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CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTESINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS-RJ
R617tRodrigues, Valdemar Amarilha, 1959-
Técnica de tiro amarilha : TECTA / Valdemar Amarilha Rodrigues. 1ª ed. - São Paulo : Letras do Pensamento, 2014. 128p. : il. 11,5 x 15,5 cm. ISBN 978-85-62131-34-9 1. Tiro (Ciência militar) - Treinamento. I. Título.
13-07078 CDD: 355.547CDU: 355.543.2
13/11/2013 18/11/2013
© Valdemar Amarilha Rodrigues© Letras Jurídicas Editora Ltda.-EPP
Capa:
Cícero J. Silva / Cláudio P. Freire
Diagramação / Montagem Capa:Dálet - Diagramação Ltda.-ME
RevisãoBruna Rodrigues Santos Leal
Editor ResponsávelClaudio P. Freire
1ª Edição - 2014 - São Paulo - SP
Reservados a propriedade literária desta publicação e todos os direitos para Língua Portuguesa pela LETRAS JURÍDICAS Editora Ltda.-EPP
Tradução e reprodução proibidas, total ou parcialmente, conforme a Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998.
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LETRAS DO PENSAMENTO Rua Riachuelo, 217 – 2º And. – Sala 22 – Centro
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Impressão no Brasil
Dedico este trabalho a todos os meus ex-alunos, cuja convivência ao longo de minha carreira foi imprescindível
para o meu crescimento além de abrilhantar toda minha jornada.
Inquestionavelmente fui seu maior aprendiz, cada um de vocês representa inegavelmente uma vitória em minha vida.
Obrigado por me acolherem durante sua caminhada, pelo carinho e respeito que sempre me dedicaram.
Minha eterna gratidão!
DEDICATÓRIA
CONSELHO EDITORIAL LETRAS JURÍDICAS
Agostinho dos Santos GiraldesArmando Alexandre dos Santos
Carlos Fernando Mathias de SouzaCintia de Faria Pimentel Marques
Diogo Telles AkashiEduardo Henrique de Oliveira Yoshikawa
Eduardo Salles PimentaElizabete Goraieb
Fábio Antonio Camargo DantasFlávio Tartucce
Guilherme Eduardo NovarettiGuilherme José Purvin de Figueiredo
Ildeu de Souza CamposJose Carlos Magdalena
Juarez de OliveiraJulyver Modesto de Araujo
Lafayette PozzoliLuiz Fernando Gama Pellegrini
Marco Antonio AzkoulMaria Clara Osuna Diaz Falavigna
Maria Helena Marques Braceiro DaneluzziMaristela Basso
Mirian Gonçalves DilguerianNelton Aguinaldo Moraes dos Santos
Noberto OyaOlga Inês Tessari
Paulo Rubens AtallaSírio Jwver Belmeni
Acima de tudo ao Grande Arquiteto do Universo que tudo possibilitou ao me brindar com esta vida maravilhosa
de aprendizado e servidão!A minha Esposa Angela, que sempre esteve ao meu lado
incentivando e sempre acreditando em mim principalmente nas horas mais difíceis, que não foram poucas, também aos
amorosamente souberam compreender minha ausência, consequência da dedicação quase exclusiva ao ofício
por mim escolhido!Aos amigos leais que me presentearam com suas
amizades e colaboraram de maneira impar para a validação deste trabalho, dos quais destaco:
Que o Criador os proteja em todos os dias de vossas vidas!
AGRADECIMENTOS
MINHA MENSAGEM
ogo a Deus que este trabalho seja útil de alguma forma a todos
muitos, heróis anônimos e quase sempre esquecidos pelos estandes de tiro da vida.
Aqueles que dedicam suas vidas ao ensinamento da arte mais difí-cil, mais delicada, mais penosa, o tema que pode ser crucial para salvar sua vida ou a do seu próximo.
O instrutor de tiro não é aquele que ensina a extinguir uma exis--
trumento de trabalho, tal qual o lavrador que se utiliza do arado para
dar continuidade a vida.
O Autor
Apresentação
TÉCNICA DE TIRO AMARILHA T E C T A
Uma vez li que a maioria das pessoas sonha em poder es-crever um livro em sua vida, eu nunca tive este sonho, agora estou aqui, apresentando esta estimada obra do meu marido,
Receber este convite causou-me preocupação, em virtude da grande responsabilidade de apresentar a obra a você leitor, tama-nho privilégio caberia a uma pessoa de notável competência e
-quei-me que realmente era a pessoa mais indicada para apresen-tar esta técnica, considerando que acompanhei toda “gestação”,
Quando nos conhecemos, o Amarilha já era instrutor e eu apresentava certa experiência na docência o que me permitiu detectar características nele que o novo milênio esperava de
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domínio do conteúdo, aulas planejadas, bom relacionamento com os colegas, um diferencial no domínio em sala de aula e
Nestas duas décadas acompanhei de perto a lápida desta pedra, não tínhamos noção do valioso diamante que se tornaria hoje, relato isso porque fui sua aluna sem nenhum privilégio na
Em seu primeiro livro, TIRO: A ARTE DE ENSINAR, tratou de maneira clara e de fácil interpretação a didática do tiro, fazendo uma rigorosa crítica aos equívocos constatados nas
experiência contribuiu de maneira inquestionável para que o Amarilha buscasse incansavelmente desvendar os detalhes mais sutis que pudessem contribuir para a correção da menor des-
O mundo do tiro é contemplado com mais um presente do
um dos grandes instrutores do tiro dentro e fora da Polícia Mili-tar de São Paulo que apresenta a obra mais esperada TÉCNICA
ferramentas que o ajudarão a desenvolver mecanismos que per-
Atirar é uma arte e não um ato de violência, levar o aluno
Li também: “Apresentar um livro é abrir a porta e convidar o leitor a entrar na mente e no coração do escritor e conhecer
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TÉCNICA DE TIRO AMARILHA TECTA
bre instrutor que naturalmente cativa a todos com o seu dom
Angela Xavier do Val Rodrigues
Capítulo ITécnica de Tiro Amarilha – T E C T A 19 CONTÉUDO PROGRAMÁTICO 27
Capítulo IIO Sistema é o Alicerce da Técnica! 35 SISTEMA DE ENSINO DE TIRO AMARILHA – * S E T A * 35
Capítulo IIIElementos Essenciais do Tiro 41 OLHO DIRETOR 41
Capítulo IVTécnica do Terceiro Olho 45
Capítulo VPosição de Retenção 49
Capítulo VITécnicas de Saque 53
SUMÁRIO
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Capítulo VIITiro e Movimento 57
Capítulo VIIIProposta do Curso 61 INICIAÇÃO AO TIRO 61
Capítulo IXAspecto Conceitual 65 CONCEITUAÇÃO 65 CLASSIFICAÇÃO DAS ARMAS DE FOGO 66 QUANTO A PORTABILIDADE 66 QUANTO AO FUNCIONAMENTO 67 QUANTO AO PRINCÍPIO DO FUNCIONAMENTO 67 SISTEMA DE ACIONAMENTO DO GATILHO 68
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GENERALIDADES 70 PISTOLA 71
727272
Capítulo XNoções de Balística 75 DEFINIÇÃO 75 CONCEITO EM SENTIDO ÂMPLO 75
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CONCEITO CLÁSSICO 75 BALÍSTICA INTERIOR 75 BALÍSTICA EXTERIOR 75 BALÍSTICA TERMINAL OU DE EFEITOS 76 BALÍSTICA INTERIOR OU BALÍSTICA INTERNA 76 BALÍSTICA EXTERIOR 77 BALÍSTICA TERMINAL OU DE EFEITOS 77
Capítulo XIMunição – “ Cartucho” 79 TIPOS MAIS COMUNS DE PROJÉTEIS 80 MUNIÇÃO DE CAÇA – BALINS – 81 PROJÉTIL SINGULAR 81
Capítulo XIIFundamentos do Tiro 83 FUNDAMENTOS 85 EMPUNHADURA 85 POSTURA 89
93 ACIONAMENTO DO GATILHO 99 RESPIRAÇÃO 102
Capítulo XIIIMódulo Prático 105 CARGA HORÁRIA MÍNIMA 106
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1ª ETAPA 107 2ª ETAPA 108 3ª ETAPA 110
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Anexos
ANEXO I – GRADE CURRICULAR PARA NÍVEL FUDAMENTAL – 24 HORAS/AULA 121
ANEXO II – GRADE CURRICULAR PARA CURSO DE FORMAÇÃO DE INSTRUTOR 122
QUEM SOMOS 126
Capítulo I
Técnica de Tiro Amarilha T E C T A
O que é TÉCNICA? É o Conjunto de processos de uma
P.S. Importante salientar que um método depende de uma
Um método sem técnica pode ser um caminho que leva a lugar ne-nhum, assim como técnica sem sistema nada nos ensina.
atuação na docência em diversos cursos de tiro, destinados a usuários de armas de fogo bem como à formação de instrutores
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de armamento e tiro realizados dentro e fora da Polícia Militar
A vivência diária nesta área, além de proporcionar uma das maiores experiências na Arte de Ensinar Tiro, permitiu ainda o desenvolvimento de uma metodologia que fosse capaz de tra-duzir em uma linguagem simples e objetiva a dinâmica empre-
A criteriosa observação e intermináveis estudos de casos, sempre na busca de respostas a perguntas simples tais como: Porque alunos que frequentam cursos de formação com uma
rica como na parte prática, continuam apresentando um nível de qualidade, na sua maioria esmagadora dos casos, apenas regular?
Muito mais do que simplesmente querer saber o que mo-tivava esta situação, sempre estive na busca por respostas que pudessem indicar uma forma; uma metodologia que fosse capaz
Durante esses mais de vinte anos na docência do tiro pude conhecer vários métodos, várias técnicas, várias metodologias,
te vi praticamente todas sucumbirem diante do resultado inva-
agentes da segurança armada, tanto no setor público como no
Neste ambiente, e por ser obstinado e inconformado com re-sultados parcos, não me neguei em cada aula, cada instrução e em cada curso que pude frequentar, a uma análise sempre cuidadosa
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TÉCNICA DE TIRO AMARILHA TECTA
e detalhada sobre o comportamento de cada aluno durante o desenvolvimento das aulas práticas, pude então constatar que o grande mistério era simplesmente uma falha na comunicação entre instrutor e aluno
Oras, se o instrutor fala uma linguagem que o aluno não compreende ou compreende parcialmente, é obvio que ele en-tenderá de maneira equivocada o tema, ou entenderá apenas
Lamentável constatação também foi a de instrutores que são meros repetidores de informações que na maioria das vezes são equivocadas ou sem fundamentos, instrutores que não de-tém um conhecimento mínimo, que deve ser exigido de alguém
Instrutores empíricos transmitem conhecimentos empíricos.
sas e comuns instruções de tiro onde o instrutor ao orientar seu aluno, e porque não dizer, ao apontar o motivo que o levou ao erro, usa as seguintes expressões:
– Seu tiro está subindo, atire mais para baixo!– Seu tiro está muito para a direita, atire mais para a esquerda!– Seu tiro está muito espalhado, aperte com mais suavidade
o gatilho!
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tivas que não traduzem absolutamente nada ao aluno, a não ser o fato de que o instrutor não possui conhecimento técnico su-
Quando falamos: muito para baixo, muito para a esquer-
nosso aprendiz, no caso do tiro são inequivocamente expres-
pra cima ou mais pra baixo, mais para a direita ou mais para a esquerda???
Por outro lado, não raramente encontramos na literatura
de tiro, semelhante ao que vemos nas imagens a baixo, alias lembra-me um antigo equipamento, hoje obsoleto, muito utili-zado no passado para fazer “levantamentos de tiro”, chamado
Chamo a atenção para esse tipo de recurso didático, no
to ou ação praticada pelos atiradores, quando muito pode ser a tradução das ações de uma ou outra pessoa, mas não determina
Se analisarmos cuidadosamente cada aluno durante a rea-lização dos disparos poderemos constatar sua falha de procedi-
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TÉCNICA DE TIRO AMARILHA TECTA
zem, na maioria dos casos, com as argumentações relatadas nos
Tendo buscado recursos didáticos inclusive no campo da
como meus alunos passavam a se manifestar de maneira entu-
mero possível de informações, transmitidas verbalmente em um curto período que antecedia a parte prática, com uma linguagem
Dessa maneira introduzi uma palestra com duração de aproximadamente duas horas, abordando temas tão primários, mas que eram recebidos como verdadeiros tesouros e passaram surtir uma melhora considerável, nas aulas práticas de um deter-minado método, do qual tive a honra de contribuir com a for-mação de sua parte prática, mas cujo criador desprezou a parte
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sem que nenhum esclarecimento concreto lhe fosse transmitido com relação ao ato de atirar e como se todos já dominassem essa habilidade, sob alegações draconianas, tais como: “o jogador de futebol não precisa saber o peso da bola...”.
Inevitável que os resultados desde seu início nunca passa-
Lamentável ainda que em ocasiões de demonstração fossem utilizados atiradores habilidosos que obviamente produziam
munição real, sem que lhe fosse dado o menor esclarecimento da parte fundamental da teoria até então, foi possível observar e mais ainda foi possível constatar que os resultados práticos passaram a ser surpreendentes, pois o aluno tinha a real oportu-nidade de “checar em tempo real” e “in loco” a consistência do
Os bons resultados e o sucesso das aulas expositivas vieram
Sempre enfatizava ao aluno que ele não estaria participando de um dia de treinamento, mas sim estaria executando o mesmo procedimento por no mínimo duzentas vezes, sempre acompa-nhado de um instrutor atento a todos os seus movimentos, e em
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TÉCNICA DE TIRO AMARILHA TECTA
menor que fosse e isso certamente os deixava mais seguros e desinibidos, o que é totalmente favorável para sua auto-observa-ção e, portanto se tornar capaz de perceber suas ações em deta-
seu avanço, seu progresso, de tal forma que as manifestações de contentamento eram explicitas e imediatas, a partir daí era uma
Importante ressaltar que realmente um jogador não preci-sa saber o peso da bola para ser rei do futebol, porém é impres-cindível que ele conheça todos os equipamentos que envolvem este esporte, tais como chuteira, camisa, calção, luvas, campo e também a bola, além das regras e ainda como se utiliza com
passará de um “peladeiro”..., da mesma maneira um agente de segurança pública ou privada que atue armado, também não precisa saber como é fabricado uma arma ou os demais equi-pamentos bélicos, mas é primordial, essencial, “sine qua non”
internalizado cada fundamento e que seja preparado de manei-
equipamento letal de trabalho, ou não passara de “um homem feroz com uma arma na mão...”
ensinar tiro, oferecendo uma metodologia palpada nos valores elencados a seguir:
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0mentais;
0alcançar o entendimento do aluno, seja qual for seu nível intelectual sem, contudo ferir a linguagem culta ou usual;
0fundamentos do tiro, de maneira que não lhe reste a menor duvida ou obscuridade sobre a dinâmica que en-volve o ato de atirar;
0do este realizar qualquer procedimento em desconfor-midade, não se negar a auxiliar o aluno tantas quantas vezes forem necessárias para que ele alcance o entendi-mento a ponto de bem executar todas as ações do tiro;
0ção ou compreensão das palavras do instrutor esse de-verá recorrer à outra linguagem, adequando-a, corrigin-do-a ou usando a criatividade para atingir seu objetivo maior que é o entendimento de seu aluno;
0do aluno e jamais transparecer exaustão diante das di-
motivação do mesmo;0
sários, tais como exposição excessiva as intempéries do
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sia e serenidade; 0
de todas as formas o desgaste do aluno, realizando in-
senvolver uma aula mais descontraída e motivar o aluno constantemente, valorizando seu desempenho, elogian-do de modo a incentivá-lo a não desistir de seu objetivo: APRENDER A ATIRAR COM QUALIDADE;
tionamentos, e jamais deixar seu aluno sem resposta á suas perguntas, mesmo que se comprometa a pesquisar o tema para sanar sua duvida posteriormente, não tenha medo ou receio de admitir quando não souber a respos-ta ou não conhecer o tema;
cos, ser capaz de aceitar sugestões do aluno ou acatar pareceres que apresentem coerência;
CONTÉUDO PROGRAMÁTICO
No que tange a grade curricular, a Técnica de Tiro Ama-rilha, estabelece o desenvolvimento de temas considerados
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imprescindíveis á obtenção de resultados altamente positivos quando devidamente ministrados pelo instrutor e assimilado pelo aluno, ou seja, ao se elaborar a grade curricular o conteúdo programático abaixo deve ser rigorosamente considerado:
e ilustrada com exemplos do cotidiano, evitando-se a todo custo exemplos fantasiosos ou que alimentem po-lêmicas infrutíferas;
com aplicação de testes pra detectar o olho diretor em cada aluno, esclarecendo a possibilidade de algumas pes-soas apresentarem o olho diretor invertido, ou seja, des-tros cujo olho forte é o esquerdo e vice versa além da-
olho oposto, caso este não apresente tal situação, sugerir e aplicar um tamponamento no olho usado levando-o a focalizar com o olho oposto e acompanhar seu de-
impossibilidade de utilização de arma longa em razão de uma correta visada ou a necessidade de atirar com a mão
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em se aprender a utilizar os olhos alternadamente como diretor, ou seja, a vantagem de facilitar o desenvolvimen-to da habilidade em atirar com ambas as mãos e com a
os dois OLHOS ABERTOS, ressaltar a diferença entre atirar com os dois olhos abertos e fazer enquadramento
riste; focalizar com o olho diretor alternando ora com dois olhos abertos ora com apenas o diretor, podendo utilizar uma das mãos para tamponar alternadamente o
unha do polegar em riste como se este se tornasse trans-
de desconforto nos olhos, ao realizar enquadramento neste novo formato ocorre por ser uma experiência nova ao cérebro, haja vista estar condicionado a focalizar um
mento reforçar a necessidade de aplicar a nova maneira de fazer enquadramento a cada disparo, como forma de
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diferença entre tiro com a arma em terceiro olho e em
xo”, de forma que o atirador vislumbra, percebe a massa de mira e assim utiliza apenas essa parte do aparelho de pontaria, portanto terceiro olho e semi visada são coisas totalmente diferentes, ao contrário do que apregoa erro-
Comentar sobre a capacidade do olho humano “detectar”
cionar essa capacidade com o ato de realizar enquadramento do aparelho de pontaria com rapidez, baseado em um treina-mento exaustivo, ilustrar mencionando uma situação do coti-diano, por exemplo: ao atravessar uma rua o homem equaliza a velocidade de sua passada com a velocidade do veículo que vem em sua direção, e na grande maioria das vezes consegue concluir sua travessia com sucesso, isso é possível pelo fato de que os olhos humanos são capazes de calcular naturalmente a
exemplo que traduz essa realidade é a do jogador de basebol que rebate, com um bastão, a bola lançada em alta velocidade
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mente de trás para frente, numa linha diagonal de cima
inicia-se de maneira mais lenta para se fazer a empunha-
do as consequências do um treinamento sem conheci-
correta execução da posição e sua aplicabilidade; res-saltar que no caso dos policiais esta posição transmite uma postura de seriedade sem causar constrangimento
Manter a mão apoiada sobre a arma no coldre ou simples-mente empunhado-a com os braços estendidos ao longo do
abdômen sem projetar os cotovelos, a mão forte empunhado
arma nas costas da mão fraca com o cano apontado diretamente
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ressaltar que é comum embora errado a união dos polegares, nesta situação estaremos ferindo um dos fundamentos do tiro
saltar a importância de cada um conforme descrito no
de tiros em seco, observando atentamente a movimen-tação de sua arma durante cada disparo, indagado pelo instrutor sobre essa movimentação, se percebeu a osci-lação do aparelho de pontaria durante o acionamento do gatilho, se no momento em que o cão tocar na arma-ção o aluno é capaz de descrever o que ocorre com sua arma de um modo geral e principalmente com o alinha-mento da alça e massa de mira, esclarecer que cada item observado ou percebido é a tradução do chamado tiro
ainda que tanto o erro como o acerto neste exercício
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recebem a mesma valoração, haja vista que o importan-te é o desenvolvimento da capacidade de ver, perceber,
do assim do achismo e do empirismo, passando literal-mente ao tiro consciente: “sei que errei da mesma forma que
a arte de atirar, não medi esforços para desenvolver uma didática
um aprendizado real, mas uma mudança de comportamento e,
Desenvolvi o que chamo hoje de Sistema de Ensino de Tiro Amarilha, não para ostentar meu nome, mas porque acre-
foi mero acaso e sim porque aplicando uma técnica “feijão com
do que isso os levei a ter consciência do que realizam a cada disparo acertando ou errando seus alvos, porém prevalecendo
não sabe por que errou ou o que o levou a acertar, haja vista que
vez aprendido não se esquece jamais!