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MÍN: 17°C MÁX: 30°C CURITIBA Segunda-feira, 18 de abril de 2016 Edição nº 1.239, ano 5 www.metrojornal.com.br | [email protected] | www.facebook.com/metrojornal | @MetroJornal_CTB 513 VOTOS VOTAÇÃO DO IMPEACHMENT > Pedido de afastamento de Dilma, que ainda permanece no cargo, é aceito na Câmara e agora segue para o Senado > Governo fala em ‘retrocesso’ e afirma que decisão dos deputados ameaça ‘interromper 30 anos de democracia no país’ > Manifestantes pró e contra a presidente acompanham a votação em clima de Copa do Mundo; atos tomam praças em Curitiba FIM DO 1º TEMPO SIM 367 * INCLUI 7 ABSTENÇÕES E 2 AUSÊNCIAS 146 NÃO * Deputado Bruno Araújo (PSDB-PE) é carregado após dar o voto 342, que decidiu em favor do impeachment Manifestante pró-Dilma lamenta os votos contrários à presidente na votação na Câmara PÁGS. 02 A 08 UESLEI MARCELINO/REUTERS PAULO WHITAKER/REUTERS

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MÍN: 17°CMÁX: 30°C

CURITIBA Segunda-feira, 18 de abril de 2016Edição nº 1.239, ano 5

www.metrojornal.com.br | [email protected] | www.facebook.com/metrojornal | @MetroJornal_CTB

513

VOTO

S

VOTAÇÃO DO IMPEACHMENT

> Pedido de afastamento de Dilma, que ainda permanece no cargo, é aceito na Câmara e agora segue para o Senado

> Governo fala em ‘retrocesso’ e afirma que decisão dos deputados ameaça ‘interromper 30 anos de democracia no país’

> Manifestantes pró e contra a presidente acompanham a votação em clima de Copa do Mundo; atos tomam praças em Curitiba

FIM DO 1º TEMPO

SIM367

* INCLUI 7 ABSTENÇÕES E 2 AUSÊNCIAS

146NÃO*

Deputado Bruno Araújo (PSDB-PE) é carregado após dar o voto 342, que decidiu em favor do impeachment

Manifestante pró-Dilma lamenta os votos contrários à presidentena votação na Câmara

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CURITIBA, SEGUNDA-FEIRA, 18 DE ABRIL DE 2016www.metrojornal.com.br 02| {FOCO}

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Editado e distribuído por Metro Jornal S/A. Endereço: rua Santa Cecília, 802, Pilarzinho, CEP 80820-070, Curitiba, PR. Tel.: 041/3069-9191O Metro Curitiba é impresso na Gráfica Press Alternativa Ltda / Alm. Tamandaré/PR

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Pedaladas estaduais

Yared já mira RichaO votar ontem a favor do impedimento da

presidente, a deputada estadual Cristiane

Yared (PR) aproveitou o momento para acusar o governador Beto Richa

(PSDB) de também cometer pedaladas: “Se

as leis são para todos e se as pedaladas condenam Dilma, devem condenar também o governador do meu Estado. Senhor Beto Richa, a sua hora

está chegando”, disparou. Ontem, dos 30 deputados

federais do Paraná, apenas 4 votaram a favor

de Dilma Rousseff.

Com folga, impeachment avança para o Senado Governo em crise. Estratégia do governo falha e traições ajudam a oposição a superar os 342 apoios para autorizar a continuidade da investigações contra presidente. Foram 367 votos a favor, 137 contrários, 7 abstenções e 2 ausências

A presidente Dilma Rousseff pôde ontem medir o tama-nho do isolamento no cargo e da montanha que terá que escalar para seguir no cargo. A Câmara aprovou – por 367 votos a favor, 137 contrá-rios, sete abstenções e duas ausências – a autorização pa-ra que o processo de impea-chment siga para o Senado.

A sessão foi marcada por troca de empurrões e xin-gamentos. Os gritos de ‘Fo-ra, Dilma!’ disputavam espa-ço com o ‘Não vai ter golpe!’. O plenário refletiu o lado de fora do Congresso. Não ha-via muros, mas as posições antagônicas criaram uma faixa imaginária que dividiu as posições. À direita da Me-sa, a bancada pró-impeach-ment. À esquerda, os apoia-dores do governo.

O relógio marcava exata-mento 23h07 quando Bruno Araújo (PSDB-PE) anunciou o voto 342 pró-impeachment. Estava sacramentada a der-rota do governo.

ArticulaçõesNos últimos três dias, do Pa-lácio da Alvorada, Dilma ar-ticulava apoios e chegou a nomear, numa canetada, 52 apadrinhados de parla-mentares em cargos de se-gundo escalão em 26 órgãos federais.

Proxímo dali, o ex-pre-sidente Luiz Inácio Lula da Silva contava com a colabo-ração de governadores pa-ra tentar esvaziar a sessão. A estratégia falhou. O ple-nário encheu: apenas 2 dos 513 deputados se ausenta-ram: Aníbal Gomes (PMDB--CE), que se submeteu a uma cirurgia, e Clarrisa Garoti-nho (PR-RJ), por não ter au-torização médica para viajar por estar nos últimos meses de gravidez.

O movimento “nem Dil-ma nem Cunha” também fracassou. A ideia de conse-guir um grande número de abstenções não prosperou.

O vice-presidente, Michel Temer, por sua vez, que viu uma fila de carros oficiais se formar na porta do Palácio do Jaburu, acabou assistindo à estratégia de propor ‘reu-nificação’ num eventual go-verno funcionar.

Traições e abandonosPelos cálculos do governo, haveria em torno de 180 a 200 votos para arquivar o

processo. O PMDB, embora rompido, daria entre 15 e 20 votos a Dilma – foram sete. Nem Mauro Lopes (MG), que deixou o cargo de ministro da Aviação Civil para votar, foi fiel ao Palácio do Planalto.

O temido ‘efeito mana-da’ começou a se concreti-zar. Amazonas e Rondônia, ambos com 8 deputados na bancada, deram 100% dos votos contra o governo.

O PR orientou apoio à presidente, mas foi o fiel da balança, ao dar 26 dos 39 votos ao impeachment. Alfredo Nascimento (AM) anunciou a renúncia da pre-sidência do partido para trair o Palácio do Planalto. No PDT, também houve trai-ções: seis do 19 votos a favor do impeachment.

A derrocada da base alia-da mostrou sua dimensão no

PP – 39 votos a favor, 4 contra e duas abstenções – e no PRB, unânime contra, 22 votos.

Ânimos acirradosFechado com Dilma, PT, PC-doB e Psol usaram os dis-cursos para questionar a le-gitimidade do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), réu da Lava Jato, para conduzir os trabalhos.

“Você é um gângster. O que dá sustentação à sua ca-deira cheira a enxofre”, ata-cou Glauber Braga (Psol-RJ).

“Temos aqui o PCC, Par-tido da Corja de Cunha. Es-se canalha já devia ser preso. Canalha, bandido e ladrão”, fez coro o vice-líder do go-verno, Sílvio Costa (PTdoB--PE), aliás voto solitário pró--Dilma na nanica bancada de apenas três deputados.

“Cunha, a sua hora vai chegar”, enfatizou Júlio Del-gado (PSB-MG) – que votou a favor do impeachment.

Cunha manteve um sorri-so zombeteiro no semblan-te. “Que Deus tenha miseri-córdia desta nação”, afirmou ao proferir o voto ‘sim’, mas sem responder aos ataques.

CusparadasUma discussão entre Jean Wyllys (Psol-RJ) e Jair Bol-sonaro (PSC-RJ) acabou em ofensas e cusparada. Polê-mico, Bolsonaro votou sim e homenageou o coronel Bri-lhante Ustra, um dos tor-turadores da ditadura. Wy-llys votou não e disse ter sido ofendido ao deixar o microfone. “Não negarei e nem me envergonharei de ter cuspido num fascis-ta que me insultou de ‘vea-do’, ‘queima-rosca’ e ‘boio-la’”, explicou o deputado. Ele poderá responder a pro-cesso por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética da Casa.

RENATO COSTA/FOLHAPRESS

Bruno Araújo (PSDB-PE) deu o voto decisivoe foi carregado pelos deputados da oposição

Bruno Araújo (PSDB-PE) deu o voto decisivoe foi carregado pelos deputados da oposição

“Brasil está doente e o remédio não é outro

se não a retomada da governabilidade Nenhum agente político precisa de aviso prévio para cumprir as leis e a Constituição” JOVAIR ARANTES, DEPUTADO PTB-GO,

RELATOR DO PROCESSO DE IMPEACHMENT

“Isso é uma tentativa de quem não ganhou as

eleições governar o Brasil de forma indireta. Se a gente quer passar o país a limpo, primeiro temos que passar o Congresso a limpo” JOSÉ GUIMARÃES, DEPUTADO PT-CE, LÍDER

DO GOVERNO NA CÂMARA

“Dilma é uma mulher honesta,

correta, uma Virgem Maria que foi contratada para ser cozinheira em um ambiente menos honesto” PAULO MALUF, DEPUTADO PP-SP

Dólar + 1,38% (R$ 3,524)

Bovespa + 1,56%

(53.227 pts)

Euro + 0,28% (R$ 3,998)

Selic (14,25% a.a.)

Salário mínimo(R$ 880)

Cotações

MARCELOFREITAS METRO BRASÍLIA

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CURITIBA, SEGUNDA-FEIRA, 18 DE ABRIL DE 2016www.metrojornal.com.br 04| {BRASIL}

Ana Amélia é cotada para ser relatora no SenadoA senadora gaúcha Ana Amélia Lemos (PP) é a mais cotada para assumir a rela-toria do processo de impea-chment da presidente Dil-ma Rousseff no Senado. O PMDB, a quem cabe a indi-cação, deverá abrir mão da função. Por acordo, a Co-missão Especial deve ser presidida pelo senador An-tônio Anastasia (PSDB-MG). A senadora, que foi candi-data ao governo do Estado em 2014, já declarou ser fa-vorável ao impeachment da presidente Dilma Rousseff. Na campanha eleitoral, ela apoiou Aécio Neves (PSDB).

METRO

Senadora é a favor da saída de Dilma | WALDEMIR BARRETO/AGÊNCIA SENADO

Defesa. Advogado-geral da União considera que houve traições ao governo e diz que Dilma ‘não se abalará’

Aliados ‘mudaram de opinião’, diz Cardozo

Romero Jucá diz já ter os votos no Senado

Temer acompanhou votação no Jaburu | REUTERS/ DIVULGAÇÃO

O advogado-geral da União, José Eduardo Car-dozo, foi a voz do governo após a derrota e, num pro-nunciamento após a deci-são da Câmara, criticou vo-tos pró-impeachment que foram considerados trai-ções pelo Planalto. “Nem sempre quando se perde, se erra”, avaliou. “Alguns deputados que não acre-ditavam no impeachment mudaram de opinião. Ago-ra terão de expor suas ra-zões”, provocou o defen-sor de Dilma no processo, logo após garantir que Dil-ma não vai renunciar e que a derrota “não abala-rá a presidente”.

Cardozo afirmou que a decisão dos deputados foi política, não jurídica. “Ninguém discutiu os fa-tos apresentados pelo rela-tório pró-impeachment”, afirmou. “Trata-se do gol-pe de abril de 2016, que, se consumado, ficará na história como algo vergo-nhoso”, insistiu.

O presidente da Câma-ra, Eduardo Cunha (PMDB--RJ), também foi alvo de Cardozo. “Ele sim é réu denunciado [ao STF], e consegue usar seu poder para impedir a cassação. O processo dele se arras-ta, encontra obstáculos in-transponíveis”, reclamou.

No fim, sobrou uma al-finetada para o vice pre-sidente, Michel Temer (PMDB), que ontem não se manifestou, mas havia di-to, em discurso vazado na

última semana, que que-ria unificar e pacificar o país. “Nenhum governo que nasce de ruptura insti-tucional tem legitimidade. E não conseguirá pacificar o país nestas condições”, avaliou Cardozo.

Dilma falará hojeA presidente Dilma Rous-

seff assistiu à sessão da Câmara no Palácio da Al-vorada, acompanhada de assessores próximos, co-mo o próprio Cardozo, e o ministro-chefe do Gabine-te Pessoal da Presidência, Jaques Wagner.

Dilma deve falar só ho-je, mas Wagner também se manifestou, por no-

ta. “Foi um retrocesso”, atacou, iniciando o tex-to lembrando que Dilma foi eleita com 54 milhões de votos e não é ré em ne-nhum processo. “A deci-são da Câmara dos Depu-tados ameaça interromper 30 anos de democracia no país”, escreveu o petista, mostrando que a estraté-

gia de defesa seguirá sen-do taxar de golpe o proces-so de impeachment.

“Confiamos nos sena-dores”, continuou Wag-ner, lembrando que as acusações contra Dilma atingiriam também gover-nadores que usaram ‘pe-daladas fiscais’ para fe-char as contas.

O petista termina o tex-to acusando a oposição de ter orquestrado o processo de impeachment porque “não aceitou a derrota nas últimas eleições”, e agora não deixa Dilma governar.

A nota foi publicada an-tes do fim da votação, mas após os partidários do im-peachment terem atingi-do os votos necessários.

‘Que o país se levante’Antes mesmo que isso ocorresse, porém, o líder do governo na Câmara, Jo-sé Guimarães (PT-CE), já havia reconhecido a derro-ta, em entrevista coletiva. Ele também partiu para o ataque. “Os golpistas ven-ceram, mas a guerra está apenas começando”, disse.

“A nossa expectativa é de que o país se levan-te. Vamos continuar lutan-do porque não somos de recuar e muito menos de nos deixarmos abater por essa derrota momentâ-nea”, afirmou ainda.

METRO BRASÍLIA

Cardozo falou em nome do governo | PEDRO LADEIRA/FOLHAPRESS

Jucá diz que PMDB não quer relatoria | VALTER CAMPANATO/AGÊNCIA BRASIL

Antes de começar, o impea-chment já é discutido em detalhes no Senado. Pre-sidente em exercício do PMDB – no lugar do licen-ciado Michel Temer –, o se-nador Romero Jucá (RR) já disse contar com os vo-tos necessários na Casa pa-ra confirmar a abertura do processo, e sinalizou on-tem que pretende negociar posições de destaque no processo.

“Eu defendo que o PMDB não assuma a relatoria do processo de impeachment no Senado, pois é parte in-

teressada”, disse.O presidente nacional do

PSDB, senador Aécio Neves (MG), usou as redes sociais para comemorar o resulta-do da votação na Câmara e dizer que “a luta não aca-bou”. “O pedido agora che-

ga ao Senado, e mais uma vez a força dos brasileiros haverá de fazer a diferen-ça”, escreveu.

O governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB), que disputa protagonismo no partido com Aécio, vi-sando as próximas eleições, também usou a internet pa-ra se manifestar:

“Foi apenas um primei-ro passo, mas de imen-so significado para en-cerrar a crise política, recuperar a economia e ge-rar empregos”, escreveu.

METRO BRASÍLIA

“A luta ainda não acabou. É preciso manter a mobilização nas ruas e no Congresso.” AÉCIO NEVES, PRESIDENTE DO PSDB

Votação foi destaque em sites de fora A imprensa internacional acompanhou a sessão da Câmara que aprovou o afastamento da presidente Dilma Rousseff. Os principais jornais da Europa, dos Estados Unidos e da América Latina destacaram em seus sites o resultado da votação logo após o encerramento.

Nos EUA, o “New York Times”, maior jornal do país, estampou “Brazilian Legislators Vote to Impeach Rousseff” (ou “Deputados brasileiros votam para afastar Rousseff”), enunciado semelhante ao trazido pelo “Washington Post”.

O argentino “El Clarín” escreveu “Rotundo voto contra Dilma la acerca a su destitución” (ou votação expressiva contra Dilma a aproxima de sua destituição).

Na Europa, o italiano “Corriere della Sera” tratou, em longo texto, do destino da presidente Dilma Rousseff caso o impeachment fosse aprovado. METRO

Pelo mundo

Confira como cada deputado votou na Câmara em metrojornal.com.br

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CURITIBA, SEGUNDA-FEIRA, 18 DE ABRIL DE 2016www.metrojornal.com.br 06| {BRASIL}

Dilma sofre pressão por ‘saída honrosa’

Dilma promete lutar até o fim, mas aliados já admitem saída antes do fim do mandato | MARLENE BERGAMO/FOLHAPRESS

Enfraquecida pela derrota na Câmara, a presidente Dil-ma Rousseff junta os cacos para tentar resistir aos pró-ximos 20 dias no governo sob a espada do afastamen-to, que poderá ser definido pelo Senado, já em maio.

O desgaste político do im-peachment começa a alimen-tar entre ministros, parla-mentares aliados e, inclusive, internamente no PT a possi-bilidade de achar uma saída de forma mais branda. Vol-ta a ganhar força a possibi-lidade de convencer Dilma a abrir mão de dois anos do mandato que lhe resta: re-nunciar ao mandato e man-dar ao Congresso um proje-to convocando novas eleições

presidenciais, provavelmen-te para outubro. A hipótese já fez parte das rodas de con-versas da base aliada, mas o tempo certo de colocá-la em prática a deixou em segundo plano. Lideranças do PT ten-tam levar adiante a ideia para apresentá-la ainda esta sema-na. A ideia, porém, depende de aprovação do vice, Michel Temer, e do Congresso.

ResistênciaDilma tem repetido que irá ‘até o fim’, já que não admite reconhecer uma derrota, sem ter cometido crimes de res-ponsabilidade. Dilma tem em mente fazer um governo de minoria, juntando PT, PCdoB e alas do PMDB, PDT e PTB

que as apoiam, se aproximan-do dos movimentos sociais.

PlanosCom a agenda presidencial ativa, Dilma terá que decidir se irá à cerimônia de assinatu-ra do acordo climático de Pa-ris, que deverá reunir em tor-no de 130 chefes de Estado, em Nova Iorque, na sexta-fei-ra. Se confirmar presença, Te-mer poderá assumir a presi-dência interinamente.

Além disso, a legalida-de da nomeação do ex-pre-sidente Luiz Inácio Lula da Silva será julgada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) na quarta-feira. Uma nova derrota não será surpresa.

MARCELOFREITAS/METRO BRASÍLIA

AFASTAMENTO

O NOVO CAMPO DE BATALHAVeja o roteiro do processo de impeachment no Senado

FONTE: SECRETARIA-GERAL DA MESA DO SENADO* DATAS PREVISTAS. TODO O RITO DEPENDERÁ DE REUNIÃO DE LÍDERES E DA CONDUÇÃO DO PRESIDENTE DO SENADO

A autorização da Câmara para abertura da investigação é levada ao Senado, que passará a conduzir o processo

O pedido de abertura de processo é lido em sessão do plenário. A Comissão Especial será eleita, com a presidência e a relatoria ficando a cargo de PMDB e PSDB (por serem as maiores bancadas do Senado)

A Comissão faz a primeira reunião, conduzida pelo senador mais velho – no caso, José Maranhão (PMDB-PB), 84. O número de integrantes ainda será definido

O parecer é levado a votação na Comissão Especial. Para a aprovação, será necessária apenas maioria simples dos integrantes. Aprovado ou rejeitado, o processo será encaminhado para análise do plenário

A decisão é publicada no Diário Oficial do Senado e abre-se prazo de 48 horas para convocação de sessão do plenário

O parecer é votado pelos 81 senadores em plenário. Para aprovar ou rejeitar o pedido de instauração do processo, é necessária apenas maioria simples da composição da Casa – ou seja, pelo menos 42 votos. A sessão poderá ser presidida pelo presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski. A decisão sobre isso caberá ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL)

O relator terá 10 dias para apresentar um parecer defendendo a instauração ou não do processo de afastamento da presidente

AMANHÃ

QUARTA

5 DEMAIO*

6 DEMAIO*

10 OU 11DE MAIO*

HOJE

REJEITADO

APROVADOO processo é oficialmente aberto e Dilma Rousseff, afastada do mandato por até 180 dias

A ação é arquivada e o processo extinto REJEITADO

APROVADOO processo tem continuidade

A ação é arquivada

CRONOGRAMA PREVISTOA decisão do Senado é entregue à presidente da República, pessoalmente, pelo primeiro-secretário da Casa, Vicentinho Alves (PR-TO)

Dilma é afastada por até 180 dias do mandato (o processo pode ser concluído antes desse prazo)

JULGAMENTO FINAL

A sentença de pronúncia (validade das provas) é encaminhada ao STF, a quem cabe marcar o data do julgamento

No dia escolhido, o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, assume a condução da votação. Os 81 senadores são juízes do processo

Após a manifestação dos denunciantes e da defesa da presidente, os senadores darão início da análise da sentença

A Constituição prevê que seja feita a seguinte pergunta:

“Cometeu a acusada Dilma Vana Rousseff o crime que lhe é imputado e deve ser condenada à perda do seu cargo?”

Em votação aberta, os senadores serão chamados ao microfone para proferir ‘sim’ ou ‘não’

São necessários 2/3 dos 81 senadores, ou seja, 54 parlamentares, para a condenação da presidente e a destituição do cargo

Caso o processo seja arquivado, Dilma reassume imediatamente o mandato

INVESTIGAÇÃO

O vice-presidente da República, Michel Temer, assume durante a duração do processo

Dilma pode continuar morando no Palácio da Alvorada

O salário, hoje em R$ 30.934,70, é reduzido à metade. Passa a ser de R$ 15.467,35

Comissão Especial volta a se reunir para fazer diligências, coletar provas e ouvir testemunhas. Não há prazo para conclusão. Em tese, enquanto durar o afastamento, ou seja, até a segunda semana de novembro.

A defesa da presidente afastada deverá ser apresentada num prazo de até 10 dias úteis

Um novo parecer, que tratará somente dos indícios de crime e de materialidade dos fatos, é elaborado e votado no colegiado. Aprovada ou rejeitada, por maioria simples, a decisão é encaminhada ao plenário do Senado

VALIDADE DAS PROVAS

O novo relatório é levado a segunda votação do plenário. Mais uma vez, para aprovar ou rejeitar o pedido de instauração do processo, será necessária maioria simples da composição, ou seja, pelo menos 42 dos 81 senadores. O presidente do STF, Ricardo Lewandowski, pode ser chamado para presidir a sessão, que terá falas da acusação e da defesa

Caso isso ocorra, o vice-presidente da República, Michel Temer, assume o cargo imediatamente como novo titular, permanecendo até o fim do mandato, em 1º de janeiro de 2019

Dilma ficará com os direitos políticos suspensos por, ao menos, 8 anos após o fim do atual mandato – até 2027

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CURITIBA, SEGUNDA-FEIRA, 18 DE ABRIL DE 2016www.metrojornal.com.br 08| {BRASIL}

Mais de seis mil curitibanos, segundo a PM (Polícia Mili-tar), comemoraram nas ruas, com fogos de artifício, o voto pouco depois das 23h que de-finiu a aprovação do impea-chment na Câmara.

O evento chegou a con-tar com 8,5 mil pessoas e te-ve dois telões na Praça San-tos Andrade. Dezenas de bares transmitiram a sessão, e com a confirmação da aber-tura do processo foram regis-trados buzinaços e panelaços em vários bairros da cidade.

Na Santos Andrade, duas confusões ocorreram à noi-te, quando um casal contra o impeachment teve de ser protegido pela PM para evi-tar agressões e um homem de 23 anos foi preso após se identificar como policial.

Ana Cecília Parodi, or-ganizadora, acredita que os protestos de rua desde 2015 foram essenciais ao proces-so. “Se hoje o Congresso sa-be que nós estamos de olho é porque nós estamos nas

ruas”, avaliou. Outro pon-to de concentração foi em frente ao prédio da Justiça Federal, no bairro Ahú, on-de manifestantes já estavam acampados. Segundo a PM, cerca de 500 pessoas segui-ram a votação no local.

Já na Praça Rui Barbosa, cerca de 1,7 mil pessoas es-tiveram no ato “Na democra-cia cabem todas as cores”.

Composto de entidades como a CUT (Central Única dos Trabalhadores), os Sem--Terra e militantes de es-querda, o ato criticou a le-gitimidade de um eventual governo Temer e a manu-tenção do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na preidên-cia da Câmara.

“Eles [os deputados favo-ráveis ao impeachment] não estão nem aí para os traba-lhadores”, resumiu o rapper “Vato”, militante do PT.

Ruas. Em Curitiba, 9 mil se manifestaram a favor e 1,7 mil contra o impeachment. São Paulo, Brasília, Rio e outras capitais tiveram grandes atos

Atos pró e contra tomam praças

Protesto pró-impeachment durou até a noite | RODRIGO FÉLIZ LEAL / FUTURA PRESS

Ato por Dilma teve manifestações artísticas | RODRIGO FÉLIX LEAL / FUTURA PRESS

RAFAEL NEVES METRO CURITIBA

O clima de Copa do Mun-do foi visto nas manifesta-ções pró e contra o impea-chment pelo país. Houve atos em diversas cidades de pelo menos 25 Estados e do Distrito Federal.

No protesto na Esplana-da dos Ministérios em Bra-sília, que tinha um muro dividindo os dois lados, 79 mil militantes – 53 mil da favor da saída da presiden-te Dilma Rousseff e 26 mil contra - foram registrados às 20h, auge dos dois atos.

Os maiores atos foram em São Paulo. Houve 250 mil pessoas na Av. Paulista e 42 mil no Vale do Anhan-gabaú, atos dos protestos contra e a favor de Dilma.

Em Porto Alegre, cerca de 3.000 pessoas, segundo a Brigada Militar, fizeram

pela manhã uma caminha-da contra a possibilidade de abertura do processo de impeachment.

Sem números oficias, em Belo Horizonte (MG), manifestantes a favor co-mo contra o impeachment da presidente participam de atos.

Grupos favoráveis ao im-pedimento da petista reuni-ram-se na praça da Liberda-de, na região centro-sul da capital mineira. Os que se posicionaram contrários ao processo de impeachment fi-zeram ato na praça Rui Bar-bosa, no centro da cidade.

Em Vitória (ES), atos contra a Dilma reuniram 5 mil pessoas, grupos a favor somaram 1.200, de acordo com a PM (Polícia Militar).

METRO CURITIBA

SP teve 250 mil; Brasília, 79 mil divididos por muro

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CURITIBA, SEGUNDA-FEIRA, 18 DE ABRIL DE 2016www.metrojornal.com.br 10| {MUNDO}

Pelo menos 246 pessoas mor-reram no maior terremoto registrado no Equador em décadas. O abalo sísmico de magnitude 7,8, com epicen-tro próximo à costa, a 173 km de Quito, foi sentido em todo o país andino no sába-do. Segundo o governo, 2.527 pessoas ficaram feridas.

Foi o pior terremoto no país desde 1979. Naquele ano, 600 pessoas foram mor-tas e 20 mil ficaram feridas.

O presidente Rafael Cor-rea voltou o mais rápido que pôde de uma viagem à Itália. “A prioridade imediata é res-gatar as pessoas sob os escom-bros”, disse ontem via Twitter.

O governo decretou esta-do de exceção em todo o país. “Há pessoas presas em vários locais e estamos começan-

do as operações de resgate”, disse o vice-presidente Jor-ge Glas, que viajou durante a manhã ao local do terremoto.

Áreas litorâneas no no-roeste do país mais próxi-mas ao terremoto foram as mais afetadas, incluindo Pe-dernales, uma estância turís-tica com praias, e Cojimies. Seis províncias declararam estado de emergência.

Segundo as autoridades, ocorreram 135 tremores secundários na área de Pe-dernales. “Há vilarejos que estão completamente de-vastados”, disse o prefeito da cidade, Gabriel Alcivar, acrescentando que “deze-nas e dezenas” morreram na região. “O que aconteceu aqui em Pedernales é catas-trófico”, afirmou.

Cerca de 13.500 homens da força de segurança foram mobilizados para manter a ordem em todo o do Equador e US$ 600 milhões em recur-sos de credores multilaterais foram imediatamente acio-nados para a emergência. En-tre a ajuda internacional, Ve-nezuela e México enviaram pessoal e suprimentos.

O terremoto no Equador ocorreu logo após dois gran-des e letais terremotos que atingiram o Japão desde quin-ta-feira. Ambos os países estão no “Anel de Fogo”, região sis-micamente ativa que circun-da o Pacífico, mas segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos não há relação entre terremotos dessa magnitude separados por uma distância tão grande. METRO

Tragédia. Tremor de magnitude 7,8 foi o mais forte a atingir o país andino desde 1979. Cerca de 2.520 pessoas ficaram feridas

Equipe de resgate busca sobreviventes em escombros em Manta | PAUL OCHOA/REUTERS

Terremoto deixa mais de 240 mortos no Equador Equipes de resgate japone-

sas vasculharam ontem os destroços de construções destruídas por uma série de terremotos no sul do Ja-pão conforme se esgotava o tempo para encontrar so-breviventes. Cerca de 1.500 pessoas ficaram feridas, e quase 200 estavam em es-tado grave. Segundo a Asso-ciated Press, o total de mor-tos chegou a 41 na tarde de sábado.

O primeiro tremor, de magnitude 6,2, foi registra-do na quinta-feira. No sába-do, outro abalo de magnitu-de 7 foi sentido. O epicentro foi próximo à cidade de Ku-mamoto, a cerca de 900 km ao sul de Tóquio. “Em Mi-namiaso, onde se concen-travam os danos, pode ain-da haver pessoas presas sob construções que entra-ram em colapso, então es-tamos focando nossa aten-ção e os esforços de busca e resgate nessa área”, dis-se Yoshihide Suga, secre-tário-chefe do gabinete.

METRO

Japão. Ao menos 41 morrem após série de tremores

Chuvas fortes que atingiram a região central do Chile dei-xaram cerca de 4 milhões de pessoas sem água potável, depois que deslizamentos de terra causaram estragos e rios inundaram, deixando ao menos uma pessoa morta e fechando a maior mina de cobre do mundo.

Uma mulher foi mor-ta em um deslizamento no vale de San Jose de Maipo, uma região montanhosa ao sudeste da capital Santiago. Forças especiais da polícia estão procurando por ou-tras quatro pessoas na mes-

ma área, disse Ricardo Toro, chefe do Escritório Nacional de Emergência do país.

Imagens de TV mostravam ontem ruas em Providencia,

um bairro de luxo de Santia-go, debaixo d’água depois que o rio Mapocho inundou.

A Codelco, maior produ-tora de cobre do mundo, afirmou que as chuvas for-çaram a mineradora estatal a suspender a produção na mina subterrânea centená-ria de El Teniente, o que po-de representar uma perda de 5 mil toneladas de cobre.

Já a produtora global An-glo American também sus-pendeu atividades na mina de Los Bronces e no depósi-to de El Soldado por razões de segurança. METRO

Trabalhadores retiram água de lojaem Santiago | IVAN ALVARADO/REUTERS

Chuva afeta 4 milhões no Chile

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CURITIBA, SEGUNDA-FEIRA, 18 DE ABRIL DE 2016www.metrojornal.com.br 12| {ECONOMIA}

BANDA LARGA LIMITADA

FONTE: EMPRESAS

COMO FICA EM CADA OPERADORA

FRANQUIA MENSAL OFERECIDA PELAS OPERADORAS

COMO ECONOMIZAR

As operadoras apresentam seções específicas para acompanhar o consumo de dados do mês atual e um histórico dos meses anteriores: Minha NET, Minha Oi e Meu Vivo. Alertas também são enviados quando a franquia está próxima do limite mensal

COMO ACOMPANHAR O CONSUMO

O usuário pode, por exemplo, alterar as configurações de qualidade de imagem do vídeos. No caso da Netflix, é preciso acessar a seção Minha Conta e alterar as Configurações de Reprodução. De acordo com a qualidade da imagem, o consumo de dados por hora pode variar de 0,3 GB a 7 GB. Já os serviços de streaming de áudio permitem baixar músicas que poderão ser ouvidas mesmo desconectado da internet

VIVOEm fevereiro, anunciou o limite para os novos clientes a partir de janeiro de 2017

NET E OIJá preveem a franquia nos contratos, mas ainda não restringem o serviço

TIM É a única que não adota o limite de dados

O que mudana sua internet

De 10 GB a 250 GB

Após fim da franquia, operadoras podem cortar a conexão ou reduzir a velocidade

Um vídeo em HD consome cerca de 3 GB por hora (se o conteúdo for em Full HD, sobe

para 7 GB por hora). Duas horas a cada dia em HD consomem cerca 180 GB por mês

NETFLIX

Segundo a empresa, o usuário brasileiro passa, em média, 104 minutos diários ouvindo

música no serviço. Na qualidade mínima da plataforma, o consumo mensal será 3,75 GB

SPOTIFY

Baixar um título pode consumir entre 30 GB

e 60 GB

JOGOS PARA CONSOLESDE ÚLTIMA GERAÇÃO

0 250

Órgãos de defesa do consu-midor tentam barrar na Justi-ça o limite de uso de dados de internet dos serviços de ban-da larga fixa. O Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Con-sumidor) informou que en-trou na quinta-feira com uma ação contra as principais ope-radoras pedindo a suspensão cláusulas contratuais que im-põem a franquia. Já a Protes-te protocolou uma petição reiterando pedido de liminar em uma ação, em tramitação desde maio do ano passado, para impedir a venda de pla-nos franqueados.

Para as entidades, as altera-ções nos contratos são ilegais e afrontam o CDC (Código de Defesa do Consumidor) e o Marco Civil da Internet. “As empresas, já antes de 2015, previam muitas vezes a fran-quia nos contratos: se você atinge o limite, a sua conexão seria reduzida ou bloqueada. Apesar de os contratos preve-

rem a alternativa, as empre-sas não aplicavam o modelo”, diz Flávia Lefèvre Guimarães, conselheira do Comitê Ges-tor da Internet no Brasil e ad-vogada da Proteste. Mas a po-lêmica voltou em fevereiro, quando a Vivo anunciou o li-mite para os novos contra-tos a partir de 2017. A Net e a Oi já adotam a franquia, mas ainda não bloqueiam o servi-ço. Já a TIM não impõe limite.

Segundo a advogada, o Marco Civil da Internet, de 2014, determina que o serviço só pode ser cortado em caso de inadimplência. Ela defen-de a internet como um servi-ço essencial, que, pelo CDC, não pode ser interrompido.

O advogado e pesquisador do Idec Rafael Zanatta afirma ainda que, pelo CDC, as cláu-sulas contratuais que limitem a velocidade ou bloqueiam a internet dos consumidores os coloca em desvantagem excessiva, o que é ilícito. Na

sua avaliação, a estratégia das empresas é fazer com que os clientes utilizem menos ser-viços como Netflix e Youtube.

“Ao adotarem essas me-didas, as operadoras elevam seus preços sem justa cau-sa, detém vantagem exces-siva nos contratos, limitam a competição e geram au-mento arbitrário de lucro”, argumenta Zanatta.

Para entidades, o mode-lo também contraria outro ponto do Marco Civil: a neu-tralidade da rede, que proíbe as operadoras façam distin-ção de tráfego e privilegiem a transferência de determina-dos pacotes de dados em de-trimento de outros. Em nota, a Vivo diz que a cobrança não fere a neutralidade da rede já que o cliente poderá utilizar a internet como bem enten-der. A operadora ainda afirma que a medida é regulamenta-da pela Anatel conforme a Re-solução 614/2013. METRO

Tecnologia. Entidades de defesa do consumidor tentam derrubar modelo de cobrança previsto em contratos das principais operadoras

A franquia na internet fixa

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CURITIBA, SEGUNDA-FEIRA, 18 DE ABRIL DE 2016www.metrojornal.com.br {CULTURA} 13|

Semana do livro Infantil na BPPNa Semana do Livro Infantil, que começa hoje, a Bibliote-ca Pública do Paraná promo-verá atividades até este sába-do. A programação começa às 14h30 com ‘Aventuras li-terárias com Cléo Busatto’. A escritora participará de um bate-papo no Auditório Paul Garfunkel. Cléo é autora, en-tre outros livros, de ‘A fofa do Terceiro Andar’, que tra-ta sobre o bullying.

Enquanto amanhã, às 10h, tem apresentação de dança com Patrícia Ressui-ção, no mesmo horário de quarta-feira o projeto ‘Aven-turas Literárias’ recebe Dey-se Campos. ‘Era Uma vez: Urgente’ é obra da escritora.

Às 14h de sexta-feira acontece um tour pela Bi-blioteca. No sábado, o dia co-meça às 9h com outro tour pela instituição. Em seguida,

às 10h, a BPP oferece uma oficina de confecção de li-vros. A semana comemorati-va termina às 12h com uma sessão de troca de livros usa-dos. Todas as atividades são gratuitas.

A Semana do Livro In-fantil é celebrada em todo o Brasil em homenagem ao nascimento do escritor e edi-tor Monteiro Lobato.

METRO CURITIBA

2CULTURA

Jornalismo feito sem ‘mimimi’

Após 17 anos imersa no mun-do do humor, a atriz Maria Paula sofreu um choque de realidade logo em sua pri-meira pauta no programa “A Liga”, quando acompanhou a exumação de corpos em um cemitério clandestino em Botucatu.

“Mas consegui me refazer e encarar”, afirma ela, que aceitou o convite para inte-grar o time de apresentado-res da nova temporada visan-do justamente sair de sua zona de conforto. “Claro que estou nervosa, mas estou am-pliando meus horizontes. Me sinto uma principiante, mas estou feliz de estar muito bem acompanhada.”

Uma de suas colegas é Ma-riana Weickert, que descre-ve bem o espírito de “A Liga”, que estreia hoje, às 22h45, na Band. “Este é um progra-ma totalmente sem mimi-mi. Me entrego em todos os sentidos, porque ele deman-da muito da tua disposição não só física, mas emocional também, porque te leva pa-ra realidades distintas”, afir-ma ela.

No primeiro episódio, a loira viaja a Miami para co-nhecer a vida do mais jovem bilionário brasileiro. É uma imersão em um mundo de luxo em que grana é apenas um detalhe e as excentricida-des abundam.

“Eu pude notar também um lado meio frustrante de

quem tem dinheiro. Conhe-ci uma pessoa que tem mui-to, mas acorda todo dia so-zinho. Às vezes o maior problema está dentro de vo-cê”, aponta Thaíde, outro dos apresentadores.

A equipe ficou completa com Guga Noblat, que se diz encantado com a dinâmica de “A Liga”. “Esse é um tipo de jornalismo para o qual vo-cê tem que se dedicar de cor-po e alma, porque ele mostra a verdade nua e crua”, afir-ma o repórter recém-saído do “CQC”.

Nos 11 episódios desta no-va temporada, os apresenta-dores vão explorar ainda o interior de favelas em guer-ra, o funcionamento dos flu-xos de funk, os meandros da prostituição via book rosa e o trabalho da Polícia Científi-ca, entre outros temas.

“Continuamos passando os perrengues de sempre pa-ra mostrar as coisas por um ângulo diferente”, reforça Thaíde. METRO

TV. Maria Paula e Guga Noblat se juntam ao time de repórteres que mergulham nas apurações em ‘A Liga’, que estreia hoje na Band

Mariana Weickert, Thaíde, Guga Noblat e Maria Paula | DIVULGAÇÃO

“Esse é um programa que demanda muito da tua disposição não só física, mas emocional também, porque te leva para realidades distintas.”

MARIANA WEICKERT, APRESENTADORA

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CURITIBA, SEGUNDA-FEIRA, 18 DE ABRIL DE 2016www.metrojornal.com.br 14| {PUBLIMETRO}

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Leitor fala

Variação de preços virtuaisInteressante a informação sobre a va-riação de preço dos produtos entre as lojas virtuais. Realmente é preciso fi-car atento. Mesmo que a internet se-ja um espaço muito mais aberto e fá-cil para pesquisas de valores, às vezes a excitação pela compra acaba atro-pelando a ‘olhada’ em outros sites. O que acaba atrapalhando o bom senso, por vezes, e digo por experiência pró-pria, são os anúncios de promoção e grandes descontos expostos nas lojas virtuais. Compramos entusiasmados, pensando estar fazendo um bom ne-gócio, sem antes conferir se a promo-ção é realmente vantajosa. Mas real-mente não tem muito segredo. O jeito é fazer pesquisa e não comprar por impulso. Difícil, mas vale a pena no fim do mês. CAROLINA FERNANDES-CURITIBA

Trajetos e pontos de ônibusPenso que algumas linhas do trans-porte público de Curitiba poderiam ter seus trajetos inovados. Acredito que com as constantes transforma-ções da arquitetura da cidade, abertu-ras de locais, fechamentos de alguns, novas necessidades vão aparecendo para serem contempladas com os tra-jetos dos ônibus. Algumas regiões da cidade, que apresentam maior índi-ce de violência, também poderiam ter maior frequência de pontos e tubos. MARCELO CAVALCANTI– CURITIBA

Quer mais?

Evite que a ansiedade faça se dispersar de assuntos importantes para pessoas que são especiais.

Fique mais atento as suas relações.

Tendências a rever procedimentos com finanças. Aspectos tensos de Vênus – que rege seu signo –

apontam necessidade de cautela.

Período para exercitar a compreensão com manias de outras pessoas. Lembre-se que

tem as suas, especialmente, com pessoas mais próximas.

Informações precisas devem ser priorizadas. Não crie alardes por falsas especulações,

especialmente em temas do trabalho e finanças.

Seja cuidadoso para evitar gestos pegajosos e de ciúme com quem tem vínculo afetivo.

Assuntos financeiros propensos a ajustes.

Vênus forma bom aspecto com saturno – que rege seu signo – influência

positiva às parcerias e para intermediar relações.

Envolva-se de forma mais otimista com projetos sem deixar que certas pessoas

ou pequenos contratempos alterem seu humor.

Cuide para dosar sua dedicação aos problemas das pessoas com quem tem mais convivência.

É bom deixá-las que resolvam assuntos sozinhas.

Os assuntos associados a parcerias estão propensos a tomar empenho mais

intenso para novos objetivos profissionais.

Com a Lua em seu signo, sua postura detalhista e observadora estará acentuada

em diversos assuntos. Evite se exceder nas críticas.

Vênus – que rege seu signo – faz aspecto tenso com Plutão, influência capaz de

transformar a maneira de vivenciar certas relações.

O envolvimento com grupos e mesmo a retomada de convívio com amizades

será mais frequente e algo que fará muito bem.

Horóscopo Está escrito nas estrelas www.estrelaguia.com.br

Os invasores

Cruzadas

Sudoku

Soluções

POR: GUILHERME SALVIANO

DILMA, QUEM NÃO DEVE NÃO TEMER! Bom dia, caros e inflacionados leitores! Colunáticos no ar!

PENSAMENTO DO DIA! O resultado do impeachment da Dilma não sabemos, mas o resultado da gripe no Brasil foi empate: H1N1. GOVERNISTAS OU GOLPISTAS? EIS A QUESTÃO! E a Dilma disse que, se perder a votação do impeach-ment, vai ser carta fora do baralho. BARALHO? Que jo-go ela tava jogando? Buraco! Jogou o Brasil no BURACO! E o Lula tava jogando ROUBA-MONTE! Hahahaha!E eu queria mandar um recado pra ex-presidenta: “Dil-ma, quem não deve não TEMER!”

E RESPONDA ESSA! Se o Senado aprovar o impeachment, o Temer vai aparecer no meio do povo fazendo o V de Vitória, V de Vampiro ou V de VIAGRA?E avisa o Wagner Moura e o Chico Buarque que a casa caiu! O Chico Buarque devia mandar um recado pra Le-tícia Sabatella: “Amiga, La Maison Est Tombée.”

E O DOMINGÃO DO IMPICHÃO!? Ô loko bixo! Eu acho que o Bial devia ter feito o discurso de eliminação! Sabe aquele discurso sem pé nem cabeça do Bial?“Dilma X Temer, dois guerreiros na nave Brasil..E Brasil é o país da pizza? Nem coxinha nem mortadela, aqui é Muça-rela. Portanto, com 337 votos Dilma, você está eliminada. Cunha, sua facção venceu! Mordomo, você é o novo líder!”

E atenção! Vazou mais um áudio do Temer: “Tchau, querida!”

E FINALMENTE UMA BOA NOTÍCIA! O Monkey Simão descobriu que existe um salgado perfeito para a Conciliação Nacional. É verdade! Tem um food truck em SJC que vende coxinha de mortadela! Oba! Chega de briga! Vamos acabar com a desarmonia nacional! Eu quero uma coxinha de mortadela!

PRA TERMINAR! O Red Bull Brasil tomou de quatro do Corinthians!??? O Red Bull entrou em campo apático e sem energia. Faltou tomarem um energético!!!!! Por falar em futebol, o professor perguntou pro Joãozinho: “O que quer dizer a palavra INTERNADA?” Joãozinho responde: “É o resultado do Grenal. Grêmio 5 X Inter nada. Hahahaha!

Por hoje é só! Ciro Botelho e Bernardo Penteado! Os Co-lunáticos!!!!!!!!! Direto do Pânico!  Twitter: @ciraobotelho/@bernardpenteado

CIRO & BERNARDO

Ciro Botelho e Bernardo Penteado são redatores de humor no programa ‘Pânico na Band’, autores de sátiras como ‘Video Soul’, ‘Jornal dos Dois Echás’, ‘Jô Suado’, entre outros. Juntos há dez anos na TV, lançaram os livros ‘Piadas Fantárdigas de Tiririca’ e As Melhores Piadas de Bêbado’ (ed. Matrix). Também escrevem o blog ‘Colunáticos’ no site do ‘Pânico na Band’ (paniconaband.band.uol.com.br)

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CURITIBA, SEGUNDA-FEIRA, 18 DE ABRIL DE 2016www.metrojornal.com.br

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3ESPORTE

Será mais difícil do que o ima-ginado para Lewis Hamilton se transformar em tetracam-peão mundial de Fórmula 1. Ontem, seu companheiro de Mercedes, Nico Rosberg, ven-ceu o Grande Prêmio da Chi-na e empilhou a sua tercei-ra vitória em três corridas na temporada. Sebastian Vettel, da Ferrari, e Daniil Kvyat, da Red Bull, fecharam o pódio.

“Foi quase o fim de sema-na perfeito. Apenas a larga-da poderia ter sido melhor. Nunca tinha tido um carro tão equilibrado como hoje (ontem). Será um ano longo e ainda há muitos pontos em disputa. Então, não perderei o foco”, comemorou o alemão.

Largando em último e

com uma ousada estratégia de cinco pit stops, Hamilton terminou a prova na sétima colocação, logo atrás de Feli-pe Massa, da Williams. O ou-tro basileiro, Felipe Nasr, da Sauber, terminou a prova na 20a colocação, a uma volta do líder.

Com mais um lugar no to-po do pódio, Rosberg chegou aos 75 pontos na classifica-ção. Hamilton, tem 39, três a mais do que Daniel Ricciardo, da Red Bull. O australiano as-sumiu a ponta na larga, mas com um pneu furado, perdeu a liderança e fechou a prova na quarta colocação.

A próxima etapa da Fór-mula 1 ocorre em 1o de maio, na Rússia. METRO POA

GP da China. Alemão da Mercedes dispara na tabela de classificação, com 75 pontos, contra 39 de Lewis Hamilton, próximo na fila

Esta cena já se repetiu três vezes este ano | DAN ISTITENE/GETTY IMAGES

Rosberg segue imbatível

Parecia o primeiro título de Rafael Nadal. Ao conquistar o último ponto da vitória por 2 a 1 (7/5, 5/7 e 6/0) sobre o francês Gael Monfils, ontem, e conquistar o título do Mas-ters 1000 de Monte Carlo, o espanhol se atirou no chão e se emocionou. As conquistas, mesmo no saibro, não são mais tão frequentes.

Parecia o 1º título, mas foi 68o em 100 finais disputadas. Dessa vasta galeria de tro-féus, 48 foram vencidos no saibro, o que o deixa como o segundo tenista mais vitorio-so neste tipo de quadra, fican-do a um de igualar a marca do argentino Guillermo Vilas.

Parecia o 1º título, mas foi

a 28a conquista deste porte, igualando o recorde de No-vak Djokovic, eliminado em sua estreia em Monte Carlo. O Rei do Saibro não vencia um Masters 1000 há quase 2 anos. METRO POA

Espanhol se emocionou com a conquista | ERIC GAILLARD/REUTERS

Tênis. Nadal fica a um título de igualar recorde

500 gols

MessiO craque argentino

finalmente conseguiu anotar seu gol de número 500. Mas

não saiu de campo exatamente feliz. Isso

porque o seu Barcelona voltou a decepcionar,

desta vez pelo Campeonato Espanhol. No Camp Nou, a equipe

foi derrotada por 2 a 1 pelo Valencia, que

chegou lá com Guilherme Siqueira e Mina.

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CURITIBA, SEGUNDA-FEIRA, 18 DE ABRIL DE 2016www.metrojornal.com.br 16| {ESPORTE}

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O Coritiba deu um grande passo para ir a final do Pa-ranaense, ontem, ao bater o PSTC por 3 a 0 no Norte do Estado. Luccas Claro abriu a contagem no 1ºT, enquanto Thiago Lopes e Juan fecha-ram a conta no 2ºT.

No jogo de volta, às 16h do próximo sábado no Cou-to, o Verdão pode perder por até 2 gols. “Fizemos uma vantagem por competência e mérito, temos que manter isso, não podemos trabalhar relaxados”, disse o cauteloso Gilson Kleina.

O jogoO 1º tempo foi movimenta-do, mas a partir da metade só deu Coxa. Aos 42’ o Alviver-de abriu o placar com Luccas Claro. O zagueiro subiu mais

alto que todos em escanteio e cabeceou para chão – a bola quicou e encobriu o goleiro.

Na 2ª etapa, o PSTC fez pressão nos minutos ini-ciais, mas quem chegou com perigo foi o Coritiba. Aos 9’, Ortega perdeu chance incrí-vel na pequena área e no mi-nuto seguinte Luccas Claro quase fez o 2º (igual ao 1º), mas o goleiro fez bela defe-sa. Aos 33’, no entanto, o go-leiro Lucas saiu mal em cru-zamento de Juan e Thiago Lopes só tocou para a rede vazia. No fim, aos 44’, Juan recebeu na área, driblou o zagueiro e tocou no canti-nho para fazer 3 a 0.

Estadual. Alviverde não tomou conhecimento do PSTC em Cornélio Procópio e está a um passo da final do Campeonato Paranaense

Alviverde não temeu os 2 mil torcedores no Ubirajara Medeiros | DIVULGAÇÃO/CORITIBA

Coxa faz 3 a 0 fora de casa e encaminha vaga

BRUNNOBRUGNOLO METRO CURITIBA

ParanaenseSemifinais - ida

SÁBADO

2 X 1ATLÉTICO PARANÁ

ONTEM

0 X 3PSTC CORITIBA

Semifinais - volta

23/04 (SÁBADO)

16h

XCORITIBA PSTC

24/04 (DOMINGO)

16h

XPARANÁ ATLÉTICO

29 pontosfez o Coxa até aqui no Estadual, contando 1ª fase e mata-mata. O Alviverde terá o mando de campo contra Atlético ou Paraná na final, caso confirme a vaga

Atlético

Time vai motivado para a decisãoA vitória no 1º jogo da se-mifinal contra o Paraná deu moral ao Atlético pa-ra a final da Primeira Li-ga, às 21h45 de quarta, contra o Fluminense, em Juiz de Fora-MG. “Foi uma partida importante. Esta-mos fazendo o que o Pau-lo [Autuori] nos pede. Essa evolução nos ajudará na final”, declarou Sidcley.

METRO CURITIBA

Copa do Brasil

Paraná em busca de confi ançaAlém da classificação con-tra o Estanciano pela 1ª fa-se da Copa do Brasil, às 19h15 de quinta, na Vila, o Tricolor busca retomar a confiança para reverter a situação contra o Atlético no Estadual. “Precisamos dessa vaga para impulsio-nar o time. Se a gente per-de, reerguer o time se-rá difícil”, disse Claudinei Oliveira. METRO CURITIBA

Lucas; Léo, Spice , Tayron e Índio; Makelele (Neto), Fauver e Rafael

Lemes; Caxambu e Wellington Baroni (Alex Santos); Lucão (Igor). Técnico: Reginaldo Vital

Elisson; Ceará, Luccas Claro, Juninho e Cesar Benítez; João Paulo, Alan

Santos , Dudu (Thiago Lopes) e Juan; Negueba (Vinícuis) e Jorge Ortega (Leandro ). Técnico: Gilson Kleina

03

Luccas Claro aos 42’ do 1o, Thiago Lopes aos 33’ e Juan aos 44’ do 2o tempo.

Adriano Milczvski

PSTC

CORITIBA