitas pro-messas do derramamento do Espíri-to:

1. A profecia de Joel. Ele é

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considerado o "profeta doPentecoste", por causa desuas profe-cias referentes ao derramamento doEspírito Santo.

Pedro referiu-se à profecia deJocl, no dia de Pentecoste, para ex-plicar à multidão o fenómeno queocorrera (Jl 2.28,29; At 2.16-18).

2. A profecia de.lsaías. Houveoutras profecias quanto à vinda doEspírito Santo, cerca de cem anosdepois de Joel. Deus, por intermédiode Isaías, disse: "Derramarei águasobre o sedento, torrente sobre a terraseca; derramarei o meu Espírito sobrea tua posteridade, a minha bênçãosobre os Léus descendentes" (Is 44.3).

3. A profecia de João Jíatista.João Batista, precursor de Cristo,disse que batizava com água, paraarrependimento, mas viria ummaiordo que ele que batizaria com o Espí-rito Santo e com fogo (Mt 3.11). Oteimo "balismo" no Espírito Santosignifica que os crentes são imersos,envolvidos, soterrados na terceirapessoa da Trindade.

O símbolo do fogo significa queoEspírito Santo estaria nos coraçõessemelhante aumfogo, parapmificarou destruir os sentimentos incompa-tíveis com a sua natureza santa. Vis-to que a terceira pessoa da Trindadenão lolera o pecado.

4. Cristo prometeu o EspíritoSanto. Jesus não somente predisse,mas prometeu que enviaria o Espíri-lo Santo demodo especial: "Eu roga-rei ao Pai e ele vos dará outroconsolador... O Espírito da verdade"(Jo 14.16,17).

Jesus, depois de ressuscitar, dis-se aos seus discípulos: "Permaneceiem Jerusalém até que do alto sejaisrevestidos de poder" (Lc 24.49). Emais: "...vós sereis batizados com o-Espírito Santo não muito depois des-tes dias" (At 1.5). Amesma promes-sa foi ratificada pelo Salvador, mo-mentos antes de subir para o céu:"Recebereis poder ao descer sobrevós o Espírito Santo" (At 1.8).

m. CRISTO BATIZA COM OESPÍRITO SANTO, HOJE?

O dia de Pentecoste serviu demodelo para a Igreja.

Aqueles que aceitavam e segui-am as normas da fé cristã, reconhe-ciam, por experiência própria, o po-der desta verdade.

1. Para quem é a promessa?Atente com interesse para este falo.Pedro proclamou queapromessadobatismo com o Espírito Santo refe-ria-sea todos os homens, em. todos ostempos, e não somente àqueles queconstituíam a assembleia ali reuni-da.

Veja estes pontos básicos, desta-cados por Pedro:

a. É para vós - Os judeus alipresentes, que representavam os de-mais contemporâneos ou a naçãocom que Deus fizera aliança. "É paravós", dizia Pedro, porque eles, osapóstolos, tambémjudeus, já tinhamrecebido;

b. Para vossos filhos - Os queexistiam então c as gerações futuras.

e. Para todos os que ainda estãolonge - Para todos, universalmente,

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para os gentios c qualquer indivíduoque responda a chamada de Deus,através do Evangelho, para a salva-ção em Cristo.

d. Para quantos o Senhor nossoDeus chamar - Isto significa que agloriosa experiênciadobatismo comoEspíritoSantoíbienviadaporCristoa todos os crentes, desde o Pentccosteaté o fim da presente dispcnsação.

O revestimento do cenáculo, tes-temunhado pelo falar em línguas,serviu demodelopara esta experiên-cia, para todos os dias da Igreja deCristo na Terra (Mc 16.17).

2. Resultado da experiência doPentecoste. Pedro, cheio do Espíri-to, pregou com tal poder, que, apro-ximadamente, três mil almas se con-verteram. Com autoridade sobrena-tural, acusou os seus ouvintesjudeusde entregarem à morte o Filho deDeus, e exortou-os a se arrepende-rem dos seus pecados.

IV. O BATISMO COM O ESPÍ-RITO SANTO E O NOVONASCIMENTO

Você, certamente, já se deparoucom alguns cristãos que pensam tersido balizados com o Espírito Santo,quando nasceram de novo ou se con-verteram. Esles necessitam de me-lhor instrução a este respeito.

l. Diferença entre o batismo e onovo nascimento. É verdade que oEspírito Santo tem grande parte naoperação do novo nascimento, mas oseu trabalho, em. tal ocasião, émuitodiferente do que ocorre após o ato daconversão.

É certo, também, que há casosem que o batismo com o EspíritoSanto, na prática, ocorre simultane-amente, ou seja, no momento daconversão. Às vezes, pode vir bemdepois, quando já foi fortemente evi-denciada unia transformação devida.

O novo nascimento é a comuni-cação da vida divina ao que crê emJesus como Salvador. É o poder doEspírito que transmite ao crenteumanova natureza (Jo 3.5).

2.0 que é batismo com o Espí-rito Santo?. O batismo com o Espí-rito Santo é uni ato de Deus, atravésde Cristo, pelo qual a terceira pessoada Trindade vem sobre o crente e oenche plenamente. É a presença doEspírito Santo na vídado cristão, suapropriedade exclusivamente.

O Espirito outorga os seus varia-dos ministérios, de acordo com asuasoberana vontade, e concede ao cren-te poder para testemunhar de e porCristo, na proclamação do seu Evan-gelho. Para isto, é dotado pelo Espí-rito de lábios ungidos (At 1.8; 2.4;8.5-8).

Vários grupos mencionados noNovo Testamento receberam obatis-mo com oEspírito Santo algum tem-po depois de se converterem.

3. Os discípulos que convive-ram com Cristo. Estes nasceram denovo, antes de serem balizados como Espírito Santo.

aJáliaviamconfessadoserJesusCristo, o Filho do Deus vivo (Ml16.16; Jo 6.68,69).

b. Jesus já os havia declaradolimpos, com exccção de Judas (Jo13.10,11; 15.3).

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c. Jesus afirmara que os seusnomes estavam escritos nos cóus (Lc10.20).

d. Jesus já havia soprado sobreeles, e dito: "Recebei o Espirito San-to" (Jo 20.22). Isto lhes proporcio-nou, antecipadamente, bastante gozoespiritual, pois já haviam recebidocerta porção, mas ainda precisavamser balizados com o Espírito Santo.

4. Os samaritanos convertidos.a. "DeramcródÍtoaFilipe,queos

evangelizava a respeito do reino deDeus e do nome de Jesus Cristo" (At8.12a).

b. "Iam sendo balizados (emágua), assim homens como mulhe-res" (At 8.12b). Sem dúvida, foramregenerados pelo Espírilo Santo. É oque deduzimos à luz do versículo 12,conforme analisados acima. Entre-lanlo, mais tarde, receberam obatis-mo com o Espírito Sanlo, quando osapóstolos, em visita h Samaria, im-puseram as mãos sobre eles (Al8.16,17).

5.0 apóstolo Paulo. Das experi-ências deste servo de Deus, aprende-mos o seguinte:

a. Na eslrada de Damasco, Cristorevelou-se a Saulo de maneiramara-vilhosa. Foi vencido pelo poder doFilho de Deus e o reconheceu comoSenhor e a Ele enlregou, incondici-onalmenle, a sua vida. Ele mesmoensina: "Ninguém pode dizer: Se-nhor Jesus! senão pelo Espírito San-to" (l Co 12.3).

b. As novas e sublimes aliludcsde Saulo revelam que o Espírito San-to realizou em sua vida o milagre do

novo nascimento. Isto aconteceu nomomento de sua conversão, quandolhe foi ordenado que entrasse emDamasco para receber novas inslru-ções.

c. Ananias lhe foi enviado e,chamando-o de irmão Saulo, impôssobre ele as mãos e disse: "O SenhorJesus, que lê apareceu no caminhopor onde vinhas, me enviou para querecuperes a vista e fiques cheio doEspírito Santo" (At 9.17).

6. Os discípulos em Éfexo. EmAtos 19, lemos que os discípulos emÉfeso foram balizados por João Ba-lisla. Observemos o seguinte:

a. Paulo lhes perguntou se havi-am recebido o Espírito Santo quandocreram. Considere isto: se fosse dou-irina apostólica recebê-lo automati-camente, no momento da conversão,Paulo não teria feito esta pergunta.Por oulro lado, se ele, num gestocontraditório, ou por ignorância, fi-zesse ta! interrogação, a resposlaleria sido positiva. Mas, ao conlrâ-rio, responderam: "... nem mesmoouvimos que exisie o Espírito Santo"(v.2). Quer dizer: ignoravam aquelaexperiência de que Paulo falava.

b. A pergunladc Paulo e arespos-tadosefésiossignificaqueépossívelser salvo sem o batismo corn o Espí-rito Santo.

c. Paulo logo impôs-lhes as mãosc veio sobre eles o Espírilo Santo, elanlo falavam em línguas como pro-fetizavam (At 19.1-6).

| ENSINAMENTOS PRÁTICOS |

L O que seria de nós, se Deus não

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nos tivesse balizado com o EspíritoSanto? Por certo, viveríamos assus-tados, dominados, pelo medo, comoprocederam os apóstolos depois daprisão e morte de Jesus. No entanto,após receberem este poder do alto,tornaram-se destemidos, ao ponto dePedro pedira palavra, e pregou comtanta ousadia que, aproximadamen-te, três mil pessoas aceitaram a Jesuscomo Salvador.

2. As igrejas pentecostais, nomundo, crescem muito mais do queas demais, por acreditarem no batis-mo com o Espírito Santo. Mediantees lê poder, recebem os dons espiritu-ais, necessários ao desenvolvimentodo cristão. Aumentam também onúmero de membros, pois as mensa-gens transmitidas não são mecâni-cas, mas ungidas pela terceira pés soada Trindade.

3. As igrejas denominacionaisque possam por esta renovação espi-ritual, ao adotar o batismo com oEspírito Santo, experimentam tam-bém o sabor do Pentecostc: os cultossão alegres, os crentes mais fervoro-sos e dedicados à oração, visitacão eevangelização. Daí, concluímos queeste revestimento de poder é umaTorça propulso rã para a obra de Deus.

GLOSSÁRIO

Cenáculo: sala onde Jesus parti-cipou da última ceia com os discípu-los.

Contemporâneo: indivíduo quetambém vive cm nosso tempo.

Corpóreo: relativo a corpo; ma-terial; o mesmo que corporal.

Designação: significação; indi-cação; denominação.

Dispensação: período de tempoque rege uma época sobre a face daterra.

Mediação: ato ou efeito de inter-vir, solicitar.

Mérito: merecimento; aptidão;capacidade.

Outorgar: conceder; consentir;aprovar.

Plenitude: estado do que épleno,completo, sem restrição.

Precursor: aqueleque vai adian-te; anunciante da chegada de al-guém.

QUESTIONÁRIO

1. Conforme as Escrituras, quembati/,a com o Espírito Santo?

-OScnhor Jesus (Mt3.11).

2. Cílc referencias que confir-mam o credenciamento do SenhorJesus como o que baliza com o Espí-rito Santo.

- Mateus 3.11; Marcos l .8; Lucas3.16; At 2.32,33).

3. Mencione duas referências doAntigo Testamento sobreo derrama-mento do Espírilo Santo.

- Isaías 44.3 e Joel 2.28,29.

4. Quando c onde se cumpriramestas promessas?

- No dia de Pentecoste, noCenáculo, em Jerusalém (At 2.1-4).

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Lição 10 5 de Junho de 1994

CRISTO, SUA IGREJA E O MUNDO

TEXTO ÁUREO

Porque Deus amou o mun-do de tal maneira que deu o seuFilho unigénito, para que todoaquele que nele crê nãopereça,mas tenha a vida eterna" (Jo3.16).

VERDADE PRATICA

A Igreja de Cristo na Terraé a agência que ensina o cami-nho da salvação, e contribui,assim, para num lê-la próspe-ra.

ÉPOCA DO EVENTO: 29 d.C.

LOCAL: Jerusalém

HINOS SUGERIDOS: 530 (305HCA)e538(471-HCA)

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Mt 21.42; l Co 3.10,11Jesus, o fundamento da IgrejaTerça - Ef1.22; 5.23; Cl 1.18Cristo, a cabeça da IgrejaQuarta - Mc 16.15-19; Mt28.19,20A evangelização amplia a igrejaQuinta - At 2.42; I?p 2.2; l Ts 5.17Doutrina e oração, pilares da IgrejaSexta - Mt 13.1-8,38O mundo, o campo da Igreja

Sábado - Mt 5.14-16A Igreja, luz do mundo

LEITURA EM CLASSE

JOÃO 15.18,19; 17.14-18

18 - Se o mundo vos aborrece,sabei que, primeiro do que a vós,me aborreceu a mim.

19 - Se vós fôsseis do mundo, omundo amaria o que era seu, mas,porque não sois do mundo, antes euvos escolhi do mundo, por isso éque o mundo vos aborrece.

17.14 - Dei-lhes a tua palavra, eo mundo os aborreceu, porque nãosão do mundo, assim como eu nãosou do mundo.

15 - Não peço que os tires domundo, mas que os livres do mal.

16 - Não são do mundo, como eudo mundo não sou.

17 - Santitica-os na verdade; atua palavra é a verdade.

18 - Assim como tu me enviasteao inundo, também eu vos enviei aomundo.

MATEUS 16.18

18 - Pois também eu te digo quetu és Pedro, e sobre esta pedraedificarei a minha igreja e as por-tas do inferno não prevalecerãocontra ela.

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ESBOÇO OBJETIVOS

INTRODUÇÃO

I. A IGREJA FORA DO MUNDO

1. Definição de Igreja2. O ódio do mundo à Igreja de

Cristo3. Judeus e gentios odiaram a

Cristo e sua Igreja

II. A QUEM SE OPUNHAM EODIAVAM?

1. O mundo odeia os discípulos deCristo

2. Os discípulos odiados, porquenão eram do mundo

3. Os discípulos odiados, porquereceberam a Palavra

III. A IGREJA E O MUNDO

1. Jesus orou

2. A Igreja e o exemplo de Crislo

3.0 verdadeiro cristão não é destemundo

4. A Igreja é a coluna e a firmezada verdade

IV. A INTERCESSÃO DE CRISTO

1. A oração de Jesus

2. A importância da santificaçãona Igreja

3.0 efeito santificador da Palavra

4. A santificação dos discípuloscomo ministros

V. DOIS ASPECTOS DA PETI-ÇÃO DE CRISTO

1. Destacou a sua missão comoexemplo

2. Orou pelos discípulos comis-sionados

No término desta lição, os alunosdeverão ser capazes de:

• Compreender que o própriotermo igreja, do grego ekklesia, sig-nifica assembleia que se reúne dolado de fora, ou seja, os que estão nomundo, mas não o pertencem mais.

9 Entender que, por esfci razão, omundo nos odeia, pois agora estamosna luz, que não se compactuacom astrevas.

• Empenhar-se, para que omundanismo não tenha jamais po-der sobre a Igreja, pois as portas doIníerno não podem prevalecer con-tra ela.

• Orar, para que os crentes te-nham forcas para vencer as tenta-ções do dia-a-dia, assim como Jesusanulou a todas em sua vida c minis-tério.

SUGESTÕES PRATICAS

1. Enfatize aos alunos que, ape-sar de estarmos nele, não pertence-mos ao mundo, pois fomos compra-dos por Jesus, através do seu sanguederramado na cruz. Asscmclhamo-nos ao povo hebreu que saiu do Egitoe peregrinou 40 anos, até chegar àterraprometida. Nós também estamosde passagem e caminhamos para aCanaã Celestial.

2. Informe-lhes que, por isso,somos odiados, .porque nãocompactuamos com os costumes e aspráticas do mundo. Mas somos con-fortados por Jesus que também foi

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detestado por muitos, principalmen-te os induzidos pelo Diabo, por falara verdade e combater as práticaspecaminosas. Tenhamos coragem,pois o Filho de Deus venceu o mundoe, diariamente, concede-nos a vitó-ria.

3. Esclareça-lhes que é necessá-ria u nossa santificação, ou seja, anossa aproximação, a cada dia, deDeus. Mediante esta estreita comu-nhão, recebemos o poder para anularas forcas satânicas que envolvemcstcmundo e desejam nos enlaçar. Aoração, a leitura diária da Bíblia e aassistência aos cultos manlÊm-nosem um nível de santidade suficientepara vencermos todas as tentações.

PARTICIPAÇÃO DO ALUNO

• Quando o professor avalia, cconfere um conceito ao aluno, c inte-ressante usar cartões para anotaçãodos seguintes requisitos; frequência,pontualidade, Bíblia c revista, inte-resse c participação na lição. Fica aseu critério, o acrescentar mais al-gum quesito. É bom que no final decada aula se laça uma verificação,para se sentir o rendimento deaprcn-dízaiiem da matéria ministrada.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

A história da Igreja.de Cristo épor demais acidentada. Verdade tris-te, porém, inegável.

A Igreja, fundada por Cristo e

por Ele guardada neste mundo mau,caracteriza-se pelo afastamento totalda idolatria, dos vícios e do pecado,em qualquer de suas formas.

I. Â IGREJA FORA DO MUNDO

1. Definição de Igreja. O senti-do original do vocábulo "igreja" é"assembleia de cidadãos efetivos ecompetentes, convocados para deci-sões importantes". Este termo acha-se pela primeira vez nos lábios donosso Salvador em Mateus 16.18.Ela foi chamadaparafora do mundo,para se tornar a noiva de Cristo.Geralmente, fala-se do dia dePentecoste como o do nascimento daIgreja, ocasião em que, pelaprimeiravez, constituíram-se os seguidoresde Cristo pela presença íntima doEspírito Santo. Mas, em certo senti-do, elaprincipiou, quando Jesus reu-niu os seus primeiros discípulos (Jo1.37).

2.0 ódio do mundo à Igreja deCristo. O Senhor Jesus discorreusobre o ódio votado a sua igreja. Eleprovém do maligno, através dos ho-mens perversos, assim como o amoré uma característica do reino de Cris-to.

O ódio do mundo à Igreja consti-tui clara distinção entre esta e aque-le; entre os filhos do maligno c os deDeus.

3. Judeus e gentios odiaram aCristo e sua Igreja. O espírito doódio, que desune os homens entre si,uniu-os contra Cristo csualgreja. Osjudeus viviam compleíamente afas-tados dos gentios, mas se uniram

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sem distinção, em oposição a Cristoe sua Eleito. Eles pertenciam aomundo, não obstan te as religiões queprofessavam. O povo de Deus lemoutra escola. Somos ensinados a odi-ar o pecado, mas amar os pecadorese buscar o bem deles e de todos oshomens. O espírito malicioso e ran-coroso não procede de Cristo, mas domundo. Por isso, a Igreja deve man-ter-se fora dele. Odiada pelo mesmo,ela se encontra na posição em queCristo a deixou.

H. A QUEM SE OPUNHAM EODIAVAM?

Contra os discípulos, Cristo e• Deus, o Pai.

1.0 mundo odeia os discípulosde Cristo. O Senhor sempre disse:"O mundo vos odeia". Cristo expres-sara a grande afeição que tinha poreles, como omaioramigo. O ódio doshomens era para eles igual a umespinho na carne, para prová-los. Asperseguições revelariam o quantoestariam dispostos a sofrerpor causade Cristo. Jesus indicou-lhes o traba-lho a executar, mas previniu-lhesque passariam por duras provações.

2. Os discípulos odiados, por-que não eram do mundo. Jesus,conversando com o Pai, disse: "Eulhes tenho dado a tua palavra e omundo os odiou, porque eles não sãodomundo como eu também não sou"(v.14). O mundo odeia os que se-guem a Cristo, mas ama os que lhepertencem. Enquanto Jesus estavacom. os discípulos, o ódio era votadoa Ele. Por isso, o Filho rogou ao Pai

queconcedessemais amor aos discí-pulos odiados, para que pudessemamar os seus inimigos. Foi isso o que-Jesus ensinou (Mt 5.43-47).

3. Os discípulos odiados, por-que receberam a Palavra. Aqui, arazão do ódio aos discípulos era porterem recebido a Palavra de Deus,transmitida por Jesus, quando amaioria das classesreligiosasorejei-tava. Os que recebem a mensagemdivina e aceitam a sua boa vontadeem salvá-los, podem estar certos deserem odiados pelo mundo. Os quepregam o Evangelho pleno e denun-ciam as obras malignas doshomens,demodo particular, são odiados. Pre-ocupa-nos, quando a Igreja recebeelogios e aplausos do mundo, poisele ama os que são seus, e a Igrejapertence a Cristo.

HL A IGREJA E O MUNDO

1. Jesus orou: "Não peço que ostires domundo; e sim, que os guardesdo mal" (v.15). Aqueles que guar-dam a palavra de Cristo são preser-vados "da hora da provação" (Ap3.10). Mas é certo que a causa, a qualconstrange ao martírio, também pro-duz a alegria de sofrer por Cristo.

2. A Igreja e o exemplo de Cris-to. O Filho de Deus pediu que os seusdiscípulos fossem semelhantes a Elee não se conformassem com o mun-do. Os que seguem a Jesus pela fé,devem andar como Ele andou (l Jo2.6). Deus ama os que estão emCristo, pois são novas criaturas (2 Co5.17).

3. O verdadeiro cristão não é

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deste mundo. Esta é a razão por queé desprezado pelo mundo, e isto ésegurança para o cristão (cf Tg 4.4).É seu dever ter força de caráter egraça suficiente para permanecer naliberdade para a qual foi chamadopor Cristo (Gl 5.1).

4. A Igreja é a coluna e a firme-za da verdade, (l Tm3.15). Algrejasustenta a verdade, como uma fun-dação capaz de suportar um edifício.Deve mante-la e guardá-la com se-gurança, defendendo-a contra osembusteiros e falsos mestres (2 Pé2.1). A igreja é constituída de umpovo que tem. uma esperança futura,a qual deve ser conservada pela pre-servação da verdade (Jo 14.3; l Tm6.14).

IV. A INTERCESSÃO DE CRIS-TO

Jesus orou, para que os discípu-los permanecessem na verdade, istoé, não apenas fossem guardados domal, mas não deixassem de ser bonsdiscípulos e servos fiéis.

1. A oração de Jesus. "Santificai-os na verdade, a tua palavra é averdade" (v.17). Nosso Senhor nãodeseja que sejamos apenas religio-sos, mas, principalmente, santos. Porisso, este conselho epedido: "O mes-mo Deus da paz vos santifique emtudo; e todo espírito, alma e corpo,sejam conservados íntegros eirrepreensíveis para a vinda de Cris-to" (l Ts 5.23).

2. A importância da santifica-ção na Igreja. Do ponto de vista denosso Senhor, a santificação é agra-

ca desejada. Cristo deseja que a luzdos seus discípulos brilhe mais emais.Elequeracompletasantificacãoda sua Igreja, até o dia do Arrebata-mento.

A falta de santificação do crentedesonra a Cristo, e sem a mesma,ninguém será apresentado ao Pai.Ela,pelagraça, éprogressivaetodosnecessitam ser santificados mais emais (Hb 12.14).

3. O efeito santificador da Pa-lavra. A Bíblia tem efeitosantificador: "Santifica-os na verda-de,atuapalavraéaverdade" (v.17).Ela é a verdadepura, sem mistura, etambém completa, sem deficiência.Habita em nds (C13.16), ecomuni-ca-nos a santificação divina. APala-vra é a semente do novo nascimentoe o alimento danova vida em Cristo.

4. A santificação dos discípuloscomo ministros. Santifica-os, paraque a sua chamada ao apostoladoseja ratificada no Céu. Qualifica-ospara o elevado encargo, com a graçadivina e os dons ministeriais. O pe-dido de Cristo significa isto: "Eu ostenho chamado e eles atenderam,Pai, por favor, dize o amém a isto.Apodera-te deles ehabilita-os para oapostolado, e usa-os com o poder daPalavra. Seja a tua mão sobre elespara que realizem a obra e sejamvitoriosos. Santifica-os na verdade,para pregarem a verdade ao mundo".

V. DOIS ASPECTOS DA PETI-ÇÃO DE CRISTO

1. Destacou a sua missão como

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exemplo. O Senhor falou com gran-de segurança de sua própria missão:"Tu me enviaste ao mundo". Foidesignado por Deus, para dizer o querealmente falou; fazer o que real-mente realizou; eser o querealmentefoi, para todos os que cressem no seubendito nome (cf Jo 13.15).

2. Orou pelos discípulos co-missionados: "Também eu os envieiao mundo" (para anunciarem ames-ma dou trina quepreguei). Jesus trans-mitiu aos discípulos de todos os tem-pos a missão que Ele executou nomundo (Jo 20.21), e magnificou oministério que recebeu do Pai. Istofariam em relação a Cristo, pois háperfeita afinidade entre as duas mis-sões, no que se refere à pregação doEvangelho.

| ENSINAMENTOS PRÁTICOS"]

1. Nós sabemos que a Igreja é aNoiva de Cristo. Por isso, Ele a amamuito c por ela deu sua própria vida.Ao partir, para a glória, deixou-aentregue ao Espírito San to, aterceirapessoa da Trindade, que a apresenta-rá em breve ao Filho de Deus, "semmácula, nem ruga, nem coisa seme-lhante, mas santa e irrepreensível"(EÍ5.27).

2. A santificação é dinâmica, ouseja, a cada dia ela transforma onosso comportamento. Quando fa-zemos um retrospecto de nossa vida,observamos que somos diferentes doque éramos antes. Este desenvolvi-mento espiritual leva-nos a vencer aslutas e provações, até chegarmos a

estatura de varões perfeitos, ocasiãoem que, como Jesus se apresentahoje, nós o veremos e seremos.

3. Não é de se estranhar que, porcausa do Evangelho, sejamos odia-dos ate mesmo pelos parentes c ami-gos. Isto acontece, porque nos torna-mos discípulos de Cristo que tam-bém foi rejeitado pelos próprios ir-mãos carnais (por parte de mãe).Devemos entregá-los nas mãos deDeus e orar por eles. No início denossa conversão, rcvollam-se, porjulgarem que nós os deixamos pelaamizade dos crentes, mas, com opassar do tempo, observam a nossamudança c, quando não se conver-tem, respeitam-nos muito.

| GLOSSÁRIO |

Afinidade: relação; conformida-de; tendência combinatória.

Constranger: obrigar por força;compelir.

Discorrer: tratar; expor.Embusteiro: falso; mentiroso;

impostor,Hoste: exercito; tropa; bando.Indestrutibllldade: qualidade do

que não pode ser destruído.íntegro: perfeito; reto; comple-

to.Joio: planta da família das

gramíneas que nasce entre o trigo;pessoa ruim entre as boas.

Não obstante: apesar disso; con-tudo; apesar de,

Ratificar: validar; comprovar;confirmar autenticamente.

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QUESTIONÁRIOjá?

3. Por que o mundo odeia a Igre-

1. De o sentido original do vocá- - Porque a Igreja é a "luz dobulo Igreja. mundo"(Mt516), eomundoperma-

- "Assembleia de cidadãos cfeti- »ece nas trevas e as suas obras abor-vos e competentes, convocados para recém a luz.decisões importantes".

4. Qual a afirmação de Paulo em2. Quem é o fundador da Igreja? l Timóteo 3.15, em relação à Igreja?- O Senhor Jesus Cristo (JVlt - Paulo declara que a Igreja 6 a

16.18). coluna e a firmeza da verdade.

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Lição 11 12 de Junho de 1994

OS MILAGRES DE CRISTO

TEXTO ÁUREO

"Na verdade, na verdadevos digo que aquele que cré cmmim, também fará as obrasque eu faço, e as Tara maioresdo que estas; porque eu voupara meu Pai" (Jo 14.12).

VERDADE PRATICA

Milagre 6 uma intervençãosobrenatural nas leis fixas danatureza, com o propósito dedemonstrar a divindade deCristo.

ÉPOCA DO EVENTO: 27 d.C.

LOCAL: Galiléia

HINOS SUGERIDOS: 352 (006 -HCA) e 353 (007 - HCA)

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Mt 9.6-8; 28.18O poder de JesusTerça - Mt 11,4-6; Jo 5.36; At 2.22Os milagres confirmam a CristoQuarta - Jo 2.22,23; 20.30Os milagres produzem féQuinta - Hb 2.3,4Os milagres confirmam as Escritu-ras

Sexta- Kx 14.15-26Milagre, central no Antigo Testa-mentoSábado -1 Co 15Milagre central no Novo Testamen-to

LEITURA EM CLASSE

MATEUS 11.4,5

4 - E ,1 esus, respondendo, disse-lhes: Ide, e anunciai a João ascoisas que ouvis e vedes:

5 - Os cegos vêem, e os coxosandam; os leprosos são limpos, e ossurdos ouvem; os mortos são res-suscitados, e aos pobres é anuncia-do o evangelho.

JOÃO 20.30,3130 - Jesus pois operou em pre-

sença de seus discípulas muitosoutros sinais, que não estão escri-tos neste livro.

31 - Estes, porém, foram escri-tos para que creiais que Jesus é oCristo, o Filho de Deus, e para que,crendo, tenhais vida em seu nome.

ESBOÇO

INTRODUÇÃO

I. EM QUE CONSISTE UM MILA-GREl. Diferença entre um dom de fé c

um milagre

II. FINALIDADES DOS MILA-GRES DE JESUS

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1. O milagre que Jesus não operou2. A operação de milagres não

exclui a fé3. Os milagres de Cristo foram a

confirmação de seu ministério

III. O ILIMITADO PODERMIRACULOSO DE JESUS1. Diversidade de milagres2. Evidências de milagres3. Resultados dos milagres de

Cristo4. O significado dos milagres

IV. MILAGRES NO MUNDO ES-PIRITUAL1. A grandeza do milagre2. A realidade do milagre3. O resultado do milagre4. O que este milagre representa

V. O MILAGRE SOBRE O PODERDAS CIRCUNSTÂNCIAS1. O impossível das circunstânci-

as2. Provas visíveis do milagre3. Efeitos do milagre

| OBJETIVOS |

No término dês ta lição, os alunosdeverão ser capazes de:

• Compreender que milagre éum feito extraordinário, realizadopor Deus, que vai de encontro às leisda natureza.

• Entender que os milagres rea-lizados por Jesus, no seu ministérioterreno e nos dias atuais, visam asalvação das almas e a glória deDeus.

• Compreender que o ilimitadopoder de Jesus repreende todo o tipode enfermidade, desde que este acon-tecimento se reverta em benefício do

Evangelho e para honra e glória deDeus.

• Entender que as enfermidadese toda sorte de males que afligem ahumanidade são frutos do pecado etêm em Satanás a sua origem.

SUGESTÕES PRATICAS

1. Explique aos alunos que hádiferença entre o dom de fé e ummilagre. O primeiro atua sem que, àsvezes, seja visto o seu efeito imedia-to, enquanto que o segundo tem aatuação instantânea. Da mesma for-ma, há diferença entre os dons decurar e a operação de milagres.

2. Esclareça-lhes que o milagreé um recurso sobrenatural utilizadopor Deus em benefício do Evange-lho. O principal objetivo da mensa-gem de Cristo é a salvação do peca-dor. No entanto, muitas pessoas nãocrêem no Senhor. Por isso, faz-senecessária a cura divina, a fim de quetodos acreditem que existe o Todo-poderoso.

3. Fale a eles sobre o poder ilimi-tado de Jesus, pois, para Deus, nadaé impossível. Nenhuma enfermida-de é capaz de desafiar a capacidadesanadora de Cristo. Ele cura tuber-culose, paralisia, atrofia, câncer,AIDS, etc. No entanto, esta operaçãorealiza-se de acordo com a vontadedivina e não humana, para honra eglória do Senhor.

PARTICIPAÇÃO DO ALUNO

• Não se satisfaça apenas com oque vai escrito em cada lição. Obser-

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vê as necessidades de sua classe, bemcomo o progresso da mesma, e deter-mine o que pretende alcançar com oseu ensino. Faça anotações que ser-virão de rota, de mapa para vocêseguir e alcançar a participação efe-tiva de seus alunos. Escreva o quepretende, a fim de que não se desviedo alvo estabelecido.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Milagre é uma palavra cujaetimologia comporta outros vocábu-los, como prodígio, maravilha e si-nal, que se referem ao assombro eespanto causados por eventoincomum ou inexplicável. É um acon-tecimento ou um efeito no mundofísico, separado das leis danatureza.

I. EM QUE CONSISTE UM MI-LAGRE

1. Diferença entre o dom de fée ummilagre. A operação do dom defé tem algo semelhante a um mila-gre. Ambos, porém, se distinguemno seguinte aspecto: O primeiro ati-na sem que, às vezes, seja visto o seuefeito instantâneo, enquanto que osegundo tem efeito imediato.

2. Diferença entre os dons decurar e a operação de milagres.Quando Jesus disse a Pedro... "Vaiao mar, lança o anzol, e o primeiropeixe que fisgar, tira-o; e, abrindo-Iheaboca, acharás umestáter. Toma-o e entrega-lhes por mim e por ti"(Ml 17.21), aí ocorreu o milagre,

evidenciado pelo aparecimento damoeda de que falou o Senhor. Estefeito maravilhoso não tem relaçãoalguma com os dons de curar.

O. FINALIDADES DOS MILA-GRES DE JESUS

Os milagres de Jesus visavam asalvação das almas e a glória deDeus.

1. O milagre que Jesus não ope-rou . Houve milagres no Antigo Tes-tamento, inclusive para castigo, rea-lizados por Moisés, no Egito (Êx7.12-14); Elias, que mandou descerfogo do céu para consumir as tropasdo rei Acazias (2 Rs l .9-14); Elizeu,para castigar os rapazes que zomba-ram dele (2 Rs 2.23,24).

Jesus não operou algum milagredesta natureza. Pelo contrário, quan-do os samaritanos lhes negaram hos-pedagem e "Tiago e João pergunta-ram: Senhor, queres que mandemosdescerfogo do céuparaos consumir?"Jesus, os repreendeu,edisse:"Vósnãosabeis dequeespúito sois.Pois oFilhodo homem não veio

2. A operação de milagres nãoexclui a fé. À semelhança da cura pelafé, o milagre depende tanto da confi-ança do que ministra como das pro-messas envolvidas. A incredulidadeque impede a manifestação dos donsde curar também impossibilita a ope-ração demilagres.Foioqueacon teceuno ministério de Jesus, conforme orelato de Mateus sobre o que ocorreuentre os habitantes de Nazaré: "E elenão fez ali muitos milagres, por causada incredulidade deles" (Mt 13.58).

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3. Os milagres de Cristo forama confirmação do seu ministério.Constituem as credenciais do seuministério espiritual e divino. São oprenúncio de uma redenção univer-sal a ser realizada pelo Filho deDeus.

Pedro, ao pregar no dia dePentecoste, disse que "Jesus, oNazareno, foi varão aprovado porDeus com milagres, prodígios e si-nais" (At 2.22). Isto nos ensina queos feitos maravilhosos de Cristo vi-savam a glória de Deus e o retorno dacriatura ao Criador. Certamente, porisso, a observação do Senhor:"...credes nas obras;paraquepossaissaber e compreender que o Pai estáem mim, e eu estou no Pai" (Jo10.38).

III. O ILIMITADO PODERMIRACULOSO DE JESUS

1. Diversidade de milagres.Querem nos convencer que existempregadores "especialistas" em certostipos de milagre. Se isto é verdade,no entanto, é diferente do podermiraculoso de Cristo.

Em três capítulos de Lucas, en-contramos quatro milagres na curade diferentes enfermidades, que evi-denciam o ilimitado poder do Se-nhor Jesus sobre os tipos de doença.Isto abona as palavras de Mateus:Jesus curava "toda sorte de doençase enfermidades" (Mt 4.23).

2. Evidências de milagres. Nocaso da sogra de Pedro, lemos: "In-clinando-se ele para ela, repreendeua febre e esta a deixou e logo selevantou" (Lc4.39a).Omesmo acon-

teceu na cura do leproso: "E eleestendendo a mão, tocou-lhe dizen-do: quero, ficar limpo! E no mesmoinstante desapareceu a lepra" (Lc5.13). Ao paralítico, Jesus disse: "Eute ordeno: Levanta-te, toma o teuleito e vai para casa. Imediatamentese levantou diante deles e, tomandoo leito em que permanecera deitado,voltou para casa" (Lc 5.24,25).

3. Resultados dos milagres deCristo. A sogra de Pedro "logo selevantou, passando a servi-los" (Lc4.39b). Após a cura do leproso, "oque se dizia a seu respeito, cada vezmais se divulgava e grandes multi-dões afluíam para ouvi-lo e seremcurados das suas enfermidades" (Lc5.15). Já o paralítico "voltou paracasa, glorificando a Deus. Todos fi-caram atónitos, davam glória a Deuse, possuídos de temor, diziam: Hojevimos prodígios" (Lc 5.25,26). Docego de Jericó se diz: "e segui-oglorificando a Deus" (Lc 18.43). Estessão os resultados dos milagres deCristo: honrar e glorificar a Deus.Isto Ele conseguiul

4. O significado dos milagres.Os milagres operados na cura dosenfermos são testemunhos da repre-ensão de todo o sofrimento.

Um dia, cumprir-se-á esta predi-ção: "Nenhum morador de Jerusa-lém dirá: Estou doente..." (Is 33.24)."E, já não haverá pranto nem dor"(Ap 21.4).

IV. MILAGRES NO MUNDO ES-PIRITUAL (Mc 5.2-20)1. A grandeza do milagre. Esta

refletena terrível situação em que se

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encontrava o gadarcno, vítima deuma opressão demoníaca. Possessode uma legião de demónios, despe-daçava cadeias e grilhões, cninguémpodia subjugá-lo. "Vivia pelos se-pulcros e pelos montes, ferindo-secom pedras". Era o temor de toda avizinhancae o assombro dos feiticei-ros. Mas Jesus o libertou (Mc5.12,13).

2. A realidade do milagre. Oespírito maligno torna o ser humanoinquieto, e deixa-o sem tempo paraadorar a Deus. O homem, que nema corrente o prendia, ficou são. Oespírito de imoralidade, que o obri-gavaa andar nu, foi embora. Libertopor Jesus, vestiu-se. Repreendida aloucura, responsável pelos desati-nos que os homens praticam, ogadareno é encontrado "emperfeitojuízo" (v.15).

3. O resultado do milagre. To-dos os feitos miraculosos de Jesuseram acompanhados de grandes ebenéficosresullados.Decápoliseraonome dado à região ao sul do Mar daGalilcia, na qual existiam dez cida-des. Antes, aterrorizadas, agora des-frutam tranquilidade e paz. Eis omotivo: "Então ele foi, e começou aproclamar em Decápolis tudo o queJesus lhe fizera" (v.20).

4.0 que este milagre represen-ta. Quando Jesus expulsava os de-mónios, revelava a ação e a forçadivinas que invadiam o reino deSatanás, aniquilando-o. É o que de-duzimos, quando lemos Mateus25.41 e i João 3.8.

V. O MILAGRE SOBRE O PO-DER DAS CIRCUNSTÂN-CIAS (.Io 6.5-14)

1.0 impossível das circunstân-cias. Em todos os tempos, em diver-sos lugares c cm muitos casos, dife-rentes circunstâncias revelam-secomo o impossível dos homens, edominam indivíduos, famílias, co-munidades enáções, sujeitando-os aaflições irresistíveis. A presença deJesus altera tudo. Era tarde, o lugardeserto, não tinham dinheiro e nemonde comprar. Era humanamenteimpossível prover alimento paramilhares de famintos ali presentes.Aí deu-se o milagre (w. 11,12).

2. Provas visíveis do milagre.Enquanto os incrédulos alegam queos israelitas passaram o Mar Verme-lho apé enxuto, beneficiados por umfenómeno esporádico da natureza, eadvogam que o milagre da transfor-mação da água em vinho em Cana daGaliléia deu-se, por estarem as ta-lhas avinhadas, silenciam diante damultiplicação dos pães, no deserto.

3. Efeitos do milagre. Os mila-gres de Jesus foram eficientes e oca-sionais para gerarem efeitos quecho-cavam e despertavam as consciênci-as adormecidas: "Vendo, pois, oshomens os sinais que Jesus fizera,disseram: Este é verdadeiramente oprofeta que deveria vir ao mundo"(v.14). Os milagres são meios divi-nos de confirmação da Palavra deDeus.

ENSINAMENTOS PRÁTICOS

l. O ministério de Cristo consti-

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tui-sc de três fatorcs: ensino, prega-ção e cura divina. É o que concluí-mos, quando lemos Mateus 4.23: "Epercorria Jesus toda a Galiléia, ensi-nando nas suas sinagogas e pregan-do o evangelho do reino, e curandotodas as enfermidades c moléstiasentre o povo". Portanto, aprioridadedeve ser dada à mensagem de Deus.

2. Muitos fazem do "ministériode cura" um meio de vida e se esque-cem que os dons espirituais são dádi-vas de Deus, e devem ser utilizadosde graça em benefício dos necessita-dos. Daí, a razão da existência de"igrejas dos milagres" e dos"milagreiros". Devemos ter cuidadocom eles, pois não estão comprome-tidos com a verdade, mas com odinheiro que podem tirar dos incau-tos.

3. Jesus jamais se contentou comos que só pregam a cura divina,mesmo que o dinheiro não esteja emprimeiro plano e seja um interessevelado. O Filho de Deus foi contun-dente em sua ordem, registrada emMarcos 16.15. Os que procedem as-sim, contrariam a vontade de Cristoque deseja, em primeiro lugar, asalvação da alma, e não a cura docorpo físico.

GLOSSÁRIO

Condenatório: que envolve con-denação.

Decepar: cortar; amputar; muti-lar.

Elucidar: esclarecer; explicar;comentar.

Estáter: moeda equivalente aquatro dracmas, ou seja, 64 centavosdo dólar.

Etimologia; parte da linguísticaque estuda o étimo das palavras, ouseja, o vocábulo que dá origem aoutros quanto ao significado.

Fisgar: pescar com arpão ou an-zol.

Implantar: introduzir; fixar; in-serir.

Incauto: imprudente; crédulo;ingénuo.

Instantâneo: repentino; inespe-rado; rápido.

Jubiloso: alegre; satisfeito; con-tente.

QUESTIONÁRIO

1. Defina o que se entende pormilagre.

- É um evento ou efeito no mundofísico, que contraria as leis da natu-reza.

2. O que visavam os milagresoperados por Jesus?

- A glorificação de Deus e a sal-vação das almas.

3. Que tipo dcmilagre Jesus nãooperou?

- O Antigo Testamento registraalguns milagres operados com a fi-nalidade de castigar: os egípcios (Êx7.12-14); o rei Acazias (2 Rs 1.9-14); alguns rapazes escarnecedores(2 Rs 2.23,24). Todavia, o SenhorJesus não operou milagre algum des-te tipo.

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4. Cite alguns milagres operados viúva e a de Lázaro (Mt 9.18,23-26;por Jesus e os apóstolos. Lc7.11-17; Jo 11.38-44).

- a) A purificação do leproso c acura do servo do centurião de b) A cura de um coxo, a cura deCafaraaum (Mt8.1-13);aressurrei- Enélas, a ressurreição de Dorcas c acão da filha de Jairo, do filho de uma de Êutico (At 3. l -10; 9.34,40; 20.10).

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Lição 12 19 de Junho de 1994

OS ENSINOS DE CRISTO

TEXTO ÁUREO

"Porquanto os ensinavacomo tendo autoridade, e nãocomo os escribas" (Mt 7.29).

VERDADE PRÁTICA

A divulgação do Evange-lho consiste cm ensinarmos asverdades que nos foram ensi-nadas.

ÉPOCA DO EVENTO: 28 d.C.

LOCAL: Jerusalém

HINOS SUGERIDOS: 204 (306HCA) e 205 (505 - HCA)

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Mt 5.1-12Jesus ensina sobre o monteTerça - Lc 2.41-52Jesus ensina no temploQuarta - Mt 28.16-20O conteúdo do ensinoQuinta • l Co 4.14-20Paulo ensina através de cartasSexta-At 5.1-10Ensinando a honestidade'Sábado - 2 Tm 3.10-17O ministério do ensino

LEITURA EM CLASSE

JOÃO 7.14-18

14 - Mas, no meio da festa,subiu Jesus ao templo, e ensinava.

15 - E os judeus maravilharam-se, dizendo: Como sabe este letras,não as tendo aprendido?

16 - Jesus lhes respondeu, edisse: A minha doutrina não é mi-nha, mas daquele que me enviou.

17 - Se alguém quiser fazer avontade dele, pela mesma doutri-na conhecerá se ela é de Deus, ou seeu falo de mim mesmo.

18 - Quem fala de si mesmobusca a sua própria glória, mas oque busca a glória daquele que oenviou, esse é verdadeiro, e não hánele injustiça.

ESBOÇO

INTRODUÇÃOI. CRISTO, O MESTRE POR EX-

CELÊNCIA1. Cristo, o reconhecido Mestre2. A qualificação do Mestre3. Era simples no estilo e na lin-

guagem4. Grandes ensinos em poucas

palavras5. Seus ensinos tinham uma

abrangência universalII. A AUTORIDADE DOS EN-

SINOS DE JESUSl. O que distinguia os ensinos de

Jesus

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2. Como eram comunicados osensinos de Cristo

III. EFEITOS DOS ENSINOS DECRISTO1. "Abriram-se-lhes os olhos, e o

reconheceram"2. Ardia-lhes o coração3. Visão Missionária4. Abriu-lhes o entendimento

IV. O MÉTODO DE CRISTO1. Não usava esboço2. Seus ensinos eram ilustrados

adequadamente3. O método de Cristo era prático4.0 método de Cristo era gradual5. Cristo ensinava, criando atitu-

desV. CARACTERÍSTICAS DOS EN-

SINOS DE CRISTO1. Foram proferidos na hora certa2. A procedência do ensino de

Cristo

SUGESTÕES PRATICAS

OBJETIVOS

No término desta lição, os alunosdeverão ser capazes de:

• Entender que Jesus é o maiorpedagogo da história humana. Porisso, é considerado o Mestre dosmestres.

• Compreender que Jesus ensi-nava com autoridade, porque é divi-no e vivia o que pregava, mediante oseu exemplo.

• Concluir que os ensinos deJesus surtiam efeitos imediatos cmuitos se admiravam de sua sabedo-ria, sem saber qual era a sua proce-dência.

• Aprender, através desta lição,os métodos de ensino de Jesus, poissão práticos e eficientes.

1. Explique aos alunos que Jesusé considerado o mestre por excelên-cia, porque, apesar de ter sehumanizado, possuía a natureza di-vina que o fazia conhecedor de todasas coisas. Isto Ele nos mostra quandotinha 12 alunos e discutiu com osdoutores da lei a respeito de váriosassuntos e demonstrou ser mais en-tendido do que eles.

2. Esclareça-lhes que Jesus ensi-nava com autoridade, porque tinhaconvicção do que falava. Além domais, nada dizia de si mesmo, mastransmitia, na íntegra, tudo aquiloque recebia do Pai. Portanto, a suamensagem era divina, e não huma-na. Isto o f az o maior ensinador detodos os tempos e respeitado portodos os sábios.

3. Revele a eles os efeitos dosensinamentos de Cristo. Seus ouvin-tes admiravam a sua doutrina, porque pregava revestido do poder deDeus: os paralíticos andavam, ossurdos ouviam, os mudos falavam,os mortos ressuscitavam e os demó-nios eram expulsos. Então, muitos oreconheceram como um grande pro-feta e alguns até admitiam que era oCristo.

PARTICIPAÇÃO DO ALUNO

• A fim de que haja a participa-ção efetiva do aluno na classe daEscola Dominical, é necessário que alinguagem do professor seja clara,correia e expressiva. A pronúncia

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perfeita, a articulação completa detodos os sons que compõemapalavradeterminam a autêntica maneira dese falar. Evite os vícios de linguageme enriqueça seu vocabulário e seja oprofessor que todos nós desejamos!

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

A mensagem de Cristo era a ex-pressão da autoridade de umensinador aulêntico da palavra deDeus, que, no princípio, criou o Uni-verso, e tein poder para estabeleceruma nova vida naquele que a recebecom fé c obediência.

I. CRISTO, O MESTRE l'OREXCELÊNCIA

1. Cristo, o reconhecido Mes-tre. Nicodemos disse a Jesus: "Sabe-mos que és mestre vindo da parte deDeus" (Jo 3.2).

Atualmcnte, à semelhança deNicodemos, milhares de pessoas afir-mam o mesmo em relação ao Se-nhor. Aquele fariseu chamou Jesus"Rabi", que significa urn grandeensinador. Ele é, de fato, o Mestredos mestres, sem igual, que se iden-tificou pela exposição sapientíssímada mensagem celestial: "Se alguémquiser fazer a vonlade dele (de Deus),conhecerá a respeito da doutrina, seela é de Deus ou se eu falo de mimmesmo" (Jo 7.17).

2. A qualificação do Mestre. Osconhecimentos que o tomaram oMestre dos mestres vieram diretti-

rnente de Deus c constituíram a suaqualificação. Por isso, Jesus afir-mou: "A minha doutrina não é mi-nha, mas daquele que me enviou".Ele possuía tanta convicção, que asubmetia ao juízo dos seus ouvintes,inclusive dos opositores.

3. Era simples no estilo e nalinguagem. Ninguém jamais trans-mitiu ensinos ião profundos quantoaos de Jesus. O maior dos mestres,seus ensinos foram os mais simples,e alcançaram iodas as classes soci-ais. As verdades mais profundas esérias eram expostas com um caráterde pura revelação dos mistérios deDeus ao povo humilde.

Ao iniciar o seu ministério nasregiões de Zebulom e Naftali, e aoensinar nas sinagogas, cumpriu-se aprofecia: "O povo que jazia nas tre-vas viu uma grande luz, aos queviviam na região e sombra da morte,resplandeceu-Uies a luz" (Mt 4.16).

4. Grandes ensinos em poucaspalavras. Em frases curtas, expunhaas verdades mais profundas arespeitoda Lei e da Graça, do futuro e daeternidade, do Céu c do Inferno. Suaspalavras produziam nos ouvintes oimpacto capa?, de despertar as consci-ências adormecidas, condu/,indo-as àrealidade dos deveres para com Deus.Foi capaz de resumir toda a lei eordenanças do Antigo Testamento emdois preceitos que ocuparampequeníssimo espaço (Mt 22.37-40).Ilustrou seus ensinos com parábolas efatos comuns, e os im prim ia na incntee na consciência dos ouvintes, levan-do-os a confessar: "Jamais alguémfalou como este homem" (Jo 7.46).

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5. Seus ensinos tinham umaabranp.Pvicia universal. Foramtransmitidos para os judeus c todosospovos, einqualquerlugareépoca.Muito longe de serem filosofias com-plicadas, seus ensinos apontavam asolução para os problemas de todasas classes, c vinham ao encontro dasnecessidades de todos os homens. Aclareza de pensamento e as ilustra-ções práticas que assinalavam osensinos de Jesus, tornaram-nos adap-táveis às crianças e aos velhos, apescadores e mestres da lei, no seutempo e em nossos dias.

H. Á AUTORIDADE D OS ENSI-NOS DE JESUS

1. O que distinguia os ensinosde Jesus. No término do sermão domonte, Mateus registra o seguinte:"Quando Jesus acabou de proferirestas palavras, es lavam as multidõesmaravilhadas de sua doutrina; por-que ele as ensinava como quem temautoridade e não como os escribas"(Mt 7.28,29).

O ensinamento dos escribas, sim-ples produto do que tinham em men-te, eram destituído de vida e poder.No entanto, a doutrina de Jesus pos-suía força de decreto da autoridadecompetente. Suas lições eram leis;suas mensagens, mandamentos. Écerto o que disse o Mestre: "O envi-ado de Deus fala palavras dele, por-que Deus não dá Espírito por medi-da" (Jo 3.34).

2. Como eram comunicados osensinos de Cristo. Eram transmiti-dos no poder do Espírito Santo aos

seus ouvintes, qual resplendor dcluza dissipar-lhes as trevaseas dúvidas,ao implantar neles profunda convic-ção da verdade. Ele mesmo disse:"As palavras que vos tenho dito sãoespírito e vida" (Jo 6.63).

Hl. EFEITOS DOS ENSINOS DECRISTO

Quando, no caminho de Emaús,Ele falava com dois discípulos, qua-tro eventos ocorreram desse encon-tro. Eles são efeitos característicosdos ensinos de Cristo:

1. "Abriram-se-lhes os olhos, eo reconheceram" (Lc 24.31). Nopassado, o salmista dizia: "Arevela-Ção das luas palavras esclarece, e dáentendimento aos simples" (SI119.130). É vazia a mensagem quenão traz ao ouvinte o conhecimentode Cristo. Eraisto quePedro deseja-vapara os seus leitores: "...cresceinagraça & no conhecimento do nossoSenhor c Salvador Jesus Cristo" (2Pé 3.18).

2. Ardia-lhes o coração. "Por-ventura não nos ardia o coração,quando elepelo caminho nos falava,quando nos expunha as Escrituras?"(Lc 24.32).

A palavra de Cristo não alcançaapenas o ouvido, mas também o co-ração (cf. SI 45.1).

3. Visão missionária. Cleofas eseu companheiro, desiludidos dadecisão que tomaram, quando segui-ram o Senhor Jesus, agora, conside-rando-o morto, distanciavam-se deJerusalém, como quem abandonauma causa perdida. Entretanto, a

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mensagem que lhes ardia o coraçãoos fez retornar com uma missão: "Ena mesma hora, levantítndo-se, vol-taram para Jerusalém, onde acha-ram reunidos os onze c os outros comeles... então os dois contaram o quelhes acontecera no caminho" (Lc24.33-35). Livres do medo e do pes-simismo, anunciaram o Cristo res-suscitado.

4. Abriu-lhes o entendimento."Então lhes abriu o entendimentopara compreenderem as Escrituras"(Lc 24.45). Para muitos, a Bíblia éum livro mentiroso, e a exposiçãodos ensinadores superficiais e dosfalsos mestres simplesmente geraconfusão e até mesmo conduz à in-credulidade. Se o prclctor é de fatoportador do dom divino para ensi-nar, os resultados de sua mensagemsão os mesmos da de Cristo aosdiscípulos desanimados.

A autoridade da mensagem deCristo era reforçada pelo falo de serexemplificada em sua própria vida.Eleensinou o que viveu e viveu o queensinou. Seus ouvintes entendiammelhor o poder da fé, mais pelo seuexemplo do quepelo seu ensino, poisa sua vida e seus feitos demonstra-vam visivelmente sua confiança emDeus, para triunfar em todas ascircunstâncias adversas. Ensinou ovalor da oração, e Ele mesmo passa-va a noite orando (Lc 6.12); o deverde perdoar, e perdoou solenemente,duranteasuavida,atéamorte.Lucas,ao relatar a Teófilo o ministério doMestre, coloca em primeiro lugar aação e depois a palavra, ressal tandoo que "Jesus fez e ensinou" (AL 1.1).

IV. O MÉTODO DE CRISTO

1. Não usava esboço. Jesus nãoesboçava o seu ensino em ordemdidática. Ele ensinava conforme aocasião lhe oferecia a oportunidade.Isto não quer dizer que respondesseao acaso. Dava suas respostas, se-gundo sua prévia experiência comDeus e com os homens. Cristo pos-suía mente penetrante, célebre emencontraro centro vital das questões.

Observamos istonapergunta dosprincipais dos sacerdotes e dosescribas: "É lícito pagar tributo aCésar, ou não?" A resposta do Mes-tre mostrou ter Ele uma mente pro-funda, acostumada a analisar as coi-sas maisimportantes da vida. Os quepretendiam apanhá-lo numa arma-dilha, ficaram "maravilhados dasuaresposta" (Lc 20.19-26).

2. Seus ensinos eram ilustradosadequadamente. O Mestre utilizoua linguagem do povo. Se não foraassim, a multidão não o teria ouvidocom agrado. Ele fez uso de figurasfamiliares, comuns e inteligíveis; nãoespeculou enem falou comarrodeios.Seu ensino era simples como a suavida. Exemplo: Falou do amor deDeus como um pai que tinha umfilho perdido no mundo, cuja voltaesperava ansiosamente (Lc 15,11-24). Isto não seria difícil para al-guém compreender. Ilustra este mes-mo amor, ao declarar a parábola damulher e as dracmas perdidas (Lc15.8-10). Assim procedia como quemcoloca o pasto ao alcance das ove-lhas.

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3. O método de Cristo era prá-tico. Ele ensinavaparaterresultadospráticos. Não lidava com hipóteses.Vísavao tornara vida mais eficiente,útil, bela e pura. Seu falar era franco,para que não houvesse dúvida. Umdia, seus discípulos lhe pergunta-ram: "Quem é o maior no reino doscéus?" Jesus, para tornar o seu ensi-no sobre o assuntomais concreto eosresultados mais reais, chamou umacriança e a pôs no meio deles c disse:"...se não vos converterdes e nãofizerdes como crianças, de modo al-gum entrareis no Reino dos céus.Portanto, aquele que se tomar hu-milde como este menino esse é omaior no Reino dos céus" (M118.1-5).

4. O método de Cristo era gra-dual. Ele procurava um ponto deconlato entre a sua mente e o modode pensar dos que o ouviam. Condu-zia o pensamento dos seus ouvintes,às regiões mais altas. Isto presencia-mos, essencialmente, na preparaçãodos apóstolos. Primeiro, pelo ensinosobre o reino q ue Ele viera estabele-cer. Segundo, sobre as qualidades doInstaurador do Reino. Era um Mes-sias misericordioso, amigo dos po-bres e sofredores. Isto lhes ensinou,ao expulsar os demónios, curar osenfermos, ressuscitar os mortos efartar os famintos no deserto. Emseguida, mostrou-lhes o seu podersobre a fúria do vento. Depois detudo isto, fez, referencia a assuntosmais difíceis, presente em tudo arevelação divina quanto ao amor deDeus para a salvação do homem, porseu intermédio (Jo 20.30,31).

5. Cristo ensinava, criando ati-tudes. As mensagens de Cristo pro-duziram em seus ouvintes atitudesdefini das. AoMestre interessava tam-bém a qualidade dasua palavra. Nãodeixava os ouvintes em segundo pla-no. Ensinava-lhes como usar, na vidadiária, o que lhes transmitiu. O ensi-no era para Jesus o ins trumen to e nãoo fim. Por isso, sua mensagem eraconcisa, perscrutadora, penetrante"como espada de dois gumes".

Aos que o censuravampor comercompublicanosepecadores, respon-deu que os sãos não precisam demédico, e sim os doentes (Mt 9.12).

Aos fariseus proferiu a parábolado Bom Samaritano, que lhes ensi-nou urna grande lição de vida. Mos-trou-lhes que o nosso próximo é todoaquele que precisa de auxílio, amor,conforto e carinho (Lc 10.25-37).

V. CARACTERÍSTICAS DOSENSINOS JDE CRISTO

1. Foram proferidos na horacerta. "Jesus subiu ao templo e ensi-nava" (v.140). Sua mensagem nãoera decorada. Foi a Jerusalém nofinal da festa. Por que não foi antes?Porque no término das festividadeshavia mais pessoas, e tanto amigoscomo inimigos podiam vê-Lo profe-rir ensinos do Céu que fortificavamos fracos, consolavam os tristes eenvergonhavam os seus opositores.

2. A procedência dos ensinos deCristo. Os judeus "maravilhavam-se e diziam: Como sabe estas letrassem haver estudado?" O Senhor Je-sus, certamente, não fora educado

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cm uma escola de profetas ou aos pésde um rabino. Recebera "o Espíritosem medida", e não precisava deconhecimentos humanos.

GLOSSÁRIO

ENSINAMENTOS PRÁTICOS

1. Uma das provas de que Jesus,no seu ministério terreno, tornou-seum mestre por excelência, foram osgrandes ensinamentos transmitidosem poucas palavras. Adotou o méto-do de ensinai' através de parábolas.Em vc/ de ocupar duas ou três horaspara pronunciar uma mensagem,sintetizava-a a poucos minutos, e atornava prática e objetiva.

2. O ensinamento de Jesus dife-renciava, e muito, do dos escribas cfariseus. Estes transmitiam umamensagem produzida por suas men-tes, destituída de vida e poder. En-quanto que o Filho de Deus proferiauma palavra qual resplendor de luza dissipar as trevas e as dúvidas, eimplantava nos ouvintes profundaconvicção da verdade.

3. O efeito dos ensinos de Jesusera imediato. Só os duros decoraçãonão entendiam a mensagem do Fi-lho de Deus. No caminho de Jerusa-lém a Emaús, dois dos seus discípu-los viajavam chorosos, por causa daausência do divino Mestre. De re-pente, alguém se juntou a eles c osensinava com tanta veemência, queos seus corações ardiam. Era Cristoressurreto!

Apatia: indiferença; insensibili-dade.

Oidático; relativo ao ensino; quetorna o ensino eficiente.

Esboço: resumo; síntese; sinop-se.

Expressão: ato de exprimir; dito;caráter.

Hipótese: teoria provável; masnão demonstrada; suposição.

Iletrado: inculto; analfabeto; rús-tico.

Jazer; estar deitado; estar morto.Óbvio: evidente; claro; patente.Preceito: ensinamento; doutri-

na; norma.Sapiente: conhecedor das coisas

divinas c humanas.

QUESTIONÁRIO

1. Como podemos reconhecer aautenticidade de alguém que seintitule mestre das Escrituras Sagra-das?

- Quando o seu ensino basear-seunicamente na Palavra de Deus.

2. Como o Senhor Jesus provouser o Mestre dos mestres?

- Não ensinando a sua própriadoutrina, mas, sim, a do Pai (Jo7.16,17).

3. Que mestre de Israel reconhe-ceu em Jesus a sabedoria procedentede Deus?

- Nicodemos, um mestre de Isra-el (Jo 3.1-10).

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4. Como eram comunicados os 5.Qualoalvoprincipaldoverda-cnsinos de Jesus? dciro mestre das Santas Escrituras?

- No poder do Espírito Santo (Jo - Glorificar a Deus, ganhando6.63). almas, através do ensino da Bíblia.

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Lição 13 26 de junho de 1994

A ASCENSÃO DE CRISTO

TEXTO ÁUREO

"Os quais lhe disseram:Varões galileus, por que estaisolhando para o céu? Esse Je-sus, que dentre vós foi recebi-do em cima no céu, há de virassim como para o céu o vistesir1'(At 1.11).

VERDADE PRATICA

A ascensão de Cristo é agarantia de que Ele voltará enos levará, a fim de que viva-mos ao seu lado eternamente.

ÉPOCA DO EVENTO: 29 d.C.

LOCAL: Belânia

HINOS SUGERIDOS: 148 (123-HCA)el56(312-HCA)

LEITURA DIÁRIA

Segunda - SI24.7-10; 68.18A ascensão profetizada por DaviTerça - Jo 6.62; 7.33; 14.28A ascensão anunciada por Ele mes-moQuarta - Hb 6.15-20Precursor de seu povoQuinta - Jo 16.5-14; At 2.31-36Após a ascensão veio o EspíritoSexta-Jo 14.1-l OA finalidade da ascensão

Sábado -Is 1.9-14A ascensão e o seu retorno

LEITURA EM CLASSE

LUCAS 24.50,51

50 - E levou-os fora, atélietânia;e, levantando as suas mãos, os aben-çoou.

51 - E aconteceu que, abenço-ando-os ele, se apartou deles e foielevado ao céu.

ATOS 1.9-129 - E, quando dizia isto, vendo-

o eles, foi elevado as alturas, e umanuvem o recebeu, ocultando-o aseus olhos.

10 - E, estando com os olhosfitos no céu, enquanto ele subia, eisque junto deles se puseram doisvarões vestidos de branco,

11 - Os quais lhes disseram:Varões galileus, por que estaisolhando para o céu? Esse Jesus,que dentre vós foi recebido emcima no céu, há de vir assim comopara o céu o vistes ir.

12 - Então voltaram para Jeru-salém, do monte chamado das Oli-veiras, o qual está perto de Jerusa-lém, à distância do caminho de umsábado.

ESBOÇO

INTRODUÇÃO

I. O DIA DA ASCENSÃO1. O dia tias últimas instruções

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2. A ascensão h vista dos discípu-los

3. A nu vem e a ascensão de Cristo4. A expectativa dos discípulos na

ascensãoJI . A ASCENSÃO DE CRISTO

1. A ascensão de forma solene2. De onde ascendeu?3. As testemunhas4. A despedida de Cristo5. Como ascendeu?

III. CRISTO RECEBIDO NO CÉU1. A ascensão confirmada2. A mensagem dos anjos3. Confirmada a i e dos discípulos

na segunda vinda de CristoIV. O TRABALHO DE CRISTO

NO CÉU1. A ascensão de Cristo e sua

exaltação2. Amediação de Cristo c o balis-

mo com o Espírito Santo3. A intercessão de Cristo e do

Espírito Santo4. Cristo, o sumo sacerdote, à

destra de Deus5. Cristo aguarda o dia do triunfo

total sobre os seus inimigos

| OBJET1VQS |

No término desta lição, os alunosdeverão ser capazes de:

• Compreender que era necessá-ria a permanência de Jesus, após suaressurreição, por quarenta dias, afim de que seus discípulos tivessemplena convicção daquela realidade.

• Entender que, aproximada-mente, 500 testemunhas presencia-ram e testificaram da ressurreição deCristo, a fim de que, hoje, acreditás-semos nesta grande verdade.

• Imaginar como foi solene orecebimento de Jesus nas mansõescelestiais, após um curto período deausência.

• Compreender que, hoje, Jesusestá à destra do Pai c intercede portodos aqueles que confiam nele, maslogo voltará para arrebatar a Igreja.

RECURSOS EDUCACIONAIS

1. Esclareça aos alunos que aascensão solene de Jesus fazia partedo plano de Deus, a fim de que aBíblia registrasse, para nossaedificação, o momento de sua parti-da para a glória. Os anjos, inclusive,afirmaram que da mesma forma queEle subiu, retornaria um dia paraestabelecer, com a Igreja e seus anjoso governo milenar.

2. Explique-lhes qucà&sâeâettr-nidadc, Jesus habita nos céus, a mo-rada de Deus. Apenas a deixou porum pouco de tempo, para se encarnare sentir em si próprio o sofrimentohumano. Foi o mais tentado de todosos homens, mas venceu com digni-dade a Iodas as investidas do Diabo.Após sua morte e ressurreição,reassumiu a majestade divina.

3. Fale aos alunos a respeito dagrande festa realizada no Céu, porocasião da chegada triunfante de Je-sus. Todos os seres celestiais oenalteceram, porque Ele venceu amorte, o pecado e o Diabo e garantiu-se a reconciliação com Deus c a vidaeterna, através do seu sangueexpiador derramado lá na cru/, parao nosso resgate da condenação.

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PARTICIPAÇÃO DO ALUNO

• O professor, ao estudar a lição,deve ter em mente a sua turma c usarmétodos e técnicas de ensino ade-quados, pois a escolha dos mesmos éde grande importância para a parti-cipação cfetivados alunos. Omélodotem como obj etivo adaptar a lição aogrupo, enquanto que a técnica é amaneira empregada para se alcançareste alvo. Jesus, o Mestre dos mes-tres, variava de método, de acordocom a necessidade exigida no mo-mento. Faça também o mesmo e sejao professor que tanto sonha!

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

A ascensão de Cristo é de grandeimportância, pois significa o final damissão que veio realizar na Terra.

I. O DIA DA ASCENSÃO

1.0 dia das últimas instruções.As horas que precederam o momen-to solene da ascensão do SenhorJesus foram ocupadas pelas intensasatividadcs do divino Mestre, no ben-dito afã de trazer à memória dosdiscípulos a essência dos ensinos quelhes transmitira durante os anos doseu ministério terreno. Falou-lhes daimportância de serem cheios do Es-pírito Santo (At 1.5,8) c da conse-quente evangelização do mundo, acomeçar por Jerusalém. Não duvidoque, naquele dia, as palavras de Cris-to peneirassem ardentemente nos

corações dos discípulos. Erao últimodia que Jesus passava pessoalmentecom eles.

2. A ascensão à vista dos discí-pulos. Ao terminar as devidas ins-truções, "foi Jesus elevado às alturas,à vista deles, e uma nuvem o enco-briu dos seus olhos" (v.9). Subia,enquanto o contemplavam. Eles oviram partir para o Céu. Seus olhospresenciaram esse fato com muitaatenção e, emocionados, o observa-ram ocultar-se na nuvem, talvez se-melhante àquela que envolveu Pedro,Tiago e João no dia da transfigura-ção (Mt 17.5).

3. A nuvem e a ascensão deCristo. Certamente, não foi por aca-so apresença danuvem (naascensãode Cristo), pois de certo modo, ela seconstituiu em urn meio de comunica-ção entre o Céu e a Terra. Por isso, érazoável dizer que, através dela, su-biu o Mediador entre Deus e os ho-mens, Aquelepelo qual viriam sobrenós as misericórdias de Deus c subi-riam as nossas orações (Jo 14.14).

4. A expectativa dos discípulosna ascensão. Depois que o Senhorocultou-se em uma nuvem, seus dis-cípulos permaneceram com "os olhosfitos no céu" (v.10). Talvez esperas-sem que o Mestre ainda retomasse.Não era fácil ficarem sem a suapresença, emborao Senhor houvessedito: "Convém-vos que eu vã" (Jo16.7). É possível que eles esperas-sem alguma mudança visível noscéus, nessa ocasião da subida deCristo, Jesus havia dito certa oca-sião: "Vereis o céu aberto e os anjos

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de Deus subindo e descendo sobre oFilho do homem" (Jo 1.51). Nãoseria naquela oportunidade?

n. A ASCENSÃO DE CRISTO

1. A ascensão de forma solene.A ascensão de Cristo deu-se solene-mente. Lemos que Jesus "levou seusdiscípulos atéBetânia, eerguendo asmãos os abençoou" (v.50).

Ele veio ao mundo executar asublime missão de salvar a humani-dade. Concluída sua obra redentorana Terra, retornou para o Céu, suaeterna habitação, onde foi prepararlugarpara os seus remidos (Jo 14.2).

2.Deondeascendeu.DeBetãnÍa,perto de Jerusalém, próximo do montedas Oliveiras. Ali, havia um jardimonde se iniciou o sofrimento de Cris-to, antes do Calvário, a terrível ago-nia do Getsêmani.

Aprendemos, nesta lição, quedevemos aguardar o nosso últimomomento na Terra, felizes comoquem conquista a maior vitória: ahora de deixarmos as lutas terrenas eentrarmos na glória do Céu. Maisuma vez, o Mestre amado poderia terdito: "Eu vos dei o exemplo, para quecomo fiz, façais vós também" (Jo13.15). '

3. As testemunhas. Os discípulosque Jesus levou ao monte das Olivei-ras, para presenciarem esse fato.

Eles não foram, testemunhas ocu-lares da ressurreição, porque eslafoicomprovada pelo túmulo vazio, pe-los lençóis ali deixados e pela pre-sençado Cristo ressuscitado entreosdiscípulospor várias vezes (Jo 21.14).

Eles viram o Senhor ascender aoCéu, porque se não tivessem umaprova tal como aquela, teriam dúvi-das quanto ao destino do Mestreamado. Neste particular, tambémpodiam dizer: "Nós somos testemu-nhas deste fato" (At 5.32).

4. A despedida de Cristo. Elelevantou as suas mãos e os abençoou.Não partiu com qualquer ressenti-mento dos discípulos, mas demons-trou profundo amor por eles. Suasúltimas palavras, antes de subir aoCéu, abrasáramos seus corações. Elepartiu, mas deixou com eles a suabênção. Era maravilhoso aquelemomento e lugar que se tornaraminesquecíveis para eles. Enquanto oMestre os abençoava, aperceberam-se dequeEleseaf as tava da Terra, aoelevar-se ao Céu (v.51). Hora mara-vilhosa!

5. Como ascendeu? Diferente-mente de Elias, Jesus não subiu aoCéu emcarrosecavalos de fogo, poisconhecia o caminho de onde viera.Ele foio único que, da excelsa glória,veio morarnaTerra (Jo 3.13). O Céué a sua casa (Jo 14.2).

III. CRISTO RECEBIDO NOCÉU

1. A ascensão confirmada. "En-quanto Jesus subia, de repente, juntodeles se puseram dois homens vesti-dos de branco, os quais lhes disse-ram: Varões, por que estais olhandopara o céu? Esse Jesus que dentre vósfoi recebido no céu, há de vir, assimcomo para o céu o viste ir" (v.11).

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Es te fato mostra-nos o que estavano coração do nosso Salvador, a res-peito de sua Igreja que ficava naTerra. Por isso, enviou aos seus dis-cípulos dois anjos quecoinpunham ocortejo celestial Apareceram comodois homens vestidos de branco, e,perante a multidão, afirmaram queCristo fora recebido no Céu pelo Paie pela corte angelical (Hb 1.6).

2. A mensagem dos anjos. "Va-rões galileus, por que estais olhandopara o céu?" Corno repreensão àcuriosidade dos discípulos, falaramos anjos como a dizer: "Vocês nadamais têmaver agora; já observaramoqueerapossível contemplar". Cristohavia determinado quais as ativida-des que deviam realizar. Não haviamais tempo para olharem o Céu, e,sim, presenciarem os "campos bran-cos para a ceifa" (Jo 4.35). Isto nosensina que, em nossas vidas, comfrequência, a reflexão devedarlugarà ação imediata: "há tempo paraestar calado e tempo para falar" (Ec3.7).

3. Confirmada a fé dos discípu-los na segunda vinda de Cristo."Esse Jesus que dentre vós foi rece-bido em cima no céu, há de vir assimcomo para o céu o viste ir" (v.ll).

Jesus subira ao Céu. Os anjoslhes fizeram entender que Jesus veioem extrema pobreza, para ser ul ira-jado, julgado e condenado, mas vol-tara daquela maneira gloriosa. Poroutro lado, cumpria-se o que disseraoMestreaPedro: "Para onde eu vou,não me podes seguir agora: maistarde, porém, me seguirás" (Jo13.36).

Permaneçamos naexpectativadasegunda vinda de Cristo, e aguarde-mos o fim das nossas lutas e o des-pon tar do dia eterno, pleno de glóriapara nós e "todos quanto amam asuavinda" (2 Tm 4.8).

FV. O TRABALHO DE CRISTONO CÉU

A Bíblia declara que Cristo estáadestradeDeus como sumo sacerdo-te, intercedendo por nós.

1, A ascensão de Cristo e suaexaltação. Aquele que "a si mesmose humilhou, sendo obediente até amorte e morte de cruz, Deus o exal-tou sobremaneira e lhe deu o nomeque está acima de todo nome" (Fp2.8,9).

A sua exaltação à destra de Deusé prova da nossa segurança. "A res-peito dele diz Davi: Diante demimvia sempre o Senhor porque está àminha direita, para que eu não sejaabalado" (At 2.25; 5.31). Esta mes-ma confiança depositemos em Cris-to, o qual está ao lado do Pai comonosso Mediador da redenção einter-cessão. Foi. esta a experiência deEstêvão, o prim eiró mártir do Cristi-anismo, cmscu momento derradeiro(At 7.55,56).

2. A mediação de Cristo e obatismo com o Espírito Santo. Nodia de Pentecoste, Pedro pregou: "Aeste Jesus Deus ressuscitou... Exal-tado, pois, à destra de Deus, tendorecebido do Pai a promessa do Espí-rito Santo, derramou isto que vedes eouvis" (At2.32,33). O derramamen-to do Espirito Santo por Jesus prova

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que Ele ércalmen lê o Messias, agorasentado à destra de Deus, a interce-der por seus representai! tes na Terra(Hb 7.25). .

Desde o seu balisino até o dia dePentecoste, o Espírito Santo estavasobre Ele, pois o ungiu (Lc 3.21-22;4.1,14,18,19). Ele "recebeu do pai ederramou" sobre os que crêem nele.O Espírito representaria a presençade Cristo no meio dos crentes, parafortalecê-los enabilitá-los afazeremas obras que Ele realizou na Terra (Jo14.12).

3. A intercessão de Cristo e doEspírito Santo. Por nós, Cristo in-tercede no Céu e o Espirito Santo naTerra. Esta verdade alentadora éexposta por Paulo no capítulo S deRomanos. Refere-se ele às lutas queameaçam até a vida dos crentes, econclui: "Qucrn intentará acusaçãocontra os eleitos dcDeus? ...Quem oscondenará?...Cristo está àdireita deDeus, c também, intercede por n<5s"(Rm 8.33,34). Além disto, oEspíritopor Ele enviado também "intercedepornós com gemidos inexprimíveis"(Rm 8.26,27). Por isso, todo crentetem condições de triunfar em todasas lutas e tentações, e permanecerfiel, em plena comunhão com Deus,pois somos ajudados por Cristo eseuEspírito.

4. Cristo, o sumo sacerdote, àdestra de Deus (Hb 8.1). Após oSenhor Jesus Cristo receber sobre sio castigo pelos nossos pecados, me-diantco sacrifício de sua vida, entrouno Céu, deondeenviabênçãos abun-dantes aos que nele crêem. Ele mi-

nisíracomo sumo sacerdote (Hb 2.17)à direita deDeus, de cinco maneiras:

a. Na Terra, Ele foi sacerdote esacrifício. No Céu, fiador da novaaliança. Por Ele, podemos ter acessoperrn.ancnteàprescnçadcDeus,comtoda a confiança (Hb 4.16).

b. Ele está na presença de Deus,no Céu, como doador do amor divinoaos que crêem. Por graça, continuasua mediação por nós, c torna-nosnovas criaturas (Jo 3.3; 2 Co 5.17).

c. Cristo age como mediador en-tre Deus e os que quebraram a leidivina e necessitam de perdão e re-conciliação (l Jo 2.1,1).

d. Cristo exerce seu sacerdóciono Céu com toda asimpatía para comos crentes que são tentados, c ossocorre cm suas necessidades, poisEle também "sofreu, sendo tentado,porém sem pecado" (Hb2.18).

e. Cristo vive para sempre e in-tercede continuamentepclosqucporElese chegam a Deus, aos quais podesalvar perfeitamente (Hb 7.25).

5, Cristo aguarda o dia do tri-unfo total sobre os seus inimigos. Éo que lemos: "Jesus assentou-se àdestra de Deus, aguardando, daí emdiante, até que seus inimigos sejampostos por estrado dos seus pés" (Hb10.12,13). Nesta passagem, apren-demos duas coisas:

a. Cristo foi a suprema honra.Sentou-se à destra de Deus, no lugardo poder supremo, junto à mão quecuida dos desamparados e operamaravilhas. Ocupou, portanto, oposto mais elevado.

b. Cristo atingiu a tão elevada

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honra, como a devida recompensados sofrimentos pelo mundo perdi-do, pois cmpcnhou-se pelo bem doseu povo. Era o eterno reconheci-mento do trabalho rcali/ado "peloEspírito eterno" (Hb 9,14).

GLOSSÁRIO

ENSINAMENTOS PRÁTICOS

1. Quando lemos a passagem arespeito da ascensão de Jesus,ale gramo-nos profundamente, poisnos concede a certeza de que Ele vivec logo retomará paranos conduzirásmansões de glória. Por isso, vaJe apena cumprir os seus preceitos, poiscm breve seremos convidados a par-ticipar das Bodas do Cordeiro, oca-sião em que seremos galardoadospelo que fizemos na obra do Senhor.

2. O desejo de Jesus, de vir nosbuscar, émuito maior do cjue o nossode ir morar com Ele na eternidade.No entanto, Ele ainda não nos arre-batou, porque existem milhões depessoas que nem sequer ouviramfalar no nome do Filho de Deus! Porisso, Ele espera que oremos cm lavorde missões, a fim de que muitosmissionários sejam enviados à Sea-ra, para a colheita dos frutos quemaduros estão!

3. Jesus, ao chegar no Céu, rece-beu de vollaa glória que lhe pertenceeternamente. Ele nos reserva umagrande surpresa. Após recebermosnossos galardões, diante do Tribunalde Cristo, seremos apresentados aonosso Pai celestial e declarados co-hcrdeiros do Filho de Deus. Teremoso privilégio de sermos semelhantes aEle (l Jo 3.2).

Acesso: ingresso; aproximação;chegada.

Afã: cuidado diligente; trabalhomuito ativo.

Ascensão: subida; elevação; vol-ta de Cristo ao Céu.

Cortejo: séquito; procissão; dês-file.

Lssência: o que constitui a na tu-reza das coisas; substância; pcrlu-me.

Estrado: tablado; armação largac rasa, em geral de madeira, ontK' sepisa, ou se assenta alguma coisa.

Potestade: poder; potência.Ressentimento: mágoa; aborre-

cimento.Transfiguração: estado glorio-

so em que Cristo se transformousobre o monte Tabor.

Ultimar; infamar; injuriar; ofen-der a dignidade de alguém.

QUESTIONÁRIO

1. O que significa a ascensão deCristo?

- Seu significado é de grandeimportância, pois marca o términoda missão terrena de Jesus.

2. Quais as últimas palavras deJesus aos seus discípulos, momentosantes da sua ascensão?

- Disse-lhes que ficassem cm Je-rusalém c aguardassem o batismocom o Espírito Santo, dentro de pou-cos dias (At 1.4-8).

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3. De que lugar, Jesus ascendeu -Dois varões (possivelmente doisao Céu? mijo s) vestidos de branco.

- Do monte das Oliveiras, emBctânia, próximo de Jerusalém (Lc 5, Que disseram eles aos discípu-24.50; Al 1.12). los?

- Que o Senhor Jesus, lal como4. Quem apareceu junto dos dis- ascendeu ao Céu, um diahá de voltar

cípulos no momento da ascensão de (At 1.10,11).Jesus?

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