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2018JANEIRO/FEVEREIROEDIÇÃO NÚMERO 04

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ACONTECEO DEVER DE INFORMAR DIREITO ISSN 2316-7718EDIÇÃO ESPECIAL - 4

Carnaval: as fases da folia na cidade

A lógica não explica

União na dificuldade e na alegria: Vitória, Carlos José, o cão Théo, Daniel e Rejane

Instituto Nacional de Meteorologiaexplica fenômeno ao ‘Acontece’

PÁGINA 3

Comarijá foijardimzoológico

GRAVIDEZNA PALMADA MÃO:cidadejá temtecnologiaem 3D

A importânciada integraçãono tratamentoneurológico

Página 2

Página 4

Página 4

Ginda Blochentra nocatálogo daFundaçãoOscarNiemeyer

Página 5

Artigoinédito deMozartCatão ao‘Acontece’ érepublicado

Página 7

Teresópolisganhaempresa defestas comtecnologiade ponta

Página 8

Página 6

Rastro no céu, próximo ao Bairro de Fátima, na manhã de 19 de janeiro deste ano

ACONTECE

ACONTECE

MISTÉRIOEM

INCÊNDIONO BAIRRO

DO ALTOUm incêndio que consome todo um apartamento. Um cão que parece pressentir o fogo. Duas Bíblias que escapam às chamas. A família, ilesa, consegue recuperar tudo que perdeu em menos de 24 horas – inclusive o décimo terceiro salário que virou cinzas.

Esses são alguns dos ingredientes que quebraram a lógica das coisas num incêndio ocorrido no final do ano passado no Bairro do Alto.

A família atribui à Fé os fatos inex-plicáveis à luz da razão. Página 3

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ACONTECEJANEIRO/FEVEREIRO - 20182

O Zoo de TeresópolisMunicípio já teve Jardim Zoológico na década de 30

Quem visita ou vê o Lago Co-mari e seu entorno não imaginaque nas décadas de 30 e 40 o lo-cal abrigava diversas espécies deanimais em jaulas ou cercados.Eram girafas, macacos, marrecos,cavalos, vacas, pássaros, entreoutros da fauna brasileira.

Os viveiros faziam parte da pro-priedade do empresário CarlosGuinle, que fundou no local umafazenda-modelo, onde morava. Acasa que pertenceu a Guinle ain-da está de pé, embora com o ter-reno reduzido, resultado de pos-teriores desmembramentos quederam origem a outras constru-ções próximas.

Já o Zoológico por ele monta-do não manteve vestígios queresistissem ao tempo.

Quem viveu aquela época, en-tretanto, não esquece as inesque-cíveis visitas de final de semana,quando Carlos Guinle abria asportas de sua fazenda aos visi-tantes, que podiam ver de pertoos animais, num período da cenateresopolitana em que nada oumuito pouco havia de lazer.

Nada era cobrado para entrar.O mesmo ocorria em relação àFazenda Quinta do Paraíso, noVale do Paraíso, onde era franque-ada a entrada, não para ver ani-mais, mas para saborear jabutica-bas. Eram fartas as jabuticabei-ras no local.

Assim, abria-se uma faceta naHistória: o que hoje é conhecidocomo Turismo Ecológico, aindapraticado na cidade, mas poucoexplorado como moeda de mer-cado.

E, por falar em mercado, a mor-te de Carlos Guinle, em 1956, re-presentou a desintegração dosonho da fazenda-modelo, quecedeu espaço ao LoteamentoComari, da forma como se encon-tra atualmente, na condição decondomínio residencial.

Nascido no Rio de Janeiro em1889, no final do Segundo Impé-rio e um ano após a abolição daescravatura no Brasil, Guinle mor-reu em Roma, na Itália. Era pai deJorge Guinle, famoso por sua vidade playboy e por sua relação comestrelas do cinema internacional.Outro de seus dois herdeiros erao anônimo Carlos Filho.

Em 1969, um decreto municipaldeu seu nome ao bairro comumen-te chamado de Comari – cuja de-nominação seria derivada de umaespécie de pimenteira, a ‘cumari’.

Antes, em 1968, era fundado nobairro o Clube Comari, e, em 1986,a cidade ganhava O Centro deTreinamento Almirante HelenoNunes, investimento da CBF, fo-mentado pelo poder público mu-nicipal, com vistas principalmen-te à preparação das seleções bra-sileiras de futebol.

Mandado construir peloempresário Carlos Guinle, olago artificial do Comari jáfoi motivo de polêmica emTeresópolis. Tudo por cau-sa da guarita que regula aentrada no condomínio e queanos atrás representou umabarreira a quem quisessevisitar o espelho d’água.

O argumento era de queo lago representava um es-paço público. Mais tarde oespelho d’água restou tom-bado pelo Patrimônio Histó-rico e Cultural de Teresópo-lis, o que colaborou para pôruma pá de cal na polêmica.

Atualmente, qualquer pes-soa, independente de sermorador do local, pode en-trar a pé e visitar o lago.

Mas sem a companhia dospatos e marrecos que algunsanos atrás ainda podiam serapreciados nadando no es-pelho d’água – uma das mui-tas marcas deixadas pelosGuinle.

Carlos Guinle e Getúlio Vargas (ambos à esquerda):ligações com o poder

Vista do Lago Comari, construídopor Carlos Guinle

O LAGO DA POLÊMICA

CASARÃODA PRAÇAPRESERVADO

Mas nem tudo é destruição dopatrimônio cultural em Teresópo-lis.

Há prédios que fazem parte daHistória local e que seguem depé. Um dos exemplos é o casarãoque fica na Praça Baltasar da Sil-veira, no centro, e que abrigava abiblioteca municipal. Entretanto,o imóvel se encontra fechado,sem acesso ao público.

Outro exemplo de preservaçãoé a Taberna Alpina, na Rua Du-que de Caxias, inaugurada em1954. O imóvel de Bela Snir e ErnaNathan, já falecidos, foi tombadopela Prefeitura, assim como o pré-dio onde funcionava o antigo Ci-nema São Miguel, na Várzea.

O caso do cinema, entretanto,é curioso. O imóvel teve o tom-bamento desfeito anos atrás, oque possibilitou a sua total des-caracterização, dividido em lojascomerciais.

AMNÉSIA CULTURALAo contrário de Petrópolis, Teresópolis não conserva imóveis que contam a História

Perda parcial ou total da memória. Assim éexplicado o termo amnésia num verbete dedicionário. Ao deixar que seus imóveis histó-ricos se percam, o município permite que par-te da sua história desapareça. Perde ainda aoportunidade de fomentar o chamado turis-mo cultural – amplamente explorado por cida-des como Petrópolis, onde os casarões his-tóricos são tombados, permanecendo indife-rentes ao tempo e chamando a atenção devisitantes.

Em Teresópolis, apesar de tombado, o So-lar das Irmãs Perry, conhecido como a Quintadas Magnólias, segue caindo aos pedaçosna Avenida Delfim Moreira.

Só as colunas da entrada principal do imó-vel resistiram à ação do tempo e de um incên-dio ocorrido em 1999. O muro ainda é outraparte da construção que resiste, inclusive comos azulejos com inscrições sobre o local, quepermanecem intactos e sem nenhuma picha-ção. Fora isso, o mato toma conta do lugar.

A construção data de 1845.

IMÓVEL JÁ FOI TOMBADOO mais curioso é que a construção consta

como o primeiro imóvel tombado em Teresó-polis, registrado no Instituto Estadual do Pa-trimônio Cultural (Inepac) como objeto de va-lor histórico.

Em 1982 o embaixador Mario Gibson Bar-

boza já demonstrava sua preocupação com odestino do imóvel em ofício enviado ao Ser-viço do Patrimônio Histórico e Artístico Na-cional (SPHAN). O embaixador informava queo imóvel estaria ameaçado de desapropria-ção e que corria o risco de ser derrubado.

Num ofício de 1983, o diretor do SPHAN,Augusto Da Silva Telles, informava sobre aintenção de criação da Fundação Perry e deum museu botânico no local.

Entretanto, nada disso saiu do papel.Ainda em 1983, um estudante de arquitetu-

ra da UFRJ, Carlos Eduardo de Almeida Bara-ta, solicitou em ofício ao SPHAN o tomba-mento do imóvel.

As irmãs Evangelina, Ivone e Sylvia CostaPerry eram filhas do almirante WashingtonPerry. Nenhuma delas se casou, o que nãopossibilitou a existência de herdeiros diretospara o imóvel. O sobrinho Nelson Perry foiquem herdou o patrimônio. Em 2005, o imóvelfoi comprado por Jonas Salomão Pinheiro.

A Quinta das Magnólias recebeu as irmãsangélicas noventa anos atrás. O grupo veiopassar férias no município, onde começou areceber pedidos para a fundação de um colé-gio católico, como contou o ACONTECE emuma de suas edições. Nasceria o Colégio SãoPaulo. Nessa época tinha acabado de ser fun-dado o Colégio Higino da Silveira – próximoao Solar das Perry.

Tudo tem seu preço: casarão em ruínase estacionamento dividem espaço

Os azulejos seculares aindaestão preservados

Foto Marcos Esteves – Imagem internet

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ACONTECE JANEIRO/FEVEREIRO - 2018 3

Quando a razãonada explica

Bíblia fica intacta em incêndio no Alto; cão‘pressente’ fogo e se atira nos braços do dono

Durante muito tempo, a sepa-ração entre ciência e fé ditou asregras na sociedade. Hoje, entre-tanto, a própria ciência já reco-nhece a importância da fé dospacientes nas intervenções médi-cas.

Algo, diga-se, que há muitotempo já fazia parte do sensocomum das pessoas, mas queagora ganha status de reconhe-cimento científico.

Acontecimentos em que a ra-zão parece ter ficado em segun-do plano no rumo dos fatos fa-zem parte do relato de muita gen-te. São lances em que a lógicanão consegue uma explicaçãoplausível.

Um desses casos ocorreu re-centemente em Teresópolis.

Era início da noite de 1º dedezembro do ano passado, quan-do um incêndio começou em umapartamento na Rua Melo Fran-co, no bairro do Alto. As labare-das no quarto pavimento podiamser vistas de longe. O fogo tomouconta de tudo.

Naquele dia, o morador doapartamento, Carlos José Chvai-gert Furtado, o ‘Caju’, 43 anos,zelador do prédio, recebeu umpedido para levar ao pronto-so-corro uma moradora que passa-va mal.

CÃO TEM REAÇÃOINCOMUMAo sair, Carlos José já se de-

parou com o primeiro sinal fora

da rotina. O cão Théo, umyorkshire de 1 ano, teve atitudecontrária a de costume: em vezde correr para debaixo da camada filha Vitória, de 12 anos, comosempre fazia, deu claros sinais deque não ficaria no apartamento:

- Ele olhou pra mim, pareciapedir pra ir e começou a quererpular nos meus braços – contouo morador ao ACONTECE. –Peguei ele que foi deitado nomeu ombro. Mas nem me passa-va pela cabeça que algo iria acon-tecer.

O filho Daniel, de 5 anos, tam-bém estava em casa e acompa-nhou o pai. Vitória e a esposa deCarlos, Rejane, haviam saídoantes.

- O Théo estava pressentindoque algo ia ocorrer – avaliou aesposa. – Deus é de detalhes.

Ao retornar do pronto-socor-ro, a surpresa: o apartamentoonde morava há mais de 20 anosestava em chamas, só restando àfamília a roupa do corpo. Até odécimo terceiro salário recente-mente recebido foi consumidopelo fogo.

BÍBLIAS ESCAPAMDAS CHAMASEm meio à destruição, não fo-

ram atingidas as duas Bíblias dafamília. As páginas foram leve-mente chamuscadas, mas o textopermaneceu intacto. Chama aatenção que tudo ao redor restoudestruído, conforme foto feita

pelo morador após o trabalho dosbombeiros. A TV de Led, próxi-ma à Bíblia, chegou a derreter.

Outro detalhe que chamou aatenção foi a de uma fatia de pãonão atingida na frigideira quei-mada.

- O pão simboliza a vida – ob-servou a filha Vitória.

Apesar da gravidade da situa-ção, a família conta que não sedesesperou.

No dia seguinte ao incêndio,Carlos José seria o responsávelpela pregação na Igreja frequen-tada pela família. Iria falar sobreJó, o homem que perdeu tudo e aquem Deus tudo restitui, expli-cou a esposa Rejane.

RECUPERAÇÃO EMMENOS DE 24 HORASVizinhos e amigos começaram

a ajudar a família e uma campa-nha pelas redes sociais acabouresultando em auxílio de váriaspartes do país. Em menos de 24horas, ganharam tudo que havi-am perdido com o fogo, inclusi-ve o dinheiro.

- Somos muito gratos a Deus eas pessoas. Tem gente que dizque Deus não deveria ter permi-tido o incêndio. Às vezes a gentenão entende o que se passa hoje,mas lá na frente vamos entender– assinalou Rejane.

Até o início de janeiro, nãohavia laudo conclusivo sobre ocaso. A hipótese é de um curto-circuito.

Memórias doex-prefeitoCelsoDalmasoO ex-prefeito CelsoDalmaso manifestoua intenção deescrever um livro.Não será, contudo,sobre sua vidapessoal, familiar ouprofissional.Celso, que governouTeresópolis de 1983a 1989, quer botar nopapel suasrealizações à frenteda Prefeitura, comfoco no seu legadode obras, muitasantes de ser eleitoprefeito.No livro, quertambém homenagearseus ex-secretáriosmunicipais.Celso Dalmaso seráentrevistado peloACONTECE, ondecontará detalhes daobra que pretendepublicar.Será a primeira vezque um ex-prefeitodocumenta, de formaautoral, o mandatoem livro.

Focos estranhos no arRiscos brancos no céu da cidade provocam curiosidade na população

Quem observa o espaço aéreode Teresópolis durante o dia jáviu os rastros de cor branca quecostumam se formar no horizon-te.

O fenômeno ocorreu em diver-sos momentos no ano passado,sendo registrado no final de 2017e início de 2018 pelo ACONTE-CE. Num primeiro momento, oponto de observação foi o bairrodo Alto e, posteriormente, o Bair-ro de São Pedro.

Os riscos se formam em diver-sas direções e sentidos, com tra-jetória de uma extremidade aoutra do horizonte observável.

Dependendo da situação, épossível verificar ou não espéciede aeronave de aparência pratana extremidade do risco, sempreem linha reta, nunca sinuosa.

Na internet, o fenômeno – quenão é observado apenas no mu-nicípio – tem alimentado várias

teorias da conspiração. Uma de-las é de que a fumaça seria umagente químico para provocardoenças e controlar a população.Tal explicação teria como baseum documento do Governo dosEstados Unidos, supostamenteemitido em 1990, com o objeti-vo de afetar o clima do planeta.

INMET FALA AOACONTECEO Instituto Nacional de Mete-

orologia (Inmet) falou por tele-fone ao ACONTECE, em janei-ro deste ano. De acordo com ometeorologista Thiago Souza, doRio de Janeiro, o fenômeno nãose deve a nenhuma espécie desonda meteorológica brasileira.

Os riscos brancos, segundo ele,são resultado de reações físico-químicas, provocadas por aviõesem determinadas condições dealtitude e temperatura. O meteo-

rologista explica que aeronavesa mais de oito mil metros de al-tura e a temperaturas externasnegativas, ou seja, abaixo dezero, formam a chamada trilha ouesteira de condensação.

- As turbinas expelem gasesacima de 300 graus Celsius queem contato com o ar gelado daatmosfera criam condições paraa condensação, ou seja, para aformação do rastro de fumaçabranca que depois vai desapare-cendo – diz.

Thiago Souza observa quequando o avião passa e o fenô-meno não acontece é porque ascondições físico-químicas nãoestão presentes.

TERESÓPOLIS TEM DUASESTAÇÕES DE DADOSA cidade, conforme informou

o meteorologista do Inmet Thia-go Souza, conta com duas esta-

ções de captação de dados queajudam na formação dos boletinsde previsão do tempo.

Uma fica na Avenida Felicia-no Sodré, instalada ainda na dé-cada de 30, e a outra no ParqueNacional da Serra dos Órgãos.

Ambas fornecem informaçõescomo temperatura, precipitaçãopluviométrica, umidade e ventoque vão alimentar o bando dedados do Inmet, para as previsõesno Estado.

O Inmet, entretanto, não dis-põe de tecnologia para prevercom grande antecedência situa-ções que levam a desastres natu-rais, como o ocorrido em 2011,na Região Serrana.

Dependendo das condições,explica o meteorologista, o quese consegue é uma previsão dehoras. No caso, um aviso é emi-tido à Defesa Civil, que alerta àpopulação. O fenômeno registrado no Alto, em dezembro de 2017

As Bíblias após o incêndio O cão Théo: pressentimento

As duas Bíblias intactas, em meio à destruição

foto cedida

ACONTECE ACONTECE

ACONTECE

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ACONTECEJANEIRO/FEVEREIRO - 20184

Profissionais falam sobre importância daintegração para o tratamento neurológico

A interatividade mudou a cul-tura e a própria ordem social noplaneta. Se as situações anteseram vistas de forma isolada,hoje o paradigma é outro e elassão observadas de maneira inter-conectada.

Tem sido assim na própriaEducação, formadora dos cére-bros do futuro. As disciplinas jánão são mais tratadas de formaisolada como antes, mas sim notom de contextualização, propor-cionando mais eficiência e resul-tado.

Nessa perspectiva, a Interati-va Núcleo Terapêutico vem de-senvolvendo suas atividades emTeresópolis, buscando interco-nectar suas terapias, atendendoao aspecto multidisciplinar, queacaba por otimizar a melhora ourecuperação de seus pacientes.

É assim em relação também aneuropediatria e a neuropsicope-dagogia, disponibilizadas na In-terativa, conforme explicaram aoACONTECE, Elizabeth Silva eTatiana de Almeida Magalhães.

- A relação entre essas duasáreas é total, intrínseca – salien-ta Elizabeth, responsável pelaneuropediatria, com foco na te-rapia ocupacional.

E acrescenta Tatiana, neurop-sicopedagoga:

- Além da ligação entre as duasáreas, é fundamental que haja umcomprometimento entre todosque lidam diretamente com opaciente para o sucesso do trata-mento.

Isso inclui, observam as pro-fissionais, não só a família, mastambém a escola, que deve serparceira nas ações de reabilita-ção:

- O tratamento na clínica é du-rante um período específico. Énecessário que as ações sejamestendidas a todos os ambientesfrequentados pelo paciente, poisem cada um deles serão desem-penhadas tarefas, que apesar defáceis para a maioria, têm umgrau de dificuldade para eles –salientam Elizabeth e Tatiana . –Ás vezes as pessoas tentam aju-

dar e fazer no lugar do paciente,mas isso não é indicado. É preci-so que o paciente faça por si só,para desenvolver cada vez maissuas capacidades – destacam asprofissionais.

Tais atitudes, aliadas ao trata-mento, se traduzem em indepen-dência para a vida diária, objeti-vo principal dos processos dereabilitação.

Atividades simples como segu-rar um lápis, se alimentar, trocarde roupa, entre tantas outras rea-lizadas de forma automática eimperceptível no dia a dia, tor-nam-se uma barreira para al-guém, por exemplo, com parali-sia cerebral em algum grau.

A mesma dificuldade enfren-tam as pessoas portadoras de au-tismo, que não conseguem con-cluir de forma contínua ativida-des cotidianas:

- É aí que as terapias entram,para possibilitar a melhora, mes-mo que gradual desses casos –explicam Elizabeth e Tatiana. –O cérebro responde a estímulos,Elizabeth e Tatiana: foco na integração dos pacientes

Impressão em 3D: ainda no útero, bebê põe a mão na cabeça e chupa o dedo

Gestação em 3DCidade já tem tecnologia queproduz em plástico imagensde fetos a partir de ultrassom

Se acompanhar o exame deultrassonografia já é emocionan-te para os pais e mães, imagineter a imagem do filho ou filhaimpressa em alto relevo, com di-reito até a iluminação para real-çar as formas do bebê em forma-ção.

Pois é, ter em plástico a ima-gem da criança no útero já é pos-sível graças a uma impressora 3Dadquirida por uma empresa liga-da ao setor de entretenimento emTeresópolis.

Um dos responsáveis pelaimplantação do projeto na ci-dade é o masks designer VitorLopes, que juntamente comsua equipe, trabalha para levar

adiante a ideia pioneira:- Não há nada semelhante no

município. No Rio de Janeiro,por exemplo, esse trabalho jáocorre e, agora, passaremos aoferecer o serviço também emTeresópolis – diz.

É possível realizar o trabalhoa partir de exames de ultrassomem três dimensões e de formaremota. Ou seja, o arquivo podeser enviado de qualquer parte doBrasil para impressão em 3D nacidade. O custo é a partir de R$150 e o trabalho demora até umasemana para ficar pronto.

A imagem translúcida impres-sa do bebê é acoplada a uma es-pécie de abajur, chamado de li-

thophane, com uma lâmpadaatrás, o que faz com que as for-mas do alto relevo ganhem des-taque, sendo possível ver comdetalhes os contornos físicos dacriança.

A recomendação é que o tra-balho seja feito com exames apóstrês meses de gestação, quandoo bebê já está formado.

Vitor Lopes e sua equipe pre-tendem oferecer o trabalhosem custos a grávidas que nãoenxergam, já que o alto relevoda impressão em 3D permiteque elas percebam pelo tato asformas da criança ainda no úte-ro, o que não é possível pelaultrassom.

e quanto mais o paciente for es-timulado a fazer as coisas, maisestará avançando na sua reabili-tação, a uma vida funcional.

As profissionais chamam aatenção para desfazer um mito:a de que crianças com necessi-dades especiais têm de estar emambientes diferenciados:

- Escola especial não é o indi-cado – dizem. – Se o objetivo éintegrar os pacientes a uma vidasocial sem barreiras, eles têm deconviver onde estão todas as de-mais pessoas sem tal tipo de di-ficuldade. O que existe é um cui-dador para o paciente. Cada pa-ciente apresenta uma dificulda-de específica que é trabalhadapor nós, inclusive com brincadei-ras, muito importantes no trata-mento – destacam.

A chave da questão passa pelotratamento individualizado, jáque cada caso é um caso. Eliza-beth e Tatiana exemplificam, ci-tando dois pacientes gêmeosidênticos, ambos em tratamento,com necessidades distintas.

Quarta FeiraNo meio da semana, tem Feira de Orgânicos no Alto

A busca da saúde através daalimentação saudável não para deconquistar adeptos. Num país emque o uso indiscriminado deagrotóxicos tem lugar comum,consumir produtos da agricultu-ra livres de tais substâncias vaise tornando cada vez mais umanecessidade.

Pensando nisso, a Clínica Na-tufisio, no bairro do Alto, promo-ve todas as quartas-feiras, a par-tir das 9 horas, uma Feira de Or-gânicos, visando a atender essademanda cada vez mais crescen-te.

- Oferecemos frutas, legumes,verduras, temperos e hortaliçaslivres de produtos químicos, e aaceitação do público tem sidomuito boa – destaca Claudia Lu-cia, fisioterapeuta e proprietáriada clínica, que também oferecediversos outros serviços (veranúncio na página 8).

E completa:- Nosso objetivo é proporcio-

nar às pessoas uma vida maissaudável.

A entrega dos produtos podeser feita inclusive em domicílio,explica Claudia, acrescentandoque a produção disponibilizadaé produzida em Teresópolis, nalocalidade de Santa Rita.

Os produtos são cultivadosno Sítio Boa Ventura, dedica-do à agricultura orgânica,com autorização da Emater,órgão de assistência técnica eextensão rural.

Claudia: objetivo é alimentação saudável

PRODUÇÃO NO PAÍSCRESCE 20% AO ANO

Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Agrário, aprodução de orgânicos cresce a um ritmo de 20% ao ano no país,o que reflete uma mudança gradual de hábitos na população.

De acordo com o Sebrae, são 15 mil propriedades certifica-das, sendo 75% de agricultura familiar.

A entidade salienta as condições que caracterizam como orgâ-nica a produção: o respeito à natureza, reconhecendo a depen-dência dos recursos naturais; a diversificação de culturas, o queleva à sustentabilidade; o reconhecimento do solo como orga-nismo vivo, para a constante oferta de matéria orgânica; e a subs-tituição de insumos tecnológicos e agroindustriais, ou seja, onão uso de químicos.

ACONTECE

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ACONTECE JANEIRO/FEVEREIRO - 2018 5

Legado reconhecidoGinda Bloch passa a constar do

catálogo da Fundação Oscar NiemeyerMoradores e visitantes de

Teresópolis talvez não se deemconta da importância da constru-ção localizada na Avenida Olivei-ra Botelho, no bairro do Alto.

A cidade faz parte de um seletogrupo agraciado com uma obrado arquiteto Oscar Niemeyer, quemorreu em 2012, aos 104 anos deidade.

Entre as inúmeras obras no Bra-sil e no Exterior, projetou Brasília.Em Teresópolis, projetou o pré-dio da Escola Municipal GindaBloch.

Até alguns anos atrás a cons-trução não era oficialmente reco-nhecida no catálogo do arquite-to. A razão permanece incógnita.Especulações dão conta de queNiemeyer, apesar de ser o autordo projeto, não teria assinado aplanta. De acordo com as mes-mas especulações, o arquitetoteria rascunhado as linhas do

projeto numa reunião informalcom o amigo e empresárioAdolpho Bloch, a pedido deste.Isso teria ocorrido no bairro 40Casas, em Teresópolis, onde ofundador das extintas Revista eTV Manchete mantinha uma re-sidência de veraneio.

Agora, a Fundação OscarNiemeyer já exibe o Ginda Blochoficialmente como uma das mui-tas obras do arquiteto. Segundoa Fundação, o projeto data de1966. Outra informação, agoraoficial, é de que a construção foidoação da Bloch Editores aTeresópolis.

A Revista Manchete, em umade suas edições de 1970, ano dainauguração do colégio, regis-trou discurso do próprio Bloch,citando o arquiteto como autordo projeto.

A escola foi batizada com onome de Ginda, mãe de Adolpho.

MATERIAL ESCOLAR:INSPIRAÇÃO DO PROJETOO Colégio é composto por três

partes distintas e integradas. Oprédio principal representa umestojo no projeto, a biblioteca, umapontador. Há ainda uma torre,representando um lápis.

A quadra de esportes comple-ta a construção, totalmente empavimento térreo e ladeada porespaçoso gramado.

No catálogo da Fundação Os-car Niemeyer, o Ginda Blochconsta como a única obra do ar-quiteto ligada à Educação na Re-gião Serrana do Estado do Rio.

As outras escolas que tem aassinatura de Niemeyer estão emoutros Estados e não passam dedez. Há também uma escola deArquitetura projetada por ele naArgélia.

Em 2013, o prédio foi tombadopela Prefeitura de Teresópolis. Vista aérea do Ginda Bloch: obra já é reconhecida em catálogo da Fundação Niemeyer

ACONTECE

A A A A A Geração Z de de de de de TTTTTerererereresópolisesópolisesópolisesópolisesópolisFuturos profissionais dacidade falam que carreirapretendem seguir

Se você nasceu de 2000 a 2010, faz parte da chamada Geração Z. A definição sociológicacaracteriza uma geração de pessoas na maior parte inteligentes, opinativas, conectadas aoambiente virtual e com forte responsabilidade social.

O ACONTECE foi às ruas da cidade para saber o que pensam alguns adolescentes estudantesda Geração Z, sobre seu futuro profissional.

WENDEL VITOR, 15 ANOS: “Quero estu-dar Arquitetura. Desde pequeno, observo e gos-to dos prédios, construções. Quando criança, jáfazia desenho de casas no papel. Um dos locaisque visitei fora de Teresópolis e me chamou muitoa atenção foi o Museu do Amanhã, no Rio deJaneiro. Achei muito bonito e interessante. Te-nho prazer de ver um trabalho bem feito.”

DANIEL FERNANDES, 16 ANOS: “Es-tou decidindo entre ser médico ou bombeiro.Gosto muito dessa função de salvar vidas.Às vezes os médicos não dão atenção devi-da aos pacientes e isso não é bom. São vidashumanas que ali estão precisando de um au-xílio e isso deveria totalmente ser levado emconta.”

MARIA EDUARDA, 16 ANOS: “Queroestudar Gastronomia. Gosto de cozinhar, achomuito legal. Vejo programas de culinária naTV. Minha mãe também cozinha muito bem.Quero seguir uma profissão que me dê pra-zer. Não ligo muito para o dinheiro, que, naverdade, é consequência de um trabalho pro-fissional bem feito.”

SARA, 16 ANOS: “Penso em ser delega-da de polícia, mas sei que antes tenho queme formar em Direito. O trabalho e a dedi-cação são muito importantes em qualquerprofissão. Acho o Brasil um pouco violento.A pichação, por exemplo, que muitos jovenspraticam, é uma forma de violência. A puni-ção deveria ser limpar a sujeira que fizeram.”

ACONTECEACONTECEACONTECEACONTECE

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ACONTECEJANEIRO/FEVEREIRO - 20186

Carnavalsem confetee serpentina

Em pleno século 21, o carnavalde Teresópolis, curiosamente,assume, em certo aspecto, o mes-mo formato que teve nos primei-ros anos do século passado.

Até meados do século 20, a fo-lia no município caminhava comperfil de rua. Famílias se agrupa-vam formando espécies de blo-cos e andavam animadas pelasruas. Os veículos da época, mui-tos conversíveis, andavam decapota aberta, alinhando-se à fes-ta, atirando serpentinas e jogan-do confetes coloridos.

Inexistia a preocupação com osrestos de papel que ficavam pelochão. Só o transbordamento do

Ao longo dos anos, festejo nacidade teve diversas fases

Rio Paquequer, em dias de tem-poral, atrapalhava o sossego dareduzida população.

Pequena, aliás, em termos. Apresença de turistas e veranistasdesde muito já era realidade. E elesse demoravam no município, jáque não havia ainda construída aestrada que liga Teresópolis aoRio de Janeiro, o que só ocorre em1959. O caminho era pela Serra dePetrópolis, mais demorado. NaSerra de Teresópolis, antes da obrada rodovia, somente o trem.

CARNAVAL DE RUAPERDE FORÇAO carnaval de rua no município

começa a se enfraquecer com osurgimento do Tijuca Clube, queapesar do nome ficava no Cen-tro, e do Várzea Clube, inicialmen-te na Avenida Delfim Moreira,depois instalado no Parque Re-gadas. Ambos promoviam bailesde carnaval, com orquestra.

A novidade mexeu com a vida dacidade e muitos foliões começarama festejar entre quatro paredes.

Tal tendência se acentuou coma promoção de bailes carnavales-cos pelo Grêmio Musical Paque-quer e, sobretudo, com a folia pro-movida pelo Clube Higino, cujocarnaval atraía para o municípiopessoas de vários locais do país.

O ingresso era caro o que, aomesmo tempo que selecionava opúblico, contribuía para aumen-tar o glamour.

Com o tempo, o carnaval declubes ganhou grande fôlego emTeresópolis. As matinês e os bai-les de adultos atraíam muita gen-te, entre moradores da cidade evisitantes.

Até que a folia nos clubes co-meça a experimentar o declínio,inclusive com o fechamento dealguns deles, como o Panorama.

EM 1961, A PRIMEIRAESCOLAA primeira escola de samba em

Teresópolis surge em 1961. É aBambas da Serra, seguida pelaCala Boca, em 1973, e pela Impera-triz do Perpétuo, no ano seguinte.

Em 1980, surge a Rainha doAlto, e sete anos depois, é fun-dada a Unidos do Rosário.

O município chegou a ter ematividade dez escolas de samba,sem contar os blocos.

A quantidade cresceu junto coma polêmica: começava a ser ques-tionada a subvenção oficial dadapelo poder público aos desfiles.O argumento, ainda na década de90, era de que os recursos poderi-am ter melhor aproveitamento emsetores como a Saúde.

Aos poucos, o desfile das es-colas de samba também declinou,e o carnaval de rua, com eventosapoiados pelo poder público,voltou a ganhar fôlego.

A Escola de Samba Beija-Florsobe a Serra, a convite do prefei-to Mário Tricano, e chama a aten-ção da população.

As agremiações locais retor-nam à cena entre os anos de 2003e 2008, e sofrem um apagão prati-camente definitivo com a tragé-dia de 2011.

O carnaval de rua ressurgiriamais à frente em nova etapa, massem o confete e serpentina deoutrora.

Cala Boca não morreu: na década de 90, escola se destacava na avenida

Arquivo/Acontece

O CARRODO PAPA

Em janeiro, o Parque Regadas foi palco de mais uma exposição de veículos antigos.Dezenas de automóveis, de Teresópolis e de outros estados, chamaram a atenção do

público.Um dos carros era um Landau preto que transportou o Papa João Paulo II, quando em

visita ao Brasil em 1980.Ao contrário de outras exposições, esta não contou com vendedores de miniaturas,

que expõem seus mostruários nas calçadas. Na foto, o Landau que transportou o Papa.

ACONTECE

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ACONTECE JANEIRO/FEVEREIRO - 2018 7

20 anos sem o alpinista

O artigo inéditoMozart Catão em texto exclusivo ao

‘Acontece’, em 1996: Cidade tem poucosvencedores e milhares de desapontados

Em 18 de maio de 1996, oACONTECE publicava artigo es-pecial escrito pelo alpinista Mo-zart Catão – primeiro brasileiro aatingir o topo do Monte Everest.

O texto foi produzido pelo alpi-nista exclusivamente para o jor-nal, a pedido de Fábio e MárcioEsteves, fundadores da publica-ção.

Agora, duas décadas após amorte de Mozart Catão, ocorridaem 3 de fevereiro de 1998, aos 35anos de idade, o ACONTECE re-produz parte do artigo, cujo ideá-rio parece permanecer ainda atu-al.

Intitulado ‘Onde está o futu-ro?’, o texto começou a ser escri-to pelo alpinista no cume da Pe-dra do Sino, como ele próprio re-velou.

TERESÓPOLISPARECE TER UM FUTUROPESSIMISTA

Mozart Catão

“Nasci aqui e sem querer sersaudosista, até porque me consi-dero bem jovem, o que vi há al-guns anos atrás era muito melhordo que vejo hoje e parece-me quea sorte da cidade está entregueàs cartelas de um bingo, com ape-nas uns pouquíssimos vencedo-res e milhares de desapontadosque procuram por mais ‘sorte’ nofuturo.

Posso afirmar isso com conhe-cimento de causa, pois me lem-

bro que a cidade, apesar de bemmenor, pelo menos possuía umaidentidade (grifo dele), onde oturismo era muito mais exploradoe representava uma importantefonte de divisas para o municí-pio.

Na contramão da História,quando o turismo cresce a taxasmuito superiores a outros seto-res, Teresópolis parece fechar osolhos a sua ‘galinha dos ovos deouro’. O Parque Nacional da Ser-ra dos Órgãos, que antes era oponto de encontro das famíliaslocais, hoje parece ser conside-rado um apêndice da administra-ção federal, sem qualquer víncu-lo de parceria com o município.”

CRÍTICAS AOSUBAPROVEITAMENTODA CBF

“A sede da CBF que poderiaser utilizada pelo poder públicomunicipal como trampolim paradivulgação de Teresópolis, pare-ce ser encarada como sede de umtime de ‘peladeiros’, e para mimpior que tudo é ver o esporte quepratico ser completamente igno-rado, não que eu ache, utopica-mente, que o alpinismo possa vira ser um esporte popular no Bra-sil, até porque por motivos cul-turais isso seria impossível, mastenho certeza que Teresópolisque é considerada (pelo menosna teoria) a capital brasileira domontanhismo, e que tem noDedo de Deus o símbolo do es-porte em âmbito nacional, deve-ria explorar pelo menos o míni-mo estes diferenciais”.

O Museu Municipal do Esporte, inaugurado em 2003, pelo então prefeito Roberto Petto, e repaginado em 2015, exibe a primeira roupa de alpinismo de MozartCatão. Fotos no painel mostram o alpinista com o presidente Fernando Henrique Cardoso, e com o governador Marcello Alencar

Mozart Catão escreveu artigo exclusivo para o 'Acontece' em maio de 1996 / ArquivoACONTECE

ACONTECE

“Eu não sei se as pessoasnotaram que bem no centroda bandeira do Estado do

Rio tremula a figura doDedo de Deus e não a do

Pão de Açúcar ou doCorcovado. Será que issotem alguma importância?”

Mozart Catão

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ACONTECEJANEIRO/FEVEREIRO - 20188

Pirulito que dá gostoNo início de 2018, a ‘Pirulito

que bate-bate’, na divisa da Bar-ra com Pimenteiras, recebeu osúltimos arremates para a tão es-perada inauguração.

A empresa – que conta comestrutura e tecnologia diferenci-ada no setor de festas – é o resul-tado de um sonho iniciado em2015, com a compra de um ter-reno de 700 metros quadrados ede uma obra que consumiu qua-se três anos.

Tudo para que a população deTeresópolis possa contar com oque há de mais moderno em pro-dução de festas.

Com capacidade para 200 pes-soas, a ‘Pirulito que bate-bate’ foipensada em detalhes que cha-mam a atenção. As mesas em di-

versas cores do salão principaltêm o tampo em formato de tre-vo. No piso, focos iluminados derefletores coloridos.

E não para por aí: 11 brinque-dos inéditos na cidade ocupamparte dos 600 metros quadradosde área construída, transportan-do os visitantes para um verda-deiro ambiente de sonho dentroda realidade.

Destaque para o Monorail –espécie de trem aéreo no qual vãosentadas quatro pessoas. O per-curso de 37 metros é feito pelointerior e também pelo exteriorda casa de festas. A experiênciade alguns minutos, além de iné-dita, é fascinante. O veículo aé-reo é panorâmico, iluminado aLED, com música ambiente e ar

condicionado.Só essa experiência já valeria

a pena, mas a ‘Pirulito que bate-bate’ ainda oferece mais: entreos brinquedos ainda estão a miniroda giratória de palhaços, o car-rossel e o chamado OVNI, es-pécie de disco voador que sobeao som de trilha sonora, enquan-to solta fumaça branca por bai-xo.

A brincadeira se soma ao Bas-quete eletrônico, a mesa de air-games, ao Multijogos e ao Tom-bo Legal. O Kidplay multifunci-onal é o maior do município, cominúmeras brincadeiras infantisnum só módulo.

Há ainda o camarim com fan-tasias de personagens famosos, aárea baby, a minicidade e até car-

rinho de algodão doce e pipoca.A estrutura, toda pensada para

atender o público com excelência,conta também com espaço adultocom TV e berçário e fraldário,com detalhes surpreendentes eintegração ao salão principal.

A aparelhada cozinha, o vesti-ário e os três confortáveis banhei-ros, sendo um Kids, completama estrutura, que dispõe de moder-no gerador, a fim de que nadaatrapalhe a festa.

- A Pirulito é um sonho de fa-mília que está se tornando reali-dade depois de muita luta – dis-se ao ACONTECE Tânia Alves,que ao lado da filha Bianca, e deoutros familiares, empreenderamtodos os esforços para que a Pi-rulito bata às portas do sucesso.

O monorail aéreo: único na cidade A mini roda com lugares em forma de palhaços O salão tem capacidade para 200 pessoas

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Nova empresa da cidade representa um marco no setor de festas

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ACONTECEO DEVER DE INFORMAR DIREITO

A entrada principal com os bonecos ainda protegidos pelo plástico