20.º Congresso Extraordinário da LBP Modernizar, inovar para … · tos fundamentais para o...

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Janeiro de 2017 Edição: 364 Ano: XXXII 1,25€ Director: Rui Rama da Silva DRONES AGUALVA - CACÉM Salvos pelo coração 20.º Congresso Extraordinário da LBP Modernizar, inovar para construir o futuro Comandantes têm palavra a dizer Comandantes têm palavra a dizer Página 32 Páginas 3, 16, 17 e 18 Página 9 Miranda do Corvo Pág. 12 e 13 Santarém Pág. 10 e 11 Brasfemes Pág. 22 e 23

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J a n e i r o   d e   2 0 1 7   Edição:  364  Ano:  XXXII  1,25€  Director:  Rui  Rama  da  Silva

DRONES

AGUALVA - CACÉM

Salvospelo coração

20.º Congresso Extraordinário da LBP

Modernizar, inovarpara construir o futuro

Comandantes têmpalavra a dizer

Comandantes têmpalavra a dizer

Página 32

Páginas 3, 16, 17 e 18

Página 9

Miranda do Corvo Pág. 12 e 13

SantarémPág. 10 e 11

BrasfemesPág. 22 e 23

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2 JANEIRO 2017

Novos documentos para novos desafiosCom o final de mais um ano,

pouco depois de serem aprovados os orçamentos e planos de actividade para o próximo exercício, e o início de outro ano, com o apuro de con-tas e respectivos relatórios do

exercício findo, ficam mais uma vez patentes nas respectivas assembleias-gerais os esforços que as nossas associações con-tinuam a fazer para levar a sua missão a bom porto.

Pela análise desse conjunto

de documentos evidencia-se, de novo, com rigor e transpa-rência, que a gestão levada a cabo pelos dirigentes das asso-ciações, pode e deve ser moti-vo de estudo por parte da so-ciedade portuguesa e, porven-tura, da parte das próprias ins-tâncias académicas.

Esses documentos demons-tram à saciedade a eficácia e o conjunto de boas práticas se-guidas pelos dirigentes e que, só assim, tornam possível a manutenção da capacidade de resposta ao socorro e muitas outras actividades de carácter desportivo e cultural desempe-nhadas pelas associações de bombeiros.

Na verdade, que bom seria que as estruturas de ensino e estudo superior deste país se aplicassem com vontade à aná-lise desse fenómeno. Não, por-que os dirigentes desejem ou precisem que lhes teçam loas a propósito do seu trabalho, mas por que o país precisaria de sa-ber melhor que tem no seu seio pessoas dedicadas, e até cora-josas, sublinhe-se, que com

afinco e dedicação servem as suas associações e, por essa via, as respectivas comunida-des locais, para que, com ma-gros recursos, mesmo assim, continuem a prestar aos seus concidadãos o apoio social e o socorro todos os minutos da hora, todas as horas do dia, to-dos os dias do mês, todos os meses do ano.

Esse esforço e essa determi-nação, que tantas vezes parece ser desvalorizada ou tida em conta como um mero dado ad-quirido, deveriam, ao contrário, ser tema de debate e de análi-se no seio da sociedade portu-guesa.

O espírito voluntário, que anima e que é enaltecido no âmbito dos bombeiros, dos operacionais, deverá também ser tido em conta e enquadrado na lógica da missão desempe-nhada pelos órgãos sociais das associações e, em especial, pe-los seus membros executivos.

Os bombeiros voluntários, assumidamente, correm riscos inerentes à sua disponibilidade para a missão de socorro e os

dirigentes, por seu turno, tam-bém correm outros riscos, es-pecíficos, que decorrem da sua função de gestores associati-vos, com a assumpção de res-ponsabilidades que poderão até traduzir-se em prejuízos pessoais e patrimoniais. Risco muitas vezes esquecidos mas que é bom lembrar. E que, igualmente, muitas vezes, também têm estado na base das recusas de novos candida-tos a dirigentes. E a isso, im-porta ainda, acrescentar a mul-tiplicação de funções e tarefas e a ocupação maior de tempo como factores que também di-ficultam a captação de novos elementos dirigentes.

Todos nós defendemos que a sociedade portuguesas deverá ser mais sensível e disponível para o cumprimento de fun-ções de dirigente associativo. Mas, na impossibilidade de o fazer, no mínimo, tem a obri-gação de enaltecer e valorizar quem o faz. É da mais elemen-tar justiça que isso se faça, para que se mantenha o equilí-brio de funções e tarefas que

importa manter e assegurar numa comunidade para bem de todos.

E, se nem todos poderão ou quererão assumir funções de dirigentes então que os que não o façam, pelo menos, aju-dem e apoiem quem o faz.

A meu ver, a pior coisa que pode acontecer numa comuni-dade é não saber-se evidenciar e até premiar, pode dizer-se, quem assume e mantém tare-fas em prol do bem de todos.

E, se já basta a tarefa muitas vezes ingrata de o fazer, pior será não contar com a solida-riedade e o apoio dos restantes membros da comunidade.

A propósito dos documentos que aqui já referi, que na práti-ca são o verdadeiro espelho da vida de cada uma das nossas associações, importa que sir-vam para alcançar os desafios a que os dirigentes se propõem e sirvam igualmente de teste-munho público do bom trabalho que os mesmos têm desenvol-vido para bem de todos.

Artigo escrito de acordocom a antiga ortografia

“Uma imagem vale mil palavras”, costuma dizer-se. E foi com este espírito que Rita Rodrigues (responsável

pelo marketing e imagem dos Bombeiros de Alcabideche) escolheu uma foto de João Marques Valentim, nosso colega de redação, para decorar uma das paredes da central de co-municações dos Bombeiros Voluntários de Alcabideche.

O reconhecimento ao autor materializou-se no convite para que assinasse a obra. Assim aconteceu no passado dia 27 de janeiro na presença do presidente da Associação Hu-manitária de Bombeiros Voluntários de Alcabideche, José Ri-beiro, do comandante José Palha Gomes, de Rita Rodrigues, da centralista de serviço e outros elementos do corpo de bombeiros.

ALCABIDECHE

Foto de Marques Valentimna central

O segredo do êxito de qualquer organi-zação revela-se em cada uma das

pessoas que lhe emprestam saber, traba-lho, mas sobretudo entrega e brio. Não basta investir nos melhores profissionais, é, sobretudo, imperioso confiar no empe-nho dos envolvidos na dignificação da ca-misola que envergam.

A Figueira da Foz recebeu no passado fim de semana o 20.º Congresso Extraor-dinário da Liga dos Bombeiros Portugue-ses que reuniu no casino da cidade perto de 800 bombeiros, entre congressistas e acompanhantes. Este enorme evento pode, uma vez mais, contar com a expe-riência e o dinamismo dos colaboradores da confederação, nomeadamente Mara Jerónimo, Sandra Teixeira, Susana Gra-ve, Maria do Céu Ferreira, Ana Pires, Ana Fernandes, Vitor Simões e Cátia Lopes. Contudo, desta feita, a equipa viu, em muito, facilitada a sua missão, graças ao trabalho e disponibilidade que os Volun-tários da Figueira da Foz emprestaram ao evento. Lídio Lopes, o presidente da dire-ção da instituição foi o proponente e grande entusiasta de que o encontro se realizasse na cidade da claridade e não mediu esforços para acolher com enorme dignidade os bombeiros de norte a sul do Pais e ilhas.

Sem surpresa, importa sublinhar, os bombeiros do distrito de Coimbra, cientes da importância do evento e não querendo deixar os seus créditos por mãos alheias uniram-se e replicaram o sucesso alcan-çado em 2014 no congresso da cidade dos estudantes.

Importa não esquecer o apoio da au-tarquia e do corpo de Bombeiros Munici-pais, a inexcedível colaboração da admi-nistração do Casino da Figueira e dos profissionais desta casa, desde a respon-sável da sala aos técnicos de luz e som e a todos os envolvidos na logística dos es-paços que serviram de apoio à realização deste encontro magno.

Para quem teve o privilégio de assistir à preparação do congresso e depois acompanhou os trabalhos durante todo o dia, fica a certeza da qualidade de um grupo multidisciplinar que, embora, re-presentando instituições diversas se afir-mou e valorizou como equipa. Importa não esquecer a forma como o comandan-te João Moreira envolveu os bombeiros nesta iniciativa patenteada no brio im-posto à formatura que deu as boas vin-das aos convidados, mas também na for-ma como asseguram o apoio ao evento

entre eles Marta Amaral que colaborou em várias frentes, Ana Lúcia Rocha, a speaker de serviço e dois jovens bombei-ros Francisco Moreira e Luís Nunes que deram apoio à sala no decorrer dos tra-balhos.

Depois de um dia em cheio, marcado pelo debate de ideias, o confronto de opi-niões e analise e discussão de documen-tos fundamentais para o futuro do setor, o cansaço era partilhado por todos tal como o sentimento de dever cumprindo.

Estão assim de parabéns os congres-sistas representantes de quase 300 asso-ciações e corpos de bombeiros do país, a cidade anfitriã e as suas instituições e, obviamente, os homens e mulheres com-prometidos com a causa que a título vo-luntário contribuíram, sem dúvida, para o sucesso do 20.º Encontro Extraordinário da Liga dos Bombeiros Portugueses.

Sofia Ribeiro

JORNAL@LBP

O sucesso tem rostos

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3JANEIRO 2017

Em qualquer organização os Esta-tutos são um elemento identitário e afirmativo importantíssimo e

um conjunto de ferramentas igual-mente relevantes para valorizar e dig-nificar, por um lado, simplificar e agili-zar, por outro, a missão, o desempe-nho e a concretização dos seus desíg-nios e objetivos.

Assim se passa também na Liga dos Bombeiros Portugueses, como acabá-mos de provar.

O trabalho exaustivo que acabámos de concluir no 20º Congresso Extraor-dinário da Liga dos Bombeiros Portu-gueses, realizado no passado sábado, 28 de janeiro, na Figueira da Foz, cor-respondeu precisamente a isso, sendo o corolário do cumprimento inequívo-co da determinação e vontade sufra-gadas no Congresso de Coimbra.

Por princípio, e natureza, os Estatu-tos devem cumprir um conjunto signi-ficativo de funções. Uma função agre-gadora, de juntar todos em torno de

princípios que estiveram na origem, na longevidade, no presente e no futu-ro do associativismos humanitário e do voluntariado nos Bombeiros. Uma função identitária em torno de objeti-vos que materializam e dão corpo a esses princípios, aplicados à missão do socorro, às funções sociais, ambien-tais, de desenvolvimento económico, culturais e ambientais que ao longo do tempo as associações de bombeiros têm desempenhado na sociedade. Cumprindo assim um conjunto de pre-missas que os Bombeiros reputam de fundamentais para em diferentes fren-tes poderem contribuir para o bem--estar e a segurança dos seus concida-dãos. E salvaguardando assim, tam-bém o cordão umbilical que sempre os têm unido às respetivas comunidades locais, que lhes dão razão de existir e de desenvolver-se em função dos de-safios que a própria sociedade vai lan-çando.

O trabalho preparatório da revisão

dos Estatutos e dos Regulamentos das Distinções Honoríficas e do Fundo de Proteção Social do Bombeiro teve em conta todos esses aspetos e o resulta-do final consagra precisamente isso.

Queremos uma Liga mais forte, mais interventiva, mais ágil, mais sim-plificada, e é nesse sentido que refor-çamos as competências do Conselho Executivo e do Presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses.

Reforçámos o papel do Conselho das Federações. Neste caso, com a criação do Conselho das Federações mais não fazemos que valorizar o tra-balho já vinha sendo desenvolvido re-gularmente mas de modo informal. Essa lógica de parceria de diálogo, de partilha fica assim estatutariamente consagrada. Sem beliscar o trabalho fundamental e próprio do Conselho Nacional, órgão máximo da LBP entre Congressos.

Reforçámos também o papel do Conselho Nacional Operacional, tam-

bém já existente, mas para o qual há muito queríamos garantir o reconheci-mento e a legitimidade estatutárias, como agora fica feito.

Aumentámos o prazo dos mandatos dos órgãos da LBP, de 3 para 4 anos, e consagrámos o limite de 3 mandatos para os presidentes dos mesmos ór-gãos.

No âmbito do Regulamento de Dis-tinções Honoríficas foi criada a sua Chancelaria, para assim acompanhar, disciplinar e tornar mais célere o pro-cesso de concessão das distinções. O Congresso aprovou a criação de novas distinções: o Grande Colar de Mérito, o Crachá de Cidadania e Mérito e a Me-dalha de Altruísmo. Trata-se de ade-quar o regulamento e as distinções previstas ao mérito inequívoco para a sua atribuição específica aos bombei-ros, dirigentes e outras entidades, in-dividuais, públicas ou privadas.

No caso do Fundo de Proteção So-cial do Bombeiro, o regulamento pro-

fundamente revisto consolida e refor-ça o apoio aos bombeiros e aos seus familiares e adequa-se também à le-gislação em vigor.

Os Estatutos institucionalizam ainda o Provedor dos Associados, já existen-te, mas cujo papel fica assim também reforçado.

Em síntese, em nosso entender, os Estatutos adequam-se e respondem aos novos desafios da sociedade nos dias de hoje, a que os Bombeiros es-tão sempre atentos e a que pretendem responder, como sempre, de forma pró ativa.

Prometemos e cumprimos. Os docu-mentos a sufrágio mereceram o voto favorável de cerca de 90 por cento dos presentes.

A oportunidade da revisão realiza-da, quer dos Estatutos da LBP, quer nos Regulamento do FPSB e das Dis-tinções Honoríficas, ficou demonstrada de forma expressiva e eloquente. To-dos ganhámos.

Modernizar e inovar é construir o futuro

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4 JANEIRO 2017

O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, comandante Jaime Marta Soares, deslocou-se na última semana à Embaixa-

da do Irão, em Lisboa, a fim de, em nome de todos os Bombeiros Portugueses, apresentar condolências à República Islâmica do Irão e aos Bombeiros Iranianos pela morte de duas dezenas dos seus companheiros no combate a um grave incêndio no edifício Plasco, de 17 andares, no centro da capital, em Teerão.

Os bombeiros foram vítimas da derrocada do edifício quando tentavam debelar o incêndio a partir do exterior e no seu interior. Muitos outros ficaram também feridos durante o combate.

TRAGÉDIA NO IRÃO

Confederação apresenta condolências por morte de bombeiros

A artista Ana Bola doou a receita da sessão do seu espetáculo “Ana Bola

Sem Filtro” de 10 de Setembro último à Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) para o Fundo de Proteção Social do Bombeiro.

A iniciativa, cuja receita apurada foi de 8890 euros, contou também com o apoio solidário da EGEAC, empresa gestora do Teatro Municipal de S. Luís, e da própria Câmara Municipal de Lis-boa, enquanto entidade tutelar.

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O presidente da Liga dos Bombeiros Portu-gueses (LBP), comandante Jaime Marta

Soares, sublinhou “uma palavra de gratidão” à Rádio Renascença pela campanha “Juntos pelos Bombeiros” que tem desenvolvido em prol do Fundo de Proteção Social do Bombeiro em con-jugação com a Rádio “SIM”, do mesmo grupo

Jaime Marta Soares falava ao programa “Ec-clesia” da RTP2 sublinhando que mais do que equipamentos faltam “apoios sociais” que aju-dem a melhorar as “condições de vida” dos mi-lhares de homens e mulheres que integram os corpos de bombeiros, um pouco por todo o país.

A propósito, o presidente da LBP, enumerou os benefícios previstos para os bombeiros atra-vés do Fundo de proteção Social mas lembrou que, face aos sacrifícios pessoais, profissionais e familiares que estão por trás da atividade dos

bombeiros, que “obriga a um trabalho inces-sante, permanente, na emergência” os apoios ficam “ muito aquém das necessidades”.

A campanha da RR “Juntos pelos Bombeiros” tem contado com inúmeros apoios, inclusive do próprio Presidente da República, Marcelo Rebe-lo de Sousa.

“JUNTOS PELOS BOMBEIROS” NA RR

Presidente da LBP elogia com uma palavra de gratidão

A Rádio “SIM”, do grupo RR, entre 24 de no-vembro do ano transato e 25 de janeiro último, realizou inúmeras ações em quartéis de bom-beiros, ou instalações cedidas para o efeito, onde em direto promoveram a venda e sessões de autógrafos de calendários integrados na campanha. Com esse objetivo, estiveram nos

Voluntários Lisbonenses, de Coimbra, Viseu, Leiria, Flavienses, Braga, Barcelos, Guimarães, Porto, Santarém, Caldas da Rainha, Setúbal, Faro, Alenquer, Vila Franca de Xira, Barreiro – Corpo de Salvação Pública, e, por fim nas suas próprias instalações, no passado dia 25, na Quinta do Bom Pastor, Buraca, Lisboa.

A Confederação Portuguesa do Vo-luntariado (CPV), de que a Liga dos

Bombeiros Portugueses (LBP) foi uma das entidades fundadoras, assinalou o seu 10.º aniversário com uma sessão comemorativa que decorreu no espaço Atmosfera M, em Lisboa, e que contou com a presença da secretária de Esta-do para a Cidadania e a Igualdade, Ca-tarina Marcelino.

A representante do Governo inter-veio na sessão de abertura, juntamen-te com o presidente da CPV, Professor Eugénio da Fonseca.

O evento comemorativo incluiu a

apresentação de uma vídeo mensa-gem da presidente do Centro Europeu de Voluntariado (CEV), Cristina Rig-man, e da mensagem do Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa.

A sessão incluiu também a apresen-tação de uma síntese da agenda atual das políticas europeias para o volunta-riado, elaborada pela diretora executi-va do CEV, Gabriella Civico.

A CPV encerrou a sessão comemora-tiva do décimo aniversário com a apre-sentação do projeto europeu Volun-CET, que está a implementar em par-

ceria com quatro organizações de vo-luntariado de quatro países europeus.

O projeto VolunCET tem como obje-tivo “a construção da primeira forma-ção e-learning” para coordenadores profissionais de voluntários que vai ser disponibilizada em seis línguas oficiais europeias.

A CPV congrega atualmente 33 or-ganizações de voluntariado e promoto-ras de voluntariado, incluindo a LBP, e foi constituída a 19 de janeiro de 2007 com o objetivo de “representar os vo-luntários de Portugal e as respetivas organizações”.

LISBOA

CPV assinala décimo aniversárioANA BOLA SEM FILTRO

Artista doa receita

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5JANEIRO 2017

No termo da sua comissão de comandante operacional nacional da Autoridade Nacional

da Proteção Civil (ANPC), José Manuel Moura, dirigiu uma mensagem de despedida ao univer-so dos bombeiros que aqui reproduzimos:

Caros BombeirosOntem foi-me formalmente transmitido pelo

Presidente da ANPC que a minha comissão de serviço não seria renovada, atendendo que pre-tende dar uma nova filosofia ao CNOS, pelo que assim, as minhas funções como Comandante Operacional Nacional cessam no próximo dia 02 de Janeiro.

A todos vós Comandantes, demais elementos de Comando, Bombeiros e dirigentes destas hu-

manitárias Associações, que se empenharam, se envolveram, que estiveram sempre presentes, o meu mais profundo agradecimento, pela entre-ga a esta nobre causa da proteção e socorro, e por terem entendido a cada momento as cir-cunstâncias das diferentes decisões do Coman-dante Nacional.

Visitei operacionalmente cerca de 300 Corpos de Bombeiros, que me perdoem aqueles onde não me foi possível realizar essa visita.

Nos mais de 4 anos nestas funções, algumas vezes errei? Provavelmente sim, mas fiz tudo para nunca errar? Com toda a certeza.

Dizer obrigada, às vezes, não é suficiente para agradecer tudo o que fizeram por uma cada

vez melhor resposta operacional. Por isso estou muito grato a todos vós, caros Amigos, por te-rem estado comigo, em quase todos os momen-tos fossem qual fossem as circunstâncias.

Faço votos, genuínos votos, que o principal agente de protecção civil, os Bombeiros, conti-nuem a deixar a sua distinta marca, tão neces-sária que é à prossecução dos resultados a atin-gir por uma cada vez melhor protecção e socor-ro.

Desejo-vos a todos as maiores felicidades pessoais e profissionais. Até Sempre…

O Comandante Operacional Nacional, mas so-bretudo o vosso Amigo,

José Manuel Moura

JOSÉ MANUEL MOURA

Agradecimentos na despedida

O antigo comandante dis-trital de operações de so-corro Castelo Branco da

Autoridade Nacional de Prote-ção Civil (ANPC), Rui Esteves, tomou posse como comandante operacional nacional (CONAC) nos primeiros dias do ano em cerimónia presidida pelo secre-tário de Estado da Administra-ção Interna, Jorge Gomes, na presença do presidente da ANPC, Joaquim Leitão, e do presidente da Liga dos Bombei-ros Portugueses, comandante Jaime Marta Soares, entre ou-tros.

Na mesma cerimónia, tomou também posse o segundo CO-NAC, tenente-coronel Albino Ta-vares, até agora comandante do Grupo de Intervenção Prote-ção e Socorro da GNR (GIPS/GNR).

Na oportunidade, o secretá-rio de Estado agradeceu aos an-teriores titulares daqueles car-gos, José Manuel Moura e coro-nel Joaquim Almeida, “a com-petência e a dedicação ao serviço público que revelaram ao longo dos últimos anos em que desempenharam as mais altas funções no Comando Na-

cional de Operações de Socor-ro”.

Dirigindo-se aos empossa-dos, Jorge Gomes, adiantou que “iniciam um caminho de grande exigência e responsabi-lidade” apontando que “quero dizer-vos que encaramos esta mudança com serenidade e am-bição” explicando, “serenidade porque conhecemos a vossa ex-periência de liderança e coman-do, a coragem e a determina-ção, a competência e a respon-sabilidade o apego ao serviço público e o profundo conheci-mento do sistema de proteção civil e dos seus agentes”.

Como novos objetivos, entre outros, o secretário de Estado apontou o reforço “da proximi-dade do comando nacional aos comandos distritais e imple-mentando as novas estruturas de coordenação municipais” e a valorização “de todos os agen-tes de proteção civil e as suas capacidades, numa perspetiva integradora, colaborativa e di-recionada para a gestão eficien-te dos recursos”.

Na sua intervenção, Rui Este-ves defendeu a participação ati-va e o envolvimento empenha-

do de todos os agentes da pro-teção civil, enumerando, em primeiro lugar, os bombeiros, seguindo-se as forças armadas, a PSP, a GNR e todos os restan-tes agentes conhecidos.

“A estrutura operacional da Autoridade irá procurar congre-gar todos os agentes de prote-ção civil numa união de esfor-ços, de onde se obtenham si-nergias para se alcançarem mais e melhores resultados” afirmou o novo CONAC lem-brando que “não podemos nem devemos centrar-nos apenas nos incêndios florestais” e que devemos dedicar “a nossa aten-ção e análise cuidada a todos os riscos com potencial catastrófi-

co que afetam a nossa socieda-de”.

A cerimónia de posse preen-cheu o auditório da ANPC com os presidentes de câmaras mu-nicipais do distrito de Castelo

Branco, presidentes de direção e comandantes das associações do mesmo distrito e outras, dos representantes dos chefes do Estado Maior da Armada, Exér-cito, Força Aérea, Direção Na-

cional da PSP, do Comando Ge-ral da GNR, da Direção da Polí-cia Judiciária, da Autoridade Marítima Nacional, da Autorida-de Nacional de Aviação Civil, do INEM, o presidente da Escola Nacional de Bombeiros, coman-dantes e segundos comandan-tes distritais da ANPC bem como muitos outros dirigentes e colaboradores daquela estru-tura.

Destaque, também, para a presença da ex-governadora ci-vil Maria Alzira Serrasqueiro, do comendador Joaquim Mourão, antigo presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, e de muitos amigos dos empos-sados.

ANPC

Rui Esteves toma posse como CONAC

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6 JANEIRO 2017

A peça histórica que é motivo de destaque na presente

edição do”BP” corresponde a uma das mais recentes acções de recuperação e conservação levadas a efeito pelo Núcleo de História e Património Museoló-gico (NHPM), da Liga dos Bom-beiros Portugueses (LBP).

Depois de vários anos se ter encontrado num adiantado es-tado de degradação, o capacete que apresentamos está, de novo e na medida do possível, limpo e luzidio, conforme é re-comendável.

Foi oferecido à LBP, em 4 de Julho de 1970, por Guilherme de Carvalho (1898-1972), seu proprietário, comandante hono-rário dos Bombeiros Voluntários da Cruz de Malta (Lisboa), de Vila do Conde e de Barcelos.

Usado pelo ofertante, duran-te 40 anos, quando fez parte dos Bombeiros Voluntários Por-tuenses, estamos na presença de um dos mais elegantes mo-delos de capacete adoptados outrora pelos bombeiros portu-gueses.

Curiosamente, este equipa-mento de protecção abre cami-nho a outras curiosidades histó-ricas relacionadas com Guilher-me de Carvalho, personalidade da qual a Confederação recebeu

outros significativos documen-tos que se encontram à guarda do NHPM.

Jornalista de profissão desde 1927 iniciou a actividade em “O Século”. Posteriormente, in-gressou no “Diário de Lisboa, como redactor. Chefiou a dele-gação do Porto do mesmo pe-riódico até 1968, ano da passa-gem à situação de reforma.

Em razão disso não é de es-tranhar que tenha sabido conci-liar a actividade de jornalista com a de bombeiro. Entre ou-tras participações e colabora-ções, nos últimos anos de vida, foi proprietário, director e edi-tor do “Jornal dos Bombeiros”, órgão da Velha Guarda dos Bombeiros da Cidade do Porto.

Condecorado com as Ordens de Cristo e de Benemerência, entre outras insígnias, por rele-vantíssimos serviços prestados, em 1941, durante a II Guerra

Mundial, visitou a Inglaterra, mediante convite da Bristish Council, para estudar o sistema de defesa passiva implementa-do naquele país, apresentando um relatório considerado “notá-vel, a todos os títulos”.

“Jornalista da velha escola, espírito leal, amigo do seu ami-go, camarada dos melhores, simples e afável”. Assim foi des-crita, no “Jornal dos Bombei-ros”, a personalidade de Gui-lherme de Carvalho, quando do seu falecimento, adiantando ainda a mesma publicação: “(…) serviu dedicada e desinte-ressadamente o Voluntariado, em manifestação inequívoca do seu alto espírito de humanita-rismo”.

Aliás, tais predicados são bem sintomáticos na sua escri-ta e nas temática dos seus arti-gos, transparecendo, como al-guém escreveu, “o amigo dedi-cado, o lutador generoso, o guia precioso e o estrénuo de-fensor desta nobre causa que ele serviu com entranhada de-voção e abnegado espírito de sacrifício”.

De realçar ainda, sobre Gui-lherme de Carvalho, que com apenas 16 anos de idade se

Pesquisa/Texto:

Luís Miguel Baptista

GUILHERME DE CARVALHO

Memórias sobre um bombeiro e jornalista

alistou na Cruz Vermelha Portu-guesa. Ao serviço desta prestou arriscados serviços de socorro, nomeadamente, aquando da contra-revolução ocorrida na ci-dade do Porto, em 19 de Janei-ro de 1919, conhecida por Mo-narquia do Norte.

Convicto republicano, mante-ve, tanto quanto julgamos sa-ber, ligação à Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto.

“Jornal dos Bombeiros”

O “Jornal dos Bombeiros”, cujo título nada tem a ver com um outro igual existente ante-riormente, propriedade de Júlio Alexandre da Silva, publicou--se, pela primeira vez, no ano de 1950. Sabemos que as enti-dades oficiais não se manifesta-ram interessadas neste periódi-co, criando dificuldades à sua legalização.

Esteve suspenso em diferen-tes momentos, devido, princi-palmente, a constrangimentos de ordem financeira.

Surgiu, de novo, em 1969, como órgão da “Velha Guarda dos Bombeiros da Cidade do Porto”, estrutura entretanto

fundada a 1 de Dezembro da-quele ano, congregando sapa-dores e voluntários, resultante da iniciativa de Adalberto Mene-ses Leitão, Manuel Maia, Felicia-no Vasconcelos e Fernando Ca-bral Borges.

“Dignificar, cada vez mais, a nossa humanitária causa” foi propósito do “Jornal dos Bom-beiros” e também da “Velha Guarda”, sobressaindo no cabe-çalho do primeiro a expressão “Pelo Bem da Pátria e da Huma-nidade”.

Com periodicidade mensal e distribuição gratuita, o referido jornal estava sujeito à censura, apelidada de “exame prévio”, nos termos da lei de imprensa vigente. Tinha colaboração de algumas firmas comerciais, a propósito do que fazia sempre constar no rodapé da primeira página: “Os nossos anunciantes merecem a preferência dos nossos Leitores”.

De fácil leitura, o “Jornal dos Bombeiros” compreendia notí-cias de actualidade, curiosida-des, artigos de opinião e críti-ca, esta, de resto, sempre numa perspectiva construtiva, não obstante, por vezes, reves-tida de certa dureza, no âmbito

da qual a própria acção da Liga dos Bombeiros Portugueses e os resultados dos seus Con-gressos chegaram a não passar imunes.

“São numerosas e de várias origens as notícias até nós che-gadas sobre a expansão do nosso jornal, que francamente nos agradam, pois nos com-pensam bem do nosso traba-lho, que se não é materialmen-te rendoso, é pelo menos mo-ralmente compensador”, con-gratulava-se aquele periódico numa das suas edições.

Sucedeu a Guilherme de Car-valho, na direcção de “O Jornal dos Bombeiros”, em virtude do seu falecimento, após novo pe-ríodo de suspensão, o prestigia-do jornalista e escritor portuen-se Hugo Rocha (1907-1993), de “O Comércio do Porto”.

O jornal existiu até o início dos anos 80 do século passado, sofrendo ao longo dos tempos naturais alterações mas sem nunca se distanciar da linha de rumo que presidiu à sua criação.

Artigo escrito de acordo com a antiga ortografia

Site do NHPM da LBP:www.lbpmemoria.wix.com/

nucleomuseologico

Capacete pertencente à colecção do NHPM da LBP Identificação de Secretário de Propaganda dos BV PortuensesGuilherme de Carvalho

De visita a Inglaterra, durante a II Guerra

Cabeçalho do jornal dirigido por Guilherme de Carvalho

Alusão ao Museu da LBP, publicado no “Jornal dos Bombeiros”

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7JANEIRO 2017

Está em marcha o processo de Reorganização e Moder-nização do Dispositivo de

Socorro da Cidade de Lisboa um documento estratégico que per-mitirá reforçar a resposta do Regimento de Sapadores Bom-beiros (RSB) que até ao final do ano deverá contar com cerca de 900 operacionais.

No decorrer da visita às ins-talações de Chelas, o autarca acompanhado pelo comandante do RSB, tenente-coronel Pedro Patrício, pelo 2.º comandante, tenente-coronel Tiago Lopes e o chefe Fernando Curto, respon-sável pela formação dos opera-cionais, deu a conhecer o plano

de ação do município em maté-ria de prevenção e socorro que nesta primeira fase se traduz num investimento na ordem dos 25 milhões de euros.

“Neste mandato, correspon-dendo ao desafio lançado pelo presidente Fernando Medina, avançamos com uma profunda reforma no RSB” começa por explicar Carlos Castro falando de um amplo trabalho interno que permitiu confirmar a quali-dade dos recursos humanos, a prontidão na resposta, mas também identificar algumas la-cunas, nomeadamente a nível da cobertura do território e nes-se sentido tornou-se necessário

LISBOA

Autarquia investe 25 milhões nos sapadores

Até ao final do corrente ano, a Câmara Municipal de Lisboa deverá investir cerca

de 25 milhões de euros na modernização de quartéis, aquisição de equipamentos,

renovação de meios, reforço e formação de efetivos no Regimento de Sapadores

Bombeiros, segundo anunciou ao jornal Bombeiros de Portugal Carlos Castro,

vereador da Proteção Civil.Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

adaptar a estrutura às especifi-cidades da cidade, à realidade, e às necessidades do século XXI, segundo assinala o verea-dor, que desta forma justifica a construção de um novo comple-xo operacional na Alta de Lisboa - o 11.º quartel do RSB - que deverá estar concluído ainda no primeiro semestre deste ano. O projeto da autarquia contem-pla, igualmente, a construção de um outro quartel no Martim Moniz e intervenções em todos os polos do regimento da cida-de, num esforço financeiro que segundo Carlos Castro ronda seis milhões de euros.

A formação é, sem dúvida, uma enorme aposta, até por-que importa manter elevados os padrões de qualidade da res-posta e de eficácia do regimen-to. “Esta casa sempre foi uma referência nacional em termos de bombeiros” diz o vereador para defender a importância da escola quer para a formação dos sapadores, quer na trans-missão de conhecimentos e ino-vação aos outros corpos de bombeiros. Neste âmbito, o RSB tem participado em inúme-ras ações dentro e fora de por-tas, da mesma forma que fo-menta parcerias com entidades

várias que visam no essencial ampliar, qualificar e especializar a intervenção dos sapadores.

Nesta senda de moderniza-ção, a autarquia investiu, ainda, no fardamento com o intuito de “uniformizar” a imagem deste corpo de bombeiros, sem es-quecer, obviamente, a proteção individual dos operacionais, en-contrando-se a decorrer o pro-cesso de aquisição de 850 equi-pamentos completos.

Em matéria de meios, Carlos Castro revela que a autarquia já dispõe de três novos veículos li-geiros de combate a incêndios (VLCI) e dois de socorro e as-sistência tática (VSAT), preven-do-se, que, ainda no decorrer de 2017, o RSB receba mais uma dezena de viaturas de combate a incêndios urbanos (VUCI) e uma plataforma. Fei-tas as contas o autarca dá con-ta de um investimento que as-

cende aos nove milhões de eu-ros.

Tendo como referência a “ex-celência” vereação e comando batem-se por “manter a fasquia elevada” o que passa por dotar “esta casa de mais e melhores condições”, salvaguardando sempre a segurança, a prepara-ção e a valorização dos opera-cionais, numa estratégia que visa prestar o melhor serviço à cidade de Lisboa.

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8 JANEIRO 2017

No início deste novo ano ire-mos propor um desafio, em

concordância com o título da rubrica “Alerta Vermelho Para a Segurança” perguntar quais as vossas sugestões e preocu-pações relativas à Segurança e Saúde nos vossos Corpos de Bombeiros.

Em primeiro lugar, é impor-tante definir o que é a Segu-rança e Saúde Ocupacional.

Segundo a Autoridade para as Condições do Trabalho, a Segurança no Trabalho consis-te num conjunto de metodolo-gias adequadas à prevenção de acidentes de trabalho, ten-do como principal campo de ação o reconhecimento e o controlo dos riscos associados aos componentes materiais do trabalho.

A Saúde no trabalho consis-te numa abordagem que inte-gra, além da vigilância médica, o controlo dos elementos físi-cos, sociais e mentais que pos-

sam afetar a saúde dos traba-lhadores, representando uma considerável evolução face às metodologias tradicionais da medicina do trabalho.

Sabemos que no mundo dos bombeiros, aquele mundo em que na maioria das vezes se pensa que somos todos indes-trutíveis e se consegue aguen-tar tudo, por vezes se descura a segurança e se tomam deci-sões sobre pressão, em que mais tarde se reflete e se pen-sa que existiu muita sorte à mistura. No entanto existem situações em que essa sorte desaparece e alguém realmen-te fica ferido.

São todas essas situações que queremos conhecer, pois só com a devida informação do que acontece no terreno é que se pode falar, escrever, sugerir, mitigar ou tentar fazer algo para a possível resolução des-se risco.

Importa também definir o

que é perigo e o que é risco. Perigo é uma situação com po-tencial para provocar danos em termos de lesão, doença, dano à propriedade, meio am-biente, local de trabalho ou a combinação destes. Risco é a combinação da probabilidade de ocorrência e da consequên-cia de um determinado evento perigoso. Perigo é a situação

geradora e o Risco é a exposi-ção a esta situação. Ou seja, podemos ter um acontecimen-to que tenha graves danos físi-cos mas que a probabilidade de acontecer seja reduzida, como por exemplo, a queda de um telhado. Ou um aconteci-mento que tenha danos físicos ligeiros, mas que seja bastan-te provável de acontecer,

como por exemplo, o famoso “pé torcido”.

O nosso grande objetivo é a adoção de uma CULTURA de SEGURANÇA, termo que, sur-giu pela primeira vez como re-sultado da análise do acidente nuclear de Chernobyl, em 1986, cuja causa foi atribuída à escassa cultura de seguran-ça da organização. Esta deve ser intrinsecamente percebida por todos, e passa, em primei-ro lugar pelo envolvimento de todos os bombeiros no que diz respeito ao reconhecimento prévio dos perigos com que se deparam no seu dia-a-dia.

Nesta vertente é essencial que o trabalho a desenvolver seja feito em conjunto, apenas sabendo as vossas preocupa-ções e sugestões e indo ao en-contro das mesmas, consegui-mos alcançar resultados fide-dignos e duradouros no tem-po.

Estamos ao dispor dos Cor-

pos de Bombeiros para dina-mizar o trabalho conjunto, algo que já foi escrito nestas rubricas, faz sentido que se crie a dinâmica de poderem contactar com a Direção Na-cional de Bombeiros. Só assim iremos conseguir um trabalho de qualidade e aproximação aos assuntos que preocupam os bombeiros.

Como desafio, pedimos que identifiquem, e nos façam che-gar por email, telefone, ou agendando uma reunião, prio-ridades sobre o tema da segu-rança nos bombeiros a desen-volver no futuro. Juntos, em Segurança, somos mais fortes.

Para mais informações ou esclarecimentos, contacte a Divisão de Segurança, Saúde e Estatuto Social da Direção Na-cional de Bombeiros (ANPC), através do telefone 214 247 100 ou do endereço eletrónico [email protected].

Prioridades para os bombeiros, qual a sua opinião?

ALERTA VERMELHO PARA A SEGURANÇAAUTORIDADE NACIONAL DE PROTECÇÃO CIVIL

As seis associações de bom-beiros voluntários da cidade

de Lisboa estabeleceram um protocolo com a Câmara Munici-pal de Lisboa para o reforço do socorro pré-hospitalar na capi-tal.

Com o protocolo é criado o Dispositivo Integrado e Perma-nente de Emergência Pré-hos-pitalar (DIPEPH) como um mo-delo de coordenação, gestão centralizada e otimizada dos meios de emergência pré-hos-pitalar disponibilizados pelas seis associações de bombeiros, inserido no Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM).

O apoio financeiro aos bom-beiros para esse serviço é ga-

rantido em partes iguais a cada uma das seis associações no montante de 7500 euros por trimestre. No arranque, a CML disponibilizou já 15 mil a cada uma das associações por conta

dos dois primeiros trimestres de 2017.

Nos termos do protocolo es-tabelecido com a Câmara Mu-nicipal de Lisboa, os Voluntá-rios de Lisboa, Lisbonenses,

Ajuda, Beato, Campo de Ouri-que e Cabo Ruivo, asseguram, cada um, a disponibilidade permanente de uma ambulân-cia de socorro e respetiva tri-pulação.

Caberá também aos bom-beiros, através das tripulações integradas no DIPEPH o cum-primento de todas as normas e boas práticas no âmbito do SIEM, nomeadamente nas passagens de dados clínicos e eventuais pedidos de apoio ou ajuda diferenciada ao Centro de Orientação de Doentes Ur-gentes (CODU) do INEM.

O DIPEPH integra também o Regimento de Sapadores Bom-beiros (RSB), consagrando

“toda a reforma profunda que temos assumido no RSB” subli-nhou o vereador da Proteção Civil, Carlos Castro ao lembrar também o caminho feito pelo projeto articulado com o INEM, a Autoridade Nacional de Pro-teção Civil (ANPC), coordenado pelo Serviço Municipal de Pro-teção Civil de Lisboa.

O vereador Carlos Castro, admitindo já a possibilidade de vir a aumentar no futur os meios alocados ao Dispositivo, sublinhou ainda o concurso dado, quer pela Liga dos Bom-beiros Portugueses, quer pela Federação de Bombeiros do Distrito de Lisboa, para o tra-balho intenso realizado ao lon-

go de três anos e que foi con-cluído com sucesso.

“Conseguimos colocar as questões e quezílias pessoais à parte e colocar o interesse dos corpos de bombeiros à frente de qualquer outro tipo de interesse e, com isso, servir a cidade de Lisboa”, sublinhou o autarca.

“Queremos aumentar o tipo de resposta, porque também te-mos em consideração os novos reptos demográficos que temos na cidade e, portanto, não po-demos estar diferenciados ou distantes daquilo que é a evolu-ção da própria cidade e temos que olhar para o seu futuro a 5,10 e 15 anos e perceber que há novas necessidades”.

LISBOA

Pré-hospitalar com apoio municipal

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9JANEIRO 2017

“Dois bombeiros caí-ram a um poço, quando tentavam

salvar um gato”, foi desta forma que a notícia chegou aos portu-gueses que puderam na noite de 15 de novembro acompa-nhar, em direto, durante quase duas horas a operação resgate e salvamento dos operacionais dos Voluntários de Agualva-Ca-cém. Jorge Simão inspirava mais cuidados, foi transportado para o Hospital de Santa Maria e Nuno Duarte, com ferimentos ligeiros, seguiu para a unidade de São José. Dias depois esta história voltava ao pequeno ecrã tendo como protagonista a pequena Kika a gatinha preta que, apesar do acidente, os bombeiros não deixaram mor-rer. Mais tarde é a vez de jornal Bombeiros de Portugal tentar valorizar esta história, dando a conhecer o homem que arriscou tudo para salvar os camaradas.

Recusando qualquer estatuto especial, muito menos o de he-rói, o bombeiro Hugo Graça conta ao nosso jornal o episódio que, certamente, lhe terá mu-

dado a vida e reforçado o espí-rito de missão assumido há “vinte e tal anos”, quando abra-çou a causa. Revela que no mo-mento em que a estrutura ce-deu e viu desaparecer os cole-gas temeu o pior, contudo esta-va ciente que uma resposta rápida poderia fazer a toda a diferença. Reconhece que, por isso não hesitou em lançar-se no desconhecido cumprindo o lema “vida por vida”. Hoje, re-conhece, que, no momento pre-valeceu a razão do coração.

“Pensei com o coração e des-ci ao poço, ainda que arriscando que um desmoronamento me deixasse lá também”, assinala, contudo que a preparação e a experiência garantiram o suces-so da trabalhosa e morosa in-tervenção.

Num destes dias, os três bombeiros, acompanhados pela gata Kika reuniram-se no quar-tel e recordaram todos os mo-mentos da longa noite que co-meçou com o alerta de uma moradora para o miar aflitivo do animal. Chegados ao local os bombeiros, enquanto procura-

CACÉM

Depois do susto, satisfação do dever cumpridoO pior já passou, contudo a noite de 15 de

novembro do ano passado ficará para sempre marcada na memória dos

Voluntários de Agualva-Cacém que temeram perder dois dos seus homens,

numa missão de rotina, valeu, no entanto a coragem, ou o coração do bombeiro Hugo

Graça que sem hesitações cumpriu, com êxito, aquela que garante ter sido a mais

difícil das missões.

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

vam o gato, foram traídos pela falta de visibilidade e a vegeta-ção espessa que escondiam a decrépita cobertura de um poço com “quase 20 metros” de pro-fundidade que partiu precipi-tando Jorge e Nuno para uma aparatosa queda. Depois do im-pacto Nuno percebeu que Jorge estava ferido com gravidade e foi tentando apoia-lo no que po-dia até à chegada do socorro. Viveram-se momentos de an-gústia dentro e fora do poço. Entretanto, a pequena gata sur-giu curiosa e não mais saiu de perto de Nuno, aninhando-se no seu ombro como que procu-rando confortá-lo.

“Primeiro pensei que íamos morrer”, diz o chefe Jorge Si-mão, adiantando que percebeu “logo” que a situação era grave que “tinha uma fratura expos-ta”. Hugo desceu de imediato por uma corda garantindo o pri-meiro socorro aos dois opera-

cionais acidentados e abrindo caminho às equipas de resgate em grande ângulo de Almoça-geme e Queluz que retiram do poço os dois bombeiros.

“Este homem foi um herói, agiu com o coração mas sabia

bem o que estava a fazer”, assi-nala o experiente chefe Jorge Simão, ainda em recuperação num processo que se antevê longo, dada a gravidade dos fe-rimentos que ainda o prendem a uma cadeira de rodas.

Dias depois do acidente Nuno Duarte não hesitou em “fazer o que devia” e foi à procura da pequena gata que, entretanto, foi acolhida numa instituição de apoio a animais abandonados. Hoje a Kika, que herdou o nome de um outro gato que viveu muitos anos quartel, tem uma família e revela-se um animal sociável, sendo já uma verda-deira estrela quer em casa, quer no quartel dos Voluntários de Agualva-Cacém.

O comandante Luís Pimentel e o presidente da direção da instituição António Vilela, em declarações ao nosso jornal, valorizam este caso que permi-tiu testar a união da equipa, testar níveis de prontidão e de preparação dos operacionais, confirmar a entrega do bombei-ro Hugo Graça e provar, tam-bém, que a solidariedade é um valor bem presente no seio des-ta enorme família.

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10 JANEIRO 2017

Fazemos o que é nosso dever, sem nada exigir, contudo necessitamos de mais outro apoio ou de um outro reconhecimento

Rui Carvalho, comandante

voz de COMANDO

Com 145 anos de história a Associação Humanitária dos Bombeiros de Santa-

rém exibe os galões de um lon-go percurso marcado pelos bons serviços prestados não só à cidade, mas também ao País. Seguindo o caminho trilhado pelos fundadores, o presidente da direção, Diamantino Duarte e o comandante Rui de Carva-lho não desistem de continuar a escrever a letras de ouro novos capítulos na história desta pres-tigiada instituição, que se im-põe pelo exemplo, pelo dá e não pelo que recebe.

È em tom crítico ou em jeito de análise que presidente e co-mandante abordam as coisas

da causa, apontam o dedo às injustiças da lei de financia-mento e aos critérios de apoio das autarquias aos bombeiros, quase sempre assente na equi-dade, mesmo quando a descri-minação positiva se impõe, ten-do em conta fatores como o nú-mero de habitantes, serviços prestados e meios colocados ao serviço das populações ou a di-mensão e a complexidade do território.

“Não nos preocupa que os outros estejam bem, só não queremos estar mal, até por-que sei que podíamos fazer me-lhor se nos fossem dadas as mesmas condições concedidas a outros corpos de bombeiros”,

dignidade. Depois de uma longa batalha os Voluntários de San-tarém deixaram o velhinho quartel do centro da cidade e desde 2007 que ocupam mo-dernas e operacionais instala-ções erguidas a expensas pró-prias.

O comandante conta que a mudança de casa abriu portas a outras alterações, ao início de um novo ciclo. Atualmente, são poucas, ou nenhumas as lacu-nas. Recursos humanos de ex-ceção, devidamente formados e equipados e apoiados por bons meios, são garantias de um ser-viço de qualidade prestados aos mais de 40 mil habitantes da área de intervenção dos Volun-

tários de Santarém que é aliás comum à do corpo municipal. Esta partilha territorial é, hoje, uma questão completamente pacífica, existindo uma “exce-lente parceria” entre os dois quartéis, e boas relações entre operacionais, como faz questão de salientar Ricardo Carvalho.

Este efetivo conta altamente com 72 elementos que mere-cem muitos elogios e o maior reconhecimento tanto da dire-ção como do comando. Ricardo Carvalho fala e um grupo sem-pre disponível para atender às solicitações quer no concelho, quer noutras zonas do País no-meadamente no âmbito dos Dispositivo Especial de Comba-

te a Incêndios Florestais (DE-FIC).

Com dificuldades sentidas, de norte a sul de Portugal, no recrutamento de novos volun-tários importa “cativar”, dar condições de trabalho, garantir os meios, bem como investir na formação e valorização pessoal destes homens e mulheres, uma estratégia que na associa-ção tem obtido bons resultados, segundo assinalam presidente e comandante.

“Ser voluntário é assumir responsabilidade” diz Ricardo Carvalho, para reconhecer que os homens e mulheres que en-vergam a farda de Bombeiros de Santarém para além de

SANTARÉM

“Ser voluntário é assumirNos Voluntários de Santarém, direção e

comando falam a uma só voz, optando por tom crítico na análise às questões que

apoquentam associações humanitárias e corpos bombeiros. A discricionária lei de

financiamento e a falta de apoios são questões incontornáveis, mas não

justificam a resignação do setor e assim sendo nesta instituição a palavra de ordem é trabalho para que nada falhe no socorro

no concelho de Santarém.Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

diz Diamantino Duarte, para depois esclarecer que a autar-quia escalabitana, ao contrário do que aconteceu no passado, está agora mais atenta à reali-dade dos bombeiros, num con-celho que conta com três cor-pos voluntários e um municipal.

O dirigente faz questão de voltar ao passado para dar con-ta da evolução da instituição que há uma década funcionava em instalações sem qualquer

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11JANEIRO 2017

O novo Plano Intermunicipal de Defesa da Floresta Con-

tra Incêndios (PIMDFCI) foi aprovado pelo Instituto de Con-servação da Natureza e das Flo-restas (ICNF), após parecer prévio da Comissão Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios. Este documento es-tratégico para a proteção do nosso património florestal e para a segurança do território tem uma vigência de cinco anos e abrange as áreas dos conce-lhos de Palmela, Setúbal e Sesimbra.

À semelhança do predecessor, o PIMDFCI inclui a informação base, ocupação do solo e histórico de incêndios florestais e identifica as várias in-fraestruturas de defesa da floresta.

O documento estabelece, também, o planea-mento assente em cinco eixos de intervenção, que passam pelo aumento da resiliência do terri-

tório face aos incêndios florestais e por ações de sensibilização e informação junto da população. Dentro do PIMDFCI encontra-se o Plano Opera-cional Municipal (POM), que define a operaciona-lização, em particular, no que respeita às ações de vigilância, deteção, fiscalização, primeira in-tervenção, combate, rescaldo e vigilância pós--incêndio.

INCÊNDIOS

Aprovado novo plano de defesa da floresta

O presidente da Junta de Freguesia de Cascais--Estoril, Pedro Morais Soares, visitou as ins-

talações dos Bombeiros Voluntários de Cascais para se inteirar das necessidades da instituição e do aumento significativo de atividade com que os bombeiros se têm confrontado nas últimas sema-nas no âmbito do socorro pré-hospitalar.

Recebido pela direção e comando, o autarca vi-sitou as instalações, com especial incidência na área operacional e ficou a par da principal preo-cupação atual da instituição, que se traduz na ne-

cessidade de substituir os cacifos masculinos e femininos do corpo de bombeiros.

Os cacifos existentes foram instalados nos bal-neários do corpo de bombeiros há mais de duas décadas quando o atual quartel foi inaugurado. Os cacifos em causa, além de acusarem o des-gaste próprio dos anos e do uso permanente, manifestam-se também inadequados, por exigui-dade do seu espaço interior, para a necessidade de guardar todos os equipamentos de proteção que os bombeiros hoje em dia utilizam

CASCAIS

Autarca apura necessidades

O Orçamento Participativo (OP) promovido pela Câma-

ra Municipal de Vila Franca de Xira e votado pela população lo-cal garante em 2015 e 2016 perto de um milhão de euros às associações de bombeiros lo-cais.

O OP de 2015, com 275 mil euros, apoiou os Bombeiros Vo-luntários de Castanheira do Ri-batejo com 60 mil euros para a aquisição de uma ambulância de socorro, já inaugurada, os Bom-beiros da Póvoa de Santa Iria com 155 mil euros empregues na obtenção de um veículo ligei-ro de combate a incêndios e equipamentos de proteção indi-vidual (EPI), a inaugurar em 5 de fevereiro próximo, e os Vo-luntários de Vialonga com 60 mil euros para a aquisição de uma ambulância de socorro, a inau-gurar em 19 de fevereiro próxi-mo.

Em 2016 a votação dos proje-tos candidatados ao OP permitiu aos bombeiros obter 695 mil eu-ros a distribuir pelos Bombeiros de Alhandra, Alverca, Castanhei-ra do Ribatejo e Póvoa de Santa Iria.

Os Bombeiros de Alhandra re-cebem 120 mil euros para a aquisição de equipamentos di-

versos, os de Alverca recebem 235 mil para adquirirem EPI e um veículo tanque urbano, os de Castanheira do Ribatejo recebem 85 mil para obterem um veículo de apoio logístico específico e os Bombeiros da Póvoa de Santa Iria recebem 255 mil euros para a aquisição de um veículo urbano de combate a incêndios.

VILA FRANCA DE XIRA

OP apoia com um milhão

Sei que ainda podíamos fazer melhor se me fossem dadas as mesmas condições que dão a outros corpos de bombeiros

Diamantino Duarte, presidente da direção

palavra de PRESIDENTE

Fundada a 29 de outubro de 1871, a Asso-ciação Humanitária dos Bombeiros Voluntá-

rios de Santarém tem a sua história como es-tandarte, que dirigentes e bombeiros fazem questão de dignificar dentro e fora de portas.

A instituição que dá emprego a 17 pessoas, tem como objeto único a dinamização do cor-po de bombeiros que conta atualmente com 72 operacionais.

O moderno, amplo e funcional quartel inau-gurado em 2007 surge como a obra maior desta equipa e a realização do sonho concreti-zado à escala imposta pelas reais necessida-des tendo com elemento central a operaciona-lidade.

Os Voluntários de Santarém partilham terri-tório com outros dois corpos de bombeiros vo-luntários e um municipal, servindo uma popu-lação que ascende a 40 mil pessoas numa vasta e heterogénea área territorial.

Cartão de visita

cumprirem as obrigações “dão muito mais”. O responsável operacional garante que por aqui os números traduzem real-mente a atividade desenvolvida citando os casos de vários ope-racionais “com 1900 horas de piquetes”. Reforçando as pala-vras do comandante, Diamanti-no Duarte enaltece o espírito de missão deste grupo que, subli-nha, em tom irónico, “só equi-pamento de trabalho” porque não necessita de “farda de pas-seio”.

O trabalho e a “gestão muito rigorosa” permitem dar respos-tas às necessidades do dia a dia, bem como à renovação da frota e de todo o restante equi-pamento contudo aspirações antigas continuam por concreti-zar, talvez porque não depen-

dem da persistência da associa-ção, mas da vontade política de outras entidades, nomeada-mente da Autoridade Nacional de Proteção Civil e Instituto Na-cional de Emergência Médica que “insistem” em prejudicar os concelhos com corpos de bom-

beiros municipais inviabilizando a criação de Equipas de Inter-venção Permanente e a instala-ção de Postos INEM e desta for-ma prejudicando as instituições que, voluntariamente, apenas querem servir mais e melhor as populações.

SANTARÉM

responsabilidade”

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12 JANEIRO 2017

A assinalar 70 anos de existência, a Associação Humanitária dos Bom-

beiros Voluntários de Miranda do Corvo, conta já com um longo historial em matéria de serviço público prestado não apenas a este concelho, mas também ao distrito de Coimbra e ao País.

O presidente da direção, Eu-rico Soares e o comandante Fernando Jorge Rodrigues as-sumem o papel de anfitriões e conduzem os jornalistas numa visita guiada à instituição que se orgulha do passado, mas também do presente marcado pela “estabilidade”, escorada em sacrifícios partilhados e muito trabalho que obrigam dirigentes e operacionais a ar-regaçarem as mangas, a faze-rem muito e de tudo um pou-co, para que nada falhe na proteção e socorro das popula-ções.

Os 122 bombeiros “no ati-vo”, como faz questão de re-

forçar o comandante, provam que a propalada crise do vo-luntariado não entrar em ter-ras de Miranda do Corvo, onde não se registam dificuldades no recrutamento de novos ele-mentos e a renovação é um processo “tranquilo”, garante Fernando Jorge Rodrigues, su-blinhando o assinalável núme-ro de candidaturas espontâ-neas que dão entrada no quar-tel. O presidente da direção acredita que “a mística” conti-nua a arregimentar efetivos para a causa, “na maioria fa-miliares e amigos dos bombei-ros”, que se deixam contagiar pelo entusiasmo e pelo espírito de missão que movem este contingente da paz.

Esta é, sem dúvida, uma equipa dinâmica que de tudo faz para garantir condições de excelência aos operacionais que intervêm nos mais distin-tos teatros de operações. Há já mais de 16 anos que a de-signada “comissão do bar”

MIRANDA

Voluntariado àSão cerca de 120 os homens e mulheres

que cumprem serviço voluntáriono quartel dos Bombeiros de Miranda

do Corvo, provando a solidezde uma estrutura à prova

da indisponibilidade que vai abalando muitas congéneres um pouco

por todo o país.

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

chama a si a responsabilidade de colmatar lacunas renovan-do e modernizando os meios colocados à disposição do con-celho. Cerca de duas dezenas de bombeiros assumem a ges-tão do bar da associação, pro-movem bailes e passeios de viaturas antigas e participam em feiras e eventos de forma a angariar as receitas que já permitiram adquirir cinco am-bulâncias, pagar 50 por cento de um veículo tanque de gran-de capacidade (VTGC), instalar no quartel uma cozinha indus-

Os bombeiros voluntários não podem pedir licenças sem vencimento para fazerem as suas formações

Fernando Jorge Rodrigues, comandante

voz de COMANDO

trial para apoio às grandes ocorrências e comprar equipa-mento de som e imagem para a associação.

“Tudo o que der cinco tos-tões a malta faz”, diz o co-mandante que, também inte-gra esta determinada equipa.

O esforço e tenacidade de dirigentes e bombeiros trans-parece para o exterior e mere-ce reconhecimento nomeada-mente da autarquia que assu-me há muito uma parceria com a instituição traduzida também em ações de preven-ção, nomeadamente nas áreas florestais, que em muito facili-tam a missão dos bombeiros.

Eurico Soares regista que, ainda recentemente, a autar-quia assumiu o financiamento de um veículo florestal de combate a incêndios (VFCI) .

“O apoio das câmaras muni-

cipais é imprescindível para a sustentabilidade destas insti-tuições”, diz o dirigente, de-fendendo uma ampla colabo-ração institucional até porque, como indaga, “o que seria das autarquias, dos concelhos deste País sem os seus bom-beiros?”. Da mesma forma, presidente e comandante re-gistam com satisfação a proxi-midade com as juntas de fre-guesia que ajudam “no que podem” e até estão represen-tadas nos órgãos sociais da instituição, uma presença que se justifica plenamente pelo conhecimento que os autarcas têm não só o território, mas também das suas gentes.

O presidente salienta a ad-miração que a população tem pela instituição e pelos solda-dos da paz, contudo, conside-ra imperioso reforçar laços,

anunciando que 2017 marcará o início de um programa que visa levar a associação às vá-rias freguesias do concelho de Miranda do Corvo com a dina-mização de atividades que permitam dar a conhecer a realidade dos bombeiros.

Sem grandes necessidades, o comandante reconhece con-tudo ser necessário continuar a investir na proteção indivi-dual para o combate a incên-dios urbanos, ainda que, re-centemente, a direção tenha “adquirido 40 equipamentos completos”. No futuro e logo que a tesouraria o permita terá que ser equacionada a substituição de um autotan-que, reconhece Fernando Jor-ge.

O quartel sede e a secção destacada, instalada na fre-guesia de Semide que alberga

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13JANEIRO 2017

DO CORVO

prova de crisecerca de 30 operacionais, dis-põem de boas condições ope-racionais, consideram presi-dente e comandante até por-que ao longo dos últimos anos têm vindo a receber “uma ou outra intervenção” que permi-tem adaptar os espaços às no-vas necessidades quer a nível de conforto, quer de operacio-nalidade.

Formar e preparar mais de uma centena de homens e mulheres para as várias va-lências do socorro é uma preocupação constante que exige investimento, até por-que, segundo denuncia o co-mandante a Escola Nacional de Bombeiros continua a não

adaptar a oferta à condição voluntária da maioria dos ope-racionais, que não podem dei-xar a sua vida profissional para cumprir as formações exigidas. Para colmatar este

problema a direção tem recor-rido a empresas privadas, ten-do recentemente desembolsa-do uma verba de 11 mil euros para formar tripulantes de ambulância de socorro.

“Os bombeiros voluntários não podem pedir licenças sem vencimento para fazerem as suas formações”, diz o coman-dante reconhecendo, no en-tanto, que as associações “não podem fugir às suas res-ponsabilidades” e assim há que encontrar mecanismos que levem o saber que permi-te salvar aos quartéis.

O comandante fala com or-gulho da “sede de conheci-

O que seria das autarquias, dos concelhos deste País sem os seus bombeiros?

Eurico Soares, presidente da direção

palavra de PRESIDENTEFundada a 10 de novembro de 1946, A As-

sociação Humanitária dos Bombeiros Vo-luntários de Miranda do Corvo conta, atual-mente, com duas dezenas de funcionários, uma equipa que permite garantir prontidão no socorro e qualidade no serviço prestado a um território com pouco mais de 126 quiló-metros quadrados a uma população que ron-da os 15 mil habitantes distribuídos pelas quatro freguesias deste município do distrito de Coimbra.

São cerca de 120 os operacionais que in-tegram o CB0617, entre os quais 31 mulhe-res. Para além do quartel sede esta força as-

segura, ainda, desde de 2006, o funciona-mento de uma secção de destaque em Semi-de, onde 32 bombeiros cumprem a missão de salvar vidas.

Cartão de visita

mento” dos seus efetivos que “aproveitam muito bem todas estas ações, dão tudo de si”, desta forma é uma obrigação valorizar e o fomentar este “entusiasmo” em prol da qua-lificação do serviço prestado à comunidade.

Apesar de todo o trabalho desenvolvido e da aparente facilidade com que se move esta equipa a verdade é que só o trabalho permite enfren-tar as adversidades tais como os incumprimentos das unida-des hospitalares que conti-nuam a atrasar o pagamento dos serviços prestados pelos bombeiros e a criar problemas nas tesourarias destas insti-

tuições, denuncia o Eurico Soares, garantindo contudo que o rigor das contas garante estabilidade e o satisfação de todos os compromissos assu-

midos, nomeadamente com os funcionários, uma das pe-dras basilares deste projeto que se ergue nos esforço de todos.

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14 JANEIRO 2017

A distinção de Álvaro Guerreiro com a Fénix de Honra da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP)

constituiu o momento maior da Gala dos Bombeiros do distrito da Guarda que, este ano, teve como ce-nário a cidade de Gouveia. Nesta sétima edição do evento, que reuniu mais de três centenas de pes-soas, foram, uma vez mais, homenageados dirigen-tes, bombeiros, entidades e individualidades que se destacam pelo apoio que prestam à causa.

A festa teve como cenário o pavilhão multiusos do Parque da Senhora dos Verdes pequeno para acolher os representantes de 19 das 23 associações do distrito, bombeiros com e sem farda e muitos convidados. O reconhecimento e a gratidão aquece-ram a gélida noite de 14 de janeiro, marcada, tam-bém, por reencontros, partilha de ideias e de expe-riências e, obviamente, pelo saudável convívio.

O tributo de Álvaro Guerreiro uniu todos numa sentida aclamação a uma figura consensual que, conforme sublinhou o comandante Jaime Marta Soares, presidente do conselho executivo da LBP, “tudo deu aos bombeiros”, sendo por isso merece-dor da Fénix de Honra, uma das mais importantes condecorações atribuídas no seio dos bombeiros. O responsável máximo da confederação falou do ami-go sempre disponível, mas deu especial enfoque ao “homem bom que tem feito coisas extraordinárias, profissional competente, um bombeiro dos mais qualificados” que tem dedicado a vida à causa do voluntariado, que serviu com particular entrega.

Perante a vasta plateia, o responsável máximo da confederação, começou por saudar todos os que trajam de soldados da paz no distrito da Guarda e deixou palavras de estima e admiração pela missão,

GOUVEIA

Liga distingue Álvaro Guerreiro

também, desempenhada pelos “bombeiros sem far-da”.

Em Gouveia o presidente da LBP falou do impor-tante trabalho das associações e corpos de bombei-ros que não se limita ao socorro e abrange muitos outros setores sendo um importante motor do de-senvolvimento social dos territórios que servem.

Salientou, ainda, o importante papel e a pujança do voluntariado, que “está bom e recomenda-se” até porque os números do recenseamento não dão conta de decréscimo “há muitos anos se mantém nos 30 mil bombeiros, sem baixar dessa fasquia”, assim sendo, assinalou, “melhor é difícil”.

Elencou ainda as reivindicações e as lutas trava-das pela confederação, lembrou as dificuldades com que se debate o setor, assegurando que não baixará os braços na defesa dos interesses dos bombeiros de Portugal.

Na noite de todas as homenagens foram ainda agraciados os comandantes Carlos Soares (Gou-veia), Joaquim Bogas (Sabugal), Joaquim Barata (Soito) que depois de longos anos de bons serviços prestados, deixando um exemplo que perdurará, in-gressaram, com todo o mérito, no quadro de honra, sem, contudo, esconderem a emoção do momento da despedida dos teatros de operações, mas que, certamente, estreitará a ligação às instituições que tanto dignificaram.

Durante a gala foram ainda agraciados, por pro-posta das associações humanitárias e corpos de bombeiros do distrito António Baptista Ribeiro, pre-sidente da Câmara Municipal de Almeida (Almeida); Corpo de bombeiros (Aguiar da Beira), Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Celorico da Beira (Celorico da Beira); funcionários da asso-ciação (Famalicão da Serra); 2.º comandante Ar-mando Costa (Fornos de Algodres); 2.º comandante do Quadro de Honra Agostinho dos Santos Oliveira Pinto (Folgosinho); Comandante Carlos Soares (Gouveia); Joaquim Mingacho (Guarda); Lino Sarai-va Trindade, vice-presidente da direção de 2013 a 2016 (Manteigas); Comissão do Bar da associação (Meda); Adelina Gonçalves (Pinhel); NAPO - Aces-sórios Auto e Equipamentos, Lda (S. Romão); Pada-ria 5 Quinas (Sabugal); Paulo Jorge Simões Hortên-sio (Seia); Comandante Joaquim Adónis Barata (Soito); Corpo ativo (Trancoso); Grupo de TAS do corpo de bombeiros (Vila Nova de Foz Côa); Francis-co Alves de Campos (Vila Nova de Tazém) e a sub-chefe Sofia Maria Alves Delgado (Vila Franca das Naves).

Nesta sessão presidida por Jaime Marta Soares da LBP, marcaram também presença entre outras individualidades Pedro Lopes, Diretor da Nacional de Bombeiros; José Ferreira, presidente da Escola Na-cional de Bombeiros; Comandante Fernando Vilaça,

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15JANEIRO 2017

GOUVEIA

em gala distrital

provedor do associado da LBP; Paulo Amaral, presi-dente da Federação dos Bombeiros do Distrito da Guarda; António Fonseca, Comandante Operacional

Distrital, para além dos presidentes das autarquias de Gouveia e de Almeida, vários outros autarcas di-rigentes e bombeiros de todo o distrito.

O Pavilhão Municipal de To-mar vai receber em 4 de

Março próximo o XVIII Encontro Nacional de Colecionadores, promovido pelos Amigos do Co-lecionismo e integrado nas co-memorações dos Bombeiros Municipais de Tomar.

O encontro vai permitir, mais uma vez, eleger o vencedor do prémio “Melhor Peça”, a selecio-nar entre as peças apresenta-das na mostra.

Qualquer contacto sobre o encontro deverá ser dirigido ao subchefe Victor Domingos dos Municipais de Tomar para o nú-mero 913691902

TOMAR

Encontro nacional de colecionadores

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A Real Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Vizela foi distinguida com o

“Prémio Consagração” na IV Gala da Rádio Vizela, o prémio surpresa mais importante deste evento anual.

“Sem que o esperássemos, começamos o ano de 2017 a antecipar as comemorações dos 140 Anos da Associação” confidenciou-nos o presi-dente da direção, João Costa a propósito da dis-tinção recebida adiantando ainda que, “é indubi-tavelmente um acontecimento marcante que

deve ficar bem patenteado nos registos históricos da nossa Associação e é, sem sombra para dúvi-das, um reconhecimento público pelo trabalho idóneo e abrangente desenvolvido”.

Os Bombeiros de Vizela foram, entre as 65 existentes, a primeira associação do município a ser distinguida na Gala Rádio Vizela.

O presidente João Costa recebeu o ‘Prémio Consagração’ atribuído à Associação, na presença do vice-presidente, José Manuel Pires, e da ad-junta de comando, Ana Luísa.

VIZELA

Bombeiros recebem prémio

O Governo dos Açores no-meou o tenente-coronel

Carlos Manuel Vicente Neves para o cargo de Presidente do Serviço Regional de Pro-teção Civil e Bombeiros dos Açores.

Carlos Manuel Vicente Ne-ves, que assumiu as novas funções em 23 de Janeiro úl-timo, ingressou na Força Aé-rea em Janeiro de 1983 no Curso Técnico de Manuten-ção de Material Aéreo, desempenhou funções na Base Aérea n.º 4, Lajes, como comandante da Esquadrilha de Manutenção de Aeronaves da Esquadra 711 em 1992 e, mais tarde, como comandante do Grupo de Apoio.

Entre 2004 e 2011, o tenente-coronel Carlos Neves foi colocado no Aeródromo de Trânsito n. º1, onde desempenhou funções de coman-dante de Esquadra de Apoio, em acumulação com as funções de segundo comandante.

Durante esse período foi responsável pela

preparação, organização e execução dos pla-nos e ações desenvolvidos na receção e na se-gurança a altas individualidades.

O novo residente do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores acu-mula um conjunto de 12 louvores e nove con-decorações a nível nacional e internacional, tendo sido agraciado em 2016 com o Grau de Comendador da Ordem Militar de Avis pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

AÇORES

Proteção Civil e Bombeirostêm novo presidente

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16 JANEIRO 2017

O casino da Figueira da Foz, acolheu no dia 28 de janeiro cerca de 600 re-

presentantes das associações humanitárias e corpos de bom-beiros de todo o território conti-nental e ilhas, no 20.º congres-so extraordinário que permitiu cumprir a decisão de alteração dos Estatutos da Liga dos Bom-beiros Portugueses, tomada no congresso de Coimbra em Ou-tubro de 2014.

“Nunca cederei a pressões, independentemente de quem as faz e das suas motivações”, palavras do secretário de Esta-do da Administração Interna, Jorge Gomes, que aproveitou a sessão de abertura do congres-so para responder às criticas dos bombeiros às escolhas da Autoridade Nacional de Prote-ção Civil para os comandos dis-tritais. Sem eufemismos e tom critico o governante não deixou de saudar “ a elevação da Liga dos Bombeiros Portugueses no processo de designação dos co-mandantes distritais”, mas la-mentou que “essa postura não

tenha sido seguida por todos” o que resultou, disse, “em pro-cessos inaceitáveis de destrui-ção de caráter de cidadãos im-polutos e competentes que não foram designados para qual-quer cargo”. Jorge Gomes foi mais longe e falou de mesqui-nhez para classificar a celeuma que a escolha está a levantar em vários distritos do país e embora sem especificar ficou claro que o aviso tinha vários destinatários, sobretudo em Aveiro.

O secretário de Estado da Ad-ministração Interna, convidado a participar na sessão de aber-tura que antecedeu longas ho-ras de trabalho, começou por enaltecer a missão dos “solda-dos do paz que servem o povo sem nada esperem em troca”, para depois elencar alguns dos projetos e medidas que susten-tam a estratégia do Governo para o setor, nomeadamente a isenção de taxas moderadoras no Serviço Nacional de Saúde, a redução da taxas de IRS na compensações pagas pelo tra-

20.º CONGRESSO EXTRAORDINÁRIO DA LBP

Bombeiros pela modernidade e inovação estatutáriaA Liga dos Bombeiros Portugueses aprovou, no passado dia 28 de janeiro em congresso extraordinário realizado na Figueira da Foz

a revisão estatutária, bem como um conjunto de alterações aos regulamentos do Fundo de Proteção Social do Bombeiro

(FPSB) e das Distinções Honoríficas.Num encontro muito participado dirigentes

e bombeiros abriam portas á inovação à modernização adaptando assim

documentos estratégicos a novas exigências.

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

balho voluntário e numa outra vertente o apoio à moderniza-ção de infraestruturas e veícu-los operacionais com recurso a fundos comunitários, a isenção de imposto sobre veículos ope-racionais e de transporte de doentes, promoção de Equipas de Intervenção Permanente (EIP), reforço do Fundo de Pro-teção Social do Bombeiro. Con-siderando que “ainda muito está por fazer” Jorge Gomes adiantou que o Governo está ainda a ultimar outras medidas como a criação do cartão social do bombeiro e a “profunda” re-visão do estatuto do bombeiro profissional.

A terminar falou da nova “Es-tratégia de Proteção Civil Pre-ventiva”, que deverá, breve-mente, ser analisada em sede Conselho de Ministros, mas que

no essencial prevê a descentra-lização de competências para os municípios e freguesias, re-forçando o patamar local do sis-tema nas áreas da prevenção do planeamento de emergên-cia, do alerta, do aviso às popu-lações e da sensibilização”.

O presidente da Câmara Mu-nicipal da Figueira da Foz, João

Ataíde e Lídio Lopes, presidente dos bombeiros voluntários do concelho anfitrião deram as boas vindas aos congressistas e convidados e foram unânimes no reconhecimento da impor-tância do evento para cidade e para o distrito de Coimbra.

O encontro magno começou em tom crispado, não que os

documentos tenham merecido aturada análise, mas porque al-guns congressistas alegaram “pouco tempo” para analisar os documentos, designadamente os estatutos, o que levou, aliás, a Federação dos Bombeiros do Distrito de Setúbal a propor o adiamento do congresso em 30 dias, mas a pretensão não me-receu o acolhimento dos dele-gados. Nas intervenções iniciais Eduardo de Brito presidente da direção dos Bombeiros de São, Romão e Jacinto Domingos, presidente da Assembleia Geral dos Bombeiros de Mem-Martins protagonizaram as interven-ções mais críticas, reduzindo a alteração estatutária a uma es-tratégia de reforço dos poderes do presidente da confederação.

Em tom mais conciliador e apelando à mobilização geral e

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17JANEIRO 2017

20.º CONGRESSO EXTRAORDINÁRIO DA LBP

Bombeiros pela modernidade e inovação estatutária

à união em torno dos Bombei-ros o presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Viseu, José Amaro Nunes, Eduardo Correia, presidente da direção dos Bombeiros de Sul e Sueste e Armando Soares, pre-sidente da direção dos Bombei-

ros Voluntários do Dafundo que apresentou uma recomenda-ção, subscrita por várias asso-ciações, visando a resolução de problemas que as todos dizem respeito.

O documento aprovado, en-tre outros pontos, alerta para a

necessidade urgente da criação de uma Direcção Nacional de Bombeiros, liderada por perso-nalidades do universo dos bom-beiros e não oriundas de outras forças militares”, apela “à rejei-ção da possibilidade do INEM poder afetar processos de lega-

lização de viaturas retroativa-mente” e exige “o pagamento da dívida do Ministério da Saú-de aos corpos de bombeiros, celebrando um plano onde constem valores e prazos”.

Provando que as questões

que aproximam os bombeiros de todo o pais, são mais das que os afastam, já ao início da tarde os congressistas, por lar-ga maioria, acabaram por apro-var os novos estatutos, um do-cumento que, segundo Jaime Marta Soares, permite alinhar a

estratégia da LBP com “novos desafios da sociedade a que os bombeiros pretendem respon-der, como sempre, de forma proativa”.

Segundo o presidente da confederação “as alterações aprovadas permitem valorizar,

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18 JANEIRO 2017

dignificar mas também simplifi-car e agilizar o funcionamento da Liga no desempenho e con-cretização dos seus desígnios e objetivos”.

As grandes “novidades” des-te documento surgem com o alargamento dos mandatos de 3 para 4 anos, o limite de três mandatos para os presidentes dos vários órgãos, o reforço das competências do conselho exe-cutivo e do Conselho Nacional, a criação do Conselho Nacional Operacional e do Conselho das Federações e a extinção do Conselho Superior Consultivo. Os estatutos institucionalizam, ainda, a figura do Provedor dos associados, já existente, mas cujo papel fica assim também reforçado.

As alterações registam mu-danças significativas, “não só para a consolidação dos objeti-vos atuais da LBP, mas também para novas áreas domínios e desafios em que os bombeiros

querem acompanhar reforçan-do assim, a sua identidade e missão”, como defende o co-mandante Jaime Marta Soares.

LBP promove justiça socialPromover a justiça social,

melhorar as condições de apoio e facilitar a utilização do Fundo de Proteção Social do Bombeiro (FPSB) constituem a linhas orientadoras do novo regula-mento, aprovado neste con-gresso extraordinário.

O novo documento que agora se apresenta como uma espécie de manual, permite uma con-sulta facilitada, conforme escla-rece o presidente da confedera-ção esclarecendo que foram “introduzidas novas normas re-gulamentares que permitem estabelecer uma maior relação de responsabilidade e de envol-vência entre os bombeiros e o FPSB, criando-se direitos e de-veres, que deverão ser cumpri-dos por ambas as partes, para que, entre outros objetivos, a

resolução dos respetivos pro-cessos seja cada vez mais céle-re e fiável”.

“Na salvaguarda de um futu-ro cada vez mais exigente, im-portava definir objetivos e me-

tas a atingir e abrir à possível participação ou criação de uma IPSS ou Fundação de âmbito

social, pois há que estar sem-pre preparado para enfrentar os combates e as permanentes realidades que se colocam no dia-a-dia aos Bombeiros Portu-gueses”, aprofunda Jaime Marta Soares.

Chancelaria disciplina distinções

O Regulamento de Distinções Honorificas da Liga dos Bombei-ros Portugueses aprovado a 28 e janeiro, prevê a criação de uma chancelaria, que terá como missão “acompanhar, discipli-nar e tornar mais célere” o pro-cesso de concessão das distin-ções.

Com o intuito de repor justiça e conferir o justo valor às con-decorações atribuídas pela con-federação, foram instituídas no-vas distinções, designadamente o Grande Colar de Mérito, o Crachá de Cidadania e Mérito e a Medalha de Altruísmo.

Ao tomar esta iniciativa pes-soal em falar sobre o Con-

gresso e sobre o que se pas-sou no mesmo, não é mais do que opinar a posteriori e com a cabeça fria (como às vezes convém) sobre assuntos que dizem respeito a todos os Bombeiros Portugueses e como tal sobre o Corpo de Bombeiros Voluntários que co-mando.

Assim, decidi escrever sobre as emoções, sentimentos, opi-niões, ideias e estado de alma do que vi, senti e vivi durante o decorrer dos trabalhos do Congresso.

Sinceramente, no início dos trabalhos, senti-me “perdido” no meio de tantos Comandan-tes, Presidentes da Direção e Presidentes de Federações. Sentado no meu cantinho aco-modado como é meu hábito e como açoriano que sou, o quanto mais possível quieti-nho, assisti às discussões, acusações, às verdades, às mentiras, às palavras simpáti-cas e às menos simpáticas que a certa altura pensei que esta-ria no meio de um estado

guerra, do qual eu não fazia parte e nem mesmo queria fa-zer parte do mesmo.

Quanto às questões propria-mente ditas. A alteração dos Estatutos, foi a mais falada e a mais comentada, ou melhor discutida. As opiniões conver-gentes eram mais que muitas mas também houve opiniões divergentes. É bem verdade que da discussão nasce a ver-dade e a clareza das coisas. O que não achei correto e até pouco ortodoxo, roçando a in-conveniência, foi o facto de acusações feitas ao Conselho Executivo da Liga na pessoa do Comandante Jaime Marta Soares. Falarem do mesmo, como se o mesmo agora fosse um ditador, um usurpador de poder. Sinceramente, a maio-ria de nós votou na sua lista. Agora, existem os contestatá-rios que, não sei a troco de quê, acharam que o alvo e o “inimigo” a atingir seria o ho-mem que tem mostrado que os Bombeiros estão vivos, têm um lugar próprio na sociedade e na política da saúde que al-guém continua a não reconhe-

cer e a oferecer uma enorme resistência aos direitos que te-mos enquanto Bombeiros.

O Comandante Jaime Marta Soares é contestatário? É incó-modo para muita gente? Claro que é e ainda bem que o é, se não fosse assim nós Bombei-ros continuaríamos no maras-mo, no esquecimento e a ser-mos tratados como os coitadi-nhos da sociedade e os paren-tes pobres da saúde.

O Conselho Executivo da Liga quer mais poder? E muito bem. Se não tiverem poder, não poderão negociar junto dos políticos e de quem gover-na este País. Isso é mau? Que-

remos direitos e mais regalias e não damos o poder a alguém para negociar por nós? Isso é um contrassenso.

Sobre a extensão do Conse-lho Nacional Consultivo, con-cordo plenamente porque quando se quer misturar fun-ções, esse órgão deixa de ter razão de existir.

Louvo o facto de ser criado o Conselho Nacional Operacio-nal, no qual os Comandantes terão direito de opinar e até proporem questões com a operacionalidade dos seus Corpos de Bombeiros. Cada Federação terá direito a ter um Comandante nesse Conselho.

Muito bem. Pena é, que o Pre-sidente da Federação dos Bombeiros dos Açores não es-teve presente nos trabalhos.

Em relação, aos dois outros assuntos da ordem de traba-lhos nem me vou pronunciar, dada a consensualidade das mesmas pelos presentes.

Gostaria de salientar duas intervenções que me deixaram realmente satisfeito como Co-mandante de Bombeiros por-que espelhei-me nas mesmas e o que disseram é o que real-mente se pretende para os Bombeiros. O Presidente da Federação de Aveiro e o Co-mandante de Caldas da Rai-nha. Aquilo é que é falar e a bombar. É destes homens que precisamos nos Bombeiros. Falarem das verdades, diretas e sem rodeios. Muito bem. Me-recem os aplausos dos nossos Bombeiros. Meus amigos, CDOS, CODIS? Percebo muito bem. Pessoas para andarem a confundir o que é fácil. Na mi-nha terra, diz-se e muito bem pessoas para enriçarem. Para que servem os Comandantes? Para serem vassalos desses

senhores? Não somos Coman-dantes por direito próprio?

Sabem, felizmente no mo-delo existente na Região Autó-noma dos Açores não existem CDOS nem CODIS e nunca será um bom modelo para nós.

Desvirtuaram o nome dos Bombeiros Portugueses em Portugal Continental ao extin-guirem o Serviço Nacional de Bombeiros e Proteção Civil. Como o próprio nome indica Autoridade Nacional de Prote-ção Civil não tem na sua desig-nação Bombeiros. Os que tra-balham deixaram de existirem não só no nome mas na sua essência. Por cá continuamos e continuaremos no sistema que se designa de Serviço Re-gional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores. Outra coisa não poderia ser porque somos a coluna vertebral da Proteção Civil.

Bem hajam os Bombeiros Portugueses.

A Bem da HumanidadeLuís Picanço

(Comandante do Corpo de Bombeiros Voluntários de

Angra do Heroísmo)

FIGUEIRA DA FOZ

Um olhar sobre o congresso

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19JANEIRO 2017

Em início de novo ano, o pre-sidente da direção da Asso-

ciação Humanitária de Bombei-ros Voluntários de Fátima (BVF) avalia positivamente o serviço empreendido pela corporação em 2016. Alberto Caveiro reco-nhece, no entanto, a grande discrepância existente entre os meios de intervenção e o eleva-do número de solicitações a que os bombeiros são chamados.

O presidente lembra ainda a urgência do novo quartel e que continuam a ocupar instalações em precárias condições na cave do centro de saúde local e com as viaturas estacionadas em terreno propriedade de congre-gação religiosa.

“Posso apresentar um exem-plo recente. A 29 de dezembro de 2016 ocorreu mais um aci-dente com gravidade na aveni-da Papa João XXIII. Envolveu um automóvel e uma moto e resultou em 4 feridos, um deles em estado grave. No momento em que fomos chamados, tí-nhamos três das quatro ambu-lâncias fora do quartel, a dar resposta a outras situações, também elas graves. A viatura médica de emergência do hos-pital de Leiria esteve em três ocorrências em Fátima nessa manhã. Não se pode estar em

dois lados ao mesmo tempo. Com os atuais meios, é difícil acudir a todas as solicitações”, refere Alberto Caveiro.

Em 2016, os Bombeiros de Fátima foram chamados a mais de 2000 emergências.

A Associação Humanitária de Bombeiros de Fátima, respon-sável pelo corpo de bombeiros, é uma associação nova, com 13 anos de idade, mas que tudo tem feito para dar condições de trabalho aos bombeiros. “O Corpo de Bombeiros tem de-senvolvido um trabalho árduo, com muita qualidade, no senti-do de responder com rapidez a todas as solicitações. Felizmen-te que, com a ajuda de todos, tem respondido de forma muito positiva sempre que necessá-rio”, explica o presidente.

“O meu agradecimento pri-meiro tem de ir para os nossos soldados da paz e para as suas famílias, sem a sua dedicação e abnegação nada se conseguiria, sem eles nada seria possível”, acrescenta o mesmo responsá-vel.

A área de intervenção da cor-poração é abrangente, já que serve a população residente na freguesia de Fátima e os mais de 6,7 milhões de visitantes da cidade. Os BVF têm ainda sob a sua responsabilidade o troço da autoestrada no Norte entre Lei-ria e Torres Novas, além do IC9 na zona de proximidade com a freguesia de Fátima.

“Sem falarmos dos incêndios, no Verão, em que trabalhamos com outras corporações em zo-nas não diretamente da nossa

área de intervenção, mas às quais somos solidariamente chamados a prestar serviço, como nos compete”, explica o presidente.

Uma grande percentagem de serviço é realizada junto dos la-res de idosos, já que Fátima tem em funcionamento cerca de 16 Lares de Idosos, o que origina um grande volume de trabalho, tanto no serviço de transporte de doentes não ur-gentes, como nas emergências associadas à elevada idade dos utentes. As viaturas de emer-gência dos hospitais de Leiria, Torres Novas, Tomar e Abrantes deslocam-se com muita regula-ridade a Fátima.

“Temos ainda as instituições que servem as pessoas com de-ficiência, vários estabelecimen-

tos escolares, alguma indústria, onde se destaca a indústria de-dicada à exploração e transfor-mação da pedra, sem falar dos milhões de peregrinos e turis-tas” explica Alberto Caveiro.

A 18 de Dezembro último, na festa de Natal da Associação Humanitária de Bombeiros Vo-luntários de Fátima, foram ben-zidas duas novas ambulâncias destinadas ao transporte de doentes, “adquiridas pela asso-ciação, com verbas próprias, fruto das campanhas de anga-riação decorridas e da boa ges-tão diária”. Uma das viaturas foi comprada para substituir uma outra em final de vida e a se-gunda para aumentar a frota disponível, que é atualmente de 13 ambulâncias, nove carros de combate e duas motorizadas.

O atual quartel dos BVF fun-ciona na cave do edifício do Centro de Saúde, espaço em-prestado provisoriamente pela Junta de Freguesia de Fátima. O espaço suplementar de esta-cionamento das viaturas, que dista cerca de 200 metros do primeiro, pertence à Congrega-ção dos Missionários do Verbo Divino. O material de combate é arrecado numa loja também gentilmente cedida por Joaquim Clemente, localizada do outro lado da avenida, em frente do quartel.

“O processo de aquisição dos terrenos por parte no Município de Ourém para a construção do novo Quartel está em fase final, o projeto está concluído e o fi-nanciamento da obra, espera-mos nós, terá apoio comunitá-rio e municipal. Certamente que o ano de 2017 será o ano de início e conclusão do novo Quartel de Bombeiros de Fáti-ma”, reitera o presidente dos BVF.

O orçamento provisório para a construção da obra situa-se nos 1.5 milhões de euros. Este ano os bombeiros de Fátima irão promover um cortejo de angariação de verbas com o ob-jetivo único de ajuda à constru-ção do quartel.

FÁTIMA

Balanço positivo do ano de 2016

“Perfeitamente cientes que este é o nosso papel e missão”, mas com a natural alegria e satisfação de dever cumprido, os

Bombeiros Voluntários de Idanha-a-Nova informaram-nos sobre o parto realizado em 10 de janeiro último por uma das suas tripula-ções.

O parto de um bebé do sexo masculino ocorreu na ambulância atribuída pelo INEM àquele corpo de bombeiros, durante o trans-porte da mãe para o Hospital Amato Lusitano, em Castelo Branco.

O alerta para a ocorrência, foi dado para a central de comunica-ções dos Voluntários de Idanha-a-Nova pelo Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU), às 03:31 para apoio a uma mulher que se encontrava em trabalho de parto, residente na freguesia de Medelim, concelho de Idanha-a-Nova. Ao local, acorreu a ambulân-

cia de socorro INEM, com dois bombeiros, João Vaz e Tiago Robalo. Chegados ao local, e após avaliação e estabilização da parturiente, resolveram iniciar o trans-porte para o hospital, tendo interrompido o mesmo, após os sinais de parto eminente se tornarem eviden-tes.

Já com o apoio da VMER (Viatura Médica de Emer-gência e Reanimação) do Hospital Amato Lusitano, no local onde foi interrompida a viagem, ainda no concelho de Idanha, o bebé Mateus nasceu sem complicações, às 04:23 da manhã, com 2.760 quilogramas e 48,7 centímetros

Após o parto e estabilização, mãe e filho recém-nascido foram transportados para o hospital de Castelo Branco.

IDANHA-A-NOVA

Bombeiros ajudam bebé a nascer

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V Fá

tima

A Força Especial de Bombeiros (FEB) participa no Chile no combate aos incêndios florestais que têm devastado aquele país sul-americano. Aos

52 “canarinhos” enviados por Portugal juntaram-se no mesmo voo, com es-cala em Marselha, 50 bombeiros franceses.

José Realinho, comandante da FEB, lidera também a missão, com a dura-ção prevista de 3 semanas, desencadeada a partir da solicitação enviada pelo Chile ao Centro de Coordenação de Emergência da União Europeia.

CHILE

FEB no combateaos incêndios

O corpo de bombeiros dos Voluntários de Sul e Sueste do Barreiro atingiu no final do ano de 2016 um novo re-

corde de emergências pré-hospitalares realizadas no âmbi-to do Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM), a pedido do Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).

Da estatística anual destacam-se vários valores, nomea-damente, ter sido alcançado um rácio de 100 por cento de integração de pelo menos um tripulante de ambulância de socorro (TAS) nos serviços efetuados em 2016. Em 2015 o rácio foi de 99,92 por cento.

Os Bombeiros de Sul e Sueste responderam a 3.535 pe-didos do CODU em 2016, o que representou um acréscimo de 30,5 por cento relativamente a 2015, espelhando o cres-cimento da capacidade de resposta do corpo de bombeiros à emergência pré hospitalar. Do total de serviços registados em 2016, 1107 (correspondendo a cerca de 31 por cento) foram realizados para fora do concelho do Barreiro.

O número total de 3.535 serviços, corresponde a uma média diária de 9,7 serviços em 2016, ultrapassando lar-gamente o número mínimo considerado pelo INEM como sendo o limiar que justifica a atribuição de um Posto de Emergência Médica (PEM).

O mês de dezembro transato foi o que registou maior número de serviços pré-hospitalares (362), tendo o dia 11

de abril de 2016 registado o maior número diário de servi-ços (23), ultrapassando em 6 serviços o máximo histórico alcançado nos dias 7 de agosto de 2014 e 12 de maio de 2015, em que se realizaram 17 serviços. No dia 5 de de-zembro transato registaram-se 22 serviços, apenas menos um do que no dia recorde.

Ao total de 3535 serviços no âmbito do SIEM, há que somar mais 161 serviços de emergência pré-hospitalar efetuados extra-SIEM, o que conduz a um total de 3696 serviços em 2016.

BARREIRO SUL E SUESTE

Recorde de emergências pré-hospitalares em 2016

Foto

: ANP

C

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20 JANEIRO 2017

A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de

Vila Flor foi uma das institui-ções contempladas pela campa-nha “Porque há sonhos que po-demos tornar realidade”, pro-movida pelo Grupo Os Mosque-teiros, em parceria com a Liga dos Bombeiros Portugueses.

A cerimónia de entrega dos equipamentos individuais de combate a incêndios florestais contou com a pre-sença de Fernando Barros, presidente da câmara municipal, de Luís Ribeiro, gerente da Loja Inter-marché, bem como de dirigentes e bombeiros dos Voluntários de Vila Flor.

Na ocasião, o presidente da direção da institui-ção e comandante do corpo de bombeiros o agra-deceram a oferta que “veio de algum modo col-matar a dificuldades de associações mais peque-nas”.

VILA FLOR

Proteção individual reforçada

Os Bombeiros Voluntários de Reguengos de Monsaraz re-

ceberam recentemente, cinco equipamentos de proteção indi-vidual de combate a incêndios florestais, oferecidos pelo Inter-marché de Reguengos de Mon-saraz. Os equipamentos são constituídos por bota florestal, luvas, cogula, fato de proteção florestal (calças e dólman), ca-pacete e sweatshirt.

Registe-se que o Grupo Os Mosqueteiros desenvolveu em parceria com a Liga dos Bombeiros Portugueses uma campanha de responsabilidade social que conseguiu angariar 500 equipamentos de prote-ção individual de combate a incêndios florestais e que estão agora a ser distribuídos a 100 corpora-ções de bombeiros voluntários a nível nacional. Esta ação solidária teve como objetivo sensibili-zar e envolver os mais novos na causa dos bom-beiros e em simultâneo angariar fundos para a compra dos equipamentos com a venda do livro infantil “As profissões de um bombeiro”. Manuel Luís Goucha e Isabel Silva apoiaram a campanha contribuindo na divulgação da publicação.

José Calixto, Presidente da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz e responsável pela Proteção Civil no concelho, afirmou ser “funda-

mental sensibilizar e envolver as empresas locais e nacionais para apoiarem as corporações de bombeiros contribuindo com o que lhes for possí-vel”.

Na cerimónia de entrega dos equipamentos, José Paulo Costa, proprietário do Intermarché de Reguengos de Monsaraz, disse que “esta é uma iniciativa que nos enche a todos de orgulho. Num ano em que o país foi particularmente massacra-do pelos incêndios florestais, com a venda do li-vro infantil “As profissões de um bombeiro” con-seguimos mostrar aos mais novos a importância que estes profissionais têm na comunidade e si-multaneamente angariar os fundos necessários para melhorar a segurança dos bombeiros portu-gueses”.

REGUENGOS DE MONSARAZ

Campanha asseguramais equipamentos

O Balaia Bowls Club, clube inserido no Balaia Golf Village em Albufeira, um clube de bowling green, promoveu ao longo do ano de 2016, diversas campanhas de angariação de fundos, em prol dos

Bombeiros de Albufeira, que no total renderam 5.691,68 euros. A verba angariada permitiu a aquisição de botas, aparelhos respiratórios para uso dos operacionais

nos incêndios urbanos e ainda manequins de suporte básico de vida para utilização nas ações de for-mação interna e externa.

ALBUFEIRA

Clube apoia voluntários

Os Voluntários de Alenquer receberam no passa-do dia 14 uma nova ambulância de socorro que

está já ao serviço da 2.ª secção do corpo de bom-beiros, em Olhalvo.

Este investimento na renovação dos meios colo-cados à disposição da comunidade só foi possível porque a população se uniu no apoio á instituição participando numa campanha de angariação de fundos e num peditório efetuado porta a porta na freguesia de Olhalvo.

Registo ainda para os contributos das juntas de Freguesia de Olhalvo, Ota, Meca, Carnota e as

uniões de freguesia de Carregado e Cadafais, Abri-gada e Cabanas de Torres e Alenquer, Santo Estê-vão e Triana. Apesar da mobilização geral, foram necessários dois longos anos para assegurar os 43675,80 euros que permitiram a aquisição desta viatura de socorro.

A Associação Humanitária dos Bombeiros Volun-tários de Alenquer congratula-se com o sucesso desta campanha, fazendo questão de “agradecer a todos os que contribuíram” e que dessa forma aju-daram a reforçar os meios e colaborar na qualifica-ção do serviço prestado às populações do concelho.

ALENQUER

Comunidade garante nova ambulância

Em época natalícia os Bom-beiros de Vila Franca das Na-

ves receberam, com o apoio da Câmara Municipal de Trancoso, como um veículo urbano de combate a incêndios (VUCI), apetrechado com material de desencarceramento, equipa-mento que permitirá qualificar o socorro prestado às popula-ções.

A entrega da viatura foi efe-tuada, durante a ceia de Natal que reuniu no quartel cerca 150 pessoas entre bombeiros fami-liares e alguns convidados entre os quais Amílcar Salvador, pre-sidente, da Câmara Municipal de Trancoso.

Nesta ocasião houve ainda lugar à receção de reforços para efetivo. os bombeiros de 3.ª Filipa Manuela Ferreira Pina e André Filipe Tabosa Lou-renço e a distinção da bombeira de 3.ª Catarina Isabel Ramalho Torres com “Prémio Comandante Miguel Madeira”. Por proposta do chefe da 3.ª Equipa de Serviço Voluntário Noturno, receberam louvores os bombeiros de 2.ª Marco Paulo Nines Rodrigues e os 3.ª Solange Lopes Gabriel e Filipe José Dos Santos Rodrigues.

Esta festa ficou ainda marcada pela atuação dos elementos das escolinhas que cantaram e re-presentaram, dos bombeiros mais velhos, mas também pelos animados sons da concertina pelo bombeiro Marco Lopes e pela interpretação dos elementos do grupo coral de Vila Franca das Na-ves.

No final. prendas para as crianças e a entrega de um casaco polar aos elementos das escolinhas e de um casaco de softgel para todos os bombei-ros do ativo e comando

VILA FRANCA DAS NAVES

VUCI chega ao quartel

Em novembro do ano transato a direção da As-sociação Humanitária dos Bombeiros Voluntá-

rios de Vagos apresentou uma proposta em as-sembleia-geral, amplamente aprovada, para a aquisição de 2 novas viaturas, um veículo dedica-do ao transporte de doentes (VDTD) e uma am-bulância de socorro (ABSC) que implicam um in-vestimento de 85 mil euros.

“Os veículos já estão em fase de transformação e muito em breve serão colocados ao dispor de toda a população dado que continuamos focados em aumentar a qualidade do serviço prestado à população e em paralelo, fruto de novos protoco-los assinados com entidades para o transporte de doentes, prestar mais serviços, aumentando as receitas da Associação” confirmou-nos o presi-dente da direção, César Grave, precisando que “daí a necessidade de mais uma VDTD”.

O VDTD adequa-se às necessidades dos Volun-tários de Vagos para o transporte em banco ou cadeira de rodas, de um ou mais doentes e os seus acompanhantes cuja situação clínica não impõe, previsivelmente, a necessidade de cuida-dos de saúde durante o transporte.

No caso da ABSC, um veículo com equipamen-to e tripulação que permite a aplicação de medi-das de Suporte Básico de Vida (SBV), destinadas à estabilização e transporte de sinistrado ou doente que necessite de assistência durante o transporte, destina-se a reforçar a prestação do socorro pré-hospitalar.

VAGOS

Bombeiros aguardam novas viaturas

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21JANEIRO 2017

O antigo dirigente e coman-dante da Real Associação

Humanitária de Bombeiros Vo-luntários de Vizela, Rogério Cal-das, faleceu recentemente víti-ma de doença. O corpo do ex-tinto esteve em câmara ardente no quartel e o seu funeral, após missa de corpo presente na Igreja Paroquial de S. Miguel, realizou-se para o cemitério de S. João, Vizela.

Rogério Caldas foi uma figu-ra incontornável dos Voluntá-rios de Vizela, responsável por mudanças significativas no cor-po de bombeiros, nomeada-mente o ingresso de mulheres

na mesma estrutura operacio-nal.

A dedicação do comandante Rogério Caldas à Associação ini-

ciou-se em 1980 com o seu in-gresso nos órgãos sociais, em sucessivos cargos e ininterrup-tamente até 2012, então como vice-presidente.

Na área operacional, Rogério Caldas desempenhou o cargo de comandante entre 2002 e 2010 tendo sido então agracia-do com a medalha de serviços distintos, grau ouro, da Liga dos Bombeiros Portugueses.

Endereçamos sentidos pêsa-mes à direção, comando, corpo de bombeiros e restantes ór-gãos sociais dos Voluntários de Vizela, bem como à família do comandante Rogério Caldas.

VIZELA

Associação de lutoOs Voluntários da Póvoa de Lanhoso contam,

desde o passado dia 14, com um novo res-ponsável operacional. António Joaquim Matos Ve-loso. O comandante, de 51 anos, com raízes po-voenses e que nesta vila viveu e cresceu, ingres-sou neste corpo de bombeiros em 1989 e desde então não mais deixou de se dedicar a esta cau-sa, sendo detentor de “um percurso exemplar”, cumprindo todas as etapas da carreira de bom-beiro até ao posto de subchefe quando, em 2006, passou então a integrar o comando como adjun-to, sendo que, em 2012, assume as funções de segundo comandante.

Em nota enviada às redações a direção assina-la que com a saída do anterior comandante, An-tónio Lourenço, “o percurso brilhante e exem-plar” de António Veloso, bem como o “profissio-nalismo e dedicação à causa” e a “larga experiên-

cia e a profunda confiança e respeito que colhe junto do corpo ativo” foram determinantes para a escolha.

PÓVOA DO LANHOSO

António Veloso assume comando

Pedro Miguel Sousa Barahona é o novo coman-dante dos Bombeiros Voluntários de Beja, su-

cedendo ao comandante Manuel Baganha de quem foi segundo comandante.

O comandante Baganha atingiu o limite de ida-de e solicitou a passagem ao quadro de honra.

A cerimónia de posse de Pedro Barahona, de 45 anos, decorreu no passado dia 6 de janeiro e as divisas foram-lhe impostas pelo presidente da direção, António Rodeia Machado, e pelo coman-dante Baganha, na presença de muitas entidades locais, distritais e amigos.

O novo comandante dos Voluntários de Beja ingressou no corpo de bombeiros em 1986, fez toda a sua carreira até chefe, tendo sido nomea-do como segundo comandante em 2000, cargo que ocupou até agora.

A cerimónia de posse teve lugar no salão nobre dos Bombeiros Voluntários de Beja, composta pela passagem de testemunho (estandarte) em formatura, do anterior para o novo comandante, e sessão solene.

BEJA

Estrutura renovada

No passado dia 13 de janeiro, o quartel dos Voluntários de Alber-garia-a-Velha foi cenário para um conjunto de promoções. O

comandante José Valente promoveu a bombeiros de 1.ª Rui Olivei-ra, Fernanda Vidal, António Gonçalves, José Santos, David Mar-ques, Carlos Rama e Alexandra Bastos..

Registe-se que, já no passado mês de julho, tinham recebido as insígnias de bombeiros de 2.º Fábio Marques, Gilberto Silva, Pedro Bandeira, Daniel Melo, Arménio Pinto, Rodrigo Marques, Paulo Gonçalves, Isabel Branco, Michael Ribeirinha, Telma Silva, Rui Vila Verde e Mónica Brandão.

Direcção, comando e corpo ativo unem-se no recoenhecimento do esforço e trabalho desde elementos desejando-lhes “muitas fe-licidades e um excelente desempenho das suas funções”.

ALBERGARIA-A-VELHA

Promoções no quartel

O comandante dos Bombei-ros Voluntários de Beja,

Manuel António Baganha, por motivo de limite de idade pas-sou ao quadro de honra e esse facto motivou uma homena-gem que lhe foi prestada no passado dia 14 de janeiro.

O comandante Baganha in-gressou nos Voluntários de Beja em 1970, e esteve à frente da corporação durante os últimos 26 anos (1990 / 2016).

A cerimónia de homenagem teve lugar no salão nobre dos Bombeiros Voluntários de Beja, composta por formatura e sessão solene, e contou com a presença de várias entida-des em representação da Au-tarquia local, da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), da Liga dos Bombei-ros Portugueses (LBP), da Fe-deração de Bombeiros do Dis-trito de Beja e membros dos órgãos sociais da Associação, sob a presidência do presiden-te da Câmara Municipal de Beja.

Na ocasião, o homenagea-do foi galardoado com a me-dalha do quadro de honra da LBP e a medalha de mérito da Associação, bem como louvo-res da direção da Associação e da Câmara Municipal. No final, realizou-se um almoço conví-vio no parque de feiras e ex-posições da cidade.

HOMENAGEM

Comandante Baganha ingressano quadro de honra

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22 JANEIRO 2017

Depois de décadas de luta, os Voluntários de Brasfe-mes conseguiram em

2005 encetar um novo ciclo em casa nova, dando assim condi-ções de trabalho aos 103 opera-cionais que garantem o socorro, a cerca de 30 mil pessoas numa área de intervenção que abran-ge esta pequena freguesia e outras sete a norte do concelho de Coimbra e ainda, sempre que solicitado, a capital dos es-tudantes.

O presidente da direção da Associação Gonçalo dos Santos, o comandante Acácio Monteiro e o 2.º comandante Bruno San-tos apresentam aos jornalistas uma instituição viva, onde o vo-luntariado se afirma todos os

dias e mantém intactos os valo-res que há 77 anos nortearam os pioneiros do projeto.

A tenacidade e resiliência são armas para combater as dificul-dades do dia-a-dia numa orga-nização movida a “engenho e arte” como assinala o presiden-te, salientando todo os esforço desenvolvido nos últimos anos para responder às necessidades do corpo de bombeiros.

O esforço de modernização não cessa, contudo os investi-mentos são calculados ao cênti-mo. O dirigente revela a grande aposta na importação dos meios, que permite reduzir cus-tos sem que a segurança ou qualidade do serviço prestado seja comprometido.

“Nos últimos seis anos adqui-rimos 13 viaturas”, revela Gon-çalo Santos, sublinhando, fa-lando, no entanto, ainda, de “um investimento grande mas devidamente acautelado”, pois importa que a sede de presente não comprometa o futuro.

A formação, a preparação e treino, a proteção individual e a segurança são também priori-dades que comando e direção não descuram, sendo notória a evolução do corpo de bombei-ros também nestas áreas.

“A formação é fundamental, pois importa valorizar compe-tências, até porque quem não

BRASFEMES

Prosperidade fomentaModernização e inovação são palavras

de ordem na sede da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários

de Brasfemes que depois de anos de alguma estagnação, conseguiu, há pouco

mais de uma década, com a inauguraçãode novas instalações trocar as voltas à crise

e às crises e encetar uma nova rota. Hoje esta instituição de uma pequena freguesia

do distrito de Coimbra afirma-se agiganta-se pelo exemplo, pela

determinação e a dedicação de dirigentes, de elementos de comando e de mais

de uma centena de operacionais.

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

Não há nenhuma escola no município de Coimbra que não seja todos os anos visitada pelos Bombeiros de Brasfemes, Apostamos muito na sensibilização

A Câmara Municipal de Coimbra olha para os bombeiros de uma forma esquisita… A falta de apoio é gritante

Gonçalo dos Santos, Presidente da direção

Acácio Monteiro, comandante

voz de COMANDO

palavra de PRESIDENTE

sabe, não salva e por vezes não se salva”, diz o comandante.

São escassos ou pontuais os apoios amealhados pela insti-tuição, até mesmo a parceria com a Câmara Municipal de Coimbra permite, apenas, fazer face a encargos com a constru-ção do quartel referentes ao empréstimo bancário. Gonçalo Santos lamenta que a autarquia desvalorize de alguma forma a ação dos bombeiros.

“A Câmara Municipal de Coimbra olha para os bombei-ros de uma forma esquisita… A falta de apoio é gritante”, desa-bafa o presidente da direção, ainda que a associação esteja sempre disponível e em pronti-dão para os eventos concelhios,

como assinala o comandante Acácio Monteiro.

“Nós, elementos dos órgãos sociais, comando e corpo ativo estamos aqui porque quere-mos, ninguém aqui ganha um tostão, o que nos dá uma liber-dade de pensamento que a ou-tros não permite. Agimos sem-pre de acordo com a nossa consciência, decidimos o que é melhor para associação. Não estamos condicionados”, pala-vras de Bruno Santos, que re-fletem o posicionamento desta equipa unida por uma peculiar “cumplicidade” que tem permi-tido fazer obra.

“A chave do bom funciona-mento desta associação são as pessoas”, reforça o dirigente,

recordando a “revolução pacífi-ca” que há mais de uma década permitiu pôr a estrutura a me-xer e de, lá para cá não mais parou”. Esta é, atualmente, uma casa de portas abertas, apostada em dinâmicas de pro-ximidade com a comunidade.

“Não há nenhuma escola no município de Coimbra que não seja todos os anos visitada pe-los Bombeiros de Brasfemes, apostamos muito na sensibili-zação”, afirma o comandante recordando, aliás, que a ligação aos mais novos é antiga e tem outras vertentes. A Academia de Infantes e Cadetes foi criada há 10 anos e por lá já passaram mais de quatro centenas de crianças e jovens. Atualmente

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23JANEIRO 2017

A Câmara Municipal de Setú-bal aprovou, em reunião pú-

blica ordinária, a atribuição de medalhas honoríficas a sete de-zenas de operacionais da Com-panhia de Bombeiros Sapado-res de Setúbal com 10 e 25 anos de serviço.

As medalhas são entregues, como habitualmente, a 21 de fevereiro, na cerimónia come-morativa do aniversário deste corpo de bombeiros municipal que assinala, este ano, 231 anos de existência.

As condecorações aos sapa-dores são propostas pela instituição ao abrigo do Regulamento para Atribuição de Medalhas, de acordo com o Artigo 53.º do Regulamento Inter-

no dos Bombeiros Sapadores de Setúbal e do Re-gulamento de Distinção Honorífica da Liga dos Bombeiros Portugueses.

SETÚBAL

Câmara distingue sapadores

Dando cumprimento ao Plano de Fogo Controlado elaborado

para a área do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, em 2014, foram desenvolvidas, nos dias 11 e 12 de janeiro ações preventivas, que resultam de uma parceria que envolve o mu-nicípio Porto de Mós, o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, os Bombeiros Voluntá-rios de Porto de Mós, a Núcleo de Proteção Ambiental do Serviço de Proteção da Natureza e do Am-biente (SEPNA) da GNR e a Esco-la Superior Agrária de Coimbra (ESAC).

Aproveitando a criação de um mosaico de parcelas de gestão de combustíveis com fogo controla-do foi, assim, possível à GNR aperfeiçoar os conhecimentos de comportamento do fogo e treinar a identificação de causas. De igual modo, os formandos da ESAC puderam realizar a compo-nente prática do Curso de Fogo Controlado e os Bombeiros e Sa-padores Florestais aproveitaram esta oportunidade para o treino operacional.

PORTO DE MÓS

Município investe na prevenção

O ossário do talhão da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Cascais, no Ce-

mitério da Guia, em Cascais, vai ser restaurado e ampliado com o apoio integral da Câmara Munici-pal de Cascais.

A obra vai permitir restaurar o atual ossário e prepará-lo para poder continuar a receber os res-tos mortais dos bombeiros, com a dignidade e o respeito que os soldados da paz falecidos mere-cem.

A direção e comando dos Voluntários de Cas-

cais saúda a disponibilidade e a rápida adesão da Câmara Municipal para a execução da obra, ma-nifestando, em especial, um profundo agradeci-mento ao vereador Nuno Piteira Lopes pelo espe-cial empenho nessa tarefa.

Há anos que os Bombeiros Voluntários de Cas-cais vinham equacionando a necessidade de pro-ceder ao restauro do talhão e ampliação do seu ossário. Entretanto, foram sendo executadas pe-quenas intervenções de conservação de modo a garantir a dignidade que se impõe a um espaço

com aquelas características.O falecimento de outros bom-

beiros, entretanto sepultados nas campas disponíveis e o preenchimento dos últimos es-paços vazios do ossário levaram à urgência da intervenção que agora vai ter lugar com o apoio da Câmara Municipal de Cascais.

Enquanto durarem as obras, as urnas do ossário ficarão devi-damente depositadas num ane-xo da capela do cemitério e pos-teriormente recolocadas na in-fraestrutura de origem.

APOIO MUNICIPAL

Talhão recebe ampliação

crescimento

com 43 formandos este núcleo continua a ser a porta de entra-da no quartel e a garantir a re-novação do corpo de bombei-ros.

Porque todos são poucos para a causa, e importa dar a conhecer o trabalho da institui-ção bem como dos homens e das mulheres que a represen-tam, os Voluntários de Brasfe-mes são ainda responsáveis pela dinamização de Atividades Extracurriculares (AEC) no pri-meiro ciclo do ensino básico. Mais de 40 crianças todas as sextas feiras recebem os bom-

beiros na sala de aulas para aprenderem e apreenderem “Gestos que salvam”.

E é assim, em várias frentes, que esta “irrequieta” equipa abre caminho não apenas á mo-dernização mas também à ino-vação, segundo acentua Acácio Monteiro. Nesta senda de cres-cimento ideias, projetos e so-nhos não faltam entre eles a re-qualificação e ampliação do quartel, que embora tenha re-cebidos vários melhoramento nos últimos anos, carece de uma intervenção mais profun-da. O projeto, orçado em cerca

de 400 mil euros, está pronto, contudo falta assegurar o finan-ciamento da empreitada que por agora não poderá beneficiar de apoios comunitários

“Está tudo preparado, venha o dinheiro que avançamos no imediato”, afiança Bruno San-tos.

“Nos últimos anos demos um pulo qualitativo”, regista com agrado Acácio Monteiro, asse-gurando que a equipa continua motivada e inflexível na manu-tenção dos elevados padrões de qualidade no serviço prestado às populações.

O Grupo de Bombeiros Voluntários Brasfemen-se fundado a 30 de julho de 1939 ganhou a

designação de Associação Humanitária dos Bom-beiros Voluntários de Brasfemes, em 1980.

A área de intervenção deste corpo de bombei-ros, com 103 elementos no ativo inclui a fregue-sia de Brasfemes, com pouco mais de dois mil habitantes, e outras sete a norte do concelho de Coimbra.

A instituição tem um papel ativo na comunida-de, promovendo e apoiando inúmeras ações, sendo mesmo responsável pela promoção ativi-dades extracurriculares, na área do socorrismo, na escola básica de primeiro ciclo. Numa outra

vertente, e preparando o futuro, os Voluntários de Brasfemes dinamizam uma academia de in-fantes e cadetes que mobiliza 43 crianças e jo-vens.

Cartão de visita

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24 JANEIRO 2017

Ana Paula Almeida Neves Nunes foi reconduzida na direção da

Associação Humanitária dos Bom-beiros Voluntários de Almada , es-tando assim assegurada a continui-dade do projeto desta equipa nos próximos três anos.

A cerimónia de tomada de posso dos órgãos sociais decorreu no pas-sado dia 11 de janeiro, no salão no-bre da associação e contou com a presença, entre outras entidades dos presidentes da Assembleia Mu-nicipal e Câmara de Almada, o ve-reador e o coordenador da Proteção Civil concelhia, os presidentes das juntas de freguesia, comandante e dirigentes das congéneres de Caci-lhas e Trafaria e o pároco de Alma-da.

Na assembleia geral a cadeira da presidência é ocupada por Alexan-dra Isabel Padrão Caetano

Que conta na sua equipa com Anabela de Jesus Florido Vidal Serra (vice-presidente), Sandra Cristina Frade Penetra Paixão (secretária) e ainda Maria Constança Pereira Fer-

reira dos Santos e José João Louren-ço Martins (suplentes).

Com a presidente Ana Paula Al-meida Neves Nunes integram a dire-ção José Carlos Almeida Teodoro e Vitor Manuel Neves Almeida Gonçal-

ves (vice-presidentes), Maria Ma-nuela Oliveira Frois (secretária), Isabel Alexandra Honrado Martins (tesoureira), José Augusto da Costa Picas do Vale e Vitor Miguel Almeida Rodrigues (vogais) e ainda os su-plentes Mario Conceição Tavares Sil-va Veiga Firmino e Samuel Gomes Andrade.

O conselho fiscal é presidido por João Osório Ferro Jesus coadjuvado por José Antonio Matosa (secretá-rio), Carlos Manuel Pereira da Silva (relator) e Nuno Miguel Soler Silva Fernandes Santos (suplente).

ALMADA

Elenco reconduzido

Os titulares dos órgãos sociais, para o triénio 2017/2019, da Associação Hu-

manitária de Bombeiros Voluntários Fa-malicenses tomaram posse no passado dia 13 de Janeiro em assembleia-geral or-dinária em que se procedeu também à apreciação, discussão e votação do plano de atividades e orçamento da instituição para o corrente ano.

A direção continua a ser presidida por António Fernando Sanguêdo Meireles, acompanhado pelo vice Luis Filipe Carva-lho da Silva, do secretário José Gil Guima-rães Marques, do tesoureiro João Paulo Ferreira Matos de Araújo, dos vogais Al-fredo Augusto Azevedo Morais Lima, Amadeu José Silva Carneiro e José augus-to Cardoso Almeida Alves, e dos suplen-

tes, José António Neves Oliveira, Tiago Alcino Neves de Freitas e Ana Raquel Coe-lho Vieira de Castro Reis.

A assembleia-geral é presidida por Joa-quim da Costa Correia Araújo tendo, como vice, José Henrique Eiró Carvalho, como secretário Avelino José Sousa Rego e como suplentes, Luis Filipe Matos Araú-jo Maia e Filipe Gonçalves de Sousa Mace-do.

O conselho fiscal é presidido por Rui Manuel Matos Araújo Maia, acompanhado do vice Paulo Manuel Perestrelo Malheiro Fernandes, do secretário relator Carlos Fi-lipe Coelho Vieira de Castro e dos suplen-tes, Manuel José Teixeira de Mesquita Guimarães e António Carvalho Faria de Araújo.

FAMALICENSES

Órgãos sociais tomam posse

Arnaldo Santos, presidente da Associação Humanitária dos

Bombeiros Voluntários Torreja-nos desde 2001, continuará na liderança da instituição por, pelo menos, mais um mandato. A to-mada de posse dos novos corpos sociais, na sequência das elei-ções de dezembro, aconteceu no dia 20 de janeiro, no quartel da corporação. Abel Luís Caldas mantém-se na presidência da assembleia geral e Carlos Alber-to Sousa à frente do conselho fiscal.

A direção - composta ainda pelos reeleitos José Fragata Sousa, Carlos Manuel Silva e An-tónio Borges e pelos recém-elei-tos Heloísa Maria Loureiro, João Carlos Pando e Inês Vidal - parte para o novo mandato com um novo alento: a ampliação do quartel dos bombeiros, reivindi-cação antiga da equipa de Arnal-do Santos, que começa final-

mente a ver a luz ao fundo do túnel:

“Hoje, podemos dizer, só de-pende nós. Os projetos de am-pliação e remodelação do atual quartel estão aprovados. O Pro-grama Operacional da Sustenta-bilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR) vai apoiar, conforme decisão de aprovação

já comunicada. O município ga-rante o financiamento necessá-rio. Assim, o concurso deverá ser lançado a curto prazo”, anunciou na tomada de posse.

Uma forte aposta no corpo de bombeiros, razão de ser da as-sociação, é outro dos objetivos do elenco diretivo para o próxi-mo biénio, quer ao nível do re-

crutamento de novos elementos, criação de estímulos e apoios ao exercício de voluntariado, quer na melhoria dos equipamentos necessários à operacionalidade:

“Entendemos que os recursos humanos, os bombeiros, são a prioridade do nosso mandato aos níveis do recrutamento, for-mação e proteção. Sabemos

também que existem algumas iniciativas, quer ao nível da Au-tarquia, quer ao nível do Gover-no, para apoio, estímulo e reco-nhecimento da atividade de bombeiro, de bombeiro voluntá-rio. Sempre o defendemos e continuamos a defender que é tempo de materializar o reco-nhecimento da sociedade para

com aqueles que de forma vo-luntária dedicam muito do seu tempo ao serviço dos outros, apenas assumindo de forma su-blime e exemplar um dever de cidadania. Esperamos por isso que o Governo, como já anun-ciou durante este ano, aprove o que é chamado de Cartão Social de Bombeiro, há muito por nós e pela Liga dos Bombeiros Portu-gueses reclamado. Apoiaremos e estaremos com a nossa Liga na luta e defesa deste objetivo. A segunda prioridade é inevita-velmente a dotação dos meios necessários à operacionalidade, dos quais se destacam os veícu-los”, continuou Arnaldo Santos.

A angariação de novos asso-ciados, enquanto suporte da ins-tituição, bem como a moderni-zação do sistema de liquidação de quotas e uma maior aposta na comunicação são outros dos objetivos desta equipa.

TORRES NOVAS

Arnaldo Santos mantém-se na liderança

Adérito Machado iniciou, no dia 2 de janeiro, o seu segundo mandato como presidente

da direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede (AHB-VC). A tomada de posse decorreu no salão do quartel numa cerimónia testemunhada por ele-mentos do corpo ativo, do Quadro de Honra e funcionários da instituição.

Com Adérito Machado tomaram igualmente posse, na direção da AHBVC, António Jorge Dias Balteiro (vice-presidente), David António Rosa Parreiral Caetano (secretário), Leonel An-tónio Pessoa Dinis Correia (secretário adjunto), António Carvalho Conceição (tesoureiro), Ma-nuel Fernando Jorge Felício e Paulo Jorge dos Santos Neves, (vogais), José Monteiro dos Santos, Joaquim Matos e Fernando Alberto Santos Nascimento (suplentes).

Rogério Paulo Simões Marques mantém igualmente o cargo de presidente da Assem-

bleia Geral, acompanhado por Óscar Manuel de Oliveira Camarneiro (vice-presidente), Maria de Fátima Oliveira Negrão (secretário), e os suplentes Luís Manuel Correia Alves e Nuno Mi-guel Pessoa Caldeira.

Artur Rodrigues Fernandes permanece, igualmente, na cadeira da presidência do Con-selho Fiscal, com Carlos Alberto Martins Lopes (vice-presidente), Manuel Augusto Milagres Francisco, (secretário relator) e suplentes Sér-gio Duarte Oliveira Maia e Carlos Alberto dos Santos Alves, de Febres.

O presidente da Assembleia Geral, Rogério Marques, aproveitou a cerimónia para enalte-cer o esforço de toda a equipa que volta a as-sumir a responsabilidade pelos destinos da as-sociação no próximo triénio (2017-2019).

O trabalho conjunto dos últimos anos e que envolve direção e restantes órgãos sociais, co-mando, corpo ativo e funcionários permitiu

“um notável progresso”assente no investimen-to na renovação do parque de viaturas, na am-pliação do quartel e na formação dos bombei-ros, conforme salientou dirigente.

Fazendo votos de que os próximos três anos de mandato sejam “no mínimo iguais”, Adérito Machado defendeu que, “em consciência, não podemos pedir mais nem aos bombeiros, nem

aos funcionários que, não sendo bombeiros, são um exemplo de voluntariado na Associa-ção”. Assim, a grande aposta do mandato que agora inicia será na dignidade.

“Ser Bombeiro nesta casa é ser um exemplo de cidadania. Um bombeiro tem que ser uma pessoa de bem, um exemplo na sociedade. Essa é uma das nossas exigências, que todos os homens e mulheres que vestem a farda dos Bombeiros de Cantanhede o façam com a consciência de que são a imagem da corpora-ção e, como tal, devem ter ética no trabalho”, salientou o presidente da direção da institui-ção.

“Esta Direção sempre esteve e sempre esta-rá ao lado do Comando e dos Bombeiros. Pode-mos não envergar uma farda, mas vestimos a farda desta Associação e de sapatilhas ou des-calços estaremos sempre disponíveis para combater o mesmo fogo”, salientou.

CANTANHEDE

Associados votam na continuidade

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25JANEIRO 2017

O anúncio público da compra do terre-no para a construção do novo quar-

tel constitui o momento maior das co-memorações do 39.º aniversário da As-sociação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Condeixa a Nova. Segun-do Gustavo Santos, presidente da dire-ção da instituição está, assim, eminente a concretização do “sonhos dos so-nhos”.

O futuro complexo, cuja construção deverá avançar ainda este ano, será edificado na zona dos Silvais, junto ao Campo de Jogos Sotto Mayor Matoso e

à Casa de Saúde Rainha Santa Isabel, num terreno com uma área superior a três hectares.

No dia em que se assinalavam os 39 anos de trabalho após a reativação da associação fundada em 1929, mas que entrou em inatividade anos depois, o comandante Fernando Gonçalves dirigiu palavras de apreço e reconhecimento aos 120 operacionais que integram o corpo de bombeiros mas aproveitou o púlpito para lembrar algumas das ques-tões que preocupam o setor, designada-mente a proteção individual, a seguran-

ça, a renovação de meios e a formação, salientando, contudo, o esforço da dire-ção para suprir lacunas, bem como a parceria com a câmara municipal de Condeixa que para além de outros apoios se prepara, agora, para conceder um pacote de benefícios aos bombeiros, contribuindo assim para incentivar o vo-luntariado que, continua a ser a pedra basilar destas estruturas.

Em dia de festa, os Voluntários de Condeixa deram a boas vindas a oito novos elementos. Integram este reforço os bombeiros de 3.ª Isabel Joaquim,

Sónia Reis, Luis Veloso, Rui Godinho, Rafael Baptista, Flávio Dias, Luís Albano e Ruben Santos. Na mesma ocasião fo-ram promovidos a bombeiro de 1.ª: Jorge Ferreira, Dina Natário, Ramiro Al-ves, Ruben Reis, Pedro Pereira e na Ana Rute. Foram ainda agraciados com medalhas de assiduidade da Liga dos Bombeiros Portugueses: Lúcio Silva (25 anos) Pedro Ribeiro, António Panão (20 anos); Nuno Duarte, Jorge Panão (15 anos); Mariana Pinto, Joaquim Baltazar, Ana Lima, Rui Neto, Joao Caetano (10 anos) e ainda Marco Bento, Ana Coelho,

Ricardo Rama, Carla Dinis e Bruno Nico (5 anos).

O presidente a Liga dos Bombeiros Portugueses, Jaime Marta Soares mar-cou presença nas comemorações às quais se associaram também, entre ou-tras entidades, os presidentes autar-quia e da Assembleia Municipal de Con-deixa, o Diretor Nacional de Bombei-ros, Pedro Lopes, o Comandante Ope-racional Distrital, Carlos Tavares e o presidente da Federação dos Bombei-ros do Distrito de Coimbra, António Si-mões.

CONDEIXA-A-NOVA

“Sonho dos sonhos” tem concretização à vista

A Associação Humanitária Bombeiros Voluntários da

Amadora assinalou, dia 15 de janeiro, o 112.º aniversário numa sessão que ficou marcada pelos alertas das presidentes da direção e da assembleia geral da instituição dirigidos à tutela e o pedido de mais apoios para o setor sem esquecer os incen-tivos ao voluntariado.

Também Jaime Marte Soares, no decorrer da sessão solene, e aproveitando a presença do se-cretário de Estado da Adminis-tração Interna, Jorge Gomes, recordou as reivindicações da Liga dos Bombeiros Portugue-ses que continuam por atender, salientando que apesar das difi-culdades, tem sido possível “le-var a carta a Garcia”. Ainda as-sim recordou que o impasse com Instituto Nacional de Emergência Médica se mantém pedindo a intervenção do go-vernante. Lembrou o empenho e o trabalho da confederação em dossiers tão complexos como o estatuto do bombeiro profissional e o acordo coletivo de trabalho, solicitando tam-bém nestas matéria, a parceria ou alavancagem da tutela

O processo de renovação da estrutura da Autoridade Nacio-nal de Proteção Civil, nomeada-mente ao nível dos comandos

distritais e dos agrupamentos, que tanta celeuma tem causa-do, levou o presidente da LBP, ainda que correndo o risco de “estar a por a foice em seara alheia”, a aconselhar a tutela a “deixar continuar” os elementos “com competência, capazes e com provas dadas”, mas sem-pre que exista a necessidade de mudança, os novos comandan-tes sejam “recrutados no âmbi-to dos bombeiros”.

Perante uma vasta plateia os Bombeiros da Amadora deram a conhecer dois novos elemen-tos. Os bombeiros de 3.ª Joana Isabel de Sena Filipe e Rui Mi-guel Ramos Godinho são, as-sim, os mais recentes reforços deste corpo de bombeiros que, à semelhança de muitos outros pelo País, enfrenta sérias difi-culdades no recrutamento de

voluntários, como aliás reco-nhece o comandante Mário Conde.

Na ocasião, foram, ainda, promovidos os bombeiros de 2.ª Ana Cláudia Rodrigues Car-valho, Lenisa Elsig, André Silva Costa, Sílvia Calistru Gomes, Sofia Alexandra, Diogo Concei-ção, Tiago Grilo, Jorge Salgado e Ricardo Gomes. Receberam a insígnias de bombeiro de 1ª Lú-cia Silva e Filipe Monteiro. Á ca-tegoria de subchefe subiram os bombeiros de 1.ª Paulo Rã, Tia-go Miranda, Ricardo Correia e Carlos Santos, sendo que Rui Manuel Mendes Henriques pas-sa a integrar a equipa de chefes

No decorrer da sessão solene foram, também, entregues me-dalhas de Assiduidade e de Bons e Efetivos Serviços aos bombeiros de 3.ª Vasco Rodrigo

Alexandre, Sílvia Calistru Go-mes e Edson Fernandes Silva (5 anos - Grau cobre), aos bom-beiros de 2.ª Marta Filipa Fer-reira e Ricardo Jorge Batista e aos bombeiros de 3.ª Sara So-fia Mateus Costa, Domingos Abel Ferreira Ana Cláudia Car-valho e ainda à bombeira de 2.ª Carla Martins Baetas (15 anos - Grau Ouro), Subchefe João Miguel Monteiro e ao Bombeiro de 1.ª Gilberto Alexandre Nu-nes (20 anos de Serviço – Grau Ouro) e, ainda ao chefe Nuno Miguel Rodrigues (25 anos de Serviço – Grau Ouro)

Durante a cerimónia a dire-ção dos Bombeiros da Amadora agraciou, com a medalha de

serviços distintos – grau prata, a adjunto de comando Fátima Diogo, reconhecendo, assim, a entrega e disponibilidade desta operacional que se distingue ainda pela prestação de servi-ços relevantes à casa e à causa.

Em dia de aniversário, o cor-po de bombeiros foi presentea-do com uma nova ambulância de emergência, no âmbito do Orçamento Participativo de 2015, sabendo-se já que a edi-ção do ano passado assegurou a aquisição de um veículo de combate a incêndios urbanos, que em breve deverá ser posto ao serviço dos mais de 175 ha-bitantes deste concelho do dis-trito de Lisboa.

A esta cerimónia presidida pelo secretário de Estado da Administração Interna, associa-ram-se ainda para além do pre-sidente do conselho executivo da Liga dos Bombeiros Portu-gueses, comandante Jaime Marta Soares, a presidente da Câmara Municipal da Amadora, Carla Maria Nunes Tavares, o presidente da Autoridade Na-cional de Proteção Civil, coronel Joaquim de Leitão, o Coman-dante Operacional de Agrupa-mento Distrital do Sul, Elísio Oliveira, e o vice-presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Lisboa, Pedro Araú-jo.

Sofia Ribeiro

AMADORA

Associação assinala 112.º aniversário

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26 JANEIRO 2017

O presidente da Liga dos Bom-beiros Portugueses (LBP)

defendeu perante a ministra da Administração Interna a neces-sidade de reforçar as estruturas humanas dos corpos de bombei-ros do distrito de Viana do Cas-telo com equipas de intervenção permanente (EIP).

O comandante Jaime Marta Soares falava perante Constan-ça Urbano de Sousa na sessão solene comemorativa do cente-nário da Associação Humanitá-ria de Bombeiros Voluntários de Vila Praia de Âncora.

Durante a sessão, o estan-darte da Associação recebeu a fénix de honra da LBP e a me-dalha de mérito proteção e so-corro, ouro, do Ministério da Administração Interna, e o co-mandante Manuel Rei foi distin-guido pela LBP com o crachá de ouro.

A sessão solene decorreu no reabilitado cineteatro da asso-ciação cujas obras e gestão fu-tura em parceria contaram com o apoio da Câmara Municipal de Caminha. O teatro esteve fe-

chado durante mais de duas décadas e as obras que permi-tiram reabri-lo custaram cerca de 200 mil euros.

A propósito, o presidente da LBP lembrou “o papel dos bom-beiros no contexto da sociedade”,as diferentes ativi-dades desenvolvidas pelos bombeiros a par do socorro, como seja o apoio social, o apoio cultural e ambiental, como “verdadeira alavanca de desenvolvimento económico de qualquer município”.

O programa comemorativo do centenário incluiu também a inauguração de um monumen-to ao bombeiro oferecido pela Junta de Freguesia de Vila Praia de Âncora.

Na oportunidade, a ministra reconheceu “o trabalho desen-volvido nos últimos anos para a recuperação da saúde financei-ra e para o relançamento de importantes investimentos nesta associação e, sobretudo, na capacitação operacional do seu corpo de bombeiros” e alu-diu à presidente da direção,

Laurinda Araújo, “pelo seu es-forço, pela sua incansável dedi-cação, pelas suas capacidades de dirigente e pelo modo como conseguiu, com a sua equipa, fortalecer os Bombeiros de Vila Praia de Âncora”.

O programa incluiu a atribui-ção de medalhas de assiduida-de da LBP, de 10 anos, aos bombeiros de 2.ª, Nuno Rei, Alípio Pinto, Carlos Manuel Gonçalves, Fábio Romano, Vi-tor Malhão e Carlos Silva, de 15 anos, ao oficial bombeiro de 2.ª José Carlos Gonçalves, ao bombeiro de 2.ª Luis Vieira e

ao bombeiro de 3.ª Rui Malhão, e de 20 anos, aos bombeiros de 2.ª, Ricardo Malhão, Domingos Castro, Jorge Costa, Rui Amo-rim e Ricardo Fernandes.

Foram entregues medalhas de dedicação da LBP, por 25 anos, ao bombeiro de 1.ª Car-los Fernandes, ao bombeiro de 2.ª José Fernandes e ao bom-beiro de 3.ª António Alves.

Foram promovidos a bom-beiros de 2.ª os seguintes ele-mentos: Nuno Rei, Vitor Ma-lhão, Fábio Romano, Alípio Pin-to, Carlos Rebaldinho e Carlos Silva.

A subchefe foram promovi-dos, António Manuel Fão, Car-los Fernandes e Nuno Manuel Silva.

As cerimónias contaram também com as presenças, do presidente da Câmara Munici-pal de Caminha, Miguel Alves, do presidente da Assembleia Municipal, Luis Mourão, do pre-sidente da Federação de Bom-beiros do Distrito de Viana do Castelo, Luis Brandão Coelho, do diretor nacional do Planea-mento de Emergência da ANPC, José Oliveira, do comandante de Agrupamento Norte da

ANPC, coronel Paulo Esteves, do comandante distrital da ANPC, Armando Silva, do presi-dente da Junta de Freguesia de Vila Praia de Âncora, Carlos Castro, acolhidos pelo presi-dente da assembleia-geral, José Manuel Presa, pela presi-dente da direção, Laurinda Araújo, pelo comandante Ma-nuel Rei e restantes membros dos órgãos sociais e comando.

Destaque para a participação da fanfarra dos Bombeiros Vo-luntários Famalicenses e do Or-feão de Vila Praia de Âncora no programa comemorativo.

VILA PRAIA DE ÂNCORA

Presidente da LBP reivindica EIPFo

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27JANEIRO 2017

A Associação Humanitária de Bombeiros Volun-tários de Cacilhas atribuiu o colar de filantro-

pia, a sua mais alta distinção, ao presidente da Assembleia Municipal de Almada, antigo vice--presidente e deputado da Assembleia da Repú-blica, José Manuel Maia. Trata-se de homenagear o cidadão, o autarca e o antigo deputado pela dedicação à causa do voluntariado e dos bombei-ros.

“Como é publicamente reconhecido, a Câmara Municipal de Almada e a sua Assembleia Munici-pal, têm tido um papel de grande relevância no apoio aos Bombeiros de Cacilhas e do Concelho, tendo já mui justamente atribuído em tempo não muito distante ao presidente da Assembleia Mu-

nicipal, José Manuel Maia, o crachá de ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP)” refere a proposta aprovada pela assembleia geral da As-sociação por unanimidade e aclamação.

A entrega do colar ocorreu no decurso da ses-são solene comemorativa do 126º aniversário dos Bombeiros de Cacilhas presidida pelo presi-dente da Câmara Municipal de Almada, Joaquim Judas, e que contou com as presenças, do diretor Nacional de Bombeiros da ANPC, Pedro Lopes, do representante da LBP, Rama da Silva, do presi-dente do conselho fiscal da LBP e presidente dos Voluntários da Figueira da Foz, Lídio Lopes, do presidente da Federação de Bombeiros do Distri-to de Setúbal, comandante José Raimundo, do

segundo comandante distrital da ANPC, Rui Cos-ta, do representante das Juntas de Freguesia de Almada, Cova da Piedade, Pragal e Cacilhas, aco-lhidos pelo presidente da assembleia-geral, Lou-renço Baptista, do presidente da direção, coman-dante Clemente Mitra, do comandante Miguel Sil-va e restantes membros dos órgãos sociais e co-mando.

Destaque para a presença, muito saudada, da antiga comandante distrital da ANPC, Patrícia Gaspar, entretanto chamada a novas funções no comando nacional daquela entidade.

No decurso da sessão foi lido um louvor do co-mando e chamada perante a mesa a equipa que representou os Bombeiros de Cacilhas no “World

Rescue Challenge 2016”, realizado em Curitiba no Brasil e onde aquela formação alcançou um hon-roso 10º lugar mundial. Fizeram parte da equipa, o adjunto do comando, Maximino Viegas, o sub-chefe Bruno Pinto, e os bombeiros de 3.ª, Ricardo Cavaco, Vitor Gil, Márcio Coutinho e Bruno Silva.

Momentos depois, o adjunto de comando Maxi-mino Viegas foi também distinguido com a meda-lha de bons serviços da Associação pelo excelente trabalho ao longo da carreira de bombeiro e, em particular, nos últimos cinco anos de desempenho do cargo que ocupa.

Foi promovido a chefe o bombeiro Paulo Mala-nho, e a bombeiro de 1.ª, Paulo Cotralha, Tiago Morgadinho, Joel Gouveia, Nuno Dias, Sérgio Santos e Ricardo Fontainhas.

A bombeiro de 2.ª foram também promovidos na mesma cerimónia os bombeiros, Márcio Couti-nho, Vitor Gil, Bruno Silva, João Almeida, Ana Rita Santos, António Santos, Ricardo Cavaco, Pe-dro Mansinho, Paulo Costa e Ana Filipa Novais.

Ingressaram ainda no corpo de bombeiros, promovidos a 3.ª, Alexandre Lamarosa, Cátia Costa, Ana Catarina Santos, João Pedro Matos, Nuno Cardoso, Daniel Quaresma, Jéssica Nobre, Cátia Sofia Alberto e Mónica Dias.

CACILHAS

Homenagem a José Manuel Maia

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A Associação Humanitária dos Bom-beiros Voluntários de Azambuja co-

memorou o seu 85.º aniversário com a inauguração de uma nova ambulância de socorro oferecida pela empresa Su-gal e pela família Ortigão Costa, benzi-da pelo capelão nacional dos Bombei-ros Portugueses, padre José Manuel, e apadrinhada por Maria Berta Moniz da Maia Ortigão Costa.

Após a inauguração, realizada na zona fronteira ao quartel, decorreu uma sessão solene onde a instituição,

pela primeira vez, atribuiu o seu colar de honra à família benemérita, home-nageando-a, não só pela oferta da re-ferida ambulância, mas também de outras viaturas e equipamentos ao lon-go de anos.

Na sessão solene foi entregue ao só-cio e antigo dirigente Manuel de Jesus Geada a medalha de serviços distintos, grau cobre, da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP).

Com a medalha de dedicação da LBP, por 25 anos, foram também con-

templados, o subchefe António Valada, os bombeiros de 1.ª, Joaquim Marques e Luís Vieira, o bombeiro de 2.ª Antó-nio Manuel Leal, e o bombeiro de 3.ª José Manuel Gomes.

A medalha de assiduidade de 15 anos da LBP foi atribuída ao bombeiro de 1ª Marcos Duarte e à bombeira de 2.ª Iva Silva.

A distinção da Associação, bombeiro de excelência, cobre, foi atribuída ao bombeiro de 1.ª Rodrigo Monteiro e à bombeira de 3.ª Nádia Silva, e a de prata, ao bombeiro de 1.ª Fernando Silva e à bombeira de 2.ª Iva Silva.

As distinções da instituição, para carreira - ouro foi entregue ao subchefe António Valada, e a cruz de honra e mérito – ouro foi atribuída ao presiden-te da direção André Salema e ao antigo segundo comandante José Batalha.

Foram distinguidos três sócios bene-méritos e atribuída a medalha de gra-tidão da Associação a seis associados coletivos, ao comandante dos Bombei-ros de Torres Vedras, Fernando Barão, e a quatro fundadores da fanfarra, três deles a título póstumo.

Perante o anúncio feito pelo presi-

dente da direção de que a candidatura ao POSEUR para a requalificação do atual quartel no valor de meio milhão de euros não tinha sido aceite o vice--presidente da Câmara Municipal de Azambuja, Silvino Lúcio, que presidiu à sessão, anunciou que a autarquia vai apoiar a referida obra.

Além deste, a sessão solene contou também com as presenças, do director nacional de bombeiros da ANPC, Pedro Lopes, do representante da LBP, Rama

da Silva, do presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Lisboa, comandante António Carvalho, do co-mandante de agrupamento sul da ANPC, Elísio Oliveira, acolhidos, pelo presidente da assembleia-geral da ins-tituição, António José Matos, do presi-dente da direcção, André Salema, da presidente do conselho fiscal, Inês Louro, do comandante Armando Bap-tista, e pelos restantes órgãos sociais e elementos do comando.

AZAMBUJA

Família Ortigão Costa oferece ambulância

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28 JANEIRO 2017

As comemorações do 82.º aniversário da Associação

Humanitária de Bombeiros Voluntários de Águeda foram assinaladas com a atribuição do crachá de ouro da Liga dos

Bombeiros Portugueses (LBP) a cinvo elementos do seu cor-po de bombeiros, pela inaugu-ração de uma nova ambulân-cia de socorro e ainda pela promessa de que a Autarquia

irá apoiar o projeto de remo-delação do atual quartel ava-liado em meio milhão de euros

Os crachás de ouro foram entregues a, Carlos Manuel da Silva Marques, Victor Manuel

Martins Almeida Sabino, Lino Duarte Monteiro, Jorge Brites de Almeida e Luis Manuel Pe-reira de Matos, em cerimónia coordenada pelo comandante José Requeijo, vogal do con-

selho executivo da LBP pre-sente.

A nova ambulância de so-corro foi apadrinhada pelo be-nemérito Silva Pinto na pre-sença das entidades convida-

das, incluindo o presidente da Câmara Municipal de Águeda, Gil Nadais, restante executivo, e do presidente da Assembleia Municipal, Francisco Vitorino.

A inauguração foi antecedi-da das honras aos bombeiros falecidos junto ao Monumento ao Bombeiro e precedida da missa na igreja matriz, o tra-dicional desfile apeado e mo-torizado, a entrega de lem-branças aos filhos dos bom-beiros e a entrega do cabaz natalício a cada um dos opera-cionais.

ÁGUEDA

Comemorações com cinco crachás de ouro

O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses

(LBP) manifestou vontade de continuar a dialogar com a so-ciedade civil, os municípios e o Governo, num diálogo franco e aberto, na busca de consensos, mas garantindo também que “não abdicarei de defender os bombeiros e os seus princípios”.

O comandante Jaime Marta Soares falava na sessão solene comemorativa do 108.º aniver-sário da Associação Humanitá-ria dos Bombeiros Voluntários do Montijo, perante o secretário de Estado da Administração In-terna, Jorge Gomes. Antes da sua intervenção o presidente da LBP convidou entidades presen-tes a acompanhá-lo na atribui-ção de 3 crachás de ouro, à subchefe Maria de Dores Fausti-no, ao chefe João Faustino Pes-tana e, a título póstumo, ao chefe Manuel Martins Gonçal-ves.

No rescaldo do congresso ex-traordinário da LBP, realizado na véspera na Figueira da Foz, o comandante Jaime Soares fez um balanço positivo do trabalho ali realizado, sublinhando o re-forço das competências ali con-sagrado, renovando que “pelos bombeiros darei tudo” e que”aquilo que se fizer na sua defesa nunca será demais”.

O programa comemorativo do aniversário dos Bombeiros do Montijo começou com a inauguração de uma ambulân-cia de socorro, oferecida pela Câmara Municipal, e de um veí-culo de apoio logístico especial

(VALE) oferecido por uma em-presa de transformação de car-nes (RAPORAL).

Seguiu-se a sessão solene, presidida pelo secretário de Es-tado, com as presenças, do pre-sidente da LBP, do presidente

da Câmara Municipal, Nuno Canta, do presidente da Autori-dade Nacional de Proteção Civil, coronel Joaquim Leitão, do vi-ce-presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Setú-bal, João Ludovico, do coman-dante de agrupamento sul da ANPC, Elísio Oliveira, do presi-dente da Reviver Mais, Luis Mi-guel Baptista, acolhidos pelo presidente da direção, Amável Pires, pelo comandante Améri-co Moreira e restantes órgãos sociais e elementos de coman-do.

Procedeu-se à cerimónia de juramento de 11 novos bombei-ros de 3ª, Bruna Nunes, Lean-dro Sabino, Iury Gomes, Ruben André, Rute Silva, Márcia Ra-malho, João Vaz, Ana Cristina

Gomes, Ana Catarina Marafuga, João Pedro Silva e Luís Filipe Rua.

Foram ainda promovidos, a subchefe, Nuno Ricardo Queluz, e a bombeiros de 2.ª, Regina Zwart, Marcelo Aleixo, João Má-rio Rebelo, Paulo Borges, André Ramalho e Ricardo Oliveira.

As medalhas de assiduidade da LBP foram atribuídas, por 5 anos, a André Rebelo, por 15 anos, a Nuno Diogo, por 20 anos, a Manuel Fitas, e de dedi-cação e bons serviços por 25 anos, a Nuno Carvalho e Ricar-do Gonçalves.

A Associação entregou tam-bém medalhas de reconhecido mérito, em função das horas de serviço realizadas por bombei-ros, de grau cobre, a Fábio Silva

e Carlos Santos, grau prata, a Cláudio Alegria e João Faustino, e a de grau ouro, a Nuno Carva-lho e Nuno Queluz.

Foram entregues diversas medalhas a associados, nomea-damente, ao atual sócio nº1 e ex-comandante Manuel Francis-co Pinto.

A medalha de ouro da Asso-ciação foi atribuída ao coman-dante Américo Moreira, pelos 25 anos de atividade no coman-do, e à empresa RAPORAL, ofertante de uma das viaturas inauguradas.

Como é tradição, foram ainda entregues 44 troféus, incluindo à LBP, à Federação de Bombei-ros de Setúbal, a Reviver Mais, o NABUL, a FEB e outras entida-des.

MONTIJO

Presidente da LBP não abdicada defesa dos bombeiros

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29JANEIRO 2017

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de

Salvação Pública e Cruz Branca de Vila Real assinalou o 120.º aniversário no passado dia 8 de janeiro, em cerimónia que con-tou com a presença do presi-dente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), comandan-te Jaime Marta Soares.

O programa comemorativo começou no dia 6, com o desfi-le apeado pelas principais ruas

da cidade e finalizou com a inauguração de uma exposição comemorativa realizada no Mu-seu do Som e da Imagem, no Teatro Municipal de Vila Real. No dia seguinte, 7, realizou-se um concerto solidário a favor dos bombeiros no mesmo tea-tro promovido pelo Rotary Club de Vila Real.

As comemorações do 120.º aniversário desta Associação terminaram numa cerimónia

presidida pelo presidente da Câmara Municipal de Vila Real, e que contou com as presen-ças, do presidente da LBP, de deputados à Assembleia da Re-pública, do Bispo de Vila Real e de mais entidades locais, onde foram impostas distinções ho-noríficas a elementos do corpo de bombeiros.

Com a medalha de assidui-dade grau cobre 5 anos da LBP foram distinguidos 5 elemen-

tos, com a medalha de assidui-dade grau prata 10 anos, 8 ele-mentos, com a medalha de as-siduidade grau ouro 15 anos, um elemento, com a medalha de assiduidade grau ouro 20 anos, 2 elementos e com a me-dalha de dedicação, 11 ele-mentos com mais de 25 anos de serviço.

Foi ainda imposta a medalha de serviços distintos grau ouro da LBP à adjunta de comando

Maria de Fátima Pereira, que entretanto pediu a passagem ao quadro de honra.

Foram ainda distinguidos com o crachá de ouro da LBP, sete elementos do Quadro de Honra que integram os Volun-tários da Cruz Branca há mais de meio século, os chefes, Ma-nuel Marta, Alfredo Pereira, Manuel Lopes, José Alberto Tei-xeira, e José Henriques Dias, o subchefe Manuel Carvalho e o

bombeiro de 1.ª Joaquim San-tos.

O programa incluiu ainda uma missa, celebrada na Cape-la Nova pelo Bispo de Vila Real, D. Amândio Tomás, e a apre-sentação de cumprimentos à Câmara Municipal de Vila Real.

As comemorações deste ani-versário encerraram com um almoço convívio, no Hotel Mira-corgo, que reuniu bombeiros, dirigentes e convidados.

VILA REAL

Cruz Branca assinala 120 anos de história

A comemoração do 35.º aniversário dos Bombeiros Voluntários de Pe-

drouços ficou assinalada pelo anúncio da existência de um terreno adquirido pela Câmara Municipal da Maia para ali se construir o novo quartel e pela bênção de três novas viaturas, além da entrega de distinções e realização de promoções.

O programa das comemorações, de facto, incluiu a bênção de três veículos, duas VDTD (Veiculo dedicado a transpor-te de doentes) e o VFCI-01 (Veiculo Flo-restal de Combate a Incêndios), “veícu-los que vieram renovar a frota já exis-tente de forma a melhorar o serviço prestado à população”.

No decorrer das comemorações, oito bombei-ros foram distinguidos com a medalha de assidui-dade da Liga de Bombeiros Portugueses - grau cobre (5 anos); dois bombeiros com a de grau prata (10 anos) e 3 bombeiros com a de grau ouro (15 anos). Foram promovidos na carreira seis bombeiros que passaram à categoria de bombeiro de 2.ª. “Cada vez mais no corpo de bombeiros desta Associação se aposta na forma-ção e progressão na carreira de forma a dotar os operacionais de uma maior competência na pres-tação do socorro”.

A sessão solene comemorativa foi presidida pelo presidente da Câmara da Maia, Bragança Fernandes e contou também com as presenças, do vice-presidente da LBP, professor José Miran-da, do segundo comandante distrital do Porto da ANPC, Sérgio Barros, e outras individualidades acolhidas pelo presidente da direção, Mário Pinto, pelo comandante Pedro Teixeira e restante mem-bros dos órgãos sociais e comando.

Para memória futura foi afixada na frontaria das instalações uma placa comemorativa “onde é demonstrado toda a honra que sentimos pelas mulheres e pelos homens que todos os dias se com abnegação se dedicam a esta causa”.

PEDROUÇOS

Anunciado terrenopara novo quartel

A Associação Humanitária dos Bombeiros Vo-luntários do Entroncamento comemorou o

seu 68.º aniversário, no passado dia 7 de janeiro, em cerimónia que contou com a presença do se-cretário de Estado da Administração Interna, Jor-ge Gomes. E durante a sessão solene, a que este presidiu, foi empossado o novo comandante, Paulo Dias, e as condecorações e louvores previs-tos.

Na oportunidade, o secretário de Estado, em resposta ao presidente da Câmara Municipal do

Entroncamento, Jorge Faria, confirmou a inten-ção do Governo de criar no concelho uma unidade especializada para formação e treino no socorro a acidentes ferroviários.

As cerimónias comemorativas dos Bombeiros do Entroncamento, iniciaram-se de manhã com o hastear da bandeira, seguindo-se, a romagem ao cemitério e bênção do talhão atribuído à Associa-ção, uma missa na Igreja de Nossa Senhora de Fátima e o desfile apeado que culminou com a inauguração da Rotunda do Bombeiro.

No período da tarde e após a sessão solene, em que a Liga dos Bombeiros Portugueses, re-presentada pelo seu vice presidente, comandante Adelino Gomes, distinguiu com a medalha de ser-viços distintos o chefe João Rito e o presidente da instituição, João Salvado, foi inaugurada a Rua Capitão Artur José Dias Morga, antigo comandan-te dos Bombeiros Voluntários do Entroncamento. A placa toponímica foi descerrada pela filha do homenageado, pelo presidente da Câmara Muni-cipal e pelo presidente da direção da associação.

ENTRONCAMENTO

Posse no aniversário

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30 JANEIRO 2017

A Associação Humanitária de Bombeiros Volun-tários de Famalicão concretizou mais um o

desafio, a que se tinha proposto, desta feita de juntar as gentes da cidade, mas, também, foras-teiros numa ação de solidariedade em prol dos mais carenciados.

O evento começou uma aula de zumba e um passeio pelas ruas da cidade dos aficionados do todo-o-terreno que culminaram com a entrega de alimentos. De seguida, adeptos do BTT e das ca-minhadas aceitaram um desafio subordinado ao tema “Vamos Iluminar a Cidade”. A meio do per-curso, na Praça D. Maria II, a Tuna Académica da Universidade Lusíada atuou e, quando finalizou, todos seguiram o trajeto delineado, rumo ao quartel dos Voluntários de Famalicão.

No final desta maratona, a organização estava visivelmente feliz, pois para além da moldura hu-mana a iniciativa permitiu angariar mais de sete toneladas de alimentos que foram distribuídas pelas famílias carenciadas das 49 freguesias do concelho e por algumas instituições de solidarie-dade do concelho.

Saco solidário apoia bombeiros

Também durante a época natalícia o hipermer-cado JUMBO de Vila Nova de Famalicão promoveu campanha “saco solidário” junto dos seus clientes e uma parte do valor apurado reverteu a favor das associações de bombeiros, e até já foi entre-gue no Quartel dos Voluntários da cidade.

FAMALICÃO

Associação solidáriaJá no início deste ano, os Bombeiros de Vila

Franca das Naves marcaram presença no Fes-tival de Sopas, iniciativa da paróquia local que elevou à mesa dos muitos comensais, que se as-

sociaram a este convívio, um total de 16 propos-tas, entre as quais a “Sopa de Natal”, especialida-de dos “chefs” dos Voluntários de Vila Franca das Naves.

VILA FRANCA DAS NAVES

Voluntários no festival das sopas

Para assinalar o Dia de Reis, e encerramento oficial da quadra natalícia, a Banda de Música

do Regimento de Sapadores dos Bombeiros de Lisboa, tocou e encantou, no Centro Comercial Colombo.

Os instrumentos de percussão, sopro metal e sopro madeira tomaram conta da praça central o espaço comercial, para gáudio dos muitos visi-tantes que não regatearam aplausos aos mais de 20 músicos que integram a banda e que interpre-taram, entre os outros temas, The Saints Halle-luyah, Lord of the Dance e El Capitan.

LISBOA

Sapadores em concerto de Reis

Foto

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ira

Dando cumprimento à tradição do característi-co Cantar dos Reis, a Troupe de Reis dos

Bombeiros Voluntários de Ovar saiu à rua enfren-tando noites frias e chuvosas, só aquecidas pelo ambiente reiseiro, para a cantar junto de institui-ções, casas de famílias ou espaços comerciais, com mensagens de Luís Pedro Silva musicadas pelo Maestro Luís Sá, despedindo-se com um “Olaré”, “Lá vamos, lá vamos/Há outros esperan-do/Cantámos, cantámos/ Mas tem que ir-se an-dando”, dando, assim, lugar a outros grupos que, nesta época, igualmente se desdobraram em ati-vidades que culminam a 6 de janeiro com a gran-de Noite de Reis, que município de Ovar candida-tou a Património Imaterial Nacional.

É grande o contributo da Associação Humanitá-ria dos Bombeiros de Ovar para a preservação des-ta secular tradição, em memória de precursores como Alves Cerqueira e António Dias Simões, as-sumida até aos dias de hoje por tantos outros no-mes autores de letras e melodias que aprofundam as especificidades deste modo do Cantar dos Reis.

Esta que é um marco importante da quadra in-clui o já habitual acolhimento do conjunto de troupes, no quartel dos Voluntários, que este ano se realizou no dia 2 de janeiro, num convívio que reuniu bombeiros, familiares e amigos recebidos

pelo presidente da direção, Luís Medeiros que par além dos de palavras de agradecimentos dei-xou o convite para novo encontro. já próximo ano.

OVAR

Voz e acolhimento à tradição

Os Bombeiros de Barceli-nhos venceram o concur-

so “Barcelos Cidade Presépio - Presépios de Rua”, com uma proposta de cariz tradi-cional que durante quadra embelezou o espaço fronteiro ao novo quartel.

Dos 14 presépios a concur-so prevaleceu na decisão do júri a tradição barrista, o tra-balho e a dimensão da minu-ciosa construção apresentada pelos Voluntários de Barceli-nhos, da autoria subchefe Fernando Silva Pereira, com que com o apoio de um con-junto de bombeiros todos os anos mantém viva a tradição.

“O Presépio dos Bombeiros de Barcelinhos segue desde há muitos anos o conceito original dos presé-pios seguindo fielmente as suas figuras a reprodução

da vida e dos costumes do antigamente”, defendem direção e comando da instituição que sublinham “enorme alegria e orgulho pelo empenho dos bom-beiros em atos simples que representam a sua hu-mildade e união”.

BARCELINHOS

Bombeiros vencem concurso

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O Corpo de Bombeiros Municipais da Lousã, como já é tradição, efetuou durante o período natalí-

cio, com o apoio da população, mais uma recolha de bens de primeira necessidade, roupas e brinquedos entregues a várias instituições que apoiam os mais carenciados.

O comando dos Bombeiros Municipais da Lousã, em comunicado, “agradece a todos os bombeiros envolvidos nesta iniciativa, assim como a toda a po-pulação que aderiu a esta nobre campanha, de-monstrando a solidariedade e espírito de entreajuda existente nos concelhos lousanense e limítrofes”.

LOUSÃ

Municipais apoiam familias carenciadas

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31JANEIRO 2017

ANIVERSÁRIOS2 de fevereiroBombeiros Voluntários de Cascais . . . . . . .130Bombeiros Voluntários S. Pedro do Sul . . . . .91Bombeiros Voluntários de Valpaços . . . . . . .80Bombeiros Voluntários de Aljustrel . . . . . . . .673 de fevereiroBombeiros Voluntários Flavienses. . . . . . . .127Bombeiros Voluntáriosde Vila Nova de Cerveira. . . . . . . . . . . . . . .816 de fevereiroBombeiros Voluntários de Moreira da Maia . .907 de fevereiroBombeiros Voluntários Celoricenses . . . . . . .798 de fevereiroBombeiros Voluntários de Sernancelhe . . . . .5810 de fevereiroBombeiros Voluntários de Mondim de Basto .92Bombeiros Voluntários de Baltar . . . . . . . . .8812 de fevereiroBombeiros Voluntários de Vieira do Minho. . .76

15 de fevereiroBombeiros Voluntários de Vialonga. . . . . . . .3918 de fevereiroBombeiros Voluntáriosde São Mamede de Infesta . . . . . . . . . . . . .9820 de fevereiroBombeiros Voluntários de Crestuma . . . . . . .2121 de fevereiroBombeiros Sapadores de Setúbal . . . . . . . .230Bombeiros Voluntários de Montemor-o-Velho 8424 de fevereiroBombeiros Voluntários de Penacova . . . . . . .86Bombeiros Voluntários de Fronteira . . . . . . .2126 de fevereiroBombeiros Voluntáriosde Vila Franca do Campo . . . . . . . . . . . . . .2828 de fevereiroBombeiros Voluntários de Melo . . . . . . . . . .80

Fonte: Base de Dados LBP

em janeiro de 1997

Continuando o assunto do meu anterior artigo, dete-

nho-me ainda no antigo méto-do dos batedores pois a evolu-ção demorou um certo tempo e não queria deixar de recordar.

Íamos para os incêndios car-regados com batedores às cos-tas e a pé, pois os carros fica-vam muito longe dos incên-dios, precisamente pela falta de caminhos e subíamos pelos montes e chegávamos já muito estafados. E não era simples, pois esperava-nos um serviço muito severo pois os incêndios apagavam-se à força de braços e das costas de cada um até à sua extinção.

O trabalho era direto com as chamas e suportava-se muito calor, durante muito tempo.

Eu sei o que isso custava pois associava-me com os bombeiros, para que eles sou-bessem que o esforço era do conjunto e tinha de dar o exemplo. Também fiz calos nas mãos no uso dos batedores. Lembro-me de uma vez, che-gado a casa de regresso de um fogo, cansado, rebolava-me no chão do quarto com cãibras nas pernas e jurei que nunca mais

iria a um incêndio de mato. Mas no dia seguinte, tocava a sirene e lá ia eu todo acelerado.

Mesmo com a vinda do novo método de ataque aéreo os ba-tedores eram uteis, pois, após descargas de água, em terra, no chão queimado ficavam di-versos “rabos de fogo” que eram perigosos porque podiam atear de novo o mesmo fogo. Hoje farão isso com água de carros, mas era fácil de fazê-lo com os batedores.

A grande ânsia dos bombei-ros era a água nos incêndios florestais e eis que aconteceu um dia que surgiu um autotan-que carregado de água num incêndio. Este derramava a água num pequeno tanque desmontável e em lona, que já havia para com o mesmo siste-ma acorrer aos fogos urbanos. Do tanque as motobombas existentes levavam a água ao incêndio com mangueiras emendadas umas nas outras para lá chegarem pois estas fi-cavam longe do incêndio

E por fim, acontece uma coi-sa assombrosa: alguém, que até admito que fosse o Tionga de Esmoriz - que era o homem

das bombas, como era conhe-cido, mas se não foi, foi outro que também se preocupava com a evolução do sistema, e, acoplou uma bomba à trans-missão do autotanque e este passou a poder descarregar a água diretamente no fogo.

Ainda não foi suficiente, pois os caminhos não davam passa-gem a um autotanque mas logo apareceram pequenos carros, transformados pela in-dústria nacional. Eram carros, normalmente jeeps com a tra-ção às quatro rodas e um pe-queno tanque de água na sua carga e uma bomba acoplada. Estes já chegavam aos incên-dios.

Desafio os senhores investi-gadores, para determinarem se foram os portugueses os primeiros a chegar aos incên-dios com carros de água, ou se no estrangeiro…

Num próximo artigo, com-prometo-me a continuar e fa-zer a história da evolução do sistema de extinção de incên-dios, agora no meio urbano.

Comandante Alegria,Honorário

de Oliveira de Azeméis

O que mudou no sistemade extinção de incêndios

Parte IIFo

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São Brás de Alportel acolheu o V Encontro Na-cional da Mulher Bombeiro, iniciativa do corpo

de bombeiros local que se afirma como uma “grande homenagem à mulher e à sua entrega à causa humanitária” que, este ano, reuniu cerca de duas centenas participantes do continente e ilhas.

Com a plateia do cineteatro São Brás quase preenchida, o discurso de boas vindas do coman-dante do Corpo de Bombeiros de São Brás de Al-portel, Vitor Martins, ficou marcado pelo reconhe-cimento às 6 mil mulheres que, por todo o País, “carregam o peso da responsabilidade nos ombros e mesmo assim ostentam o sorriso mais genuíno no rosto e sabem que são capazes de tudo, todos os dias.”

Um ponto alto do programa foi a tertúlia, “Nós Somos Mulher Bombeiro”, com as oradoras convi-

dadas a deixarem mensagens de motivação, de-terminação e exemplos de carreira.

Este dia foi ainda de convívio aberto, com um passeio guiado pelo centro histórico da vila de São Brás, com um almoço de iguarias regionais no quartel anfitrião e a entrega do prémio do concurso fotografia promovido no âmbito deste encontro, ao Corpo de Bombeiros de Constância.

Esta iniciativa contou com apoio da câmara municipal, da junta de freguesia e Misericórdia de São Brás de Alportel, Agrupamento de Escolas José Belchior Viegas, bem como de várias entida-des e agentes económicos locais e regionais.

Depois de Póvoa do Lanhoso em 2015, e de São Brás de Alportel ter constituído a estreia no Algarve, em 2017 será a vez de Sor organizar o VI Encontro Nacional da Mulher Bombeiro.

S. BRÁS DE ALPORTEL

Algarve recebe V encontro nacionalmulher bombeiro

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32 JANEIRO 2017

FICHA TÉCNICA: Administrador: Presidente do Conselho Executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses – Director: Rui Rama da Silva – Redacção: Sofia Ribeiro – Fotografia: Marques Valentim – Publicidade e Assinaturas: Maria Helena Lopes – Propriedade: Liga dos Bombeiros Portugueses – Contribuinte: n.º 500920680 – Sede, Redacção e Publicidade: Rua Eduardo Noronha, n.º 5/7 – 1700-151 Lisboa – Telefone: 21 842 13 82 Fax: 21 842 13 83 – E-mail: [email protected] e [email protected] – Endereço WEB: http://www.bombeirosdeportugal.pt – Grafismo/Paginação: QuarkCore – Praceta das Ordenações Afonsinas, 3-A – 2615-022 ALVERCA – Telef.: 21 145 1300 – web: http://www.quarkcore.pt – Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Morelena – 2715-029 Pêro Pinheiro – Depósito Legal N.º 1081/83 – Registo no ICS N.º 108703 – Tiragem: 11000 Exemplares – Periodicidade: Mensal.

A Crónicado bombeiro Manel

Na altura também falei aqui nesse assunto a propósito de uma con-

versa que tinha ouvido cá para cima. Era a histórias dos comandantes de bombeiros que fossem funcionários do Instituto Nacional de Emergência Médica. Estavam ameaçados a sair e tinham que escolher onde queriam fi-car, ou nos bombeiros ou no INEM.

Já pensava assim e continuo a pen-sar que era um verdadeiro disparate

o que se estava a passar, uma guerra que não tinha qualquer sentido e que a continuar acabava por não ser boa para ninguém. Ou o INEM perdia bons técnicos ou os bombeiros per-diam bons comandantes.

Alertada para isso, a Liga dos Bom-beiros Portugueses e o seu presidente cuidaram logo de procurar reunir as partes.

Entretanto segundo agora soube o

processo ainda se complicou mais porque muitos dos comandantes ameaçados acabaram mesmo por re-ceber aviso sério de que estavam à beira de ser corridos, com carta escri-ta nesse sentido e tudo.

Finalmente, dizem-me que o presi-dente da Liga reuniu os presidentes da ANPC e do INEM consigo e já con-seguiram desfazer a questão. Segun-do também me contaram basta que

os comandantes solicitem ao INEM a possibilidade de acumularem e nada mais. Uma coisa tão simples que es-tava a complicar-se sem sentido e com prejuízo para todos.

Ainda bem que alguém os chamou à razão. Não é a primeira vez que acontecem coisas destas nos bombei-ros e toda a gente sai prejudicada. Ao menos que tenham aprendido com a experiência. [email protected]

Ainda bem que acaba bem

Á LBP, e ao seu presidente, pela pressão de-senvolvida junto do INEM e da ANPC para que fosse posto termos aos processos disciplinares levantados aos comandantes de bombeiros que eram ou são funcionários do INEM.

Ao Ministério da Saúde pelas promessas fei-tas e não cumpridas de que as dívidas aos bombeiros, ou boa parte delas, seriam pagas em 2016 o que não aconteceu nem se vislum-bra que aconteça proximamente.

LOUVOR/REPREENSÃO

Em zonas de sinistro, onde se encontrem a de-correr operações de

prestação de socorro, a utili-zação de drones só poderá ser possível com a autoriza-ção expressa do comandante do teatro de operações (TO). Caso a autorização seja con-cedida deverão também ser cumpridas as regras agora estabelecidas, nomeadamen-te as respeitantes às alturas máximas de voo permitidas, até 120 metros, e desde que não se encontre a sobrevoar a zona do sinistro nenhuma aeronave tripulada.

A proibição de voos de dro-nes abrange ainda, num círcu-lo de 1 quilómetro centrado no ponto de referência, os he-liportos utilizados por meios aéreos em missões de prote-ção civil e heliportos hospita-lares utilizados exclusivamen-te em missões de emergência médica.

As condições de operação aplicáveis à utilização do es-paço aéreo pelos sistemas de

aeronaves civis pilotadas re-motamente (drones) encon-tram-se estabelecidas no Re-gulamento n.º 1093/2016, entrado em vigor em 14 de janeiro do corrente ano.

O Regulamento aplica-se aos drones, aeromodelos, ae-ronaves brinquedo e não in-clui aeronaves do Estado e drones utilizados em espaços fechados ou cobertos.

Por regra, os drones apenas podem efetuar voos diurnos, em operações à linha de vista até 120 metros acima da su-perfície (400 pés), não mais do que uma em simultâneo e deve ser mantida uma distân-cia segura de pessoas e bens patrimoniais de forma a evitar danos em caso de acidente ou incidentes.

O regulamento estabelece também regras específicas para voos de drones na proxi-midade de aeródromos e elenca as eventuais exceções que, forçosamente, deverão carecer de autorização da ANAC.

Ficam proibidos voos em áreas de proteção operacional, nomeadamente, os Aeroportos Francisco Sá Carneiro (Porto) e Humberto Delgado (Lisboa), o Aeródromo de Cascais, e os Aeroportos de Faro, Madeira, Porto Santo, João Paulo II (Ponta Delgada), Santa Maria, Horta e Flores (Açores).

Os voos sobre concentra-

ções de pessoas ao ar livre, mais de 12 pessoas, ficam su-jeitos a previa autorização da ANAC.

Num circulo de 1 quilómetro de raio centrado no ponto de referência ficam também proi-bidos os voos de drones junto de heliportos sob gestão, co-mando ou responsabilidade de entidades públicas às quais es-

tejam cometidas funções de manutenção da ordem pública, segurança, fiscalização e in-vestigação criminal.

Ficam também proibidos os voos de drones sobre instala-ções onde se encontrem se-deados, órgãos de soberania, embaixadas e representações consulares, instalações milita-res, instalações das forças e

serviços de segurança, locais onde decorrem missões poli-ciais e estabelecimentos prisio-nais e centros educativos da Direção-Geral da reinserção e serviços Prisionais.

A violação do regulamento agora entrado em vigor confi-gura contraordenações aero-náuticas civis graves e muito graves.

DRONES

Comandantes de TO têm uma palavra a dizer

As candidaturas ao Prémio Bombeiro de Mérito 2016 deverão ser apresen-

tadas até 10 de março próximo.A Liga dos Bombeiros Portugueses

(LBP) promove anualmente a atribuição do Prémio Bombeiro de Mérito e um con-junto de menções honrosas para distin-guir, uma câmara municipal, um dirigente associativo, um elemento do quadro de comando, uma personalidade empresa-rial ou empresa e uma personalidade da sociedade portuguesa, cuja ação tenha sido benéfica para o voluntariado e o as-sociativismo.

“Neste sentido, vimos solicitar aos diri-gentes das associações humanitárias de

bombeiros/corpos de bombeiros, coman-dantes dos corpos de bombeiros e presi-dentes de federações distritais que apre-sentem candidaturas referentes a 2016” refere o presidente da LBP, comandante Jaime Marta Soares, em circular emitida recentemente. Cada candidatura deverá

justificar os motivos que fundamentem a respetiva apresentação, mencionando detalhadamente os atos protagonizados, quer seja ao Prémio Bombeiro de Mérito, quer seja a Menção Honrosa, incluir a respetiva identificação do indivíduo ou entidade proposta, e ser enviada por cor-reio electrónico para [email protected] ou via CTT para a morada da sede da LBP até dia 10 de março de 2017.

Após a receção das candidaturas, a Co-missão de Nomeação irá reunir até ao fi-nal de março para selecionar as candida-turas. Da seleção resultante, o Júri Nacio-nal escolherá os premiados até ao final de abril de 2017.

BOMBEIRO DE MÉRITO 2016

Candidaturas até 10 de março