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BARROCO
Século XVII e XVIII
O êxtase de Santa Tereza, Gian Lorenzo Bernini – 1645/52
“BARROCO”
• Considerado a Era do Ornamento e dos Excessos
ASPECTOS TEÓRICOS
• Origem: Itália. • Fator de influência: Reforma e Contrarreforma da Igreja Católica.• Período em vigor: na Europa séc. XVII; no Brasil Séc. XVIII.• Ideal da arte: propagar o catolicismo e ampliar sua influência.• Função da arte: religiosa.
ASPECTOS ESTÉTICOS/ VISUAIS
• Expressão emotiva; • Rompimento entre o sentimento e a razão e entre a arte e a
ciência;• Realismo na cena e nas figuras;• Temas: religioso (prioritariamente nos países católicos), cenas
cotidianas e natureza-morta;• Figuras naturalistas com acentuada expressão de realismo;• Cores quentes em tons escurecidos;
ASPECTOS ESTÉTICOS/ VISUAIS
• Intenso jogo de luz e sombra (acentuado clima dramático);• Estrutura da composição: diagonal (expressão de dinâmica, de
mobilidade);• Corpos contorcidos;• Excesso de detalhes, na decoração enfeites com uso de linhas
onduladas (arabescos, volutas e alegorias)• Colunas retorcidas, ou seja espiraladas;
ARTISTAS DESTACADOS
• Caravaggio;• Andrea Pozzo; • Bernini;• Rembrant; • Rubens;• Vermeer;• Velásquez
A conversão de São Paulo a caminho de Damasco –Caravaggio - 1600/01 – Santa Maria del Popolo,Roma, óleo sobre lona, 91x69.
Crucificação de São Pedro, Caravaggio – 1601
Natureza-morta, Caravaggio – 1699.
Cesta de frutas, Caravaggio - 1593
Narciso, Caravaggio – 1597/1599
Os Músicos, Caravaggio - 1595
Medusa, Caravaggio – 1595-1598
Igreja de Santo Inácio, Andrea Pozzo
Igreja em Palermo, Casa Professa – inaugurada em 1636
Teto da igreja jesuíta em Viena, com destaque para a falsa cúpula, Andrea Pozzo – 1703
Vista frontal do Baldaquino na igreja de São Pedro,
Gian Lorenzo Bernini – 1624/33
BARROCO NOS PAÍSES BAIXOS
• A Arte do Barroco chegou até os países baixos, nela, há realismo nas figuras, clima de suspense no cenário e emotividade;
• As figuras apresentam acentuado naturalismo;• As cores em predomínio são quentes e apresentam certa vivacidade;• A luz é focal, direcionando o olhar do observador para o ponto
que o artista deseja dar enfoque na cena, ela é geradora de suspense na cena;
• Quanto à temática, o maior enfoque foi para cena do cotidiano, retrato, autorretrato e natureza-morta.
Natureza-morta com torta de peru, Pieter Claesz - 1627
Vanitas, Pieter Claesz -1625
Banquete ainda vida, Abraham Hendriksz Van Beyeren – 1620/21
A noiva judia, Rembrant – 1667
A lição de anatomia de Dr Tulp, Rembrant - 1632
A Ronda noturna, Rembrant - 1642
O jardim do amor, Peter Paul Rubens - 1633
A moça com o brinco de pérola, Johannes Vermeer – 1665/66
A Leiteira, Johannes Vermeer - 1657/1658
A guitarrista, Johannes Vermeer - 1669/72
BARROCO NA ESPANHA
As Meninas, Diego Velázquez– 1666
O bobo da corte Calabacillas, Diego Velasquez 0 1637/39
A Anunciação, Esteban Murillo – 1660
Menino com o cão, Esteban Murillo - 1650
Objeto de avaliação do PAS• O Rapto de Prosérpina, Gian Lorenzo Bernini, 1621/22Sob a visão mitológica, conta-se que há, no vale do Ena, um lago escondido no bosque,este protegendo as águas do lago dos raios ardentes do sol; neste terreno, que é úmido,encontram-se flores as mais belas e que a Primavera reina aliperpetuamente. Proserpina, ou Prosérpina (na mitologia grega, Perséfone), que erafilha de Júpiter (ou Zeus) e Ceres (ou Deméter; esta a deusa das plantas que brotam edo amor maternal), encontrava-se a brincar ao redor do lago com algumascompanheiras, colhendo lírios e violetas, enchendo seu cesto e seu avental com estasflores, quando Plutão (ou Hades) a viu, apaixonou-se e a raptou. Aindefesa Proserpina gritou, pedindo ajuda à mãe e às companheiras, mas quando,apavorada, largou os cantos do avental e deixou cair as flores, sentiu, infantilmente,sua perda como um acréscimo ao seu sofrimento. Plutão excitou os cavalos, chamando-os cada um por seu nome e soltando sobre suas cabeças e pescoços as rédeas cor-de-ferro. Quando chegou ao rio Cíano e este se opôs à sua passagem, o deus feriu a margemdo rio com seu tridente, a terra se abriu e lhe deu passagem para o Tártaro.
A partir daí, Ceres segue de forma persistente e desesperadora em busca de sua muitoquerida filha. Depois de muitas passagens que recheiam essa belíssima parte damitologia, conta-se que, enfim, Ceres se apresentou diante de Júpiter e implorou a esteque intercedesse de modo a conseguir a restituição de sua filha. Este, sensibilizado como sofrimento daquela, consentiu, mas com uma condição: a de que Proserpina nãotivesse tomado qualquer alimento durante sua permanência no mundo inferior; deoutro modo, as Parcas proibiam sua libertação. Deste modo, Mercúrio (ou Hermes) foimandado, acompanhado da Primavera, para pedir Proserpina a Plutão. O ardilosodeus do submundo consentiu, mas infelizmente a donzela havia aceitado algumassementes de romã que ele lhe havia oferecido. Isto foi suficiente para impedir suacompleta libertação, contudo firmando-se um acordo pelo qual Proserpina passariametade do tempo com sua mãe e o resto com seu marido, Plutão.
Ceres ficou satisfeita com tal arranjo e, sempreque Proserpina sobe à terra, sua mãe restitui favores sobre esta;assim, durante metade do ano, Ceres brinda a terra com as estaçõesda Primavera e do Verão, representando sua felicidade pelapresença de sua filha; quando esta retorna ao submundo na outrametade do ano, Ceres fica triste, e surgem o Outono e o Inverno. Nofundo, esta estória de Ceres e Proserpina é uma alegoria; a filharepresenta a semente do trigo, que, quando enterrada no chão, alifica escondida, ou seja, é levada pelo deus do submundo; depois,reaparece, ou seja, quando ela é restituída à sua mãe, e a Primaverasurge, com os grãos dando frutos e as flores desabrochando (é operíodo da colheita).
Este episódio mitológico foi retomado e melhor acabado apartir do Livro V, de Metamorfoses, a obra-prima do poetaromano Publius Ovidius Naso (mais conhecido como Ovídio).Influenciou tanto a cultura que viria que não se contam ospoemas, as telas e as esculturas que surgiram sob forte e purainspiração deste episódio.
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O Rapto de Prosérpina, Gian Lorenzo Bernini - 1621/22