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CÂMARA INTERSETORIAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL-CAISAN
PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL
2017-2021
Secretaria de Assistência Social
CÂMARA INTERSETORIAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL-CAISAN
PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL
PREFEITO MUNICIPAL DE JOINVILLE
UDO DÖHLER
VICE PREFEITO
NELSON COELHO
PRESIDENTE
VAGNER FERREIRA DE OLIVEIRA
SECRETÁRIA EXECUTIVA DA CAISAN
EDINA ACORDI SOETHE
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Pleno ColegiadoSecretaria de Assistência Social- Edina Acordi Soethe Secretaria de Assistência Social- Silvano RibeiroSecretaria de Educação- Mariana V. dos Santos KraemerSecretaria de Educação- Priscila Mikulis de CastilhoSecretaria de Educação- Fabiana Maria Oliveira SantosSecretaria de Educação- Antonio Sérgio de LimaSecretaria de Administração e Planejamento- Silvia F. S. de O. MachadoSecretaria de Administração e Planejamento- Lucas Rodrigues CardosoSecretaria de Desenvolvimento Rural- Sirley do Carmo Lemkuhl Goedert Secretaria de Desenvolvimento Rural- Irinéia da Silva Secretaria de Saúde- Janine GuimarãesSecretaria de Saúde- Gabriela Portele Schroeder
Comitê Técnico do Plano de SAN de JoinvilleEdina Acordi Soethe- Secretaria de Assistência SocialSilvano Ribeiro- Secretaria de Assistência Social Maria de Lurdes Prebianca Cardoso- Secretaria de Assistência Cristiana Linhares Petry- Secretaria de AssistênciaLuciane Hirt Rosa- Secretaria de EducaçãoAmanda Kruger- Secretaria de Educação Mariana V. dos Santos Kraemer- Secretaria de EducaçãoAntonio Sérgio de Lima- Secretaria de EducaçãoPatrícia da Silva- Secretaria de EducaçãoFabiana Maria Oliveira Santos- Secretaria de EducaçãoHelenice Martins- Secretaria de Administração e PlanejamentoMarelice Nickel- Secretaria de Administração e PlanejamentoSilvia F. Sabino de Oliveira Machado- Secretaria de Administração e Planejamento Lucas Rodrigues Cardoso- Secretaria de Administração e PlanejamentoTroy Roger Lemke- Secretaria de Desenvolvimento RuralSidnei Rodrigues- Secretaria de Desenvolvimento RuralJacson José Tavares- Secretaria de Desenvolvimento RuralJanine Guimarães- Secretaria de SaúdeEdna Maria Viana Machado- Secretaria de SaúdeGabriela Portele Schroeder- Secretaria de SaúdeKelvin Nunes Soares- Secretaria de EsportesWaldir Utzig- Secretaria de EsportesReginaldo Campos Júnior- Secretaria de EsportesPatrícia Girardi- SESC- Mesa BrasilPaulo Luiz Viteritte – Centro Universitário Católica de Santa CatarinaJuliane Cândido- Centro Universitário Católica de Santa CatarinaLorenne Sarubi Mileo- Associação de Segurança Alimentar e Nutricional- ASANJTamara Urnau - Associação de Segurança Alimentar e Nutricional- ASANJSandra Ana Czarnobay- Associação Educacional Luterana Bom Jesus IELUSCMarilyn Gonçalves Ferreira Kuntz – IELUSCRaquel Adriana Peroni- COMSEANWilson Ponchiroli- COMSEANPaulo Roberto de Freitas- COMSEANJosé Declarindo dos Santos- COMSEANLuciene Viana Nunes- COMSEANVanessa Speckhahn Vicente- Profissional Autônomo- Nutricionista
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CONSELHO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL
COMSEAN
Gestão 2016-2018Presidente: Luciene Viana NunesVice-Presidente: Sandra Ana CzarnobaySecretaria Executiva: Aline Patrícia Schuchardt e Patrícia Tancredo
Representantes GovernamentaisTitular: Edina Acordi Soethe- Secretaria de Assistência SocialSuplente: Silvano Ribeiro- Secretaria de Assistência SocialTitular: Mariana V. dos Santos Kraemer- Secretaria de EducaçãoSuplente: Priscila Mikulis de Castilho- Secretaria de EducaçãoTitular: Fabiana Maria Oliveira Santos- Secretaria de EducaçãoSuplente: Antonio Sérgio de Lima- Secretaria de EducaçãoTitular: Silvia F. S. de O. Machado- Secretaria de Administração e PlanejamentoSuplente: Lucas Rodrigues Cardoso- Secretaria de Administração e PlanejamentoTitular: Sirley do Carmo Lemkuhl Goedert- Secretaria de Desenvolvimento RuralSuplente: Irinéia da Silva - Secretaria de Desenvolvimento RuralTitular: Janine Guimarães- Secretaria de SaúdeSuplente: Gabriela Portele Schroeder- Secretaria de Saúde
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Representantes Não-Governamentais
Movimentos Populares OrganizadosTitular: Heloisa Bade (ACELBRA)Suplente: Viviane de Fátima Leite do Prado (ACELBRA)Titular: José Declarindo dos Santos (Hortas Comunitárias) Suplente: Natalina Burato Santos (Hortas Comunitárias)
Instituições ReligiosasTitular: Fátima Maria de Oliveira (ADIPROS – Pastoral da Criança)Suplente: Roseli Albino Dutra (ADIPROS – Pastoral da Criança)Indústria, Comércio e Prestadores de ServiçoT. Patrícia Girardi (SESC – Mesa Brasil)T. Sandra Ana Czarnobay (Bom Jesus – IELUSC)S. Érika Dantas de Medeiros Rocha (Bom Jesus – IELUSC)
Associações de Classes Profissionais e SindicatosT. Tamara Urnau (ASANJ)S. Lorenne Sarubi Mileo (ASANJ)T. Marina Schoninger Fenner (Fund. Padre Luiz Facchini)S. Adriana Graper (Fund. Padre Luiz Facchini)
Defesa de Direitos HumanosTitular: Andreia da Silva Haidar (CDH)Suplente: Tània Maria Crescêncio (CDH)Instituições de Ensino Superior e PesquisaT. Marilyn Gonçalves Ferreira Kuntz (Bom Jesus – IELUSC)S. Luciene Viana Nunes (Bom Jesus – IELUSC)T. Marcia Luciane Lange Silveira (UNIVILLE)
Entidades De Assistência Social Inscritas no CMAST. Rejaine Santos Costa (ADIPROS – Ventura Residence) S. Sergina Ribeiro Serafim (ADIPROS – Lar Betânia)T. Paulo Roberto de Freitas (APAE)
ColaboradoresFábio Luis de Oliveira- Diretor Executivo SASMarcus Rodrigues Faust - Consultoria Desing ThinkHelenice Martins- Técnica- Área de Orçamento SAPFernanda Martins Jürgensen- Nutricionista- Técnica Área de SANSoraya dos Santos- Turismóloga- Assessoria Sec. Executiva CAISAN e SANCristiano Nezzi- Assessoria Sec. Executiva CAISAN e SANCarolina Fonseca de Medeiros- Nutricionista- Técnica Restaurante Popular
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LISTA DE FOTOS FOTO 1. Rua do Príncipe, 1866 / Fonte: Arquivo Histórico de Joinville FOTO 2. Vista Panorâmica de Joinville, 1926 / Fonte: Arquivo Histórico de Joinville FOTO 3. Grupo de Agroecologia Rio Cristina FOTO 4. Produtos Agricultura Familiar FOTO 5. Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) em Joinville FOTO 11. Alimentação Escolar
LISTA DE TABELAS Tabela 1. Dados Programa Nacional de Alimentação Escolar entre os anos de 2009-2015 Tabela 2. Dados do Programa de Aquisição de Alimentos entre os anos de 2011-2016 Tabela 3. Índice de Desenvolvimento Humano Municipal e seus componentes - Município Joinville - SC Tabela 4. Estrutura Demográfica de Joinville entre as faixas etárias nos anos de 2000 e 2010. Tabela 5. Dados do Censo Demográfico e do Ministério do Trabalho e Emprego no ano de 2010 Tabela 6. Percentual de crianças atendidas na rede educacional, por faixa etária - 2010Tabela 7. Número de Pessoas atendidas pelo Beneficio de Prestação Continuada (BPC) nos anos de 2013 a 2015 Tabela 8. Número de Pessoas atendidas pelo Programa Bolsa Família nos anos de 2013 a 2015 Tabela 9. População em situação de extrema pobreza por faixa etária em 2010
LISTA DE FIGURASFigura 1. Mapa América do Sul Figura 2. Matrícula Inicial na Creche, Pré-Escola, Ensino Fundamental e Ensino Médio, no Ensino Regular e na Educação de Jovens e Adultos presencial Fundamental e Médio, das redes estaduais e municipais, urbanas e rurais em tempo parcial e integral. Figura 3. Matrícula Inicial na Creche, Pré-Escola, Ensino Fundamental e Ensino Médio, no Ensino Regular e na Educação de Jovens e Adultos, presencial Fundamental e Médio da Educação Especial, das redes estaduais e municipais, urbanas e rurais.
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LISTA DE SIGLASAF- Agricultura FamiliarAFA- Agricultura Familiar AgroecológicaALESC- Assembléia Legislativa do Estado de Santa CatarinaANVISA- Agência Nacional de Vigilância SanitáriaATER- Assistência Técnica e Extensão RuralAUP- Agricultura Urbana e PeriurbanaBPC- Programa de Prestação Continuada da Assistência SocialCadÚnico- Cadastro Único para Programas SociaisCAE- Conselho de Alimentação EscolarCAISAN- Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional CEASA/Joinville- Central de Abastecimento de JoinvilleCECANE/SC- Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição Escolar de Santa CatarinaCEREST- Centro de Referência em Saúde do TrabalhadorCFN- Conselho Federal de NutricionistasCIDASC- Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa CatarinaCONSEA- Conselho Nacional de Segurança Alimentar e NutricionalCONSEA/SC- Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional de Santa CatarinaDAP- Declaração de Aptidão ao PRONAFDHAA- Direito Humano à Alimentação AdequadaEAN- Educação Alimentar e NutricionalEBIA- Escala Brasileira de Insegurança AlimentarEPAGRI/SC- Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa CatarinaEPI- Equipamento de Proteção IndividualERUs- Entidade Representativa de UsuáriosESF- Estratégia Saúde da FamíliaFAO- Food and Agriculture Organization of the United NationsFDR- Fundo de Desenvolvimento RuralFETRAF- Federação Nacional dos Trabalhadores( as) na Agricultura FamiliarFNDE- Fundo Nacional de Desenvolvimento da EducaçãoGERED- Gerência Regional de EducaçãoIBGE- Instituto Brasileiro de Geografia e EstatísticaIDH- Índice de Desenvolvimento HumanoINCRA- Instituto Nacional de Colonização e Reforma AgráriaMDSA- Ministério do Desenvolvimento Social e AgrárioMEC- Ministério da EducaçãoMS- Ministério da SaúdeNASF- Núcleos de Apoio à Saúde da FamíliaOMS- Organização Mundial da SaúdeONG- Organização Não-GovernamentalPAA- Programa de Aquisição de AlimentosPIB- Produto Interno BrutoPLANSAN- Plano Nacional de Segurança Alimentar e NutricionalPNAD- Pesquisa Nacional de Amostra por DomicílioPNAE- Programa Nacional de Alimentação EscolarPNUD- Programa das Nações Unidas para o DesenvolvimentoPPA- Plano PlurianualPRONAF- Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura FamiliarPRONATEC- Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e EmpregoSAN- Segurança Alimentar e NutricionalSC- Santa CatarinaSDR Secretaria de Desenvolvimento RuralSED Secretaria de EducaçãoSES- Secretaria de SaúdeSIM Sistema de Inspeção MunicipalSISAN- Sistema Nacional de Segurança Alimentar e NutricionalSISVAN- Sistema de Vigilância Alimentar e NutricionalSST- Secretaria de Estado da Assistência Social, Trabalho e HabitaçãoSUS- Sistema Único de SaúdeUAN- Unidade de Alimentação e NutriçãoUFSC- Universidade Federal de Santa CatarinaVEFOMP- Vegetais Folhosos Minimamente Processados
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SUMÁRIOLISTA DE FOTOS 8
LISTA DE GRÁFICOS 9
LISTA DE TABELAS 11
LISTA DE SIGLAS 14
APRESENTAÇÃO 18
1. CONTEXTUALIZAÇÃO 19
1.1 LOCALIZAÇÃO 19
1.2 HISTÓRIA DE JOINVILLE 19
1.3 DADOS GERAIS 23
1.4 POPULAÇÃO 24
1.5 DIREITO HUMANO A ALIMENTAÇÃO ADEQUADA- DHAA 24
1.6 SISTEMA DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL - SISAN 25
1.7 MBITO MUNICIPAL DA POLÍTICA DE SAN 30
1.7.1 CONSELHO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL-COMSEAN 32
1.8 DIMENSÕES DA POLÍTICA DE SAN 33
1.8.1 PRODUÇÃO E DISPONIBILIDADE DE ALIMENTOS 34
1.8.2 RENDA E CONDIÇÕES DE VIDA 40
1.8.3 ACESSO À ALIMENTAÇÃO ADEQUADA E SAUDÁVEL 49
1.8.4 SAÚDE, NUTRIÇÃO E ACESSO AOS SERVIÇOS DE SAÚDE 54
1.8.5 EDUCAÇÃO 69
1.8.6- ASSISTÊNCIA SOCIAL 49
1.8.6.1- RESTAURANTES POPULARES: 50
1.8.6.2- PROGRAMA DE AQUISIÇÃO DE ALIMENTOS- PAA 53
1.8.6.3- COZINHAS COMUNITÁRIAS?? ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
2 DIRETRIZES DO PLANO MUNICIPAL DE SAN 81
3 DESAFIOS PARA IMPLANTAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SAN 118
4 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SAN 119
5 ANEXOS 132
6 GLOSSÁRIO TEMÁTICO 124
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 121
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APRESENTAÇÃOO processo de construção do 1º Plano Municipal de Segurança Alimentar
Nutricional de Joinville foi significativo, desafiador e gratificante.A constituição do Comitê Técnico no âmbito da CAISAN, com integrantes
da Sociedade Civil e Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional ressignificou e legitimou uma luta histórica pela consolidação desta política pública, que por natureza é essencialmente intersetorial, mediadora e integradora.
A possibilidade de fazer parte deste processo contribuiu para construir um entendimento diferenciado em relação a SAN, seja na necessidade de dialogar com as demais áreas, ou, ainda, compreender que pensar e repensar este novo jeito de fazer política pública requer o desenvolvimento de habilidades e resgates enquanto ser humano. Superar o ego para efetivar uma construção coletiva do direito humano a alimentação adequada, mas que é algo muito peculiar e dependerá de uma mudança muito pessoal influenciada por diversos fatores e circunstâncias da vida de cada um. A mudança de hábitos é um processo que vem de dentro para fora.
Refletir quanto à promoção da SAN, a produção de alimentos, o acesso a alimentação adequada, Agricultura Familiar Agroecológica, Equipamentos Públicos de Segurança Alimentar e Nutricional, Agricultura Urbana e Periurbana, Educação Alimentar e Nutricional- EAN, qualidade da água, enfim o universo da SAN nos possibilita compreender que as ações empregadas tornam-se investimento na qualidade de vida do cidadão joinvilense.
Sem dúvida estamos dando em importante passo e seguiremos firmes nesta caminhada. Preciso mencionar que sou grato pelo presente de conhecer duas políticas públicas tão extraordinárias. A missão de ser Presidente da CAISAN e Secretário de Assistência Social é um aprendizado que me estimula a buscar novos horizontes e novas perspectivas tanto pessoais como profissionais.
Vagner Ferreira de OliveiraSecretário de Assistênci a Social e Presidente da CAISAN
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APRESENTAÇÃOParticipar do Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional de Joinville, foi uma grata
surpresa no final do ano passado, e ser eleita Presidente foi a maior responsabilidade nesse momento tão especial de construção do 1º Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional de Joinville, apesar de ser da área de Nutrição, aprender mais sobre as atuais políticas publicas de Segurança Alimentar e Nutricional- SAN, validou todo meu interesse por este processo histórico de construção.
Sabemos o quanto é importante para a saúde uma alimentação de qualidade e em quantidade suficiente e balanceada, e por isso que estamos buscando nessa construção um futuro melhor para todos em nossa cidade, visto que, o intuito de garantir o direito humano a alimentação adequada e soberania alimentar permitiu-nos também vivenciar e estudar no contexto atual, as inúmeras desigualdades das condições de insegurança alimentar e nutricional, insegurança hídrica e situações de vulnerabilidade social. O Plano Municipal destaca a intersetorialidade, uma palavra nova neste aprendizado e com um significado maravilhoso a união de setores para um bem maior, e será assim na efetivação dele, a junção de muitas mãos para garantir o cumprimento e consolidação do nosso Plano de Segurança Alimentar e Nutricional e suas sete ( 7) Diretrizes. Cada detalhe discutido com Profissionais e Sociedade Civil, que atuaram com dedicação em variados momentos desta construção coletiva e instigante. Foi surpreendente perceber o quanto as mudanças são almejadas e os anseios e projetos inseridos denotam esta vontade de transformar a realidade e buscar um horizonte da Segurança Alimentar e Nutricional e da exigibilidade do DHAA, mas é necessário manter o foco no monitoramento das ações propostas e assegurar que o poder publico permaneça atuante.
Como Nutricionista e exercendo a Presidência do Conselho fiquei a frente de varias metas das quais serão mudanças para o município e junto com os Conselheiros podemos validar cada necessidade de melhoria e crescimento que será necessária para esse momento, a Educação Alimentar e Nutricional nos conceitos das diretrizes do plano, sempre visando um bem maior a saúde da população. Agradeço e parabenizo aos que participaram dessa empreitada para que os direitos sejam mantidos e ampliados dentro da área de Segurança Alimentar e Nutricional da maior cidade de Santa Catarina.
Luciene Viana NunesPresidente do Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional- COMSEAN
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CONTEXTUALIZAÇÃO
Localização
Localizada na região Sul do País, Município pólo da microrregião Nordeste
do Estado de Santa Catarina, Joinville é a maior cidade catarinense, responsável
por cerca de 20% das exportações catarinenses. É também pólo industrial da
região Sul, com volume de receitas geradas aos
cofres públicos inferior apenas às capitais Porto
Alegre (RS) e Curitiba (PR). E está em 21º lugar
no ranking do PIB nacional. A cidade concentra
grande parte da atividade econômica na
indústria com destaque para os setores
metalmecânico, têxtil, plástico, metalúrgico,
químico e farmacêutico. O Produto Interno Bruto
de Joinville também é um dos maiores do país,
em torno de R$21.979.954,00 por ano (IPPUJ,
2016).
Figura 1. Mapa América do Sul
Latitude Sul 26º 18´ 05´´
Longitude Oeste 48º 50´ 38´´
Altitude da sede 4,5 m
Ponto Culminante Pico Serra Queimada 1.325 m
Área do Município 1.124,46 km2
História de Joinville
Habitualmente remonta-se o surgimento da Colônia Dona Francisca, atual
cidade de Joinville, ao contrato assinado em 1849 entre a Sociedade Colonizadora
de Hamburgo e o príncipe e a princesa de Joinville (ele, filho do rei da França, e ela,
irmã do imperador D. Pedro II), mediante o qual estes cediam 8 léguas quadradas à
dita Sociedade para que fossem colonizadas. Assim, oficialmente, a história de
Joinville começa com a chegada da primeira leva de imigrantes europeus e a
“fundação” da cidade em 9 de março de 1851.
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Sabe-se, no entanto, que, há cerca de cinco mil anos, comunidades de
caçadores já ocupavam a região, deixando vestígios (sambaquis, artefatos, oficinas
líticas e fornos). Índios ainda habitavam as cercanias quando aqui chegaram os
primeiros imigrantes. Por fim, no século XVIII, estabeleceram-se na região famílias
de origem portuguesa, com seus escravos negros, vindos provavelmente da
capitania de São Vicente (hoje Estado de São Paulo) e da vizinha cidade de São
Francisco do Sul. Essas famílias adquiriram grandes lotes de terra (sesmarias) nas
regiões do Cubatão, Bucarein, Boa Vista e Itaum, e aí passaram a cultivar mandioca,
cana-de-açúcar, arroz, milho, entre outros.
Por volta da década de 1840, uma grave crise econômica, social e política
assolou a Europa. Fugindo da miséria, do desemprego e de perseguições políticas,
milhares de pessoas resolveram imigrar. Um dos destinos era a Colônia Dona
Francisca, para onde vieram cerca de 17 mil pessoas, entre 1850 e 1888.
FOTO 1. Rua do Príncipe, 1866 / Fonte: Arquivo Histórico de Joinville
Em sua maioria, protestantes luteranos e agricultores sem recursos,
estimulados pela propaganda que apresentava o lugar como se fosse um verdadeiro
paraíso terrestre. A intenção da Sociedade Colonizadora, formada por banqueiros,
empresários e comerciantes, era, entretanto, auferir grandes lucros com a
“exportação” dessa “carga humana” e estabelecer uma Colônia “alemã”, vinculada
aos interesses comerciais alemães, como, por exemplo, a especulação imobiliária.
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A diversidade étnica foi uma característica do processo coloniza- dor em
Joinville. À população luso-brasileira e negra juntaram- se, sobretudo, os germânicos
(alemães e suíços que eram maioria no início - noruegueses, austríacos, suecos,
dinamarqueses, belgas e holandeses), franceses e italianos.
Os primeiros tempos na Colônia foram dificílimos para os imigrantes.
Enfrentaram a natureza, a mata fechada, o solo pantanoso, o clima úmido e as
doenças tropicais, responsáveis por inú- meras mortes. Superadas as dificuldades
iniciais, a situação dos colonos melhorava sensivelmente.
Em 1866, Joinville foi elevada à categoria de vila, desmembrando-se
politicamente de São Francisco do Sul. Em 1877, foi eleva- da à categoria de cidade.
Em 1877, Dona Francisca já contava com cerca de 12 mil habitantes, a
maioria vivendo na área rural.
A indústria e o comércio, porém, começavam a se destacar. Havia 4
engenhos de erva-mate, 200 moinhos e 11 olarias. Exportava-se madeira, couro,
louça, sapatos, móveis, cigarros e mate; importava-se ferro, artigos de porcelana e
pedra, instrumentos musicais, máquinas e instrumentos agrícolas, sal,
medicamentos, trigo, vinho, cerveja, carne seca e sardinha.
Na década de 1880, surgiram as primeiras indústrias têxteis e metalúrgicas. O
mate transformou-se no principal produto de exportação da Colônia Dona Francisca.
O seu comércio, inicia- do por industriais vindos do Paraná, deu origem às primeiras
fortunas locais. Nesse período, Joinville já contava com inúmeras associações
culturais (ginástica, tiro, canto, teatro), escola, igrejas, hospital, loja maçônica, corpo
de bombeiros, entre outros, cujo modelo de organização era o existente nos países
de origem dos colonos de descendência germânica.
No início do século XX, uma série de fatos acelerou o desenvolvimento da
cidade. Foi inaugurada a Estrada de Ferro São Paulo - Rio Grande, que passava por
Joinville, rumo a São Francisco do Sul. Surgia a energia elétrica, o primeiro
automóvel, o primeiro telefone e o sistema de transporte coletivo. Na área
educacional, o professor paulista Orestes Guimarães promoveu a reforma no ensino
em Joinville.
Em 1926, a cidade tinha 46 mil habitantes. O chefe do executivo era o
superintendente (depois prefeito), auxiliado por quatro intendentes por ele
escolhidos. O poder legislativo era formado por nove conselheiros (depois
vereadores). Na economia, percebia-se o fortalecimento do setor metalmecânico.
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Surge, assim, o capital acumulado durante décadas pelos imigrantes germânicos e
seus descendentes.
A partir de 1938, a cidade passou a sofrer os efeitos da “Campanha de
Nacionalização” promovida pelo governo Vargas. A língua alemã foi proibida, as
associações alemãs foram extintas, alemães e descendentes foram perseguidos e
presos. Essas ações intensificaram-se ainda mais com a entrada do Brasil na
Segunda Guerra Mundial. Foi o período mais triste da história da cidade.
Entre as décadas de 1950 e 1980, Joinville viveu outro surto de crescimento.
Com o fim do conflito mundial, o Brasil deixou de receber os produtos
industrializados da Europa. Isso fez com que a cidade se transformasse, em pouco
tempo, num dos principais pólos industriais do país, recebendo, por isso, a
denominação de “Manchester Catarinense” (referência à cidade inglesa de mesmo
nome).
O perfil da população modificou-se radicalmente com a chegada de
imigrantes vindos de várias partes do país, em busca de melhores condições de
vida. Aos descendentes dos imigrantes que colonizaram a região, somam-se hoje
pessoas das mais diferentes origens étnicas, formando uma população de cerca de
546.981 mil habitantes. Joinville vive o dilema de uma cidade que pretende
preservar sua história e inserir-se na “modernidade” (IPPUJ, 2016).
FOTO 2. Vista Panorâmica de Joinville, 1926 / Fonte: Arquivo Histórico de Joinville
Dados Gerais
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Surge, assim, o capital acumulado durante décadas pelos imigrantes germânicos e
seus descendentes.
A partir de 1938, a cidade passou a sofrer os efeitos da “Campanha de
Nacionalização” promovida pelo governo Vargas. A língua alemã foi proibida, as
associações alemãs foram extintas, alemães e descendentes foram perseguidos e
presos. Essas ações intensificaram-se ainda mais com a entrada do Brasil na
Segunda Guerra Mundial. Foi o período mais triste da história da cidade.
Entre as décadas de 1950 e 1980, Joinville viveu outro surto de crescimento.
Com o fim do conflito mundial, o Brasil deixou de receber os produtos
industrializados da Europa. Isso fez com que a cidade se transformasse, em pouco
tempo, num dos principais pólos industriais do país, recebendo, por isso, a
denominação de “Manchester Catarinense” (referência à cidade inglesa de mesmo
nome).
O perfil da população modificou-se radicalmente com a chegada de
imigrantes vindos de várias partes do país, em busca de melhores condições de
vida. Aos descendentes dos imigrantes que colonizaram a região, somam-se hoje
pessoas das mais diferentes origens étnicas, formando uma população de cerca de
546.981 mil habitantes. Joinville vive o dilema de uma cidade que pretende
preservar sua história e inserir-se na “modernidade” (IPPUJ, 2016).
FOTO 2. Vista Panorâmica de Joinville, 1926 / Fonte: Arquivo Histórico de Joinville
Dados Gerais
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Joinville, é a maior cidade do Estado de Santa Catarina, possuindo uma área
de 1.120,81 km², distribuído em 41 Bairros e 6 Subprefeituras.
1 Quadro: Dados Gerais de Joinville
Área 1.120,81 km²IDHM (2010) 0,809População 515.288 habitantes
IDHM Educação (2010) 0,749IDHM Longevidade 0,889
Esperança de vida ao nascer 78,34IDHM Renda 0,795
Renda Per capita R$ 1.126,74Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013 (BRASIL, 2013)
População
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística- IBGE, em
2010 a população era de 515.288 habitantes e uma estimativa de 569.645 mil
habitantes em 2016.
Destes 515.288 habitantes em 2010, 497.850 encontram-se na área urbana e
17.438 na área rural do Município.
Direito Humano a Alimentação Adequada- DHAA
A Legislação brasileira garante uma forte base legal no que se refere ao
Direito Humano a Alimentação Adequada- DHAA. O Brasil é parte de todas as
convenções internacionais relevantes sobre o DHAA e ratificou, sem reservas, o
Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais. Em 1992 este
tratado internacional foi incorporado ao ordenamento Jurídico brasileiro.
A Constituição Federal, que abordou a Assistência Social (LOAS 8.742/93), o
direito humano à alimentação não havia sido mencionado, ocorrendo somente após
inúmeras discussões realizadas pelos grupos organizados e pelo poder público
nas três esferas de governo, ocasionando à alteração na Constituição Federal
com a Emenda Constitucional 064/2010, citando e garantindo a alimentação como
direito fundamental junto com os demais direitos:
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“São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a
moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à
infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição”. (BRASIL,
2010).
Em 2002, o Relator Especial das Nações Unidas para o Direito à Alimentação
definiu o DHAA como: O Direito à Alimentação Adequada é um Direito Humano
inerente a todas as pessoas de ter acesso regular, permanente e irrestrito, quer
diretamente ou por meio de aquisições financeiras, a alimentos seguros e saudáveis,
em quantidade e qualidade adequadas e suficientes, correspondentes às tradições
culturais do seu povo e que garanta uma vida livre do medo, digna e plena nas
dimensões física e mental, individual e coletiva”
O Direito Humano à Alimentação Adequada está previsto originalmente no art.
25º da Declaração Universal dos Direitos Humanos, onde é discutido no contexto da
promoção do direito a um padrão adequado de vida. O mesmo direito é reafirmado
no art. 11º do Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais
(PIDESC).
O DHAA começa pela luta contra a fome, mas, caso se limite a isso, não
estará sendo plenamente realizado. Assim, conforme os documentos internacionais
de Direitos Humanos existem duas dimensões indivisíveis do DHAA que são o
direito de estar livre da fome e da má nutrição e o direito à alimentação adequada. E
para realizar essas duas dimensões, o Direito Humano à Alimentação Adequada
requer a garantia de todos os demais Direitos Humanos. ( ABRANDH-FAO)
Os seres humanos necessitam de muito mais do que ter uma alimentação
nutricionalmente equilibrada. Na realidade, o DHAA não deve - e não pode - ser
interpretado em um sentido estrito ou restritivo: a alimentação para o ser humano é
retrato de sua cultura e sua relação com o mundo e deve ser entendida como
processo de transformação da natureza em gente saudável e cidadã.
“Sabemos que as leis, por si só, não são capazes de garantir aquilo que elas
estabelecem. É necessário prosseguir e aprofundar a participação da sociedade e
governo nesta direção.” (Chico Menezes).
O Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional terá um retrato das
situações de SAN e INSAN em Joinville, um dos seus objetivos é consolidar
programas e ações, explicitar responsabilidades dos órgãos e entidades, apresentar
18
I Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional- PLAMSAN
CÂMARA INTERSETORIAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL-CAISANCÂMARA INTERSETORIAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL-CAISAN
metas, objetivos estratégicos, cujos resultados devem ser monitorados e avaliados
para permitir a realização progressiva do Direito Humano à Alimentação.
Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional - SISAN
O Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional- SISAN é um Sistema
público legalmente constituído, que reúne diversos setores de governo e da
sociedade civil com o propósito de promover em todo território nacional o Direito
Humano à Alimentação Adequada- DHAA.
O SISAN foi instituído pela Lei Orgânica de Segurança Alimentar e
Nutricional- LOSAN, nº 11.346, de 15 de setembro de 2006 e apresenta-se como
resultado da luta incessante de muitos brasileiros e da sociedade civil organizada
nas suas diferentes formas, pois esta ampla mobilização ocasionou a realização da
1a Conferência Nacional de Alimentação e Nutrição realizada em 1986, que
deliberou acerca da criação de um Sistema Nacional de Segurança Alimentar e
Nutricional , no intuito de assegurar o Direito Humano à Alimentação Adequada
(DHAA), ou seja, uma alimentação saudável, acessível, de qualidade, em
quantidade suficiente e de modo permanente, sem comprometer o acesso a outras
necessidades essenciais, com base em práticas alimentares saudáveis, respeitando
as diversidades culturais e sendo sustentável do ponto de vista sócio-econômico e
agroecológico (BRASIL, 2006).
Em 1993, na Conferência Mundial sobre Direitos Humanos, de Viena, o direito
à alimentação passou a ser equiparado aos demais direitos do homem
estabelecidos na Carta dos Direitos Humanos de 1948. Essa mudança fundamental
na forma de encarar o direito à alimentação e o compromisso internacional de
redução das estatísticas relacionadas com a fome colocam o Estado na posição de
provedor e responsável pelo bem estar alimentar de sua população.
Em 1996, porém, essas intervenções pontuais do lado da produção e
consumo assumem outra dimensão e têm outros objetivos. Naquele ano o governo
brasileiro, juntamente com outra centena de países, passa a olhar esse conjunto de
políticas dentro de um esforço geral para a redução da situação de fome em seus
territórios. Reunidos na Cúpula Mundial da Alimentação, em Roma, diversos
dirigentes de países – entre eles o Brasil – firmaram um compromisso de reduzir
pela metade o número de pessoas famintas até 2015 (MACHADO et al, 2015).
19
I Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional- PLAMSAN
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Em 2001, ocorreu o Fórum Mundial sobre Soberania Alimentar, na cidade de
Havana, em Cuba, com o objetivo de analisar a perda de soberania sobre os
recursos alimentares dos países do terceiro mundo (CUSTÓDIO et al, 2011).
Em 2004 quando da realização da 2a Conferência Nacional de Segurança
Alimentar e Nutricional em Olinda (PE), foi deliberado a aprovação da Lei Orgânica
de Segurança Alimentar e Nutricional que criou o SISAN.
A criação do CONSEA data o ano de 1993, e teve uma vida relativamente
curta, sendo extinto em 1995, novos arranjos institucionais e interpretações foram
atribuídos a Política de SAN. Em 2003, os temas da fome e da SAN retornaram com
novo ímpeto na esfera governamental, CONSEA foi recriado como órgão de
assessoramento da Presidência da República, na instituição do Ministério
Extraordinário de Segurança Alimentar e Combate à Fome (MESA) e em um
conjunto de Políticas Públicas visando à melhoria da renda, o aumento da oferta de
alimentos básicos, o barateamento dos alimentos e ações específicas (FAO, 2014).
A Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN), aprovada em junho de
1999 pela Portaria nº 710, de 10 de junho de 1999, é uma declaração do
compromisso do Ministério da Saúde com a erradicação dos males relacionados à
falta de alimentos e à pobreza, principalmente a desnutrição infantil e materna, e
também o sobrepeso e a obesidade na população adulta.
Uma das diretrizes da PNAN prevê o monitoramento da situação alimentar e
nutricional da população que é realizado através do Sistema de Vigilância Alimentar
e Nutricional (SISVAN) (COUTINHO et al, 2009).
A Lei Orgânica, Lei nº 11.346, de 15 de setembro de 2006, instituiu o Sistema
Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN),.
Procurando mostrar a relação deste marco conceitual específico e
intersetorial e ilustrar o caráter multidimensional da SAN num esquema integrado, é
apresentado na figura 1 um modelo conceitual dos determinantes associados à
SAN.
2 Quadro. Modelo conceitual dos determinantes associados à segurança
alimentar e nutricional.
1.
DDeterminantes macrossocioeconômicos
20
I Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional- PLAMSAN
CÂMARA INTERSETORIAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL-CAISAN
CÂMARA INTERSETORIAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL-CAISAN
Em 2001, ocorreu o Fórum Mundial sobre Soberania Alimentar, na cidade de
Havana, em Cuba, com o objetivo de analisar a perda de soberania sobre os
recursos alimentares dos países do terceiro mundo (CUSTÓDIO et al, 2011).
Em 2004 quando da realização da 2a Conferência Nacional de Segurança
Alimentar e Nutricional em Olinda (PE), foi deliberado a aprovação da Lei Orgânica
de Segurança Alimentar e Nutricional que criou o SISAN.
A criação do CONSEA data o ano de 1993, e teve uma vida relativamente
curta, sendo extinto em 1995, novos arranjos institucionais e interpretações foram
atribuídos a Política de SAN. Em 2003, os temas da fome e da SAN retornaram com
novo ímpeto na esfera governamental, CONSEA foi recriado como órgão de
assessoramento da Presidência da República, na instituição do Ministério
Extraordinário de Segurança Alimentar e Combate à Fome (MESA) e em um
conjunto de Políticas Públicas visando à melhoria da renda, o aumento da oferta de
alimentos básicos, o barateamento dos alimentos e ações específicas (FAO, 2014).
A Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN), aprovada em junho de
1999 pela Portaria nº 710, de 10 de junho de 1999, é uma declaração do
compromisso do Ministério da Saúde com a erradicação dos males relacionados à
falta de alimentos e à pobreza, principalmente a desnutrição infantil e materna, e
também o sobrepeso e a obesidade na população adulta.
Uma das diretrizes da PNAN prevê o monitoramento da situação alimentar e
nutricional da população que é realizado através do Sistema de Vigilância Alimentar
e Nutricional (SISVAN) (COUTINHO et al, 2009).
A Lei Orgânica, Lei nº 11.346, de 15 de setembro de 2006, instituiu o Sistema
Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN),.
Procurando mostrar a relação deste marco conceitual específico e
intersetorial e ilustrar o caráter multidimensional da SAN num esquema integrado, é
apresentado na figura 1 um modelo conceitual dos determinantes associados à
SAN.
2 Quadro. Modelo conceitual dos determinantes associados à segurança
alimentar e nutricional.
1.
DDeterminantes macrossocioeconômicos
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CÂMARA INTERSETORIAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL-CAISAN
SSistema politico-econômico mundial
PPoliticas econômicas, sociais e assistenciais
PPoliticas agrícolas e ambientais
RReconhecimento de SAN como direito humano
2.
o
DDeterminantes regionais e locais (comunidade)o
PPreços dos alimentoso
CCusto das outras necessidades essenciaiso
EEmprego – salários e estabilidadeo
RRacismo, discriminaçãoo
RRede de apoio socialo
PProgramas assistenciaiso
SServiço de saúde e de educaçãoo
CCultura alimentaro
SSaneamento básicoo
VVigilância sanitária
3
DDeterminantes domiciliares
EEscolaridade
PPerfil demográfico dos moradores
RRaça/cor
PPessoa de referencia da família
SSaúde dos moradores
EEducação alimentar
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CComportamento e hábitos alimentares
RRenda/estabilidade financeira
EEmprego e tempo disponível da mãe
PParticipação em programas assistenciais
RRede social
Segurança alimentar enutricional no domicilio
Portanto, o direito de se alimentar regularmente e adequadamente não deve
ser produto da benemerência ou resultado de ações de caridade, mas sim,
prioritariamente, de uma obrigação que é exercida pelo Estado que, em última
análise, é a representação da nossa sociedade.
Âmbito Municipal da Política de SAN
A Política Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional- LOSAN, em
Joinville foi instituída pela Lei Nº 4839 de 1º de outubro de 2003 e implementada
pela Lei 7.306, de 24 de outubro de 2012, que dispõe sobre: a Política, sobre o
Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional, sobre o Sistema Nacional de
Segurança Alimentar e Nutricional no âmbito do município de Joinville e cria os
componentes municipais do SISAN e dá outras providências:
No Art. 1º esta Lei estabelece as definições, princípios, diretrizes, objetivos e
composição do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional no âmbito do
município de Joinville, por meio do qual o poder público, com a participação da
sociedade, formulará e implementará políticas, planos, programas e ações com
vistas em assegurar o direito humano à alimentação adequada e saudável, bem
como cria os componentes municipais necessários à participação nesse sistema.
A Regulamentação da Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar e
Nutricional – CAISAN, instituída pela Lei Orgânica Municipal de Segurança Alimentar
e Nutricional em 24 de Outubro de 2012, aconteceu em Fevereiro de 2015 por meio
da Portaria 10/2015.( Portaria 10 de 18/02/2015).
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I Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional- PLAMSAN
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Segundo o Art. 32 da Lei 7.306 a Câmara Intersetorial de Segurança
Alimentar e Nutricional - CAISAN, componente municipal no âmbito do SISAN, tem a
finalidade de promover a articulação e a integração dos órgãos e entidades da
administração pública.
A CAISAN é um dos componentes desta intrincada TEIA e para assegurar o
Direito Humano a Alimentação Adequada e Saudável é necessário reconhecer que a
Política Pública de Segurança Alimentar e Nutricional é fundamental e deve ser
encarada como investimento.
A prerrogativa de construção dos Planos de SAN é da CAISAN, no entanto,
estrategicamente foi definido um processo de construção diferenciado, com a
instituição de um Comitê Técnico composto por diversos atores da sociedade civil e
não apenas o Pleno Colegiado da CAISAN.
Esta decisão foi muito significativa e determinou uma caminhada legitimada e
alicerçada. Inicialmente foi realizada uma reunião Extraordinária da CAISAN de
Joinville com a participação da CAISAN Estadual e do CONSEA Estadual, com
orientações para a construção do Plano Municipal. Após esta reunião e verificada a
demanda de trabalho, resgatamos uma ação que a CAISAN já havia desenvolvido
de levantamento de informações de cada Secretaria componente da CAISAN. Este
reconhecimento das ações já realizadas serviu de base para elaboração dos
diagnósticos setoriais das Políticas Públicas.
Em seguida o Comitê Técnico teve os trabalhos conduzidos pela ferramenta
Desing Thinking, com o auxilio do Servidor Público Marcus Rodrigues Faust, este
percurso foi encorajador e instigante, ao final deste momento foram criados Grupos
de Trabalho para a elaboração, compilação e construção do diagnóstico e da minuta
do conteúdo a ser inserido no Plano.
Durante a discussão das Diretrizes, observou-se a necessidade de criar um
GT na Área de Segurança Alimentar e Nutricional para realizar análise dos materiais
referenciais e elaboração de uma minuta com Objetivos e metas. Após a conclusão
deste trabalho foram realizadas algumas reuniões com o Comitê Técnico para
validação do material. Após aprovação do Pleno Colegiado da CAISAN, a minuta do
Plano foi enviada ao COMSEAN, onde foram realizadas diversas reuniões
extraordinárias para apreciação e deliberação, os meses de Junho e Julho terão na
história do Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional de Joinville um
marco histórico, da dedicação e empenho de Conselheiros que seguem a missão de
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construir uma Política Pública de Segurança Alimentar e Nutricional em Joinville, tal
qual os guerreiros que muito antes de 2003 já travavam batalhas, mas o marco legal
se deu em 2003 quando da instituição do controle social desta que por natureza é
uma Política Pública integradora.
Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional-
COMSEAN
A partir da Constituição Federal de 88 os Conselhos passaram a fazer parte
da gestão pública enquanto instância de Controle Social, diretamente vinculados ao
poder executivo, embora não subordinados à ele. Os conselhos têm como
característica fundamental o poder de controlar e fiscalizar as ações públicas do
Estado e das organizações sociais. São espaços públicos com força legal para atuar
nas políticas públicas, na definição de suas prioridades, de seus conteúdos e
recursos orçamentários, de segmentos sociais a serem atendidos e na avaliação dos
resultados. Os conselhos são canais de participação coletiva, que possibilitam a
criação de uma nova cultura política e novas relações políticas entre governos e
cidadãos.
Constituído de 24 (vinte quatro) membros titulares, sendo 1/3 (um terço), de
entidades governamentais, e 2/3 (dois terços), de entidades não governamentais
legalmente constituídas, ligadas a Segurança Alimentar e Nutricional, eleitas em
fórum próprio.
Desde sua criação o COMSEAN tem trabalhado incansavelmente para
garantir o Controle Social no que tange a política de SAN em nosso município, com
participações decisivas em várias ações e eventos.
Dentre eles, destacamos: Fórum para discutir o Processo de Aquisição de
Alimentos da Agricultura Familiar para Alimentação; Seminário de Segurança
Alimentar e Nutricional e Alimentação Escolar; Semana Mundial da Alimentação -
Dia Mundial da Alimentação; Reunião de Articulação com municípios da região para
aquisição de alimentos da agricultura familiar para alimentação escolar; Participação
de conselheiros na Comissão de Implantação dos Restaurantes Populares, Estudo e
elaboração do Projeto de Lei Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional de
Joinville; Aprovação da Lei Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional – a qual
cria o Sistema Municipal de Segurança Alimentar Nutricional Sustentável;
24
I Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional- PLAMSAN
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Acompanhamento da Implantação e Implementação do Banco de Alimentos;
Elaboração de diretrizes para implantar a política municipal de Segurança Alimentar
e Nutricional, em sintonia com as diretrizes traçadas pelos conselhos: estadual e
nacional.
Em Junho de 2015 aconteceu a primeira Conferência Municipal de Segurança
Alimentar e Nutricional em Joinville, contou com a presença de 172 participantes.
O momento atual e do qual a Política de Segurança Alimentar e Nutricional
faz parte, em Joinville, é o de implementação do Sistema Nacional de Segurança
Alimentar e Nutricional (SISAN). Apesar dos desafios impostos por sua natureza
intersetorial, representa a certeza de uma longa, árdua, mas prazerosa caminhada,
que avança, a cada passo, com o aprendizado construído e principalmente com o
entendimento por parte de SEUS ATORES do seu real significado. Compreendendo
ainda, que é crucial a integração dos esforços entre TODOS, bem como o
reconhecimento de todos aqueles e aquelas que já deixaram seus passos marcados
nesta caminhada e que nos possibilitam dar continuidade neste caminhar construtivo
em busca do cumprimento do DHAA.
Dimensões da Política de SAN
Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) como regulamenta a Lei 11.346 de
2006, “consiste na realização do direito de todos ao acesso regular
e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem
comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base
práticas alimentares promotoras de saúde que respeitem a diversidade cultural
e que sejam ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentáveis”.
Os avanços no campo da Segurança Alimentar e Nutricional são visualizados
tanto no âmbito Federal como Municipal, é necessário reconhecer que a
institucionalização desta política pública é um dos mais expressivos ganhos
observados nas políticas sociais brasileiras dos últimos anos. Afinal, a fome e a
insegurança alimentar são desafios muito antigos na realidade brasileira, associados
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I Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional- PLAMSAN
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principalmente à pobreza, ausência de educação alimentar e nutricional e
especialmente ausência de políticas públicas efetivas.
Um dos grandes desafios neste processo de construção do I Plano Municipal
de Segurança Alimentar e Nutricional é justamente a construção e resgate histórico,
bem como um diagnóstico fidedigno, capaz de dar conta de legitimar todos os atores
comprometidos e as ações relacionadas à política de SAN no nosso Município.
Cabe-nos o reconhecimento e o respeito pela caminhada até aqui, se conseguimos
continuar nesta jornada é porque muitos passos já foram dados anteriormente.
Neste sentido, uma das decisões tomadas, considerando a amplitude da
Política de SAN e respaldados pelo Decreto 7.272, de 25 de agosto de 2010, foi
buscar uma contextualização baseada nas sete dimensões de análise, visto que a
realização de um Diagnóstico Municipal de SAN é meta para o Plano em si.
Ressaltamos, no entanto, que algumas das Políticas Públicas cujos membros
compõem a CAISAN, realizaram seus Diagnósticos setoriais, a destacar: Educação,
Saúde, Desenvolvimento Rural (Agricultura) e Assistência Social. Esta leitura foi
fundamental, para a compreensão dos desafios e possibilidades que vislumbram no
horizonte da consolidação da SAN em Joinville.
Produção e Disponibilidade de Alimentos
Embora desafiadora, a produção de alimentos na maior cidade do Estado
caracterizada como pólo industrial, revela-se bastante significativa. Segundo dados
da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina-
EPAGRI/SC, o setor agropecuário de Joinville tem relevante participação na
produção agrícola da região de abrangência da Agência de Desenvolvimento
Regional- ADR. Possuindo 1.159 produtores agropecuários, representando 38% do
total de estabelecimentos sendo responsável por aproximadamente 35% da
produção de arroz, 22% de banana, 69% cana- de- açúcar, 52% aipim.
Ao analisamos os aspectos econômicos e da produção de alimentos do
Município, é importante levar em consideração, dentre outros fatores, a sua
capacidade de geração de renda através de atividades nas áreas da pecuária e
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I Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional- PLAMSAN
CÂMARA INTERSETORIAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL-CAISANCÂMARA INTERSETORIAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL-CAISAN
agricultura. No caso da pecuária, segundo a Pesquisa da Produção Agrícola
Municipal – PAM, realizada pelo IBGE em Joinville no ano de 2015, apontam que as
5 (cinco) principais culturas de rebanho local são: Galinhash, Galos, frangos e
pintos, Bovino, Suíno e Caprino.
Além do campo da pecuária, a pesquisa também apresenta dados
relacionados à agricultura local que apontam para 5 (cinco) principais culturas de
agricultura do Município, divididas entre aquelas permanentes e temporárias, sendo:
Permanente: Banana, Palmito. Temporária: Arroz (em casca), Cana-de-açúcar,
Mandioca, Batata- inglesa, Batata- doce.
A Pesquisa da Produção Agrícola Municipal – PAM, realizada pelo IBGE em
Joinville no ano de 2015, aponta ainda que foram cultivados: 19.600 toneladas de
arroz em 2.800 hectares, 23.450 toneladas de banana em 670 hectares, 50.000
toneladas de cana de açúcar em 1000 hectares, 15.000 toneladas de mandioca em
1000 hectares e 2000 toneladas de palmito em 500 hectares.
Segundo Censo Agropecuário realizado pelo IBGE em 2006, Joinville possuía
1.680 agricultores familiares, que correspondia a 86% dos seus produtores. Esses
agricultores familiares acessavam a 45% da área, ocupavam 82% da mão de obra
do setor e participavam com 70% do valor da produção agropecuária municipal. E,
destes, 425 agricultores familiares estavam cadastrados com DAP (Declaração de
Aptidão ao PRONAF) ativa no Município.
Nas últimas décadas o Estado de Santa Catarina é um dos destaques
nacionais na produção de gêneros alimentícios para exportação, sendo fortemente
reconhecido como um dos maiores produtores de suínos e aves de todo o território
nacional. Segundo o relatório anual (2012-2013) da Empresa de Pesquisa
Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI/SC), houve um aumento
na produção de produtos vegetais, principalmente relacionados às variedades de
frutas, além dos cultivares tradicionais de maçã, banana e uva, quando comparados
às análises anteriores (DOROW, 2013). Vale destacar, que Joinville tem seu
percentual de contribuição neste panorama, conforme já destacado acima.
Em Joinville, a ocupação dos espaços rurais se deu ao longo dos fundos de
vales, ocorrendo à atividade agropecuária nas planícies aluviais. A preservação da
mata nativa por parte do agricultor é evidente já que cerca de 70% da área do
município ainda se encontra com cobertura florestal da Mata Atlântica. Neste
contexto destacamos a Agricultura Familiar Agroecológica.
27
I Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional- PLAMSAN
CÂMARA INTERSETORIAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL-CAISAN
CÂMARA INTERSETORIAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL-CAISAN
FOTO 3. Grupo de Agroecologia Rio Cristina
Segundo dados da Secretaria de Educação, a compra da Agricultura Familiar
para o Programa Nacional de Alimentação Escolar iniciou em 2009, conforme a
Resolução 038 de 16 julho de 2009 e Lei n° 11947 de 16 de julho de 2009.
FOTO 4. Produtos Agricultura Familiar
Tabela 1. Dados Programa Nacional de Alimentação Escolar entre os anos de 2009-2015
ANO Repasse FNDE Compra da Agricultura Familiar % adquirida2009*** R$ 2.764.990,80 R$ 406.554,88 14,7%2010 ** R$ 3.880.440,00 R$ 1.247.128,75 32,14%2011* R$ 4.155.228,00 R$ 1.323.985,74 31,86%2012* R$ 4.319.016,00 R$ 1.509.015,52 34,94%
28
I Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional- PLAMSAN
CÂMARA INTERSETORIAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL-CAISAN
FOTO 3. Grupo de Agroecologia Rio Cristina
Segundo dados da Secretaria de Educação, a compra da Agricultura Familiar
para o Programa Nacional de Alimentação Escolar iniciou em 2009, conforme a
Resolução 038 de 16 julho de 2009 e Lei n° 11947 de 16 de julho de 2009.
FOTO 4. Produtos Agricultura Familiar
Tabela 1. Dados Programa Nacional de Alimentação Escolar entre os anos de 2009-2015
ANO Repasse FNDE Compra da Agricultura Familiar % adquirida2009*** R$ 2.764.990,80 R$ 406.554,88 14,7%2010 ** R$ 3.880.440,00 R$ 1.247.128,75 32,14%2011* R$ 4.155.228,00 R$ 1.323.985,74 31,86%2012* R$ 4.319.016,00 R$ 1.509.015,52 34,94%
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CÂMARA INTERSETORIAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL-CAISAN
2013* R$ 4.966.168,00 R$ 1.913.949,69 38,54%2014* R$ 4.812.580,80 R$ 2.190.129,75 45,51%2015** R$ 5.580.858,00 R$ 2.618.679,37 46,9%
*http://www.fnde.gov.br/programas/alimentacao-escolar/alimentacao-escolar-consultas/dados-da-
agricultura-familiar – acessado em: 27/10/2015
** Fonte: Demonstrativo sintético anual da execução físico- Financeira
*** Conforme empenho 331
Segundo dados da Secretaria de Educação, os alimentos adquiridos da
agricultura familiar em 2015 foram: Arroz integral orgânico, Arroz parboilizado
orgânico, Arroz polido orgânico, Carne bovina – Bife de coxão mole, Carne bovina -
Iscas de patinho, Carne suína – pernil, Doce de leite, Feijão carioca, Feijão Preto,
Iogurte sabor coco, Iogurte sabor morango, Leite integral longa vida, Mel, Pão
caseiro fatiado de inhame e linhaça, Pão caseiro fatiado integral e orégano, Pão
caseiro fatiado integral com linhaça, Pão mini massinha com fibras, Suco de
maracujá, Suco de uva orgânico, Hortifruti, Ovos.
No nosso município, de modo geral a agricultura familiar experimentou
significativas transformações nas últimas décadas. O cenário atual revela
importantes mudanças que convergem para novos papéis atribuídos à agricultura
familiar, indo desde o Turismo Rural ao fornecimento de alimentos aos diferentes
Programas das Políticas Públicas.
O Programa de Aquisição de Alimentos– PAA, é um exemplo destas
transformações, segundo relata a Coordenação do referido Programa, que afirma o
aumento da participação e os resultados positivos observados ao longo destes 7
anos de operacionalização. O PAA é voltado para agricultores familiares inscritos no
Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF) bem como
aquicultores, pescadores artesanais, silvicultores, extrativistas, indígenas, membros
de comunidades remanescentes e quilombos e agricultores assentados.
O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), criado pelo art. 19 da Lei nº
10.696, de 02 de julho de 2003, possui duas finalidades básicas: promover o acesso
à alimentação e incentivar a agricultura familiar.
Para o alcance desses dois objetivos, o programa compra alimentos
produzidos pela agricultura familiar, com dispensa de licitação, e os destina às
pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional e àquelas atendidas
pela rede socioassistencial, pelos equipamentos públicos de segurança alimentar e
nutricional e pela rede pública e filantrópica de ensino.
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I Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional- PLAMSAN
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CÂMARA INTERSETORIAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL-CAISAN
2013* R$ 4.966.168,00 R$ 1.913.949,69 38,54%2014* R$ 4.812.580,80 R$ 2.190.129,75 45,51%2015** R$ 5.580.858,00 R$ 2.618.679,37 46,9%
*http://www.fnde.gov.br/programas/alimentacao-escolar/alimentacao-escolar-consultas/dados-da-
agricultura-familiar – acessado em: 27/10/2015
** Fonte: Demonstrativo sintético anual da execução físico- Financeira
*** Conforme empenho 331
Segundo dados da Secretaria de Educação, os alimentos adquiridos da
agricultura familiar em 2015 foram: Arroz integral orgânico, Arroz parboilizado
orgânico, Arroz polido orgânico, Carne bovina – Bife de coxão mole, Carne bovina -
Iscas de patinho, Carne suína – pernil, Doce de leite, Feijão carioca, Feijão Preto,
Iogurte sabor coco, Iogurte sabor morango, Leite integral longa vida, Mel, Pão
caseiro fatiado de inhame e linhaça, Pão caseiro fatiado integral e orégano, Pão
caseiro fatiado integral com linhaça, Pão mini massinha com fibras, Suco de
maracujá, Suco de uva orgânico, Hortifruti, Ovos.
No nosso município, de modo geral a agricultura familiar experimentou
significativas transformações nas últimas décadas. O cenário atual revela
importantes mudanças que convergem para novos papéis atribuídos à agricultura
familiar, indo desde o Turismo Rural ao fornecimento de alimentos aos diferentes
Programas das Políticas Públicas.
O Programa de Aquisição de Alimentos– PAA, é um exemplo destas
transformações, segundo relata a Coordenação do referido Programa, que afirma o
aumento da participação e os resultados positivos observados ao longo destes 7
anos de operacionalização. O PAA é voltado para agricultores familiares inscritos no
Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF) bem como
aquicultores, pescadores artesanais, silvicultores, extrativistas, indígenas, membros
de comunidades remanescentes e quilombos e agricultores assentados.
O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), criado pelo art. 19 da Lei nº
10.696, de 02 de julho de 2003, possui duas finalidades básicas: promover o acesso
à alimentação e incentivar a agricultura familiar.
Para o alcance desses dois objetivos, o programa compra alimentos
produzidos pela agricultura familiar, com dispensa de licitação, e os destina às
pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional e àquelas atendidas
pela rede socioassistencial, pelos equipamentos públicos de segurança alimentar e
nutricional e pela rede pública e filantrópica de ensino.
29
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Além disso, o programa promove o abastecimento alimentar por meio de
compras governamentais de alimentos; fortalece circuitos locais e regionais e redes
de comercialização; valoriza a biodiversidade e a produção orgânica e agroecológica
de alimentos; incentiva hábitos alimentares saudáveis e estimula o cooperativismo e
o associativismo
Uma das modalidades do PAA é a compra direta com doação simultânea e
tem como objetivo promover a garantia do direito humano á alimentação para
pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade social e/ou insegurança
alimentar, o fortalecimento da agricultura familiar, a geração de trabalho e renda no
campo e a promoção do desenvolvimento local por meio do escoamento da
produção pra consumo, preferencialmente, na região produtora.
Em 2006 foi realizado o PAA via CONAB juntamente com a extinta Fundação
25 de Julho (após reforma administrativa ocorrida no inicio de 2017: Secretaria de
Desenvolvimento Rural) e Secretaria de Assistência Social.
Em 2010 foi assinado o Convênio do município com o MDS para a realização
do PAA, modalidade compra com doação simultânea que começou a ser
operacionalizado em 2011.
Em 2013 o PAA Municipal muda da situação de convênio para Termo de
Adesão, onde o dinheiro investido é repassado do MDS diretamente para o
agricultor fornecedor.
A operacionalização do PAA em 2016 aconteceu em período muito curto de
04 de Outubro a 6 de Dezembro, devido a entraves burocráticos
Tabela 2. Dados do Programa de Aquisição de Alimentos entre os anos de 2011-2016
Ano Quantidade de alimentos adquiridos Recurso utilizado2011 + de 190 toneladas R$ 297.894,602012 + de 307 toneladas R$ 409.179,702013 + de 189 toneladas R$ 290.927,082014 + de 112 toneladas R$ 301.386,992015 Não houve execução do Programa2016 + de 56 toneladas R$ 195.752,58
Outro exemplo a destacar em relação à produção de alimentos tem seu
marco histórico o dia 11 de Maio de 2012, quando aconteceu o 1º Seminário de
Agricultura, que foi articulado e organizado pelo Coletivo Metropolitano do Centro de
30
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Apoio à Agricultura Urbana e Periurbana- CAAUP da Universidade Federal de Santa
Catarina e que a Prefeitura de Joinville foi uma das parceiras do Seminário, por meio
da extinta Fundação Municipal de Desenvolvimento Rural 25 de Julho e Companhia
Águas de Joinville.
A Agricultura Urbana e Periurbana é um conceito multi dimensional que inclui
a produção, transformação e a prestação de serviços, de forma segura, para gerar
produtos agrícolas e pecuários. Incentiva, entre outras ações, o desenvolvimento de
hortas comunitárias. Busca cumprir um papel estratégico no abastecimento
alimentar das cidades brasileiras.
O Programa Nacional de Agricultura Urbana e Periurbana, exigiu que fossem
traçadas estratégias para implementar espaços comunitários de produção (jardins
produtivos) como ferramenta de exigibilidade do Direito Humano a Alimentação
Adequada, voltados às famílias em situação de vulnerabilidade social e insegurança
alimentar e nutricional.
Uma das ações resultantes desse movimento foi a criação das Hortas
Comunitárias através dos Centros de Apoio a Agricultura Urbana e Periurbana.
Atualmente, existem 6 hortas em funcionamento na cidade de Joinville onde a
Secretaria de Desenvolvimento Rural presta Assistência Técnica, a mais antiga é a
horta comunitária do Costa e Silva, onde a Associação de Moradores Parque Douat
é responsável pelo funcionamento.
As outras Hortas são: Girassol (Aventureiro); Roseiras (Dom Gregório
Warmling); Figueira (Jardim Sofia); Ipês (Bairros Paranagúamirim); Parque Douat
(Bairro Costa e Silva); Juquiá (Bairrro Ademar Garcia/Ullisses Guimarães). Estão
implantadas em terrenos públicos e são administradas por uma Associação de
Hortas Comunitárias, com exceção da Horta Costa e Silva.
Renda e Condições de Vida
Conforme dados do Censo IBGE 2010, a população total do município era de
515.288 residentes, dos quais 3.644 encontravam- se em situação de extrema
pobreza, ou seja, com renda domiciliar per capita abaixo de R$ 70,00. Isto significa
31
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que 0,7% da população municipal viviam nesta situação. Do total de extremamente
pobres, 296 (8,1%) viviam no meio rural e 3.348 (91,9%) no meio urbano.
O Censo também revelou que no município havia 260 crianças na extrema
pobreza na faixa de 0 a 3 anos e 162 na faixa entre 4 e 5 anos. O grupo de 6 a 14
anos, por sua vez, totalizou 778 indivíduos na extrema pobreza, enquanto no grupo
de 15 a 17 anos havia 207 jovens nessa situação. Foram registradas 475 pessoas
com mais de 65 anos na extrema pobreza, 38,6% dos extremamente pobres do
município têm de zero a 17 anos.
No entanto, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDHM) de Joinville é
0,809, em 2010, o que situa o município na faixa de Desenvolvimento Humano
Muito Alto (IDHM entre 0,800 e 1). A dimensão que mais contribui para o IDHM do
município é Longevidade, com índice de 0,889, seguida de Renda, com índice de
0,795, e de Educação, com índice de 0,749.
Tabela 3. Índice de Desenvolvimento Humano Municipal e seus componentes - Município
Joinville - SC
IDHM e componentes 1991 2000 2010IDHM Educação 0,365 0,560 0,749% de 18 anos ou mais com fundamental completo 40,47 53,51 70,87% de 5 a 6 anos na escola 23,46 58,98 81,65% de 11 a 13 anos nos anos finais do fundamental REGULAR
SERIADO ou com fundamental completo57,82 75,58 91,60
% de 15 a 17 anos com fundamental completo 37,58 57,92 74,72% de 18 a 20 anos com médio completo 20,12 36,77 59,99IDHM Longevidade 0,793 0,869 0,889Esperança de vida ao nascer
Número médio de anos que as pessoas deverão viver a partir do
nascimento, se permanecerem constantes ao longo da vida o nível
e o padrão de mortalidade por idade prevalecentes no ano do
Censo.
72,58 77,14 78,34
IDHM Renda 0,692 0,739 0,795Renda per capita (em R$) 592,18 796,17 1.126,74
O IDHM passou de 0,711 em 2000 para 0,809 em 2010, representando uma
taxa de crescimento de 13,78%. Joinville ocupa a 21ª posição entre os 5.565
municípios brasileiros segundo o IDHM.
A população do município de Joinville ampliou, entre os Censos Demográficos
de 2000 e 2010, à taxa de 1.85% ao ano, passando de 429.004 para 515.288
32
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que 0,7% da população municipal viviam nesta situação. Do total de extremamente
pobres, 296 (8,1%) viviam no meio rural e 3.348 (91,9%) no meio urbano.
O Censo também revelou que no município havia 260 crianças na extrema
pobreza na faixa de 0 a 3 anos e 162 na faixa entre 4 e 5 anos. O grupo de 6 a 14
anos, por sua vez, totalizou 778 indivíduos na extrema pobreza, enquanto no grupo
de 15 a 17 anos havia 207 jovens nessa situação. Foram registradas 475 pessoas
com mais de 65 anos na extrema pobreza, 38,6% dos extremamente pobres do
município têm de zero a 17 anos.
No entanto, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDHM) de Joinville é
0,809, em 2010, o que situa o município na faixa de Desenvolvimento Humano
Muito Alto (IDHM entre 0,800 e 1). A dimensão que mais contribui para o IDHM do
município é Longevidade, com índice de 0,889, seguida de Renda, com índice de
0,795, e de Educação, com índice de 0,749.
Tabela 3. Índice de Desenvolvimento Humano Municipal e seus componentes - Município
Joinville - SC
IDHM e componentes 1991 2000 2010IDHM Educação 0,365 0,560 0,749% de 18 anos ou mais com fundamental completo 40,47 53,51 70,87% de 5 a 6 anos na escola 23,46 58,98 81,65% de 11 a 13 anos nos anos finais do fundamental REGULAR
SERIADO ou com fundamental completo57,82 75,58 91,60
% de 15 a 17 anos com fundamental completo 37,58 57,92 74,72% de 18 a 20 anos com médio completo 20,12 36,77 59,99IDHM Longevidade 0,793 0,869 0,889Esperança de vida ao nascer
Número médio de anos que as pessoas deverão viver a partir do
nascimento, se permanecerem constantes ao longo da vida o nível
e o padrão de mortalidade por idade prevalecentes no ano do
Censo.
72,58 77,14 78,34
IDHM Renda 0,692 0,739 0,795Renda per capita (em R$) 592,18 796,17 1.126,74
O IDHM passou de 0,711 em 2000 para 0,809 em 2010, representando uma
taxa de crescimento de 13,78%. Joinville ocupa a 21ª posição entre os 5.565
municípios brasileiros segundo o IDHM.
A população do município de Joinville ampliou, entre os Censos Demográficos
de 2000 e 2010, à taxa de 1.85% ao ano, passando de 429.004 para 515.288
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habitantes. A taxa de urbanização apresentou alteração no mesmo período. A
população urbana em 2000 representava 96,59% e em 2010 passou a representar
96,62% e 3,38% em área rural.
A estrutura demográfica também apresentou mudanças no município. Entre
2000 e 2010 foi verificada ampliação da população idosa que, em termos anuais,
cresceu 4,9% em média. Em 2000, este grupo representava 6,6% da população, já
em 2010 detinha 8,8% do total da população municipal.
O segmento etário de 0 a 14 anos registrou crescimento negativo entre 2000
e 2010 (-0,69% ao ano). Crianças e jovens detinham 27,8% do contingente
populacional em 2000, o que correspondia a 119.418 habitantes. Em 2010, a
participação deste grupo reduziu para 21,6% da população, totalizando 111.419
habitantes.
Tabela 4. Estrutura Demográfica de Joinville entre as faixas etárias nos anos de 2000 e 2010.
0 a 14 anos 15 a 29 anos 30 a 39 anos 40 a 59 anos 60 anos ou mais2000 119.418 121.361 74.504 86.085 28.2362010 111.419 141.953 86.367 129.818 45.404
Fonte: Censos Demográficos de 2000 e 2010/IBGE
A população residente no município na faixa etária de 15 a 59 anos exibiu
crescimento populacional (em média 2,42% ao ano), passando de 281.950
habitantes em 2000 para 358.151 em 2010. Em 2010, este grupo representava
69,5% da população do município.
A renda per capita média de Joinville cresceu 90,27% nas duas últimas
décadas, passando de R$ 592,18, em 1991, para R$ 796,17, em 2000, e para R$
1.126,74, em 2010. Isso equivale a uma taxa média anual de crescimento nesse
período de 3,44%
Os dados do Censo Demográfico e do Ministério do Trabalho e Emprego
possibilitam um diagnóstico sobre o mercado de trabalho e permitem conhecer a
inserção ou não das pessoas no mercado de trabalho. O percentual de pessoas de
referência do domicílio desempregada no município é de 2% e é maior que a do
Estado.
Conforme dados do Censo de 2010, o percentual de pessoas de referência
desempregadas de domicílios particulares permanentes era de 2,00% no município,
no Estado este percentual era de 1,6%.
33
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habitantes. A taxa de urbanização apresentou alteração no mesmo período. A
população urbana em 2000 representava 96,59% e em 2010 passou a representar
96,62% e 3,38% em área rural.
A estrutura demográfica também apresentou mudanças no município. Entre
2000 e 2010 foi verificada ampliação da população idosa que, em termos anuais,
cresceu 4,9% em média. Em 2000, este grupo representava 6,6% da população, já
em 2010 detinha 8,8% do total da população municipal.
O segmento etário de 0 a 14 anos registrou crescimento negativo entre 2000
e 2010 (-0,69% ao ano). Crianças e jovens detinham 27,8% do contingente
populacional em 2000, o que correspondia a 119.418 habitantes. Em 2010, a
participação deste grupo reduziu para 21,6% da população, totalizando 111.419
habitantes.
Tabela 4. Estrutura Demográfica de Joinville entre as faixas etárias nos anos de 2000 e 2010.
0 a 14 anos 15 a 29 anos 30 a 39 anos 40 a 59 anos 60 anos ou mais2000 119.418 121.361 74.504 86.085 28.2362010 111.419 141.953 86.367 129.818 45.404
Fonte: Censos Demográficos de 2000 e 2010/IBGE
A população residente no município na faixa etária de 15 a 59 anos exibiu
crescimento populacional (em média 2,42% ao ano), passando de 281.950
habitantes em 2000 para 358.151 em 2010. Em 2010, este grupo representava
69,5% da população do município.
A renda per capita média de Joinville cresceu 90,27% nas duas últimas
décadas, passando de R$ 592,18, em 1991, para R$ 796,17, em 2000, e para R$
1.126,74, em 2010. Isso equivale a uma taxa média anual de crescimento nesse
período de 3,44%
Os dados do Censo Demográfico e do Ministério do Trabalho e Emprego
possibilitam um diagnóstico sobre o mercado de trabalho e permitem conhecer a
inserção ou não das pessoas no mercado de trabalho. O percentual de pessoas de
referência do domicílio desempregada no município é de 2% e é maior que a do
Estado.
Conforme dados do Censo de 2010, o percentual de pessoas de referência
desempregadas de domicílios particulares permanentes era de 2,00% no município,
no Estado este percentual era de 1,6%.
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Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego, o mercado de trabalho
formal do município apresentou, por oito anos, saldo positivo na geração de novas
ocupações entre 2005 e 2012. O número de vagas criadas neste período foi de
59.826. No último ano, as admissões registraram 114.882 contratações, contra
112.980 demissões.
O mercado de trabalho formal em 2010 totalizava 184.239 postos, 41,5% a
mais em relação a 2004. O desempenho do município ficou acima da média
verificada para o Estado, que cresceu 40,1% no mesmo período.
Entre 2005 e 2010, segundo o IBGE, o Produto Interno Bruto (PIB) do
município cresceu 47,1%, passando de R$ 9.071,5 milhões para R$ 13.345,2
milhões. O crescimento percentual foi inferior ao verificado no Estado, que foi de
52,1%. A participação do PIB do município na composição do PIB estadual diminuiu
de 10,63% para 10,28% no período de 2005 a 2010.
A estrutura econômica municipal demonstrava participação expressiva do
setor de Serviços, o qual respondia por 49,6% do PIB municipal. No que se refere ao
setor secundário ou industrial, cuja participação no PIB era de 38,3% em 2010,
contra 40,5% em 2005. Variação essa similar à verificada no Estado, em que a
participação industrial decresceu de 40,5% em 2005 para 28,7% em 2010.
No período de janeiro a dezembro de 2014, foram registradas 2.500
admissões no mercado de trabalho formal. A maior quantidade de admissões
concentrou-se na área de Trabalhadores da Produção de Bens e Serviços
Industriais, com 739 admissões no período e salário médio de admissão em R$
1.182,73.
No que se refere ao analfabetismo, em 2010 a taxa de analfabetismo das
pessoas de 10 anos ou mais era de 2,1%. Na área urbana, a taxa era de 2,1% e na
zona rural era de 4,0%. Entre adolescentes de 10 a 14 anos, a taxa de
analfabetismo era de 0,9%.
No que concerne à taxa de atendimento da rede educacional do município, os
dados do Censo foram calculados por faixa etária, conforme se observa no gráfico
abaixo:
35
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Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego, o mercado de trabalho
formal do município apresentou, por oito anos, saldo positivo na geração de novas
ocupações entre 2005 e 2012. O número de vagas criadas neste período foi de
59.826. No último ano, as admissões registraram 114.882 contratações, contra
112.980 demissões.
O mercado de trabalho formal em 2010 totalizava 184.239 postos, 41,5% a
mais em relação a 2004. O desempenho do município ficou acima da média
verificada para o Estado, que cresceu 40,1% no mesmo período.
Entre 2005 e 2010, segundo o IBGE, o Produto Interno Bruto (PIB) do
município cresceu 47,1%, passando de R$ 9.071,5 milhões para R$ 13.345,2
milhões. O crescimento percentual foi inferior ao verificado no Estado, que foi de
52,1%. A participação do PIB do município na composição do PIB estadual diminuiu
de 10,63% para 10,28% no período de 2005 a 2010.
A estrutura econômica municipal demonstrava participação expressiva do
setor de Serviços, o qual respondia por 49,6% do PIB municipal. No que se refere ao
setor secundário ou industrial, cuja participação no PIB era de 38,3% em 2010,
contra 40,5% em 2005. Variação essa similar à verificada no Estado, em que a
participação industrial decresceu de 40,5% em 2005 para 28,7% em 2010.
No período de janeiro a dezembro de 2014, foram registradas 2.500
admissões no mercado de trabalho formal. A maior quantidade de admissões
concentrou-se na área de Trabalhadores da Produção de Bens e Serviços
Industriais, com 739 admissões no período e salário médio de admissão em R$
1.182,73.
No que se refere ao analfabetismo, em 2010 a taxa de analfabetismo das
pessoas de 10 anos ou mais era de 2,1%. Na área urbana, a taxa era de 2,1% e na
zona rural era de 4,0%. Entre adolescentes de 10 a 14 anos, a taxa de
analfabetismo era de 0,9%.
No que concerne à taxa de atendimento da rede educacional do município, os
dados do Censo foram calculados por faixa etária, conforme se observa no gráfico
abaixo:
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Tabela 6. Percentual de crianças atendidas na rede educacional, por faixa etária - 2010
0 a 3 anos 4 a 5 anos 6 a 14 anos29,8% 70,9% 97,3%
Fonte: Ministério da Educação
Das pessoas com mais de 15 anos em extrema pobreza, 191 não sabiam ler
ou escrever, o que representa 8,1% dos extremamente pobres nessa faixa etária.
Dentre eles, 116 eram chefes de domicílio.
O Censo de 2010 revelou que no município havia 239 crianças de 0 a 3 anos
na extrema pobreza não frequentando creche, o que representa 91,6% das crianças
extremamente pobres nessa faixa etária. Entre aquelas de 4 a 5 anos, havia 89
crianças fora da escola (55,0 das crianças extremamente pobres nessa faixa etária)
e, no grupo de 6 a 14 anos, eram 39 (5,1%). Entre os jovens de 15 a 17 anos na
extrema pobreza, 52 estavam fora da escola (25,0% do jovens extremamente
pobres nessa faixa etária).
Do total de extremamente pobres no município, 1.924 são mulheres (52,8%) e
1.720 são homens (47,2%). Do total a população em extrema pobreza do município,
2849 (78,2) se classificaram como brancos e 791 (21,7%) como negros. Dentre
estes últimos, 81 (2,2%) se declararam pretos e 710 (19,5%) pardos. Outras 05
pessoas (0,1%) se declararam amarelos ou indígenas.
Tabela 7. População em situação de extrema pobreza por faixa etária em 2010
Idade Quantidade0 a 3 2604 a 5 1626 a 14 778
15 a 17 20718 a 39 98540 a 59 777
65 ou mais 475Total 3.644
Fonte: Censo Demográfico IBGE/2010
Com relação aos jovens de 15 a 17 anos fora do ensino médio, os dados do
Censo 2010 apontam que o município possuía 8.287 jovens fora do ensino médio.
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Tabela 6. Percentual de crianças atendidas na rede educacional, por faixa etária - 2010
0 a 3 anos 4 a 5 anos 6 a 14 anos29,8% 70,9% 97,3%
Fonte: Ministério da Educação
Das pessoas com mais de 15 anos em extrema pobreza, 191 não sabiam ler
ou escrever, o que representa 8,1% dos extremamente pobres nessa faixa etária.
Dentre eles, 116 eram chefes de domicílio.
O Censo de 2010 revelou que no município havia 239 crianças de 0 a 3 anos
na extrema pobreza não frequentando creche, o que representa 91,6% das crianças
extremamente pobres nessa faixa etária. Entre aquelas de 4 a 5 anos, havia 89
crianças fora da escola (55,0 das crianças extremamente pobres nessa faixa etária)
e, no grupo de 6 a 14 anos, eram 39 (5,1%). Entre os jovens de 15 a 17 anos na
extrema pobreza, 52 estavam fora da escola (25,0% do jovens extremamente
pobres nessa faixa etária).
Do total de extremamente pobres no município, 1.924 são mulheres (52,8%) e
1.720 são homens (47,2%). Do total a população em extrema pobreza do município,
2849 (78,2) se classificaram como brancos e 791 (21,7%) como negros. Dentre
estes últimos, 81 (2,2%) se declararam pretos e 710 (19,5%) pardos. Outras 05
pessoas (0,1%) se declararam amarelos ou indígenas.
Tabela 7. População em situação de extrema pobreza por faixa etária em 2010
Idade Quantidade0 a 3 2604 a 5 1626 a 14 778
15 a 17 20718 a 39 98540 a 59 777
65 ou mais 475Total 3.644
Fonte: Censo Demográfico IBGE/2010
Com relação aos jovens de 15 a 17 anos fora do ensino médio, os dados do
Censo 2010 apontam que o município possuía 8.287 jovens fora do ensino médio.
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Em relação ao ensino superior, 53.108 jovens de 18 a 24 anos se
encontravam fora do ensino superior.
Com base nos dados do Censo 2010, 5.077 jovens não estavam estudando
nem estavam ocupados, entre os quais constavam 866 jovens negros. Enquanto na
juventude em geral o percentual de jovens negros corresponde a 15,0% entre os
jovens que não estavam ocupados, o percentual de jovens negros é de 17,1%.
.
Dados do Censo Demográfico de 2010 revelaram que o fornecimento de
energia elétrica estava presente praticamente em todos os domicílios. A coleta de
lixo atendia 99,8% dos domicílios. Quanto à cobertura da rede de abastecimento de
água o acesso estava em 95,5% dos domicílios particulares permanentes e 75,7%
das residências dispunham de esgotamento sanitário adequado.
Outra fonte de dados importantes sobre as condições de renda da população
é o Cadastro Único para Programas Sociais, o qual reúne informações
socioeconômicas das famílias brasileiras de baixa renda – aquelas com renda
mensal de até meio salário mínimo por pessoa. Essas informações permitem ao
governo conhecer as reais condições de vida da população e, a partir dessas
informações, selecionar as famílias para diversos programas sociais.
No Município, o total de famílias inscritas no Cadastro Único em fevereiro de
2017 era de 24.190 dentre as quais:
4.898 com renda per capita familiar de até R$ 85,00;
2.788 com renda per capita familiar entre R$ 85,01 e R$ 170,00;
8.500 com renda per capita familiar entre R$ 170,01 e meio salário mínimo;
7.443 com renda per capita acima de meio salário mínimo.
Um dos Programas Sociais acessados por meio do Cadastro Único é o
Programa Bolsa Família (PBF), um programa de transferência condicionada de
renda que beneficia famílias pobres e extremamente pobres. O PBF beneficiou, no
mês de março de 2017, 6.263 famílias, representando uma cobertura de 72,5 % da
estimativa de famílias pobres no município. As famílias recebem benefícios com
valor médio de R$ 180,43 e o valor total transferido pelo governo federal em
benefícios às famílias atendidas alcançou R$ 1.130.007,00 no mês.
Em relação às condicionalidades, o acompanhamento da frequência escolar,
com base no bimestre de novembro de 2016, atingiu o percentual de 96,7%, para
37
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CÂMARA INTERSETORIAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL-CAISAN
Em relação ao ensino superior, 53.108 jovens de 18 a 24 anos se
encontravam fora do ensino superior.
Com base nos dados do Censo 2010, 5.077 jovens não estavam estudando
nem estavam ocupados, entre os quais constavam 866 jovens negros. Enquanto na
juventude em geral o percentual de jovens negros corresponde a 15,0% entre os
jovens que não estavam ocupados, o percentual de jovens negros é de 17,1%.
.
Dados do Censo Demográfico de 2010 revelaram que o fornecimento de
energia elétrica estava presente praticamente em todos os domicílios. A coleta de
lixo atendia 99,8% dos domicílios. Quanto à cobertura da rede de abastecimento de
água o acesso estava em 95,5% dos domicílios particulares permanentes e 75,7%
das residências dispunham de esgotamento sanitário adequado.
Outra fonte de dados importantes sobre as condições de renda da população
é o Cadastro Único para Programas Sociais, o qual reúne informações
socioeconômicas das famílias brasileiras de baixa renda – aquelas com renda
mensal de até meio salário mínimo por pessoa. Essas informações permitem ao
governo conhecer as reais condições de vida da população e, a partir dessas
informações, selecionar as famílias para diversos programas sociais.
No Município, o total de famílias inscritas no Cadastro Único em fevereiro de
2017 era de 24.190 dentre as quais:
4.898 com renda per capita familiar de até R$ 85,00;
2.788 com renda per capita familiar entre R$ 85,01 e R$ 170,00;
8.500 com renda per capita familiar entre R$ 170,01 e meio salário mínimo;
7.443 com renda per capita acima de meio salário mínimo.
Um dos Programas Sociais acessados por meio do Cadastro Único é o
Programa Bolsa Família (PBF), um programa de transferência condicionada de
renda que beneficia famílias pobres e extremamente pobres. O PBF beneficiou, no
mês de março de 2017, 6.263 famílias, representando uma cobertura de 72,5 % da
estimativa de famílias pobres no município. As famílias recebem benefícios com
valor médio de R$ 180,43 e o valor total transferido pelo governo federal em
benefícios às famílias atendidas alcançou R$ 1.130.007,00 no mês.
Em relação às condicionalidades, o acompanhamento da frequência escolar,
com base no bimestre de novembro de 2016, atingiu o percentual de 96,7%, para
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crianças e adolescentes entre 6 e 15 anos, o que equivale a 7.145 alunos
acompanhados em relação ao público no perfil equivalente a 7.388. Para os jovens
entre 16 e 17 anos, o percentual atingido foi de 82,2%, resultando em 1.208 jovens
acompanhados de um total de 1.470.
Já o acompanhamento da saúde das famílias, na vigência de dezembro de
2016, atingiu 51,1 %, percentual equivale a 2.731 famílias de um total de 5.341 que
compunham o público no perfil para acompanhamento da área de saúde do
município.
Tabela 6. Número de Pessoas atendidas pelo Programa Bolsa Família nos anos de 2013 a
2015
CadÚnico/Programa Bolsa Família 2013 2014 2015Cadastro Único 22.716 23.984 22.817Programa Bolsa Família 6.173 6.161 6.312
Fonte: SIMAS/SAS – Abr./2016
Outro Beneficio Sociassistencial é o Beneficio de Prestação Continuada
(BPC), um benefício de distribuição de renda no âmbito da Assistência Social,
instituído na Constituição Federal de 1988. O BPC é a garantia de um salário
mínimo mensal ao idoso acima de 65 anos ou ao cidadão com deficiência física,
mental, intelectual ou sensorial de longo prazo, que o impossibilite de participar de
forma plena e efetiva na sociedade, em igualdade de condições com as demais
pessoas.
Tabela 9. Número de Pessoas atendidas pelo Beneficio de Prestação Continuada (BPC) nos
anos de 2013 a 2015
BPC 2013 2014 2015BPC Idoso 2.267 2.398 2.455BPC Pessoa com Deficiência 2.523 2.689 2.822Fonte: Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome/SAGI/Abr./2016
Acesso à alimentação adequada e saudável
A constituição de 1988 traz uma nova concepção para Assistência Social de
Política de seguridade social não contributiva, direito do cidadão e dever do Estado.
“(...) como política pública, a Assistência Social inicia seu trânsito para um campo
38
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crianças e adolescentes entre 6 e 15 anos, o que equivale a 7.145 alunos
acompanhados em relação ao público no perfil equivalente a 7.388. Para os jovens
entre 16 e 17 anos, o percentual atingido foi de 82,2%, resultando em 1.208 jovens
acompanhados de um total de 1.470.
Já o acompanhamento da saúde das famílias, na vigência de dezembro de
2016, atingiu 51,1 %, percentual equivale a 2.731 famílias de um total de 5.341 que
compunham o público no perfil para acompanhamento da área de saúde do
município.
Tabela 6. Número de Pessoas atendidas pelo Programa Bolsa Família nos anos de 2013 a
2015
CadÚnico/Programa Bolsa Família 2013 2014 2015Cadastro Único 22.716 23.984 22.817Programa Bolsa Família 6.173 6.161 6.312
Fonte: SIMAS/SAS – Abr./2016
Outro Beneficio Sociassistencial é o Beneficio de Prestação Continuada
(BPC), um benefício de distribuição de renda no âmbito da Assistência Social,
instituído na Constituição Federal de 1988. O BPC é a garantia de um salário
mínimo mensal ao idoso acima de 65 anos ou ao cidadão com deficiência física,
mental, intelectual ou sensorial de longo prazo, que o impossibilite de participar de
forma plena e efetiva na sociedade, em igualdade de condições com as demais
pessoas.
Tabela 9. Número de Pessoas atendidas pelo Beneficio de Prestação Continuada (BPC) nos
anos de 2013 a 2015
BPC 2013 2014 2015BPC Idoso 2.267 2.398 2.455BPC Pessoa com Deficiência 2.523 2.689 2.822Fonte: Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome/SAGI/Abr./2016
Acesso à alimentação adequada e saudável
A constituição de 1988 traz uma nova concepção para Assistência Social de
Política de seguridade social não contributiva, direito do cidadão e dever do Estado.
“(...) como política pública, a Assistência Social inicia seu trânsito para um campo
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CÂMARA INTERSETORIAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL-CAISAN
novo: o campo dos direitos, da universalização dos acessos e da responsabilidade
estatal.” PNAS, pg31
O Sistema Único de Assistência Social - SUAS, seguindo as diretivas da
Constituição de 1988 e da Lei Orgânica de Assistência Social - LOAS de 1993, é um
sistema público não-contributivo, descentralizado e participativo que tem como
função primordial a gestão do conteúdo específico da Assistência Social no campo
da proteção social brasileira (NOB/05).
Sua implantação tem sido realizada num amplo processo democrático que
requer a afirmação da política como estatal e afiançadora de direitos, em resposta
às necessidades sociais e estratégicas no enfrentamento das desigualdades que
atingem a maioria da população.
Vale destacar que a SAS possui 6 Centros de Referência de Assistência
Social- CRAS , 3 Centros de Referência de Assistência Social- CREAS,Serviço de
Referência de Proteção Social Básica- SRPB que atende usuários que não tem
CRAS no seu território, o Programa Eco Cidadão, Abrigo Infanto Juvenil,Casa Abrigo
Viva Rosa, Programa Famílias Acolhedoras,Centro de Referência Especializado
para pessoas em situação de Rua- CENTRO POP, Restaurante Popular Herbert
José de Souza, Restaurante Popular Zilda Arns Neumann, Programa de Aquisição
de Alimentos- PAA- Área de Segurança Alimentar e Nutricional.
A Política de Segurança Alimentar e Nutricional vem sendo desenvolvida
intersetorialmente, vinculada administrativamente à Secretaria de Assistência Social
e estruturando-se na Área de Segurança Alimentar e Nutricional- SAN, Câmara
Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional- CAISAN e Conselho Municipal
de Segurança Alimentar e Nutricional- COMSEAN. Todos estes componentes do
SISAN são fundamentais para a consolidação da Política de SAN e para a execução
das ações relacionadas.
A reestruturação da Área de Segurança Alimentar e Nutricional e
especialmente a construção do Plano de SAN no âmbito da CAISAN, trouxe a tona
debates e reflexões bastante pertinentes sobre a necessidade de realização de
ações relativas à Política de SAN nos Serviços, Programas e Equipamentos
Públicos de Equipamentos Públicos de Segurança Alimentar e Nutricional- EPSANs,
observamos a inexistência de acompanhamento, regulação e elaboração de
39
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novo: o campo dos direitos, da universalização dos acessos e da responsabilidade
estatal.” PNAS, pg31
O Sistema Único de Assistência Social - SUAS, seguindo as diretivas da
Constituição de 1988 e da Lei Orgânica de Assistência Social - LOAS de 1993, é um
sistema público não-contributivo, descentralizado e participativo que tem como
função primordial a gestão do conteúdo específico da Assistência Social no campo
da proteção social brasileira (NOB/05).
Sua implantação tem sido realizada num amplo processo democrático que
requer a afirmação da política como estatal e afiançadora de direitos, em resposta
às necessidades sociais e estratégicas no enfrentamento das desigualdades que
atingem a maioria da população.
Vale destacar que a SAS possui 6 Centros de Referência de Assistência
Social- CRAS , 3 Centros de Referência de Assistência Social- CREAS,Serviço de
Referência de Proteção Social Básica- SRPB que atende usuários que não tem
CRAS no seu território, o Programa Eco Cidadão, Abrigo Infanto Juvenil,Casa Abrigo
Viva Rosa, Programa Famílias Acolhedoras,Centro de Referência Especializado
para pessoas em situação de Rua- CENTRO POP, Restaurante Popular Herbert
José de Souza, Restaurante Popular Zilda Arns Neumann, Programa de Aquisição
de Alimentos- PAA- Área de Segurança Alimentar e Nutricional.
A Política de Segurança Alimentar e Nutricional vem sendo desenvolvida
intersetorialmente, vinculada administrativamente à Secretaria de Assistência Social
e estruturando-se na Área de Segurança Alimentar e Nutricional- SAN, Câmara
Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional- CAISAN e Conselho Municipal
de Segurança Alimentar e Nutricional- COMSEAN. Todos estes componentes do
SISAN são fundamentais para a consolidação da Política de SAN e para a execução
das ações relacionadas.
A reestruturação da Área de Segurança Alimentar e Nutricional e
especialmente a construção do Plano de SAN no âmbito da CAISAN, trouxe a tona
debates e reflexões bastante pertinentes sobre a necessidade de realização de
ações relativas à Política de SAN nos Serviços, Programas e Equipamentos
Públicos de Equipamentos Públicos de Segurança Alimentar e Nutricional- EPSANs,
observamos a inexistência de acompanhamento, regulação e elaboração de
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cardápios nos Serviços, ausência de ações de Educação Alimentar e Nutricional,
entre outros desafios observados.
Destacamos os seguintes EPSANs, vinculados diretamente a Secretaria:
1.8.3.1 Restaurantes Populares
Os Restaurantes Populares em Joinville estão em funcionamento desde 2008.
Neste período, estes Equipamentos Públicos de Segurança Alimentar e Nutricional-
EPSANs, tornaram-se referência no município por servir refeição com segurança
alimentar e nutricional e custo acessível aos usuários/ cidadãos.
A Secretaria de Assistência Social repassa mensalmente por meio de
Contrato de Gestão com a Associação de Segurança Alimentar e Nutricional de
Joinville- ASANJ, recurso para complementar o valor da refeição. A ASANJ é uma
Organização Social sem fins lucrativos, desta forma todo o recurso é revertido para
otimizar a qualidade da refeição servida.
Segundo dados fornecidos pela Coordenação dos Restaurantes, o
restaurante Zilda Arns no bairro Adhemar Garcia atende entre 450 a 600
refeições/dia, de segunda a sexta- feira, das 11h às 14 horas. Dados relativos ao
mês de Março de 2017.
O Restaurante Herbert de Souza do bairro Bucarein aberto em 2008 está com
as obras de reforma e modernização concluídas, estando agora em fase de limpeza,
manutenção e aquisição de equipamentos e utensílios para reabertura prevista para
24 de Abril de 2017. Este restaurante servia em média 1000 refeições dia.
O restaurante popular se destaca por atender um público de diversos
segmentos, dentre eles, aposentados, estudantes, trabalhadores formais e
informais, pessoas em situação de vulnerabilidade social e outros, que usufruem de
um cardápio nutricionalmente adequado.
O Restaurante Popular segue rigorosamente a premissa do Direito Humano a
Alimentação Adequada- DHAA. O cardápio é composto de 1 tipo de carne, arroz,
feijão, 2 tipos de salada, 1 guarnição e fruta, a qual é servida em forma de suco
natural ou in natura. Perpassamos por todas as bases de uma alimentação
saudável, o que inclui também o controle higiênico- sanitário.
40
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cardápios nos Serviços, ausência de ações de Educação Alimentar e Nutricional,
entre outros desafios observados.
Destacamos os seguintes EPSANs, vinculados diretamente a Secretaria:
1.8.3.1 Restaurantes Populares
Os Restaurantes Populares em Joinville estão em funcionamento desde 2008.
Neste período, estes Equipamentos Públicos de Segurança Alimentar e Nutricional-
EPSANs, tornaram-se referência no município por servir refeição com segurança
alimentar e nutricional e custo acessível aos usuários/ cidadãos.
A Secretaria de Assistência Social repassa mensalmente por meio de
Contrato de Gestão com a Associação de Segurança Alimentar e Nutricional de
Joinville- ASANJ, recurso para complementar o valor da refeição. A ASANJ é uma
Organização Social sem fins lucrativos, desta forma todo o recurso é revertido para
otimizar a qualidade da refeição servida.
Segundo dados fornecidos pela Coordenação dos Restaurantes, o
restaurante Zilda Arns no bairro Adhemar Garcia atende entre 450 a 600
refeições/dia, de segunda a sexta- feira, das 11h às 14 horas. Dados relativos ao
mês de Março de 2017.
O Restaurante Herbert de Souza do bairro Bucarein aberto em 2008 está com
as obras de reforma e modernização concluídas, estando agora em fase de limpeza,
manutenção e aquisição de equipamentos e utensílios para reabertura prevista para
24 de Abril de 2017. Este restaurante servia em média 1000 refeições dia.
O restaurante popular se destaca por atender um público de diversos
segmentos, dentre eles, aposentados, estudantes, trabalhadores formais e
informais, pessoas em situação de vulnerabilidade social e outros, que usufruem de
um cardápio nutricionalmente adequado.
O Restaurante Popular segue rigorosamente a premissa do Direito Humano a
Alimentação Adequada- DHAA. O cardápio é composto de 1 tipo de carne, arroz,
feijão, 2 tipos de salada, 1 guarnição e fruta, a qual é servida em forma de suco
natural ou in natura. Perpassamos por todas as bases de uma alimentação
saudável, o que inclui também o controle higiênico- sanitário.
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Além disso, os produtos utilizados são inspecionados e monitorados até o
momento da distribuição aos usuários, pois o objetivo é prevenir algumas doenças.
Ainda pensando na saúde, o Restaurante Popular procura educar os usuários
nutricionalmente, realizando mensalmente atividades de educação nutricional, na
forma de oficinas, palestras, atividades com grupos nas UBS.
Segundo Trabalho de Conclusão de Curso intitulado Prevalência e Fatores
associados à Insegurança Alimentar em Usuários de um restaurante Popular de
Joinville, Santa Catarina, que teve como objetivo: identificar associação entre fatores
sociodemográficos e estado nutricional com insegurança alimentar em usuários de
um restaurante popular em Joinville- SC.
A referida investigação foi realizada pela Acadêmica de Nutrição do Centro
Universitário Católica de Santa Catarina, Patricia Girardi. Contou com a participação
de 233 usuários. Obteve os seguintes resultados: a insegurança alimentar esteve
presente em 68,2% dos entrevistados (37,8% com insegurança alimentar leve,
17,2% moderada e 13,3% grave) e sua presença esteve associada com o gênero do
entrevistado (p=0,019) e do chefe de família (p<0,001) e com a escolaridade do
entrevistado (p=0,021). Embora o estado nutricional não tenha se associado
estatisticamente, destaca-se a elevada prevalência de excesso de peso encontrada
(60,9%).
Conclusões: Fazem-se necessárias mais ações que promovam a segurança
alimentar e nutricional, em especial voltada para as mulheres, uma vez que o gênero
feminino esteve associado à insegurança alimentar. Salienta-se a relevância do
tema abordado e sugerem- se novas pesquisas relacionadas a essa temática
preferencialmente prospectivas, uma vez que são escassos estudos sobre a
segurança alimentar e nutricional em Santa Catarina e em especial no município de
Joinville. A mensuração da prevalência e os fatores associados à insegurança
alimentar é de suma importância para o desenvolvimento de ações que visem a
garantia da segurança alimentar e nutricional, devendo estas ser direcionadas às
áreas de maiores vulnerabilidades sociais.
Segundo Trabalho de Conclusão de curso intitulado Perfil Socioeconômico e
Nutricional dos usuários de um Restaurante Popular em Joinville/SC,com o objetivo:
verificar estado nutricional dos usuários do Restaurante Popular Dra. Zilda Arns
Neumann em Joinville/SC, que estão em situação de insegurança alimentar, bem
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como investigar o perfil socioeconômico, a fim de contribuir para o melhor
delineamento das políticas públicas de SAN no Município.
A referida investigação realizada foi realizada em Agosto de 2016 pela
acadêmica Ana Paula Ferreti de Oliveira da Associação Educacional Luterana Bom
Jesus IELUSC.
Foram investigados 236 usuários/participantes, isto corresponde a
aproximadamente 39% dos freqüentadores do RP. Houve prevalência de idosos
com 63,14%, sexo masculino: 54,66%,casados: 45,34%, com ensino fundamental
completo e incompleto: 63,98%. Sendo assim 66,52% dos usuários eram dos bairros
mais próximos( Adhemar Garcia, Jarivatuba, Ulisses Guimarães, Fátima,
Guanabara, João Costa).
As considerações deste estudo apontam que os freqüentadores do RP2 em
Joinville são em sua maioria idosos, com ensino fundamental incompleto, estão
inseridos segundo a ABEP entre as classes C1 e E e com renda entre 0,5 e 1
salários mínimos. Quanto ao estado nutricional, a prevalência de sobrepeso e
obesidade foi elevada, tanto em adultos quanto em idosos, e destes
aproximadamente um quinto está em IA. Diante das evidencias deste estudo,
verifica-se a necessidade de implementação tanto nas políticas públicas com relação
a saúde, fomentando com ações na prevenção e na educação nutricional, bem como
com relação a sanar a insegurança alimentar e auxiliar na busca do Direito Humano
a alimentação Adequada, garantido pela Constituição Federal.
Saúde, Nutrição e acesso aos serviços de saúde
Os dados do Ministério da Saúde são importantes para diagnosticar a
situação da área no seu município. Com relação à mortalidade infantil, o número de
óbitos infantis foi de 60 crianças, ao passo que no Estado o número de óbitos
infantis foi de 1.009 crianças e taxa de mortalidade infantil foi de 11,58 crianças a
cada mil nascimentos.
As consultas de pré-natal são importantes para a saúde da mãe e da criança.
No município, 70,37% dos nascidos vivos em 2011 tiveram suas mães com 7 ou
mais consultas de pré-natal.
42
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De acordo com dados do Ministério da Saúde, ocorreu uma diminuição na
cobertura populacional estimada pelas equipes de atenção básica no município. Em
2008, a cobertura era de 43,54% e diminuiu para 16,7% em 2012.
De acordo com o Censo Demográfico 2010, o total da população de 15 a 29
anos era de 142.029 indivíduos, sendo que 326 faleceram em função de eventos
e/ou causas externas.
Ao analisar essas informações, nota-se que as causas de morte variam no
município, as três principais causas externas de óbito dos indivíduos na faixa etária
de 15 a 29 anos são, de acordo com dados do Ministério da Saúde, tomando por
base o ano de 2010: Acidente de transporte (37), Agressões (32), Outras causas
externas de lesões (8).
Outros dados importantes que interferem nas condições de saúde da
população são as condições de saneamento e serviços correlatos do município.
Dados do Censo Demográfico de 2010 revelaram que na área rural do município, a
coleta de lixo atendia 99,4% dos domicílios. Quanto à cobertura da rede de
abastecimento de água, o acesso nessa área estava em 78,0% dos domicílios
particulares permanentes e 60,6% das residências dispunham de esgotamento
sanitário adequado.
Na área urbana, o percentual de distribuição desses serviços para os
domicílios particulares permanentes corresponde a: 97,3% tem acesso a
abastecimento de água, 99,9% com acesso a coleta de lixo e 35,7% com
escoamento do banheiro ou sanitário adequado.
De acordo com o Boletim de (Dados IBGE 2010) referente a situação de
extrema pobreza no município, 60 pessoas extremamente pobres (1,6% do total)
viviam sem luz, 114 (3,1%) não contavam com captação de água adequada em suas
casas, 1.962 (53,8%) não tinham acesso à rede de esgoto ou fossa séptica e 30
(0,8%) não tinham o lixo coletado.
Segundo diagnóstico elaborado pela Área Técnica de Alimentação e Nutrição
da Secretaria de Saúde, a alimentação e nutrição constituem-se em requisitos
básicos para a promoção e a proteção da saúde, possibilitando a afirmação plena do
potencial de crescimento e desenvolvimento humano, com qualidade de vida e
cidadania.
A alimentação e nutrição estão presentes na legislação recente do Estado
Brasileiro, com destaque para a Lei 8.080, de 19/09/1990 (BRASIL, 1990), que
43
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entende a alimentação como um fator condicionante e determinante da saúde e que
as ações de alimentação e nutrição devem ser desempenhadas de forma transversal
às ações de saúde, em caráter complementar e com formulação, execução e
avaliação dentro das atividades e responsabilidades do sistema de saúde.
A Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN), aprovada no ano de
1999 e revisada em 2010, integra os esforços do Estado Brasileiro que, por meio de
um conjunto de políticas públicas, propõe respeitar, proteger, promover e prover os
direitos humanos à saúde e à alimentação. Apresenta-se com o propósito de
melhorar as condições de alimentação, nutrição e saúde, em busca da garantia da
Segurança Alimentar e Nutricional da população brasileira. Está organizada em
diretrizes que abrangem o escopo da atenção nutricional no Sistema Único de
Saúde com foco na vigilância, promoção, prevenção e cuidado integral de agravos
relacionados à alimentação e nutrição; atividades, essas, integradas às demais
ações de saúde nas redes de atenção, tendo a Atenção Básica como ordenadora
das ações.
Outras políticas da saúde somam-se aos princípios e diretrizes da PNAN no
estabelecimento da Saúde e da Segurança Alimentar e Nutricional.
A Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) e a Política Nacional de
Promoção à Saúde são orientadas nesse sentido (BRASIL, 2013).
As diretrizes que integram a PNAN indicam as linhas de ações para o alcance
do seu propósito, capazes de modificar os determinantes de saúde e promover a
saúde da população. Sendo consolidadas em:
1. Organização da Atenção Nutricional;
2. Promoção da Alimentação Adequada e Saudável;
3. Vigilância Alimentar e Nutricional;
4. Gestão das Ações de Alimentação e Nutrição;
5. Participação e Controle Social;
6. Qualificação da Força de Trabalho;
7. Controle e Regulação dos Alimentos;
8. Pesquisa, Inovação e Conhecimento em Alimentação e Nutrição;
9. Cooperação e articulação para a Segurança Alimentar e Nutricional
Na atenção básica o município está organizado em 3 Distritos com 55
Unidades Básicas de Saúde. Destas 38 são Unidades de Saúde da Família e
44
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contam com 65 equipes. Atualmente o numero de profissionais da atenção básica é
de 1668.
Segundo, a PNAB destaca-se como algumas das atribuições de todos os
profissionais das equipes de atenção básica:
Realizar o cuidado da saúde da população adscrita, prioritariamente no
âmbito da unidade de saúde, e, quando necessário, no domicílio e nos demais
espaços comunitários (escolas, associações, entre outros);
Realizar ações de atenção à saúde conforme a necessidade de saúde da
população local, bem como as previstas nas prioridades e protocolos da gestão
local;
Garantir a atenção à saúde buscando a integralidade por meio da realização
de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde e prevenção de agravos;
e da garantia de atendimento da demanda espontânea, da realização das ações
programáticas, coletivas e de vigilância à saúde.
Estas atribuições corroboram com a PNAN no âmbito da atenção básica,
responsabilizando e envolvendo todos os profissionais de saúde para sua execução
e efetivação, numa perspectiva multidisciplinar, intra e interdisciplinar e que
considere a realidade local de cada comunidade.
Em função da maior abrangência de ações na atenção básica o município
recebe incentivo financeiro de custeio para a estruturação e implementação de
ações de alimentação e nutrição, através do Fundo de Alimentação e Nutrição
(FAN). Assim, desde 2006, anualmente é publicada portaria de repasse de recursos
financeiros para apoiar a implementação da PNAN e suas linhas de ação prioritárias
(promoção da alimentação adequada e saudável, vigilância alimentar e nutricional,
prevenção de agravos, especialmente sobrepeso, obesidade, desnutrição e
carências nutricionais e a qualificação da força de trabalho).
O recurso do FAN tem como propósito apoiar a efetivação da PNAN,
considerando sua natureza transversal às demais políticas públicas. Caracteriza-se
por recurso de custeio e destina-se, prioritariamente, à organização da atenção
nutricional na Rede de Atenção à Saúde, em especial no âmbito da Atenção Básica.
O saldo atual acumulado do FAN (até 18/11/16) é de R$ 222.161,63 e as
ações são executadas de acordo com o Plano Anual de Alimentação e Nutrição
(PAN) elaborado com base nas diretrizes da PNAN.
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O saldo acumulado nos últimos anos demonstra a dificuldade de utilização
deste recurso financeiro. Apesar das ações programadas anualmente, o processo de
compras acaba não sendo autorizado ou executado, bem como o incentivo à
participação em cursos e eventos acaba sendo limitado à liberação de diárias, sem
custeio de passagens aéreas, o que inviabiliza e onera as despesas, em locais fora
do Estado.
A vigilância em saúde tem como objetivo a análise permanente da situação de
saúde da população para a organização e a execução de práticas mais adequadas
ao enfrentamento dos problemas existentes, devendo estar inserida no cotidiano das
equipes de Atenção Básica (AB). A Vigilância Alimentar e Nutricional (VAN) é parte
da vigilância em saúde e foi instituída no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS)
pela Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, em seu artigo 6º(BRASIL, 2015).
Em Joinville, através do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional –
SISVAN, as unidades de saúde coletam e registram os dados antropométricos (peso
e altura) de crianças de 0 a 5 anos e de beneficiários do Programa Bolsa Família
(PBF).
Os relatórios do SISVAN apontam um diagnóstico importante do estado
nutricional de uma parcela da população, demonstrando, assim como no cenário
nacional, o aumento do excesso de peso em todas as faixas etárias. Esse aumento
é ainda mais significativo nos indivíduos das famílias em risco social que estão
cadastrados no PBF. Ainda, nestes indivíduos a prevalência de desnutrição é maior
que na população em geral.
Diagnóstico na integra está no anexo da versão digital deste Plano.
Educação
Segundo Diagnóstico elaborado pela Área Técnica do Serviço de Alimentação
e Nutrição Escolar- SANE existem 147 Unidades de Ensino, sendo 64 Centros de
Educação Infantil- CEIs e 83 Escolas Municipais. Conforme dados apresentados a
seguir:
Figura 2. Matrícula Inicial na Creche, Pré-Escola, Ensino Fundamental e Ensino Médio, no
Ensino Regular e na Educação de Jovens e Adultos presencial Fundamental e Médio, das
redes estaduais e municipais, urbanas e rurais em tempo parcial e integral.
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Fonte: Censo escolar, 2015 (http://portal.inep.gov.br/basica-censo, visualizado em 9/08/16)
Figura 3. Matrícula Inicial na Creche, Pré-Escola, Ensino Fundamental e Ensino Médio, no
Ensino Regular e na Educação de Jovens e Adultos, presencial Fundamental e Médio da
Educação Especial, das redes estaduais e municipais, urbanas e rurais.
Fonte: Censo escolar, 2015 (http://portal.inep.gov.br/basica-censo, visualizado em 9/08/16)
O Programa de Alimentação Escolar de Joinville começou a contar com o
Profissional Nutricionista em 2000. Em 2005, apenas 18% dos municípios brasileiros
possuíam nutricionista e Joinville já contava com 2 nutricionistas atuando no
Programa de Alimentação escolar sendo que em 2006 houve a contratação da
terceira nutricionista. Em 2014, haviam 7 nutricionistas no quadro e no final de 2015
o quadro reduziu para 6 nutricionistas.
Em 2006, Joinville ganhou o 3° Prêmio Gestor Eficiente da Merenda Escolar
na Categoria regional - Região Sul. (VER documento no material de apoio),
Promovido pela organização não-governamental Ação Fome Zero, o concurso
objetiva selecionar as melhores práticas na execução do Programa Nacional de
Alimentação Escolar (PNAE), do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação
(FNDE), e disseminar essas ações para outras localidades. Em 2010, Joinville
ganhou novamente o prêmio, mas agora na categoria Capitais e grandes cidades.
Em maio de 2014, Joinville recebeu uma comitiva de gestores de 15 países
da América Latina e do Caribe (Costa Rica, Equador, El Salvador, Paraguai, Peru,
Nicarágua, República Dominicana, Chile, México, Venezuela, Antígua e Barbuda,
Barbados, Santa Lúcia, Jamaica e Guatemala).
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A indicação de Joinville para a FAO foi do Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação (FNDE) e do Programa Nacional de Alimentação
Escolar (PNAE). A comitiva se encontrou com a Secretaria de Educação para
conhecer o funcionamento do Programa de Alimentação Escolar em Joinville e
também realizou visitas em escolas e propriedades da agricultura familiar.
As crianças de 1 a 6 anos em período integral recebem 4 refeições (café da
manhã, almoço, lanche da tarde e jantar). No café da manhã as refeições são
compostas de bolos caseiros integrais, biscoitos integrais e pães caseiros e prontos
integrais com recheios de queijo, requeijão, mel, melado, doce “musse” de banana e
patê de sardinha e frango caseiro. Como bebida é servido: Leite com achocolatado,
leite com café, iogurte, vitaminas de frutas (leite batido com frutas), sucos
preparados diretamente das frutas e sucos de frutas naturais concentrados.
FOTO 5. Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) em Joinville
No almoço é ofertado como fonte protéica: peito de frango, carne bovina
em iscas, em cubos e moída, peixe ensopado, sardinha ou ovos. Diariamente é
servido arroz integral, feijão, saladas e um acompanhamento composto de
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I Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional- PLAMSAN
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legumes e/ou verduras refogadas ou tubérculos (batata, batata doce, aipim, entre
outros.) ou macarrão integral ou polenta ou farofa.
No lanche da tarde além das preparações ofertadas no café manhã é
ofertado frutas, saladas de frutas, cereal de milho com leite, creme de aveia com
chocolate, etc.
No jantar são ofertadas refeições únicas como risotos, carreteiro, polenta,
sopas, tortas, etc. acompanhadas de saladas.
As crianças em período parcial de 1 a 3 anos recebem 2 refeições e a
partir de 4 anos uma refeição.
Para as crianças menores de 6 meses é ofertado o Leite Materno ou
Fórmula infantil de partida e a partir de 6 meses é iniciado a introdução da
Alimentação Complementar.
O Cardápio do Berçário I destinados para as crianças de 6 meses a 12
meses: É Composto de 5 refeições (café da manhã, colação, almoço, lanche da
tarde e jantar). Como fonte de leite é utilizada fórmula infantil de seguimento ou
leite materno. No café da manhã e lanche da tarde são ofertadas frutas in natura.
No almoço e jantar as preparações são a bases de cereais, tubérculos,
leguminosas, verduras, legumes e carnes ou ovos (gema).
As educadoras e lactaristas são capacitadas para a oferta do leite e da
alimentação complementar, assim como introduzir a alimentação complementar
para as crianças que nunca receberam. Os pais e/ou responsáveis são
orientados no ato da matrícula que não há necessidade de realizar o desmame
e/ou a introdução da alimentação complementar antes da idade adequada e
também são incentivados a Participar do Programa Mama Nenê (Programa de
incentivo ao Aleitamento Materno).
Os alimentos são ofertados inicialmente amassados, passando a bem
cortados e em pedaços com 12 meses de idade. Os alimentos não são ofertados
em forma de papa única e sim separados para que as crianças sintam os
sabores, texturas e odores dos diferentes alimentos. Sempre que possível, é
deixado que a criança manipule o alimento e se alimente sozinha.
As crianças do ensino fundamental recebem 1 refeição sendo no máximo
2 preparações doces por semana como por exemplo: creme de aveia com
chocolate e banana, biscoitos integrais, granola com frutas, salada de frutas,
cereal de milho, etc. As refeições salgadas são compostas de refeições únicas
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com saladas (risotos, carreteiro, polenta com aveia, entre outros) e refeição
completas (proteína, arroz, feijão e saladas).
As escolas integrais recebem 3 refeições sendo um lanche da manhã,
almoço e lanche da tarde semelhantes as preparações servidas no CEI integral.
O Programa Mais Educação acontece de 2 maneiras. Em algumas escolas
as crianças permanecem continuamente na escola recebendo o lanche do turno
regular, um almoço e um outro lanche diferenciado no contraturno. Nas demais
escolas, a criança participa do turno regular, vai para casa na hora do almoço e
vem no contraturno. Neste caso, eles recebem a refeição do turno regular e no
contraturno mais dois lanches.
O Serviço de Alimentação e Nutrição Escolar vem ao longo do tempo
traçando metas para a melhoria do cardápio da Alimentação Escolar.
Diagnóstico na íntegra estará disponibilizado na versão digital deste Plano.
2 DIRETRIZES DO PLANO MUNICIPAL DE SAN
DIRETRIZ 1 - Promoção do acesso universal à alimentação adequada e
saudável
DIRETRIZ 2 - Ampliar as condições de acesso à alimentação adequada e
saudável das famílias vulneráveis, por meio de refeições e alimentos em
equipamentos públicos de alimentação e nutrição e da distribuição de alimentos a
grupos populacionais específicos e que enfrentam calamidades.
DIRETRIZ 3 - Instituição de processos permanentes de educação alimentar e
nutricional.
DIRETRIZ 4 - Fortalecimento das ações de Alimentação e Nutrição em todos
os níveis de atenção à saúde, de modo articuladas às demais ações de Segurança
Alimentar
DIRETRIZ 5 - Apoio a iniciativas de promoção da Soberania Alimentar e
Nutricional e do Direito Humano à Alimentação Adequada.
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DIRETRIZ 6 - Monitoramento da realização do Direito Humano à Alimentação
Adequada
DIRETRIZ 7- Promoção de acesso universal a água de qualidade e em
quantidade suficiente, com prioridade para as as famílias em situação de
insegurança hídrica e para a produção de alimentos da agricultura familiar e da
pesca e aqüicultura.
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3 DESAFIOS PARA IMPLANTAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SAN
A elaboração do I Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional foi
por si só, um processo desafiador.
Joinville teve a Adesão ao SISAN formalizada em Outubro de 2016 e já
estava em processo de construção do Plano de SAN. O Comitê Técnico foi
constituído no âmbito da CAISAN e de maneira diferenciada, com a participação
efetiva da sociedade civil, além dos membros da CAISAN, contamos com a
parceria da Associação de Segurança Alimentar e Nutricional de Joinville- ASANJ,
Bom Jesus IESLUSC, Centro Universitário Católica de SC, Conselho Municipal de
Segurança Alimentar e Nutricional- COMSEAM e Mesa Brasil SESC
Foram também realizadas articulações com EPAGRI, IBGE, CAISANe
CONSEA Estadual, entre outros diversos Órgãos Governamentais e Não
governamentais para o alcance de dados complementares e indicadores.
Um dos maiores desafios a destacar neste processo diz respeito justamente
a intersetorialidade, a articulação e integração dos diferentes órgãos e dos dados
de cada um deles. Ressaltamos, no entanto, que os desafios deste Plano estão
explícitos no Capítulo das Diretrizes e traduzem nossas expectativas, metas.
Vale registrar também que o processo de construção da maneira significativa
como ocorreu se mostrou um desafio em processo de superação. Reunir e unir
diversos atores dentro dos seus papéis de atuação e promover o dialogar foi
enriquecedor.
Destacam-se como desafios então, a ampliação de profissionais
Nutricionistas nas diferentes Secretarias e áreas de atuação, a elaboração de um
Diagnóstico Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional, e demais diagnósticos
pertinentes, a criação de legislação das diferentes demandas, a estruturação no
âmbito do Município da Política Pública de Segurança Alimentar e Nutricional com
profissionais e ações regulamentadas e consolidadas, Projeto permanente e
intersetorial de Educação Alimentar e Nutricional, fomento e fortalecimento da
Agricultura Familiar Agroecológica.
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I Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional- PLAMSAN
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4 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SAN
De acordo com o capitulo IV da Lei n° 7306, de 24 de outubro de 2012, O
sistema de monitoramento e avaliação deverá ser constituído de instrumentos,
metodologias e recursos capazes de aferir a realização progressiva do direito
humano à alimentação adequada, o grau de implementação daquela Política e o
atendimento dos objetivos e metas estabelecidas e pactuadas no Plano Municipal
de Segurança Alimentar e Nutricional.
O monitoramento e avaliação da PMSAN deverá contribuir para o
fortalecimento dos sistemas de informação existentes nos diversos setores que a
compõem e para o desenvolvimento de sistema articulado de informação em todas
as esferas de governo. Caberá à CAISAN tornar públicas as informações relativas
à segurança alimentar e nutricional da população municipal.
O sistema de monitoramento e avaliação terá como princípios a participação
social, equidade, transparência, publicidade e facilidade de acesso às informações
e deverá organizar, de forma integrada, os indicadores existentes nos diversos
setores e contemplar as seguintes dimensões de análise:
I - produção de alimentos;
II - disponibilidade de alimentos;
III - renda e condições de vida;
IV - acesso à alimentação adequada e saudável, incluindo água;
V - saúde, nutrição e acesso a serviços relacionados;
VI - educação; e
VII - programas e ações relacionadas a segurança alimentar e nutricional.
O sistema de monitoramento e avaliação deverá identificar os grupos
populacionais mais vulneráveis à violação do direito humano à alimentação
adequada, consolidando dados sobre desigualdades sociais, étnico-raciais e de
gênero.
Estrategicamente, no momento do lançamento do Plano será assinada a
Resolução da CAISAN instituindo o Comitê Técnico de Monitoramento e Avaliação
do I Plano Municipal de SAN que definirá os mecanismos e meios necessários para
a verificação e constatação das ações realizadas, bem como as medidas
necessárias para a implementação das metas do Plano.
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I Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional- PLAMSAN
CÂMARA INTERSETORIAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL-CAISANCÂMARA INTERSETORIAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL-CAISAN
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CÂMARA INTERSETORIAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL-CAISANCÂMARA INTERSETORIAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL-CAISAN
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I Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional- PLAMSAN
CÂMARA INTERSETORIAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL-CAISANCÂMARA INTERSETORIAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL-CAISAN
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CÂMARA INTERSETORIAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL-CAISAN
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Search=139873&indexSearch=ID
VALENTE, Flávio et al. A Exigibilidade do Direito Humano à Alimentação
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www.abrandh.org.br
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E NUTRICIONAL
Secretaria de Assistência Social