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ANDRÉ AMERICO/ ARQUIVO METRO Ministro roga a Deus por mais chuvas Dilma veta reajuste do Imposto de Renda Presidente barra correção de 6,5% para o imposto de pessoas físicas aprovado pelo Congresso e vai manter os atuais 4,5% PÁG. 05 Donizete Braga reclama da Sabesp Cantareira pode secar em 27 dias Prefeito de Mauá disse que “fez a lição de casa e foi penalizado”, no ‘Ciranda da Cidade’, da Rádio Bandeirantes PÁG. 03 Previsão é de que o sistema fique sem água se o atual índice de chuvas na região se mantiver PÁG. 03 LUIS MOURA/ FOLHAPRESS ATÉ QUANDO VAI CABER MAIS UM? Ruas da região ganham três veículos por hora; entre 2013 e 2014, número de carros cresceu cinco vezes mais que o de pessoas PÁG. 02 RECICLE A INFORMAÇÃO: PASSE ESTE JORNAL PARA OUTRO LEITOR Brasília, dia seguinte ao apagão Reserva Jaguari-Jacareí, em Joanópolis HOLLYWOOD ATROPELADA MOSTRA NO CCBB REÚNE 30 FILMES QUE VIRARAM O CINEMÃO DO AVESSO PÁG. 16 MÍN: 21°C MÁX: 32°C ABC Quarta-feira, 21 de janeiro de 2015 Edição nº 1.280, ano 6 Peter Fonda e Dennis Hopper em ‘Easy Rider - Sem Destino’ www.metrojornal.com.br | [email protected] | www.facebook.com/metrojornal | @MetroJornal_SP Blecaute. Depois de explicações desencontradas e ‘preces’, ministro das Minas e Energia diz que não faltou energia, que falha no PR causou apagão e anuncia nova térmica. Para ONS não houve problema, mas recorde de consumo PÁG. 04 EDUARDO BRAGA, MINISTRO DAS MINAS E ENERGIA, ONTEM DEUS É BRASILEIRO, TEMOS TAMBÉM QUE CONTAR QUE ELE VAI TRAZER UM POUCO DE UMIDADE, UM POUCO DE CHUVA

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Ministro roga a Deus por mais chuvasDilma veta reajuste do Imposto de Renda Presidente barra correção de 6,5% para o imposto de pessoas físicas aprovado pelo Congresso e vai manter os atuais 4,5% PÁG. 05

Donizete Braga reclama da Sabesp

Cantareira pode secar em 27 dias

Prefeito de Mauá disse que “fez a lição de casa e foi penalizado”, no ‘Ciranda da Cidade’, da Rádio Bandeirantes PÁG. 03

Previsão é de que o sistema fi que sem água se o atual índice de chuvas na região se mantiver PÁG. 03

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Ruas da região ganham três veículos por hora; entre 2013 e 2014, número de carros cresceu cinco

vezes mais que o de pessoas PÁG. 02

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Brasília, dia seguinte ao apagão

Reserva Jaguari-Jacareí, em Joanópolis

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MOSTRA NO CCBB REÚNE 30 FILMES QUEVIRARAM O CINEMÃO DO AVESSO PÁG. 16

MÍN: 21°C

MÁX: 32°C

ABC Quarta-feira, 21 de janeiro de 2015Edição nº 1.280, ano 6

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Peter Fonda e Dennis Hopper em ‘Easy Rider - Sem Destino’

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Blecaute. Depois de explicações desencontradas e ‘preces’, ministro das Minas e Energia diz que não faltou energia, que falha no PR causou apagão e anuncia nova térmica. Para ONS não houve problema, mas recorde de consumo PÁG. 04

EDUARDO BRAGA,

MINISTRO DAS

MINAS E ENERGIA,

ONTEM

DEUS É BRASILEIRO, TEMOS TAMBÉM QUE

CONTAR QUE ELE VAI TRAZER UM POUCO DE UMIDADE,

UM POUCO DE CHUVA

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ABC, QUARTA-FEIRA, 21 DE JANEIRO DE 2015www.metrojornal.com.br |02| {FOCO}

1FOCO

Ciranda da Cidade

EntrevistasO prefeito de São

Bernardo, Luiz Marinho (PT), é o entrevistado de hoje do programa Ciranda da Cidade, da

Rádio Bandeirantes, que vai ao ar às 14h. Marinho

encerra a participação do ABC na série. Os

prefeitos Carlos Grana (PT-Santo André), Paulo

Pinheiro (PMDB-São Caetano), Lauro Michels

(PV- Diadema) e Donisete Braga (PT-Mauá) já foram

sabatinados.

O jornal Metro circula em 22 países e tem alcance diário superior a 18 milhões

de leitores. No Brasil, é uma joint venture do Grupo Bandeirantes de Comunicação

e da Metro Internacional. É publicado e distribuído gratuitamente de segunda a sexta

em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, ABC,

Santos, Campinas e Grande Vitória, somando 513 mil exemplares diários.

Editado e distribuído por Metro Jornal S/A.

Endereço: Condomínio Domo Business -

rua José Versolatto, 111, bloco B, 21º

andar, conjunto 2124, CEP 09750-730, São

Bernardo do Campo. Tel.: 011/4122-0503.

O jornal Metro é impresso na Plural

Editora e Gráfica Ltda.

EXPEDIENTE Metro Brasil. Presidente: Cláudio Costa Bianchini (MTB: 70.145)

Editor Chefe: Luiz Rivoiro (MTB: 21.162). Diretor Comercial e Marketing: Carlos Eduardo Scappini

Diretora Financeira: Sara Velloso. Diretor de Tecnologia e Operações: Luiz Mendes Junior

Gerente Executivo: Ricardo Adamo

Coordenador de Redação: Irineu Masiero. Editor de Arte: Vitor Iwasso

Metro ABC. Editor-Executivo: Marcelo Camargo (MTB: 33.618)

Editor de Arte: Eli de Souza Filho. Gerente Comercial: Elizabeth Silva

A tiragem e distribuição

desta edição são

auditadas pela BDO.

30.000 exemplares

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011/4122-0503

COMERCIAL: 011/4122-0500

CARRO X GENTEEvolução da frota e da população nos últimos anos

FONTE: DENATRAN E IBGE

SANTO ANDRÉ SÃO BERNARDO SÃO CAETANOCRESCIMENTO

FROTADE VEÍCULOS

20142013

POPULAÇÃO

FROTA

POPULAÇÃO

704.942

707.613

485.765

493.654

20142013

805.895

811.489

536.203

556.546

20142013

156.362

157.205

136.215

138.167

2,6%

0,5%

As filas de congestionamen-to do ABC ganharam incre-mento de 30 mil veículos novos no ano passado. É co-mo se a cada hora fossem adicionados ao trânsito 3,4 carros.

Com o crescimento, a frota da região chegou a 1,188 milhão. Os dados são do Denatran (Departamen-to Nacional de Trânsito), ór-gão que controla dados so-bre emplacamentos no país.

A quantidade de veículos na rua cresceu cinco vezes mais que a de pessoas. En-tre 2013 e 2014, o aumento populacional no ABC foi de 0,5%, de acordo com estima-tiva do IBGE (Instituto Brasi-leiro de Geografia e Estatís-tica). No mesmo período, a frota evoluiu em 2,6%. (veja mais na tabela abaixo)

São Caetano continua com o título de cidade mais motorizada da região, pró-xima a alcançar a marca de um veículo por habitan-te. Enquanto a média na-cional é de um para cada 4 pessoas, o ABC chega a 1,4 e São Caetano, 1,1 por ha-

bitante. A consequência de tantos motores nas ruas são os constantes congestiona-mentos na região nos ho-rários considerados de pico pela manhã, entre 6h30 e 9h, e tarde, entre 16h e 20h.

As prefeituras reconhe-cem oficialmente dez pon-tos em que o trânsito trava. Os gargalos estão nas aveni-das José Amazonas, dos Es-tados e Edson Danilo Dotto (perimetral), em Santo An-dré; estrada das Lágrimas, viaduto Miguel Etchenique e avenidas Rotary e Pirapo-rinha, em São Bernardo; e avenidas Guido Aliberti e Goiás e a praça Mauá, em São Caetano.

Os principais projetos das administrações estão centrados no PAC (Progra-ma de Aceleração do Cresci-mento) Mobilidade. São R$ 461 milhões em obras, mas que aguardam o fim da par-te burocrática desde agosto de 2013.

Existe limite para o cresci-mento da frota?Cresce porque há incentivo de preço para se adquirir car-ro. Não acredito que o trânsi-to vai parar. Os gargalos vão crescer nos centros. Mas o go-verno sempre dá jeito de dar mais espaço nas ruas para os carros. Cidades pequenas ain-da têm bastante capacidade para aumentar a frota.

O que fazer para diminuir número de carros nas ruas?Em longo prazo, é preci-so investir em educação no trânsito. Ação imediata que resolve é aumentar o cus-to de se ter automóvel, com estacionamento mais ca-ro, restrições, rodízio, ou o próprio congestionamento. Usar transporte coletivo ho-je é mais caro que o carro.

‘GOVERNO SEMPRE DÁ JEITO DE CABER MAIS’Professor da Universidade Federal do ABC Humberto de Paiva Jr. fala sobre o tema

VANESSASELICANI METRO ABC

No limite. Frota ganhou no ano passado 3,4 veículos por hora no ABC. Número de carros cresce mais que o de habitantes nas três cidades. São Caetano é a mais motorizada, com quase um automóvel por habitante. Chegamos a 1,18 milhão no trânsito

CabeMAISCARRO?

Dólar - 1,54%

(R$ 2,615)

Bovespa + 0,25% (47.877 pts)

Euro - 0,28%

(R$ 3,041)

Selic (11,75% a.a.)

Salário mínimo(R$ 788)

Cotações

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JAN/2014 FEV/2014 MAR/2014 ABR/2014 MAI/2014 JUN/2014 JUL/2014 AGO/2014 SET/2014 OUT/2014 NOV/2014 DEZ/2014 JAN/2015

24,4%

17,9%14,6%

12,1%

26,2%

22,4%

17,1%

12,6%

8,2%

3,5%

9,9%6,7% 5,6%

FOTO: LUIS MOURA/WPP/FOLHAPRESSFONTE: SABESP

INÍCIO DA UTILIZAÇÃO DA2ª COTA DO VOLUME MORTO

OS ÍNDICES DO SISTEMAMedições do dia 20 de cada mês

INÍCIO DA UTILIZAÇÃO DA1ª COTA DO VOLUME MORTO

ABC, QUARTA-FEIRA, 21 DE JANEIRO DE 2015www.metrojornal.com.br {FOCO} |03|◊◊

O prefeito de Mauá, Do-nisete Braga (PT), foi en-trevistado ontem no pro-grama Ciranda da Cidade, apresentado por Pedro Campos, na Rádio Bandei-rantes. Ele afirmou que a população tem reduzido o consumo de água e fez anúncios para o transpor-te. O Metro ABC partici-pou da entrevista. Confira:

Como a cidade tem en-frentado a crise hídrica?Fizemos rodízio, a população cumpriu, mas temos perce-bido redução na quantidade de água que recebemos. Este é um problema muito sério, pois mesmo fazendo a lição de casa, a população tem sido penalizada e vamos cobrar a Sabesp. Para reduzirmos o ín-dice de perda de água, que hoje é de 46%, trocaremos as tubulações, que são mui-to antigas. Este é um inves-timento de R$ 200 milhões,

que o município não tem condições de fazer, então te-remos parceria com a iniciati-va privada. O objetivo é redu-zir para cerca de 20%.

São muitas as reclamações sobre a qualidade do as-falto em Mauá. Existe pla-no de recapeamento? Nossa malha viária é muito antiga. Apenas os corredores municipais foram recupe-rados. Estamos trabalhando com a meta de receber R$ 20 milhões do governo federal para fazermos investimento nas ruas e avenidas da peri-feria. Temos um cinturão em área de manancial, que tam-bém será atendido, de acor-do com o que a lei permite.

O serviço do transporte público melhorou com a mudança de gestão?Enfrentamos o empresá-rio do transporte coletivo, que ficou 30 anos na cidade.

Foi um processo difícil, ain-da não chegamos ao pata-mar adequado, mas estamos evoluindo. Vale ressaltar que Mauá é a única da região que oferece integração de ôni-bus e trens. Nesta semana, te-remos reunião com a Caixa Econômica Federal para tra-tar do investimento de R$ 79 milhões para a construção de três terminais. Além dis-so, até março, discutiremos a criação de corredor de ônibus na avenida Presidente Caste-lo Branco, no Jardim Zaíra. É inconcebível fazer em 40 mi-nutos trajeto até o Centro que pode ser feito em 15.

Há defasagem de policiais?Sim. Em todo o ABC, a de-fasagem é de 600 policiais militares. Temos o 30º Ba-talhão, que não atende só Mauá, mas também Ribei-rão Pires e Rio Grande da Serra. É um grande número de moradores para um úni-

co batalhão, portanto, espe-ramos mais policiais para melhor atender a região.A cidade terá tratamento para 100% do esgoto co-letado, mas muitos locais ainda não têm ligação. Co-mo resolver isto?Faremos grande campanha para regularizar as ligações de esgoto e combater as li-gações clandestinas. Não faz sentido ter uma grande estação de tratamento, co-mo a que inauguramos em dezembro, e não ter as liga-ções para coletar o esgoto. Com a estação, poderemos aumentar o aproveitamen-to da água de reúso e lim-par os córregos que desá-guam no rio Tamanduateí.

Quando abrirá o Poupatempo?Era para dezembro, mas agora o governo do Estado informou que termina as obras em março. METRO ABC

DIVULGAÇÃO

O entrevistado de amanhã no Ciranda da Cidade, da Rádio Bandeirantes, é o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT). O programa começa às 14h, na FM 90,9

O futuro do sistema Canta-reira, que abastece 6,5 mi-lhões de pessoas, não é nada animador. Isso porque, ele vem acumulando quedas de 0,2 pontos percentuais nos últimos dias e as chuvas que têm atingido a cidade, não têm chegado até a região dos reservatórios.

Ontem o nível do Canta-reira chegou a 5,6%, já com

a utilização da segunda cota do volume morto.

E caso a estiagem conti-nue atingindo a região dos reservatórios, o sistema de-ve secar em 27 dias.

O prazo é muito antes do que o previsto pelo pre-sidente da Sabesp, Jerson Kelman, que admitiu na se-mana passada a possibilida-de de o Cantareira secar em

março, caso não chova. Kle-man também afirmou que a capital já passa por restri-ção hídrica.

Para o engenheiro sanita-rista e diretor do Portal Tra-tamento de Água, Eduardo Pacheco, Eduardo Pacheco, a seca é uma realidade. “O Cantareira já está tecnica-mente seco e o Estado vai en-frentar um colapso no abas-

tecimento de água, queira o governador, ou não”, afirma.

Em nota, a Sabesp nega

que o Cantareira possa se-car em 27 dias e afirma que o ritmo de queda do sistema depende diretamente do re-gime de chuvas.

Segundo ela, para ga-rantir o abastecimento na Grande São Paulo, tem sido realizado uma série de me-didas desde o ano passado para reduzir a retirada de água do Cantareira.

Além disso, a concessio-nária já estuda reduzir ain-da mais a retirada de água com o uso de outros siste-mas que estão com mais disponibilidade, como o Guarapiranga e o Rio Gran-de. Também está em estudo o uso da 3ª cota da reserva técnica do Cantareira, que é de 41 bilhões de litros de água. METRO

Crise hídrica. Se ritmo de queda continuarem, fim deve acontecer em 27 dias. Sabesp diz que usará água de outros reservatórios

41 bilhõesde litros é o volume de água da terceira reserva técnica do Cantareira.

Contagem regressiva para o Cantareira secar

Em entrevista ao programa Ciranda da Cidade, da Rádio Bandeirantes, prefeito de Mauá disse que a cidade

economiza água, mas que tem recebido volume menor

‘FIZEMOS A LIÇÃO DE CASA E FOMOS PENALIZADOS’

DONISETEBRAGA

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ABC, QUARTA-FEIRA, 21 DE JANEIRO DE 2015www.metrojornal.com.br |04| {BRASIL}

LAVA JATO: CARTEL CONTI-NUA ORGANIZADO NA CA-DEIA. A Operação Lava Jato desmantelou o esquema de corrupção que rouba-va a Petrobras, mas não desarticulou o cartel de empreiteiras que o prota-gonizou. Mesmo presos, os executivos continuam agindo de forma articula-da, sob a coordenação de Ricardo Pessoa, dono da empreiteira UTC, acusado de haver liderado a divisão dos contratos entre as for-necedoras da Petrobras, por meio de fraude em li-citações.

PRESSÃO. Na carceragem da Polícia Federal, os exe-cutivos combinaram que o primeiro a sair levaria re-cados dos demais a políti-cos que subornaram.

MISSÃO CUMPRIDA. Preso na primeira leva, um exe-cutivo liberado foi a cada gabinete levar recados pessoais, ameaçadores, a políticos do PT, PMDB, PP etc.

LÍDER DE SEMPRE. Assim como quando se combi-nava fraudar licitações, na carceragem, Ricardo Pes-soa lidera os empresários enrolados no Petrolão.

VAZAMENTOS. Pessoa tam-bém fez chegar recados seus a autoridades do go-verno e ao PT, inclusive por meio de “anotações” vazadas para a imprensa.

LAVA JATO DEVASSA NEGÓ-CIOS SUSPEITOS NA ÁFRICA. Ao investigar negócios ar-ticulados pelo ex-diretor Nestor Cerveró, que cau-saram prejuízos à Petro-bras na África, a força-ta-refa da Operação Lava Jato

deve esmiuçar a venda ao BTG Pactual, de André Es-teves, banqueiro ligado ao ex-presidente Lula, dos di-reitos de produção da esta-tal em 7 poços de petróleo africanos. Avaliados em US$ 7 bilhões pelo ex-di-retor Jorge Zelada, foram entregues ao BTG por US$ 1,5 bi.

À MODA DA CASA. Após Graça Foster, o valor dos poços africanos foi rees-timado para US$ 4,5 bi-lhões, para US$ 3,6 bi-lhões, até o BTG levar por US$ 1,5 bi.

COM ANA PAULA LEITÃO, TERESA BARROS E TIAGO VASCONCELOSWWW.DIARIODOPODER.COM.BR

PODER SEM PUDORFHC e o cara

Não foi na base do “olha o passarinho” uma foto fa-mosa de FHC, José Serra e o presidente Lula juntos no velório de Octavio Frias, dono da Folha de S. Pau-lo. Avisado por um secretá-rio do governador paulista do interesse da imprensa em fotografar o ex-presi-dente ao lado de Lula, FHC reagiu:

- Eu vou ter que cumpri-mentar esse cara?- Vai sim, Fernando, conto com sua educação – reba-teu o então governador Jo-sé Serra.- Pelo protocolo, quem tem que cumprimentar é o Ser-ra – insistiu FHC.Mas, diante da cara feia do governador, Fernando Hen-rique entregou os pontos.

“É UMA NOVA ALOPRAGEM”

EDUARDO CUNHA (PMDB-RJ) SOBRE

TELEFONEMA SUPOSTAMENTE FORJADO

NA POLÍCIA FEDERAL

Política

Graça Foster | RICARDO BORGES/FOLHAPRESS

CLÁUDIO [email protected]

No dia seguinte ao apa-gão que afetou 11 Estados e do Distrito Federal, o mi-nistro de Minas e Energia, Eduardo Braga, resolveu pedir ajuda divina para re-solver os problemas do se-tor elétrico.Em entrevista coletiva, Braga afirmou que houve ‘atuação indevida’ na pro-teção de potência da usi-na governador Ney Braga, no Paraná, que provocou o desligamento de 11 usinas de geração energética. An-teontem, a informação era de que o blecaute havia atingido 10 Estados e o DF, mas ontem o ONS (Opera-dor Nacional do Sistema Elétrico) informou que o corte de energia também atingiu Rondônia. Além da falha técnica, o ministro reclamou que a falta de chuvas tem com-prometido a geração de energia no país. “Deus é brasileiro. Temos que contar que Ele vai tra-zer um pouco de chuva pa-ra nos dar tranquilidade”, clamou.

A crise hídrica, no en-tanto, é contestada como um dos fatores que provo-caram o blecaute, que du-rou 50 minutos. O diretor da Aneel (Agência Nacio-nal de Energia Elétrica) An-dré Pepitone ressaltou que o sistema apresenta falhas e explicou que quando o consumo supera a deman-da de energia, há uma re-dução da frequência, o que

provoca um desligamento automático de usinas, pro-cedimento que precisa ser aprimorado para melhorar o sistema. “Esse é um ano que vai exigir atenção.” Consumo recordeEm relatório do ONS (Ope-rador Nacional do Sistema Elétrico) divulgado ontem, o consumo de energia atin-giu o recorde de 51.596 me-gawatts nas regiões Sudes-

te/Centro-Oeste, às 14h32 de segunda-feira, 20 minu-tos antes do apagão.Técnicos do setor elétri-co e distribuidoras, se re-uniram ontem no Rio para discutir as causas do corte de luz.

O diretor-geral do ONS, Hermes Chipp, disse que os cortes seletivos de ener-gia foram feitos mesmo com sobra de potência no sistema elétrico. Essa car-ga estaria disponível na região Nordeste, mas não pôde ser usada para não sobrecarregar o abasteci-mento de outras regiões.

O horário de pico de energia está se deslocan-do para as 15h, principal-mente por causa de siste-mas de ar condicionado.

METRO RIO E METRO BRASÍLIA

Blecaute. Regiões Sudeste e Centro-Oeste registraram recorde de consumo de energia antes do apagão, diz ONS

Ministro apelou para a fé | | WILSON DIAS/ABR

‘Deus é brasileiro e nos trará chuva’, diz ministro

O governo afasta novo apa-gão mesmo com nova ocor-rência de consumo acima da demanda, mas anunciou um aumento de 1,5 mil me-gawatts no sistema de ge-ração de energia elétrica. “Não teve falta de energia, houve uma sequência de desligamentos”, justificou o ministro de Minas e Ener-gia, Eduardo Braga. A ener-gia adicional irá abastecer,

sobretudo, a região Sudeste.A usina de Itaipu amplia-

rá a geração em 400 mega-watts. A Petrobras também deverá acrescentar 400 me-gawatts em energia térmi-ca, que tem um custo maior. A usina Angra I fará a com-pensação restante.As medidas deverão entrar em vigor entre o fim de ja-neiro e a metade de feverei-ro. METRO BRASÍLIA

Hidrelétricas e térmicas devem reforçar sistema

‘Risco de mais apagões é grande’O consumidor deve se preparar para no-vos apagões. O gover-no federal não tirou do papel as obras de in-fraestrutura necessá-rias para garantir a ge-ração e distribuição de energia. Agora, para evitar um apagão ge-ral, a única saída são os “blecautes programa-dos”, como o registrado anteontem.

A avaliação é do di-retor técnico da Abesco (Associação Brasileira das Empresas de Servi-ços de Conservação de Energia), Alexandre Se-dlacek Moana. “Enfren-tamos um problema de infraestrutura. O con-sumo aumentou e não houve um preparo pa-ra atendê-lo. O governo não tem outra opção se-não o corte no forneci-mento”, explica Moana.

O especialista desta-ca que, entre os anos de 2004 e 2014, o con-sumo residencial re-gistrou um aumento de 68% e o comercial, de 80%. Boa parte des-se avanço tem origem na aquisição de equi-pamentos de refrige-ração. “Com essa on-da de calor, o pico de consumo passou das 20h para as 15h. Caso não sejam feitos inves-timentos em eficiência energética, o raciona-mento se tornará uma realidade”. METRO

Análise

“Uma coisa é você desligar com controle. Outra coisa é perder o controle e perder todas as usinas. Aí, o desastre é maior. ”

REIVE BARROS,DIRETOR DA AGÊNCIA

NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA (ANEEL)

Apagão causou colapso no metrô de São Paulo | EDUARDO KNAPP/FOLHAPRESS

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ABC, QUARTA-FEIRA, 21 DE JANEIRO DE 2015www.metrojornal.com.br {ECONOMIA} |05|◊◊

A presidente Dilma Rousseff vetou a correção de 6,5% na tabela do Imposto de Renda das pessoas físicas. O reajus-te estava previsto na Medi-da Provisória 656/2014 foi aprovado em dezembro pe-lo Congresso. O veto foi pu-blicado na edição de on-tem do “Diário Oficial da União”, um dia após o go-verno anunciar medidas de aumento de tributos.

O governo afirma que o reajuste de 6,5% da tabela levaria uma renúncia fiscal de R$ 7 bilhões, violando a Lei de Responsabilidade Fis-cal. A proposta do Planalto é que a tabela seja corrigida em 4,5%, o centro da meta da inflação.

Segundo o ministro-che-fe da Secretaria de Relações Institucionais, Pepe Vargas, o governo pretende enviar nos próximos dias uma nova MP ao Congresso Nacional prevendo o índice de 4,5%. “É o que cabe, é o espaço fis-

cal que nós temos hoje, de reajuste de 4,5%”, disse.

Para o vice-líder do PC do B no Senado, Inácio Arruda (CE), o governo terá que ne-gociar, inclusive dentro da própria base, a nova medida provisória. “A base tem que debater com a nova equipe econômica essa opção pelo que chamam de austeridade absoluta, e que não tem pro-duzido bons resultados em lu-gar nenhum do mundo”, dis-se à Agência Senado.

Limite de isenção Quanto maior a correção, menor o IR pago pelo tra-balhador. Se a correção de 6,5% fosse aprovada, o limi-te para a isenção do IR pas-saria para R$ 1.903,98. Na tabela atual, a que vigorou em 2014, têm isenção so-mente as pessoas que ga-nham até R$ 1.787,77.

Sem a decisão, o imposto que será retido na fonte em janeiro ainda será pela de

2014, o que obrigará os em-pregadores a compensarem o imposto nos próximos sa-lários de seus funcionários.

Estudo do Sindifisco Na-cional (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal) indica que, com a in-flação oficial, o IPCA, de 2014 em 6,41%, a defasagem da ta-bela acumulada desde 1996 chega a 64,28%. Com o índice oficial de inflação e os reajus-tes salariais que ultrapassam os 8% muitos contribuintes passaram a descontar IR ou mudaram de faixa de alíquo-ta, pagando mais impostos.

Na segunda-feira, o minis-tro da Fazenda, Joaquim Levy, anunciou medidas de aumen-to de tributos para reforçar a arrecadação do governo. O objetivo é obter este ano R$ 20,6 bilhões em receitas ex-tras. A maior arrecadação vi-rá da elevação de tributos so-bre combustíveis, medida que elevará os preços da gaso-lina e do diesel. METRO

Aperto de contas. Segundo o governo, reajuste aprovado pelo Congresso teria um impacto fiscal de R$ 7 bi. Planalto enviará Medida Provisória prevendo índice de 4,5%. Defasagem em relação à inflação chega a 64%

TABELA DO IMPOSTO DE RENDABase de cálculo mensal, em %

ISENTO

7,5%

15%

22,5%

27,5%

Até 1.787,77

De 1.787,78 a 2.679,29

De 2.679,30 a 3.572,43

De 3.572,44 a 4.463,81

Acima de 4.463,81

Até 1.868,22

De 1.868,23 a 2.799,86

De 2.799,87 a 3.733,19

De 3.733,20 a 4.664,68

Acima de 4.664,68

Até 1.903,98

De 1.903,99 a 2.853,44

De 2.853,45 a 3.804,64

De 3.804,65 a 4.753,96

Acima de 4.753,96

ALÍQUOTA EM 2014CORREÇÃO DE

4,5%CORREÇÃO DE

6,5%

FONTE: MINISTÉRIO DA FAZENDA, AGÊNCIA SENADO E SINDIFISCO NACIONAL

64,28%é defasagem da

tabela desde1996

6,41%foi a inflação

oficial em2014

Dilma veta correção de 6,5% na tabela do IR

Reajuste salarial

Aeroviários fazem greve amanhãSem acordo com as com-panhias aéreas, aeroviá-rios e aeronautas pro-metem cruzar os braços amanhã. A paralisação está marcada para ocor-rer entre as 6h e 7h e causará atrasos nos prin-cipais aeroportos do país. A categoria pede aumento de 8,5% nos sa-lários e benefícios, além de melhores condições de trabalho. METRO

Venda abusiva

Varejistas levam multa de R$ 28 miAs redes Casas Bahia, Magazine Luiza, Ponto Frio, Ricardo Eletro, In-sinuante e Fast Shop fo-ram multadas num to-tal de R$ 28 milhões pelo Ministério da Justiça pela prática de venda casada. Segundo o ministério, as empresas vendiam pro-dutos juntamente com seguros e outros serviços adicionais sem que fos-sem solicitados pelo con-sumidor. As varejistas têm até 30 dias para re-colher o valor da multa sob pena de inscrição em dívida ativa e inclusão no cadastro de inadim-plentes. METRO

Dólar

Ovo de Páscoa fi ca até 10% mais caro Fabricantes de chocola-tes estimam uma eleva-ção de até 10% nos pre-ços dos ovos de Páscoa neste ano. O aumen-to é atribuído princi-palmente à alta do dó-lar, que encarece o cacau importado. A produção para a Páscoa 2015 de-ve se manter em 20 mi-lhões de toneladas (cerca de 100 milhões de ovos), o mesmo patamar de 2014, segundo a Abicab (Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados). METRO

A Petrobras informou na noi-te de segunda-feira que re-passará a elevação de tribu-tos sobre o preço da gasolina e diesel nas refinarias, ficando o preço líquido para a compa-nhia inalterado. A petroleira se posicionou após o governo ter anunciado medidas fiscais com a expectativa de elevar a arrecadação em R$ 20,63 bi-lhões em 2015.

Em nota a clientes, ana-listas do BTG Pactual pon-tuaram que os aumentos de-verão impactar o preço da gasolina realizado pela Petro-bras em cerca de 15% e o do diesel em 9%. Para os consu-midores, a projeção é de uma elevação de 7,5% na gasolina e 6,5% no diesel. Já o econo-mista-chefe do banco Fator, José Francisco Gonçalves, espera que o preço da gaso-lina suba entre 8% e 9% na bomba e o do diesel, 3%.

O governo tributará a gaso-lina em R$ 0,22 e o diesel em R$ 0,15 por litro a partir de 1º de fevereiro via PIS/Cofins. A partir do início de maio, esses

valores por litro serão dividi-dos entre o PIS/Cofins e a Ci-de (Contribuição de Interven-ção no Domínio Econômico).

Inflação acima de 7%O pacote com aumento de impostos piorou ainda mais as expectativas de inflação para este ano, com projeções acima de 7%, cada vez mais longe do teto da meta oficial, de 6,5%. Se confirmadas, a al-ta do IPCA seria a maior em mais de uma década.

“Fundamentalmente, vai sobrar para a atividade”, dis-

se Gonçalves à “Reuters”. Ele elevou em 0,5 ponto percen-tual a sua estimativa de alta do IPCA para este ano, a 7,3%.

Mesmo com a piora das expectativas de inflação, es-pecialistas não esperam que o BC possa ser mais agressi-vo na elevação da taxa básica de juro, para não afetar ain-da mais a já frágil atividade econômica. O Copom (Comi-tê de Política Monetária) do BC decide hoje sobre a Selic e as projeções são de alta de 0,50 ponto percentual, para 12,25% ao ano. METRO

Petrobras vai repassar alta de tributos sobre gasolina

Governo tributará gasolina em R$ 0,22 | ALESSANDRO SHINODA/FOLHAPRESS

O dólar comercial fechou em queda de 1,54% ontem, cota-do a R$ 2,615 na venda. É o menor valor de fechamento desde 10 de dezembro, quan-do a moeda norte-americana valia R$ 2,613. É também a maior queda percentual diá-ria desde 30 de dezembro, quando o dólar caiu 1,79%.

Na véspera, o dólar ha-via subido 1,33%. Isso abriu espaço para que caísse on-tem. No cenário internacio-nal, os investidores estavam otimistas com o crescimen-to econômico da China no quarto trimestre de 2014, que desacelerou menos que o esperado.

O mercado também rea-giu positivamente ao anún-cio do governo, na vés-pera, de quatro medidas envolvendo a cobrança de tributos em operações de crédito, combustível e im-portação. O pacote reforçou a perspectiva de maior com-prometimento do governo com o ajuste das contas pú-blicas. METRO

Câmbio. Dólar tem queda de 1,5% após pacote

Custo extra pode superar R$ 23 bilhões O aumento de tributos so-bre os combustíveis anun-ciado na segunda-feira pe-lo governo também vai contribuir para uma alta ainda maior das contas de luz em 2015. Isso porque a medida, que vai impli-car em encarecimento de R$ 0,15 por litro de die-sel, elevará o valor tam-bém do óleo que abastece termelétricas.

O subsídio ao óleo das termelétricas é uma das ações financiadas por meio da Conta de Desen-volvimento Energético. A conta extra que os con-sumidores terão que pa-gar neste ano para finan-ciar a CDE é estimada em R$ 23 bilhões, segundo a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). Com alta dos tributos sobre o óleo das termelétricas, porém, o reajuste deve fi-car ainda maior. METRO

Energia

Preços sobem com alta do dólar

VALTER CAMPANATO/ABR

7,5%é projeção do BTG Pactual para alta da gasolina nas bombas

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ABC, QUARTA-FEIRA, 21 DE JANEIRO DE 2015www.metrojornal.com.br |06| {MUNDO}

Exames realizados no corpo do promotor argentino Al-berto Nisman, encontrado morto com um tiro na têm-pora no domingo, não reve-laram indícios de pólvora, o que coloca em dúvida a ver-são de que ele poderia ter se matado. A tese de suicídio, entretanto, não foi descarta-da, uma vez que a arma en-contrada junto ao corpo é de pequeno porte e, segun-do especialistas, não costu-ma deixar traços de pólvora.

A promotora que investi-ga a morte do colega, Vivia-na Fein, disse em entrevista à Rádio Mitre que “o resulta-do do varrimento eletrônico da mão de Nisman lamenta-velmente deu negativo, mas não é um resultado inespe-rado”. Ela não descartou a tese de suicídio.

A morte de Nisman, que na semana passada acusou a presidente argentina, Cristi-na Kirchner, de acobertar o Irã no caso do atentado con-tra a Amia (Associação Mu-tual Israelita Argentina) em Buenos Aires, em 1994, uma

onda de manifestações to-mou conta da capital e do ce-nário político pedindo uma investigação profunda. A morte do promotor é tratada oficialmente como suicídio.

História ‘sórdida’Ontem Cristina voltou a usar seu perfil oficial no Facebook para se pronun-ciar sobre o caso. “Não há apenas estupor e pergun-tas”, escreveu ela. “É tam-bém uma história muito longa, muito pesada, mui-to difícil, e, acima de tudo,

muito sórdida”.“Acredito que o mais im-

portante é advertir que ten-tam fazer com o julgamen-to de acobertamento o que foi feito com o julgamento principal, 21 anos atrás: des-viar, mentir, tapar, confun-dir”, escreveu a mandatária.

O chefe de Gabinete, Jor-ge Capitanich, pediu ontem que a morte de Nisman seja investigada “até as últimas consequências” e garantiu todo o apoio institucional do governo argentino para seu esclarecimento. METRO

Argentina. Resultado põe em dúvida tese oficial de suicídio; manifestantes pediram investigação sobre morte de Alberto Nisman, que acusou governo em caso Amia

Protesto diante da Casa Rosada contra morte de Nisman | M. BRINDICCI/REUTERS

Exame dá negativo para pólvora em mão de promotor

O papa Francisco disse na segunda-feira que os católi-cos precisam ser “responsá-veis” e não devem se repro-duzir “como coelhos”. As declarações foram feitas pe-lo religioso no avião papal a caminho entre as Filipinas e Roma. Segundo ele, “Deus nos deu os meios para ser-mos responsáveis”.

“Algumas pessoas pen-sam, e desculpem minha expressão aqui, que, para ser um bom católico, eles precisam ser como coelhos. Não. Paternidade tem a ver com responsabilidade. Isso é claro”, disse o papa.

Colonização ideológica“Cada pessoa merece con-servar sua identidade sem ser colonizada ideologica-mente”, disse o papa, ao cri-ticar “grupos, instituições e nações” que buscam contro-

lar a natalidade e direitos dos homossexuais.

Nas Filipinas, o pontífice se reuniu com crianças que viveram nas ruas após se-rem abandonadas por pais que não tinham condições de criá-los. Ele se manteve firme sobre o controle arti-ficial da natalidade. METRO

Francisco se manteve firme sobrecontracepção | S. RELLANDINI/REUTERS

Papa. Católicos não devem se reproduzir ‘como coelhos’

Após acidente

Indonésia quer mudar normas da aviação

O ministro dos Transpor-tes da Indonésia, Ignasius Jonan, propôs ontem uma série de mudanças para melhorar os padrões de segurança da aviação.

Há três semanas um avião da AirAsia caiu com 162 pessoas. METRO

‘Alto’

Austrália eleva nível de ameaça terrorista

A Austrália elevou o ní-vel de ameaça terrorista contra policiais para “al-to” ontem, apesar de não haver ameaças específicas ou iminentes. METRO

A polícia francesa prendeu cinco chechenos no sul do país sob suspeita de que pre-paravam um ataque, disse ontem uma fonte policial, quase duas semanas depois que terroristas islâmicos mataram 17 pessoas em três dias de violência em Paris.

Segundo a fonte, qua-tro deles foram presos em Montpellier e um quinto em Beziers. De acordo com o jor-nal “Midi Libre”, uma carga de explosivos foi encontrada e as investigações continua-vam em andamento.

O caso ainda não foi re-passado à seção antiterro-rismo do gabinete da pro-motoria de Paris, disse uma fonte judicial.

Em Moscou, a chancela-ria disse que seus diploma-

tas confirmaram às autori-dades francesas que cinco pessoas detidas pela polícia eram russas.

Alerta de segurançaA França segue em alerta de segurança desde que ho-mens armados invadiram a redação do jornal “Char-lie Hebdo” em 7 de janei-ro e mataram 12 pessoas, no que afirmaram ser uma vingança pela publicação de charges do profeta Maomé. Outras cinco pessoas foram mortas nos dias seguintes.

Na segunda-feira, cente-nas de milhares de pessoas protestaram na região rus-sa da Chechênia contra as charges, que o líder da re-gião, chamou de “vulgares e imorais”. METRO

França. Polícia prende 5 chechenos suspeitos de preparar ataque Militantes xiitas do grupo

Houthi tomaram o palácio presidencial do Iêmen, em Sa-naa, após um breve confron-to com a segurança do local, disseram testemunhas e fon-tes de segurança à Reuters.

Guardas do palácio, que abriga o principal gabine-te do presidente Abd-Rabbu Mansour Hadi, disseram ter entregado o controle do local aos militantes Houthi após um breve confronto.

Segundo testemunhas, os xiitas tomaram veículos blin-dados que faziam a seguran-ça na entrada do palácio.

Na segunda-feira os Hou-thi travaram combates com o Exército perto do palácio pre-sidencial em um dos comba-tes mais intensos em Sanaa em anos. Eles também cerca-ram a residência do premiê iemenita. METRO

Iêmen. Xiitas tomam palácio presidencial

Nisman pode ser enterrado com vítimas da Amia, diz jornalAlberto Nisman poderá ser enterrado em um cemitério judaico de Buenos Aires jun-to a parte das vítimas do aten-tado contra a Amia, ocorrido em 1994. De acordo com o jornal “O Estado de S. Paulo”, a decisão desafia o governo Kirchner. No judaísmo, sui-cidas são enterrados em alas isoladas dos cemitérios, o que não será o caso se o enterro com as vítimas for confirma-do. A decisão ainda dependia da família de Nisman.

“O virtual ato de enter-rar Nisman com as vítimas do atentado poderia ser um simbólico e poderoso sinal de que a comunidade considera que o promotor não se suici-dou”, destaca o jornal. “Dessa forma, constituiria um ato de desafio ao governo Kirchner, que insiste na versão do ‘sui-cídio’ de Nisman. METRO

O grupo terrorista EI (Estado Islâmico) publicou ontem um vídeo em que mostra dois pri-sioneiros japoneses, exigindo US$ 200 milhões de Tóquio para evitar que sejam mortos.

Um indivíduo em pé em uma área deserta, com rou-pas pretas e segurando uma faca, diz, no vídeo, que o po-vo japonês tem 72 horas pa-ra pressionar o governo a in-terromper seu “tolo” apoio à coalizão liderada pelos EUA contra o EI. O militante não especifica a moeda em seu discurso em inglês, mas uma legenda em árabe identifica-va a divisa como dólares.

Mesma quantiaApesar de não ter data, o ví-deo foi divulgado após a visi-ta do premiê japonês, Shinzo Abe, ao Cairo, no sábado. Na ocasião, ele prometeu cerca de US$ 200 milhões em ajuda não militar a países que com-batem o EI. A quantia é a mes-ma exigida no vídeo.

Abe estava em Jerusalém ontem quando o vídeo foi di-vulgado e chamou a ameaça de “inaceitável”. “Extremis-mo e Islã são coisas comple-tamente diferentes”, disse.

“Exigimos de forma veemen-te a soltura imediata dos cida-dãos japoneses ilesos.”

Em Tóquio, o Ministério japonês de Relações Exte-riores disse estar verifican-do se a gravação é genuína e que, caso fosse, “tal ameaça por meio da tomada de pri-sioneiros é inaceitável”. A chancelaria disse estar “ex-tremamente ofendida”.

RefénsO terrorista aparece no vídeo ao lado de dois homens ajoe-lhados e vestidos em roupas cor-de-laranja, como visto em clipes anteriores do grupo.

Os reféns são identifica-dos no vídeo como Haru-na Yukawa e Kenji Goto Jo-go. De acordo com o “Wall Street Journal”, um deles seria o jornalista freelan-cer Kenji Goto. O outro ho-mem teria sido capturado enquanto trabalhava como militar contratado, segundo o “WSJ”. Goto se encontrou com Yukawa no ano passa-do e o ajudou a viajar para o Iraque em junho. METRO

EI. Grupo ameaça dois reféns japoneses e pede US$ 200 mi

Assista à integra do vídeo do EI no site: metrojornal.com.br

Vídeo segue padrão de clipes divulgados anteriormente | REUTERS TV

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EDUCAÇÃO

Enquanto os alunos vivem aquela expectativa boa para

a volta às aulas, os pais ‘rebolam’ para encaixar tudo no orçamento PÁG. 08

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ABC Quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

MARCELO PEREIRA/ METRO

MatrículaMensalidade Uniforme $$$$Material

Preços dos itens das listas subiram até 8%, mas é

possível economizar

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ABC, QUARTA-FEIRA, 21 DE JANEIRO DE 2015www.metrojornal.com.br |08| {EDUCAÇÃO}

Para estudantes, o clima de volta às aulas em geral é de animação, hora de retomar os estudos, mas também rever amigos, falar das fé-rias. Para os pais, entre-tanto, é tempo de apertar os cintos e preparar o bol-so para os gastos com ma-teriais escolares, entre ou-tros custos de começo de ano. Segundo ABFIAE (As-sociação Brasileira dos Fa-bricantes e Importadores de Artigos Escolares), estes itens já estão sofrendo rea-justes em torno de 8%.

Para o designer gráfico Tadeu Araújo o ano não co-meçou fácil. Ele tem um fi-lho de 14 anos, que vai pa-ra o primeiro ano do ensino médio. Segundo ele, a lista - toda de livros -, soma R$ 2.169,00. Para piorar tem ainda mensalidade e ma-

trícula. Com desconto to-talizam mais R$1.840. “No uniforme vai mais uns R$ 300, várias vezes comecei o ano no vermelho”, reclama Araújo.

Situação não muito di-ferente da enfrentada por Andrea Shirakura, que tem duas filhas na escola. Li-vros que constam na lista somam R$ 2.006, e os ma-teriais de papelaria R$ 410. E também teve despesas com uniformes e o reajuste anual das mensalidades. Ou seja, mais R$ 2.111.

O que fazer?A receita de Andreia é se an-tecipar. “A gente faz uma re-serva durante o ano, pois meu marido é autônomo e porque são despesas que te-mos todos os anos”. Além disso, ela sugere procurar

descontos. Para quem ainda não foi às compras, o Pro-con aconselha verificar se é possível aproveitar itens do ano anterior e antes de comprar pesquisar preços, pois a diferença costuma ser grande.

Segundo órgão, fazer compras em grupo também pode garantir descontos. Es-sas e outras dicas podem ser consultadas em uma carti-lha no link: http://tinyurl.com/llnfsus.

Outra dica é conversar com os filhos, explicar pa-ra eles a situação real da fa-mília e combinar quanto poderão gastar nos mate-riais. “Caso contrário, será fácil ceder aos desejos de-les e, com isso, gastar mais do que o planejado”, orienta Reinaldo Domingos, educa-dor financeiro. METRO

Gastos. Volta às aulas para os pais é sinônimo de listas enormes e caras; gastos aumentam com os reajustes de preços e outras despesas

Andreia Shirakura desembolsou R$ 410 só em papelaria| MARCELO PEREIRA/METRO

Apertem os cintos, que o preço subiu!

ESPECIAL+

Notas de corte

SisuCandidatos a uma vaga

no ensino superior público já podem

consultar as notas de corte do Sistema de

Seleção Unificada (Sisu), que estão disponíveis na

página do sistema: http://sisu.mec.gov.br. Para

acessá-las, basta clicar em pesquisar vagas e depois

no curso desejado.

Leia mais no metrojornal.com.br

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ABC, QUARTA-FEIRA, 21 DE JANEIRO DE 2015www.metrojornal.com.br |10| {EDUCAÇÃO}

Depois das férias, é hora de retomar a rotina. Mas con-ciliar trabalho e estudo não é tarefa fácil. “Requer mui-ta disciplina e força de von-tade, principalmente no iní-cio do ano”, orienta Wagner Sanchez, o diretor acadêmi-co do COPI (Colégio Paulis-ta) e da Faculdade Fiap. “Vo-cê está saindo de um ritmo mais tranquilo, de festas, co-memorações, enfim, um pe-ríodo prazeroso e indo para uma fase mais turbulenta”.

Para facilitar a readapta-ção ele sugere simular um retorno antecipado, alguns dias antes do início das au-las. “Escolha um dia espe-cial para você treinar como será a grande “segunda-fei-ra” de retorno, faça suas ati-vidades corriqueiras e no

horário de sua aula, vá até a faculdade ou local do cur-so”. Montar um planeja-mento também ajuda. “Es-pecifique suas atividades diárias e tenha disciplina para cumpri-las”, sugere.

“Desenvolva em um pa-pel ou texto do celular um cronograma hora a hora de seus primeiros dias. Inicie com horário de acordar, to-mar café, ir para o traba-lho, reuniões e atividades no trabalho, almoço, cafés, saída do trabalho, início das aulas, intervalo, térmi-no das aulas, até o tão me-recido descanso”, detalha o diretor.

Ansiedade Para quem está entran-do na faculdade, iniciando

uma pós, ou um curso no-vo, cuidado por que a an-siedade pode atrapalhar um bocado seu desempenho. A dica neste caso é anteci-padamente colher a maior quantidade de informações de sua faculdade ou curso. “Com certeza sua ansiedade vai diminuir, e você chegará mais preparado, afirma.

Finanças Quem trabalha e paga os es-tudos, deve ter muita aten-ção com as finanças. “Bus-que sempre ter uma reserva no fim do mês para impre-vistos futuros que possam fazer com que tenha que pa-rar o curso em caso de de-semprego”, sugere o edu-cador financeiro Reinaldo Domingos. METRO

Estudos. Principalmente no início de ano, após férias mais longas, disciplina e planejamento são fundamentais para retomar estudos

Dificuldade para adaptar-se à rotina escolar pode prejudicar desempenho no início do ano| CLÁUDIO GONÇALVEZ /FUTURA PRESS

Hora de voltar às aulas e de reajustar as rotinas

O período de volta às aulas, para crianças e adolescen-tes, em geral, tem um lado não muito agradável. A re-dução do tempo para televi-são, internet, games. Nesse caso, a dica é: nada de mu-danças bruscas. “O melhor caminho é diminuir essas atividades gradualmente”, diz a diretora pedagógica dos Colégios Copi e Módulo, Selma Maria Sabino.

Segundo ela, o mesmo vale para as horas de sono. “O horário de acordar, por exemplo, tem que ser ajus-tado ao menos uma sema-na antes do inicio das au-las, dessa forma, o corpo vai retomando sua rotina. Faça tudo aos poucos”.

Desempenho Para garantir um bom de-sempenho é importante o aluno ter uma rotina de ati-vidades que deve ser segui-da até o fim do ano, ressalta Sabino. “Com demanda alta de atividades, organização é o segredo para bons resul-tados durante a vida esco-lar”, defende a diretora. “A qualidade das lições de ca-sa, os trabalhos e as avalia-ções exigem dos alunos or-ganização e planejamento”.

A diretora defende que sem rotina o aproveitamen-to do aluno fica comprome-tido. “É importante ter um horário definido para levan-tar, ir à escola, fazer as li-ções, dormir”.

Ela acrescenta que é mui-to importante incluir uma conversa diária sobre a es-cola na rotina da família, como o que foi ensinado na-

quele dia e que tipo de tra-balhos ou projetos foram desenvolvidos.

No caso dos pequenos, que estão começando na escola, Sabina destaca que a atitude dos pais é funda-mental nessa fase. “Primei-ro passo é tranquiliza-lo, afinal a escola é o melhor lugar para uma criança es-tar”, finaliza. METRO

Para crianças e jovens, evite mudanças bruscas

Rotina da criança deve ser ajustada gradualmente| BRUNO FIGUEIREDO/FUTURA PRESS

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ABC, QUARTA-FEIRA, 21 DE JANEIRO DE 2015www.metrojornal.com.br {EDUCAÇÃO} |11|◊◊

É muito comum crianças e adolescentes terem dificul-dades para entrar no ritmo escolar após passar as lon-gas férias de verão distan-tes do ambiente escolar, se-ja em casa ou viajando. Mas

saiba que, mais do que pos-sível, é muito importante que seu filho comece o ano bem motivado.

O primeiro passo é tran-quiliza-lo, já que um novo ano costuma ser a causa de

muita ansiedade. “Os ami-gos serão os mesmos? E se forem novos colegas, eles vão gostar de mim? Quem serão os novos professores? Será que vou gostar das ma-térias da nova série?”. Essas

e outras perguntas estão na cabeça da molecada quan-do chega a hora de voltar para a escola.

AnsiedadeCabe aos pais se avaliarem.

“Será que não sou eu a causa da ansiedade de meu filho?”

Muitas vezes não acre-ditamos que na escola nos-so filho terá a mesma aten-ção e carinho que recebe em casa. Tente se tranquilizar.

“Lá, ele conquistará inde-pendência e autonomia”, ga-rante a pedagoga Rita Arru-da, da Escola Árvore da Vi-da, em São Paulo.

Adaptação. Dificuldades são comuns, mas é possível transformar o começo do ano letivo em um momento prazeroso para seu filho

Volta às aulas sem crise

A ansiedade costuma ser o maior obstáculo na volta às aulas. Veja algumas di-cas de como ajudar seu fi-lho a lidar com ela.

Toda criança gosta de organizar o material esco-lar para a volta às aulas, principalmente se ele for todo renovado. Mas aten-ção: renovar não significa apenas comprar material novo. Claro que no come-ço do ano é necessário tro-car muita coisa. Mas vo-cê pode aproveitar livros usados por outras crian-ças, encapar cadernos que já tinha, reparar lápis, es-tojo e mochila. Essas mu-danças já deixam a crian-ça motivada e ansiosa para usar o material, mes-mo quando não é recém--saído da loja.

Local aconchegantePara ter vontade de estu-dar, a criança precisa de um local aconchegante. Se ela já tem uma escriva-ninha ou uma mesa onde costuma estudar, propo-nha uma nova organiza-ção. Junto com seu filho, esvazie gavetas e arrume tudo novamente. Se o seu filho não tem um canti-nho para estudar, é hora de providenciar um. Po-de até ser a mesa da sala

ou da cozinha, mas o seu filho tem de sentir que aquele espaço é só dele na hora de fazer a lição de ca-sa. Regina Scarpa, coor-denadora pedagógica da Fundação Victor Civita, lembra que é importante que o local tenha uma boa iluminação - seja por luz natural de uma janela, ou artificial, de uma lâmpa-da - e que a televisão este-ja desligada ou bem longe.

AmizadesÉ hora de lembrar seu fi-lho de tudo o que a esco-la tem de bom. Fale das pessoas que ele mais gos-ta e irá reencontrar, aju-de-o a relembrar os pas-seios e atividades do outro ano que ele mais gostou. Nos primeiros dias, se pos-sível, chame um ou mais coleguinhas para brincar com seu filho. É uma ma-neira de estreitar nova-mente as amizades e de fazer com que seu filho te-nha ainda mais vontade de ir para a escola.

Mas se notar uma al-teração muita brusca no comportamento da crian-ça, busque ajuda especia-lizada com a coorde-nação da escola.

Dicas para seu filho começar com gás total

Com o

É hora de lembrar o que a escola tem de divertido |ANDRÉ PORTO/METRO

Com o

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ABC, QUARTA-FEIRA, 21 DE JANEIRO DE 2015www.metrojornal.com.br |12| {EDUCAÇÃO}

Prejudicada por quatro me-ses de greve em 2014, as ce-lebrações dos 80 anos da USP seguem em 2015. A par-tir desta sexta-feira, 23, uma exposição conjunta dos qua-tro museus da USP celebra o aniversário da instituição. A mostra “Olhares cruzados nos Museus da USP – Identi-dades diversas”, fica até 14 de junho, no MAC USP Ibira-puera, em São Paulo.

Foram selecionados 227 itens entre obras, ob-jetos, espécimes dos acer-vos de cada um dos qua-tro museus da USP (Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE), Museu de Arte Con-temporânea (MAC), Museu Paulista e o Museu de Zoo-logia). A ideia da exposição é cruzar diferentes olhares

em torno de identidades múltiplas. O acervo inclui peças de cerâmica, escultu-ras, pinturas e até o crânio de um chimpanzé.

“A proposta é fazer co-nexões entre os acervos dos museus, mostrando as rela-ções da estética do século

19, do Museu Paulista com a contemporânea do MAC, a de diferentes povos do MAE e a diversidade animal do Museu de Zoologia”, diz He-loisa Barbuy, professora do Museu Paulista, represen-tante da Comissão Executi-va USP 80 Anos. METRO

Exposição em museus da USP celebra aniversário

Peça indígena do Museu de Arqueologia e Etnologia |USP/DIVULGAÇÃO

Mais eventos celebram 80 anos da USPVeja outras atracões pro-gramadas para celebrar os 80 anos da Universida-de de São Paulo: Livro dos 80 anosSob coordenação do Pro-fessor José Goldemberg, reunirá as análises ela-boradas por cada uma das 42 unidades da USP a respeito de suas contri-buições para a ciência e para políticas públicas. Trata-se de um traba-lho de reflexão e balan-ço sobre a USP, que tem como objetivo pensar sobre o futuro da univer-sidade. Dados estatísti-cos também estão sendo considerados.

Edições USP 80A Edusp está preparan-do uma série de publica-ções que receberão o se-lo “USP 80”. Integrarão as coleções Os Fundadores da USP e Clássicos, além de edições individuais.

Rádio USPPrograma Conexão USP 80 Anos levará ao ar 80 entrevistas com profes-sores e egressos repre-sentativos de diferentes áreas, que falarão sobre o papel da USP em suas trajetórias e as perspecti-vas que para a universidade. Segundas, quartas e sextas, em três horários: 9h20, 16h e 20h20, na Rádio USP FM 93,7 MHz (algumas en-trevistas podem ser ou-vidas no link: http://tinyurl.com/m65d7po).

METRO

Agenda

USP em oito décadas1934. A Universidade de São Paulo inicia suas atividades 1943. Inauguração do Hos-pital das Clínicas da Fa-culdade de Medicina1951. Instituto Oceanográ-fico é incorporado à USP1963. Editora da USP é criada1972. A Escola Politécnica constrói o primeiro com-putador brasileiro, apeli-dado de Patinho Feio1986. O Instituto de Estu-dos Avançados é criado1993. Início das atividades do projeto Universidade Aberta à Terceira Idade2005. Inauguração do campus da USP Leste e a Escola de Artes, Ciências e Humanidades

Linha do tempo

Não faltam problemas à USP (Universidade de São Paulo), que completou 80 anos em 2014. Por conta da crise fi-nanceira teve até comera-ções adiadas para esse ano. Mas ainda assim, ela segue como uma das mais impor-tantes instituições de nível superior do Brasil.

Sua graduação é formada por 249 cursos em todas as áreas do conhecimento, dis-tribuídos em 42 unidades de ensino e pesquisa, com mais de 58 mil alunos.

A pós-graduação é com-posta por 239 programas, dos quais fazem parte 332 cursos de mestrado e 309 de doutorado e que têm mais de 28 mil matriculados. Atualmente, a USP é respon-sável por 22% da produção científica do país.

“No ensino e promoção da pesquisa não há dúvidas que a USP foi um sucesso”, diz o professor José Goldem-berg, que já foi reitor da uni-versidade de 1986 a 1990.

No ranking. Universidade de São Paulo permanece como uma das mais importantes instituições de ensino superior do Brasil

Em 42 unidades, USP oferece 249 cursos de graduação em todas as áreas do conhecimento; pós-graduação é composta por 239 programas |USP/DIVULGAÇÃO

USP:80 anos de história

FONTE: LIVRO O ESPAÇO DA USP: PRE-SENTE E FUTURO, DE MARIA ADÉLIA APARECIDA DE SOUZA)

Cenário internacionalA importância da institui-ção no cenário internacio-nal também não é peque-na. A USP aparece na 127ª colocação no QS World Uni-versity Ranking 2013, rea-lizado pelo Quacquarelli Symonds (QS), instituto bri-tânico especializado em edu-cação superior. Se destaca ainda como a única institui-ção brasileira a figurar entre as 200 melhores do mundo e como a universidade latino--americana mais bem colo-cada, pelo terceiro ano con-secutivo. O ranking avalia cerca de 2 mil instituições de ensino superior em todo o mundo e classifica as 700 melhores.

Na ocasião da posse, que ocorreu no aniversário de 80 anos da USP, o atual reitor, professor Marco Antonio Za-go prometeu reconstruir a relação entre alunos e pro-fessores. “Não podemos es-quecer que somos, acima de tudo, educadores”. METRO

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ABC, QUARTA-FEIRA, 21 DE JANEIRO DE 2015www.metrojornal.com.br |14| {EDUCAÇÃO}

Após concluir o ensino supe-rior é hora de seguir na bus-ca de qualificação. O leque de opções de cursos de pós-gra-duação é amplo, e dentro de-le ganham cada vez mais re-presentatividade os cursos de MBA, uma tendência para quem procura formação exe-cutiva na área de administra-ção, com foco total no merca-do de trabalho.

Os MBAs são especializa-ções na área da administra-ção, destinados ao ramo dos negócios e da gestão. Entre-tanto, cada vez mais, profis-sionais de áreas diversas têm se interessado pelos cursos. Em média, os cursos têm du-ração de 15 a 18 meses, e de-vem respeitar a carga mínima de 360 horas em sala de aula, estabelecida pelo Ministério da Educação.

Stricto ou latu sensu?No Brasil, as pós-graduações se dividem entre os cursos “stricto sensu”, que são os mestrados e os doutorados, e os “lato sensu”, que são as es-pecializações, como os MBAs. Há um equívoco em conside-rar o MBA um curso de mes-

trado profissional. Segundo o professor Marco Antonio Via-na Borges, gerente de ensi-no de pós-graduação latu sen-su da Unisinos, “o mestrado profissional está na frontei-ra [entre os dois modelos de cursos], mas o foco ainda é a pesquisa. Já o latu sensu tem mais um viés de formação profissional”.

Rosinha Carrion, sociólo-ga e professora do programa de pós-graduação em Admi-nistração da UFRGS, também alerta para as características de cada uma das modalida-des para que a escolha não se-ja feita de forma equivocada. “O MBA é mais operacional, mais técnico. O aluno apren-de a resolver o problema. A

área acadêmica é mais concei-tual. É pensar o problema, re-fletir sobre e buscar soluções para ele.”

O tempo de curso e o ti-po de formação também são completamente distintos. “É uma diferença muito grande no tempo dedicado, pois [no mestrado ou doutorado] se trabalha na formação de um

pesquisador. Já as especializa-ções são mais pontuais.”

Definição por um MBAQuando há a definição pe-lo MBA, deve-se dedicar um tempo prévio para avaliar qual instituição escolher e qual o perfil profissional se quer atingir.

“Busque informações so-bre a credibilidade da insti-tuição e quadro docente. Es-se olhar sobre os professores é importantes para ver se a área os reconhece como pro-fissionais importantes”, indi-ca a coordenadora executi-va de MBAs da Unisinos, Ana Karina da Cunha. Um perfil de turma adequado também deve ser observado com cau-tela, para que não haja con-trastes fortes entre as expe-riências profissionais dos alunos.

Ana Karina dá mais dicas: “Deve-se atentar para ou-tros ganhos além do curso que o aluno possa ter, como um espaço de networking, a possibilidade de ouvir pales-trantes de referência nacio-nal e de realizar módulos no exterior”. METRO POA

Pós-graduação. A continuação dos estudos após o ensino superior deve ser analisada com cuidado para que sejam evitadas frustrações

Saiba escolher o melhor MBAAlunos de todas as áreas

são bem-vindos nas turmas de MBA

O que levar em conta na hora de escolher um MBA:

• Credibilidade. Busque informação sobre a relevância da instituição de ensino: se esta é reconhecida na área do curso e a qualificação do corpo docente que estará em sala de aula.

• Turma ideal. O perfil de turma escolhida deve estar adequado à experiência de todos os alunos. Profissionais emergentes devem cursar com profissionais semelhantes, já grandes empresários devem estar com empresários de tamanha relevância.

• Potencialidades. Observe o que é oferecido além do curso. Contatos, palestras com profissionais de referência e a oportunidade de experiências no exterior.

Dicas

GABRIELA DI BELLA/METRO POA

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ABC, QUARTA-FEIRA, 21 DE JANEIRO DE 2015www.metrojornal.com.br {EDUCAÇÃO} |15|◊◊

Esteja certo de uma coisa: o professor terá um papel central na vida de seu filho durante este ano e é possí-vel que fique em sua me-mória por toda a vida. Por isso, conhecer bem o pro-fessor de seu filho e vê-lo co-mo um aliado na educação é uma tarefa vantajosa pa-ra todos os envolvidos. E is-so começa com as aulas, na primeira reunião - caso não haja um encontro oficial, cabe a você marcá-lo.

Não se esqueça, ainda, de que o professor está ansioso para conhecer os alunos e seus pais nesse início de ci-clo. “Assim como ele é uma figura nova na vida de cada família, as crianças também são novas para ele”, observa a coordenadora Viviane Mo-rotti Sousa Castro, que coor-

dena a Educação Infantil e o Fundamental I do Colégio Objetivo - Unidade Embaré de Santos (SP). “Humanizan-do essas relações, tudo fica mais fácil”.

Relação sólidaUm começo de relação sóli-do evita futuros desenten-dimentos. Pais e professo-res que não entram em um acordo sobre as provas e a lição de casa, por exemplo, são uma receita para o de-sastre, sobretudo nos pri-meiros anos de vida escolar da criança - e, o pior, a gran-de prejudicada nessa histó-ria é a criança.

“Se os pais não confiam em nosso trabalho, é garan-tia de que haverá problemas ao longo do ano”, alerta a professora Maria Aparecida

de Paula Vieira Freitas, do Fundamental I da Emef Al-ceu Amoroso Lima, de São Paulo. “É preciso ver o pai como um amigo, um aliado. E vice-versa”, aconselha.

ComunicaçãoLogo no início das aulas combine com o professor como será feita a comuni-cação entre vocês durante o ano. Em muitas escolas, é usado o caderno de reca-dos, por meio do qual pais e mestres resolvem suas dúvi-das no dia a dia.

Hoje em dia, porém, às vezes também pode ser usa-do o e-mail. O importante é que você consiga acessar os titulares da sala de aula de seu filho facilmente.

Confiança. No início do ano letivo, fale com os responsáveis pelo aprendizado de seu filho; pais e educadores podem tornar-se aliados

Logo no início das aulas, combine com o professor como será feita a comunicação durante o ano | ALINE CASASSA

Invista em uma boa relação com professores

Com o

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ABC, QUARTA-FEIRA, 21 DE JANEIRO DE 2015www.metrojornal.com.br |16| {CULTURA}

Utlizando a bicicleta como meio de transporte e uma câmera como ferramenta de trabalho, Raphael Bor-ges aproveita o cenário da cidade grande para fazer fo-tografias inusitadas e espe-ciais durante o percurso do seu trabalho.

“Sou repórter cinemato-gráfico, faço o trajeto até meu trabalho de bicicle-ta. Junto comigo levo mi-nha câmera por saber que durante o percurso podem render boas imagens e por onde vou faço registro de lu-gares especiais”, disse.

Por meio desses registros partiu a ideia de seu amigo Daniel Bernadinelli, curador da obra, fazer uma exposi-ção. “Resolvi mostrar algu-mas fotos, que eram resulta-do da câmera analógica que ganhei dele mesmo, mostrei alguns filmes revelados e di-gitalizados. Aí ele me propôs a ideia de montar uma expo-sição”, disse.

Mas para Borges, a ideia de expor aquelas fotos que guardava somente para ele foi inusitada, pelo simples fa-to de não acreditar que teria potencial suficiente para se

tornar em uma obra. “No co-meço achei que as fotos não tinham potencial para tan-to. Mas, com insistência, o Daniel deu a ideia de organi-zarmos no Museu de Santo André. Foi quando fiz a ins-crição para Sala Especial e ti-ve um ano todo para orga-nizar e agora, poder exibir”, disse.

O cinegrafista sempre te-ve uma admiração pela ci-dade grande pela sua movi-mentação, por quem vivia diante aquela loucura. Até mesmo os diversos edifícios construídos em diferentes formas chamavam a aten-ção dos olhares de Borges. Em 1999, o cinegrafista e sua família decidiram se mudar para Santo André. Assim, ele começou a ter seus primei-ros contatos com a cidade grande, o seu cenário ideal.

“Ao chegar aqui fiquei pensando para onde ia todo aquele povo. A cidade grande

sempre causou em mim um efeito visual, foi um sonho se mudar. Vir para cá gerou no-vas oportunidades. Sempre me impressionei com o ta-manho dos prédios, na for-ma em que a cidade sofre di-versas mutações durante o dia. Na época eu nem tinha ideia de ser cinegrafista, mas já guardava todas as imagens na minha cabeça”, disse.

Segundo o cinegrafista, a exposição traz o nome ‘FU-GA’ pelo fato dele ter em suas fotos o seu momento de liberdade para relembrar os momentos pelos quais pas-sou até aqui. “As fotografias se tornam minha fuga, guar-do elas com um carinho mui-to especial para voltar ao tempo”, afirmou.

Borges também explica outro motivo que fez ter ori-gem o nome da obra. “Toda foto tem um enquadramento que se chama ponto de fuga, onde duas linhas apontam para o mesmo lugar, obten-do múltiplos sentidos.” Para conhecer de perto um pouco mais do trabalho de Raphael Borges, a exposição estará no Museu de Santo André até o dia 31 de janeiro. METRO ABC

Fotografias urbanas inusitadas dão origem à exposição de Raphael Borges no Museu de Santo André | DIVULGAÇÃO

“A cidade grande sempre foi um efeito visual”RAPHAEL BORGES, CINEGRAFISTA

Museu de Santo André Dr. Octaviano Armando Gaiarsa (rua Senador Fláquer, 470, Centro). Entrada gratuita. Telefone: 4438-9111

Serviço

2CULTURA

Walter Salles

Rumo a Berlim

Exibido pela primeira vez durante a última Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, o filme “Jia

Zhang-ke, um Homem de Fenyang”, dirigido por Walter Salles, foi

anunciado ontem como um dos selecionados da mostra

Panorama do Festival de Berlim, que acontece entre

5 e 15 de fevereiro.

Utilizando desde 1930 as mesmas fórmulas, o cine-ma de Hollywood chegou a 1970 sem fôlego. Para evitar a perda de público, a indústria se revolucio-nou: apostou em novos di-retores e linguagens alter-nativas. Desse movimento surgiram filmes que per-manecem até hoje como clássicos, como “O Pode-roso Chefão”, de Francis Ford Coppola.

Essas produções vol-tam à telona na mostra “Easy Riders”, em cartaz no CCBB de hoje até 9 de fevereiro, com proje-ções de 23 títulos em 35 mm e outros 7 em forma-to digital, todos assinados por nomes como Brian De Palma, George Lucas, Clint Eastwood e Roman Polanski.

Essa geração tinha a di-fícil missão de diferenciar

o cinema da produção te-levisiva – para onde gran-des diretores dos anos 1960 haviam migrado. Pa-ra isso, eles colocaram nas telonas contracultu-ra (“Easy Rider”, dia 28, às 15h), críticas à Guerra do Vietnã (“A Outra Face da Violência”, dom., às 13h) e luta por liberdades in-dividuais (“Hardcore”, dia 6, às 15h30).

“Há quatro legados que

essa Hollywood deixou: a introdução do hiperrealis-mo nas telas, que influen-cia muito a linguagem ci-nematográfica brasileira, a interpretação dos ato-res focada no detalhismo, a renovação da forma de se distribuir os filmes e, por fim, a mais evidente, a popularização de que o filme é do diretor”, apon-ta Francis Vogner, um dos curadores da mostra.

Mostra. CCBB, em São Paulo, exibe 30 filmes produzidos na década de 1970 que revolucionaram a forma de Hollywood – e do mundo – fazer cinema

Eternos vanguardistas

dir: Francis Ford Coppola.

Dia 31, às 12h, e 8/2, às 14h

Primeira aliança dos grandes estúdios

com o cinema autoral.

dir: Steven Spielberg

Dias 30/1 e 2/2, às 19h30

“Filme-verão”, criou vínculo dos lançamentos

ao calendário.

dir: Woody Allen

Hoje, às 18h, e sáb., às 20h30

Vencedor do Oscar de melhor fi lme,

consagrou humor de Allen.

BRUNOBUCIS METRO BRASÍLIA

No CCBB (r. Álvares Penteado, 112, Centro, São Paulo, tel.: 3113-3651). R$ 4 (por sessão).

Serviço

Veja a programação completa da mostra no site www.metrojornal.com.br

1 2 3‘O PODEROSO CHEFÃO’ (1972) ‘TUBARÃO’ (1975)

‘NOIVO NEURÓTICO,

NOIVA NERVOSA’ (1977)

‘FUGA’: rotina urbana retratada em imagens

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ABC, QUARTA-FEIRA, 21 DE JANEIRO DE 2015www.metrojornal.com.br |18| {PUBLIMETRO}

Leitor fala

BuracosEntra ano, sai ano e os impostos que pagamos são sempre os mesmos. Logo no primeiro mês do ano já temos IPVA, IPTU e outros gastos para pagar. Since-ramente queria saber quanto do meu IPVA vai para pavimentação das ruas, porque não vejo melhora nenhuma nas vias. O que sei é que sempre tenho que ir ao mecânico para arrumar algo devi-do a buracos no meio da rua. Nem sei se alguns merecem o nome de buracos, pois, para mim, eles são verdadeiras cra-teras. A avenida Lauro Gomes na parte de São Bernardo tem um buraco gigan-te, na avenida dos Estados o motorista tem que saber lidar com o desnível e os buracos, na avenida Pereira Barreto você tem que andar desviando. Sei que 50% do valor arrecadado com o IPVA vai para o município que o veículo é regis-trado, e que a prefeitura pode usar para outros fins, não necessariamente para o recapeamento das ruas. Mas se o dinhei-ro não está nas indo pra a pavimentação das vias, está indo para onde? RICARDO SANTOS PEREIRA - SANTO ANDRÉ, SP

Correção

Diferentemente do que foi publicado na

reportagem “Seahawks e Patriots farão Super

Bowl”, publicada na página 16 do Metro Jornal de ontem, os atuais campeões da NFL são os

Seattle Seahawks.

Período para esclarecer assuntos diante

de amizades ou vivenciá-las de modo mais

especial. Atividades em grupo marcarão o

trabalho. 

O momento é de atenção com

algumas especulações que envolvam o

trabalho. Mais possibilidades para retomar

bons contatos.

Mercúrio - planeta que rege

seu signo - fica retrógrado, o que pode

marcar contratempos e necessidade de

revisões em temas cotidianos. 

O período é propício para confidências

junto a amizades e na vida amorosa.

Evite intervir demais nos assuntos de

quem se relaciona.  

Tendências a restabelecer contatos e

retomar assuntos diante das relações

com maior vínculo. Seja cuidadoso ao se

expressar. 

Temas relacionados a finanças e

interesses materiais requisitarão

atenção a detalhes para não

cometer equívocos por mero capricho.

Momento em que novos

conhecimentos e informações

proporcionarão crescimento pessoal e

profissional. Sempre tem prazer em aprender.  

Com Mercúrio retrógrado em seu

signo, revisões serão essenciais no

trabalho. Dia para retomar assuntos e

relações pendentes.

Ações voluntárias e causas coletivas

tomarão sua atenção de maneira mais

intensa. Atente-se para não esquecer de

si mesmo por isso.

O momento favorece inovações no

trabalho e uma mudança de postura com

algumas prioridades, ainda que sejam

difíceis certas adaptações. 

O empenho a assuntos de quem

tem vínculo afetivo tende a ser mais

intenso. Momento especial para algum

esclarecimento na vida amorosa.

Assuntos familiares estão propensos

a esclarecimentos e a proporcionar

responsabilidades diferentes.

Tendências a retomar conversas.

Horóscopo Está escrito nas estrelas www.estrelaguia.com.br

Período para esclarecer assuntos diante

Os invasores

Cruzadas

Sudoku

Soluções

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Google Glass fez barulho mas não foi bem recebido Já vai. Público rejeita o produto, que já foi retirado do catálogo da vendas do Google

O design do produto não foi assimilado pelos consumidores

Embora a tecnologia avan-çada do Google Glass - até então encontrada apenas em filmes de ficção cien-tífica - tenha fascinado os consumidores num pri-meiro momento, o produ-to não obteve demanda su-ficiente para continuar no mercado e foi oficialmen-te retirado do catálogo de vendas da Google.

Segundo Stuart Miles, especialista em tecnologia e fundador do site Pocke-tLint.com, um dos princi-pais portais do segmento do Reino Unido, o fracas-so do gadget ocorreu devi-do ao seu design pouco ar-rojado, que não permite que o consumidor se sinta confortável durante o uso, além do fato de que a novi-dade ter sido apresentada ao mercado sem qualquer tipo de educação prévia

que possibilitasse o públi-co a se acostumar ao pro-duto. “O dispositivo extra-polou os limites de forma muito rápida, em vez de educar lentamente as pes-soas a desejarem essa nova tecnologia”, explica.

Apesar da falha mer-cadológica inicial, exis-tem determinados setores que têm interesse no pro-duto e enxergam seu po-tencial, por estes e outros motivos, Stuart explica que certamente deve ha-ver um aperfeiçoamento no dispositivo de modo a repensar sua funcionalida-de e seu design para que se torne viral tanto entre os variados nichos tecnoló-gicos quanto entre os con-sumidores. “Tenho absolu-ta certeza que a Google vai repensar a ideia”, garante o especialista. METRO

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ABC, QUARTA-FEIRA, 21 DE JANEIRO DE 2015www.metrojornal.com.br {ESPORTE} |19|◊◊

3ESPORTE

A Fifa e a CBF lançaram ofi-cialmente ontem, em even-to realizado na Arena Corin-thians, o Fundo de Legado da Copa do Mundo 2014, que envolve o investimen-to de US$ 100 milhões (cer-ca de R$ 264 milhões) para melhorar a estrutura do fu-tebol nacional. O valor será destinado a projetos nos 15 Estados que não receberam partidas do Mundial.

O evento contou com as presenças de Jérôme Valc-ke, secretário-geral da Fifa, José Maria Marin, presiden-te da CBF, Marco Pólo Del Nero, vice-presidente da en-tidade, Ricardo Trade, chefe

do COL da Copa 2014, e Luis Fernandes, secretário-geral do Ministério do Esporte.

“O Brasil fez muito. Não estou dizendo que tudo foi feito, que tudo foi perfeito, até porque sempre falta al-go, em qualquer país que organize um grande evento, uma Copa, uma Olimpíada. Mas os serviços que tivemos foram ótimos. Funcionou tudo bem para os fãs, para a mídia, para todos. Não rece-bi uma reclamação sequer na minha mesa sobre a in-fraestrutura”, disse Valcke, que durante a organização do torneio, não poupou crí-ticas ao Brasil.

A mobilidade foi um dos aspectos usados por Fernan-des para exemplificar co-mo o Brasil tinha feito uma boa preparação. “Vejam os investimentos em aeropor-tos: concluímos 95%, e não há como explicar a operação que tivemos na Copa se não for com um investimento as-sim. Você não faz um even-to do tamanho da Copa do Mundo se operar com um alto grau de atrasos. O Bra-sil superou as metas mais rí-gidas”, disse o representante

do Ministério do Esporte.José Maria Marín, que dei-

xará o cargo em abril – e se-rá substituído por del Nero –, falou sobre o Fundo: “Agora, vamos utilizar o dinheiro do Mundial para desenvolver di-versas áreas por todo o Brasil. Vamos reforçar o esporte on-de não tem a mesma estrutu-ra dos grandes centros.”

Os recursos serão inves-tidos da seguinte forma: R$ 159 milhões na construção de infraestrutura, R$ 40 mi-lhões no desenvolvimen-to do futebol de base, R$ 40 milhões no futebol fe-minino, R$ 10 milhões em projetos na área da Saúde, R$ 10 milhões em projetos sociais e R$ 5 milhões nos custos de administração e logística da iniciativa.

Valcke também aprovei-tou a ocasião para falar sobre os “elefantes brancos”, está-dios que têm pouco uso para de jogos de futebol.

“Vocês sempre vão po-der criticar que nem todos os estádios são muito usa-dos. Mas eles estão sendo usados, e vai levar tempo até que sejam usados em seu máximo.” METRO

Em São Paulo. FIFA e CBF lançam Fundo de Legado da Copa do Mundo de 2014. Iniciativa distribuirá R$ 264 milhões para melhorar o futebol nos 15 Estados que não receberam jogos

Da esquerda para direita: Marco Polo del Nero, José Maria Marín e Jérôme Valcke | MAURICIO CAMARGO/FOLHAPRESS

Quanta diferença

A presidente Dilma Rousseff decidiu vetar o refinancia-mento das dívidas dos clu-bes de futebol. O artigo rejei-tado garantiria aos times um prazo de 20 anos para pagar os débitos, com redução de 70% das multas, corte de 30% dos juros e sem encargos.

A iniciativa, que não co-brava nenhuma contraparti-da das agremiações e era al-vo de críticas do Bom Senso F.C. – movimento de jogado-res que cobram mudanças no futebol –, foi uma ma-nobra legislativa do deputa-do federal Jovair Arantes, do PTB de Goiás. O integrante da chamada “bancada da bo-la” decidiu incluir o texto na forma de um artigo em uma Medida Provisória.

A MP nada tinha a ver com futebol e tratava da

isenção de imposto para a importação de equipamen-tos agrícolas.

Segundo Jeronimo Goer-gen, do PP do Rio Grande do Sul, a atitude atravessou as muitas discussões que esta-vam em andamento no Con-gresso. Por isso, o parlamen-tar diz que já trabalha num projeto de lei mais amplo so-bre o assunto.

Já o deputado Guilherme Campos, do PSD de São Pau-lo, disse que a nova matéria poderá criar, inclusive, a pos-sibilidade de rebaixamento de clubes inadimplentes.

O veto de Dilma Rousseff será encaminhado de volta ao Congresso, que vai ana-lisar nos próximos meses se irá manter ou contestar a de-cisão da presidente da repú-blica METRO

Nada disso. Dilma barra refinanciamento das dívidas dos clubes

Bom Senso F.C. cobrava veto de Dilma | RENATO COSTA/FRAME/FOLHAPRESS

Azarões em seus jogos, Tho-maz Bellucci e João Souza, o Feijão, não conseguiram se tornar protagonistas. Os dois representantes brasilei-ros da chave de simples fo-ram eliminados na primeira rodada do Aberto da Austrá-lia, na madrugada de ontem.

Bellucci até conseguiu vencer o primeiro set e quebrar o saque de David Ferrer no começo do se-gundo, mas parou por aí. O paulista foi derrotado por 3 a 1, levando 6 a 0 na ter-

ceira parcial, e chegando a perder 12 games seguidos. Feijão perdeu por 3 a 0 para o croata Ivan Dodig.

Número 1 do mundo, No-va Djokovic venceu por 3 a 0 o eslovaco Aljaz Bedene. Na segunda rodada ele enfrenta o russo Andrey Kuznetsov. No feminino, Serena Wil-lians superou a belga Alison Van Uytvanck por 2 a 0, per-dendo somente quatro ga-mes. Sua próxima adversária será a russa Vera Zvonareva.

METRO POA

Brasileiros caem na estreia do Aberto da Austrália

Bellucci não aguentou o ritmo de Ferrer | SCOTT BARBOUR/GETTY IMAGES

Como não jogar?

“Quem não consegue ter um bom

desempenho com Lionel Messi dentro

de campo, definitivamente,

não serve para jogar futebol”

XAVI, MEIO-CAMPISTA E COMPANHEIRO

DE MESSI NO BARCELONA, EM ENTREVISTA

AO JORNAL ESPANHOL “MARCA”

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ABC, QUARTA-FEIRA, 21 DE JANEIRO DE 2015www.metrojornal.com.br |20| {ESPORTE}

O surfista Ricardo dos Santos, de 24 anos, morreu no início da tarde de ontem, um dia depois de levar três tiros em frente à sua casa, na Guarda do Embaú, em Palhoça, Santa Catarina. O atleta passou por quatro cirurgias no Hospital Regional de São José, mas per-deu muito sangue e não resis-tiu aos ferimentos que atingi-ram pulmão e tórax.

Ricardinho, como é conhe-cido, foi baleado após discutir com dois homens. Um deles é Luiz Brentano, policial militar do 8º Batalhão de Joinville e o outro é irmão do PM.

Segundo informações da Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina, Ricardinho teve um quadro hemorrágico sério. Ele recebeu mais de 100 doações de sangue – inclu-sive, uma campanha nas re-des sociais foi promovida pa-ra ajudar o surfista.

O atleta foi levado ao hos-pital pelo helicóptero do Cor-po de Bombeiros e deu en-

trada consciente no pronto atendimento. Ele sofreu com as hemorragias, passou por quatro cirurgias – a última na manhã de ontem –, ficou na Unidade de Tratamento In-tensivo, mas não conseguiu reagir ao tratamento.

Entenda o casoNa manhã da última segun-da-feira, Ricardinho e o avô faziam uma obra em casa. O carro do PM teria parado em cima de um cano em frente à casa do surfista. O avô pediu para que os dois homens re-tirassem o veículo para que o reparo no cano pudesse con-tinuar. O policial teria se ne-gado, e Ricardinho foi tirar sa-tisfações, o que resultou em três tiros. Brentano foi preso em flagrante por tentativa de homicídio, mas alegou legíti-ma defesa. Segundo a nota da corporação, o soldado respon-derá inquérito administrati-vo, além do que foi instaura-do pela Polícia Civil. METRO

Aos 24 anos. Surfista Ricardo dos Santos, baleado em frente à sua casa na última segunda-feira, não resiste a ferimentos. Um dos suspeitos é soldado da Polícia Militar

Ricardinho era especialista em ondas pesadas e tubulares | REPRODUÇÃO/FACEBOOK

Luto no surfe

Ricardo dos Santos surfava desde os 7 anos | REPRODUÇÃO/FACEBOOK

“Por que isso acontece com gente do bem? Gente boa, sempre ajudando o próximo, exemplo de pessoa”

GABRIEL MEDINA, SURFISTA

FÁBIO GUINALZ/FOTOARENA

CELSO PUPO/FOTOARENA

ALVINHO DUARTE/FOTOARENA

BIA ALVES/FOTOARENA

Amigos lamentam

“Garoto cheio de talento e de vida... todo o apoio e muita força para família suportar essa imensa tragédia” GUGA, EX-TENISTA

“O que falar quando se perde um grande amigo? Quero manter a sua coragem em minha mente para seguir em frente”

MINEIRINHO, SURFISTA

“Triste notícia!!! Descanse em paz, Ricardinho. Nesse país as leis não amedrontam a nada e a ninguém. ” SANDRO DIAS, SKATISTA