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É com grande alegria que queremos nos preparar para vivermos o Ano da , lançado pelo Papa Bento XVI, e que iniciará no próximo 11 de outubro, no 50º aniversário da abertura do Concílio Vaticano II. Para nós, da ADMA, é um ano significativo porque, como nos recorda o art. 1 do Regulamento, A entrega confiante de Dom Bosco a Maria Auxiliadora encontrou, na Associação, uma das expressões simples e práticas para a defesa da fé no meio popular.“Nós cristãos devemos unir-nos nestes tempos difíceis. O fato de estarmos entre muitos que fazem o bem, anima-nos sem que o percebamos”. A experiência “nos faz ver de modo luminosíssimo, que Maria continua, do céu, e com o maior sucesso, a missão de Mãe da Igreja e Auxiliadora dos Cristãos, que tinha começado na terra”. Maria Auxiliadora convida-nos a sermos portadores de paz e de bondade, em um mundo que não tem alegria e esperança porque não tem o coração aberto a Deus. Maria Auxiliadora “terrível como exército em ordem de batalha”, não desiste diante desta humanidade que vive sem Deus e está em perigo de perder-se para sempre. Seu maior desejo é fazer com que conheçamos o seu Filho Jesus Cristo, e que nós, seus filhos, estejamos com Ela na vida eterna e que vivamos na alegria e na paz. Ela reza para isto e nos ajuda para superarmos as nossas fraquezas, para termos um coração puro, um coração novo, para conhecermos a luz da verdadeira fé, sermos capazes de levar a cruz e sabermos nos sacrificar por todos os que não conhecem o amor do Pai. Com o auxílio de Maria podemos viver com coerência a nossa fé, reconhecer Jesus como nosso Salvador e Redentor, e não nos envergonharmos nem dele, nem do evangelho, para podermos chegar a viver sempre com Deus na alegria do paraíso. No final da vida seremos reconhecidos como verdadeiros filhos de Deus, se nesta terra tivermos reconhecido Jesus diante dos homens, com simplicidade e franqueza, vencendo o respeito humano, as acomodações e a mediocridade, testemunhando a nossa fé com a honestidade da vida, a pureza, a participação nas alegrias e sofrimentos do próximo, em meio às provas e as perseguições. Experimentemos a verdade do salmo 83 que diz: “Feliz o homem cujo socorro está em vós, e só pensa em vossa santa peregrinação. Quando atravessam o vale árido, eles o transformam em fontes, e a chuva do outono vem cobri-los de bênçãos. Seu vigor aumenta à medida que avançam; porque logo verão o Deus dos deuses em Sião”. Portanto vivamos com grande compromisso este ano, partilhando as orientações e as linhas de ação que a nossa Associação nos propõe para 2012-2013 (cf. www.admadonbosco.org ) em sintonia com a Estréia do Reitor-Mor e o caminho da Igreja. Além disso queremos agradecer Maria Auxiliadora pelo crescimento e amadurecimento de nossa Associação, em particular pela escola de Animadores espirituais SDB e FMA da Espanha e pelas iniciativas em favor dos casais e famílias jovens (cf. Notícias). Finalmente, com alegria anunciamos que o VII Congresso Internacional de Maria Auxiliadora será realizado em 2015 em Turim- Valdocco de 6 a 9 de agosto. Sr. Lucca Tullio, Presidente Pe. Pierluigi Cameroni SDB, Animador espiritual Mensagem mensal Mensagem mensal Mensagem mensal Mensagem mensal n. 9 2012 Maria nos convida ao orgulho de sermos filhos de Deus 24 de setembro de 2012 24 de setembro de 2012 24 de setembro de 2012 24 de setembro de 2012

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É com grande alegria que queremos nos preparar para vivermos o Ano da Fé, lançado pelo Papa Bento XVI, e que iniciará no próximo 11 de outubro, no 50º aniversário da abertura do Concílio Vaticano II. Para nós, da ADMA, é um ano significativo porque, como nos recorda o art. 1 do Regulamento, “A entrega confiante de Dom Bosco a Maria Auxiliadora encontrou, na Associação, uma das expressões simples e práticas para a defesa da fé no meio popular.” “Nós cristãos devemos unir-nos nestes tempos difíceis. O fato de estarmos entre muitos que fazem o bem, anima-nos sem que o percebamos”. A experiência “nos faz ver de modo luminosíssimo, que Maria continua, do céu, e com o maior sucesso, a missão de Mãe da Igreja e Auxiliadora dos Cristãos, que tinha começado na terra”. Maria Auxiliadora convida-nos a sermos portadores de paz e de bondade, em um mundo que não tem alegria e esperança porque não tem o coração aberto a Deus. Maria Auxiliadora “terrível como exército em ordem de batalha”, não desiste diante desta humanidade que vive sem Deus e está em perigo de perder-se para sempre. Seu maior desejo é fazer com que conheçamos o seu Filho Jesus Cristo, e que nós, seus filhos, estejamos com Ela na vida eterna e que vivamos na alegria e na paz. Ela reza para isto e nos ajuda para superarmos as nossas fraquezas, para termos um coração puro, um coração novo, para conhecermos a luz da verdadeira fé, sermos capazes de levar a cruz e sabermos nos sacrificar por todos os que não conhecem o amor do Pai. Com o auxílio de Maria podemos viver com coerência a nossa fé, reconhecer Jesus como nosso Salvador e Redentor, e não nos envergonharmos nem dele, nem do evangelho, para podermos chegar a viver sempre com Deus na alegria do paraíso. No final da vida seremos reconhecidos como verdadeiros filhos de Deus, se nesta terra tivermos reconhecido Jesus diante dos homens, com simplicidade e franqueza, vencendo o respeito humano, as acomodações e a mediocridade, testemunhando a nossa fé com a honestidade da vida, a pureza, a participação nas alegrias e sofrimentos do próximo, em meio às provas e as perseguições. Experimentemos a verdade do salmo 83 que diz: “Feliz o homem cujo socorro está em vós, e só pensa em vossa santa peregrinação. Quando atravessam o vale árido, eles o transformam em fontes, e a chuva do outono vem cobri-los de bênçãos. Seu vigor aumenta à medida que avançam; porque logo verão o Deus dos deuses em Sião”. Portanto vivamos com grande compromisso este ano, partilhando as orientações e as linhas de ação que a nossa Associação nos propõe para 2012-2013 (cf. www.admadonbosco.org) em sintonia com a Estréia do Reitor-Mor e o caminho da Igreja. Além disso queremos agradecer Maria Auxiliadora pelo crescimento e amadurecimento de nossa Associação, em particular pela escola de Animadores espirituais SDB e FMA da Espanha e pelas iniciativas em favor dos casais e famílias jovens (cf. Notícias). Finalmente, com alegria anunciamos que o VII Congresso Internacional de Maria Auxiliadora será realizado em 2015 em Turim-Valdocco de 6 a 9 de agosto.

Sr. Lucca Tullio, Presidente Pe. Pierluigi Cameroni SDB, Animador espiritual

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1. A fé e as religiões (Pe. Roberto Carelli)

O ciclo de catequese deste ano, inteiramente dedicado ao tema da fé, começa com um ato de gratidão para com o Santo Padre o Papa Bento XVI. Em um momento em que a Igreja se encontra num desconforto de incompreensão do mundo e dos pecados de seus filhos, o Papa ajuda-nos a “não nos deixar vencer pelo mal, mas triunfar do mal com o bem” (Rom 12,21), e nos leva de volta ao essencial, ao que realmente interessa, a fé que nos faz conhecer Deus, faz-nos esperar Nele e faz-nos amar de Seu próprio amor. A gratidão para com o Papa torna-se dupla, se considerarmos que o tema da fé não é o fruto de uma programação feita “teoricamente”, mas se inspira na memória de dois acontecimentos de grande importância para a própria fé: o quinquagésimo aniversário da abertura do Concílio Vaticano II (1962) e o vigésimo aniversário da publicação do Catecismo da Igreja Católica (1992). Meditar sobre a fé neste nosso tempo de “nova evangelização” é alcançar um presente triplo: para os crentes, é iluminar a mente, fortalecer o coração, reviver o impulso missionário; para os não crentes é relançar a questão de Deus em um mundo onde não é possível acabar com ela, mas ela tende a ser esquecida; para os crentes de outras religiões é honrar tudo o que é objeto de suas crenças mais profundas e os cumprir plenamente. Nesta primeira catequese nos deteremos no significado que a fé tem

em duas situações: na dos homens que procuram Deus longe das religiões e na dos homens que procuram Deus na religião. Sim, porque a fé se importa com todos, mas desafia, do mesmo modo, formas de negação de Deus e formas religiosas de manipulação: tanto que seu primeiro mandamento, com seu pedido ao culto de um único e verdadeiro Deus, põe uma barreira, tanto nas tentativas de se construir ou instrumentalizar a imagem de Deus (como a superstição, a idolatria, a adivinhação e a magia), quanto a tentativas de pensar e viver como se Deus não existisse(como o secularismo, agnosticismo e ateísmo, teórico ou prático) (cf. CIC 2110-2132). 1.É verdade que as formas de irreligião, principalmente ocidentais, mas que têm alcance global devido a processos de globalização, tendem a desqualificar a fé enquanto crença apenas subjetiva, desprovida de qualquer clareza e objetividade, incapaz de sustentar o diálogo entre pessoas e incapaz de obter o consenso da opinião pública. A óbvio que é atribuído a este parecer é surpreendente! É bem o contrário de como a fé é sempre compreendida, ou seja, como ponto de referência comum e confiável para cada homem, justamente porque a sua origem e o seu objeto não têm dimensões humanas, mas vem da revelação histórica de Deus, e por esta razão, podem exercer a mais forte resistência a qualquer forma de irracionalidade e arbitrariedade subjetiva. Claro, você só não pode esquecer que as religiões, como se referem a Deus como forma absoluta, muitas vezes têm legitimado formas de violência física e moral, mas isso é simplesmente o mistério do mal, que é em todos os casos, a perversão do bem. Além disso, não é difícil constatar que onde o bem é maior, muito maior é o mal que emana inversamente; se até um vaso de mármore pode ser um objeto decorativo ou destrutivo, quanto mais terrível pode ser, de vez em quando, o nome de Deus, se por acaso o homem tender a apoderar-se dele ao invés de reconhecer a sua soberania. Ficaremos felizes em nos lembrarmos de que a fé cristã se baseia em um Deus que é todo amor, que é absolutamente incapaz de violência, e assim sendo está pouco interessado em defender seus direitos ou mortificar o homem com sua onipotência, não exigindo qualquer derramamento de sangue, senão o de seu próprio Filho amorosamente consentido. Em suma, o Absoluto cristão não tem nada a ver com a obstinada auto-afirmação, mas se identifica unicamente com a

Caminho de formação 2012-2013: A graça da fé

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dedicação incondicional aos outros! O decreto de irrelevância da fé promulgada pela sociedade secular, apesar de muitas razões históricas que estão em sua origem, realmente surpreende. E pensar que a fé, assim como os cristãos a compreendem, é, de fato, algo maravilhoso. A fé, já basta como confiança na bondade das coisas, como confiança nos outros, afabilidade para com os outros, é a maneira certa de estar no mundo, a única maneira de se relacionar com o que é realmente importante na vida. Pois o homem não é instintivo como um animal, nem intuitivo, como um anjo, ele é irredutível no que é simplesmente visível ou simplesmente subtraído à visibilidade: jamais vive na ordem dos fatos puros ou do puro raciocínio, mas sempre e só na ordem dos dons e da liberdade para reconhecê-los e combiná-los, na ordem de promessas e na liberdade de estar de acordo ou não com sua possível realização. Neste sentido, o homem é radicalmente um ser crente: a fé não está acoplada à sua natureza exterior, mas qualifica a sua natureza interior: ao nascer foi confiado a alguém e sempre se confia a alguém, no bem e no mal. Não há alternativa sobre o crer: é preciso apenas saber em quem crer, em que coisa acreditar, e com quanto radicalismo.

Se, então, formos diretamente à visão cristã, ao invés de ficarmos no superficial que norteia a cultura em geral, que reduz o acreditar ou não que Deus existe e faz da fé um tipo de sentimento mais do que um conhecer, (se formos diretamente à visão cristã) a fé abre uma riqueza de significados que deixa a gente sem palavras! Quem crê faz a experiência de Deus: “aquele que crê em mim, crê, não em mim, mas naquele que me enviou” (Jo12, 44); supera o juízo: “quem nele crê, não é condenado” (Jo3, 18), “recebem o perdão dos pecados” (At 10, 43) “por ele é justificado todo aquele que crê” (At13, 39); além disso, vence a morte: “aquele que cre em mim, ainda que esteja morto, viverá.” (Jo11, 25); e entra na vida: “o justo viverá pela sua fé” (Gal 3, 11); entra precisamente na vida de Deus: “quem crê em mim tem a vida eterna” (Jo 6, 47); consequentemente encontra força e felicidade, satisfação e fertilidade: “quem confia no Senhor assemelha-se à árvore plantada perto da água, que estende as raízes para o arroio. Venha o calor, ela não temerá, e sua folhagem continuará verdejante. Não a inquieta a seca de um ano; continua a produzir os frutos.” (Jer 17, 7-8), “será saciado” (Prov 28,25) e fará, também ele, as obras de Jesus “ e fará ainda maiores do que estas” (Jo 14,12).

2.Mesmo diante das religiões do mundo, o Evangelho é uma boa nova, porque a fé respeita, resgata e conclui tudo quanto há de bom em todas as religiões: “ A Igreja reconhece nas outras religiões a busca, ainda nas sombras e sob imagens, do Deus desconhecido mas próximo, pois é ele quem dá a todos vida, sopro e todas as coisas, e porque quer que todos os homens sejam salvos. Assim, a Igreja considera tudo o que pode haver de bom e de verdadeiro nas religiões, como uma preparação ao Evangelho” (CIC 843). A forma católica da fé, é, de fato, por sua natureza, universal e inclusiva, não exclusiva ou excludente. E o é por muitas boas razões. Em primeiro lugar porque reconhece que o homem, como tal, é um ser religioso, radicalmente orientado a Deus e interiormente desejoso de conhecê-lo. Aqui é interessante que o primeiro capítulo do Catecismo comece com estas palavras: “ o desejo de Deus está inscrito no coração do homem, já que o homem é criado por Deus e para Deus” (CIC 27). Em outras palavras, o homem “deseja” Deus porque vem “ desejado” , justamente por Deus!

Claro, as religiões apresentam em si próprias muitos lados obscuros e icongruências entre si, e é também verdade que o original e íntimo relacionamento com Deus “pode ser esquecida, ignorada e até rejeitada explicitamente pelo homem”. Ainda, “ apesar das ambiguidades que podem comportar, suas formas de expressão são tão universais que o homem pode ser chamado um ser religioso” (CIC 29.28). A universalidade do fato religioso é uma certeza tão arraigada na fé que a Igreja jamais cessara de afirmar que o homem é capaz de conhecer validamente a Deus com as forças naturais, e isso é porque sua natureza é originalmente criada pela graça e chamada à graça, é misteriosamente configurada à imagem de Deus e destinada a uma plena participação à vida de Deus: e então Deus, enquanto princípio e fim de todas as coisas, “pode ser conhecido, com certeza, com a luz natural da razão humana, partindo das coisas criadas” (DV 6). Na verdade, no homem, há um conceito de Deus tão misterioso quanto real, que, mesmo antes da revelação e como preparação a ela, vem da beleza da criação e da profundidade do coração humano, particularmente da voz da consciência, com o seu senso do bem moral, que aspira ao infinito e busca a felicidade, que não sabe se fechar nos bens finitos, mas se anela ao que é incondicional (cf. CIC 31-35). Com base no anseio religioso presente em cada homem e de sua capacidade natural de ter conhecimento, a fé honra e resgata o patrimônio das religiões, por não ser radicalmente estranha a eles: a razão fundamental é que Jesus, «com sua encarnação, ele se juntou de certo modo a todo homem» (GS 22) e depois, porque, consequentemente, não há nenhum homem, nem qualquer religião que não seja ordenada à Igreja, a

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qual, por sua vez, assume em plenitude, tudo o que há de autêntico em todo homem e em toda cultura. Daí, os diferentes níveis de comunhão que a Igreja Católica mantém com outras formas de religiosidade: espera-se dos católicos que evitem o desprezar e negar a graça especial recebida sem qualquer mérito pessoal: que lhes dá sua salvação eterna (LG 14); aos ortodoxos a aos evangélicos é pedida a unidade pela comum fé batismal (LG15); os hebreus são reconhecidos como o povo eleito, o povo da primeira aliança e da promessa, e os muçulmanos fazem unidade com a Igreja pela fé no Deus criador; a Igreja, poranto, não é estranha ao homem que busca a Deus com o coração sincero e retidão de vida, assegurando que a Providência de Deus não deixa que lhes falte o seu auxílio na salvação (LG 16). Compreendida a idéia de que a Igreja não é externa às religiões, mas é como o coração do mundo, a luz sobre o monte e o fermento na massa, é importante mostrar a todos, especialmente aos jovens, quanto é errado e perigoso a resolução relativista, do fato religioso. Isto significa que não é verdade, a não ser de maneira superficial, que se é católico só porque nasceu na Itália, ou muçulmano porque nasceu na Arábia, mas se é católico por anunciar a todos o rosto de Deus que o próprio Deus revelou em seu Filho, e por Seu expresso mandato, com a força de seu poder e gozando de Sua presença: “toda autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, pois ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-as a observar tudo o que vos prescrevi. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo.” (Mt 28, 18-20). Como, então, testemunhar aos homens e às mulheres que buscam Deus na religião ou fora dela, a beleza da fé, estando longe de todo tipo de transigência (mesmo se por causa de diálogos) e de intransigência (mesmo se por amor à verdade)? Há uma marca de fé autêntica que é inevitável, e que entre outras coisas se baseia em uma típica característica do espírito salesiano: a alegria! A ligação entre fé e alegria é muito próxima. E é convincente! A fé dá alegria e se manifesta na alegria, porque crer é o fruto do encontro com o amor de Deus e a gente se torna capaz de amar através do amor de Deus. Não é por acaso que o Reitor-Mor, em referência ao segundo ano de preparação para a comemoração do bicentenário de nascimento de Dom Bosco, colocando em primeiro plano a sua experiência educativa, traz à memória o “evangelho da alegria”, como um dos aspectos que caracteriza toda a história de Dom Bosco e que mostra toda a concordância entre o humano e o cristão, que qualifica o seu Sistema preventivo, ligado a uma “pedagogia da bondade”. «Dom Bosco deteve o desejo de felicidade presente nos jovens e declarou sua alegria de viver, nas linguagens da alegria, do pátio e da festa; mas ele nunca deixou de se referir a Deus como a fonte da verdadeira alegria». Surgem duas indicações educativas: 1. cultivar o que dá alegria de verdade: não aquela efêmera e eufórica, ilusória e decepcionante, proveniente de todas aquelas experiências que levam embora a alegria, prometendo satisfações passageiras e paraísos artificiais que esmorecem o coração, desanimam a alma, destróem os sonhos, criam escravos, afastam o gosto das coisas de Deus e ameaçam a salvação eterna; mas aquela que tem raízes, que perdura no tempo, que aguenta as provas, que permanece mesmo na dor, que encontra motivo no fato de Jesus existir, ser presente e operante, e ser Ele quem nos espera no paraíso junto a Maria e os santos; 2. valorizar a alegria alimentando o vínculo estreitíssimo entre a felicidade e a moralidade, entre a “santa alegria” e o “exato cumprimento do próprio dever”, para realizar aquela bondade feita de boas obras e afabilidade de alma, que, é ao mesmo tempo testemunha do amor de Deus, e trunfo para a educação dos jovens.

O Boletim pode ser lido nos seguintes sites:

www.admadonbosco.org/index.php?lang=pt

y: www.donbosco-torino.it/

Para posteriores comunicações podem se dirigir ao seguinte endereço eletrônico: [email protected]

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Crônica da Família

MATUNGA, Mumbai (India). A Associação de Maria Auxiliadora acrescentou cinco novos membros à sua família. O dia 24 de maio de 2012 foi a data escolhida para homenagear Ma-ria Auxílio dos Cristãos, com seus compromis-sos solenes. A missa foi celebrada com os mem-bros da ADMA e as suas famílias, na cripta do Santuário da Nossa Senhora de Dom Bosco. Os novos membros fizeram as suas promessas, diri-gidos pelo Presidente da ADMA, o Sr. Marian DSouza. Foram entregues as carteirinhas da ADMA, os distintivos bentos, junto com o texto do Regulamento. Os novos membros foram acolhidos na Família Salesiana. Uma festa de boas vindas foi organizada pelos membros se-nior da ADMA, na Casa Provincial. Todos os presentes se congratularam com o seu Anima-dor espiritual, Pe. Wilfred DSouza, que cele-brou os cincoenta anos de sua profissão religiosa. Antes, no dia 5 de maio, o Conselho da ADMA de Mumbai teve a eleição para os cargos de Presidente, Vice Presidente, Secretário e Conselheiros. Enviamos os nossos cumprimentos aos novos eleitos, desejando que possam dar o seu melhor para levarem a ADMA a toda famí-lia. ALCANO (Trapani)- Peregrinação a Medjugorje – 22/27 de junho de 2012 No mês de junho passado, na época do trigésimo aniversário do início das aparições, um bom grupo da AD-MA de Alcano, junto de amigos e colegas de trabalho, foi à peregrinação a Medjugorje. Na partida, as expec-tativas eram bem diferentes. Muitos, por terem visto o fruto desta peregrinação em outras pessoas, nutriam um pouco de desconfiança, enquanto outros estavam temerosos de entrarem em um clima intenso de orações porque em suas vidas não eram habituados ao silêncio. Com estes sentimentos chegamos na santa terra de Medjugorje, tendo como primeiro impacto o calor seco daquela terra abençoada! De repente fomos introduzi-dos em uma dimensão diferente, onde o tempo não era mais nosso, o programa dos dias não era mais nosso, mas vividos segundo os ritmos dos compromissos da Paróquia e daquilo que Nossa Senhora reservava para os peregrinos. De fato, tivemos a graça de vivenciarmos duas aparições no Monte Podberdo, no dia 22 e no dia

25 de junho. Vivemos assim os estágios fun-damentais daquele santuário a céu aberto, isto é, a subida ao monte das aparições, à cruz azul e a via crucis no Krizevac. Mas os mo-mentos fundamentais foram o Terço diário, a Missa e a Adoração Eucarística. E justamente estes momentos marcaram o coração de cada um. A simplicidade e a intensidade da oração envolveram todos, e justamente, de maneira mais intensa, aqueles que tinham dúvidas. Tínhamos partido com tantas perguntas à nossa Mãe, mas retornamos com a consciên-cia de que o único pedido a fazer é que nos tornemos santos: remover o peso de nossas resistências e iniciar o caminho em direção à bem-aventurança eterna. (Diego Pitò).

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SICILIA – Peregrinação Regional – No dia 24 de junho de 2012 aconteceu a sétima Peregrinação Mariana Regional da ADMA da Sicilia. Foi entre Cefalu e Gibilmanna, com a participação do Inspetor, Pe. Gianni Mazzali, dos Animadores regionais, Pe. Edoardo Cutuli e Irmã Carmelina Cappello, da presidente regional Luigina Ciaramella e do vigário do Bispo de Cefalù. Estiveram presentes os grupos da ADMA de Adrano, Calatabiano, Capaci, Catania Maria Auxiliadora, Catania São Francisco, Gela, Lercara Friddi, Marsala, Mo-dica, Palermo Arenella, Palermo Ranchibile, Santa Ágata de Militello e Taormina: cerca de quatrocentos as-sociados da ADMA. A fala de Pe. Gianni Mazzali, foi “Maria, esposa e mãe”. Pe. Edoardo Cutili recordou que a peregrinação deve continuar em nossa vida e onde quer que estejamos será sempre uma peregrinação de fé, onde Maria sempre nos precede. Foram distribuídas aos presidentes de cada grupo, os Terços com a ima-gem do quadro que se encontra no santuario de Maria Auxiliadora em Turim. À tarde, partimos ao Santuário de Nossa Senhora de Gibilmanna, onde rezamos o Terço, participamos da Santa Missa, à qual seguiu-se a Procissão Eucarística em volta do Santuário (Nerina Petitto).

ESPANHA – Escola de Animadores ADMA – Na Casa de Espiritualidade “São José” do Escorial-Madri, rea-lizou-se a X edição da Escola para Delegados da Família Salesiana da Espanha e Portugal. Participaram, de 25 a 28 de julho, os Delegados dos Cooperadores Salesianos, da Associação de Maria Auxiliadora (ADMA) e dos ex-alunos de Dom Bosco, com um total de cerca de 115 pessoas. Cada um dos três grupos da Família Sa-lesiana seguiu um caminho temático próprio, dedicando o tempo à apresentação da figura do delegado sale-siano à luz dos próprios documentos e sobre o pensamento original que Dom Bosco tinha sobre cada um dos grupos. Depois, cada um dos grupos enfocou temas particulares: os ex-alunos, sobre o empenho pastoral ju-venil; os Cooperadores Salesianos, o Projeto de Vida Apostólica e, a ADMA, o Regulamento comentado. Al-gumas atividades cotidianas, como a Eucaristia, a oração em conjunto e uma noite de convivência em Aran-juez, favoreceram a partilha e a troca familiar entre os participantes. A fala final foi deixada para o Vigário do Reitor-Mor, Pe. Adriano Bregolin, que apresentou a Carta de Identidade Carismática da Família Salesiana. O Reitor-Mor, Pe. Pascual Chávez, entrou em contato via telefone, exprimindo a sua grande proximidade e afe-to aos grupos da Família Salesiana. Entre os palestrantes e participantes, estiveram presentes, entre outros: Pe. José Pastor Ramirez, Delegado Mundial dos Ex-alunos salesianos, Pe. Pierluigi Cameroni, Animador Mundial Espiritual da ADMA, Pe. Giuseppe Casti, Delegado Mundial dos Cooperadores Salesianos.

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Os Animadores espirituais da ADMA da Espanha e de Portugal, que participaram foram mais que 30 SDB e FMA e alguns leigos. Particularmente ricas as proposições, quer sejam sobre a releitura histórica da história da ADMA, “memória” sob o aspecto bíblico, aos cuidados da Ir. Maria Dolores Ruiz, quer seja quanto o pa-pel e a tarefa do animador, sob a perspectiva da eclesiologia de comunhão, aos cuidados do Pe. Antonio Ma-ria Calero. Muito apreciadas as propostas apresentadas sobre a formação dos associados, o comentário do Re-gulamento, a apresentação da experiência das Famílias da ADMA Primária, a transmissão das orientações e das linhas de ação para o ano de 2012-2013, em sintonia com a Estréia do Reitor-Mor e o evento eclesial do Ano da Fé. Significativo ver o contentamento das pessoas por terem participado e vivenciado esta escola, de terem crescido no senso de pertença à ADMA e à Família Salesiana. Com a presença do Delegado dos Cooperado-res e dos Assistentes dos Ex-alunos tivemos um total de mais de 130 pessoas, que fizeram deste encontro, uma oportunidade de crescimento no comum espírito salesiano e no senso de pertença à Família Salesiana. Em particular como ADMA, na revisão final, foram evidenciados os seguintes pontos: A-) Em relação aos grupos presentes: O quanto fizemos, vivemos e recebemos nestes dias, deve chegar a todos os membros de nossos grupos lo-cais. A comunhão espiritual manifestada em sua dimensão mariana pelo amor e devoção de todos os grupos a Ma-ria Auxiliadora, nossa Mãe e Mestra, como elemento constitutivo do carisma salesiano. Acolhemos o compromisso de viver e promover a devoção a Maria Auxiliadora entre todos os grupos da Fa-mília Salesiana, segundo o recomendado pelo Reitor-Mor no VI Congresso Internacional de Czestochowa. B-) Referente à ADMA: Assumamos as orientações e os compromissos para o ano de 2012-2013, especialmente ao que se refere à ligação entre a Pastoral Juvenil e a Pastoral Familiar. Como fruto do diálogo acima, os temas apresentados: 2-1 A ADMA é uma Associação laical, promovamos a co-responsabilidade. 2-2 Conhecer, valorizar, respeitar e entregar a todos, o Regulamento comentado da ADMA, assim como tam-bém, a Carta de Identidade Carismática da Família Salesiana, enquanto instrumentos que nos ajudam a viver o nosso caminho de santidade. 2-3 Organizar e acompanhar a formação dos novos associados e continuar a dos Conselhos locais.

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ADMA SICILIA- Exercícios Espirituais. Este ano, os Exercícios espirituais da ADMA da Sicilia fo-ram de 13 a 15 de julho, no Santuário de Nossa Senhora de Gibilmanna. Estávamos em 39 partici-pantes, provenientes dos grupos de Calatabiano, Capaci, Catania Maria Ausiliatrice, Catania San Francesco, Gela, Lercara Friddi, Palagonia, Paler-mo Ranchibile, os simpatizantes de Giarre, Riposto e Siracusa, os Animadores regionais, Ir. Carmelina Cappello e Pe. Edoardo Cutuli, a presidente Luigi-na Ciaramella e o pregador, Pe. Mario Gullo. O te-ma “MARIA, Filha, Mãe e Esposa da Santíssima Trindade e Auxiliadora da Esperança da Família Salesiana no Caminho à Santidade”. No início dos Exercícios espirituais, recordando nossas raízes sa-lesianas, alguns símbolos foram levados até o altar: a fonte e o poço, representando respectivamente Valdocco e Mornese (Nerina Petitto). ADMA PRIMÁRIA – Exercícios Espirituais das Famílias Jovens – “O amor e os seus frutos, Catequese so-bre Matrimônio e Eucaristia”. Foi este o tema de formação dos Exercícios espirituais dos casais e famílias jovens da ADMA, de 5 a 17 de agosto de 2012, com a participação de mais de 70 famílias, no agradável am-biente alpino de Pracharbon (Vale d’Aosta). O roteiro dos Exercícios espirituais, proposto e animado com grande paixão por Pe. Roberto Carelli, desenvolveu os seguintes conteúdos: 1-A realidade da família tem raí-zes divinas e destinos divinos. 2-Em Jesus, Deus transformou em humano, o amor divino, e em divino, o amor humano. 3- A Eucaristia realiza o ideal das núpcias. 4- Amor e vida, nupcialidade e fecundidade são uma coisa só. 5- Na Eucaristia se encontra a salvação e a plenitude dos vínculos do amor. 6- O destino do ho-mem e do cosmo é a unidade. A experiência compartilhada entre famílias e casais jovens, fez com que todos experimentassem a beleza da comunhão e do apoio recíproco entre as diversas vocações. Concomitantemente os filhos destes casais partilharam uma semana de formação, preparada e animada com a generosa colabora-ção de pais e de alguns jovens da ADMA, dirigidos por Pe. Enrico Lupano. Pe. Pierluigi Cameroni e Sr. Luc-ca Tullio, presidente da ADMA Primária além de alguns casais, durante as “Boas Noites” apresentaram e compartilharam o caminho feito em favor das famílias neste ano, culminado com a participação no VII En-contro Mundial das Famílias em Milão; eles contaram as suas experiências de adesão e de perten-ça à ADMA.