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FLIP FESTA LITERÁRIA INTERNACIONAL DE PARATY Brasília abrigou base dos EUA de espionagem por satélite Equipes da Agência de Segurança Nacional (NSA) e da Agência Central de Inteligência (CIA) trabalharam em conjunto em Brasília, onde funcionou, pelo menos até 2002, uma das 16 bases que os EUA montaram para a coleta de informações por satélites, infor- mam ROBERTO KAZ e J OSÉ CASADO. Docu- mentos da NSA, de 2002, vazados pelo ex- agente da CIA Edward Snowden, aos quais O GLOBO teve acesso, revelam o padrão de monitoramento em escritórios dentro e fora dos EUA. Não se sabe se a base de espiona- gem, as equipes e as práticas se mantêm. A presidente Dilma Rousseff se reuniu com ministros ontem de manhã e determinou que fossem pedidas explicações aos EUA so- bre a revelação do GLOBO de que os EUA monitoraram milhões de e-mails e telefone- mas de cidadãos brasileiros. A Polícia Fede- ral e a Anatel vão investigar se empresas bra- sileiras colaboraram com a espionagem. “Se isso realmente ocorreu, configura crime contra a legislação brasileira e a Constitui- ção. Se tiver empresa brasileira mancomu- nada com empresas estrangeiras para que- brar sigilo telefônico e de dados, é um absur- do”, disse o ministro Paulo Bernardo (Comu- nicações). O governo brasileiro também vai propor à ONU a criação de uma regulação internacional para evitar abusos e prometeu agir para acelerar a tramitação do marco ci- vil da internet no Congresso. PÁGINAS 21 e 22 Equipes das agências NSA e CIA trabalharam juntas para coleta de dados no país Governo Dilma cobra explicação de americanos sobre monitoramento de e-mails e telefonemas de brasileiros e vai propor à ONU medidas de regulação internacional da internet para evitar abusos. PF e Anatel investigarão a suposta colaboração de empresas nas interceptações EXCLUSIVO _ OGLOBO SEGUNDA-FEIRA, 8 DE JULHO DE 2013 ANO LXXXVIII - Nº 29.190 Irineu Marinho (1876-1925) (1904-2003) Roberto Marinho RIO DE JANEIRO oglobo.com.br 2ª Edição Preço deste exemplar no Estado do Rio de Janeiro R$ 2,50 - Circulam com esta edição: Segundo Caderno e caderno Esportes SEGUNDO CADERNO A famosa companhia Alvin Ailey American Dance Theater volta a se apresentar no Rio em setembro. O VIGOR DA DANÇA Entreouvido em Brasília (2) — É impressão nossa ou a coisa está ficando mais preocupante? CHICO Sem aval do MEC, 800 famílias educam crianças fora da escola. PÁGINA 6 EDUCAÇÃO O DILEMA DO ENSINO EM CASA Encerrada ontem em Paraty, a Flip foi marcada por debates que extrapolaram a literatura, como nas mesas que discutiram as manifestações pelo país. Em 2014, a festa será em agosto, para driblar a Copa. PÁGINA 14 O BALANÇO DE UMA FESTA POLÍTICA A tentativa do governo federal de segurar os reajustes das tarifas públicas terá como consequências o aumento da inflação e a redução de investimentos. Na avaliação de economistas, essa interferência funciona como uma bomba-relógio, que poderá explodir no início do ano que vem. PÁGINA 15 Tarifa sem aumento só adia inflação Bomba-relógio Devido aos protestos das últimas semanas, as Forças Armadas decidiram aumentar o contingente que fará a segurança da visita do Papa, durante a Jornada Mundial da Juventude. PÁGINA 7 Jornada terá mais segurança Depois dos protestos A presidente da Agência Nacional do Petróleo, Magda Chambriard, diz que os problemas enfrentados pelo grupo de Eike Batista não afetarão o apetite do mercado pelo leilão do Pré-Sal. PÁGINA 17 Edital do Pré-Sal sai amanhã Petróleo e gás No dia em que completou um ano de clube, Seedorf deu de presente à torcida do Botafo- go a liderança isolada do Campeonato Brasi- leiro, com 13 pontos. O craque holandês mar- cou o gol da vitória sobre o Fluminense, por 1 a 0, ontem, na Arena Pernambuco, diante de apenas 7.882 pagantes. O tricolor continua em quarto, com nove pontos. O Vasco perdeu para o Internacional por 5 a 3, em Caxias do Sul, e o técnico Paulo Autuori deve oficializar hoje sua saída. O Flamengo terminou a roda- da em 18º lugar, na zona de rebaixamento. BOTAFOGO VENCE FLU E ASSUME LIDERANÇA Seedorf faz gol da vitória alvinegra Festa. Seedorf comemora o seu gol, que deu a vitória ao Botafogo, seguido por Gabriel ESPORTES HANS VON MANTEUFFEL Um grupo de golfinhos passeia pela orla do Arpoador, disputando as atenções de banhistas, num domingo ensolarado e de mar cristalino. VISITAS NA PRAIA GUITO MORETO Decreto criará regras para compartilhar telefonia e luz. PÁGINA 20 DIGITAL & MÍDIA MAIS TELES NOS POSTES DE RUA Anderson Silva perdeu, de forma patética, o cinturão dos médios no MMA. Começou a luta zombando do americano Chris Weidman, mas foi nocauteado e vaiado. DO DEBOCHE AO NOCAUTE DAVID BECKER/AP Golpe. Weidman acerta o brasileiro e o leva à lona em Las Vegas DIVULGAÇÃO

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FLIPFESTA LITERÁRIA INTERNACIONAL DE PARATY

Brasília abrigou base dos EUAde espionagem por satélite

Equipes da Agência de Segurança Nacional(NSA) e da Agência Central de Inteligência(CIA) trabalharam em conjunto em Brasília,onde funcionou, pelo menos até 2002, umadas 16 bases que os EUA montaram para acoleta de informações por satélites, infor-mam ROBERTO KAZ e JOSÉ CASADO. Docu-mentos da NSA, de 2002, vazados pelo ex-

agente da CIA Edward Snowden, aos quaisO GLOBO teve acesso, revelam o padrão demonitoramento em escritórios dentro e forados EUA. Não se sabe se a base de espiona-gem, as equipes e as práticas se mantêm. Apresidente Dilma Rousseff se reuniu comministros ontem de manhã e determinouque fossem pedidas explicações aos EUA so-

bre a revelação do GLOBO de que os EUAmonitorarammilhões de e-mails e telefone-mas de cidadãos brasileiros. A Polícia Fede-ral e a Anatel vão investigar se empresas bra-sileiras colaboraram com a espionagem. “Seisso realmente ocorreu, configura crimecontra a legislação brasileira e a Constitui-ção. Se tiver empresa brasileira mancomu-

nada com empresas estrangeiras para que-brar sigilo telefônico e de dados, é umabsur-do”, disse oministro Paulo Bernardo (Comu-nicações). O governo brasileiro também vaipropor à ONU a criação de uma regulaçãointernacional para evitar abusos e prometeuagir para acelerar a tramitação do marco ci-vil da internet no Congresso. PÁGINAS 21 e 22

Equipes das agências NSA e CIA trabalharam juntas para coleta de dados no paísGovernoDilma cobra explicação de americanos sobremonitoramento de e-mails e telefonemas de brasileiros e vai propor àONUmedidasde regulação internacional da internet para evitar abusos. PF eAnatel investigarão a suposta colaboração de empresas nas interceptações

EXCLUSIVO_

OGLOBOSEGUNDA-FEIRA, 8 DE JULHO DE 2013 ANO LXXXVIII - Nº 29.190 IrineuMarinho (1876-1925) (1904-2003)RobertoMarinho RIO DE JANEIRO oglobo.com.br

2ª Edição Preço deste exemplar no Estado do Rio de Janeiro R$ 2,50 - Circulam com esta edição: Segundo Caderno e caderno Esportes

SEGUNDOCADERNO

A famosacompanhiaAlvin AileyAmericanDance Theatervolta a seapresentar noRio emsetembro.

O VIGOR DADANÇA

Entreouvido em Brasília (2)

—É impressão nossa ou a coisa estáficandomais preocupante?

CHICO

Sem aval do MEC, 800famílias educam criançasfora da escola. PÁGINA 6

EDUCAÇÃO

O DILEMA DOENSINO EM CASA

Encerrada ontem em Paraty, aFlip foi marcada por debates queextrapolaram a literatura, comonas mesas que discutiram asmanifestações pelo país. Em2014, a festa será em agosto,para driblar a Copa. PÁGINA 14

O BALANÇO DE UMAFESTA POLÍTICA

A tentativa do governo federalde segurar os reajustes dastarifas públicas terá comoconsequências o aumento dainflação e a redução deinvestimentos. Na avaliaçãode economistas, essainterferência funciona comouma bomba-relógio, quepoderá explodir no início doano que vem. PÁGINA 15

Tarifa semaumento sóadia inflação

Bomba-relógio

Devido aos protestos dasúltimas semanas, as ForçasArmadas decidiram aumentaro contingente que fará asegurança da visita do Papa,durante a Jornada Mundial daJuventude. PÁGINA 7

Jornada terámais segurança

Depois dos protestos

A presidente da AgênciaNacional do Petróleo, MagdaChambriard, diz que osproblemas enfrentados pelogrupo de Eike Batista nãoafetarão o apetite do mercadopelo leilão do Pré-Sal. PÁGINA 17

Edital do Pré-Salsai amanhã

Petróleo e gás

No dia em que completou um ano de clube,Seedorf deu de presente à torcida do Botafo-go a liderança isolada do Campeonato Brasi-leiro, com 13 pontos. O craque holandês mar-cou o gol da vitória sobre o Fluminense, por 1a 0, ontem, na Arena Pernambuco, diante de

apenas 7.882 pagantes. O tricolor continuaem quarto, com nove pontos. O Vasco perdeupara o Internacional por 5 a 3, em Caxias doSul, e o técnico Paulo Autuori deve oficializarhoje sua saída. O Flamengo terminou a roda-da em 18º lugar, na zona de rebaixamento.

BOTAFOGO VENCE FLUE ASSUME LIDERANÇA

Seedorf faz gol da vitória alvinegra

Festa. Seedorf comemora o seu gol, que deu a vitória ao Botafogo, seguido por Gabriel

ESPORTES

HANSVONMANTEUFFEL

Um grupo de golfinhospasseia pela orla doArpoador, disputandoas atenções debanhistas, numdomingo ensolarado ede mar cristalino.

VISITASNA PRAIA

GUITO MORETO

Decreto criará regraspara compartilhartelefonia e luz. PÁGINA 20

DIGITAL&MÍDIA

MAIS TELES NOSPOSTES DE RUA

Anderson Silva perdeu,de forma patética, ocinturão dos médios noMMA. Começou a lutazombando do americanoChris Weidman, mas foinocauteado e vaiado.

DO DEBOCHEAO NOCAUTE

DAVID BECKER/AP

Golpe.Weidman acerta o brasileiro e o leva à lona em Las Vegas

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2 l O GLOBO Segunda-feira 8 .7 .2013

Página2

aLeia tambémnestaedição

Comnegociações para governode transição travadas, país foipalco de novos protestos contraqueda deMursi. MUNDO, PÁGINA 23

Putin diz temer umaguerra civil no Egito

Após protestos, presidenteanuncia hoje Pacto Nacionalpela Saúde, com promessasfeitas em junho. PAÍS, PÁGINA 4

Dilma lança plano paratrazer médicos de fora

Gil Barbosa, de 53 anos, levouum tiro no dia 8 de junho. Eleteria errado o trajeto por falhana sinalização. RIO, PÁGINA 10

Morre motorista baleadoao entrar na Vila do João

Pessoas vão até as varandas para ver a corrida dos touros durante o Festival de San Fermin, emPamplona, no norte da Espanha. O festival é símbolo da cultura local e atrai milhares de turistasque querem testemunhar touros correndo atrás de homens, apesar da forte condenação pelosgrupos de direitos dos animais. LÍVIABREVES, [email protected]

Assistindo de camaroteVisões

PEDRO ARMESTRE/AFP

Denúncias e orçamentos malformulados prejudicampopulação em cidades comtrânsito saturado. PAÍS, PÁGINA 3

Atraso marca obras demetrô nas capitais

Desempenho fraco dos paísesemergentes terá impactonegativo, diz ChristineLagarde. ECONOMIA, PÁGINA 16

FMI diz que mundocrescerá menos este ano

Daniel Pellegrini, de 20 anos,o MC Daleste, apresentava-seem Campinas. Polícia procuraautor do disparo. PAÍS, PÁGINA 5

Cantor de funk é mortodurante show em SP

EmHeliópolis, fogo ainda feriu19 pessoas. Em Porto Alegre,incêndio atingiu prédio doMercado Público. PAÍS, PÁGINA 5

Incêndio mata três emfavela de São Paulo

Pessimistas, empresáriosengavetam projetos ousados.ECONOMIA, PÁGINA 16

GEORGEVIDOR

Egito.Helicópteros sobrevoam a Praça Tahrir, no Cairo, epicentro dos protestos que levaram àderrubada deMohamedMursi pelas Forças Armadas. Adly Mansour assumiu como presidente interino.

Protesto.Numa rodovia paulista, vândalos queimaramcabines de pedágio, emmais umdia de bloqueios.

CARLOS SOUSA RAMOS/AGÊNCIA ANHANGUERA

| ImagensdaSemana |

Loteriasl O leitor deve checar os resultados em agências oficiais e nosite da CEF porque, com os horários de fechamento do jornal,os números aqui publicados, divulgados sempre no fim danoite pela CEF, podem eventualmente estar defasados.

MEGA-SENA 1.509

l01 l06 l27l46 l51 l59Acumulado em R$ 22 milhões

LOTOMANIA 1.363

l02 l03 l14 l17 l25 l32 l35 l36 l46 l50l51 l57 l63 l64 l65 l66 l74 l81 l84 l85Um ganhador com 20 acertos

QUINA 3.232

l05 l31 l59l61 l78Um ganhador

ÉdoBrasil.Neymar vibra comum gol na vitóriade 3 a 0 sobre aEspanha, na finalda Copa dasConfederações, noMaracanã. Ele foieleito omelhorjogador da partida,que teve aindadois gols de Fred, eda competição.

CEZAR LOUREIRO

a Personagensdodia

Timothy GeithnerEx-secretário doTesouro dos EUAganha até US$ 200mil por palestra, oque o inclui nogrupo de estrelascomo Bill Clinton eTony Blair.ECONOMIA, PÁGINA 16

ENTRE OS MAIS BEMPAGOS DO MUNDO

ANDRÉ COELHO/7-2-2011O número 2 domundo derrotou osérvio NovakDjokovic equebrou um jejumde 77 anos semvitória britânicaem Wimbledon.CADERNO ESPORTES

UM BRITÂNICO VIRA REINA TERRA DA RAINHA

REUTERS

Andy Murray Felipe MassaO pilotoabandonou o GPda Alemanha deF-1. É a quarta veznas últimas quatrocorridas. A Ferraridiz que foi culpadele; ele nega.CADERNO ESPORTES

MARÉ DE AZAR DOBRASILEIRO DA FERRARI

AP

STEVE CRISP/REUTERS

RICARDONOBLAT

| |

[email protected]

“Não pensem que eu estou acuada. Voupara cima e vou disputar o nosso legado.”Dilma, presidente da República_

Sevocê imaginava que o PT se resignaria emser expulso das ruas pelos manifestantes queconvulsionam pedaços das maiores cidadesdo país, sinto muito, enganou-se. Avalizadapor Dilma, a ordem foi emitida pela direçãodo partido: lustrem as estrelas guardadasjunto com antigas lembranças. Espanem apoeira das bandeiras rotas. Dispam-se dostrajes de burocratas. Todos às ruas napróxima quinta-feira.

Um retrato na parede

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POUCO IMPORTA que o “Dia Nacional de Luta”, queprevê passeatas e greves, tenha sido convocado pe-las centrais sindicais emovimentos afins. O PT nãoamanhecerá menor no dia seguinte só porque pe-gou carona emato alheio. De resto, é o governo quetudo financia. Até mesmo o que poderá machucá-lo um pouquinho. O peleguismo se renovou. Masnão deixou de ser peleguismo.

QUE PALAVRAS de ordem gritará o PT? O que cobra-rá por meio de faixas e cartazes? O governo enco-mendou o apoio à reforma política elaborada poruma Assembleia Nacional Constituinte exclusiva esubmetida a um plebiscito. O PT entregará a enco-menda. Por absurda, a ideia da Constituinte foi se-pultada em menos de 24 horas. O plebiscito nau-fragou por falta de tempo para que seus efeitos in-cidissem sobre as eleições do próximo ano.

DILMA ESPERAVA lucrar com uma reforma que lhe ga-rantissemelhores condiçõesde concorrer ao segundomandato. E que levasse o PT a emergir da eleição ain-da mais forte. Casuísmo descarado, pois — não a re-forma,necessária.Masapressa comque seria feita e atentativa de empurrar goela abaixo do Congressopontos da reformadestinados a agradarDilma e o PT.

A INSISTÊNCIA com a Constituinte e o plebiscito traio desejo de Dilma em responsabilizar o Congressopela reforma que ele não quer fazer. E denuncia omomento confuso e delicado que o governo atra-vessa. Uma pena o PT não poder dizer aqui fora oque diz quando se reúne no escurinho do cinema.Ou mesmo o que começou a dizer recentemente aDilma. A coragemmuitas vezes é movida pelo me-do. E o PT receia perder o poder.

A POLÍTICA econômica está uma droga. A culpa nãocabe apenas aGuidoMantega—aquele queFernan-do Henrique chamou de “bem fraquinho” quandovirou ministro da Fazenda do governo Lula. Cabetambém a Dilma— aquela que Lula apresentou co-mo melhor gestora do que ele. Maluf elegeu CelsoPitta prefeito de São Paulo pedindo para não vota-remmais nele,Maluf, casoPitta fracassasse. Pitta fra-cassou. Lula não foi tão longe em relação a Dilma.

AUMENTA A inflação. Diminuem os investimentos.Desequilibram-se as contas públicas. Revisa-se pa-ra baixo o Produto Interno Bruto (PIB), a soma detodas as riquezas do país. O governo carece de umaestratégia compartilhada por seus 39 ministros. Háministros demais e competência demenos. Em lar-ga medida, o voluntarismo de Dilma é responsávelpelomau desempenho da economia. Seu desprezopelos políticos só lhe cria problemas.

LULA MONTOU uma gigantesca coligação de partidospara eleger Dilma e ajudá-la a governar. Esqueceu-sede escalarministros aptos a cuidar da articulação polí-tica. Apostou suas fichas emPalocci, posto na Casa Ci-vil para escorarDilma.Descobriu-se que ele se tornaramilionário enquanto fazia política. Acaboudemitido. Acoligação ameaça se esfarelar. A persistir a queda deDilma nas pesquisas, ela será abandonada.

O PT DO passado teria material de sobra para naquinta-feira ecoar a voz das ruas. O de hoje, não. Éapenas uma fotografia na parede.

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Foto ‘viva’Instruções

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Segunda-feira 8 .7 .2013 O GLOBO l 3

PaísDEPOISDOSPROTESTOS_

Nos trilhos do atrasoEmmeio a denúncias, obras de metrô em capitais se arrastam e agravam caos no trânsito

-SÃO PAULO-Para viabilizar o planodemobilidade ur-bana anunciado pela presidente Dilma Rousseffcomo resposta à onda de manifestações que to-mou o país nas últimas semanas, os governos fe-deral e estaduais terão que destravar obras deme-trô que se arrastamháanos e são alvode suspeitasde irregularidades. Há casos de projetos que co-meçaram a ser executados ainda no século XX,atravessaram gestões e, até hoje, não foram con-cluídos. Denúncias de superfaturamento, conluioem licitações e falta de recursos estão por trás dasdificuldades das administrações para colocar li-nhas demetrô em funcionamento empelomenosquatro capitais: Fortaleza, Salvador, Belo Horizon-te e São Paulo. Em outras duas cidades, Curitiba ePorto Alegre, projetos recentemente anunciadosestão emperrados por problemas com custos.Com 2,4 milhões de habitantes, Fortaleza não

tem uma linha de metrô em operação completa,apesar de a obra ter sido iniciada em1999. Em ju-nho do ano passado, 18 das 20 estações da linhasul da cidade foram abertas ao público, mas atéhoje o funcionamento ocorre apenas das 8h às12h, semcobrançade tarifa.Nãoháumaprevisãopara a abertura em período integral, porque go-verno do estado e prefeitura não chegaram a umacordo sobre o valor da tarifa para que possaocorrer a integração com o bilhete único, susten-ta a empresaMetrofor, que opera o sistema.O impasse sobre a tarifa é sómais um capítulo

do histórico de problemas da obra de R$ 1,7 bi-lhão. Entre 2007 e 2009, o projeto ficou paralisa-do porque oTribunal deContas daUnião (TCU)determinou o corte no repasse de verbas doPAC devido a indícios de superfaturamento deR$ 65milhões na execução de serviços. O gover-no do Ceará foi à Justiça para retomar a obra.Em fevereiro de 2012, a presidente Dilma che-

gou a visitar o canteiro de obras, quando anunci-ou o investimento de R$ 2 bilhões para a constru-ção da segunda linha de metrô de Fortaleza, queainda está em fase de licitação. O governo atualinformou que essa obra será concluída em 2017.

SEM USO, TRENS FICAM DETERIORADOS EM SALVADORTerceira maior cidade do país, com 2,7 milhõesde habitantes, Salvador vive situação ainda piorque Fortaleza. Na capital baiana, o metrô já temseis quilômetros de trilhos e trens para seremoperados. Mas os passageiros ainda não podemdesfrutar de nada disso. Treze anos depois do iní-cio das obras, o projeto passou da prefeitura parao governo do estado, que promete os seis quilô-metros restantes para, finalmente, pôr a linha emoperação até junho do próximo ano.As últimas três gestões da prefeitura da cidade

são investigadas pelo Ministério Público Estadualpor suspeita de irregularidades na execução dasobras. Os trens comprados em2009 já estão deteri-orados. A Secretaria de Desenvolvimento UrbanodaBahia informouque, no edital deParceria Públi-coPrivada (PPP)paraaoperaçãoda linha, estápre-vista “uma avaliação dos trens e as revitalizaçõesporventura necessárias visando à entrada em ope-ração de forma segura e com as especificações dequalidade atendidas”. O governo federal prometeuinvestir R$ 1 bilhão no metrô de Salvador para aconstrução de outra linha, com 21 quilômetros.

QUINZE ANOS DE OBRAS NA SEGUNDA LINHA DE BHEm comparação com as duas cidades, Belo Hori-zonte até pode se considerar privilegiada. Temuma linha inteira de metrô. O problema é que aconstrução de uma segunda linha começou háquase 15 anos. O projeto era tocado pela Compa-nhia Brasileira de TrensUrbanos (CBTU), uma es-tatal federal. As obras pararam em 2004 por faltade recursos. Agora, o projeto foi assumidopelo go-verno estadual, que pretende concluí-lo até 2017.Namaior cidade do país, a expansão de 11,5 qui-

lômetros da linha 5 dometrô de São Paulo será en-tregue cinco anos depois do previsto. Segundo oMetrô de São Paulo, o atraso foimotivado pela sus-pensão das obras entre outubro de 2010 emaio de2011, paraqueaCorregedoriadoestado investigas-se conluio na licitação.O MP chegou a obter na Justiça a interrupção

das obras, decisão derrubada após recurso dogoverno estadual. Com problemas em desapro-priações e licenças, um grupo de cinco estaçõesda linha 4 só deve ser entregue em 2015, comcinco anos de atraso. Foi nessa obra que houveo desabamento que deixou sete pessoasmortas,em janeiro de 2007. Segundo o Metrô paulista,ocorreram ainda problemas com as exigênciasfeitas pelos financiadores internacionais.— O que está acontecendo nessas cidades

é uma irresponsabilidade com o dinheiropúblico. São casos de descontinuidade polí-tica e falha na gestão — avalia Jaime Wais-man, professor de transporte público da Es-cola Politécnica da USP.Waisman acredita que o país precisa mudar o

padrão do gestão para poder viabilizar os proje-tos agora exigidos, nas ruas, pela população:— Estamos atrasadíssimos. O olhar do poder

público sobre o transporte sempre foi muito re-lapso e agora a coisa está explodindo. l

SÉRGIOROXO

[email protected]

FELIPE HANOWER/30-04-2012

Espera sem fim. Obras da linha 4 do metrô, na Barra, no Rio: pedra fundamental da Linha 1 (Tijuca-Ipanema) foi lançada há quatro décadas; de lá para cá, duas linhas construídas

AS OBRAS DE METRÔ PELO PAÍS

* Metrô começou a operar em 2012 com 18 das 20 estações previstas, mas apenas das 8h às 12h.Não há previsão de quando haverá funcionamento em tempo integral

Linha SulInício: 1999Previsão atual de entrega: não há*Extensão: 24,1 kmsInvestimento: R$ 1,7 bilhão

FORTALEZA

Atraso10 anos

Atraso9 anos

Linha 5Atraso

2 anos

Atraso2 anos

Atraso1 ano

Linha 4Atraso5 anos

Atraso9 anos

Linha azulInício previsto: 2013Previsão atual de entrega: não háExtensão: 14 kmsInvestimento: R$ 2,3 bilhõesProjeto está parado porque novagestão da prefeitura entendeu queo custo está subestimado

CURITIBA

Linha 1Início previsto: 2013Previsão atual de entrega: não háExtensão: 15 kmsInvestimento: R$ 2,4 bilhõesHá um impasse sobre os custosdo projeto. Não há previsão de início

PORTO ALEGRE

SÃO PAULO

Linha 4Início: 2004Previsão atual de entrega: 2015Extensão: 12,8 kmsInvestimento: R$ 1,8 bilhão

Linha 5Início: 2010Previsão atual de entrega: 2016Extensão: 11,5 kmsInvestimento: R$ 4 bilhões

Linha 1Início: 2000Previsão atual de entrega: junho de 2014Extensão: 12 kmsInvestimento: R$ 778 milhões

SALVADOR

Linha 2Início: 1998Previsão atual de entrega: 2017Extensão: 21 kmsInvestimento: R$ 600 milhões

BELO HORIZONTE

UDEVAGAR,QUASEPARANDO

A última estação de metrô no Rio— General Osório, em Ipanema— foi inaugurada em dezembrode 2009, quase 40 anos depoisdo lançamento da pedrafundamental do projeto da Linha1 (Tijuca-Ipanema) pelo entãogovernador do Estado daGuanabara Negrão de Lima.Desde que foi entregue oprimeiro trecho (Glória-PraçaOnze), em março de 1979, ometrô carioca andoulentamente. Depois de três

décadas de obras e inúmerasparalisações, conseguiu construirapenas duas linhas e 35 estações.

DepoisqueoRio foi escolhidocomosededasOlimpíadasde2016,oestadodecidiuampliar osistemametroviário, ressuscitandopartedaLinha4 (BarradaTijuca-Botafogo), licitadano fimdosanos90eesquecidanagaveta.Naversãoolímpica, porém,o trajeto foimodificado.Optou-sepor expandir aLinha1de IpanemaatéaGáveaefazer o trechoGávea-Barra, da

antigaLinha4.Asobras, orçadasemR$8,5bilhões, estãoemandamentoe, apostaoestado,ficarãoprontasa tempodos jogos.

O governador Sérgio Cabralestará hoje em Brasília para tratarde recursos para a obra da Linha3. Cabral quer R$ 2,5 bilhões dedinheiro da União para a Linha 3,que liga Niterói, São Gonçalo eItaboraí. Segundo ele, a União sóentra com empréstimos viabancos, como BNDES, Banco doBrasil e Caixa Econômica Federal.

NO RIO, QUATRO DÉCADAS ATÉ A ÚLTIMA ESTAÇÃO

EmPorto Alegre, revisão deconta pedemais R$ 2 bilhões;em Curitiba, obra subavaliada

-SÃO PAULO- Não só as obras antigas demetrô, em diferentes capitais de Nortea Sul do Brasil, sofrem com impassesque atrapalham a execução. Pelo me-nos dois novos projetos, prometidosrecentemente, não têm data para sairdo papel.Os moradores de Curitiba e Porto

Alegre ainda vão ter de aguardar maistempo para usar o transporte sub-terrâneo. Em 2011, foi anunciado oprojeto de Curitiba, cidade de 1,7 mi-lhão de habitantes, que ganharia asua primeira linha de metrô, com 14quilômetros de extensão. O custo se-ria de R$ 2,3 bilhões e o governo fede-ral arcaria com R$ 1,7 bilhão. Mas noinício deste ano, quando a nova ges-tão assumiu o comando da cidade, foifeita uma avaliação de que o valor daobra estava subestimado.De acordo com a administraçãomu-

nicipal, neste momento está sendofeita uma consulta pública para saberse as empresas podem tocar o projetocom o valor orçado. Existe também apossibilidade de a prefeitura de Curi-tiba utilizar o anúncio feito pela presi-dente Dilma Rousseff, de que repassa-rá mais R$ 50 bilhões para municípiose governos estaduais tocarem obrasde mobilidade, para pedir mais recur-sos. Depois de iniciada, a obra temprazo de execução de quatro anos.Havia a expectativa de que a linha es-tivesse pronta até 2016, o que já nãoirá mais acontecer. O atraso é de, pelomenos, dois anos.

CONTA NÃO FECHA EM PORTO ALEGREPortoAlegre, com1,5milhãodehabitan-tes, também vive um impasse para ter asua primeira linha, com 15 quilômetros.A obra foi estimada em R$ 2,4 bilhões,mas agora a avaliação da prefeitura, quetoca o projeto, é que serão necessários,pelo menos, mais R$ 2 bilhões.Outra opção é reformular o projeto. A

previsão do governo federal era que aconclusão acontecesse até 2017, mas oprazoagora é incerto. A chancedeaobracomeçar ainda em 2013, como anuncia-do, está praticamente descartada.JaimeWaisman,professorde transpor-

te público da USP, explica que, em cida-des europeias, o padrão é iniciar o pla-nejamento da primeira linha de metrôquando a população se aproxima de ummilhão de habitantes. (Sérgio Roxo) l

Novos projetos nascemsob ameaça de gravesproblemas de custos

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GABRIEL DE PAIVA/30.11.2009

Proposta. Para Claudio Abramo, “absurda”

-SÃO PAULO- Apoiada pela presidente DilmaRousseff e aprovada com alarde pelo Se-nado, a proposta de uma lei que torna acorrupção crime hediondo é severamen-te criticada por juristas e especialistas nocombate aos crimes de colarinho branco.Amedida ganhou força com os protestosque tomaram as ruas do país, mas os ju-ristas a consideram “populista” e “inó-cua”. Além do projeto de lei do senadorPedro Taques (PDT-MT), que tramita noSenado, na semana passada a CâmaradosDeputados aprovou a votação emur-gência de umprojeto de lei, proposto pe-lo governo em2009, que tambémrotula acorrupção como hedionda e aumenta aspenas para esse tipo de crime.— É umamedida de populismo penal.

Dá uma certa satisfação à opinião públi-ca, mas é pura ilusão— avalia o chefe doDepartamento deDireito Penal da Facul-dade de Direito do Largo São Francisco(USP), Renato deMello Jorge Silveira.Silveira coordena um grupo de estu-

dos sobre a corrupção naUSP e, em suaavaliação, “os instrumentos de controlesão melhores que a punição”. Para ele,seria muito mais eficaz também que osprocessos que envolvem esses crimesganhassem celeridade e que fossecumprida aMeta 18 do Conselho Naci-onal de Justiça (CNJ), que pede aos tri-bunais que julguem todos os casosabertos até 2011 ainda este ano.O jurista diz ainda que a transformação

dos crimes de homicídio qualificado, es-tupro e sequestro, entre outros, nos anos90, não resultounadiminuiçãodos casos.— Não é estabelecendo uma classifi-

cação mais dura que se resolve. E deque corrupção essa lei vai tratar? A dagrande corrupção ou aquela inerenteao chamado “jeitinho brasileiro”? Vaise estabelecer um valor para a grandecorrupção? — questiona Silveira.Pelo projeto de lei do Senado, os cri-

mes de corrupção ativa e passiva, alémde outros contra a administração públi-ca, teriam suas penas mínimas (de um edois anos) duplicadas. Com isso, a possi-bilidade de o condenado ir, efetivamen-te, para a prisão, seriamaior. Já pelo pro-jeto que tramita na Câmara, alguns des-ses crimes teriam sua pena máxima, de12 anos, ampliada para 16 anos.

‘DEMAGÓGICA E ANTIJURÍDICA’O presidente da Associação dos Ma-

gistrados do Brasil (AMB), Nelson Ca-landra, concorda com Silveira:—Ohediondodeve ser reservado à gra-

ve lesão dos direitos humanos.Muitas leisfeitas soborufarde tamboresnãoatingema finalidade para a qual foram criadas.Para Calandra, em vez de fazer leis des-

se tipo, oCongressodeveria votar comra-pidez aPropostadeEmendaConstitucio-nal 15, conhecida como PEC dos recur-sos. Por ela, os réus condenados por cri-mes graves são obrigados a começar acumprir suas penas a partir das decisõescolegiadas ou de segunda instância e nãosó depois de todos os recursos serem jul-gados, o que se arrasta por anos.

O criminalista Técio Lins e Silva é ain-da mais rigoroso com as propostas demudança na Lei dos CrimesHediondos(8.072/90). Para ele, a medida é “dema-gógica, antissocial e antijurídica”:— Hediondos são os senadores que

aprovaram essa lei. Isso é surfar na ondadas manifestações, querendo usar o Có-digo Penal de prancha. O que combate acorrupção é a mudança de práticas, ocontrole adequado e políticas públicasque não transijam com amalandragem.O constitucionalista André Ramos

Tavares (docente da USP, PUC-SP eMackenzie) afirma que a mudança éinócua para a solução do problema:— Temos um sistema recursal muito

grande, com muitas brechas que permi-tem ao réu protelar aomáximo a senten-ça e o cumprimento da pena.O tema também poderá ser questiona-

do do ponto de vista constitucional por-que a lei não pode ser desproporcional,dando caráter dehediondo, por exemplo,aocasodeumguardaque recebepropinapara liberar um carro de uma multa ounas situações de excesso de exação (abu-so na cobrança de tributos). Questionadose deveria, então, se estabelecer um pisode corrupção para que o crime seja con-siderado hediondo, o jurista questionou:— Criaríamos uma espécie de taxa de

moralidade?Claudio Abramo, diretor da Transpa-

rência Brasil, considera a proposta demudança “absurda”:—Embora a corrupção seja umcrime

sério, não pode ser comparada ao estu-pro de uma criança ou a um genocídio.E o pior: você pode aumentar as penas,mas de nada adiantará se as pessoasnão forem punidas.Para ele, o que garante o combate à

corrupção, além dos mecanismo decontrole e amudança do sistema admi-nistrativo, é a celeridade e a garantia dejulgamento dos réus:— Não é o tamanho da pena que faz o

sujeito recuar. É o aumentodo risco de serjulgado e ter, de fato, de cumprir pena. l

Juristas dizem quemudança é inócua; mecanismos de controle,celeridade e garantia de julgamento dos réus seriammais eficazes

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Especialistas considerampopulista proposta que tornacorrupção crime hediondo

DEPOISDOSPROTESTOS_

4 l O GLOBO l País l Segunda-feira 8 .7 .2013

Hojenaweb

oglobo.com.br/pais

l INFOGRÁFICO: Máquinaadministrativa do governo federalcusta R$ 611 bilhões por ano

l PLEBISCITO X REFERENDO:Entenda a diferença entre aspropostas de consulta popular

l REFORMA POLÍTICA:O que está em discussão paramudar o sistema político

l TARIFA DE ÔNIBUS:Veja pesquisa do Ipea

l NO TWITTER:twitter.com/oglobopoliticaConfira as principais notícias dapolítica nacional

Dilma lança hoje planopara importar médicosNovos hospitais eunidades integramPacto Nacional

de SaúdeANDRÉDE SOUZA

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-BRASÍLIA- A presidente DilmaRousseff lança oficialmente ho-je as medidas do Pacto Nacio-nal pela Saúde, que ela mesmajá tinha anunciado no dia 24 dejunho como uma resposta àsmanifestações de rua que to-maram conta do país. O pactoprevê a contratação demédicosestrangeiros, como medidaemergencial, e a construção dehospitais e unidades básicas desaúde, além da abertura de11.400 vagas para cursos de gra-duação de médicoe de 12.400 paramédicos residen-tes até 2017.Estão previstos

incentivos para a fi-xação de médicosem lugares ondehácarência de profis-sionais, como a pe-riferia das grandescidades e os muni-cípios do interior.A contratação de

médicos estrangei-ros sem passar pe-lo Revalida — oexame obrigatóriopelo qual os profissionais for-mados no exterior precisam fa-zer para atuar noBrasil—émo-tivo de atritos entre o governofederal e as entidades médicas.A flexibilização da entrada de-ses profissionais encontra forteoposição do Conselho Federalde Medicina (CFM), da Federa-ção Nacional dos Médicos (Fe-nam) e da Associação MédicaBrasileira (AMB). Como partedo esforço para vencer essa re-sistência, a presidente afirmouque a prioridade seria dada aosmédicos brasileiros.— Sempre ofereceremos pri-

meiro aos médicos brasileirosas vagas a serem preenchidas.

Só depois chamaremos médi-cos estrangeiros. Mas é precisoficar claro que a saúde do cida-dão deve prevalecer sobrequaisquer outros interesses —disse Dilma, em 24 de junho.

TRABALHO SÓ ONDE HÁ DÉFICITOs médicos de fora só poderãotrabalhar em áreas onde o SUStem carência de profissionais, eapenas na atenção básica dasaúde, sempoder realizar proce-dimentos mais complexos, co-mo cirurgias. A obrigatoriedadedo Revalida continuará valendoparaoprofissionalquequiser tera liberdade de atuar em qual-quer área do país.Nodia seguinte ao discurso de

Dilma, oministro da Saúde, Ale-xandre Padilha, disse que o ob-jetivo é que os médicos forma-dos no exterior possam traba-

lhar no Brasil jáem 2013. Infor-mou ainda que osestrangeiros vãoter que passar poruma checagem detrês semanas emuma instituição deensino, onde terãosuas habilidadesavaliadas. En-quanto estiverematuando no país,eles vão ter seutrabalho acompa-nhado de perto.No dia 25 de ju-

nho, o MinistériodaSaúde tambéminformouque,até 2015, haveria 35.073 novospostos de trabalho abertos ape-nas com os investimentos dapasta. Além disso, anunciou queoutrosprofissionais da saúde, co-mo enfermeiros e dentistas, seri-amcontempladoscommilnovasvagas de residência até 2015.O lançamento do pacto faz

parte dos esforços da presi-dente para recuperar sua po-pularidade, que teve forte de-clínio depois das manifesta-ções. Na semana passada, elainiciou agenda de conversascommovimentos sociais, polí-ticos e empresários, e queracelerar outros programas. l

Estãoprevistosincentivospara a fixaçãode médicosem lugaresonde hácarência

Estudante atropelado morre em Teresina; é aoitava vítima desde o início das manifestaçõesJogador de handebol,Paulo Patrick teve

traumatismo craniano

EFRÉMRIBEIRO

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-TERESINA- O estudante e jogadorde handebol Paulo Patrick Sil-va de Castro, de 14 anos, quefoi atropelado por um táxi nodia 26 de junho, quando parti-cipava demanifestação em Te-resina, capital do Piauí, mor-reu na madrugada de ontem.Ele estava internado na Unida-de de Terapia Intensiva doHospital São Paulo. Ele é a oi-tava pessoa a morrer em con-sequência das manifestaçõesque tomaram as ruas do país.A equipe médica que aten-

deu o jovem diagnosticou amorte encefálica de PauloPatrick, que teve coração,rins, córneas e fígado doados.O estudante foi internado

com traumatismo craniano.Além de um edema cerebral,ele apresentava fraturas naperna. Paulo Patrick foi atrope-lado por um taxista quandotentava pular umagradedeumcanteiro de obras na AvenidaJoão XXIII, durante os protes-tos por melhorias no transpor-te público de Teresina e pelopasse livre para estudantes e

trabalhadores desempregados.No dia do acidente, ele foi

socorrido por uma ambulân-cia do Serviço de Atendimen-to Móvel de Urgência (Samu)e levado para o Hospital deUrgência de Teresina (HUT).Depois, foi encaminhado aoHospital São Paulo.

SEM CONSENTIMENTO DA MÃEO estudante participou dos

protestos sem o consentimen-to da mãe, que pediu que elenão fosse à manifestação. Pau-lo Patrick era do time do Cen-tro de Atenção Integral à Cri-ança (Caic) Balduíno, da redepública de ensino de Teresina.Seu corpo será sepultado hoje.—Esperamos que amorte de-

le sirva para mudar alguma coi-sa em Teresina. Ele participavade um movimento que buscavamelhorias para nossa cidade —disse Washington Luís Furtado,tio de Paulo Patrick. — Tambémdesejamos que o taxista seja res-ponsabilizados por esta tragédiaque atingiu nossa família. É pre-ciso que a punição para envolvi-dos em acidentes de trânsito se-ja mais severa neste país.Desde que a manifestações

começaram outras sete pesso-as morreram. Duas em Goiás,duas em São Paulo, duas emMinas Gerais e uma no Pará.(Com informações do G1) l

UPROFESSORESDAUERJ

Um grupo de 20 professoresda Universidade do Estado doRio de Janeiro (Uerj) fez umamanifestação, na manhã deontem, na altura do Posto 12,na Praia do Leblon, nasproximidades da casa dogovernador Sérgio Cabral. Napauta, o pedido de“universidades estaduais compadrão Fifa”.

Os profissionais de ensinoalegam que estão há 11 anossem reajustes salariais ecobram melhores estruturaspara as instituições, além deum plano de carreira para acategoria.

Segundo o organizador damanifestação, GuilhermeMota, presidente daAssociação de Docentes daUerj, os equipamentos detrabalho têm sido renovadoscom recursos de projetos depesquisas:

— A infraestrutura e aconservação da universidadeestão péssimas. Precisamosde obras urgentemente.

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Segunda-feira 8 .7 .2013 l País l O GLOBO l 5

Incêndio deixa 3 mortos e 860desabrigados em favela de SP-SÃO PAULO- Um incêndio na favela de Heliópolis,na Zona Sul de São Paulo, destruiu na madruga-da de ontem pelo menos 50 moradias e deixoutrêsmortos (umhomem, umamulher e uma cri-ança). A identidadedos três nãohavia sidodivul-gada até o início da noite. Outras 19 pessoas fica-ram feridas, três delas em estado grave, de acor-do com informações da Defesa Civil.A área incendiada, na altura da avenida Almi-

rante Delamare, tem cerca de dois mil metrosquadrados. O incêndio chegou a atingir parte deum hospital que funciona próximo da favela.Ainda de acordo comaDefesa Civil, cerca de 860pessoas (350 famílias) ficaram desabrigadas.Elas foram cadastradas pela Secretaria Muni-

cipal de Assistência Social na escola de samba

Imperador do Ipiranga, também próxima ao lo-cal. Algumas serão levados para abrigos públi-cos. A maioria, no entanto, optou pela casa deparentes e amigos.As causas no incêndio ainda são desconheci-

das. Relatos de moradores dão conta de que aqueda de um balão sobre alguns barracos teriaprovocado o início do fogo. Mas, segundo a De-fesa Civil, esse esclarecimento só será possívelcom o trabalho da perícia.O major Valdir Pavão, do Corpo de Bombei-

ros, disse que construções irregulares apresen-tam vários riscos de incêndio, como fiação clan-destina que pode ocasionar curto-circuito. Vin-te e quatro viaturas do Corpo de Bombeiroschegaram a ser deslocadas para a favela, para

apagar o incêndio, no início da madrugada.Oprefeito de SãoPaulo, FernandoHaddad, vi-

sitou o local do incêndio por volta das 15h. Se-gundo a Prefeitura, “após o cadastramento (queserá conferido com formulários de agentes desaúde e tambémde apoio da comissão de bairropara evitar distorções), na semana seguinte, asvítimas receberão aprimeira parcela de trêsme-ses do auxílio aluguel, totalizandoR$ 1,2mil (R$400 por mês)”.Em nota divulgada ontem à noite, o Palácio do

Planalto informou que a presidente Dilma Rous-seff recebeu com consternação a notícia dasmortes. A União anunciou que os desabrigadospelo fogo serãobeneficiadospor uma linha espe-cial do programaMinha Casa Minha Vida. l

Fogo começou demadrugada e destruiu 50 casas; perícia ainda apura causa

Um dos mais tradicionais prédios do Rio Grande do Sul, oMercado Público de Porto Alegre pegou fogo na noite deanteontem. Segundo a Brigada Militar, o incêndio atingiu oúltimo andar do edifício e três das quatro fachadas do prédio,que abriga bares, restaurantes e bancas comerciais. Nãohouve feridos. De acordo com os bombeiros, o edifício teveentre 25% e 35% da estrutura do andar superior destruída. OMercado Público faz parte do patrimônio histórico e culturalda capital gaúcha desde 1979 e foi inaugurado em outubro de1869. O segundo pavimento foi construído apenas em 1912.Pelo menos, 111 estabelecimentos funcionam no local, que jápassou por outros três incêndios, em 1912, 1976 e 1979.Ontem, o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati (PDT-RS),

reconheceu que o prédio do Mercado Público funcionavadesde 2007 sem um plano de combate a incêndio. O prefeitoargumentou, entretanto, que não significa que as medidas deproteção não tenham sido tomadas. Segundo ele, a prefeituratentava há sete meses marcar uma vistoria dos Bombeirospara aprovar as medidas de prevenção adotadas. Chefe daCasa Civil do governo estadual, Carlos Pestana contou que aBrigada Militar havia feito uma vistoria no local em abril,quando constatou que itens como saídas de emergência,sinalizações e extintores “estavam em ordem”. Em telefonemaontem ao prefeito, a presidente Dilma Rousseff afirmou que aUnião vai ajudar na reconstrução do prédio histórico por meiodo PAC Cidades Históricas.

DESTRUIÇÃONO MERCADOPÚBLICO DEPORTO ALEGRE

JEFFERSON BOTEGA/ESTADÃO CONTEÚDO

Vídeomostramomento em queMCDaleste foi atingido duranteapresentação em Campinas

-SÃO PAULO- O cantor de funk Daniel Pelle-grini, de 20 anos, conhecido como MCDaleste, morreu após levar um tiro, nofim da noite de sábado, durante umaapresentaçãoemCampinas. Ele chegouaser levado para um hospital em Paulínia(SP), mas não resistiu e morreu na ma-drugada de ontem.Um vídeo postado no YouTube por

um fã mostra o momento em que MCDaleste foi atingido. O cantor falava aopúblico de um “enquadro” (abordagempolicial) a ele e a um grupo de amigos“na quebrada” (periferia). Segundo aPolícia Militar, testemunhas afirmaramque o atirador fugiu em umGol verme-lho. Ninguém foi preso e, até o final dodia de ontem, não haviam pistas sobreo autor do disparo.O cantor se apresentava emuma “fes-

ta julina”, realizada emumconjunto ha-bitacional no bairro San Martin, quan-do foi baleado, por volta das 22h30m,próximo a uma quadra esportiva.Logo após o crime, um amigo do can-

tor, que diz ser produtor de funk, postouum vídeo no perfil do MC no Facebookafirmando que Pellegrini passava poruma cirurgia, e estava bem.Mas, depois,deu a notícia da morte do funkeiro. Ocorpo do cantor foi levado para São Pau-lo, onde será sepultado hoje.Após o anúncio da morte do cantor,

fãs começaram a postar mensagensem redes sociais. Numa postagem,com uma foto do MC, um amigo diziaque era difícil acreditar no que acon-teceu. Outros falavam que o funkeiromorreu fazendo o que mais gostava.“Para quem acha que tudo isso é

uma brincadeira... Galera, não foi. Pormais que eu não queira falar, é verda-de”, escreveu um amigo do cantor. Ocaso foi registrado no plantão do 4ºDistrito Policial de Campinas, mas de-ve ser investigado pelo 7º DP. l

Cantor de funkmorre depois delevar tiro em show

REPRODUÇÃO/FACEBOOK

Crime. Daniel Pellegrini foi morto com um tiro

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6 l O GLOBO l País l Segunda-feira 8 .7 .2013

UPESQUISA

Na pesquisa “Escola? Não, obrigado: umretrato da homeschooling no Brasil”, osociólogo da UnB André de Holanda ouviu62 pais que educam seus filhos em casa,residentes em 12 estados, de todas asregiões brasileiras. Como parte dotrabalho, que compõe sua dissertação demestrado na UFMG, Holanda entrevistouoito pais e mães para entender os motivosda adoção da educação domiciliar.

Segundo ele, as motivações religiosase/ou morais foram manifestadas por todosentrevistados. O pesquisador destacatambém que a maioria dos pais (76%)considera o ambiente de socializaçãoescolar nocivo: todos citaram experiênciasnegativas sofridas nas escolas da parte dosfilhos ou deles mesmos.

Tambémaparecemasmotivaçõespedagógicaseasalegaçõesdequeoensinoregularouoambientedeaprendizadoconvencional épobre (53%).Holandaacrescentaquemaisdametadedospais-educadoresadotaalgummodelodeaprendizagemnaeducaçãodomiciliar,tipicamentecomcurrículosehoráriosdeestudopré-estabelecidosporeles.

De acordo com a pesquisa, três emcada dez pais consideram “eclética” aabordagem pedagógica que aplicam aosfilhos, o que sugere a ocorrência deexperimentações e combinações demétodos e filosofias educacionaisdiversas. Os filhos educados em casa têm8 anos, em média, e começaram a sereducados nessa modalidade com 6.

— As crianças de famílias que adotam aeducação domiciliar desenvolvemcriatividade e independência. Elesadquirem mais habilidadeempreendedora — observa Holanda.

Já para o pedagogo Ruda Ricci,presidente do Instituto Cultivar, o que estápor trás do debate é o dilema entre odireito individual versus o autoritarismodo Estado. Nessa dicotomia, Ricci preferese posicionar defendendo o dever estatalde prover educação formal, pois a escolaestimularia a sociabilidade e asolidariedade.

— A ideia da educação familiar parte doprincípio de que você terá sucessoindividualmente, coisa que nãoaprenderia na escola. Mas eu não vou àescola só para aprender o que vai cair novestibular, mas também para aprender aconviver com o diferente. A escola temuma função de sociabilidade.

PAIS ACHAM AMBIENTEESCOLAR POBRE E NOCIVO

EducaçãoFamílias se declararam adeptas ao“homeschooling” no Brasil, de acordo com aAssociação Nacional de Ensino Domiciliar(Aned), apesar de o método não serregulamentado pelo Ministério da Educação.800

FORA DA ESCOLA, DENTRO DE CASAPolêmico projeto de lei a favor do ensino domiciliar tem oposição doMEC; grupo de pais defende prática

A rotina de estudos começa cedo para os irmãosRafael, de 6 anos, e Gabriela, de 10. A dupla malacorda e já está em aula, às 8h, aprendendo li-ções de disciplinas como Português, História eGeografia. Na parte da tarde, Gabriela se con-centra em aulas de música, enquanto o caçulaprefere praticar seu traço com desenhos. A roti-na descrita poderia se passar numa escola, masacontece no apartamento em Jacarepaguá ondemoram as crianças, que estão sendo educadaspelos pais, Flávia e Tom Beck. Rafael e Gabrielanão estão matriculadas num colégio.— Achamos que essa forma de ensino é mais

eficaz que uma escola, e trabalhamos a autoes-tima deles. Que colégios oferecem um psicólo-go apenas para isso? — argumenta o pai, Tom,filósofo e professor de português e inglês.Eles não estão sozinhos, mas são umaminoria.

De acordo com a Associação Nacional de EnsinoDomiciliar (Aned), há 800 famílias no país decla-radamente adeptas de uma forma de ensino nãoregulamentada no Brasil. Pela Lei de Diretrizes eBases da Educação (LDB), é dever dos pais ouresponsáveis matricular na escola os filhos comidades entre 4 e 17 anos. Em alguns países, po-rém, aprática é reconhecida.NosEUA, por exem-plo, estima-se em2milhões onúmerode famíliasadeptas do homeschooling.Em 12 de junho último, entusiastas da educa-

ção caseira foram a uma audiência pública naCâmara dos Deputados, em Brasília, onde tra-mita o Projeto de Lei 3179/12, que propõe a in-clusão da educação familiar na LDB.Mas a ideia

está distante de atrairum consenso.Enquanto especia-

listas em educação sedividem sobre o tema,o próprio Ministérioda Educação se posi-ciona contra. “A pro-posta de ensino domi-ciliar não apresentaamparo legal, ferindoo Estatuto da Criançae do Adolescente(ECA), a LDB e a pró-pria Constituição Fe-deral. O entendimen-to do parecer é de quea família não deve pri-var seus filhos do con-vívio escolar, sendoque cabe obrigatoria-mente ao Estado o de-ver de assegurar aeducação escolar dascrianças e adolescen-tes”, alegou o MEC emnota ao GLOBO.— Quem pratica o

homeschoolling afir-ma que uma das ra-zões para educar os fi-lhos em casa é a baixaqualidade do ensinono Brasil. Mas se aqualidade é baixa, de-vemos melhorar a es-cola, e não abandoná-

la. Além disso, a criança não cria espírito coleti-vo. Desenvolve-se um individualismo exacer-bado — critica o professor Carlos Alberto Cury,da Faculdade de Educação da PUC-MG.Pelo texto do projeto de lei, só seria possível

regulamentar a prática se observadas “articula-ção, supervisão e avaliação periódica da apren-dizagem pelos órgãos próprios desses sistemas,nos termos das diretrizes gerais estabelecidaspela União e das respectivas normas locais”.Para aulas do ensino básico, a família Beck diz

que segue o modelo curricular do MEC e com-pramaterial escolar recomendadonoPlanoNa-cional do Livro Didático (PNLD). Como se am-bos cursassem o ensino fundamental, Rafael lêobras referentes à 1º série, enquanto que Gabri-ela estuda emmaterial pedagógico do 5º ano.Flávia sabe que vai precisar de auxílio quando

os filhos chegarem ao currículo do ensino mé-dio. Professores particulares são uma opção,mas o casal espera contar também com o in-tercâmbio existente entre pais adeptos da mes-ma prática. Se numa casa, a mãe é formada emCiências Humanas e pode dar aulas deHistória,por exemplo, e, em outro, o pai tem diploma naárea de Ciências Exatas, essas duas famílias en-sinam conjuntamente seus filhos.— Queremos que eles façam faculdade, que

tenham uma carreira. Apenas achamos que asescolas aqui são fracas— comenta Flávia, que éescritora de livros infantis. — Quando chegar ahora, vamos orientar nossos filhos a se inscreverno Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).Assim, eles poderão obter o certificado de con-clusão do Ensino Médio.

O artigo 246 do Código Penal define comoabandono intelectual “deixar, sem justa causa,de prover à instruçãoprimária de filho em idadeescolar”. Mas, de acordo com o advogado Ale-xandre Magno, diretor jurídico da Aned, quemeduca seus filhos em casa não está, “demaneiraalguma”, cometendo uma infração.— O que está na lei é deixar de instruir o filho

na idade obrigatória, mas não cita a escola. Nãohá risco de ser punido criminalmente. OCódigoPenal não se refere à escola, mas, sim, à instru-ção — interpreta Magno.

EM MINAS, CASAL FOI CONDENADO A PAGAR MULTANão foi este, porém, o entendimento da Vara deInfância de Juventude domunicípio mineiro deTimóteo. Em 2010, após denúncia do ConselhoTutelar local, o órgão condenouCléber e Berna-deth Nunes a pagar uma multa hoje estimadaem R$ 9 mil. Esta foi a primeira condenaçãodesse tipo no país, segundo a Aned.Habituados desde pequenos a estudar, princi-

palmente, o conteúdo pelo qual nutriam inte-resse, os irmãos Jônatas e David Nunes, hoje

com 19 e 20 anos respectivamente, foram, naépoca, obrigados a prestar uma bateria de oitoexames teóricos. O objetivo era comprovar, ounão, o abandono intelectual. Mas a dupla, quehavia saído da escola ainda no ensino funda-mental, foi aprovada em todos os testes.— No final, provamos que abandono intelec-

tual é diferente de abandono escolar. Ficamosfelizes — resume o pai, Cléber Nunes.Numa sala de aula improvisada em casa, na

Ilha do Governador, Arthur de Freitas MachadoMartin, de 8 anos, aprende a contar até dez. Ele éportador de necessidades especiais. Segundo amãe, a advogada ConsueloMartin, não houve di-agnóstico preciso sobre sua condição. Omenino,que aindanão fala, estámatriculadonumaescolaparticular. A LDB não faz qualquer distinção so-bre crianças com necessidades especiais ao dei-xar claro que todas devem estar na escola. Mas aadvogada prefere educar o filho em casa, com di-reito a apoiode terapeuta apsicopedagogo, epre-tendemontar uma “escola informal” em casa.—Emnenhumaescola omeu filho vai receber

a atenção que tem em casa — diz Consuelo. l

FOTOS DE FABIO ROSSI

Doce lar. Escritora de livros infantis, Flávia Beck defende o ensino domiciliar dos filhos Rafael, de 6 anos, e Gabriela, de 10: “Achamos que as escolas aqui são fracas”, diz ela

Desafio. Portador de necessidades especiais, Arthur, de 8 anos, aprende a contar com sua mãe, Consuelo Martin

“Se a qualidade (da escola) é baixa, devemos melhorar a escola, enão abandoná-la. Além disso, a criança não cria espírito coletivo.”Carlos Alberto Cury, professor da Faculdade de Educação da PUC-MG

“Achamos queessa forma deensino é maiseficaz queuma escola, etrabalhamos aautoestimadeles. Quecolégiosoferecem umpsicólogoapenas paraisso?”Tom BeckFilósofo, pai deRafael e Gabriela

LEONARDOVIEIRA

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Oceano Atlântico

Baía deSepetiba

ÁREAS DEEXCLUSÃOAÉREAS

Centro

Copacabana

TijucaVila Isabel

Penha

Ilha doGovernador

SãoConrado

Barrada Tijuca

Recreio

Deodoro

Guaratiba

CampoGrandeSanta Cruz

Área proibida14 km de diâmetroApenas com autorização prévia comoas de busca e salvamento e segurança

Lugar ondeo PapaFrancisco estará

Área restrita24 km de diâmetroNão são permitidos voos de táxi aéreoe aeronaves particulares

Proibição totalQuando o Papa estiver ematividade pública, nenhumaaeronave sem autorizaçãopoderá decolar na cidade,incluindo ultraleves

9ª Brigada de Infantaria MotorizadaFará a segurança do palco do Campus Fidei,em Guaratiba. Os militares usarão terno e gravata

Exército

Marinha

620

115

83

naviosembarcaçõesde apoioviaturasoperativasblindadosaeronaves

Aeronaútica

Caças F-5 e Super Tucanos1 escudo de mísseis e1 bateria antiaérea que ficarãoem pontos estratégicos comoa Base Aérea de Santa Cruz.Os aviões serão acionados seuma aeronave não autorizadaentrar no espaço aéreo da cidade.

410 viaturas

360 operacionais 50 administrativas

O ESQUEMA DE SEGURANÇA

FORÇA DE SEGURANÇA NA JORNADA

0 2 4 6 8 10

6.500 homens

2.200 homens

1.000 homens

500 homens

400 homens

Exército

Marinha

Aeronáutica

4ª Brigada de Infantaria Leve (Montanha)

Além das Forças Armadas, a segurança terá a participação daPolícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Força Nacional,Polícia Militar e Polícia Civil

9ª Brigada de Infantaria Motorizada

Segunda-feira 8 .7 .2013 O GLOBO l 7

RioJORNADAMUNDIALDAJUVENTUDE_

Segurança será reforçada

GENÍLSON ARAÚJO/20-06-2013

Preparação.O terreno emGuaratibaonde o PapaFrancisco rezarámissa campaldurante aJornadaMundial daJuventude

Importantes mudanças na estratégiade defesa que as Forças Armadas vãopôr em prática durante a JornadaMundial da Juventude (JMJ) revelamque aumentou o nível de preocupaçãocom a segurança do Papa Franciscodepois das manifestações que se es-palharam por todo o país. Para os res-ponsáveis pela segurança do evento,que acontecerá de 23 a 28 de julho edeverá atrair ao Rio cerca de 2milhõesde pessoas, o cenário mudou com osprotestos. Agora, quando o pontíficedesembarcar na cidade, no próximodia 22, haverámais gente ao seu redor.Inicialmente, o planejamento do es-

quema previa a presença nas ruas deuma tropa de 12 mil homens, sendo8.500 das Forças Armadas. Mas o nú-mero será maior: somando os contin-gentes de Exército, Marinha e Aero-náutica, serão agora 9.700 militares,com amissão de ocupar os lugares es-tratégicos e prestar toda a segurançaao Papa, além de patrulha reforçadano ar e no mar.

Também ficou acer-tado numa reunião,semana passada, nacoordenação geral daDivisão de Exército(DE), na Vila Militar,que cerca de 400 ho-mens da 9ª Brigada deInfantaria Motorizadafarão a segurança dopalco onde o PapaFrancisco rezará amissa no encerramen-to da JMJ, em Guarati-ba, na Zona Oeste.Eles dividirão o traba-lho com policiais fe-derais e a guarda pes-soal de Francisco. Osmilitares deixarão afarda no quartel e vãotrabalhar de terno.A Polícia Militar do

Rio, que ainda não fe-chou o número oficial de agentes queirão às ruas durante a Jornada Mundi-al da Juventude, já trabalha coma pos-sibilidade de mobilizar mais de 6.500homens e mulheres, trabalhando emregime adicional de serviço (que per-mite a remuneração do policial quetrabalha fora da escala), alémda inter-rupção de cursos, férias e licenças. APM estará de prontidão com suas tro-pas especializadas para o caso deocorrerem manifestações.— Preocupam manifestações que

abordem temas considerados tabus daIgreja, comoaborto, uso de camisinha ecasamento gay — informou um oficialenvolvido no planejamento da segu-rança do pontífice.Outro detalhe que revela o aumento

da preocupação e amudança de cená-rio para a visita de Francisco ao Rio é adecisão do general de divisão José Al-berto da Costa Abreu, comandante da1ª Divisão de Exército (DE) e coorde-

nador de Defesa de Área da JMJ, dedeslocar para o Rio parte importantedo contingente da 4ª Brigada de In-fantaria Leve (Montanha) que ficariainicialmente de prontidão em Juiz deFora (MG).Outra medida que eleva o patamar da

segurança para a Jornada já está emBra-sília: o esboço do projeto da Garantia daLei e da Ordem (GLO), que será ativadoem Guaratiba, com a presença do PapaFrancisco no Campus Fidei. A GLO daráplenospoderes às ForçasArmadas, sobocomando do Exército, para atuar numraio de sete quilômetros com poder depolícia. Para ser posta em prática, a me-dida precisa ainda ser assinada pela pre-sidente Dilma Rousseff.O Exército tem previsão de usar 410

viaturas, sendo 360 operacionais e 50administrativas, com a missão de ocu-par 14 instalações estratégicas e pontosde interesse relacionados à produção eà distribuição de água, à produção, ge-ração e distribuição de energia elétricae às estruturas de transporte e de tele-comunicações. Isso porque qualquerfalha numa dessas estruturas prejudi-caria o desenvolvimento da JMJ ou cau-saria graves transtornos para a popula-ção. Haverá ainda reforço na defesa ae-roespacial e no controle do espaço aé-reo, na defesa cibernética, na defesa daárea marítima e fluvial e na defesa quí-mica, biológica, radiológica e nuclear.Equipes especializadas, militares e po-liciais treinados para ações de prontoemprego já estão realizando operaçõesde prevenção, repressão e combate aoterrorismo, comouso de helicópteros eações nas fronteiras.

ESCUDO DE MÍSSEIS E BATERIA ANTIAÉREAA Marinha informou que o comandodo 1º Distrito Naval também vai au-mentar sua presença na área maríti-ma. Serão empregados cerca de2.200 militares, seis navios, 20 em-barcações de apoio, 115 viaturasoperativas, oito blindados e três ae-ronaves. A Marinha realizará aindaações de inspeção naval e patrulhana orla do Rio e nas baías de Guana-bara e Sepetiba, bem como na costade Angra dos Reis, na área marítimada Central Nuclear Almirante ÁlvaroAlberto (usinas nucleares Angra 1 eAngra 2). Equipes de operações es-peciais dos fuzileiros navais estãopreparadas para atuar no combateao terrorismo e na defesa nuclear, bi-ológica, química e radiológica.Equipes da Aeronáutica ficarão res-

ponsáveis pela vigilância de todo o es-paço aéreo do Rio, devendo mobilizarcerca de mil agentes no patrulhamen-to aéreo. Estarão de prontidão caçasF-5 e Super Tucanos, além de um es-cudo de mísseis e uma bateria antiaé-rea, que ficarão em pontos estratégi-cos, como a Base Aérea de Santa Cruz.Os aviões serão acionados se uma ae-ronave não autorizada entrar no espa-ço aéreo da cidade. l

ANTÔNIOWERNECK

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Cortejo com símbolos daJMJ passa por São

Cristóvão e Vila Isabel

PEDRO KIRILOS

Fé. No Santuário da Medalha Milagrosa, fiéis carregam o livro e o relicário com gotas do sangue do Papa João Paulo II

Mais de duas mil pessoas fo-ram ao Santuário da MedalhaMilagrosa, na Tijuca, na ma-nhã de ontem, para presenci-ar a primeira exibição públicano Brasil de uma relíquia doPapa João Paulo II.Emmissa celebradapelo car-

deal polonês Stanislaw Rylko,os fiéis puderam conhecer orelicário de prata que contémgotas do sangue do falecidopontífice.A peça só pode circular pelo

mundo com a presença do car-deal, nomeado pelo Vaticanocomo presidente do PontifícioConselho para Leigos (PCL).

Além da relíquia de JoãoPaulo II, os símbolos da Jorna-da Mundial da Juventude(JMJ) — a Cruz Peregrina e oícone de Nossa Senhora, quechegaram ao Rio no sábado—,também foram levados ao san-tuário para a cerimônia.— É com grande satisfação

que eu trago as relíquias do Pa-pa João Paulo II. Ele foi um pa-pa voltado para os jovens e vaiviver nos corações das pessoaspara sempre. Que a JornadaMundial da Juventude tragamuitos frutos espirituais paraos jovens — afirmou Rylko.Mais tarde, a Cruz Peregrina e

o ícone deNossa Senhora foramlevados em cortejo para a Quin-ta da Boa Vista, em São Cristó-vão. A passagem dos símbolospelo parque atraiu fiéis e curio-

sos que estavam na Quinta.A devota Christini Vecchi, de

22 anos, que aproveitava o do-mingo de sol no parque, foisurpreendida com a chegadados símbolos da Igreja e come-morou a coincidência.— Conheci meumarido, que

émexicano, na Jornada deMa-dri, em 2011. Este ano seremosvoluntários do evento no Rio.Foi um presente para o nossodomingo— ela disse.Da Quinta da Boa Vista, a

cruz e o ícone deNossa Senho-ra seguiram para Vila Isabel,primeiro para o Mosteiro deNossa Senhora da Ajuda, de-pois para a Basílica Nossa Se-nhora de Lourdes. À noite, ossímbolos foram levados paraos estúdios do Projac, da TVGlobo, em Vargem Grande. l

Missa é celebrada em santuário naTijuca com relíquia de João Paulo II

9,7 MILAGENTESContingentedas ForçasArmadasque fará asegurançada Jornada.

400MILITARESDeverãotrocar a fardapor roupascivis durantea missa emGuaratiba.

UNúmeros

ColaboraramMárcioMenasceeVivianeRomero

Após onda de protestos, Forças Armadas aumentam contingente para visita do Papa

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RICARDO LEONI/8-1-2010

Ocupação irregular. Vista do Cemitério de São João Batista, que tem até uma favela, a dos Tabajaras, nos seus limites: mais uma vez, prefeitura promete licitação

Funcionários da Santa Casa são flagradosvendendo sepulturas piratas em cemitérios

‘Fantástico’denuncia negociaçãode túmulos pormais

de R$ 300mil

Funcionários da Santa Casa daMisericórdia, que administraos 13 cemitérios públicos dacidade, estão vendendo sepul-turas piratas, abertas e cons-truídas sem autorização daprefeitura. E essa não foi a úni-ca irregularidade apresentadaontem pelo programa “Fantás-tico”, da TV Globo.Sonegação fiscal, falsificação

de documentos, ocupação deoutros túmulos supostamenteabandonados e até mesmo aconstrução de novos jazigosem áreas inadequadas, comonos locais de circulação, estãoentre os problemas no São Jo-ão Batista, emBotafogo; naCa-cuia, na Ilha do Governador; eno São Francisco Xavier, no

Caju. No cemitério da ZonaSul, uma sepultura foi feita nacalçada, entre dois túmulos,impedindo a passagem. Paranão chamar a atenção, os novosjazigos são construídos à noite.Ávidos por vender túmulos,

os funcionários cobram maiscaro pela localização. As áreasmais próximas à entrada ou àscapelas são chamadas de“VIPs”. O preço atinge exorbi-tantes R$ 310 mil. O “Fantásti-co” não pagou pelo túmulo,que custaria R$ 305 mil.Há duas semanas, O GLOBO

jáhaviamostradoqueocustodaúltimamorada está pela hora damorte.Opreçodeumjazigoper-pétuo pode chegar a R$ 450 milno cemitério da Zona Sul.Funcionárias que se identifica-

ram comoMônica e Sheila reve-laram ao “Fantástico” formas deburlar a fiscalização, como ven-der túmulos de outras famílias:— São sepulturas abandona-

das. A gente não tem o cadas-tro de ninguém.

Já no Cemitério da Cacuia, oadministrador, identificado co-mo Djalma, ofereceu um túmu-lo por R$ 100mil com uma notairregular, cuja data de emissãoera de 2010, e como valor, R$ 30mil, subfaturado. Assim, não se-ria preciso mencionar a transa-ção na declaração do ImpostodeRenda.NoCaju, o roteiro foi omesmo: fraudes e facilidadespara vendas ilegais.Funcionários dizem que o

provedor da Santa, Casa DahasZarur, recebe parte do dinheiroilegal. E que a família dele é de-tentora de dezenas de imóveisem endereços nobres da cidade.

PROVEDOR SE DIZ ROUBADODahas Zarur, por sua vez,

negou as acusações, e disseser roubado pelos própriosfuncionários:— Vendem. Roubam. Fazem.

Isso eu afirmo e provo.Ele alegou, ainda, que sua fa-

mília tem dez imóveis. Porém,pesquisa realizada pelo “Fan-

tástico” nas certidões de Regis-tro de Imóveis, atualizadas nodia 22 de junho, mostram queele, a esposa, o filho, as netas ea nora compraram, transferi-ram e venderam mais de 50imóveis nos últimos 30 anos. Amaioria deles no Leblon.Já a prefeitura do Rio, que

precisa autorizar a venda e ouso dos espaços, diz-se insatis-feita com os serviços.— Uma sepultura feita num

local inadequado pode cau-sar um problema de drena-gem, de contaminação de so-lo, de contaminação de len-çol freático — afirmou subse-cretário municipal de Con-cessões e Projetos Estratégi-cos, Jorge Arraes.—Não esta-mos satisfeitos. Esse é oprincipal motivo pelo qualvamos fazer uma licitação.Em agosto de 2011 a prefei-

tura já tinha anunciado uma li-citação, após O GLOBO publi-car uma reportagem sobre avenda ilegal de túmulos. l

8 l O GLOBO l Rio l 2ª Edição Segunda-feira 8 .7 .2013

Pai de jovem ferido em queda dereboco é recebido por prefeitoPaes diz que houvefalha namanutenção

do viaduto deDel Castilho

João PedroMatteo, pai deMar-lon Matteo, de 18 anos, atingi-do por um pedaço de rebocoque se desprendeu do Viadutode Del Castilho, na últimaquarta-feira, quando esperavaum trem na estação, foi recebi-do ontem pelo prefeito Eduar-do Paes, no Palácio da Cidade.Após o encontro, João deixou olocal com uma lista de telefo-nes, incluindo o do secretáriode Saúde, Hans Dohmann, ede assessores do prefeito.—Eudecidi vir porqueosmé-

dicos falaram que ele não se re-cuperará. Lá no hospital (Salga-do Filho, no Méier), estamossem informações claras. O pre-feitome recebeu com integrida-de e solidariedade—disse o paido jovem, que pela manhã che-gou a acreditar que seu filho ti-nha tidomorte cerebral.Paes ouviu o relato do pai e

classificou o acidente como“absurdo”. Disse ainda que orapaz está recebendo todo oatendimento necessário e in-formou que a verba destinadaaos viadutos é suficiente.— Eu quero dar nota dez pa-

ra os viadutos e disponibilizorecursos para isso. O que hou-ve foi uma falha na manuten-ção — disse o prefeito.Antes de procurar Paes, João

foi até oLeblon, e tentoucontatocomogovernadorSérgioCabral,que, segundoassessores, nãoes-tava em seu apartamento.

ESTADO DE SAÚDEDiante da declaração de Joãode que Marlon tinha morrido,a Secretaria de Saúde negou.Informou, através da assesso-ria de imprensa, que o caso dorapaz é crítico e que ele estásendo acompanhado. Questio-nada se o quadro é reversível,disse que não poderia dar essetipo de informação. Desde odia do acidente, Marlon estáinternado no Centro de Tera-pia Intensiva (CTI) doHospitalSalgado Filho, no Méier. l

GUILHERME PINTO/03-07-2013

Prova. O pai deMarlon, JoãoPedro Matteo,mostra o pedaçode concreto queatingiu o jovem

Calma, genteCatólicos ortodoxosmanifestaram a

DomOrani Tempesta, arcebispo doRio, que são contra a presença deartistas, segundo eles, “mundanos”—Cássia Kiss, Murilo Rosa, EribertoLeão, Toni Ramos, AnaMaria Braga...— na encenação da via-crúcis.Já o diretor Ulysses Cruz acha que

a turma “ajudará a chamar aatenção de ovelhas desgarradas,jovens alienados, vendo seus ídolosabraçando uma fé”. Eu apoio.

Todas as tribosPaula Lavigne, empresária de

Caetano e outros artistas do grupo“Procure saber”, que defende afiscalização da gestão coletiva damúsica, rebate a acusação de que omovimento é excludente e elitista:— O grupo sempre procurou

conversar com pessoas de opiniãodiferente. Fernando Brant e DaniloCaymmi, por exemplo, estiveram nacasa de Gil discutindo o tema. Éclaro que estamos sempre abertos.

Segue...Ela diz que o movimento é amplo:— Somos mais de 200 e estamos

crescendo. Cabem todas as tribos,do samba ao rock, da MPB ao funk,do sertanejo ao rap.

Volta da guerra friaEsta história do Evo Morales, cujo

avião foi impedido de sobrevoarpaíses da Europa por causa dasuspeita de transportar o ex-agenteamericano Edward Snowden,lembra os tempos de Guerra Fria.O avião de Fidel Castro, nas viagens

entre Havana eMoscou, naquelaépoca, fez, por vezes, uma volta aomundo, atémesmo com escala nosMontes Urais, para evitar o espaçoaéreo de alguns países “inimigos”.

No mais...Este episódio mostra — a

exemplo do golpe militar no Egito— um retrocesso histórico. É pena.

ANCELMOGOIS

www.oglobo.com.br/ancelmo

ANACLÁUDIAGUIMARÃES, DANIELBRUNET,JORGEANTONIOBARROS EMÁRCIAVIEIRA

MauroWainstock festeja: o Alef News (alef-news.com.br) completou 1.800 edições emais de 45 mil assinantes em 40 países.Toma posse hoje o novo diretor do Observató-rio Nacional, João Carlos dos Anjos.ClaudioGurgel e Paulo Emílio Martins, daUFF, lançam “Estado, organização e pensa-mento social brasileiro, quarta, na reitoria.Afilio, demarketingdigital, é amelhor agênciadeafiliaçãodopaís, segundoae-AwardsBraspag.O 10º Festival de Teatro para Crianças dePernambuco faz homenagem a João Falcão.Dia 23, aOAB-Niterói amplia instalaçõesdaESA.Espaço receberácursosgratuitosparaadvogados.MarcosMusafir participará, quinta, do FórumInternacional de Trânsito.Omusical “Funk Brasil — 40 anos de baile”reestreia, quinta, no Teatro João Caetano.

UZonaFranca

Gois na Flip IO escritor bósnio radicado nos EUA

Aleksandar Hemon sentiu-se tapeado nafesta. Trouxe chuteiras achando que nopaís do futebol a bola rolava todo dia.Mas, em Paraty, não encontrou

ninguém disposto a jogar uma pelada.

Gois na Flip IIDo diretor pernambucano Marcelo

Gomes, de “Cinema, aspirinas eurubus”, depois de assistir às conversasde escritores na Flip:— Isso aqui é muito mais denso,

mais interessante. Perto da Flip, osfestivais de cinema são um estupro.

Gois na Flip IIIMíriam Leitão, a coleguinha querida,

publicará seu primeiro romance emmaiode 2014. “Magnífico” sairá pela Intrínseca.

Gois na Flip IVA Flip de 2014 será em agosto por

causa da Copa.A turma sonha em levar para Paraty o

jornalista GlennGreenwald, quemora noRio, autor do furo sobre o esquema devigilância do governoObama, e tambémNate Silver, o blogueiro do “TheNew YorkTimes”, gênio da estatística que acertou aseleições em 49 estados dos EUA. Até lá!

Veja só este cartaz, colado num muro da Av. Radial Oeste, na Zona Norte do Rio,que une fantasia e realidade. Nele, veja, o anão Soneca, personagem do famosoconto dos irmãos Grimm, aparece ao lado da frase “O gigante acordou”, expressãoque surgiu em meio aos protestos que tomaram as ruas do país nas últimassemanas. O trabalho acima é obra dos artistas plásticos Luciano Cian e Artur Kja,do grupo Fuso Coletivo, com curadoria de Marco Theobald. “A gente propõe umareflexão para que o povo não durma e continue reivindicando”, explica Cian. Acoluna torce por isso l

SONECA NAS RUAS

JORGE ANTONIO BARROS

Voz das ruasA onda de

protestos queagita o paíspareceinfluenciar apacata RuaSoares, noMéier, ZonaNorte do Rio.Ummorador, cansado de limpar os,

digamos, torpedos caninos da frente desua casa, colocou este cartaz num posteda rua (veja acima).

Tempos modernosA “quadrilha” de São João do último

ano do colégio Andrews, em Botafogo,no Rio, ontem, acabou com o padrebeijando o noivo, e um grupolevantando um cartaz onde se lia:“Feliciano não nos representa!”

Aliás...Semana passada, a frase campeã nas

redes sociais foi esta: “Eu era queijofrescal. Depois do deputado Feliciano,fiquei curado.”Faz sentido.

Carnaval 2014A Acadêmicos do Grande Rio poderá

arrecadar R$ 6.035.200, pela LeiRouanet, para seu próximo desfile.A tricolor, como se sabe, vai contar

na Avenida a história de Maricá, RJ.

Já...O Salgueiro, cujo enredo será “Gaia

— A vida em nossas mãos”, foiautorizado a captar R$ 5.152.750.

Quem tem, tem medoTeve ummomento durante a luta

em Las Vegas, em que o americanoChris Weidman venceu o nossoAnderson Silva, que Mike Tyson, naplateia, ficou de pé, empatando a visãode um brasileiro que estava atrás dele.Mas o conterrâneo achou prudente

não reclamar com o ex-pugilista. Vaique Tyson não gostasse...

MARIANA GAMA

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Segunda-feira 8 .7 .2013 2ª Edição l Rio l O GLOBO l 9

GATÃODEMEIA-IDADE MiguelPaiva

Debate no IAB põe hoje em pautamelhorias urbanísticas no Rio

Uma das propostas é acriação demetas para levarinfraestrutura às favelas

Projetos de mobilidade, habi-tação e planejamento das cida-des estarão no centro do deba-te que Instituto de Arquitetosdo Brasil (IAB) do Rio de Janei-ro promove hoje, às 18h, emsua sede, na Rua do Pinheiro10, no Flamengo. Entre as idei-as em discussão, o IAB defen-de, por exemplo, a criação deuma meta nacional de urbani-zação de favelas, além da uni-versalização do crédito imobi-liário diretamente às famílias.A mesa-redonda contará

com a participação de LuizFernando Janot, professor daFaculdade de Arquitetura eUr-banismo da UFRJ; Manoel Ri-beiro, urbanista que coorde-nou o programa Favela-Bairroem oito localidades do Rio; Pe-dro Cláudio Cunca Bocayuva,professor do Instituto de Rela-ções Internacionais da PUC-Rio; e Maria Alice Rezende deCarvalho, coordenadora doPrograma de Pós-Graduação

em Ciências Sociais e do Nú-cleo de Estudos e Projetos daCidade, ambos da PUC-Rio.As discussões incluem uma

reflexão sobre o documento “Odireito à cidade e o Instituto deArquitetos do Brasil”, manifes-to que a Direção Nacional doIAB lançou na última quarta-feira apoiando os movimentosiniciados nas ruas e tornandopúblicas algumas propostas.Entre elas, o manifesto

propõe, no âmbito da mobili-dade, a implantação de siste-mas de planejamento urbano(ou metropolitano) perma-nentes. E defende a criação deum fundo financiador de estu-dos de mobilidade.O IAB também critica o mo-

delo de licitações públicas, nasquais as obras são contratadasa partir do projeto básico ouaté do anteprojeto. Nestes ca-sos, cabe à construtura deta-lhá-los, abrindo brechas, se-gundo o instituto, para a cor-rupção.O IAB gostaria ainda de tor-

nar regra a realização de con-cursos para escolha de proje-tos de obras públicas. l

Incrustada na exuberante floresta doParque Nacional da Tijuca, repleta depontos turísticos, comomirantes, cacho-eiras e trilhas, a Estrada daVista Chinesavai ganhar uma ciclofaixa. Com 4,5 qui-lômetrosdeextensão, entre aRuaPache-co Leão e a Mesa do Imperador, a obracomeça a ser executada na pista em 5 deagosto, segundo a Secretaria municipalde Conservação e Serviços Públicos,com término previsto para setembro.O projeto conta com um diferencial

se comparado aos outros 305 quilôme-tros de pistas destinadas a ciclistas nacidade. Além do recapeamento, o pisoreceberá uma faixa fluorescente na coramarela, de tecnologia espanhola, ca-paz de permanecer brilhante à noite,mesmo sem a luz de faróis.—A segurança do ciclista é primordial

nesse trecho, muito utilizado por eles,principalmente nos fins de semana. Va-mos reforçar o asfalto e a sinalização, ecolocar quebra-molas com recuo para aredução da velocidade em curvas maissinuosas — explicou o secretário deConservaçãoMarcus Belchior.

PROJETO DIVIDE OPINIÕESUmasfaltomais resistente capaz de au-mentar a aderência do pneu à superfí-cie do pavimento, o SMA (Stone MatrixAsfalt) será aplicado a fim de evitar aci-dentes. Outras medidas já conhecidaspara a criação de ciclofaixas serão to-madas, como a implantação da Zona30, com o limite de velocidade de 30quilômetros, duas faixas limitadorasjunto ao meio-fio e a instalação de ta-chinhas refletivas (400) e placas (35)para ciclistas e motoristas.Embora as melhorias sejam elogia-

das por ciclistas que utilizam a estra-da, algumas das medidas preocupam

especialistas no assunto. Para o fun-dador da ONG Transporte Ativo, JoséLobo, a demarcação da pista é válida,mas o uso de tachinhas refletivas podenão ser tão eficaz:— É uma boa iniciativa, já que a pis-

ta compartilhada funciona muitobem. Realça a sinalização que já existee ainda estende o horário de uso, oque é excelente. Minha preocupação écom as tachinhas, que tanto na desci-da quanto na subida podem causarderrapagens e acidentes, levando emconta que a pista é úmida.O investimento em educação de pe-

destres, motoristas e ciclistas, além dereforço em sinalização, é apontado co-mo uma solução mais eficiente para aárea, de acordo com Miatã Guedes, in-tegrante do movimento Bicicletada:— Acho válida a demarcação, mas

não é algo imprescindível. As ações

educativas ainda são embrionárias epoderiam ser intensificadas no local.Para a fotógrafa Chris Stocker, o reca-

peamento é bem-vindo, no entanto, oposicionamento dos ciclistas à direita épreocupante:—Asmargens da estrada têmmuito li-

mo e são escorregadias. Não consegui-mos passar nesse trecho com segurança.Até 2016, ano das Olimpíadas, a meta

da prefeitura é ampliar a malha de ci-clovias para 450 quilômetros, umacrés-cimo de 150 quilômetros ao atual per-curso. Ainda este ano, um outro traba-lho deve ser realizado na Grota Funda,no projeto “Rio, capital da bicicleta”. Se-gundo dados daONGTransporte Ativo,também utilizados pela prefeitura, en-tre 2004 e 2012, houve um crescimentode 93,5% no número de viagens embikes realizadas pelos cariocas: puloude 217 mil para 420 mil por dia. l

Asfalto será recapeado e ganhará sinalização fluorescente

Estrada da Vista Chinesa teráciclofaixa de 4,5 quilômetros

Helicóptero levaria famíliapara casa de praia. Governo

nega irregularidade

O governo do Estado do Rio tem setehelicópteros à disposição dos gabi-netes do Poder Executivo, segundoreportagem publicada na ediçãodesta semana de “Veja”. A revistacomparou a frota com a de São Pau-lo, que tem duas aeronaves e preten-de vender uma delas até o fim do anopara conter despesas. No Rio, umdos helicópteros, comprado por US$9,7 milhões em 2011, seria usado pe-lo governador Sérgio Cabral paraseus deslocamentos diários entre oheliponto da Lagoa, aonde chega decarro, e o Palácio Guanabara, em La-ranjeiras. Ainda segundo a “Veja”,Cabral usaria a aeronave para levar amulher, os filhos, as babás das crian-ças e até o cachorro da família para acasa de Mangaratiba. Em nota, a as-sessoria de Cabral negou que ele te-nha cometido qualquer irregulari-dade e disse que “não procede quehaja uso de helicópteros do estadopara transporte de amigos e de pres-tadores de serviços”:“O governador encara como uma

perseguição ao seu mandato informa-

ções que soem como ‘denúncias’quanto ao uso de helicópteros do es-tado para utilização pessoal — o quenão procede — uma vez que os deslo-camentos do governador para a casafora da capital são feitos legalmente edamesma forma quemais governado-res de outros estados se deslocam,também legalmente, para as suas resi-dências fora da capital”. A nota ressal-ta ainda que “todos os governadoresde estado dispõem de frota de heli-cópteros, e alguns governadoresdispõem de frota de aviões”.

VOOS CUSTARIAM R$ 3,8 MILHÕES ANUAISSegundo a reportagem, o helicópte-ro Agusta AW 109 decola do helipon-to da Lagoa às sextas-feiras com a fa-mília de Cabral. Aos domingos sãonecessários, segundo a revista, doisdeslocamentos à Costa Verde paratrazer todos de volta ao Rio. Umadessas viagens ganhou o apelido de“voo das babás”. Uma delas teria, in-clusive, retornado ao Rio, num fimde semana, apenas para buscar umaroupa que Adriana teria esquecidoem casa, diz “Veja”.A revista estimou que o aluguel do

Agusta no mercado custa R$ 9.500por hora. A reportagem afirma queos deslocamentos de Cabral custari-am R$ 312 mil por mês, ou R$ 3,8 mi-

lhões anuais.Integrantes da oposição ao governo

na Assembleia Legislativa vão pedir aoMinistério Público que investigue se ogovernador cometeu improbidade ad-ministrativa ao usar o helicóptero tantopara fins públicos quanto particulares.Para o deputado estadual Luiz PauloCorrêa da Rocha (PSDB), o helicópterosequer deveria ser usado no Rio:—Está tudoerrado.Alémdeusar ohe-

licóptero para fins particulares, o gover-nador o emprega para se deslocar poruma distância inferior a dez quilôme-tros. Fere o conceito de razoabilidade.Para o ex-integrante da Comissão de

Ética Pública da Presidência da Repú-blica Euclydes Antônio dos Santos, oscritérios de uso da aeronave devem serinvestigados, assegurando ao governa-dor o direito de defesa:— A primeira impressão é que a con-

duta não foi adequada.Mas, antes de secondená-lo publicamente, é precisoouvir suas razões.O deputado Marcelo Freixo (PSOL)

disse que pedirá pessoalmente aoprocurador-geral de Justiça, MarfanVieira, que inicie uma investigação.Já o secretário geral da ONG ContasAbertas, Gil Castello Branco, conde-na o uso indiscriminado do patrimô-nio público, mesmo que existambrechas legais. l

‘Veja’: Cabral usa aeronave para uso pessoal

VistaChinesa

Rua PachecoLeão, 1869

Estrada daVista Chinesa, 769(Mesa do Imperador)

CONHEÇA O TRAÇADO 500m

JockeyClub

JardimBotânicoHORTO

LEBLONGÁVEA

PARQUE NACIONALDA TIJUCA

Fonte: Secretaria municipal de Conservação e Serviços Públicos

Extensão: 4,5km

HUDSON PONTES

Concorrido. Ciclistas dividem pista com automóveis: obra, entre a Rua Pacheco Leão e a Mesa do Imperador, está prevista para começar em agostoAdrianaCalcanhotto,Zélia Duncan eRoberta Sá, ascantoras, posamantes de show doPrêmio da MúsicaBrasileira. A turnêchega ao Rioquarta agora

ESTRELASDA NOSSAMÚSICA

KAMYLA MATIAS

Às vésperas deseu casamentocom oex-judocaFlávio Canto,FiorellaMattheisestreia hoje nasérie de humor“Vai que cola”,do Multishow.A formosa seráVelna, umapersonagemque finge serestrangeira.Sucesso!

FIORELLA,VERSÃOCOMÉDIA

JULIANA COUTINHO

Como lembra umsambadeAssisValente (“Vestiu uma camisa listrada esaiu por aí/Emvez de tomar chá comtorrada, ele bebeuparati”), a cidade deParaty já foi sinônimode cachaça.Noséculo XIXhaviamais de cemalambiques de aguardente e aperitivos.Na Flip, o consumoaumenta. OCanaviagra (veja ao lado), por exemplo,foimuito bebericado.

UPontoFinal

JORGE ANTONIO BARROS

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Product: OGlobo PubDate: 08-07-2013 Zone: Nacional Edition: 2 Page: PAGINA_I User: Asimon Time: 07-07-2013 22:53 Color: CMYK

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10 l O GLOBO l Rio l Segunda-feira 8 .7 .2013

NA INTERNEToglobo.com.br/servicos/tempo/

Mais informações sobre o tempo

AMÉRICA DO SUL

Hoje Amanhã

AssunçãoBarilocheBogotáBuenos AiresCaracasLa PazLimaMontevidéuQuitoSantiago

AMÉRICA DO NORTE/CENTRALCancúnChicagoCid. do MéxicoHavanaLos AngelesMiamiMontrealNova YorkOrlandoSão FranciscoWashington DC

EUROPAAmsterdãAtenasBarcelonaBerlimBruxelasCopenhagueDublinEstocolmoFrankfurtGenebraLisboaLondresMadriMoscouOsloParisRomaVenezaViena

Hong KongJerusalémPequimTóquio

ÁFRICACairoCasablancaJohannesburgo

OCEANIABaliSydney

N: nublado C: chuvoso Ne: neve

MUNDO

ÁSIA

S: sol

TEMPERATURAS MÍNIMAS PREVISÃOSol Sol com pancadas

de chuvaNubladocom chuvas

Chuvas comtrovoadas

GeadaNubladoParcialmentenublado

O TEMPO NO GLOBORIO

PrevisãoProbabilidade

de chuvaSensação

térmica/RioZona OesteZona NorteZona Sul

BRASIL

Máx.Mín. Máx.Mín.

Ontem

Mínima Máxima

Acimade 28˚

25˚/28˚ 21˚/24˚ 18˚/20º 15˚/17˚ 12˚/14˚ 9˚/11˚ 5˚/8˚ 2˚/4˚ Abaixode 2˚

19°5°

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24°10°

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15° 27°15°

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27°

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26°

15°

Viscondede Mauá

BarraMansa

VoltaRedonda

Angrados Reis

Paraíbado Sul

Barrado Piraí

Resende

Mangaratiba Rio deJaneiro

Niterói

Maricá Saquarema

AraruamaCabo Frio

São Pedroda Aldeia

Búzios

Silva Jardim

Rio das Ostras

São Franciscode Itabapoana

Bom Jesus doItabapoana

Santa MariaMadalena

Casimirode Abreu

Cachoeirasde Macacu

NovaFriburgo

Macaé

Petrópolis

Duque deCaxias

Valença

Paraty

Teresópolis

SUL

METROPOLITANA

LAGOS

SERRANA

NORTE

CamposSão Fidélis

Itaperuna

Porciúncula

Santo Antôniode Pádua São João

da Barra

Uma frente fria se aproxima eprovoca aumento de nuvens noRio. Ainda faz sol pela manhã,mas, a partir da tarde, ocorrempancadas de chuva. Há riscode vento moderado a forte

10,7Vila Militar

31,5˚Vila Militar

13° 25° 12° 28° 12° 27° 15° 28°

17° 21° 16° 24° 17° 23° 18° 23°

15° 22° 14° 25° 15° 24° 16° 24°

14° 24° 13° 27° 14° 26° 15° 26°

15° 25° 14° 28° 14° 27° 14° 27°

16° 26° 14° 29° 14° 28° 15° 29°

18° 30° 15° 33° 15° 32° 17° 34°

Alta

Alta

Baixa

Baixa

Baixa

Baixa

Baixa

HOJE

AMANHÃ

QUARTA

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HoraAltura

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Nova

Nascente Poente

Praias Ondas Ventos

Sol

RIO DE JANEIRO CABO FRIOANGRA DOS REIS

Marés

Baixa Alta

6h34m

2h39m1,1m

8h56m0,2m

Baixa15h19m1,1m

Alta21h15m0,4m

Impróprias (informações Inea):Flamengo, Botafogo, Urca, Diabo,Vidigal, São Conrado, Pepino e Barra(Quebra-Mar e Pepê).

Ondas de até 1 metro e ondulaçãovirando para sul. Melhores locais:Prainha, Macumba e Grumari(informações Ricosurf).

Vento de noroeste a sudoeste/sul,entre 10km/h e 35km/h. Rajadas deaté 60km/h. Pressão atmosférica de1.020hPa.

Baixa Alta2h04m1,1m

8h53m0,1m

Baixa Alta14h59m1,1m

21h12m0,4m

Baixa Alta2h18m1,1m

9h29m0,0m

Baixa Alta15h09m1,1m

21h49m0,3m

16/07

22/07

29/07

8/07

17h22m

CSCSCCSSCS

12°-5°4°7°18°1°15°10°9°4°

26°1°14°12°26°10°22°11°21°18°

12°-1°4°8°18°0°16°9°8°8°

24°3°15°13°27°10°22°14°20°16°

27°20°11°24°19°24°17°22°23°14°22°

32°23°21°32°35°33°22°32°32°17°33°

25°21°9°24°21°24°12°19°22°14°20°

32°24°23°32°36°33°26°32°32°17°32°

12°22°19°13°14°14°12°10°12°9°20°11°21°16°11°14°20°19°15°

20°29°28°28°25°19°23°22°27°25°38°25°37°26°21°27°31°29°28°

12°22°17°14°12°16°10°10°14°11°19°9°21°15°10°15°20°19°14°

19°30°28°29°25°20°24°22°28°26°36°25°36°25°23°28°31°29°30°

SNeCSCSSSSS

SCCCSSCCSSC

CCSCSCSCSSC

SSCSSSSSSCSSSCSSSSS

SSSSSSSSSCSSCCCSSSS

30°33°37°31°

CSSC

26°20°24°25°

30°31°34°31°

CSSS

25°21°22°24°

36°35°20°

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22°23°8°

35°35°20°

SSS

22°23°8°

28°16°

SS

23°6°

28°15°

SS

23°7°

-1h0h

-2h0h

-1,5h-1h-2h0h

-2h-1h

-2h-2h-2h-1h-4h-1h-1h-1h-1h-4h-1h

+5h+6h+5h+5h+5h+5h+4h+5h+5h+5h+4h+4h+5h+7h+5h+5h+5h+5h+5h

+11h+6h

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+11h+13h

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Campo Grande

Cuiabá

Boa Vista

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São Luís

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JoãoPessoa

Recife

Maceió

Natal

Florianópolis

Rio Branco

São Paulo

Rio de Janeiro

Belo Horizonte

Vitória

Porto Alegre

BrasíliaBrasília

TeresinaTeresina

PalmasPalmas

BelémBelém

Porto VelhoPorto Velho

ManausManaus

Salvador

Curitiba

10° 24°24°

23° 34°

20° 35°

24° 33°

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23° 34°

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20° 35°

22° 29°

12° 26°

18° 29°

12° 28°

13° 20°

11° 16°14° 18°11° 17°

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14° 31°

17° 30°

24° 30°22° 28°

21° 28°

20° 29°

21° 28°

21° 29°

24° 32°

23° 34°

22° 33°

22° 32°

Uma frente fria deixa o tempochuvoso entre Santa Catarinae o leste de São Paulo. Sol epancadas de chuva no Rio, noEspírito Santo, na costa doNordeste e em quase todo oNorte. Sol nas demais áreas.

10°

Vítima teria entrado porengano na comunidade,após fazer um retorno na

Linha Amarela

Morreu na madrugada de on-tem o engenheiro Gil AugustoBarbosa, de 53 anos, baleadonacabeça, em 8 de junho, ao en-trar por engano na Vila do João,no Complexo de favelas daMa-ré, em Bonsucesso. Ele estavainternado no Hospital Unimed-Rio em estado grave havia cercade 20 dias. O enterro será emCampos, onde o engenheirotem família.O crime ocorreu quando a ví-

tima seguia pela Linha Amarelaem seu Ecosport branco em di-

reção ao Aeroporto Internacio-nal Tom Jobim, onde buscariasuamulher. No entanto, ela tele-fonou dizendo que já estava emum táxi a caminho de casa, naBarra. Ao fazer o retorno,Gil Au-gusto acabou entrando na fave-la, ainda não pacificada, e aca-bou sendo alvejado.Socorrido, foi levado para o

Hospital estadualGetúlio Vargas,na Penha. Os disparos tambématingiram de raspão um catadorde lixo que trabalhava na via.A viúva, Rachel Marins, pede

queo crimenão seja esquecido:—Nãoqueroque essahistória

seja esquecida. Todos nós pode-mos passar por isso.Dois suspeitos de atirar no en-

genheiro seentregaramnodia10

de junho no 22º BPM (Maré). Jo-ne Barbosa, de 25 anos, conheci-docomoBolado, eMayconDou-glasdaSilva,de idadenãorevela-da, chegaramao batalhão acom-panhados de um advogado. Elesestavam com duas pistolas, sen-do uma calibre 9mm e outra .40.Os suspeitos foram encaminha-dos para a 21ª DP (Bonsucesso),que investiga o caso. Contudo,familiares dizem que eles seriambodes expiatórios.Ambos estão em prisão provi-

sória no Complexo Penitenciá-rio de Gericinó. Se comprovadaa autoria do crime, deverão res-ponder por homicídio e associa-ção ao tráfico comarmade fogo,cuja penapode chegar a 30 anosde detenção.

A sinalização inadequada naLinhaAmarela pode ter sido umdosmotivos que fizeramoenge-nheiro entrar por enganonaVilado João.O acesso à comunidadefica a poucosmetros do Elevadode Manguinhos e não estava si-nalizado na época do crime. Se-gundo a Lamsa, concessionáriaqueadministraavia, aplacaver-tical que havia no local pode tersido removidaduranteobras fei-tas na região. Uma placa indi-candoaentradadacomunidadefoi recolocadapela concessioná-ria em 11 de junho.Gil Augusto, segundo paren-

tes, conhecia o lugar. Ele esta-ria abalado commorte do filhode 19 anos num acidente detrânsito 30 dias antes. l

Morre engenheiro baleado na Vila do João Bandidos da Rocinha são presosroubando supermercado em Irajá

Umdos ladrões éprofessor de boxe nacomunidade pacificada

Dois bandidos da Rocinha fo-ram presos ontem enquantomantinham refém o gerente deum supermercado em Irajá. Ofuncionário chegava para abriro estabelecimento, na EstradaPadre Roser, no Largo do Irajá,por volta das 7h, quando foiabordado e rendido pelos ban-didos. Clientes que esperavamo mercado abrir também fo-ram rendidos e trancados emuma sala no segundo andar.Empregados da loja, que che-garam depois, notaram a mo-vimentação e alertaram polici-ais do 41º BPM (Irajá), que fi-zeram a prisão.Segundo os policiais, José

Maurício Eira, de 45 anos —que estava armado — e Thia-go dos Santos de Jesus, de 28,chegaramnumFiat Uno bran-co, roubado em abril em Ho-nório Gurgel, com o logotipode uma empresa. Eles não re-sistiram à prisão. No momen-to da rendição, os dois chega-

ram a dizer aos PMs que eramfuncionários do local. Entre-tanto, após uma revista, ospoliciais encontraram comeles um revólver calibre 38 euma sacola com aproximada-mente R$ 6 mil, que foram re-tirados do caixa do supermer-cado. O caso foi registrado na22ª DP (Penha).Os dois assaltantes têm pas-

sagens anteriores pela polícia.JoséMaurício, que, segundo osagentes, dá aulas de boxe naRocinha, já foi condenado du-as vezes por roubo e estava emliberdade havia apenas doismeses. Thiago, que tem cincopassagens pela polícia, tam-bém já foi condenado duas ve-zes: uma por roubo e outra porlesão corporal.A Rocinha foi ocupada por

forças de segurança no dia 13de novembro de 2011, um do-mingo que ficou marcado nahistória daquela comunidade,subjugada pelo poder do tráfi-co de drogas. Mas, apesar dapacificação, a violência aindapreocupa. No fim de maio, porexemplo, um turista alemão foibaleado na comunidade. l

BILLY BLANCO2 Anos de Saudade

Oremos por ele que tanto cantou a nossa cidade.Família e Amigos.

SODOSSIA ABEIDI HAKIMEMissa de 7º Dia

Suas Filhas, genros e netos convi-dam para Missa de 7º Dia de nossaquerida Mãe, sogra, avó, a realizar-se amanhã, dia 09 de Julho, às9:00h na Paróquia da Ressurreição- Posto VI - Copacabana.

CARMEN LEONORA ALVES NABUCOMissa de 7º Dia

Claudio Manuel, Pedro Manoel, José Thomaz, LuizaCarolina, José Thomaz Neto e Antonio Pedro, João Marcos,Monica e filhos, Luiz Otavio, Ana Carolina e filhos convidampara a Missa de 7º Dia de sua muito querida Carmen, que serácelebrada amanhã, 3ª feira, 09 de julho, às 19:00 h, naIgreja de São José da Lagoa, Av. Borges de Medeiros 2735.

CARMEN LEONORA A. NABUCONossa Norinha

A mãe Irany, irmã Lydia, sobrinhos Gabriella,Beatriz e Joãozinho, cunhado João e amigoFernando agradecem a presença e palavrasde conforto e convidam para a Missa de7º dia, a ser realizada terça-feira, dia 09 deJulho, às 19 horas, na Igreja São José daLagoa, Av. Borges de Medeiros, nº2735.

MARIA MAIA DE OLIVEIRA BERRIEL( MARIA RITA )

Os filhos Gustavo, Guilherme e Marucia, noras, genro enetos agradecem as inúmeras manifestações de carinhoe pesar pelo falecimento de sua mãe, sogra e avó DonaLilita e convidam para a MISSA de 7º DIA a ser realizadahoje, dia 08 de julho, às 19:30h, na Capela do ColégioNotre Dame, a Rua Barão da Torre nº 308 em Ipanema/RJ.

Product: OGlobo PubDate: 08-07-2013 Zone: Nacional Edition: 1 Page: PAGINA_J User: Asimon Time: 07-07-2013 21:32 Color: CMYK

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Segunda-feira 8 .7 .2013 O GLOBO l 11

DosLeitores

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Vai de FAB!(@Percival_astuto)RT @ JornalOGlobo:Custos levam TAM eGol a reduzir oferta deassentos e abandonaraeroportos regionais.

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Pena que seja idae volta.(@jaimeguimaraess)RT @ JornalOGlobo:Emmeio a protestos,governador do Cearáfaz cruzeiro noMediterrâneo.

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Isso que eu chamo deaposentadoriaFORÇADA.(@alyhell)RT @ JornalOGlobo:Após derrota,Anderson Silva deixano ar aposentadoria.

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Crueldade!(@JoaoVictorSReal)RT @ JornalOGlobo:Cantor de funk, MCDaleste morre apóslevar tiro duranteshow em SP.

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Oferece asilo proSnowden.(@adirpoa)RT @JornalOGlobo:Itamaraty cobraexplicações doembaixador dos EUAsobre espionagem.

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Sorria! O Obama estáte olhando!(@indira_amaral)RT @JornalOGlobo:Brasil é o país maismonitorado daAmérica Latina.

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Vai atrás da ConexãoAmazônica?(@yadayadayada)RT @JornalOGlobo:Aécio Neves vai deixara Zona Sul do Riorumo à periferia e aointerior do Brasil.

twitter.com/jornaloglobo

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“Existem coisas queacontecem dentro denosso país que elesnão olham ou fingemnão olhar. Mas ficofeliz que, pelo menos,já pediram umaexplicação imediatasobre isso!”DOUGLAS RODOLFO,sobre a denúncia deespionagem no Brasilpelos EUA._

“Falta só umpouquinho paraestourar outrarevolução! A recessãovirá depois da Copa,com as contas a pagare prejuízos causadospelos elefantesbrancos!”JOSÉ ALEXANDREHENRIQUE PINTODE OLIVEIRA,sobre a multiplicação desecretarias estaduaispara abrigar aliadospolíticos.

google.com/+JornalOGlobo

Pelo e-mail, pelo site doGLOBO, por celular e porcarta, este é um espaçoaberto para a expressãodo leitorAs cartas, contendo telefonee endereço do autor, devemser dirigidas à seção DosLeitores(O GLOBO-Rua Irineu Marinho35, CEP 20233-900). Pelo fax2534-5535 ou pelo [email protected].

aQuando comparo a situação política e econômica do Brasil com a do ReinoUnido, fico assombrado com a disparidade dos números contra nós. Oorçamento britânico é executado com precisão, não havendo necessidade desuplementação de recursos porque o planejamento financeiro prevê tudo o quevai acontecer mais adiante. No Brasil, o orçamento é uma peça de ficção, da qualse aproveitam os poderes Executivo e Legislativo para, em conluio legal, masimoral, criar ou aumentar despesas desnecessárias. Na Grã-Bretanha, amonarquia não pode obter recursos além dos fixados no orçamento.Comparando os gastos com a monarquia e os demais poderes, aquela disporáde uma pequena fração do orçamento. Trazendo a comparação para o Brasil, sóo Legislativo teria proporção geométrica de recursos, se a nossa monarquia fosseigual à britânica. Recentemente, o jornal “The Guardian” informou quepesquisas com a população demonstraram que 67% dos ingleses preferem amonarquia à república. Seria o caso de repensarmos nosso sistema político, ecriarmos um que priorizasse a moralidade pública e o bem-estar do povo.WALDELEU BRITONITERÓI, RJ

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Não é bem issoaAmaioria das cartas publicadasdeixa bem claro que o governoentendeu a razão das manifestaçõesnas ruas, mas finge que não, poisações práticas e objetivas estão sendodiluídas pela tal reforma política,quando necessitamos de reforma dospolíticos. A gastança continua. Apresidente se reuniu, ou tentou sereunir, com omegaministério paraquê? Ouvi o programa “Café com apresidente” (2/7): nenhuma açãoprática contra o desperdício. Sóprojetos, como se o governo tivesseacabado de ser instalado.ROBERTO MOTTARIO

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aComomeromortal, não entendomuito a cabeça dos que estão nopoder. Um partido político, diante dobasta da população, sugeriu que omandato seja de cinco anos semdireito a reeleição, ou seja, mesmo queo presidente esteja fazendo um bomtrabalho não poderá ser reeleito. Estaregra só se aplicaria ao presidente?Esta sugestão me parece inadequadaaos anseios do povo, que deveriaescolher, através de voto, se opresidente continuaria ou não nocomando da nação. A realidade é que,em cinco ou dez anos, ninguémconsegue algo bom e duradouro,como um ensino de qualidade e umsistema de Saúde digno, se não contarcom políticos honestos. O Brasil dehoje reflete escolhas do passado, e sónas eleições futuras saberemos setiramos proveito das manifestações.Não podemos largar nosso futuro namão de qualquer um.LUCINEI MARTINS ANTUNESNITERÓI, RJ_

CuraaGostaria de propor, nos moldes da“cura gay”, a “cura corrupto”, que seriaimplementada com o auxílio depsicólogos que tentassem o retornodo político doente, atacado porindícios de desvios morais no tratocom o dinheiro público, à vidanormal de político honesto.MARCELO GOMES JORGE FERESRIO_

ImpostosaSugiro à presidente que, em vez deelevar os impostos, corte gastoscomeçando por seuMinistério.Educação, saúde e trabalho precisamser prioridade ao invés da BolsaFamília, que só gera mais pessoasdependentes desse benefício. Só aeducação é capaz de libertar o país etornar o povo esclarecido.MARISA ALVES HONORATORIO_

DesmilitarizaçãoaSurge novamente a discussão sobreo papel das polícias militares nocontexto da Segurança Pública. Comosempre, a culpa é do regime deexceção. Esquecem que, naelaboração da Constituição de 1988,houve uma ampla discussão sobre oassunto e ela foi promulgada comoConstituição Cidadã, aquela mesmado direito de terceira geração, no dizerde ilustre magistrado, onde a palavradeveres aparece muito menos quedireitos. A sociedade tem queexpressar ao Executivo e ao Legislativoqual polícia deseja para protegê-la.Definido isso, pode-se concluir qual operfil do policial que as academiasdevem formar para atender aosanseios da sociedade. É possível queela queira um policial contemplativo,como o inglês, por exemplo. Assim, eleserá formado, fardado e equipadopara trabalhar. Só não se esqueçam deadequar a própria sociedade.MARCO ANTONIO ESTEVES BALBIRIO

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Metas da inflaçãoaLendo o noticiário econômico, medeparo sempre com algo estranho e depouca objetividade, comometa deinflação de 4,5% com tolerância de 2%paramais ou paramenos. Quemedesculpem os economistas, mas seexiste umameta é para ser atingida. Seficar abaixo ou igual a 4,5%, parabéns.Não fazemmais do que a obrigação.Agora, ficar acima, mesmo que 0,5%, érotundo fracasso. Tolerância de 2% amais na taxa de inflação e por tempoprolongado é o prenúncio do caos .IRIA DE SA DODDERIO_

PalanqueaA presidente anunciou que vai cons-truir 50 terminais portuários. Elatambém construiria 2milhões de casaspopulares (em Petrópolis foramanunciadasmil, após a chuva de 2010,e acabam de entregar 12!) e terminariaa transposição do São Francisco.Prometeu, prometeu e o povo está nasruas reclamando de tudo que não éfeito e da corrupção que ela fingiucombater. Chega de palanque! Comecea governar, se puder.JOSÉ A. LOURENÇO DOS SANTOSPETRÓPOLIS, RJ_

AposentadosaA União e os políticos veem os apo-sentados como itens descartáveis,uma vez que nãomais contribuempara a Previdência e não fazem valeros mais de 30milhões de votos de quedispõem. Isso apesar de teremcontribuído por décadas, continuarema pagar impostos e a injetar dinheirona economia. Assim sendo, o “custoBrasil” se resume emmaugerenciamento dos recursosdisponíveis, inflação, excesso deministérios, funcionários públicos nãoconcursados, desvio de verbas,projetos não essenciais, péssimotransporte público, carência em saúdepública, falta de saneamento, déficitde moradias, analfabetismo, falta detreinamento profissional para todos osadultos terem ocupação plena, esegurança. Há impostos elevados combaixo retorno e especulaçãoimobiliária nas nuvens em função dapéssimamobilidade.ALBERTO CLEIMANRIO_

Tráfico de animaisaA justificativa para a resolução doConama que “legaliza” a posse deanimais silvestres traficados é aincapacidade da fiscalização paraimpedir a prática. Se outras áreas eesferas de governo decidirem adotar omesmo raciocínio, falta pouco paraque, sob o pretexto de insuficiência deefetivo policial, seja aprovada uma leipermitindo que o ladrão permaneçacom a posse do fruto do roubo desdeque o valor não ultrapasse umadeterminada quantia.RICARDO LUIZ RODRIGUES CRUZRIO

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aOConama aprovou resolução que,entre outras aberrações, dá aotraficante o direito de ficar com osanimais capturados. O governo Dilma,mais uma vez, prova o que todos jásabiam: está se lixando para questõesambientais e para a proteção da fauna.PAULA GERMANNRIO

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aOs abusos não têm fim! Agoraautorizam o tráfico de animais! Quemhá de tomar providências a favor denossa fauna se nemmesmo o povo érespeitado? Humanos aviltados emhospitais públicos e animaistraficados. Faz sentido.IRENE DOS SANTOS SILVARIO

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Que é isso?aO Brasil é o país com omaior núme-ro de rodovias pedagiadas: 10.200kmcontra, por exemplo, 6.500km, naFrança; 6.400km, noMéxico; e7.150km nos EUA. Amédia mundial éde 2% de rodovias com pedágio. NoBrasil, é de 6%. Sem falar que nossasrodovias são vergonhosas e o pedágioé omais caro domundo: média de R$9,90/100km contra a mundial, de R$8,80/100km. O preço da gasolina é o36º mais alto, apesar de o Brasil serautossuficiente em petróleo. O custode estacionamento em São Paulo ouno Rio é mais caro que emNova Yorkou Paris. Junte-se a isso o preço doIPVA (sem retorno) e dos carros, quecustam aqui o dobro ou, às vezes, otriplo dos mesmosmodelos no Japão,nos EUA e na Europa. Apesar de tudoisso, a sugestão do Ipea para melhoraro transporte público é aumentar IPVA,pedágios, estacionamentos e taxar agasolina. Não dá para propor maiseficiência no uso do dinheiro público,menos corrupção, mais trabalho,menores lucros empresariais oumenores salários nos órgãos públicos?FLÁVIO RODRIGUES FONSECAMENDES - RJ_

Lamentável!aSaber que o Banerjão se encontrano estado deplorável descrito nojornal causa a todos nos,banerjianos, profunda tristeza. Asfotos são mais que reveladoras. Oprédio, concluído e inaugurado em1965, representava na época, e porque não dizer até os dias atuais, umexemplo para a construção civil esempre teve, enquantoadministrado por nós, manutençãoeficiente e de excelente qualidade.Era um orgulho para todos osbanerjianos. Hoje, está um lixo,abandonado... É o que acontececom os imóveis que passam aocontrole do estado. Tornam-sevítimas da decadência a que sãorelegados pelo poder público.Registro, com veemência, nossaindignação. Melhor seria se tivessesido alienado para que tivesse, comcerteza, conservação conveniente.GERSON BARGRIO_

Melhorou...aEstamos em pleno período de fes-tas juninas e ainda não vi um sóbalão nos céus do Rio de Janeiro.Nem nos dias 24 e 29 de junho! Seráque isso é um sinal de avanço dapopulação no trato da natureza ou foiuma simples questão decoincidência?CARLOS ALBERTO VERISSIMO SANTOSRIO

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AcidentesaMais um atropelamento commortede ciclista! Acredito que, como disseo motorista do ônibus, ele estivessena contramão e com fone de ouvido.Infelizmente são muitos os ciclistasque não cumprem as regras detrânsito, o que não justifica oatropelamento. Até quando teremosque esperar por uma campanhaintensiva por parte dos órgãoscompetentes?ANA LUCIA LUZRIO_

PombosaOs moradores do sub-bairro Oitici-ca 1, em Campo Grande, estãosofrendo com a superinfestação depombos, que sujam nossos telhados,lajes e caixas-d’água e provocamdoenças. Estão pousando até namerenda das crianças na EscolaMunicipal Jorge de Lima, cujorefeitório não tem tela.BERNARDO TECELINO CLARAVALRIO_

AbusoaAs ruas São João Batista e HenriqueNovaes, em Botafogo, são ótimosexemplos do descaso do poderpúblico. Há veículos de várias lojasestacionados nas calçadas, ondetambém param caminhões queabastecem o comércio local; motos,scooters e bicicletas ocupam oespaço reservado aos ônibus! Otelefone e o site da prefeiturarecebem as queixas e, depois dealguns dias, informam asprovidências tomadas: vistoria noslocais e aplicação de multas. Osdonos dos estabelecimentos nãomudam suas rotinas. Os moradoresnão conseguem estacionar nem paradescarregar compras, e os pedestrestransitam na rua. É certo isso?SONIA VIDALRIO_

DesperdícioaDesde 23/6 há um vazamento deágua na Rua Barão da Torre, altura donº 132, em Ipanema. A Cedae foiavisada no mesmo dia (OS nº306.62008-1), e passados nove diasainda havia desperdício de águatratada. Dá pena. Ao ligar para o 08002821195, conseguimos apenas aseguinte resposta: “Localizamos seupedido e reenviaremos em caráter deemergência para o setor responsável”,e um nº de protocolo com 17 dígitos.Na Nova Cedae a cobrança éeficiente, mas o serviço...SELMA DA SILVA COUTORIO

Monarquia x democracia| On-line |

a A praia resiste solitária, o vinho e a vela ficam dispostos sobre a mesa, ogato se aboleta no cobertor e os guarda-chuvas protegem os pedestres; peloInstagram, o inverno dá as caras no Rio. Feliz ou infelizmente, por aqui aestação coincide com o período de férias. Andar de bicicleta, viajar, fazer umlanche no parque: o que você faz no seu momento de lazer? Registre emarque com #riodejulho e #jornaloglobo. Na semana que vem, sua foto podeaparecer aqui, no site do GLOBO e nos perfis do jornal nas redes sociais.

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Paisagens do inverno carioca

@DORICANANI

@ANDREAGOMEES

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12 l O GLOBO Segunda-feira 8 .7 .2013

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| Temaemdiscussão |

Reforma política

Semmudançamilagrosa

N ão se podia imaginar que, depois detantos anos de discussões semmai-ores efeitos práticos, a reforma polí-tica saltasse de repente para a agen-

da política do país. Primeiro, embalada numaproposta delirante de uma “Constituinte ex-clusiva”, e, depois, frustrada a tentativa, no bo-jo de umplebiscito a toque de caixa, umdesa-fio quase insano aos prazos legais para que asmudanças vigorem já nas urnas do ano quevem, como continuam a defender governo ePT. Na verdade, a motivação original destaapressada reforma era outra. Aideia da “Constituinte exclusi-va” é antiga no PT, e tem inspi-ração chavista. Foi desta forma,por meio da convocação de as-sembleias para reescrever aConstituição sem limitações,que o caudilho lançou a Vene-zuela na aventura do bolivaria-no “Socialismo do Século XXI”.A necessidade de o governo dar

resposta às manifestações de ruafoi usada como pretexto para olançamento da proposta, defendi-da formalmentepeloPTdesde2007, comocons-ta de documentos do partido. Mas o atalho da“constituinte” não dará certo no Brasil, porqueno país tem instituições republicanas sólidas.Constituinte, apenas em rupturas institucionais.O partido/governo que quiser mudar a Carta,que faça tramitar pelas vias normais proposta deemendaconstitucional (PEC), e cumprao ritodequatro turnosdevotação, dois emcadaCasa, pormaioria de 3/5 dos votos.Ao se depararem com o alto risco de a ideia

ser declarada inconstitucional no Supremo,

parte do PT e o governo reciclaramapropostapara um plebiscito. Que também se revelaráde difícil realização, quantomais não seja pe-la total impossibilidade de o povo votar comconsciência sobre sistemas distritais os maisdiversos, votos em listas abertas ou fechadas,e assim por diante. Se estamalfadada consul-ta popular progredir, a possibilidade de havermanipulações do eleitorado é absoluta.A verdade é que a legislação eleitoral brasi-

leira, como qualquer outra, tem aspectos po-sitivos e alguns negativos. Basta centrar fogo

neles, sem grandes pirotecnias,como plebiscitos.O sistema eleitoral em vigor é ra-

zoável. O eleitor vota no seu candi-dato, e ainda há a modalidade daopção pela legenda. O negativo é apossibilidadedecoligaçõesdeparti-dos nas eleições proporcionais —deputados, federal e estadual, e ve-reador—, em que o voto dado a al-guémdeformaconscientepodeele-ger outra pessoa, desconhecida doeleitor. Eliminar a coligaçãoéurgen-te. Já o financiamento público in-

tegral de campanha — só viável no abominá-vel voto em lista fechada feita pelo caciquepartidário — sequer será discutido, ao semanter o sistema proporcional com listaaberta.É importante definir o sentido das alterações.

Ele deve ser o fortalecimento dos partidos, emdetrimento de políticos demagogos, salvacionis-tas.Assimcomoépreciso rediscutir a cláusuladebarreira, paramelhorar aqualidadedasCasas le-gislativas e, por tabela, das negociações político-partidárias.Nãosenecessitadeumarevolução. l

Não sãonecessáriasalteraçõesradicais. Aocontrário,poucos pontosrequeremrevisão

A idade da sabedoria

O s meus colegas de turma es-tão entrando na casa dos 70,o que logome obrigará a se-guir com eles. Me vejo, en-

tão, pensando nessa coisa misteriosaque é o tempo. Como os filósofos já ex-plicaram, não se trata de entidade uní-voca. Pode às vezes enroscar-se comogato emvaranda ensolarada, e assim fi-car por décadas. De repente dá um sal-to, e nadamais será como antes.Assim acontece com o ciclo lulista,

que agoniza nas ruas. Durante dezanos, viveu-se dos bons fundamentoslançados na era FHC: moeda estável,lei de responsabilidade fiscal, sanea-mento dos bancos, a isto se somandoum período dourado no comércio in-ternacional. Aproveitando os bonsventos, Lula introduziu no cenárioum feeling pelo social que o transfor-mou numa lenda viva.De repente, nada mais será como

antes, e a reeleição de dona Dilmatornou-se problemática. Onde está oguia infalível, com suas intuições ge-niais?Aos 67, ele já poderia ter alguns di-

plomas de sabedoria. Mas nem isso égarantido. A frase é deCícero: “As pes-soas são como o vinho: nem todasazedam com a idade.”Lula parece muito azedo. Isso soa

estranho em quem foi o presidentemais popular da história do Brasil. Ascoisas que ele tem dito — nunca empúblico — também soam estranhas.Como convocar a militância a recu-perar, nas ruas, os espaços que “a di-reita” conquistou.Mas que direita? E será que tudo na

vida tem de ser politizado a esse pon-to?Que existe direita e esquerda, todomundo sabe. Está na natureza das

coisas. Como disse um velho políticofrancês, “eu sei que meu traseiro temum lado direito e um lado esquerdo”.Mas a pura indignação contra os cor-ruptos, contra as farsas da política,precisa caber nesses velhos frascos?É o momento em que esperteza de-

maismata o seu autor. Para citar Goe-the: “A teoria é cinzenta; verde é a ár-vore da vida.”Isso são coisas que a idade pode en-

sinar. Há um bommovimento que le-va do romantismo para o classicismo,sem que isso obrigue ao esfriamentodo coração. O clássico é o que conse-guiu tomar um pouquinho de distân-

cia da nossa briga cotidiana, e ver ascoisas, sempre quepossível, “sub spe-cies aeternitatis”. Fica mais fácil, coma idade, perceber que estamos cerca-dos demilagres. Que uma borboleta éummilagre em estado puro— e,mais

ainda, a consciência serena de umPlutarco.Caso curioso é o de Tolstoi. Aos 37

anos, ele começou a escrever “Guerrae Paz”, que terminou aos 40. Poucascoisas haverá quemereçam, como es-se livro, o adjetivo de “clássico”. Nar-rando a invasão da Rússia por Napo-leão, em 1812, ele fornece uma visãodessa nossa vida terrena que, sem ser“religiosa” (Tostoi não era Dostoi-evsky), nos faz sentir que somos partede algo muito grande e misterioso,superior a todas as mesquinharias.Mas depois ele se tornou “religioso”

de um modo estranho. Membro da

aristocracia (ele era o conde Tolstoi),queria reformar a Rússia — o que era,mesmo, necessário —, e para isso de-senvolveu uma variante peculiar decristianismo em que ele era um verda-deiro chefe de seita. Tornou-se intole-rante, cercado por acólitos que imita-vamo radicalismodomestre. Domun-do inteiro, vinha gente visitá-lo em seuretiro de Iasnaia Poliana, sem saber oquanto omestre barbudo e reverencia-do fazia sofrer sua própria família.Moral da história: sabedoria não

tem idade. l

Luiz PauloHorta é jornalista

Que existe direita eesquerda, todomundo sabe.Mas a pura indignaçãocontra os corruptos, contraas farsas da política,precisa caber

nesses velhos frascos?

MARCELO

LUIZPAULOHORTA

Democracia e representação

Amaior parte das mazelas da políticabrasileira provém da cultura ineren-te ao sistema eleitoral de voto pro-porcional personalizado, no qual o

político individual fica obcecadopor sua “car-reira”, num jogo onde a moeda de troca são aocupação de posições namáquina pública, oscargos comissionados, osmensalões federais,estaduais e municipais. As grandes armas pa-ra sua conquista e para reeleições sucessivassão o “centro assistencial” e acompra direta e/ou indireta devotos. Os partidos são meras le-gendas destinadas a somar arit-meticamente o cociente eleitorale gerir os interesses fisiológicosindividuais do grupo.Isso gera corrupção, má gover-

nança e instabilidade. Não existeuma “bala de prata”, um sistemaeleitoral ideal. Nos EUA, existe aqueixa que o voto distrital purotransforma os congressistas emvereadores federais. Um representante de umdistrito carvoeiro jamais defenderá uma polí-tica de redução das emissões de carbono. Jáas minorias são esmagadas ou têm que se en-quadrar no espartilho do bipartidarismo. NaArgentina, o sistema proporcional clássico,por lista partidária, é depreciativamente apo-dado pela partidocracia. Na Espanha e emPortugal, onde até pouco tempo parecia fun-cionar bem, sofre críticas crescentes.Defendi na finada Comissão da Reforma

Política a proposta do voto distrital misto plu-rinominal. Uma parte das cadeiras do legisla-

tivo, nas três esferas (de 40% a 50%), seriapreenchida pelo voto proporcional de listadado ao partido, e o restante eleito por umvo-to majoritário em grandes distritos, em cadaum de cinco a três deputados federais e umnúmero correlato de estaduais. No Estado doRio, por exemplo, teríamos até seis grandesdistritos. As listas partidárias seriam escolhi-das em eleições primárias entre os filiados, naordem dos resultados respectivos. O mesmoaconteceria com os candidatos majoritáriosnos distritos, onde também seriam permiti-

das candidaturas cidadãs (ossem-partido), respaldadas porabaixo-assinados.O sistema distrital misto daria

mais consistência programáticae democracia interna aos parti-dos e, no componente distrital,uma relação de proximidadecom o eleitor. Os perdedores? O“baixo clero”, hoje eleito na ra-beira dos mais bem votados eque compõe a massa de mano-bra atrasada, fisiológica. As

campanhas ficariam bem mais baratas pelalimitação das candidaturas individuais a áre-as geográficas mais restritas.Não irá eliminar magicamente as mazelas

da política brasileira, mas poderá decantá-la,melhorando gradualmente a qualidade da re-presentação e o controle do eleitor sobre ela.Considerando o leque de propostas proporci-onais e distritais existentes, essa é a que pare-ce mais suscetível de ser aceita por uma mai-oria noCongresso e aprovada em referendo. l

Alfredo Sirkis é deputado federal (PV-RJ)

ALFREDOSIRKIS

| Outraopinião |

O sistemadistrital mistodariamaisconsistênciaprogramáticae democraciainterna aospartidos

| Nossaopinião |

EDITORES - País: Fernanda da Escóssia - [email protected] Rio:Gilberto Scofield Jr. - [email protected] Economia: Cristina Alves- [email protected] Mundo: Sandra Cohen - [email protected] Ciência e Saúde:Ana Lucia Azevedo - [email protected] Segundo Caderno: Fátima Sá - [email protected] Esportes:Marceu Vieira - [email protected] Imagem: RicardoMello - [email protected] Fotografia:Alexandre Sassaki - [email protected]: Léo Tavejnhansky - [email protected]ão:Aluizio Maranhão - [email protected] e Qualificação:Mario Toledo - [email protected] SUPLEMENTOS - Carro etc: Jason Vogel - [email protected] Boa Viagem:Carla Lencastre - [email protected] Rio Show: Inês Amorim - [email protected] Ela:Ana Cristina Reis - [email protected]:MànyaMillen - [email protected] Revista O GLOBO:Gabriela Goulart - [email protected] Revista da TV: ValquíriaDaher - [email protected] Boa Chance e Morar Bem: Léa Cristina - [email protected] Bairros:Adriana Oliveira - [email protected] Site: Eduardo Diniz - [email protected] O GLOBO aMais:Maria Fernanda Delmas [email protected] SUCURSAIS -Brasília: Sergio Fadul - [email protected] São Paulo:Orivaldo Perin - [email protected]

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Segunda-feira 8 .7 .2013 O GLOBO l 13

OGLOBO

PAULOGUEDES_

Brasíliafaminta

A percepção popular de que sobramprivilégios e falta responsabilidade àclasse política ressoa na voz das ruas.No exato momento em que o povo re-

clama do desconforto diário e do alto custo pa-ra chegar ao trabalho e voltar para casa, gastan-do muito tempo e dinheiro com transportespúblicos, os presidentes do Senado e da Câma-ra e oministro da Previdência Social usam jati-nhos da FAB para programações sociais com

amigos e familiares. É cada vez mais perturba-dora a insensibilidade dos políticos aos desafi-os de umademocracia representativa diante deinovações tecnológicas como as redes sociais.Nesta nova era de transparência e responsabili-zação na condução de atividades públicas, háfotos e testemunhos de seus abusos da coisapública em tempo real.“A escalada dos impostos tornava os privi-

légios dos aristocratasmais evidentes e ofen-sivos ao restante da população. A centraliza-ção burocrática do poder político e dos re-cursos financeiros enfraqueceu também alegitimidade dos poderes locais. A manuten-ção dos privilégios e a ausência de responsa-bilidades destruíram a legitimidade da aris-tocracia”, diagnosticava Alexis de Tocquevil-

le, em seu clássico “O Antigo Regime e a re-volução” (1856). “À medida que a opiniãopública se inflama, o Parlamento avança so-bre assuntos políticos, mas o governo centrale seus agentes, com requintes aperfeiçoadospela experiência de ocupação da máquinapública, usurpam ainda mais poderes admi-nistrativos.”Em seu capítulo VII, intitulado “Como a ca-

pital da França adquiriu preponderância so-

bre as províncias e usurpou aindamais pode-res para controlar a nação”, Tocqueville refe-re-se a uma carta escrita a um amigo porMontesquieu em 1740: “A França não é maisdo que Paris e as poucas distantes provínciasque Paris ainda não teve tempo de engolir.”Há uma crise de representatividade no ar. Asocial-democracia hegemônica não ousouenfrentar o Estado do Antigo Regime. Ante odesafio das reformas, preferiu aliar-se aosconservadores. Mesmo em sucessivas tenta-tivas de estabilização, esteve sempre ausentea dimensão fiscal. As alianças PSDB-PFL ePT-PMDB são o testemunho de uma transi-ção incompleta do Antigo Regime para aGrande Sociedade Aberta. O abraço de Lula,Maluf e Sarney explica tudo. l

Os privilégios da classe política sãocada vezmais ofensivos ao restanteda população. E as redes sociaistornam evidentes seus abusos

Em cima do laço

Oministro da Fazenda acaba de anunci-arumcortedeR$15bilhõesnocusteiogeral dogoverno, para viabilizar anovameta fiscal de 2013. Aomesmo tempo,

na direção oposta, fala-se de maiores desonera-ções tributárias no transporte urbano, algo quetambém agradaria aos manifestantes. Como emsituações que vivi várias vezes no governo, esse ti-po de corte é pouco eficaz,mas é o que resta à Fa-zendaquando se tratade fazer ajustes emcimadolaço. O certo seriamudar a estrutura do gasto, co-mo se verá ao final.A verdade é que o governo foi pego no contra-

pé quando estouraram as manifestações. Pri-meiro, porque enfrenta uma séria crise de credi-bilidade na gestão fiscal, crise essa inteiramentedesnecessária. Que os resultados fiscais vêm pi-orando há bastante tempo, é fato. Só que, emvez de apresentar justificativas válidas— a criseetc. —, o governo resolveu esconder a situaçãoreal mediante o uso do que ficou conhecido co-mo “contabilidade criativa”. Havia espaço paraos saldos fiscais caírem, pelo menos até certoponto, pois, no conceito de “dívida líquida”, queexclui da dívida bruta as aplicações financeiras,a razão dívida/PIB não tenderia a subir. Bastariao governodizer que, passado o auge da crise, tu-do voltaria ao normal.Outro problema tema ver comabrutal expan-

são dos financiamentos do BNDES, que se têmviabilizado pela inédita emissão de títulos pú-blicos dos últimos anos. Um maior volume definanciamentos para viabilizar a expansão dainfraestrutura será crucial para tirar o país doburaco,mas dois subprodutos do que temocor-rido até agora começam a despertar preocupa-ção. Como tem havido pouca infraestrutura eoutras prioridades no leque de aplicações doBNDES, o forte crescimento da dívida públicabruta resultante dessas emissões precisa sermais bem justificado. Paralelamente, o salto ob-servado nas transferências de dividendos doBNDES ao Tesouro, em grande medida relacio-nado com essas operações, tem um forte cheirode maquiagem fiscal.O governo é tambémmal avaliadopelo fato de

omodelo de crescimento do consumo, que vemsendo posto emprática há vários anos, ter se es-gotado. Em vez de mudar o curso do “transa-tlântico” na direção demais investimento eme-nos consumo, optou-se por esgarçar o modeloao máximo, interferindo indevidamente no sis-tema de preços (como nos congelamentos depreços e tarifas básicas), e tolhendo a ação pri-

vada séria nas concessões de infraestrutura. Pa-ra completar, anunciou-se no início do ano quenão haveria mais meta fiscal a cumprir, algo emque oministro da Fazenda acaba de voltar atrás.É nesse contexto que se diz que foi abandonadoo tripémacroeconômico herdado da fase FHC edo início do governo Lula. A síntese disso tudo éque a inflação está acima do tolerável e a econo-mia anda a passo de cágado.Agora que é preciso, em adição, responder ade-

quadamente às manifestações, o governo procuradesviar as atenções para outros temas, dessa feitauma confusa reforma política, cuja impossibilida-de prática só vai aumentar a pressão das massas àfrente. E anuncia, abertamente, o rompimento decontratos, ao suspender reajustes de pedágios pro-gramados normalmente para agora.Além de recuperar a credibilidade fiscal e da

gestão econômica, sem o que acabaremos per-dendo a classificação de “grau de investimento”das agências de risco internacionais, o que seriaum caos para o país, penso ser hora de se fazeruma discussão mais profunda e produtiva doorçamento federal, exatamente por ser o lugaronde reformar é efetivamente prioritário.Ninguém sabe disso com clareza, mas 75% do

gasto daUnião se dão comumagigantesca folhade pagamento de benefícios previdenciários eassistenciais, além dos salários de servidores,resultado de um exagerado modelo de transfe-

rência de dinheiro para certos segmentos, nãonecessariamente os mais necessitados. Essa fo-lha corresponde hoje a cerca de 54 milhões decontracheques, onde se pendura mais de meta-de da população brasileira, se raciocinarmoscom duas pessoas sustentadas a cada contra-cheque.Os 25% restantes da despesa total se de-

compõemem8%para gastos correntes emsaúde;1,3% para os investimentos em transportes; 4,7%para os demais investimentos; e os demais 11%são gastos correntes pulverizados em setores queàs vezes deveriam ser prioritários e não o são. Es-sa última parcela inclui, ainda, o espremido cus-teio geral da máquina, de onde o ministro da Fa-zenda quer agora tirar algo 50% acima do gastoem transportes, obviamente inviável.Ressalte-se que em 1987, um pouco antes da

implementação do atual modelo de gastos, osgastos em saúde representavam os mesmos 8%do total, enquanto os de investimento eram16%do todo. Enquanto isso, a “grande folha de paga-mento” pesava bemmenos: 39% do total.Como se vê pelos protestos, saúde e infraes-

trutura estão na linha de frente dos gritos. Ouseja, só transferir dinheiro não é suficiente. A ta-refa é grande e urgente. O país precisa correrporque está em cima do laço. l

RAULVELLOSO

RaulVelloso é economista

O custo do consumismo

C erta vez, um cientista argentino, em al-gum dos momentos em que um dosGovernos autoritários da Nação vizi-nha pressionava para falar bem do pa-

ís, disse que “eu poderia subornar umpoeta paraescrever sobreminha longa cabeleira, mas o fatoé que com isso não ganharia umúnico cabelo” (opersonagememquestão era inteiramente calvo).A frase vem a calhar em momentos em que é

preciso ser realista, quando oGoverno torce pelaperspectiva de termos um crescimento maiorqueodoanopassado e insinuaqueomaior cres-cimento do PIB esperado para este ano em rela-ção a 2012 seria o prenúncio da recuperação doespírito reinante até 2008, antes da crise posteri-or do baixo crescimento - noves fora o “ponto fo-ra da curva” do crescimento excepcional de 2010nfelizmente, a realidade é mais complicada

do que o discurso otimista permite supor. Paraentender o processo em curso, é necessário re-troagir a 1999. Naquele ano, o país fez uma dasinflexões de política econômicamais importan-tes do pós-guerra. Em um contexto externo ad-verso, foi feito um ajuste expressivo, sem que ainflação escapasse ao controle, sem que a eco-nomiamergulhasse em queda livre e sem “calo-te”, nem interno nem externo. Foi um casoexemplar. Ajuste, porém, dói – e leva a populari-dade dos Governos ladeira abaixo. Para enten-der por que Fernando Henrique era impopularem 2002, basta acompanhar a trajetória do con-sumonaqueles anos – e para entender por que a

popularidade do Governo Lula não era uma“Brastemp” em 2003 e 2004, também. Em cadaum dos 5 anos de 2000 a 2004, tanto o consumototal como o consumo das famílias, nas ContasNacionais do IBGE, cresceram abaixo do PIB.Naqueles cinco anos, ocorreu uma mudançamacroeconômica maiúscula: a poupança do-méstica elevou-se mais de 6% do PIB e o Brasilfez um ajuste externo de quase 6% do PIB. De2005 em diante, esse quadro sofreu uma mu-dança completa: a partir de então, em linhas ge-rais, o consumo total e o consumo das famíliascresceram a taxas superiores às do PIB, a pou-pança doméstica caiu e o resultado das transa-ções correntes como exterior deteriorou-se len-ta e persistentemente, apesar dos preços inter-nacionais exuberantes.O que se temdito dos gregos? “Viveramanos às

custas do resto do mundo”, “não aproveitaram obom momento para fazer reformas” e “gastaramgraças ao financiamento dos alemães”. As dife-renças entre as economias grega e brasileira sãoenormes, mas peço ao leitor que preste atençãonas taxas reais de crescimento anual médio dasexportações e importaçõesnasContasNacionais:11,2% e 2,2%, respectivamente, nos anos de ajus-te entre 1999 e 2004; e 3,4% e 11,9% nos anos da“farra consumista” entre 2004 e 2012. Já nos pri-meiros 5 anos, o crescimento anual do consumodas famílias foi de apenas 1,9% e nos 8 anos pos-teriores, de 5,0%.A conclusão é cristalina: os deu-ses sorrirampara oBrasil. Preços das exportações

nas nuvens e capital internacional abundante nocontexto de juros externos no subsolo geraramum “apetite por risco” fenomenal, disposto a fi-nanciar qualquer desequilíbrio nos países emer-gentes para garantir melhores rendimentos queos que poderiam ser obtidos nos países centrais.Vivemos um paradoxo. As políticas que per-

mitiram uma expansão expressiva do consumo– no Governo atual e no anterior – explicam apopularidade de Lula e, até recentemente, daPresidente Dilma, ao mesmo tempo em que amanutenção dos rumos prevalecentes nessesanos é garantia de problemas futuros. É precisointroduzir ajustes na economia, para que o con-sumo cresça durante vários anos a taxas inferio-res às doPIB e assimpermitir ganhar espaço pa-ra uma ampliação da taxa de investimento e umaumento dos saldos exportáveis. “Ajuste” estálonge de ser “arrocho”, mas implica tirar o focodo consumo como o eixo em torno do qual seestruturam as políticas governamentais. Há al-guns sinais disso em 2013, quando o investi-mento aumentou no primeiro semestre do ano.Infelizmente, isso se dá emumcontexto emquenossa competitividade péssima faz com quemais investimento gere mais déficit na contacorrente. Sem um mix adequado de políticas, orisco que corremos é voltar a ter déficits de 4% a5%do PIB. Estamos pagando a conta de anos deconsumismo. l

FabioGiambiagi é economista

FABIOGIAMBIAGI

ALVIM

Jornalismocom paixão

“P rendo a respiração, tentopuxar o ar pela boca,maso cheiro dos cadáveresem decomposição inva-

de todos os meus sentidos. Volto al-guns passos, penso em não olhar. Mas,como jornalista, sinto o dever de es-cancarar a realidade crua. Na escola,há pelo menos dez corpos insepultos,na quadra de futebol, ao sol. Pobreza,porcos misturados a pães, arroz e ba-nanas e trânsito confuso sempre fize-ram parte do dia a dia dos haitianos.Até o cheiro forte da comida tempera-da e exótica é antigo conhecido dosbrasileiros. A diferença, agora, é quetudo isso está misturado ao cheiro demorte. Assim é o Haiti. Homens e mu-lheres que podem sofrer tragédias vio-lentas umaouduas vezes, ou até três—e depois sofrer ainda mais.”O relato em primeira pessoa do jor-

nalista Rodrigo Lopes, repórter multi-mídia e correspondente internacionaldo Grupo RBS, mostra a garra da re-portagem de qualidade.A adrenalina da guerra, o infindável

sofrimento de povos castigados pelaforçamisteriosa da natureza, o registrode momentos de admirável grandezamoral, um impressionantemosaico dodrama humano, batem forte no leitor.O texto está despido de sensacionalis-mo, mas está carregado de paixão. E oque seria do jornalismo se faltasse ofascínio do repórter por seu ofício?Rodrigo Lopes, um jornalista jovem

e tarimbado, não é um espectadorneutro da história. Ainda bem. Derra-mou lágrimas. Manifestou indignação.Vibrou com fagulhas da vida humana.“Guerras e tormentas” (Edições Be-souro Box) é ummergulho do repórternos principais acontecimentos desteinício de século. Vale a pena.Ninguém resiste à magia da reporta-

gem.Os jornais, prisioneiros das regrasditadas pelo marketing, estão pareci-dos, previsíveis e, consequentemente,chatos. Precisam, com urgência, recu-perar a capacidade de surpreender eemocionar o leitor. Precisam contarboas histórias. É simples assim. E é issoo que o leitor quer.A revalorização da reportagem e o

revigoramento do jornalismo analíti-co devem estar entre as prioridadesestratégicas das empresas de comuni-cação. É preciso seduzir o leitor commatérias que rompam com amonoto-nia do jornalismodeclaratório.MenosBrasília e mais vida. Menos aspas emais apuração. Menos frivolidade emais consistência. Além disso, os lei-tores estão cansados do baixo-astralda imprensa brasileira. A ótica jorna-lística é, e deve ser, fiscalizadora. Masé preciso reservar espaço para a boanotícia, para o empreendedorismo,para a inovação. Temmuita coisa inte-ressante acontecendo.A boa notícia também vende jornal.Inúmeras foram as reflexões suscita-

das pelo excelente texto do repórterRodrigo Lopes. O leitor, em qualquerplataforma, evita os produtos sem al-ma. Não quer um jornalismo insosso.Recusa as tentativas de engamentoideológico. Quer matérias interessan-tes, pautas próprias. Quermenos buro-cracia emais criatividade. Quermenosjornalismo de registro e mais reporta-gem de qualidade. Quer um jornalis-mo rigoroso, isento, mas produzidocom paixão. l

CARLOSALBERTODIFRANCO

Carlos Alberto Di Franco é diretordo Departamento de Comunicaçãodo Instituto Internacional deCiência Sociais (IICS)[email protected]

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14 l O GLOBO l Rio l Segunda-feira 8 .7 .2013

FLIPFESTA LITERÁRIA INTERNACIONAL DE PARATY

A discussão política saiu das ruas e dominou aTenda dos Autores na 11ª edição da Festa Literá-ria Internacional de Paraty. Encerrado ontem, oevento foimarcadopor comentários sobre asma-nifestações que vêm ocorrendo no Brasil há ummês — inclusive em Paraty —, com mesas pro-gramadas de última hora exclusivamente sobre otema, e também por comentários que atravessa-ram outros debates, alguns deles aparentementedesconectados da política. A Flip 2013 tambémserá lembrada comoaquela que teve dois autorescancelando sua participação dias antes do inícioda festa e outro impossibilitado de chegar.Nos cinco dias de evento, Paraty recebeu entre

20 mil e 25 mil visitantes, média parecida com ados anos anteriores. No balanço divulgado on-tem, Miguel Conde, curador da Flip, destacou ahomenagem ao escritor alagoano Graciliano Ra-mos, talvez um dos mais políticos dos autores jácelebrados em Paraty, como umdos pontos altosdeste ano.Na coletiva também foi anunciado quea Flip 2014 será realizada em agosto, para evitar aconcomitância com a Copa do Mundo, mas nãofoi confirmado o próximo homenageado—entreas possibilidades, falou-se emMário de Andrade,Lima Barreto, Rubem Braga eMonteiro Lobato.— Graciliano Ramos é um autor cuja própria

obra está ligada às confabulações políticas desteano — disse Conde, que ainda analisou o perfilde alguns convidadosda festa.—Acho importan-te destacar a presença de nomes como Pablo Ca-pilé e Marcus Vinícius Faustini. Eles mostraramum novo perfil de intelectual no Brasil, um inte-lectual ativista.A mesa que reuniu Capilé e Faustini — e tam-

bém Fabiano Calixto e Juan Arias — foi uma dastrês programadas uma semana antes do início daFlip para abordar os protestos. Com a programa-ção extra, as atividades oficiais passaram das 23hem três ocasiões, uma maratona cansativa paraparte dopúblico equenãodeve se repetir nopró-ximo ano, segundo Mauro Munhoz, presidenteda Associação Casa Azul, organizadora da Flip.Ainda assim, em geral, os debates estiveram

cheios. Funcionou a diversidade entre os convi-dados, muitos de áreas não literárias, como o ar-quiteto português Eduardo Souto de Moura e oscineastas EduardoCoutinho eNelsonPereira dosSantos, os três protagonistas de alguns dos me-lhores momentos da festa.Debates literários, como a mesa de Francisco

Bosco com a franco-iraniana Lila Azam Zanga-neh, também agradaram o público. Os versos ga-nharam destaque na Flip, com a presença de jo-vens poetas, como Alice Sant’Anna e Bruna Be-ber; dos irreverentes Zuca Sardan eNicolas Behr;e a homenagemaFernandoPessoa, feita pela du-pla Maria Bethânia e Cleonice Berardinelli, es-banjando simpatia, do alto dos seus 96 anos.

CANCELAMENTOSOntem, esperava-se que o egípcio-palestino Ta-mimAl-Barghouti fossemais umdesses protago-nistas,mas o poeta não chegou a Paraty, segundoele, por ter perdido seu passaporte no aeroportode Londres, na conexão entre o Egito e o Brasil—antes, o francêsMichelHoullebecqeonorueguêsKarl Ove Knausgard haviam cancelado a vindapormotivos pessoais. A ausência deBarghouti foicompensada com a leitura de uma carta que eleenvioupara se desculpar comopúblico da festa enaqual comentava aquedadopresidente egípcioMohamedMursi (leia trecho ao lado).SemBarghouti, quem se sentou no palco ao la-

do do tradutor Mamede Mustafa Jarouche foramoescritorMiltonHatoumeo filósofoVladimir Sa-fatle, todos sob mediação do jornalista ArthurDapieve. O tom, é claro, foi político, com análisesacerca dos conflitos no mundo árabe. Mas foiuma avaliação sobre o Brasil, feita por Hatoum,que recebeu aplausos de pé da plateia: ele fechouodebate lendoum trechoda crônica “Estádiono-

vo, miséria antiga”, escrita em 2012, mas queexpõe seu desagrado com a implosão de um tra-dicional estádio de futebol emManaus por contadas preparações para a Copa doMundo.Outra mesa de ontem reuniu o pesquisador e

professor Erwin Torralbo Gimenez e os professo-res Lourival Holanda e Wander Melo Miranda,com mediação do professor e escritor José LuizPassos, para tratar da obra de Graciliano. A pri-meira questão levantada foi de quemodo a escri-ta pode ser política sem ser panfletária.—O espaço do escritor Graciliano será esse es-

paço exíguo entre a gramática e a lei. O caráterfortemente político de sua obra é essa busca deinterlocução com o outro, não em se falar no lu-gar do outro, mas de abrir espaço para que o si-lêncio do outro seja percebido— disse Miranda.Também ontem, mais três mesas trataram de

diversificar o debate: Geoff Dyer e John JeremiahSullivan se dedicaram ao gênero “ensaio”; DanielGalera e Jérôme Ferrari ocuparam-se da tragédiaem suas mais recentes obras; e, por fim, a mesa“Livro de cabeceira” reuniu alguns convidadospara a leitura de trechos de obras marcantes. l

Evento compensou ausências commudanças de última hora emesas extras para debater manifestaçõesFOTOS DE LEO MARTINS

Tradição. A partir da esquerda, Liz Calder, Tobias Wolff, Mustafa Jarouche, Lydia Davis, Laurent Binet, John Banville, Jérôme Ferrari e Daniel Galera na mesa “Livro de cabeceira”

Uma edição marcada pelo tom político

ANDRÉ TEIXEIRA

Homenagem. Bethânia lê textos de Fernando Pessoa

-PARATY-

AndréMiranda,CarolinaRibeiro, GuilhermeFreitas, LeonardoCazes, Liv Brandão,MarianaFilgueiras, Thais Britto e Thais [email protected]

Musa. Lila Azam em um dos debates que agradaram

USobeedesce

á

As mesas para discutiros protestos tornaram oevento mais atualEventos paralelos,como a aula-show deJosé Miguel Wisnik,deram ao público maisopções de qualidadeConvidadoscomoocineastaEduardoCoutinhoampliaramaspossibilidadesdedebate

á

Excesso de mesas, atéseis por dia, tornou oprograma cansativoO sinal das redes detelefonia celular e 3Gcontinua péssimoO barulho das ruasinvadia a tendaprincipal, ondeconvidados sequeixaram ainda de nãoouvir uns aos outros

NELSON TOLEDO/DIVULGAÇÃO

Destaque. José Miguel Wisnik em sua aula-show

“Escrevo esta mensagem para expressarminhamais profunda gratidão, desculpa econstrangimento a cada um da Flip e atodos os meus novos amigos no Brasil.Uma série de confrontos de rua, grandespasseatas — algo similar a uma revolução,a um golpe de Estado, aos estágios iniciaisde uma jovem emeticulosa guerra civil —estavam ocorrendo a um quarteirão domeu apartamento na Praça Tahrir. (...)Consegui chegar até Londres. No aeroporto,devido àminha distração, ou talvez às trêsnoites anteriores sem dormir, meupassaporte foi perdido ou provavelmenteroubado. Eu poderia ser perdoado se oimpedimento deminha vinda se devesse aalgo dramático, como um tanque na rua,uma bruma de gás lacrimogêneo naalameda ou um tiroteio na avenida; masumamente esquecida... Bem, isso foi umconstrangimento e tanto! (...)Sinto-me culpado por ter falhado comaqueles que estavam prontos para me darboas-vindas no Brasil, e que tanto seempenharam para me levar para lá. Aculpa só se ameniza pelo fato de quepaguei meu preço, sabendo que aminhaperda por não ter chegado ao Brasil nestesdias é bemmaior do que a deles. (...)Com amor.”

Tamim Al-BarghoutiTrechos da carta enviada à Flip pelo poetaegípcio-palestino; leia a íntegra no Blog do Prosa:oglobo.globo.com/blogs/prosa

UTrecho

OGLOBO traz atraçõesde Paraty para opúblico carioca

ANDRÉ TEIXEIRA

Mostra. Imagens do Nordeste serão expostas na Casa do Saber O GLOBO

Amaratona literária que come-çou na semana passada, com aconferência de abertura do es-critor Milton Hatoum, inaugu-rando a 11ª edição da Festa Li-terária Internacional de Paraty(Flip), continua nos próximosdias, agora no Rio de Janeiro.Debates com autores e uma ex-posição de fotos inspiradas pelaobra do escritor homenageadoGracilianoRamos trazemparaacidade um pouco do clima dofestival que agitou e gerou refle-xões em Paraty.Entre hoje e quarta-feira,

sempre às 19h30m, uma sériede encontros organizados pelo

GLOBO na Livraria da Travessado Shopping Leblon ofereceráao público uma nova oportuni-dade para ver alguns dos auto-res que se destacaramna Flip. Aprogramação terá início hoje,com a presença do romancistairlandês JohnBanville, que con-versará com o repórter do ca-derno Prosa, Guilherme Freitas.Banville, que em Paraty parti-

cipou da mesa “Os limites daprosa”, ao lado da autora ameri-cana Lydia Davis, falará sobreseu novo livro, “Luz antiga”(Globo Livros). No dia 9, é a vezda franco-iraniana Lila AzamZanganeh, autora de “O encan-tador: Nabokov e a felicidade” eaclamada como a musa destaFlip, conversar com a escritoraCarola Saavedra, com media-ção de Freitas. No dia 10, as

obras e a trajetória existencialde Graciliano Ramos serão dis-cutidas por seu neto, o escritorRicardoRamos Filho, e pelo jor-nalista Dênis de Moraes, queescreveu “O velho Graça” (Boi-tempo), biografia do autor ala-goano. A mesa terá mediaçãodo repórter do Segundo Cader-noAndréMiranda e encerrará ocircuito Off-Flip na Livraria daTravessa do Leblon.Na quinta-feira, dia 11, às

12h, será inaugurada, na Casado Saber O GLOBO, na Lagoa,a exposição “Outras vidas, amesma seca — O Nordesteatual e a obra de GracilianoRamos”, composta por uma sé-rie de retratos feitos pelo fotó-grafo do GLOBO Custodio Co-imbra, em uma viagem ao ladode André Miranda pelo interi-

or de Alagoas e algumas cida-des de Pernambuco, visitandolocais que foram importantesna vida enos livros queGracili-ano Ramos escreveu. A expe-dição percorreu cidades nor-destinas como Quebrangulo,terra natal do escritor, e Pal-meira dos Índios, onde eleexerceu o cargo de prefeito, eretratou imagens da pior secana região durante as últimascinco décadas. Na Flip, a expo-sição foi exibida na Casa daCultura, no Centro Históricode Paraty.Após a inauguração da mos-

tra, o público poderá conferirumbate-papo comaduplaCo-imbra eMiranda, contando so-bre a viagem e falando sobre aseca e a atualidade da obra deGraciliano Ramos. l

Depois da Flip, debates literários e exposição continuam no Rio

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Segunda-feira 8 .7 .2013 O GLOBO l 15

EconomiaDigital&MídiaPÁG. 20

MAIS TELES OCUPANDOPOSTES DE LUZDecreto criará novas regras para compartilhamentode infraestrutura entre telefonia e energia elétrica

MARCELO PIU

PetróleoegásPÁG. 17

EDITAL DE LEILÃO DOPRÉ-SAL SAI AMANHÃPara a diretora da ANP, problemas enfrentados pelogrupo X não devem afetar o apetite do mercado

FABIO ROSSI

INTERFERÊNCIAEMXEQUE_

Bomba-relógio armadaEconomistas alertam que, ao segurar reajuste de tarifas, governo apenas adia impacto na inflação

PABLO JACOB/20-06-2013

Ônibus.Manifestantes lotam a Presidente Vargas após suspensão do reajuste das tarifas

-BRASÍLIA- Ao segurar reajustes de tarifaspúblicas, como combustíveis, energiaelétrica, pedágios e transportes em ge-ral, coma ajuda dos governos estaduaise municipais, o governo armou umabomba-relógio, que poderá explodir noano que vem ou no começo de 2015, jáno governo do próximo presidente. Naavaliação de especialistas ouvidos peloGLOBO, a interferência artificial nospreços administrados terá várias con-sequências no futuro: aumento da in-flação, redução de investimentos, que-da na qualidade dos serviços prestadosaos usuários e aumento dos gastos doTesouro para cobrir as defasagens so-fridas pelas empresas que prestamatendimento à população.Para Alexandre Schwartsman, con-

sultor e ex-diretor do Banco Central, oefeito já está sendo sentido pela Petro-bras e pela prefeitura paulistana. Se-gundo ele, o resultado da estatal brasi-leira de petróleo foi prejudicado pelapolítica de contenção do preço do com-bustível no mercado interno em rela-ção ao praticado no exterior. Ele tam-bém criticou a suspensão dos reajustesdas tarifas de ônibus, sob o argumentode que os custos para as prefeiturascrescerão de forma substantiva — casode São Paulo que, conforme o econo-mista, pagará um preço de R$ 3 bilhõespor ano.—Não tem jeito: ou você comprome-

te o dinheiro público, ou terá de dar umreajuste maior depois — disseSchwartsman.De acordo com Fábio Silveira, da GO

Associados, nomês passado, o preço dagasolina no mercado interno ficou 16%abaixo da cotação externa. Na refinaria,o preço internacional subiu 6%, emfunção da valorização do dólar, alcan-çando R$ 1,54 o litro. Já o preço domés-tico ficou em R$ 1,29 o litro. Tambémem junho, a cotação do óleo diesel láfora aumentou 8% em relação a maio,atingindoR$ 1,65/litro, noBrasil o valornegociado foi de R$ 1,58/litro, o que re-presenta uma defasagem de 4%.— Em face da pressão inflacionária

doméstica, eu diria que o governo vaitorcer pela queda do preço do petróleo.Não vejo, no momento atual, possibili-dade de o governo aumentar o preço dagasolina. Por outro lado, o preço dodie-sel não está tão atrasado — comentouSilveira.

CONTA DA ENERGIA VIRÁ EM 2014Uma conta da economista Basilik Lit-vac, da MCM, mostra que as últimascontenções de reajustes darão um 'em-purrãozinho' para baixo no IPCA de0,15 ponto percentual. Ela acredita queuma saída para o governo, lá na frente,será negociar reajustes menores comos setores envolvidos.—Talvez a realização de acordos pos-

sa minimizar um eventual impacto ne-gativo na economia — acrescentou.Na área energética, se este ano o preço

da tarifa não teve impacto no bolso noconsumidor e na inflação, esta conta vaiser paga em 2014, e não será pequena.Segundo uma fonte do próprio governo,a grande maioria das distribuidoras de-verá dar reajustes de 6%, emmédia.O ex-diretor da Aneel Afonso Henri-

ques Moreira classificou como umamanobra política o governo não ter au-torizado o aumento de 9,73% da Eletro-paulo. Foram aplicados diversos des-contos ao consumidor e o índice caiupara 0,43%.—No ano que vem, haverá outroma-

labarismo, porque será ano eleitoral —acredita ele.José Júlio Senna, ex-diretor do BC e

chefe da área de estudosmonetários daFundação Getulio Vargas, também cri-

ticou o que chamou de “irrealismo depreços”. Ele lamentou que o governo es-teja tratando a inflação de forma episó-dica e não permanente e advertiu queesse tipo de procedimento tira credibi-lidade dos condutores da política eco-nômica brasileira.— Quando as expectativas de infla-

ção saem do controle, ou seja, quandose desancoram, os choques a que todaeconomia está sujeita adquirem efeitosmais permanentes — disse Senna.José Roberto Afonso, pesquisador do

Instituto Brasileiro de Economia daFGV, lembrou que um dos cinco pactospropostos pela presidente Dilma Rous-seff é o da responsabilidade fiscal. Aquestão, observou, é que o governo atéo momento emite sinais contrários e

não explicou como funcionaria essepacto.— Esse pacto é importante para sa-

bermos comoéque vai se tentar, nomí-nimo, atenuar os efeitos dessa bombaque vai explodir. O governo está em-purrando a poeira para debaixo do ta-pete, mas haverá ummomento em quefaltará tapete para tanta poeira—disse.O economista Joaquim Elói Cirne de

Toledo destaca que, se a inflação conti-nua em torno de 6,5%, significa dizerque os demais preços da economia so-bem a um ritmo bem acima dos preçosadministrados, em torno de 7,5%.— Estamos fragilizando a situação

fiscal. No fim da história a gente sabeonde a corda arrebenta, que é na partede investimentos públicos—disse Elói.

O economista Armando Castelarlembrou que, quando o preço da gaso-lina aumentar, o mesmo ocorrerá como álcool. Isso tudo terá impacto na in-flação, o que reforça a necessidade demelhorar as contas públicas. Ele lem-brou ainda que o fim das desoneraçõesde tributos, adotadas para estimular oconsumo, também pressionará os pre-ços daqui para frente.—O que vejo, ao analisar a economia

americana e outros itens, é que a pres-são sobre o real vai crescer. Essa passa-gem da alta do dólar para os preços de-mora — comentou.No caso dos pedágios na Via Dutra

(Rio/SP) e na Ponte Rio-Niterói, que ti-veramo reajuste adiado, o governo fede-ral vai compensar as empresaspelasper-das. A fórmula é ressarci-las emdinheiroou prorrogar o prazo da concessão, se-gundo o diretor-presidente da Associa-ção Brasileira de Concessionárias de Ro-dovias (ABCR), Moacyr Duarte.— Ano que vem é eleitoral. A ideia é

esta, não acumular para 2014 — disse.

‘ALGUÉM VAI PAGAR MAIS POR ISSO’Osuperintendente daAssociaçãoNaci-onal de Transportes Públicos (ANTP),Luiz Carlos Néspoli, disse que a discus-são sobre a redução das passagens deônibus não é nova e já aconteceu quan-do foi instituído o vale-transporte. Masdestacou que em São Paulo 75% dospassageiros têm algum tipo de descon-to, e em qualquer política de reduçãotarifária o estado vai arcar com o ônus.— Se não tem um novo imposto, os

recursos virão do Tesouro. Assim, nãohá como financiar e alguém da socie-dade vai pagar mais por isso. Os gover-nos já estão retirando investimentosprevistos nos orçamentos, não tem al-moço grátis — disse Néspoli.O GLOBO procurou o Ministério da

Fazenda e a Agência Nacional deTransportes Terrestres (ANTT) para seposicionarem sobre o adiamento dastarifas e as consequências futuras. A Fa-zenda não respondeu e a ANTT infor-mou que não iria comentar. Em entre-vista ao GLOBO, publicada no domin-go (30/06), o ministro da Fazenda, Gui-do Mantega, assegurou que não haveráquebra de contrato, ao comentar o te-mor do mercado de que as manifesta-ções populares possam prejudicar osleilões de concessão por causa do me-do dos investidores de que o governoqueira mudar contratos. “Nós não ras-gamos contratos”, disse. l

EXEMPLOS DE AUMENTOS ADIADOS

Copel(eletricidade)

Eletropaulo(eletricidade)

Ônibusmunicipal(Rio)

Pedágiosfederais

Pedágios(São Paulo)

Reajuste quedeveria ter sido dado

O que foiconcedido

Reajustecancelado

Reajustecancelado

Reajustecancelado

Reajustede 0,43%

Reajuste emnegociação

6,5%

6,7%

7,2%

9,73%

14,61%

PREÇOS ADMINISTRADOSNO IPCA DE JUNHO DE 2013

Impacto davariação de

junho no IPCAdo mesmo mês

(em pontospercentuais)

Ônibusurbano

Etanol

Gasolina

*Residencial Fontes: IBGE e mercado

NO MÊS NO ANO EM 12 MESES

2,61%

-5,33%

-0,93%

0,12%

0,00%

3,67%

-0,56%

2,56%

-1,80%

0,69%

4,40%

0,39%

4,04%

-16,03%

5,06%

Energiaelétrica*

Pedágio

Ônibus urbanoEtanolGasolinaEnergia elétrica*Pedágio

0,07-0,05

-0,03600

ELIANEOLIVEIRA

[email protected]Ô[email protected]

“O governo está empurrando a poeira para debaixodo tapete, mas haverá um momento em que faltarátapete para tanta poeira”José Roberto AfonsoPesquisador da FGV

UVISÃODEESPECIALISTAS

-BRASÍLIA-Na visão de analistas,quanto mais incertezas emrelação ao futuro, menosinvestimentos o país receberá.Como consequência, os setoresque prestam os serviçospúblicos ficamimpossibilitados de melhorar aqualidade oferecida. FelipeSalto, economista daTendências, prevê que ocancelamento do reajuste dospedágios vai gerar insegurançados investidores nas próximasconcessões.

— Um dos artigos docontrato de concessão diz queo reajuste seria pelo IPCA.Ainda que a suspensão doreajuste seja bancada pelogoverno, o problema principalé a deterioração dasexpectativas — disse Salto.

O mesmo pensa o economistaAlcides Leite, da TrevisanEscola de Negócios. Em suaopinião, há uma política depreços completamenteequivocada.

— Em algum momento issovai estourar, a não ser que hajaoutra forma de remuneraresses itens com subsídios —ressaltou Leite.

Já Rafael Moraes, consultorfinanceiro e perito em gestãoempresarial, reforçou que ofoco do governo estáequivocado. Para ele, ainflação não é um problemamonetário, mas deinvestimento.

— Nesse caso, não dá paracombater a inflação compolítica monetária. Existe umaumento da renda do brasileirocom as políticas sociais, comosalário mínimo e BolsaFamília. No entanto, é precisouma política industrial paraatender a essa demanda —completou Moraes. (ElianeOliveira e Mônica Tavares)

INCERTEZAS PARAMINVESTIMENTOS

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16 l O GLOBO l Economia l Segunda-feira 8 .7 .2013

GEORGEVIDOR

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[email protected]

Pessimismo empresarial

S ão raros os empresários satisfeitos com o atualgoverno.Ninguém se sente à vontade para fazeruma crítica mais contundente pois acham que

encontrarão do outro lado uma postura soberba emessiânica, que tornaria esse esforço inútil ou atéprejudicial a seus próprios negócios. Daí que as ma-nifestações das ruas — excetuando, evidentemente,os quebra-quebras, com danos materiais e risco à in-tegridade física dos indivíduos, inclusive de quemnão deseja participar — teve inicialmente uma sim-patia do empresariado. Mas, se havia pessimismoquanto à capacidade de a economia crescer, com in-flaçãomais baixa, tal sentimento se agravou nomun-do dos negócios. Não se chegou ainda à fase de pararinvestimentos já em curso,mas poucos agora queremse aventurar a tirar da gaveta projetos mais ousados.Alguma dose de pessimismo é necessária para

moderar o risco dos investimentos, mas se o pessi-mismo for predominante, não há economia queconsiga resolver seus problemas. O governo não po-de ignorar esse ambiente negativo, especialmentequando definir as regras das próximas licitações deconcessões de infraestrutura. O país tem realmenteobstáculos que precisa superar, mas conta tambémcom fatores positivos concretos, capazes de impul-sionar a economia (Copa do Mundo, Jogos Olímpi-cos, pré-sal, agronegócio, demanda altamente repri-mida na infraestrutura, etc).

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DesprezadoOBrasil constrói por ano umamédia de 700metros decais em seus terminais portuários. Mal ou bem, o ca-nal que foi aberto no Açu, em São João da Barra, pelaLLX e a OSX, para a criação do chamado TX2, abriu apossibilidade de se construir, em prazo relativamentecurto, 16 quilômetros de cais, dos quais uma parte jáficará pronta este ano para atender indústrias como afrancesa Technip e a escandinava NOV, fabricante detubos flexíveis para campos de petróleo nomar. Comotudo que Eike Batista toca agora é amaldiçoado (antestudo virava ouro), o mercado não está avaliando cor-retamente esse tipo de ativo.

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Portos poluídosA Coppe (Coordenação dos Cursos de Pós-Gradua-ção em Engenharia da Universidade Federal do Riode Janeiro) émais que um centro gerador de pesqui-sas tecnológicas. Tornou-se também um centro irra-diador de ideias, estudos e pesquisas que ultrapas-sam os limites da engenharia. Foi assim que surgiu oInstituto Virtual Internacional de Mudanças Glo-bais, que tem se dedicado especialmente a analisarsoluções de sustentabilidade na infraestrutura.Quando um grande navio encosta no porto continuaa queimar combustível, causando poluição atmos-férica que afeta áreas urbanas vizinhas; mas já há al-ternativa a isso, com o uso de geradores de energiaelétrica oriunda de fontes mais limpas. Os portosbrasileiros também acumulam grandes quantida-des de resíduos (sobras de produtos agrícolas paraexportação, por exemplo), hoje sem aproveitamen-to. O IVI, por iniciativa da Secretaria dos Portos, mo-bilizou uma rede de universidades para buscar solu-ções para esses problemas, e o primeiro resultadodesse trabalho acabou de ficar pronto.

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Propriedade intelectual valorizadaA inovação, aomenos no discurso, passou a ser prio-ridade da política industrial, pois essa talvez seja amaneira mais eficaz de o setor recuperar competiti-vidade em relação aos concorrentes internacionais.Embora vários centros de pesquisa e desenvolvi-mento estejam sendo criados no país (especialmen-te os relacionados à exploração e produção de pe-tróleo em águas ultraprofundas, no parque tecnoló-gico da Ilha do Fundão) a questão das patentes ain-da parece refletir os tempos em que era mais conve-niente para o país fazer vista grossa, já que parteconsiderável da indústria só conseguia sobreviverfazendo cópias. Hoje o cenário é diferente. Ao abri-gar uma série de grandes eventos internacionais, oBrasil terá de dar provas de respeito à propriedadeintelectual, por força de contratos assinados até comaval do governo. O órgão encarregado de registro demarcas e patentes (o INPI) também está se mobili-zando para agilizar processos e até conseguiu criarum sistema colaborativo, informatizado, comoutrospaíses do continente. A análise feita emoutro país fi-ca valendo aqui e vice-versa, ganhando-se bomtempo. Não por acaso o próximo congresso da Asso-ciação Brasileira de Propriedade Intelectual — enti-dade que completará 50 anos este ano— programa-do para agosto no Rio, terá um número surpreen-dente de participantes estrangeiros. l

Os empresários ficaram maispessimistas e estão deixando na gavetaprojetos mais ousados de investimento

oglobo.globo.com/blogs/vidor

Por uma falha técnica, acoluna da jornalista MíriamLeitão foi publicada ontemcom um corte das últimaslinhas. Pedimos desculpasaos leitores e reproduzimos oúltimo parágrafo:"Nem tudo é economia,

mas com o país crescendo ea inflação baixa é mais fácilrecuperar a popularidade.De qualquer maneira, seriabom que, ao final de trêssemanas batendo cabeça, ogoverno Dilma dissessecomo pretende resolveralguns problemas queangustiam a população.Não existem soluçõesmilagrosas, mas é precisopelo menos dar umhorizonte para aesperança de que vãomelhorar." l

CorreçãoHojenaweb

oglobo.com.br/economia

l BOA CHANCE: Confira dicas deespecialistas para os principaisconcursos em andamento

l MORAR BEM: Arquitetaresponsável pela primeira casaecológica do Rio projetaapartamento autossustentável

l CRISE EUROPEIA: Banco

Central Europeu não poderesolver crise, diz autoridadealemã

l TECNOLOGIA: Carlos Sliminveste US$ 40 milhões emaplicativo móvel Shazam

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-AIX-EN-PROVENCE (FRANÇA)- A direto-ra-gerente do Fundo Monetá-rio Internacional (FMI), Chris-tine Lagarde, sugeriu ontemque a organização pode redu-zir sua previsão para o cresci-mento mundial em 2013 porcausa da situação nos paísesemergentes. Ao participar deconferência em Aix-en-Pro-vence, no Sul da França, Lagar-de alertou para o desempenhodas economias emergentes.— Tínhamos uma previsão

de crescimento de cerca de3,3%. Mas, considerando oque estamos vendo agora nospaíses emergentes, em parti-cular (e não nos países em de-senvolvimento e nos paísesde baixa renda), temo quepossamos estar um poucoabaixo — disse ela.Lagarde afirmou que não da-

ria números específicos por-que o Fundo deve publicar ofi-cialmente os dados esta sema-na. O FMI reduziu sua previsãode crescimento global para2013 para 3,3% em abril, anteos 3,5% estimados em janeiro.Christine Lagarde também

criticou os cortes no orçamen-to dos Estados Unidos, coloca-dos emprática em1º demarço,depois das dificuldades de sechegar a um consenso no Con-gresso sobre o déficit no país:— A prática orçamentária

em curso nos EUA, que leva aum ajuste no orçamento, pare-ce absolutamente inapropria-da, porque afeta cegamentecertos gastos que são essenci-ais para apoiar o crescimento amédio e longo prazos.Em junho, o FMI já afirmara

que a redução do déficit ame-ricano foi excessivamente rá-pida e mal planejada. A proje-ção do organismo é de expan-são de 1,9% da economia dos

EUA este ano. O crescimento,no entanto, poderia ser até1,75 ponto percentual maior,segundo o FMI, se não fosse apressa em reduzir o déficit.

GRÉCIA PERTO DE ACORDOA Grécia, por sua vez, podeestar perto de um acordo paraliberar uma nova parcela daajuda financeira ao país. Se-gundo o comissário europeupara Assuntos Econômicos eMonetários da União Euro-peia, Olli Rehn, o fim da nego-ciação está próximo, mas ain-da são necessáriosmais esfor-ços de Atenas.A Grécia está em negocia-

ções com autoridades da Uni-ão Europeia, Banco CentralEuropeu e FMI para resolverproblemas em sua avaliaçãode desempenho de resgate de-

pois de não cumprir com as re-formas do setor público.— Estamos muito perto de

um acordo. A decisão é paraamanhã (hoje). A bola está nocampogrego e isso dependedea Grécia ser capaz de entregaroutros elementos que foramacordados — afirmou Rehn.A Grécia espera que os mi-

nistros das Finanças da zonado euro liberem até € 8,1 bi-lhões. Uma parte dos recursosserá usada para resgatar € 2,2bilhões em títulos em agosto.Ao todo, o pacote prevê € 240bilhões para o país.—Fizemosmuitoprogresso—

disse Poul Thomsen, chefe damissão do FMI na Grécia, comesperança de que as conversassejam concluídas antes do en-contro de hoje dos ministros deFinanças da zona do euro. l

Lagarde diz que desempenho deemergentes pode afetar o mundoDiretora-gerente do FMI critica cortes no orçamento dos EUA

FRANCK PENNANT/AFP

Alerta. Em conferência na França, Lagarde diz que FMI pode reduzir projeção para expansão da economia mundial

Aposentado encerra greve de fome, apósSTF negar recurso aos segurados do AerusJoséManuel Rocha diz

que alcançou seu objetivo,que era ter uma resposta

NICE DEPAULA

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O ex-comissário de bordo daVarig José Manuel da RochaCosta, de 67 anos, encerrou nanoitedaúltima sexta-feira a gre-ve de fome iniciada cinco diasantes para pedir que o presi-dente do Supremo Tribunal Fe-deral (STF), ministro JoaquimBarbosa, julgasseumrecursodeação que prevê que o governoassuma o pagamento das apo-sentadorias de ex-funcionáriosda Varig e Transbrasil. O Aerus,fundo de pensão da categoria,sofreu intervenção e deixoumais de 8 mil segurados sem osbenefícios prometidos. Joa-quim Barbosa negou o pedidode tutela antecipada que garan-

tiria o pagamento aos trabalha-dores, enquanto o processo nãotermina de ser analisado.— Uma hora depois de o mi-

nistro ter dado adecisão eu sus-pendi a greve de fome, porquenão teria sentido continuar. Adecisão éabsurda,masmeuob-jetivo foi alcançado, o funda-mental era ter uma resposta pa-ra ação andar. Ele estava comesse processo parado há seismeses e só deu essa respostaem cinco dias por causa da mi-nha atitude extrema— disse.Aposentado desde 2002, Cos-

ta contaque, apósa intervençãono Aerus, em 2006, ele e a mu-lher, também ex-funcionária dosetor aéreo, passaram a recebermenos de 10% que ganhavamantes. Ele teria hoje uma apo-sentadoria de mais de R$ 8 mil,mas recebe cerca de R$ 600. Nocaso dela, o valor caiu de cercade R$ 5mil para R$ 300.— Mesmo somando com o

valor do INSS, nossa renda nãocobre as despesas. Só de planode saúde gastamos quase R$ 2mil. Já perdemos um aparta-mento depois disso— lamenta.

CONFINAMENTO PROSSEGUEEmoutro protesto contra a situ-ação do Aerus, 13 aposentadosestão confinados na sede dofundo de pensão, no Centro doRio, desde o dia 27 de junho e,mesmo após o julgamento dorecurso pelo STF, dizem quenão há data prevista para deixarlocal. Reivindicam uma negoci-ação com algum representantedo governo que indique umasolução para os aposentados.Joaquim Barbosa está fora do

país. A Secretaria deComunica-çãodoSTF informouqueele es-tá sensibilizado com a situaçãoda Aerus, mas já estava conclu-indo sua decisão e não votoupressionado pela greve de fomede JoséManuel Rocha. l

-LONDRES- Meses depois de dei-xar o Tesouro dos Estados Uni-dos, em janeiro, Timothy Gei-thner agora está no seleto gru-po de palestrantes com cachêselevados, como Bill Clinton eTony Blair. Reportagem do “Fi-nancial Times” revelou queGeithner recebeu US$ 400 milpara três eventos.Apenas um discurso na con-

ferência do Deutsche Bankrendeu US$ 200 mil, segundofontes, indicando as elevadascifras que ex-integrantes degoverno podem receber. Gei-thner, já citado como possívelsucessor de Ben Bernanke napresidência do Federal Reser-ve (o banco central america-no), teria recebido US$ 100milpara participar de encontrosdos fundos Blackstone e War-burg Pincus. Segundo o jornal,um porta-voz de Geithner nãose pronunciou sobre o caso. l

Geithner recebeaté US$ 200 milpor palestra

3,3%É a projeção atual do FundoMonetário Internacional (FMI)para o crescimento da economiamundial em 2013

3,5%Era a perspectiva para aexpansão da economia mundialeste ano no relatório anterior doFMI, divulgado em janeiro

4%É a estimativa atual do Fundopara a variação da economia domundo em 2014

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Segunda-feira 8 .7 .2013 2ª Edição l Economia l O GLOBO l 17

‘Se as empresas brasileirasfalharem, estrangeiras ocupam’

-LONDRES-O noticiário sobre osproblemas enfrentados pelogrupoX, deEikeBatista, e pe-la HRT não devem afetar oapetite do mercado pelo lei-lão—cujo edital deve ser pu-blicado amanhã — dos pri-meirosblocosdopré-sal a se-rem licitados exclusivamentepelo regime de partilha emoutubro. A avaliação foi feitaao GLOBO pela diretora-ge-ral da Agência Nacional doPetróleo (ANP), MagdaChambriard, horas depois dedesembarcar emLondrespa-ra conversas com investido-res. “Certamente a naturezanão gosta de espaços vazios.Se as empresas brasileiras fa-lharem, esse espaço será

ocupado pelas estrangeiras”.

lQuais as perspectivas para anova rodada diante dos pro-blemas doGrupoX e daHRT?No road show de Cingapura,

não vi ninguémmuito preocu-pado com isso.

lO grupo X foi audacioso naúltima rodada. Isso não podeinfluenciar omercado agora?Quem mais comprou blocos

foi a Petrobras (mais de 30),que abriu mão da operação dealguns. E o segundo lugar foi aPetra. Isso é tão pequeno. Tive-mos 30 operadores classifica-dos comoApara a primeira ro-dada. Até aHRT foi A e, na épo-ca, não concordei. Diria quefoi uma compreensão do editalque deixou uma brecha, queespero fechar agora. Mas foimuita gente.

lQual será o interesse?Esse edital vai despertar um

interesse tão diferente, que serádo mundo todo. Em Tupi, fala-va-se de cinco a oito bilhões debarris de óleo equivalente, ouseja, óleo mais gás. Agora, estáem seis bilhões. Em Libra sãode oito a 12 bilhões só de óleo,fora o equivalente. Ou seja, émais ou menos o dobro de Tu-pi. A camada é mais espessa. Aexploração, mais eficiente. Tupiestá a 250km da costa. Este estáa 170km.Libra é tãomelhorque

Tupi... Como alguém vai acharque não vai ter interesse?

lDo ponto de vista dos brasi-leiros tem a Petrobras, masnão esses outros dois...Mas tem a Queiroz Galvão,

que está muito sólida. A gentefala do grupoX, que enfrenta es-sas dificuldades todas. A HRTnem vou comentar, porque, pa-ra mim, nem era A. Porém, (ogrupo X) cumpriu todas as exi-gências até agora para a 11ª ro-dada. Vamos ver como será nagarantia doprograma explorató-rio mínimo na assinatura docontrato. Até agora estão cum-prindo as exigências: qualifica-ram-se técnica, econômica e fi-nanceiramente direitinho.

l O grupo X está se qualifi-cando e pode participar des-ta nova rodada do pré-sal?A qualificação ainda não co-

meçou porque precisa do edital.Vouextrapolar.Oquea gente vaifazer agora?Olhar se a qualifica-ção que todos submeteram estádentro do prazo. Pedimos ba-lançoassinadopor auditor inde-pendente dos últimos três anos.Para a 11ª Rodada, eles (grupoX) submeteram. Dependendoda data que submeteram o ba-lanço e da data do balanço, atéserve para esse. Mas não possodizer se serve ou não, porquenão me lembro quando foi.Acho que aí tem espuma de-

mais. Tinha espuma demais an-tes, quando diziam que eramgrandes demais. Soumuito cau-telosa com essas afirmações.Gosto de olhar passo a passo oque as empresas estão fazendo.E eles furaram muito, mais de100poços e, para aANP, sobesteponto de vista foi ótimo. Sempredigo, ninguém tem bloco da 9ªrodada. Sóeles.Descobertocomdeclaração de comercialidade.

lEesses blocos que o grupoXdeclarou serem comerciais eagora diz não ter tecnologiapara explorar?Ainda não vi dentro da ANP

porque estou viajando. A decla-ração de comercialidade é umato unilateral. O que a gente fazé analisar o óleo no local, ver setem o que diz que tem, analisaro limite do campo para saber seele está retendo mais área ounão, etc. Temos seis meses paraisso. Depois, o concessionáriotem mais seis meses para sub-meter o plano de desenvolvi-mento e, em seguida, temosmais tempopara fazer a análise.Esse prazo não expirou. Então,essa espuma toda que fizeram...Isso está ainda totalmente den-tro do nosso prazo de análise.

l Então, o que está aconte-cendo com o grupo X estásendo superdimensionado?Tudo o que envolve o Eike se

torna grande demais na mídia.

Temos que tomar muito cuida-do. Sem dúvida nenhuma, mi-nha percepção é que, realmen-te, ele gasta demais. Mas, noque diz respeito à ANP, até ago-ra, o gastar demais tem sidobom,porqueele furoumuito e agente quer que fure.

l Onze das 20 empresas deAmérica Latina e EUA quemais perderam em bolsa sãobrasileiras, incluindo grupoX e HRT. É um sinal ruim ououtras empresas veem comovácuo a ser ocupado?A natureza não gosta de es-

paços vazios. Se as empresasbrasileiras falharem, esse es-paço será ocupado pelas es-trangeiras. Mas isso vai na di-

reção oposta de uma per-cepção ruim de mercado,vai na linha de que é preci-so aproveitar um nicho. Ascompanhias, antes de da-rem lances, fazem trabalhode inteligência competiti-va. Não querem demons-trar interesse, porque, se ofizerem, aumenta a oferta.

lA crise europeia aumen-ta o apetite pelo Brasil, on-de o retorno é maior?Esse negócio de crise nem

está sendo levado em conta.Companhia de petróleoatua em área com guerrilha,furacão, gelo. Imagina comdireito a morar em Ipanemae beber água de coco... l

Para a diretora da ANP,os problemasenfrentados pelogrupo X não devemafetar o apetite domercado pelo leilãodos primeiros blocosdo pré-sal. O edital, elaadianta, sai amanhã.

ENTREVISTA Magda Chambriard

VIVIANOSWALD

[email protected]

DIVULGAÇÃO

Espuma demais. É o que diz Magda sobre episódios envolvendo grupo X

Contrato de partilha é algo com o qual ascompanhias lidam no mundo inteiro, diz Magda

-LONDRES-Magda Chambriard ex-plica que o bônus de assinaturados contratos da primeira roda-da de licitações de blocos de ex-ploração do petróleo será fixo,emR$ 15 bilhões, assim como oprograma exploratório e o con-teúdo local. Na concessão, dizela, o parâmetro de oferta éumamédia ponderada dos três,que, neste contrato, são fixosdefinidos em edital.—Até com isso a gente estava

preocupado. Se a gente abrisse

um leilão destes em termos debônus de assinatura, paraquanto iria isso? Aí sim, restrin-giria muito a concorrência. En-tão, oquepensamos?Obônus éum dinheiro que se paga nafrente. Quando paga na frente,reduz a partilha depois. Tudo oque paga antes, tem risco. De-pois,menos risco. Então, é sem-pre bom ter um bônus umpou-comenor e uma partilhamaior.Sobre o fato de que este será

o primeiro bloco só de parti-lha, a diretora da ANP afirmaque não está preocupada comproblemas jurídicos, afinal, dizMagda, o contrato de partilha éalgo com o qual as companhi-

as estão acostumadas a lidarno mundo inteiro:— Todas elas tem um con-

trato de concessão num lugare de partilha no outro. O queserá um pouquinho diferenteserá a governança da Pré-SalPetrobras e o grupo emprei-teiro. Temos toda uma gover-nança estipulada no contrato,que tampouco é nova, veio doJoint Operating Agreement(JOA), que é o contrato depraxe, com cláusulas regula-das pela Associação Interna-cional dos Negociadores dePetróleo. Essa indústria tem150 anos. A gente não está in-ventando. (Vivian Oswald) l

Diretora da ANP garanteque não está preocupadacom problemas jurídicos

Saúde e Bem-eStar:Fé, eSpiritualidade e medicina.

Venha participar de um bate-papo sobre a relação da fé e espiritualidadecom a saúde e o bem-estar. elas ajudam na cura das doenças? especialistasvão debater se há evidências de que interferem na melhora da saúde dospacientes. participe.

mOderaÇÃO cOOrdenaÇÃO

ana lucia azeVedOeditora de Saúde do Globo.

cláudiO dOmenicOdoutor em cardiologia pelauFrJ, membro da Sociedadeeuropeia de cardiologia.

cOnVidadOS

dOm antOniO diaS duartepediatra formado pela uSp. trabalha como Bispo auxiliar na arquidiocese do rio deJaneiro, desde 2005, e é responsável pela pastoral da Saúde.

dr. ricardO cruzmédico coordenador do centro de atenção especializada em cirurgia craniofacialdo instituto nacional de traumatologia e Ortopedia - intO, ministério da Saúde.

10 de JulhO, àS 17h - caSa dO SaBer O GlOBOaVenida epitáciO peSSOa, 1.164 - laGOa.

inscrições antecipadas através do telefone (21) 2227-2237, hOJe, a partir daS 11h.entrada franca, sujeito a lotação. capacidade máxima: 80 lugares.

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18 l O GLOBO l Economia l Segunda-feira 8 .7 .2013

|Dinheiroemcaixa

|

Você investe

Curso gratuitoHOJE: BM&FBovespa recebe inscrições para cursogratuito sobre como investir em ações, a serrealizado em 22 e 23 de julho, das 19h às 21h30m,no Centro. Inscrições: www.bmfbovespa.com.br

Feriado paulistaAMANHÃ: Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa)fica fechada no feriado estadual da RevoluçãoConstitucionalista em São Paulo

Copom10/7: O Comitê de Política Monetária (Copom) doBanco Central (BC) decide a taxa básica de juros dopaís, a Selic, atualmente em 8% ao ano

Ata do Fomc10/7: O Federal Reserve (Fed, banco centralamericano) divulga a ata da última reunião do Fomc(Comitê Federal de Mercado Aberto)

Vendas do varejo11/7: O IBGE divulga a Pesquisa Mensal do Comércio(PMC), com as vendas do varejo emmaio

Produção industrial12/7: Agência Eurostat divulga a produção industrialda zona do euro de maio

| Fiquedeolho |

(1) Preços das passagens: De uma forma geral, asacho caras, aindamais se considerarmos a realidadesalarial brasileira. Por exemplo, pesquisando preçospara viagens com aproximadamente a mesma dis-tância e com antecedência de uma semana, descu-bro pelo site Decolar.com que o menor valor para otrecho Rio-São Paulo é de R$ 530, já incluídos tarifase impostos (omaior valor chegaaR$1.451), enquan-to que pelo site Trip.com, o menor valor para o tre-choNova York -Washington é deU$ 149,90 (equiva-lente a R$ 363, pelo dólar paralelo a R$ 2,42), taxas eimpostos também incluídos. Se hoje está assim, co-mo diria o colega Ancelmo, “Imagina na Copa” ou,comodiria eu, “Imagina no auge das férias”... Razõespara isso não faltam, e na excelente reportagem vei-culada no G1 (veja no link http://bit.ly/voaBrasil)sou informado que emumano e emalguns trechos,o valor das passagens aumentou mais que o dobro.Pesquisar preços não elimina o problema, reconhe-ço, mas pelomenos ominimiza.(2) Despesas acessórias: Parece-me que a

questão aqui é fruto da falta de concorrência.Explico: como pode o táxi de ida — pelo taxíme-tro — custar R$ 45 e o da volta custar R$ 60 (co-mum) ou até R$ 120 (especial)? E o que dizer en-tão da única lanchonete funcionando já dentroda sala de embarque onde um pacote de pasti-lhas que em qualquer padaria custaria meros R$1,50 passar a custar R$ 3,50? Usar o serviço regu-lar de táxis (já faço) ou trazer as balas de casa(passarei a fazer!) com certeza iráme fazer sentirmenos trouxa.(3) Despesas no voo: Finalizando a série de abu-

sos à carteira, sou surpreendido pela aeromoçacommais essa: preciso ter trocado caso queira o re-frigerante (R$ 5,00) servido a bordo. Muito interes-sante, ainda mais se considerarmos que a compa-nhia pela qual viajei não é sempre a que oferece osmelhores preços, daí a minha sugestão no título!Um grande abraço e até a próxima semana!

Pois não foi justamente na semana emque tantose comentou sobre certas passagens aéreas queacabei por ter também aminha própriaexperiência de voo? A bemda verdade, não tiveproblemas com filas, atrasos ou congêneres,ainda queminha saída do Rio tenha sido emhoráriomuito cedo, e aminha volta provenientede um local compoucomovimento. O queacheimerecedor de um artigo relaciona-se—como sempre— como lado do bolso...

Beba água!

[email protected]_

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ROBERTOZENTGRAF É PROFESSORDO IBMEC-RIO

Com o fraco desempenho domercado no mês passado,quando o Ibovespa, principalíndice da Bolsa de Valores deSão Paulo (Bovespa), derreteu11,31% com a turbulência ex-terna e o fraco crescimentobrasileiro, os analistas de cor-retoras de valores reforçaram aestratégia de focar em papéisdo setor financeiro em julho.De dez carteiras de recomen-dações consultadas pelo GLO-BO, com 105 indicações deações ao todo, os papéis prefe-renciais (PN, sem voto) do ItaúUnibanco aparecem com seisrecomendações, liderando asapostas do mês. E também dosetor financeiro surgem comdestaque, com quatro reco-mendações cada, os papéis or-dinários (ON, comdireito a vo-to) da BB Seguridade e BM&F-Bovespa. Já Bradesco PN temtrês sugestões. As corretorasapostam ainda numa recupe-ração dos papéis da Petrobras,que registraram na última sex-ta-feira amenor cotação desdedezembro de 2008.Na Octo Investimento, quase

a metade da carteira é com-posta por papéis do setor fi-nanceiro: Bradesco, Itaú Uni-banco e BM&FBovespa. Se-gundo Roberto Indech, analis-ta da corretora, os bancos fo-ram impactados no mês pelasaída de investidores estran-geiros do país, o que criou umaoportunidade de compra.—O setor bancário parece ter

atingido um pico de inadim-plência e teremos dados me-lhores pela frente. E é um dospoucos setores quepode ser be-neficiado pelo aumento dos ju-ros—explicaoanalistadaOcto,acrescentando que o setor ficou“barato”. — Os papéis tiveramqueda exagerada com as inter-venções do governo em tarifasbancárias, o que aconteceu pormeio da atuação da Caixa Eco-nômica Federal e do Banco doBrasil, e comasaídados investi-dores estrangeiros do mercadoem junho.Já a BM&FBovespa, holding

da Bovespa e da Bolsa deMer-cadorias & Futuros (BM&F),pode ser favorecida no mêspelo crescimento do volumede negócios no mercado deações e juros futuros. O BTGPactual avalia, em relatório,que “apesar da volatilidadedo mercado de ações e dosnúmeros macroeconômicosdesanimadores, a BM&FBo-vespa tem apresentado recei-tas e lucros resilientes”.

SETOR DE CONSUMOSegundo Gabriel Ribeiro,analista da Um Investimen-tos, que recomenda as açõesdo Itaú Unibanco e Bradesco,o setor financeiro é uma apos-ta apesar da exposição de al-gumas instituições às empre-sas X, do empresário Eike Ba-tista, que passampor uma cri-se de confiança.— Isso não muda nada na

nossa recomendação de ban-cos. Traz alguma pressão, masos bancos foramatrás de ativosmais sólidos do grupo EBX pa-ra ter como garantia a seus fi-nanciamentos. Não é algo ele-vado em relação aoportfólio—afirma Ribeiro.Se o mês passado foi contur-

bado nos mercados, os analis-tas não veem uma mudançano cenário em julho. O merca-do segue atento aos comunica-dos do Federal Reserve (Fed,banco central americano) so-bre a redução de seu programa

de afrouxamentomonetário—com o possível fim do progra-ma de recompra de títulos pú-blicos — e às medidas do go-verno chinês para enfrentar adesaceleração da economia.Para Ribeiro, os investidores

que querem se proteger dessecenário externo tumultuadodevembuscar ações de empre-sas que dependem mais domercado interno do que exter-no. Ele cita as ações do Pão deAçúcar, focada em alimentos, eCosan, dona de postos decombustíveis, e Fleury, do se-tor de saúde.— É preciso selecionar com

cuidado as ações do mercadolocal porque o consumo inter-no não está mais tão positivo.Mas, olhando as empresas deperto, existem papéis mais de-fensivos e bem posicionadosem seus setores — diz Ribeiro.A corretora Souza Barros

adotou uma estratégia pareci-da, com recomendações ex-clusivamente de papéis de em-presa ligadas ao consumo do-méstico, como Hypermarcas,BRF e M. Dias Branco.— Procuramos não mudar a

carteira, apesar de ter sido ne-gativo nomês passado, porque

estamos olhando também omédio ou longo prazos — dizClodoir Vieira, consultora dacorretora Souza Barros.Mesmo pressionada pela va-

lorização do câmbio, as açõespreferenciais da Petrobras re-ceberam cinco recomenda-ções nomês. SegundoMarceloTorto, analista da Ativa Corre-tora, o papel tem reaparecidonas carteiras porque ficou rela-tivamente barato na compara-ção a outras petroleiras. Os pa-péis preferenciais da compa-nhia caíram13%no ano.Na úl-tima sexta-feira fecharam a R$15,15, menor cotação desdedezembro de 2008. Segundoanalistas, as ações foram afeta-das pela perspectiva de com-promissos maiores em investi-mentos da estatal depois que ogoverno divulgou que o bônuspara o vencedor do leilão dopré-sal será de R$ 15 bilhões.—APetrobras teve umaqueda

exagerada no ano. O mesmoocorreu com as ações da Vale,que também estão na nossa car-teira domês— explica o analistada Ativa. — No caso da minera-dora, a alta do dólar vai benefici-ar a empresa, outra razão para arecomendação. l

Ações do setor financeiro e daPetrobras lideram apostas em julhoCarteiras destacam Itaú Unibanco, BB Seguridade e BM&FBovespa

BRUNOVILLASBÔAS

[email protected]

“É precisoselecionar comcuidado as açõesdo mercado localporque o consumointerno não estámais tão positivo.Mas, olhando asempresas de perto,existem papéismais defensivos ebem posicionadosem seus setores”Gabriel RibeiroAnalista da Um Investimentos

As negociações com ações na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa)passam a ocorrer, a partir de hoje, das 10h às 17h no pregão regular edas 17h30m às 18h no after-market. Até a última sexta-feira, osnegócios eram realizados das 10h às 17h30m no pregão regular

NOVO HORÁRIO NA BOVESPAEsse é o valor líquido das apostas dos ban-cos na desvalorização da moeda americanana Bolsa de Mercadorias e Futuros. Duas se-manas atrás, o governo facilitou essas aloca-ções ao eliminar a exigência de depósitoscompulsórios para contratos de dólar futuroUS$27bi

AS RECOMENDAÇÕES DE CADA CORRETORARendimento das ações em 2013 até o fim de junho

Fonte: Corretoras

UM INVESTIMENTOS

Petrobras PNVale PNACosan ONPão de Açúcar PNBradesco PNMarcopolo PNItaú Unibanco PNAlpargatas PNFleury ONIochpe Maxion ONTaesa Unit

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ATIVA CORRETORA

Arteris ONAnhanguera ONItaú Unibanco PNVale PNAPetrobras PNEquatorial ONTractbel ONGerdau Metalúrgica PNBR Properties ONLojas Renner ONPão de Açúcar PNCosan ONAutometal ON

GERAÇÃO FUTURO

Ultrapar ONItaú Unibanco PNKroton ONCielo ONBB Seguridade ONRandon PNDufry UnitEmbraer ONMarcopolo PNRaia Drogasil ON

-13,82%-31,96%

3,62%10,88%-8,75%-0,77%-3,93%6,44%

-21,04%-11,79%

2,68%

-10,43%5,30%

-1,04%-30,02%

8,74%14,75%

-17,83%-4,96%

-17,94%-11,79%-24,54%-13,82%

-3,93%15,51%

-31,96%

8,12%11,98%-3,93%

-31,96%-13,82%

0,04%6,69%

-30,02%-23,73%-17,83%10,88%

3,62%-12,58%

16,24%-3,93%35,53%20,60%

3,53%-3,85%1,10%

42,89%-0,77%-5,88%

OCTO INVESTIMENTOS

Kroton ONHelbor ONBM&FBovespa ONPetrobras PNBradesco PNItaú Unibanco PNHypermarcas ONGrendene ON

BRADESCO/ÁGORA

BB Seguridade ONBR Pharma ONBM&FBovespa ONEstácio ONGerdau PNHypermarcas ONJSL ONQualicorp ONTIM ONTotvs ON

PLANNER

Banrisul PNBBradesco PNCia Hering ONCyrela ONDuratex ONGerdau PNLojas Renner ONMagazine Luiza ONMRV ONMultiplan ONSouza Cruz ONTIM ONTotvs ON

XP INVESTIMENTOS

Arteris ONBB Seguridade ONItaú Unibanco PNBM&FBovespa ONBR Malls ONCemig PNPetrobras PNUltrapar ONCia Hering ON

BTG PACTUAL

BRF ONSuzano Papel PNAAmbev PNCielo ONBB Seguridade ONPão de Açúcar PNBM&FBovespa ONCosan ONBR Insurance ONIMC ON

35,53%-6,96%-9,64%

-13,82%-8,75%-3,93%

-11,68%26%

3,53%-28,75%

-9,64%15,70%

-29,48%-11,68%

3,97%-20,32%

2,43%-12,40%

-0,26%-8,75%

-23,83%-11,81%

-4,96%-29,48%-17,83%-55,72%-43,97%-13,09%

-9,42%2,43%

-12,40%

8,12%3,53%

-3,93%-9,64%

-24,54%5,30%

-13,82%16,24%

-23,83%

15,51%19,08%-1,59%20,60%

3,53%10,88%-9,64%3,62%

16,18%-15,77%

-11,68%15,51%-8,46%6,93%

-11,09%

SOUZA BARROS

Hypermarcas ONBRF ONCetip ONM. Dias Branco ONLocaliza ON

EDITORIA DE ARTE

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Segunda-feira 8 .7 .2013 l Economia l O GLOBO l 19

Você investe

A petroleira do grupo EBX, do empresário Eike Batista, liderou as perdas do Ibovespa, principalíndice da Bolsa, após divulgar que suspenderá o desenvolvimento de três campos de petróleo e que aprodução do campo de Tubarão Azul, na bacia de Campos, pode parar no próximo ano

OGX Petróleo cai 35,44% na semana B2W Digital avança 24,73% na semanaOs papéis da holding de sites como Americanas.com, Submarino e Shoptime liderou os ganhos

do Ibovespa na semana. Sem notícia divulgada pela empresa que justificasse a alta, operadoresatribuíram o avanço a um movimento técnico de grandes fundos de investimento no mercado

Proteção extra parasmartphone, tablet,câmera e filmadora

Cinco meses depois de comprar um smartphonepor R$ 2 mil, o estudante paulista Felipe Lima, de21anos, que sepreparapara tirar obrevêdepiloto,foi roubado na hora do almoço. Não pensou duasvezes: registrou um boletim de ocorrência, blo-queou o aparelho e repassou o protocolo para aseguradora. Poucos dias depois recebeu a com-pensação financeira. Comnovidades tecnológicasa preços elevados e consumidores interessadosem produtos com muitas funções, cada vez maispessoas recorrem ao seguro para proteger tablets,celulares, computadores, câmeras fotográficas efilmadoras, segundoanalistas.Omedodeassaltoéumadas principaismotivações. No caso de Felipe,a precaução foi resultado de uma experiênciaruim: ele jáhavia sofridoumassalto antesde com-praronovoaparelhoecostumausar comfrequên-cia o transporte público. Por isso, aceitou arcarcom R$ 240, divididos em cinco parcelas, para as-segurar o aparelho.— Fiz o seguro pela experi-

ência do roubo, mas foi bomrecuperar o valor que poderiater perdido com tão poucotempo de uso do aparelho —disse o estudante.Levantamento da corretora

de seguros KEF mostra que oseguro de um smartphone custa20,7% do valor de um aparelhode R$ 1 mil. O percentual subiunos últimos meses, com o au-mento da procura. Em setem-bro, o serviço saía por cerca de15% do valor do celular.A apólice de um tablet de R$

2 mil pode sair por 15,45%.Para um notebook, 14,28%.Câmeras e filmadoras saemmais em conta: 7,63%. Pro-porcionalmente, o seguro doseletrônicos acaba saindo mais caro do que ode um automóvel. De acordo com o professorJosé Varanda, da Escola Superior Nacional deSeguros, uma apólice de veículo custa, em ge-ral, entre 5% e 15% do valor do carro.— O celular pode ser roubado junto com o

carro e tem outros agravantes de sinistro, por-que pode sofrer dano. A frequência de sinistrosémaior doque adeumcarro.Diante disso, o ce-lular acaba tendo taxa proporcionalmente maisalta do que a de um automóvel — disse.

LEITURA ATENTA DA APÓLICESegundo a KEF, a cobertura básica protege osaparelhos de incêndio, raio, explosão e roubo.Mas o consumidor deve ficar atento: caso o pro-blema ocorra até seismeses depois de contrata-do o seguro, as empresas costumam pagar o va-lor integral da nota. Passado este prazo, num

período de seis a 14 meses, descontam 15% porconta do uso e do desgaste, ressalta Varanda.Para quem se interessa, André Vidigal, diretor da

corretoraKEF, recomendaatençãoàapólice.Ocor-retordeve especificar exatamenteoqueestáprevis-to e o que fica de fora. Danos causados pela quedade celulares ou tablets não costumam ser cobertos.Omesmo vale para derramamento de líquidos so-bre os aparelhos. SegundoVidigal, os principais cli-entes desse tipo de serviço são jovens, profissionaisliberais, executivos e empresas quedeixamequipa-mentos com os funcionários. Mas, destaca, o segu-ro só vale a pena para itens relativamente novos:— Compensa contratar seguro para os dois

primeiros anos. Após este prazo, como o equi-pamento depreciou, o valor de referência usadopela seguradora é baixo e não compensa.

SEGURADORAS TENTAM EVITAR FRAUDEO consultor financeiro Silvio Paixão aconselha aconsiderar três aspectos antes da contratação: a in-tenção de ficar com o aparelho por mais de cinco

anos, o uso profissional do equi-pamento e a frequência comquea pessoa circula por locais comincidência de assaltos. Pode seruma boa opção, por exemplo,para quem trabalha commarke-ting, design, uso e processamen-to de dados, avalia ele.— Para pessoas que viajam

mais e dependem do aparelho,pode ser importante.Mas amai-oria delas guarda os dados nanuvem (não no próprio compu-tador,mas emservidores de em-presas que oferecem o serviçode armazenamento remoto), oque reduz o risco.O economista Samy Dana,

professor da Fundação GetulioVargas, avalia que o consumi-dor deve levar em conta tam-bém aspectos subjetivos, co-

mo se já foi vítima de assaltos ou se frequentalocais considerados mais arriscados.— Seguro não é investimento. É serviço.

Mas, se for uma pessoa mais preocupada, vaiter menos dor de cabeça — resume.Com equipamentos cada vez mais sofistica-

dos no mercado, as seguradoras também ten-tam se proteger de tentativas de fraude. A sim-ples perda de um aparelho eletrônico, como emcasos de furto simples, não costuma contar comcobertura. Outra preocupação é o valor do bem.Algumas seguradoras, comoaBBMapfre, fazemuma análise do produto antes de fechar contra-tos de valor superior a R$ 3 mil.—Eventualmente, investigamos, quando o clien-

te reporta roubo de um produto na faixa de R$ 2mil. Fazemos isso pormeio do boletimde ocorrên-cia ou comauditoria—disseNikolaos Tetradis, su-perintendente de seguros da BBMapfre. l

Seguradoras oferecem apólices com taxas entre 7% e 20%do valor dos produtos para casos de roubo e incêndio

DANIELHAIDAR

[email protected]

MARCOS ALVES

Precaução. O estudante Felipe Lima, que já foi assaltado duas vezes, recorreu ao seguro contra furto de celularPERFIL:De acordo com asseguradoras, os principaisclientes são jovens, profissionaisliberais, executivos e empresas

PRODUTO:Os seguros protegemcelulares, filmadoras, câmerasfotográficas, tablets e mp3players. Analistas dizem que sócompensa se o produto tivermenos de dois anos

CUSTO:A taxa média para umsmartphone já chega a 20% dovalor do produto. Tablets saemcom percentual de 14,28%

USaibamais

Fonte: KEF corretora e Escola Nacional Superior de Seguros

CUSTO MÉDIO DE SEGURO DE PRODUTOS ELETRÔNICOS

R$ 2.000

EQUIPAMENTO VALOR ASSEGURADO

Notebook

Smartphone

Tablet

CâmeraFotográfica

R$ 2.000

R$ 1.000

R$ 2.000

CUSTO DO SEGUROCobertura básicaDanos elétricos

Roubo

R$ 152,5

R$ 285,63

R$ 207

R$ 309

CUSTO PROPORCIONALDO SEGURO EM RELAÇÃOAO VALOR DO BEM

0

4,4

8,8

13,2

17,6

22

CâmeraFotográfica

TabletSmartphone

Notebook

14,28%

20,70%

15,45%

7,63%

EDITORIA DE ARTE

Indicadores

TR02/07: 0,0222% 03/07: 0,0343% 04/07: 0%

Selic: 8%

Correção da PoupançaAté 03/05/12 A partir de 04/05/12

DIA ÍNDICE DIA ÍNDICE

20/07 0,5110% 20/07 0,4661%21/07 0,5000% 21/07 0,4551%22/07 0,5000% 22/07 0,4551%23/07 0,5000% 23/07 0,4551%24/07 0,5155% 24/07 0,4706%25/07 0,5000% 25/07 0,4551%26/07 0,5000% 26/07 0,4551%27/07 0,5000% 27/07 0,4551%28/07 0,5000% 28/07 0,4551%29/07 0,5000% 29/07 0,4551%30/07 0,5000% 30/07 0,4551%01/08 0,5210% 01/08 0,4761%02/08 0,5223% 02/08 0,4774%03/08 0,5345% 03/08 0,4896%04/08 0,5000% 04/08 0,4551%

Obs: Segundo norma do Banco Central, osrendimentos dos dias 29, 30 e 31 correspondem aodia 1º do mês subsequente.

INSS/JULHO

Trabalhador assalariadoSalário de contribuição (R$) Alíquota (%)Até 1.247,70 8de 1.247,71 até 2.079,50 9de 2.079,51 até 4.159,00 11Obs: Percentuais incidentes de forma não cumulativa(artigo 22 do regulamento da Organização e doCusteio da Seguridade Social).

Trabalhador autônomoPara o contribuinte individual efacultativo, o valor da contribuiçãodeverá ser de 20% do salário-base, quepoderá variar de R$ 678 a R$ 4.159,00

UFIR UFIR/RJJulho JulhoR$ 1,0641 R$ 2,4066Obs: foi extinta

UNIFObs: A Unif foi extinta em 1996. Cada Unif vale 25,08Ufir (também extinta). Para calcular o valor a serpago, multiplique o número de Unifs por 25,08 edepois pelo último valor da Ufir (R$ 1,0641). (1 Uferj= 44,2655 Ufir-RJ)

INFLAÇÃO

IPCA (IBGE)Índice Variações percentuais

(12/93=100) No mês No ano Últ. 12meses

Janeiro 3633,44 0,86% 0,86% 6,15%Fevereiro 3655,24 0,60% 1,47% 6,31%Março 3672,42 0,47% 1,94% 6,59%Abril 3692,62 0,55% 2,50% 6,49%Maio 3706,28 0,37% 2,88% 6,50%Junho 3715,92 0,26% 3,15% 6,70%

IGP-M (FGV)Índice Variações percentuais

(12/93=100) No mês No ano Últ. 12meses

Janeiro 511,977 0,34% 0,34% 7,91%Fevereiro 513,467 0,29% 0,63% 8,29%Março 514,526 0,21% 0,84% 8,05%Abril 515,276 0,15% 0,99% 7,30%Maio 515,299 0,00% 0,99% 6,22%Junho 519,153 0,75% 1,74% 6,31%

IGP-DI (FGV)Índice Variações percentuais

(12/93=100) No mês No ano Últ. 12meses

Janeiro 504,830 0,31% 0,31% 8,11%Fevereiro 505,832 0,20% 0,51% 8,24%Março 507,375 0,31% 0,81% 7,97%Abril 507,087 -0,06% 0,76% 6,83%Maio 508,715 0,32% 1,08% 6,20%Junho 512,598 0,76% 1,85% 6,28%

ÍNDICES

BOVESPA SAL. MÍNIMO SAL. MÍNIMO(FEDERAL) (RJ)*

Janeiro -1,95% R$ 622 R$ 802,53Fevereiro -3,91% R$ 622 R$ 802,53Março -1,87% R$ 678 R$ 802,53Abril -0,78% R$ 678 R$ 802,53Maio -4,30% R$ 678 R$ 802,53Junho -11,31% R$ 678 R$ 802,53Obs: * Piso para empregado doméstico, servente,contínuo, mensageiro, auxiliar de serviços gerais efuncionário do comércio não especializado, entre outros.

IMPOSTO DE RENDAIR NA FONTE JULHO 2013Base de cálculo Alíquota Parcela a deduzirR$ 1.710,78 Isento —De R$ 1.710,79 a R$ 2.563,91 7,5% R$ 128,31De R$ 2.563,92 a R$ 3.418,59 15% R$ 320,60De R$ 3.418,60 a R$ 4.271,59 22,5% R$ 577,00Acima de R$ 4.271,59 27,5% R$ 790,58

Deduções: a) R$ 171,97 por dependente; b) deduçãoespecial para aposentados, pensionistas etransferidos para a reserva remunerada com 65 anosou mais: R$ 1.710,78; c) contribuição mensal àPrevidência Social; d) pensão alimentícia paga devidoa acordo ou sentença judicial. Obs: Para calcular oimposto a pagar, aplique a alíquota e deduza a parcelacorrespondente à faixa.l Esta nova tabela só vale para o recolhimento do IRPFeste ano.Correção da primeira parcela: 1,60%.Fonte: Secretaria da Receita Federal

CÂMBIO

DÓLARCompra R$ Venda R$

Dólar comercial (taxa Ptax) 2,2639 2,2645Paralelo (São Paulo) 2,16 2,41Diferença entre paralelo e comercial - 4,58% 6,42%Dólar-turismo esp. (Banco doBrasil)

2,18 2,32

Dólar-turismo esp. (Bradesco) 2,16 2,39

EUROCompra R$ Venda R$

Euro comercial (taxa Ptax) 2,9046 2,9056Euro-turismo esp. (Banco do Brasil) 2,79 2,97Euro-turismo esp. (Bradesco) 2,77 3,06

OUTRAS MOEDASCotações para venda ao público (em R$)Franco suíço 2,34640Iene japonês 0,0223438Libra esterlina 3,36851Peso argentino 0,418172Yuan chinês 0,368355Peso chileno 0,00445093Peso mexicano 0,172766Dólar canadense 2,13832

FONTE: MERCADO

Obs: As cotações de outras moedas estrangeiraspodem ser consultadas nos sites www.xe.com/ucc ewww.oanda.com.

BOLSA DE VALORES: Informações sobrecotações diárias de ações e evolução dosíndices Ibovespa e IVBX-2 podem serobtidas no site da Bolsa de Valores de SãoPaulo (Bovespa), www.bovespa.com.brCDB/CDI/TBF: As taxas de CDB e CDIpodem ser consultadas nos sites de Anbima(www.anbima.com.br) e Cetip(www.cetip.com.br). A Taxa BásicaFinanceira (TBF) está disponível no site doBanco Central (www.bc.gov.br). Paravisualizá-la, clicar em “Economia e finanças”e, posteriormente, em “Séries temporais”FUNDOS DE INVESTIMENTO:Informações disponíveis no site daAssociação Brasileira das Entidades dosMercados Financeiro e de Capitais (Anbima),www.anbima.com.br. Clicar em “Fundos deinvestimento”IDTR: Pode ser consultado no site daFederação Nacional das Empresas deSeguros Privados e de Capitalização(Fenaseg), www.fenaseg.org.br. Clicar nabarra “Serviços” e, posteriormente, emFAJ-TR. Selecionar o ano e o mês desejadosÍNDICE DE PREÇOS: Outros indicadorespodem ser consultados nos sites daFundação Getulio Vargas (FGV, www.fgv.br),do Instituto Brasileiro de Geografia eEstatística (IBGE, www.ibge.gov.br) e daAnbima (www.anbima.com.br)

Product: OGlobo PubDate: 08-07-2013 Zone: Nacional Edition: 1 Page: PAGINA_S User: Asimon Time: 07-07-2013 20:08 Color: CMYK

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20 l O GLOBO l Economia l Segunda-feira 8 .7 .2013

O GLOBO não autoriza quem quer que seja a retirar em seu nome, para qualquer fim, produtos em lojas. Os produtos que forem fotografados pela equipe do jornal deverão ser entregues na redação e retirados no mesmo dia. As imagens devem ser enviadas para o e-mail da seção.

Embora nosso cotidiano digital seja cada vezmais wireless, ainda precisamos de cabospara muitas coisas — alimentação docomputador e periféricos, conexão USB,carregamento de baterias, ligação comimpressoras etc. Muitas vezes isso gera um“congestionamento” de fios que desnorteiaqualquer usuário. Assim, no garimpo destasemana, sugerimos alguns organizadores decabos para deixar sua vida eletrônica maisfácil. Alguns deles podem até funcionar comitens decorativos. Os simpáticos organizadores de cabos CableDrops podem ser

afixados no tampo de uma mesa, ou na parte lateral, para manter naposição fios de carregadores, conexões USB e congêneres. Naembalagem, vêm três pares deles, em cores como rosa, laranja everde. R$ 69,90, no endereço bit.ly/organizador1

‘DROPS’ PARA OS CABOS

FOTOS DE DIVULGAÇÃO

VALE ATÉ NA PAREDE

|Garimpodigital

|

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Mais parecendo uma mola divertida, oorganizador de cabos Cordies é compatível comdiversos tamanhos de fios e permite alinhá-los

entre suas ondulações, evitando o clássicoemaranhado de conexões. Pode vir em

cores como azul e rosa, sendoencontrado pelo preço de R$ 47,90

no endereço bit.ly/organizador2

ALINHANDO DIREITINHO OS FIOS

À primeira vista, este modelo para ajeitar a passagem de cabos semelha um Lego estilizado.Mas dá um basta nos fios rebeldes e, flexível, pode ser fixado até em paredes, se necessário.Pode ser encontrado pelo preço de R$ 47,90 no endereço bit.ly/organizador3

Digital&Mídia_

O governo quer aumentar a concorrência entreas empresas de telefonia que hoje alugam espa-ços nos postes de luz. Por isso, já está em reta fi-nal um decreto que vai criar novas regras para ocompartilhamento de infraestrutura entre as te-les e as distribuidoras de energia. De acordocom as exigências, os postes serão divididos emcinco pontos, que deverão obrigatoriamente serocupados por diferentes grupos econômicos.Além de reduzir o emaranhado de fios, que po-luem visualmente as cidades e colocam em ris-co a segurança elétrica, o objetivo é elevar os in-vestimentos das companhias, que encontramdificuldade para expandir sua rede Brasil afora.O decreto já está na Casa Civil e foi fruto de

trabalho conjunto entre os ministérios das Co-municações, de Minas e Energia, dos Transpor-tes e das Cidades. Atualmente, o compartilha-mento dessa infraestrutura esbarra na falta deinteresse das empresas de energia, já que 90%das receitas comos alugueis dos postes são con-vertidos em redução tarifária da conta de luz.Assim, dizem fontes do governo, não há interes-se em uma gestão mais eficiente dos contratoscom as teles. Como resultado, empresas queusam os postes desde a privatização do setor,em 98, pagam entre R$ 1 e R$ 2 por poste a cadamês, enquanto as novas companhias chegam a

pagar R$ 13 mensaispelos postes.—Assim, a competi-

ção é penalizada. Asteles que estão entran-do hoje têm de fazerum investimento mai-or, construindo toda arede. O objetivo do de-creto é que haja umtratamento igual. Es-sas regras vão guiar omercado. Mas claroque haverá um prazopara as empresas seadequarem. Por isso, adivisão dos postes serápor grupo econômicoe não por serviço (co-mo telefonia fixa, mó-vel e banda larga), oque vai permitir a in-tegração desses servi-

ços numa única rede — adiantou ao GLOBOMaximiliano Martinhão, secretário de Teleco-municações do Ministério das Comunicações.

MUDANÇAS NO CÁLCULO DE REAJUSTE DA LUZPara atender ao setor elétrico, o decreto vai re-ver a fatia de 90%, oriunda das receitas das dis-tribuidoras com aluguel dos postes, usada namodicidade tarifária. Segundo Maximiliano, aideia é que esse percentual seja reduzido.— Com essa queda, as elétricas terão incenti-

vo para melhorarem a gestão (dessas estrutu-ras) e até poder rever os contratos antigos (comas teles). Quando uma empresa deixa de pagarR$ 13, esse benefício chega ao consumidor, poishá aumento de competição. Ao ter uma melhororganização dos fios, haverá mais qualidade.Hoje é uma verdadeira teia de aranha, e os téc-nicos (de telecom) têmmuitos problemas de se-gurança — afirmouMaximiliano.Do outro lado, as elétricas dizem que não foram

procuradas. SegundoNelson Fonseca Leite, presi-dente da Associação Brasileira dos DistribuidoresdeEnergiaElétrica (Abradee), é precisoordenar asocupações atuais de postes, com a criação de nor-mas de procedimentos técnicos e de segurança.— As teles instalam os cabos sem seguir nor-

mas em muitos casos, aumentando os riscos àpopulação. A concorrência entre as teles é im-portante, mas deve haver uma migração plane-jada dos atuais contratos de compartilhamento— ponderou Leite, ressaltando a importânciada redução dos 90%das receitas do aluguel parao cálculo de reajuste tarifário.A maior parte das teles esperam novas regras

de compartilhamento há anos, já que a AgênciaNacional de Telecomunicações (Anatel) nãoconseguiu chegar a um acordo até hoje e agoradecidiu esperar o decreto. A Embratel disse quea padronização de preços e critérios de utiliza-ção são fundamentais para que as empresaspossam fazer todos os investimentos. A TIM,que considera a iniciativa do governo impor-tante, afirmou que as operadoras não conse-guem desenvolver suas redes, devido aos altosvalores que são cobrados. A GVT lembrou que a

infraestrutura deve ser utilizada da forma maisracional com o objetivo de viabilizar a competi-ção. Já aOi informouque entende que o assuntonão deveria passar pela interferência do poderpúblico, sob risco de onerar o serviço.

LIGHT TEM 600 MIL POSTES NO RIODo outro lado, as elétricas não informam

quanto ganham por ano com o aluguel. A Light,por exemplo, é dona de 600mil postes em 31 ci-dades doRio. Emnota, disse que o valor dopon-to de fixação dos postes é negociado entre aspartes. Também em nota, a Eletropaulo, comum1,2milhão de postes em sua área de conces-são, lembrou que compartilha 80% de seus pos-tes e que só 10% do que arrecada com esse alu-guel é usado para manutenção das estruturas.Mas não quiseram comentar o novo decreto.— Em muitas capitais, as teles deixam cabos

ociosos entre os postes, pois não têm interesseem retirá-los. Elas não querem permitir a entra-da de novos concorrentes. Não se pode esque-cer que a rede aérea émais procurada pelas em-presas, pois é a mais barata — disse uma fontedo governo que não quis se identificar. l

Governo prepara decreto que prevê instalação de infraestrutura para até cinco teles na rede elétrica

BRUNOROSA

[email protected]

MARCELO PIU

No Jardim Botânico. Novas regras de compartilhamento vão permitir melhor organização dos fios nas redes aéreas

Mais empresas de telefonia em postes de luz

Ao ter melhororganizaçãodos fios,haverá maisqualidadeMaximilianoMartinhãoSecretário do Ministériodas Comunicações

EPL diz que construção dainfraestrutura deverá constar noprojeto básico das novas vias

Além dos postes de luz, o decreto decompartilhamento prevê também mu-danças nos editais de concessão dasnovas rodovias e ferrovias, que deverãoser licitadas a partir de setembro. Nessecaso, diz a Empresa de PlanejamentoLogístico (EPL), a construção dos dutosde telecom já fará parte do projeto bási-co das vias. O objetivo é evitar uma se-gunda obra, o que acaba elevando ospreços ao consumidor final.Estará previsto ainda nos novos con-

tratos o fim do chamado "direito depassagem", taxa que as teles têm de pa-gar para poderem usar os dutos ou ins-talarem redes nas vias aéreas ao longodas vias. O tema, no entanto, prometepolêmica ente os futuros concessioná-rios, que alegam ser fundamental a co-brança pelos serviços para poderemcobrar pedágio por um valor menor.— Cada vez mais necessária, a infra-

estrutura de telecom deve ser maiscompartilhada. Claro que deve haverisonomia para todos os participantes.Hoje, as empresas de energia não pa-gam pelo espaço dos postes, pois é deutilidade pública. Queremos estenderesse conceito à banda larga. A discus-são é quem vai pagar a conta. Por outrolado, as concessionárias podem teruma compensação ao usar as redes dasteles—disseManuel Poppe, coordena-dor do Núcleo de Tecnologia da EPL.Maximiliano Martinhão, secretário

de Telecomunicações do Ministériodas Comunicações, diz que “alguémvaiperder receita”:—ACasaCivil vai chamar osministé-

rios para discutir. Até em obrasmunici-pais de infraestrutura, como sanea-mento, que recebem recursos federais,deverá ser avaliada a inclusão de infra-estrutura de telecom.As prefeituras po-derão, por exemplo, chamar entes pri-vados para fazer os dutos, enquanto aobra é feita, reduzindo custo. Por isso, oministério das Cidades está envolvido.Poppe, da EPL, diz que o Plano Naci-

onal de Banda Larga (PNBL) tambémserá beneficiado, já que hoje a rede detelecom da Telebras é compartilhadanas linhas de transmissão de energia,que são de propriedade das geradoras ede empresas privadas e ficam afastadasdos grandes centros urbanos:— Já as rodovias cortam as cidades.

Assim, o custo para levar rede até o cli-ente final será bemmenor. (B.R.) l

Teles podem deixarde pagar pordutos em rodovias

CHEGA DEENROLAÇÃO

Product: OGlobo PubDate: 08-07-2013 Zone: Nacional Edition: 1 Page: PAGINA_T User: Asimon Time: 07-07-2013 20:39 Color: CMYK

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Uma base espiã em BrasíliaNSA e CIA mantiveram na capital equipe para coleta de dados filtrados de satélite

Funcionou em Brasília, pelo menos até2002, uma das estações de espionagemnas quais agentes da Agência de Seguran-ça Nacional (NSA, na sigla em inglês) tra-balharam em conjunto com a AgênciaCentral de Inteligência (CIA) dos EstadosUnidos. Não se pode afirmar que conti-nuoudepoisdesseanopor faltadeprovas.Documentos da NSA a que O GLOBO

teve acesso revelam que Brasília fez par-te da rede de 16 bases dessa agência de-dicadas a um programa de coleta de in-formações através de satélites de outrospaíses. Um deles tem o título “PrimaryFornsatCollectionOperations” edestacaas bases da agência (veja acima).Satélites são vitais aos sistemas nacio-

nais de comunicações, tanto quanto asredes de fibras óticas em cabos submari-nos. O Brasil não possui nenhum, masaluga oito, todos do tipo geoestacionário— ou seja, que permanecem estaciona-dos sobre uma região específica da Ter-ra, em geral na linha do Equador.Há também um conjunto de docu-

mentos da NSA, de setembro de 2010(noalto, à direita), cuja leiturapode levarà conclusão de que escritórios da Em-baixada do Brasil em Washington e damissão brasileira nasNaçõesUnidas, emNova York, em algum momento teriamsido alvos da agência. Não foi possívelobter confirmar a informação e nem seesse tipo de prática prossegue.

MONITORAMENTO NO EXTERIOREssa mesma documentação expõe ospadrões daNSA paramonitoramento deinformações emescritórios estrangeiros,nos EUA. São softwares de espionagemoperados a partir de implantes físicosnas redes digitais privadas e em compu-tadores: Highlands é o codinome de umprograma de coleta direta de sinais digi-tais; o Vagrant funciona através de cópi-as das telas de computadores; e o Lifesa-ver, via cópia dos discos rígidos onde fi-cam armazenadas as memórias das má-quinas. Os três programas teriam sidousados para espionar dados brasileiros.Os documentos da NSA foram vazados

por Edward Snowden, técnico em redesde computação. Ex-empregado da CIA,ele trabalhou na agência nos últimos qua-tro anos como especialista subcontratadode empresas privadas. Há um mês, o jor-nal britânico “TheGuardian” publicou re-portagens com as primeiras revelações deSnowdensobreoperaçõesdevigilânciadecomunicações realizadasdentroe foradasfronteiras dos Estados Unidos.Ontem, O GLOBO mostrou que, na

última década, a NSA espionou telefo-nemas e correspondência eletrônica depessoas residentes ou em trânsito noBrasil, assim como empresas instala-das no país. Não há números precisos,mas em janeiro passado, por exemplo,o Brasil ficou pouco atrás dos EstadosUnidos, que teve 2,3 bilhões de telefo-nemas e mensagens espionados.Para tanto, a agência contou com par-

ceiros corporativos no uso de ao menostrês programas de computação. Um de-les é o software Prism, que permite aces-so aos e-mails, conversas online e cha-madas de voz de clientes de empresascomo Facebook, Google, Microsoft eYouTube, entreoutras.Outroprogramaéo Boundless Informant, para rastrear re-gistros como hora, local, etc., de e-mailsenviados ou recebidos. Há também o X-Keyscore, capaz de reconhecer umamensagem escrita em diferentes idio-mas em correspondência de e para oBrasil. E ainda existe o Fairview, peloqual é possívelmonitorar grandes quan-

tidades de informações trocadas porpessoas e empresas emdistintos lugares.Brasília se destacou como única esta-

ção na América do Sul nomapa descriti-vo das operações americanas de espio-nagem por satélites estrangeiros.Também era uma das duas cidades-ba-

sedoFornsat, quehospedaramespiõesdaNSA e da CIA designados para trabalharem conjunto nesse programa. Na lingua-gem característica usada na documenta-ção copiada por Snowden, eles compu-nhamuma força-tarefa, a Special Collecti-onService (SCS).AlémdeBrasília, haveriaoutro grupo emNovaDélhi, na Índia.

A NSA descreve, em apresentação in-terna datada de 2002, como opera esseconsórcio de agências americanas deespionagem. O foco, segundo a docu-mentação oficial, está em "converter si-nais de inteligência captados no exteri-or a partir de estabelecimentos oficiaisdos Estados Unidos, como embaixadase consulados." Acrescenta: "A NSA tra-balha junto com a CIA. (...) Agentes daNSA, disfarçados de diplomatas, con-duzemoacervo". Odocumento foi feitouma década atrás e não foi possívelconfirmar se a prática prossegue.Essas duas agências mantinham

equipes SCS em 75 cidades, conformeo documento de 2002. Não foi possívelsaber se atualmente continuam. Des-sas, 65 eram capitais nacionais. Mas osdocumentos da NSA deixam claro queapenas nas estações de Brasília e deNova Déli, existiam forças-tarefa SCScom trabalho diretamente relacionadoao programa de espionagem através desatélites de outros países, o Fornsat.A ação conjunta proporciona “inteli-

gência considerável sobre comunica-ção de lideranças”, esclarece o docu-mento da NSA de 2002. Ela é facilitada,ressalta, pela “presença dentro de umacapital nacional”.

COMPLEXO PARA A COLETAO número de “alvos” é grande: “Siste-mas de comunicação de satélites co-merciais estrangeiros são usados nomundo inteiro por governos estrangei-ros, organizações militares, corpora-ções, bancos e indústrias.” A estruturadesse sistema de coleta de informa-ções, segundo a NSA, se baseia nas ali-anças da agência com empresas priva-das, proprietárias ou operadoras: “ANSA, em conjunto com seus parceirosestrangeiros, acessa sinais de comuni-cação de satélites estrangeiros.”No mapa sobre operações do sistema

Fornsat (ao alto, à esquerda) aparecemde forma claramente identificáveis duasimportantes bases militares dos EUA.Uma é da própria NSA, a de Sugar Gro-

ve—“Timberline" éo seucodinome.FicanocondadodePendleton, emWestVirgi-nia (EUA). Segundo reportagem de 2005do jornal “New York Times”, funciona co-mo uma espécie de central do sistema decoleta de informações por sinais digitaisno lado Leste dos Estados Unidos.Um outro ponto-chave de coleta de

dados é a base deMisawa, no Japão. Aliestão estacionadas unidades da ForçaAérea dos EUA (basicamente, o 35ºFighter Wing) e um grupamento daForça Aérea de Autodefesa do Japão.Como as agências de espionagem de

outros países, a NSA sustenta grandesinvestimentos anuais em tecnologia. Éo resultado de uma obsessão por Inteli-gência “acabada” — a produção diáriade um conjunto de informações dequalidade para quemdetémopoder dedecisão na política governamental do-méstica e externa. Mas como tudo é se-gredo nesse ramo, os abusos e os fra-cassos jamais são conhecidos. l

ROBERTOKAZ E JOSÉCASADO

[email protected]

REUTERS

Protesto.Manifestantes alemãesusando a máscara de Guy Fawkesseguram cartaz em apoioa Snowden, o ex-agente da CIA querevelou ao mundo a redeultrassecreta de espionagemdos EUA, que tem ramificaçõestambém no Brasil

NoalvodosEUA

Segunda-feira 8 .7 .2013 O GLOBO l 21

Mundo

Mapa da NSA de 2002 mostra capitais, dentre elas Brasília, espionadasatravés de interceptação de informações transmitidas por satélites estrangeiros

Documento da NSA, de setembro de 2010, pode levar à conclusão de que a embaixadado Brasil em Washington e a missão brasileira na ONU teriam sido alvos da agência

REDE DE ESPIONAGEM

IMAGENS: Documentos internos da NSA.

Product: OGlobo PubDate: 08-07-2013 Zone: Nacional Edition: 1 Page: PAGINA_U User: Asimon Time: 07-07-2013 22:28 Color: CMYK

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22 l O GLOBO l Mundo l Segunda-feira 8 .7 .2013

-BRASÍLIA, PARATY E SÃO PAULO- Poucas horasapós o GLOBO revelar, com base em do-cumentos secretoscopiadospeloex-técni-co da CIA Edward Snowden, que os EUAespionaram milhões de telefonemas e e-mails de cidadãos brasileiros, o governofederal anunciou ontem, depois de reuni-ão da presidente Dilma Rousseff com seisministros, medidas em quatro frentes: opedido de esclarecimentos ao governodos EUA; a abertura de investigação sobresuposta participação no esquema de em-presas de telecomunicações sediadas noBrasil; o aprimoramento da legislação pa-ra garantir sigilo de dados na internet; e aatuaçãoemesferas internacionaisparaas-segurar a segurança cibernética.OMinistériodasRelaçõesExteriorespe-

diu ontem mesmo esclarecimentos aoembaixadordosEUA,ThomasShannon,ejá acionou a embaixada em Washingtonpara fazeromesmodiretamenteaogover-no americano. O governo brasileiro tam-bém pretende entrar com umamoção naOrganização das Nações Unidas pedindoaperfeiçoamento da segurança cibernéti-ca para evitar esse tipo de abuso.No plano interno, a Polícia Federal e a

Agência Nacional de Telecomunicações(Anatel) vão investigar se empresas sedia-das no Brasil permitiram que aNSA tives-seacessoàs redesdecomunicações locais.Documento obtido pelo GLOBOdescreveparceria da agência americana com umagrandeempresade telefoniadosEUA.Ela,por sua vez,mantém relações de negócioscom outros serviços de telecomunicaçõesno Brasil e nomundo.Areaçãodogovernobrasileiro foiarticu-

lada pela presidente Dilma, na manhã deontem, em reunião no Palácio da Alvora-da com os ministros Paulo Bernardo (Co-municações), Gleisi Hoffmann (Casa Ci-vil), Ideli Salvatti (Relações Institucionais),José Eduardo Cardozo (Justiça), AloizioMercadante (Educação) e Gilberto Carva-lho (Secretaria Geral da Presidência).—Temosmuitapreocupaçãocomessas

notícias, especialmente comopossível re-lacionamento com empresas brasileiras.Se isso realmente ocorreu, configura cri-me contra a legislação brasileira e a Cons-tituição.NossaConstituição assegura odi-reito à intimidade e privacidade. Se tiverempresa brasileira mancomunada comempresas estrangeiras para quebrar sigilotelefônico e de dados, é um absurdo —afirmou oministro das Comunicações.EmParaty, onde participava da Flip, o

ministro das Relações Exteriores, Antô-nio Patriota, convocou a imprensa paraler uma declaração oficial sobre a posi-ção do governo brasileiro. Patriota con-firmou que o governo pediu esclareci-mentos ao governo americano.—O governo brasileiro recebeu com

grave preocupação a notícia de que ascomunicações eletrônicas e ligações te-lefônicas de cidadãos brasileiros estari-am sendo objeto de espionagem porórgãos de Inteligência norte-america-nos — disse Patriota, lendo a nota.O escritório do diretor nacional de Inte-

ligência dos EUA, que na sexta afirmaraque “o governo americano vai responderatravés de canais diplomáticos aos nossosparceiros ealiadosnasAméricas”, nãoquisfazer novos comentários ontem.O serviçode plantão da embaixada dos EUA emBrasília informou que os questionamen-tos sobre o tema deveriam ser feitos so-mente hoje.

‘NÃO PODE PASSAR EM BRANCAS NUVENS’OPalácio do Planalto utilizará a revelaçãode monitoramento pelos EUA para tentardestravar a votação, naCâmaradosDepu-tados, do marco civil da internet. Um dosartigosmais polêmicos do projeto é o quetratadaprivacidadedosdadosdosusuári-os—a guarda dos registros de conexão—quemuitos consideram um fator de inse-gurança e risco para os internautas.Ogoverno tambémquer agilizar o envio

aoCongressodeprojetode lei deproteçãodedados pessoais, para garantir sigilo dasinformações. Atualmente não há legisla-ção no Brasil que garanta segurança dedados na internet.Em outra frente, o governo vai atuar em

organismos internacionais para que hajauma governança multilateral da internet,nosmoldes, por exemplo, daOrganizaçãoMundial da Saúde (OMS). Atualmente is-so é feito pela Icann, uma entidade subor-dinada ao governo dos EUA.— Essa é uma questão absolutamente

importante, que diz respeito ao direitodas pessoas de se relacionarem e troca-rem informações sem serem importuna-das— afirmou Paulo Bernardo.

Oquemais preocupou apresidenteDil-ma é a possibilidade de monitoramentopolítico, comercial e industrial.Na reuniãode ontem no Palácio da Alvorada foi dis-cutida a criaçãodeumgrande sistemana-cional de armazenamento de dados. Dil-ma e osministros discutiramo volume dedinheiro que seria necessário para fazeressesistemaeoprazoqueserianecessáriopara implementá-lo.Governistas e oposicionistas considera-

ram grave a denúncia. Deputados e sena-dores querem ouvir autoridades brasilei-ras sobre as respostas dadas pelos EUA eos procedimentos adotados pelo governobrasileiro para proteger os cidadãos e em-presas do país. O presidente da Câmara,Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN),disse que o Legislativo acompanhará to-dos os procedimentos do caso:—O assunto é grave. Vamos aguardar

manifestação do governo americanoPresidente da Comissão de Relações

Exteriores do Senado, Ricardo Ferraço(PMDB-ES), diz que as denúncias exi-gem que a comissão cobre uma posiçãooficial da Embaixada dos EUA no Brasil.—Épreciso dar uma satisfação à socie-

dade brasileira. O direito universal à pri-vacidade é uma premissa civilizatória.O presidente nacional e líder do DEM

no Senado, José Agripino Maia (RN) dizque, a cada dia, as denúncias feitas porEdwardSnowden, surpreendemomundoe agora chegam ao Brasil:—Esse assunto temque ser esclarecido,

não pode passar em brancas nuvens. Co-mo está posto, as denúncias se situam noplano do crime cibernético.

‘SENSAÇÃO DE IMPUNIDADE INSUPORTÁVEL’O presidente nacional da OAB, MarcusViniciusFurtado,defendeuqueocaso se-ja levado à ONU.—Adenúncia revive o pior dos pesade-

los do Big Brother de George Orwell, comingredientes mais fortes, se considerar-mosodesenvolvimento tecnológicodees-pionagemdas naçõesmais poderosas. Es-tamos todos, vulneráveis, expostos, semsaber a quem recorrer e com uma sensa-çãode impunidade insuportável—disseopresidente daOAB.Oex-embaixadordoBrasil nosEUAen-

tre 1999 e2004RubensBarbosadefendeuumamaior regulação internacional .— Não é possível esse clima intrusivo

nas relações internacionais. Esse proble-manãoéapenasnaquestãodagravaçãoeespionagem eletrônica, há a questão dosdrones e da ciberguerra. O avanço da tec-nologia criou uma série de invenções no-vasquenãoestãoreguladas internacional-mente— afirmou Rubens Barbosa.O também ex-embaixador do Brasil nos

EUARubens Ricupero, que esteve à frentedo posto entre 1991 e 1993, avaliou que ogoverno federal tem o direito de protestar,mas considerou difícil que haja resultadospráticos. Segundo ele, não existe atual-mente uma tecnologia capaz de protegertotalmente uma nação contra a espiona-gem cibernética. Ele lembrou que, quan-do atuava na embaixada brasileira emWashington, já havia informações sobreviolações de comunicações telefônicaspraticadas pela Agência de SegurançaNa-cional dos EUA.— Se houvesse meios efetivos, do

ponto de vista técnicos, de coibir a es-pionagem cibernética, seria altamentedesejável. Quando era conselheiro daEmbaixada doBrasil nos EUA, em1976,logo depois da queda de Richard Ni-xon, houve uma investigação no Sena-do dos EstadosUnidos sobre as ativida-des de Inteligência. Já naquela época, aAgência de Segurança Nacional siste-maticamente violava os códigos e ascomunicações telefônicas de todas asmissões diplomáticas. A minha orien-tação, quando fui embaixador, era par-tir do pressuposto de que não havia se-gredo — lembrou Rubens Ricupero.Ensaísta e jornalista americano pre-

sente na Flip, John Jeremiah Sullivanexpressou seu repúdio ante a denúncia.— É vergonhoso, nós americanos tam-

bém fomos espionados. Como vamos vi-vernumasociedadeemqueépossível fa-zer esse tipo de espionagem?Onde prati-camente é possível ler os pensamentosdas pessoas em bases de dados? A partirdomomento emqueépossível fazer isso,é lógico que algum governo vai fazê-lo.Os americanos são os únicos capazes defazer isso? Ou são os únicos estúpidos osuficiente para serem pegos? l

Governo também proporá à ONU regulação internacional; PF vai investigar suposta ajuda de empresasGABRIEL DE PAIVA

Brasil cobra explicações de americanosGIVALDO BARBOSA/18-4-2013

FERNANDAKRAKOVICS, ISABEL BRAGA,LEONARDOCAZES EGUSTAVOURIBE

[email protected]

“Se isso realmente aconteceu, configura crimecontra a legislação brasileira. Se tiver empresabrasileira mancomunada, é um absurdo.”Paulo BernardoMinistro das Comunicações

“O governo brasileiro recebeu com gravepreocupação a notícia e solicitou esclarecimentosao governo norte-americano.”Antônio PatriotaMinistro das Relações Exteriores

NoalvodosEUA

ABC, Espanha“Brasil pede explicações aos EUA por espionagem de brasileiros”

REPERCUSSÃO NO MUNDO

The Guardian, Reino Unido“A espionagem indiscriminada e em larga escala da NSA a brasileiros”

The Washington Post, EUA“Brasil demonstra preocupação, e busca esclarecimentodos EUA sobre relatórios de espionagem de brasileiros”

El Nacional, Venezuela“Snowden: EUA interceptaram ligações e correios eletrônicos no Brasil”

Público, Portugal

ABC, Espanha“Brasil pede explicações aos EUA por espionagem de brasileiros”onagem de brasileiros”

Clarín, Argentina“Brasil pede explicações aos EUA por espionarem cidadãos brasileiros”

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Segunda-feira 8 .7 .2013 l Mundo l O GLOBO l 23

M ohamed Mursi nãoera apenas um gover-nante incompetente,mas também, em

muitos aspectos, contrário à demo-cracia. Ele impôs restrições aosmeios de comunicação e excluiu aoposição de importantes decisõesconstitucionais. Mursi não admi-nistrou como um ditador, mas co-mo um majoritário, o que muitasvezeseraamesmacoisa. Falhouemumamissão fundamental, a criaçãode um sistema de compromisso einclusivo. Também falhou comoumadministradordaeconomiana-cional, incapaz de promover acor-dos com o Fundo Monetário Inter-nacional (FMI) e de avançar comasreformas econômicas necessárias.Por sua incompetência, merecia

perder a próxima eleição. Por suaspráticas antidemocráticas, mereciaser colocado sobpressãodomésticae internacional, especialmente pe-los EUA, o principal fornecedor deajuda ao país. Merecia a suspensãodeste pacto bilateral, e também obloqueio de acordos como FMI atéque aceitasse um diálogo com seusopositores em episódios como a al-teração da Constituição.O golpemilitar foi a melhor res-

posta? A boa notícia é que o maulíder foi embora. Mas é aí ondeterminam as boas notícias. O po-vo comemora a possibilidade dereconstruir a democracia egípcia.Mas os obstáculos agora são mai-ores do que antes do golpe.As Forças Armadas estabelece-

ram-se com firmeza como o únicopoder real do país. Se os militarespodemdepor umpresidente eleitodemocraticamente, podem fazer omesmocomqualquer outro.Oqueacontece quando o “poder popu-lar” egípcio enfrentar novos con-

frontos, co-mo certa-menteocorrerá?Mais umavez os mili-tares terãoa possibili-dade de in-tervir. Estadecisão se-rá influen-ciada pelo

sentimento dos militares em rela-ção àquele governo. Quem vaiexercer de fato o poder quando vi-er uma nova crise?E a próxima crise é previsível. Os

problemas econômicos herdadospor Mursi, que não conseguiu re-solvê-los, requerem sacrifícios sig-nificativos. A implementação dereformas deste porte seria difícilmesmo em um ambiente políticoestável — um cenário que certa-mente não ocorrerá no pós-golpe.Pelo menos algumas milhões depessoas que elegeram Mursi che-garam a duas conclusões. A pri-meira, que a democracia é umafraude; a segunda, queo importan-te no Egito é quem tem as armas.Alguns seguidores da IrmandadeMuçulmana podem decidir que aviolência é seu único e melhor re-curso. E os militares, por sua vez,vão impor limitações ainda maisseveras nas liberdades civis paracombater a violência, empregan-do, junto à polícia, seus métodostradicionais e brutais.O Egito não está recomeçando.

Já deu um imenso passo para trás.O país deveria começar a ter qual-quer ajuda suspensa, até imple-mentar um novo governo demo-crático, com eleições livres e aparticipação de todos os partidos.Esta abordagem é contrária aosinstintos do governo Barack Oba-ma, que até agora trabalhava emcooperação com quem quer queestivesse no poder.Já passou a hora de sair desta

rotina de falhas. Será triste se al-guns futuros presidentes ameri-canos tiverem que pedir descul-pas aos egípcios pelo que Obamafez, ou não fez, em 2013. l

ROBERTKAGAN

Egito deu umimenso passopara trásArtigo

A boa notícia éque omau líderfoi embora.Masé aí ondeterminam asboas notícias. Osobstáculos agoraserãomaiores

Robert Kagan é colunista doWashingtonPost

Presidentes hesitam em classificar ação como golpeObama condena violência, ePutin alerta para possibilidade

de guerra civil no país

-CAIRO- Preocupadas com a polarização políticado Egito, autoridades mundiais, ainda tímidas,ensaiam suas primeiras declarações em relaçãoà situação do país.Ontem, em visita ao Cazaquistão, o presiden-

te russo, Vladimir Putin, nãomanifestou apoio aforças pró ou anti-Mursi,mas ressaltou que a in-tensificação dos conflitos podem mergulhar oEgito em uma guerra.— A Síria já está engalfinhada em uma guerra

civil, e o Egito está se movendo para a mesmadireção— ressaltou, em entrevista à agência es-tatal RIA Novosti.Em uma coluna publicada no jornal “Obser-

ver”, Tony Blair, enviado daONUnoOrienteMé-dio, defendeu o golpe militar contra Mursi.Considerando-se um “forte defensor da demo-

cracia”, o ex-premier britânico reconheceu que asmanifestações que levam milhões de egípcios àsruas “são amesma coisa” que uma eleição. Aindaassim, os protestos seriam “uma grande demons-tração de poder”. Blair exortou a comunidade in-ternacional a relacionar-se com o novo governo.Ainda no sábado, o presidente americano, Ba-

rack Obama, condenou os confrontos em cida-des como Cairo e Alexandria e ressaltou que os

EUAnão eramaliados de qualquer partido. A Ir-mandade Muçulmana havia acusado a CasaBranca de apoiar discretamente o golpe militar.As novas autoridades egípcias redobraram seus

esforços para respaldar internacionalmente o go-verno interino. Vários políticos do país concede-ram entrevistas ontem a emissoras de TV ameri-canas, argumentando que a tomada de poder pe-losmilitares não constitui um “golpemilitar”. Estadefinição provocaria o corte da ajuda anual deUS$ 1,5 bilhão dos EUA para o país africano.—Osmilitares tiveram de escolher entre a in-

tervenção e o caos. Era necessário responder —argumentou Nabid Fahmy, ex-embaixadoregípcio nos EUA, cotado para o cargo de minis-tro das Relações Exteriores do novo governo. l

-CAIRO-Apósmais umdia de negociações entre asForças Armadas e o partido salafista al-Nour —que, na semana passada, apoiou a deposição dopresidente Mohamed Mursi —, o Egito perma-nece comoposto de premier vago, aprofundan-do a instabilidade política do país. O porta-vozda Presidência chegou a anunciar que um dosfundadores do Partido Social-Democrata, o ad-vogado Ziaad Bahaa el-Din, seria um grandecandidato ao cargo. À noite, porém, a propostafoi rejeitada pelo grupo islamista.O Partido al-Nour também rejeitou a nomea-

ção do liberal Mohamed ElBaradei para a vice-presidência do governo interino, outra propostapraticamente dada como certa no início do dia.No sábado, o vencedor do Prêmio Nobel da Pazfora cotado para assumir como premier. Os sa-lafistas, porém, ameaçaram abandonar a alian-ça com os militares se ele fosse alçado ao cargo.Líder da legenda salafista, Younes Makhyoun

afirmou que o primeiro-ministro deveria ser al-guém “politicamente neutro”. Makhyoun alegaque a liberal Frente de Salvação Nacional nãopodemonopolizar o poder, aosmoldes do que aIrmandadeMuçulmana teria feito durante o go-verno de Mursi.À tarde, a Presidência do governo interino co-

memorou por estar a caminho de “um consen-so nacional”, embora o al-Nour ainda estivesseestudando os nomes propostos pelos aliados.

PROTESTOS PODEM DURAR MESESCentenas demilhares de aliados e opositores doex-presidente reuniram-se ontemnoCairo e emAlexandria, dois dias após protestos semelhan-tes resultarem em confrontos que provocarampelo menos 36 mortes. Enquanto isso, a elabo-ração de um plano que encerre as hostilidadesainda rasteja.Na capital do país, os detratores deMursi lota-

ram a Praça Tahrir, em uma atmosfera festiva. Amultidão contrária ao golpe, por sua vez, con-centrou-se próxima a umamesquita no nordes-te da cidade, às portas do quartel-general daGuarda Republicana, onde acredita-se que o ex-presidente esteja preso.Secretário-geral emGizé do Partido da Liberda-

de eda Justiça, o braçopolítico da IrmandadeMu-çulmana, Amr Darrag afirmou que as manifesta-

ções pró-Mursi podem se estender pormeses.— Vemos grandes protestos em todo o país

exigindo a recondução de Mursi à Presidência— ressaltou.Em entrevista à emissora CNN, Darrag desta-

cou que as eleições legislativas do país ocorreri-am nos próximos meses, sendo uma boa opor-tunidade para que os opositores se manifestas-sem legitimamente.— Por que eles não investiram nessa saída,

em vez de realizaremumgolpemilitar?—ques-tionou.Em seu quartel-general na Praça Rabaa, fun-

cionários da Irmandade Muçulmana assinala-ram que os protestos serão cada vez maiores, eninguém poderá negociar uma saída políticaalém do próprio Mursi.— As Forças Armadas devem ceder, elas não

têm outra escolha — garantiu Gehad el-Haddad,porta-voz da Irmandade e filho de um conselhei-ro deMursi tambémdetido pelosmilitares.—Es-

tamos intensificando os protestos diariamente, etemos logística para fazê-lo por meses.Como muitos outros islamistas, Haddad lem-

brou a repressão promovida em1956 pelo presi-dente Gamal Abdel Nasser, que prendeu diver-sos membros da Irmandade e jogou o grupo naclandestinidade, de onde saiu apenas em 2011,com a deposição de Mubarak:— Não podemos admitir uma repetição da-

quele episódio.De acordo com o “New York Times”, diploma-

tas americanos, emumesforço para acabar coma instabilidade política no Egito, tentam con-vencer a Irmandade Muçulmana a aceitar suaderrota. A remoção deMursi, argumentam, pro-vocaria o início de um novo processo político.— (Os americanos) estão nos pedindopara le-

gitimar o golpe—contou um islamista, que pre-feriu não ser identificado. Segundo a fonte, po-rém, a deposição de um presidente eleito sim-boliza a morte da democracia egípcia. l

Islamistas pró-golpemilitar pedem um primeiro-ministro ‘politicamente neutro’GIANLUIGI GUERCIA/AFP

Na Praça Tahrir.Manifestante pró-golpe protesta contra CNN; multidão declarou ontem seu apoio aos militares

Grupo salafista barra mais umaindicação para o cargo de premier

SUHAIB SALEM/REUTERS

Pró-Mursi.Multidão que defende volta do presidente deposto reúne-se em frente a quartel da Guarda Republicana, onde ele estaria preso: grupo promete estender protestos

TURBULÊNCIANAPRIMAVERA_

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Page 24: 2013-OG-29190-08072013

-SÃO FRANCISCO E PEQUIM- Foram iden-tificadas as duas vítimas do aci-dente comoBoeing 777 da Asia-na Airlines, que tentava pousarno Aeroporto Internacional deSão Francisco, quando misterio-samente perdeu parte da cauda,emumdiacomcondiçõesclimá-ticas favoráveis e depois de maisde 10 horas tranquilas de voo. Asadolescentes chinesas YeMengyuan eWang Linjia, ambasde 16 anos, estavam sentadas naparte traseiradoavião,eseuscor-pos foram encontrados fora daaeronave. Segundo a TV Centralda China, elas eram estudantesdo ensino médio de Jiangshan,na província de Zhejiang, noOeste do país, e faziam parte deumgrupode jovenseprofessoresque estavam a caminho deacampamentos de verão.Desde ontem as autoridades

investigam osmotivos da quedada aeronave. Gravações da cai-xa-preta, recuperadas neste do-mingo por uma equipe do Con-selho Nacional de Segurançanos Transportes (NTSB, na siglaem inglês), mostraram que ospilotos tentaram abortar o pou-so 15 segundos antes do aciden-te e que procuraramaumentar avelocidade e manobrar o aviãona hora do pouso, pouco antesdo acidente.A emissora CNN divulgou on-

tem um vídeo gravado por umapessoa identificada como FredHayes. As imagens mostram oavião se aproximando da pistade pouso, mas, ao tocar o solo, aaeronave está com a parte dian-teira elevada demais. O Boeingparece girar e, depois, choca-seabruptamente com a pista.Apesar de ainda não se saber

o motivo exato que causou odesastre, a companhia aéreasul-coreana garante que não foifalhamecânica,mas, aomesmotempo, se recusou a culpar tan-

Asiana diz que nãohouve falha no aviãoDuas adolescenteschinesasmorreramno acidente com o

Boeing 777

to o piloto quanto a torre decontrole de São Francisco.—Porenquantonós reconhe-

cemos que não houve proble-masnoavião e emseusmotores— afirmou o presidente e CEOda Asiana, Yoon Young-doo.Este é o primeiro acidente

com vítimas fatais envolvendoum Boeing 777.A Administração Federal de

Aviação, responsável pela re-gulamentação do setor nos Es-tados Unidos, também está in-vestigando a Asiana Airlines edeclarou que peritos coreanosestão a caminho de São Fran-cisco para trabalhar no caso.A presidente da NTSB, De-

borah Hersman, disse ontem,em entrevista coletiva, que nãohavia indicação de ato crimi-noso, mas que ainda é cedopara determinar o que falhouno pouso. Deborah ressaltouque não havia indicações deproblemas na aeronave oucom a aterrissagem até sete se-gundos antes do impacto,quando a equipe no comandodo Boeing 777 tentou aumen-tar a velocidade.Dos 291 passageiros a bordo,

141 eram chineses, 77 sul-co-reanos, 64 americanos, três in-dianos, três canadenses, umfrancês, um vietnamita e umjaponês. Mais de 180 pessoasficaram feridas no acidente.Segundo Dale Carnes, vice-chefe do Corpo de Bombeirosde São Francisco, 49 foramtransferidas imediatamentepara hospitais da região comferimentos graves, muitas comindícios de que foram arrasta-das pela pista de pouso. Deacordo com os médicos, pelomenos dois passageiros terãoparalisias permanentes e éprovável que muitos fiquemcom sequelas.Este é o terceiro acidente

com vítimas fatais envolvendoaeronaves da Asiana, fundadahá 25 anos e segunda maiorcompanhia aérea da Coreia doSul. Havia quatro pilotos noavião, que intercalaram a dire-ção durante o voo. l

AP

Pedaços. Parte do Boeing 777 que descolou ao pousar em São Francisco

-ROMA- O Rio de Janeiro seria aprimeira cidade que o PapaFrancisco visitaria fora de Ro-ma desde que se tornou Pontí-fice. No entanto, há cerca deuma semana, ele marcou umaviagem até a ilha de Lampedu-sa, na Sicília. Francisco irá hojeà ilha para rezar pelos africa-nos que migraram para lá e la-mentar por aqueles que mor-reram tentando.Todos os anos, milhares de

imigrantes clandestinos africa-nos e asiáticos viajam escondi-dos em embarcações rumo àLampedusa. A partir dali elestentam estabelecer um localpara viver na Europa. A ilha,que já foi consideradaumpon-to turístico é, hoje, um lugar decrise humanitária.Em comunicado, feito duas

semanas depois de sete africa-nos morrerem tentando che-gar à costa italiana escondidos

Papa visita ilha italiana pararezar por imigrantes ilegaisFrancisco terá na

Lampedusa primeiraatividade fora deRoma no cargo

em um barco de pesca, Fran-cisco declarou que estava pro-fundamente comovido com orecente naufrágio de um barcoque transportava imigrantesda África e que desejava orarpor aqueles que perderama vi-da no mar, visitar sobreviven-tes e ainda pedir a todos que láestão para “atenderem estes ir-mãos e irmãs que passam porextrema necessidade”.O Papa chegará de barco em

Lampedusa. Ainda nomar, lan-çará uma coroa de flores emmemória àqueles que morre-ram tentando chegar à ilha. Emseguida, irá celebrar umamissano centro de recepção de imi-grantes local.Nocomeçoda tar-de, ele retornará a Roma.Como Francisco é filho de

imigrantes italianos que fo-ram para a Argentina, os refu-giados recebem sua atençãoespecial. Quando arcebispode Buenos Aires, ele denunci-ou a exploração dos migran-tes como “escravidão” e disseque aqueles que não fizeramnada para impedir esta práti-ca foram cúmplices por fica-rem em silêncio. l

-JERUSALÉM- O gabinete do governo de Is-rael aprovou um projeto que termina-ria de maneira gradual com o sistemaque automaticamente dispensa estu-dantes dos seminários ultraortodoxosdo serviçomilitar. Sob este sistema, queexiste desde a fundação do Estado ju-daico em 1948, milhares de rapazesdeixamdeprestar o serviçomilitar paraprosseguir com os estudos religiosos, oque tem causado ressentimento entreos seculares. O projeto ainda precisa deaprovação do Parlamento.A mudança no sistema foi questão

central nas eleições de janeiro e levou opartido secular Yesh Atid, que defendeo projeto, ao governo. O atual gabineteé o primeiro emdez anos sem integran-tes ultraortodoxos. O primeiro-minis-tro Benjamin Netanyahu disse ontemque, se aprovada, a mudança no siste-ma será implementada “gradualmen-te”. Já os líderes ultraortodoxos conde-naram a decisão, acusando-a de infrin-gir o seu estilo de vida.A maioria dos israelenses — homens

e mulheres — são chamados para atétrês anos de serviço militar a partir dos18 anos, quase sempre cumprindo oserviço na Cisjordânia ocupada. Mashomens ultraortodoxos estudando nosseminários, mulheres religiosas e ára-be-israelenses atualmente são dispen-sados. Aprovado o novo sistema, ape-nas 1.800 desses estudantes, designa-

Alistamento de ultraortodoxos avançaGabinete israelense aprovaprojeto, que ainda precisade aval do Parlamento

dos “notáveis”, teriam a dispensa. Umnúmero estimado de 8 mil estudantesse tornariam elegíveis para o serviçomilitar anualmente.— Este abuso do governo beira a per-

seguição e a crueldade com a minoriaharedim (termo judaico que significa“aqueles que tremem diante de Deus”)— disse Meir Porush, ultraortodoxo dopartido de oposição Torá Unida, sobrea decisão do gabinete.Mudar o status quo em Israel sempre

foi um risco político, já que governospassados dependiam do apoio dos ul-

traortodoxos. Mas, por sua composi-ção, o atual governo não corre perigo.Mesmo assim, para evitar confronto, oprojeto aprovado pelo gabinete de Ne-tanyahu por 14 votos a 0, com absten-ção de dois ministros, seria totalmenteimplementado em até quatro anos, e oExército usaria esse período para enco-rajar o alistamento dos haredim.Os ultraortodoxos são 10% da popu-

lação de Israel. Segundo um estudo re-cente do Ministério da Economia dopaís , já existem 3.500 mil ultraortodo-xos nas Forças Armadas israelenses. l

BAZ RATNER/REUTERS

Fim da isenção. Ultraortodoxo passa em frente a um centro de recrutamento em Jerusalém

24 l O GLOBO l Mundo l 2ª Edição Segunda-feira 8 .7 .2013

-LONDRES E AMÃ- Chamado por um juiz es-panhol de “braço direito de Osama binLaden na Europa”, o clérigo muçulma-no radical Abu Qatada, 53 anos, foi de-portado ontem do Reino Unido depoisde oito anos de esforços do governobritânico para mandá-lo de volta àJordânia, seu país natal, onde é acusa-do de terrorismo.Já passava da meia-noite quando um

comboio da polícia londrina levou Qa-tada da prisão de Belmarsh, no sudestede Londres, para o aeroportomilitar deNortholt, ao Norte da capital britânica.Na Jordânia, ele foi levado para umaCorte militar sob forte esquema de se-gurança. A deportação acontece noaniversário dos atentados de 7 de julhode 2005, que atingiram o metrô e osônibus de Londres, matando mais de50 pessoas.Desde 2001, quando foi preso pela

primeira vez no Reino Unido, Abu Qa-tada voltou diversas vezes à prisão. Aúltima delas foi em março, quando foiacusado de violar a condicional.A deportação do clérigo, cujo nome

real é Omar Mahmoud MohammedOthman, exigiu uma batalha judicialque se alongou por anos, causandoconstrangimento a sucessivos gover-nos britânicos. O Judiciário do país blo-queou sua deportação repetidas vezes,apesar das alegações do governo deque o clérigo era um risco à segurançado Reino Unido. Sua deportação só foipossível porque a Jordânia e o ReinoUnido adotaramum tratado de extradi-ção na semana passada. O documentoterminou com as preocupações do Ju-diciário britânico, que temia que asprovas usadas contra Qatada pudes-sem ter sido obtidas sob tortura.O primeiro-ministro britânico David

Cameron disse estar “absolutamentefeliz” com a volta do clérigo para aJordânia.— Esse é um tema que faz omeu san-

gue ferver. Esse homem não tem ne-nhumdireito de estar aqui, é uma ame-aça ao nosso país. Sua extradição de-morou muito e foi muito difícil depor-tá-lo — afirmou Cameron.Na Jordânia, ele terá que responder

por conspiração para o terrorismo.Mesmo ausente, foi condenado à pri-são perpétua pela Justiça do país porencorajar extremistas que planejaramataques a bomba em 1999 e 2000. Seuadvogado nega as acusações:— Meu cliente nega todas as acusa-

ções e afirma que seu retorno à Jordâ-nia é contra a sua vontade. Ele quer es-tar com a família — disse Tayseer Diab.Amulher e os cinco filhos de AbuQa-

tada continuam no Reino Unido, onderecebem benefícios do Estado.Sermões de Abu Qatada foram en-

contrados no apartamento deHambur-go, Alemanha, usado por terroristas en-volvidos nos ataques de 11 de setembrode 2001 nos Estados Unidos. Na Jordâ-nia, o julgamento de Abu Qatada porumaCortemilitar é classificado de “an-ticonstitucional” por grupos de direitoscivis, que pedem que o clérigo seja jul-gado por uma Corte civil.A Jordânia tem tentado melhorar

sua imagem em relação à proteçãodos direitos civis, negando que abusede prisioneiros islâmicos. Mas advo-gados dizem que muitos foram pro-cessados na última década para in-crementar as credenciais do país co-mo um aliado dos Estados Unidos naguerra ao terror. O ministro Moham-mad al-Momani declarou que o cléri-go terá um julgamento justo, “com oJudiciário respeitando os direitoshumanos”. l

Abu Qatada é conhecido como o braço direito de Bin Laden na EuropaREUTERS

Deportado. O clérigo Abu Qatada embarca no avião que o levou de Londres para a Jordânia

Reino Unido deportaclérigo para a Jordânia

1994.Abu Qatada recebe asilo no ReinoUnido, sob alegação de que tinha sidotorturado na Jordânia.

2001.Clérigo é preso pela primeira vez soba acusação de conspiração para oterrorismo.

2005. Começa a batalha judicial peladeportação.

2013.Abu Qatada é deportado do ReinoUnido para a Jordânia, depois de os doispaíses assinarem tratado de extradição.

ULinhado tempo

Product: OGlobo PubDate: 08-07-2013 Zone: Nacional Edition: 2 Page: PAGINA_Z User: Asimon Time: 07-07-2013 23:01 Color: CMYK

Page 25: 2013-OG-29190-08072013

Ocraque brilha nahora certa. Ao mar-car o gol da vitóriado Botafogo sobre oFluminense por 1 a0, o primeiro deleno CampeonatoBrasileiro, Seedorffez da estrela maissolitária que nunca.

Aovenceroatual campeãonaAre-na Pernambuco e chegar à lide-rança isolada da competição, o al-vinegro provou ser um time atentoàs superstições e aos números dasorte. Com13 pontos, é o primeiroda tabela. E, com 13 vitórias, ultra-passouo tricoloremconfrontosnoBrasileiro por uma vitória.Com um ano de clube, com-

pletado ontem, Seedorf constróiuma relação duradoura com oBotafogo. Apesar de ser o herói

do jogo e chamar para si a res-ponsabilidade, no fim, ele divi-diu os méritos.— O grupo decidiu o jogo. E

comemorou unido no meio-campo, em um exemplo de es-portividade — disse o craque.Ultrapassado no confronto di-

reto e vendo o rival se distanciarna tabela ao abrir quatro pontos,o Fluminense manteve, ao me-nos, a quarta colocação, na zonade classificação para a Copa Li-bertadores. Poderia tambémchegar à liderança se vencesse,porque empataria em númerode pontos com o Coritiba, masteria uma vitória a mais. E foicom este objetivo que o tricolorcomeçou a partida. Logo aoscinco minutos, Wágner chutou,e a bola desviou em MarceloMattos antes de sair.A ponta direita era o caminho

até o gol e por aquele setor o Flu-

minense criou ótimas chances,como, aos 11, quando Bruno co-brou lateral na área, e Rafael Só-bis desviou de cabeça para a de-fesa de Jéfferson. O goleiro alvi-negro ainda defendeu chute delonge de Bruno.

TORCEDOR INVADE CAMPOApesar de chegar commenos in-tensidade ao ataque, o Botafogocontava com o talento de See-dorf na armação de suas joga-das. Aos 24, ele cruzou para aárea, Rafael Marques tocou deprimeira, de canela, e a bola foipela linha de fundo.Por pouco o Fluminense não

fez o primeiro gol do jogo, aos37. Mais uma vez pela direita,Rafael Sóbis cruzou, e o zagueiroGum subiu sozinho e cabeceoupor cima do travessão.No segundo tempo, os times

trocaram de lado e de atitude.

Disposto a fazer o que o Flumi-nense não conseguiu na etapainicial, o Botafogo começou apressionar desde cedo. Aos 9mi-nutos, Vitinho arriscou de longe,para fora. Um minuto depois, ozagueiro Dória também chutoude longe, e o goleiro Diego Cava-lieri espalmou.Uma das grandes chances do

Fluminense nasceu dos pés deRafael Sóbis. Aos 22, ele foi em-purrado porDória na entrada daárea e caiu quando Jéfferson sejogou aos seus pés para tirar abola e afastar o perigo.Bem marcado, Fred não dri-

blou nem o torcedor do Flumi-nense que invadiu o campo aos31minutos. Vestido com a cami-sa tricolor, o invasor tirou umafoto com o capitão, que paroupara o clique com o telefone ce-lular, ficou de joelhos diante de-le e beijou seu pé antes de seguir

para a arquibancada, ser detidoe retirado do estádio. Foi o únicolance no qual Fred, um dos des-taques da Copa das Confedera-ções, foi realmente notado noestádio ontem.Comquatro jogadores da sele-

ção brasileira campeã da Copadas Confederações em campo(Fred, Jean, Diego Cavalieri eJéfferson), coube a um estran-geiro fazer a festa do novo líderdo campeonato nacional. See-dorf já havia dado bons passes eorientava o time como um se-gundo treinador em campo. Adiferença é que ele está lá dentropara decidir. Foi o que fez aos 39.De longe, ele chutou rasteiro, abola deu umquique, eDiegoCa-valieri, ao tentar espalmá-lacom a mão esquerda, falhou nadefesa. Gol do Botafogo. Gol deSeedorf. Gol do novo líder doCampeonato Brasileiro. l

A ESTRELA SOBECraque Seedorf decide ao marcar gol no clássico e levar o Botafogo à vitóriasobre o Fluminense (1 a 0) e à liderança isolada do Campeonato Brasileiro-RECIFE-

HANS VON MANTEUFFEL

Alvinegro no ponto mais alto da tabela

Tiro certo.Seedorf chuta delonge para marcaro gol da vitóriadiante de Deco

ESPORTESOGLOBO

SEGUNDA-FEIRA 8.7.2013oglobo.com.br

AFPMURRAYTÍTULO BRITÂNICOEM WIMBLEDON PÁGINA 8

Seedorf foi o únicoa não decepcionarno clássico ontem

FernandoCalazansPÁGINA 2

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Botafogo Fluminense

Botafogo: Jéfferson, Lucas, Bolívar, Dóriae Júlio César; Marcelo Mattos, Gabriel,Lodeiro (Lucas Zen), Seedorf (AndréBahia) e Vitinho (Elias); Rafael Marques.Fluminense: Diego Cavalieri, Bruno,Digão, Gum e Carlinhos; Edinho, Jean eWágner (Samuel); Rhayner (Biro Biro),Fred e Rafael Sóbis (Deco). Gol: Seedorf.Juiz: Wagner dos Santos Magalhães.Cartões amarelos: Dória, Gabriel,Rhayner, Marcelo Mattos, Edinho.Renda: R$ 368.550.Público pagante: 7.882.

01

POSSE DE BOLABOTAFOGO47%

FLUMINENSE53%

BOTAFOGO FLUMINENSE

BOTAFOGO

FLUMINENSE

7

16

DRIBLES

Desarmes

Lançamentos

Cruzamentos

Faltas cometidas

Escanteios

13

23

10

6

2

15

46

10

15

6

PASSESBOTAFOGO

208 certos

16 errados

FLUMINENSE

353 certos26 errados

BOTAFOGO

FLUMINENSE

FINALIZAÇÕES

4 fora

4 no gol1 gol

10 fora

8 no gol0 gol

afogo

DOMÍNIO POR SETOR

Sent

ido

doat

aque

Menos Mais

FONTE: Footstats

Product: OGloboEsportes PubDate: 08-07-2013 Zone: Nacional Edition: 1 Page: PAGINA_A User: Asimon Time: 07-07-2013 22:17 Color: CMYK

Page 26: 2013-OG-29190-08072013

-RECIFE- A vitória daria a lideran-ça isolada ao Fluminense doCampeonato Brasileiro. No en-tanto, o Botafogo — comanda-do mais uma vez por Seedorf— frustrou os planos tricolo-res, e contou com a ajuda deum quique que impediu a de-fesa do goleiro Diego Cavalieri.Na quarta colocação, o Flumi-nense agora está quatro pon-tos atrás do Botafogo, que as-sumiu a liderança.— Foi um jogo bom das duas

equipes. Tentamos fazer o me-lhor, mas acho que jogamosmuito pelo meio — afirmou oatacante Fred, que voltou àequipe após a Copa das Confe-

derações. — Se tivéssemosaberto mais o jogo com Carli-nhos e Bruno, acho que tería-mos criado mais chances.O técnico Abel Braga mini-

mizou a escassez de jogadaspelas laterais do campo, e la-mentou a derrota.— Houve uma preocupação

nítida do Botafogo em fechar osespaços dos nossos laterias,mas mesmo assim desperdiça-mos chances de gol — afirmouo treinador tricolor. — Mas issoagora é passado. O que fica éque essa partida valia a lideran-ça, e nós fizemos um bom jogo,e tivemos o controle da partida,mas não conseguimos vencer.

Abel tambémcomentou o fa-to de o clássico carioca ter sidodisputado longe do Rio de Ja-neiro, na Arena Pernambuco, eassim comoo treinador alvine-gro Oswaldo de Oliveira, elogi-ou as instalações do estádiopernambucano.— Jogar aqui tem dois lados.

É bom dar ao torcedor nordes-tino uma oportunidade de con-ferir um clássico carioca. Poroutro, é ruim, porque nos obri-ga a jogar fora de casa, e issoenvolve viagens e deslocamen-to. Mas não nos faltou nada. Oestádio é realmente lindo.Apesar da derrota, Abel des-

tacou a participação do lateral

Bruno, alvo de frequentes críti-cas por parte dos torcedores.— Bruno foi o melhor da

equipe, não tenho amenor dú-vida Hoje, ele teve uma atua-ção destacada, como o Gum,que quase marcou um gol.

RHAYNER É DÚVIDANa 7ª rodada, o Fluminenseenfrentará o Internacional emMacaé, no sábado. Uma dúvi-da para o jogo é o atacanteRhayner, que deixou o campocomdores após umadividida eteve que ser substituído.— É uma característica dele

jogar desta forma, não dá paratirar isto dele — disse Abel. l

FLUQUERIAO TOPO

Abel Braga lamenta chance desperdiçada pelo tricolor de chegar à liderançada competição. De volta ao time, Fred diz que faltaram jogadas pelas laterais

HANS VON MANTEUFFEL

CAMPEONATO BRASILEIRO

Derrotainesperada

Duelo. Fredenfrenta amarcação dozagueiro Dória

FERNANDOCALAZANS

| |

[email protected]

No clássico carioca de ontem, disputado emPernambuco, não sei se foi o público, emtorno de nove mil torcedores apenas, quedecepcionou os times, ou se foi o jogo quedecepcionou o público. Sei quem nãodecepcionou: foi ele, Seedorf, que, faltandopoucos minutos para o fim, desferiu umchute inesperado de longe, forte e preciso. Oquique da bola, em cima de Diego Cavalieri,traiu o goleiro, e o Botafogo venceu o Flu.

Seedorf não decepciona

S e o 1 a 0 foi justo ou injusto, é outra discussãodifícil. Porque, no primeiro tempo, o Flumi-nense foi dono do jogo e das oportunidades

criadas. Ah, se o Fred tivesse jogado como jogou naseleção... Nem perto disso. O Fluminense finalizoumuito mais em gol — nada menos do que 12 vezescontra quatro —, mas não teve eficiência e aindaencontrou Jefferson pela frente.No segundo, o panorama se inverteu sem maio-

res explicações. Não foi o Botafogo que cresceutanto, foi o Fluminense que caiumuito. Na parte fi-nal, sim, mais impetuoso, e, claro comandado porSeedorf, o Botafogo partiu para a decisão que o ti-me do Fluminense havia desperdiçado. O jogo fi-cou mais disputado, mais violento também, combraço de Marcelo Mattos na cara do adversário ecarrinho por trás de Edinho. Pelos nomes dos joga-dores, não há surpresa.Deco, que havia entrado no lugar de Sóbis, deu

um belo chute que passou raspando a trave. Quaseempata. E o Botafogo quase faz o segundo com Eli-as, a dois minutos do fim, no passe de Seedorf, onome do jogo. Sem surpresa também.

_

Abaixo do padrãoNa estreia oficial de Mano Menezes, o time doFlamengo jámostrava uma nova fluência no cam-po, com os jogadores mais participativos de umsetor para o outro, umamovimentaçãomais coor-denada, mais compacta, mais próxima. Tudobem. Mas apresentava muitos dos velhos defeitoscausados pela falta de qualidade individual. E is-so— sejamos bem claros, pelamilionésima vez—não há condição de o técnico resolver. Nem oMa-no, nem qualquer outro. Isso, só um setor do clu-be pode resolver, com dinheiro na mão. É a con-tratação de reforços, mas não exatamente do pa-tamar desses outros contratados na era Paulo Pe-laipe. Tem de ser um patamar acima, ou, parausar um termomais em voga, um padrão mais al-to, não necessariamente o “padrão Fifa”, mas aomenos um padrão à altura do Flamengo.Que o clube não se contente com o nível bem razo-ável do primeiro tempo. O Flamengo se saiu me-lhor contra o time (nem tão fraco, absolutamente)do Coritiba, graças àquelamovimentação bem sin-cronizada. Num lance típico de centroavante opor-tunista, Marcelo Moreno abriu o placar depois dejogada de João Paulo e Gabriel. Fez outras boas tra-mas (o Coritiba também, emmenor número), des-perdiçou-as (o Coritiba também), mas era o Fla-mengo que se impunha. Poderia até ter liquidado aparada, numpênaltimarcadopelo bandeirinha co-rajoso, que o apontou, já que o juizinho Paulo Cé-sar Oliveira (tão bom no início da carreira, hoje tãoruim e absolutamente passivo na parte disciplinar)não vira a falta com o braço em Marcelo Moreno.Sobreveio então a outra face do Moreno, daquelecentroavante típico de novo, sem muito esmerotécnico. Bateu o pênalti como se fosse um meninode time escolar, e o goleiro Vanderlei salvou.No segundo tempo, depois que fezmais um gol, lo-go aos 2 minutos, na cabeçada de Cáceres em co-brança de córner, não sei por que o Flamengo, tal-vez por achar que já tivesse os três pontos na mão)se desintegrou e não foi mais o time bem organiza-do do primeiro tempo. Então, com o Coritiba emcima, reapareceu aquela sina de que já falei, pelamilionésima vez também: a fraqueza de sua defesa— sobretudo nas bolas altas. Não ganha uma. Nãoprecisoumuito tempo para que Chico fizesse o pri-meiro gol, de cabeça, e que Alex, ainda jogando ofino, empatasse com um forte chute.Será que o comportamento, neste caso da defesaparticularmente, não servirá de alerta, pela milio-nésima vez, para que os dirigentes do futebol to-mem alguma providência?

_

EnganaçãoPior é o Vasco. Pois vejam só a escalação do clubede São Januário, ontem: Michel Alves, Elsinho, Lu-an, Rafael Vaz e Nei; Sandro Silva, Abuda, PedroKen e Allison; Edmilson e André. Então, pergunto:quem é o jogador desse time, quem é o jogadordesse Vasco?Quemé o grande nome?OpresidenteRoberto Dinamite, ídolo do clube, gostaria de jogarneste time?Este time perdeu de 5 a 3 para o Internacional, numjogo de vibração, como sugere o placar, mas emque nenhum dos dois merecia fazer tantos gols.Placar enganador. E a diretoria do Vasco continuaenganando a si própria e à sua torcida. l

2 l O GLOBO l Esportes l Segunda-feira 8 .7 .2013

A torcida que compareceu on-tem, ao Estádio Ítalo del Cima,quando o Vasco foi derrotadopelo Campo Grande por 2 x 1,recebeu conformada o revés,pois o resultado foi justo, e osvascaínos pouco fizeram paramerecer outro prêmio. Quandonão aceitou jogar noMaracanã,o presidente João Ellis afirmouque desejava oferecer aos seusassociados a presença da equi-pe principal do Vasco. Muitapropaganda foi feita na base defaixas e cartazes, e tudo foi re-compensado,combelavitóriaeótima arrecadação. Outros re-sultados da 2ª rodadadoCario-ca: Fluminense3 x0SãoCristó-vão; Bangu 3 x 0 Portuguêsa;Madureira 0 x 1 Olaria; e Cantodo Rio 1 x 4 América.

Vasco não resisteao Campo Grande

O Botafogo, da Guanabara, der-rotou oMilionários, campeão daColômbia, por 2 x 0, no primeiromatch entre os dois pela Taça Li-bertadores das Américas. Anto-ninho marcou o primeiro goalaos 39minutos do primeiro tem-po, com um tiro de longa distân-cia. Na segunda etapa, aos 7 mi-nutos,Arlindoassinalouosegun-do tento da peleja, que se tornoumuito acidentada, levando o pa-raguaio Cabrera, juiz do encon-tro, a expulsar alguns jogadoresdas duas equipes. Do Botafogoforam expulsos, nos últimos mi-nutos, os atacantes Antoninho,Amarildo e Jair. Formou o cam-peão carioca com Manga, Joel,Nagel, Paulistinha e Rildo; Arlin-do e Zagalo; Jairzinho Antoni-nho, Amarildo e Jair Felix.

Libertadores: novavitória alvi-negra

Há50anos 8 de julho de 1963JOSÉFIGUEIREDO

aaARBITRAGEMCorreto. Vagner Magalhães teveboa atuação.

Jéfferson 7,5.Seguro. Continua em grande fase.Ontem, saiu-se bem em todos oslances em que foi exigido.

Lucas 5,5.Correto. Travou bom duelo comCarlinhos. Foi bem na marcação, masnada fez no apoio.

Bolívar 6.Autoridade. Jogou sem inventar,com a habitual segurança, e deupoucas chances ao ataque do Flu.

Dória 7,5.Absoluto. Não se intimidou comFred e não deu chances para oatacante tricolor. Ainda deu umbom chute a gol.

Júlio César 5,5.Contido. Sem problemas com amarcação, poderia ter sido maiseficiente no apoio.

Marcelo Mattos 6.Incansável. Bem postado, deusegurança à defesa.

Gabriel 6.Formiguinha. Esteve em todos oslugares do campo, mas voltou areceber cartão amarelo e nãoenfrentará o Grêmio na próximarodada.

Lodeiro 4,5.Irreconhecível. Erroupraticamente tudo. Parecia cansado edeveria ter saído antes.

Lucas Zen Sem nota.Entrou no fim. e não teve tempo

sequer de tocar na bola.

Seedorf 8.Iluminado. Já tinha participadodas principais jogadas da equipequando fez o gol da vitória com umchute venenoso de fora da área.

André Bahia Sem nota.Tática. Entrou só para parar o jogo.Vitinho 5,5.Vagalume. Passou a maior parte dojogo apagado. Só apareceu com umchute perigoso de fora da área.

Elias Sem nota.Jogou poucos minutos.

Rafael Marques 4,5.Lutador. Passou o jogo todobrigando. Com os adversários e com aboia. Foi pouco produtivo.

Oswaldo de Oliveira 5.Estrela. Seu time não foi superiorao Fluminense, principalmente nosegundo tempo, mas chegou à vitóriagraças à categoria de seu principaljogador, Seedorf.

Diego Cavalieri 5,5.Devendo. Fez boas defesas, masfalhou no gol do Botafogo. O chute deSeedorf era defensável.

Bruno 6.Correto. Não teve problemas namarcação e quase marcou num chutede fora da área.

Gum 6.Tranquilo. Bem posicionado emcampo, não teve problemas paraanular Rafael Marques.

Digão 6.Sem sustos. Também não teveproblemas com o ataque do Botafogo.

Carlinhos 6,5.Bem. Tomou conta do seu setor eteve forças para apoiar o ataque.

Edinho 6.Combate. Incansável, protegeu bema defesa, mas abusou das faltas elevou amarelo merecidamente.

Jean 4.Não voltou. Parece que continua

na seleção. Ontem, não foi visto emcampo, mesmo tendo atuado os 90minutos.

Rhayner 5,5.Correria. Fez o de sempre: correumuito e produziu pouco.

Biro Biro 3,5.Nada. Entrou e participou pouco dapartida.

Wagner 4.Sumido. Tinha a responsabilidadede abastecer o ataque, mas não fez

uma única jogada. Deu apenas umchute perigoso.

Samuel Sem nota.Nem suou. Entrou no fim.Rafael Sóbis 7.Ameaça. Foi o jogador maisperigoso do Fluminense ontem.

Deco. Sem nota.Espectador. Ficou em campopoucos minutos e nada fez.

Fred 5,5.Sem espaço. Muito bem marcado

por Dória, teve poucas chances deconcluir a gol.

Abel Braga 6.Duelo. Travou uma boa disputatática com Oswaldo de Oliveira.Poderia ter tirado Wagner um poucomais cedo.

ATUAÇÕES

aaBOTAFOGO

aa FLUMINENSE

Product: OGloboEsportes PubDate: 08-07-2013 Zone: Nacional Edition: 1 Page: PAGINA_B User: Asimon Time: 07-07-2013 22:17 Color: CMYK

Page 27: 2013-OG-29190-08072013

Rafael Marques

Seedorf

Cavalieri

-RECIFE- Ao fim da partida, os jo-gadores do Botafogo, como jávirou hábito desde a chegadade Seedorf, reuniram-se nocentro do gramado da ArenaPernambuco. Depois de mui-tos abraços, agradeceram oapoio dos torcedores. Vestindoa camisa 20 do Fluminense, deDeco, o craque holandês des-cartou ter sido decisivo, apesarde ter feito o único gol do clás-sico, e destacou a importânciado resultado no clássico.— Foram três pontos impor-

tantes. Precisamos ter confiançadequepodemos lutar por coisasimportantes — avaliou Seedorf,que elogiou o público, mesmocom a pequena presença de tor-cedores. — Foi uma festa, umclássico é sempre uma festa.Um ano depois de ter sido

apresentado como jogador doclube no Engenhão, o meiaajudou o time a alcançar a li-

derança do Brasileiro, com 13pontos em seis jogos. Mesmocom a perda de três jogadoresdurante a pausa para a disputada Copa das Confederações —Fellype Gabriel, Andrezinho eJádson —, Seedorf destacou oequilíbrio do time.— No primeiro tempo, está-

vamos bastante preocupadoscom a parte defensiva. Depoisdo intervalo, decidimos tentarpressionarmais emanter a bo-la um pouco mais — analisou.

GRAMADO IDEALMelhor da partida, o jogadorfoi elogiado por Oswaldo deOliveira ao fim do jogo.— À medida que for traba-

lhando mais no Botafogo comos companheiros, ensinando eaprendendo, o Seedorf vaicrescer ainda mais nesta tem-porada — garantiu.Assim como o holandês,

Oswaldo destacou a vitória so-bre o rival, que é o atual cam-peão brasileiro:— É um resultado importan-

tíssimo e tem interferência téc-nica, porque é uma das equi-pes tops, e interferência men-tal, porque nos dá confiança.Não será qualquer um queconseguirá ganhar do Flumi-nense neste campeonato.Apesar do público pagante

decepcionante (7.882 torcedo-res), o técnico elogiou a reali-zação da partida em Recife:— É maravilhoso que tenha-

mos condições de jogar numestádio e numcampo comoes-te. Foi maravilhoso. Foi umagrande partida, porque o palcoproporcionou as condiçõesideais para os dois times.Gabriel levou o terceiro car-

tão amarelo e está suspenso dopróximo jogo, domingo, contrao Grêmio, em Porto Alegre. l

BOTAFOGOSOB OCOMANDODE SEEDORF

HANS VON MANTEUFFEL

Contra todos.Seedorf domina abola em Recife

CAMPEONATO BRASILEIRO

Elegância de craque

Um ano após chegada ao clube, meiaholandês faz gol em clássico, mas rejeitarótulo de decisivo. Oswaldo acreditaque jogador vai melhorar ainda mais

Segunda-feira 8 .7 .2013 l Esportes l O GLOBO l 3

CLASSIFICAÇÃO SÉRIE AEQUIPE P J V E D GP GC1. Botafogo 13 6 4 1 1 9 52. Coritiba 12 6 3 3 0 8 53. Vitória 10 6 3 1 2 10 64. Fluminense 9 6 3 0 3 9 75. Cruzeiro 9 6 2 3 1 12 76. Internacional 9 6 2 3 1 13 107. Corinthians 9 6 2 3 1 5 38. Grêmio 9 6 2 3 1 6 59. São Paulo 8 6 2 2 2 8 510. Santos 8 6 2 2 2 6 611. Bahia 8 6 2 2 2 6 812. Goiás 8 6 2 2 2 5 913. Atlético-MG 7 6 2 1 3 6 714. Vasco 7 6 2 1 3 8 1315. Portuguesa 7 6 1 4 1 6 616. Ponte Preta 6 6 2 0 4 8 1017. Criciúma 6 6 2 0 4 8 1318. Flamengo 6 6 1 3 2 7 719. Atlético-PR 6 6 1 3 2 12 1320. Náutico 4 6 1 1 4 4 11

SEXTA RODADA6/7

Flamengo 2x2 Coritiba Mané GarrinchaNáutico 1x3 Ponte Preta A. PernambucoAtlético-PR 1x1 Grêmio Durival de BrittoPortuguesa 1x1 Cruzeiro Canindé

ONTEMSão Paulo 0x2 Santos MorumbiBahia 0x2 Corinthians Fonte NovaInternacional 5x3 Vasco CentenárioGoiás 1x0 Vitória Serra DouradaBotafogo 1x0 Fluminense A. PernambucoAtlético-MG 3x1 Criciúma Independência

P - Pontos ganhos; J - Jogos; V - Vitórias; E - Empates; D - Derrotas;GP - Gols pró e GC - Gols contra

SÉTIMA RODADA13/0718h30m Fluminense x Internacional Moacyrzão

Santos x Portuguesa Vila Belmiro21h Ponte Preta x Bahia M. Lucarelli14/0716h Corinthians x Atlético-MG Pacaembu

Vitória x São Paulo BarradãoCoritiba x Atlético-PR Couto PereiraGrêmio x Botafogo A. do Grêmio

18h30m Criciúma x Goiás Heriberto HulseCruzeiro x Náutico MineirãoVasco x Flamengo Mané Garrincha

Aos 39minutos dosegundotempo,RafaelMarquestoca paraSeedorf naentrada daárea. Ocraquechutarasteiro, abola quica,e DiegoCavalierifalha aotentarimpedir golalvinegro.

GOL DA RODADA

Clubes deixam zona derebaixamento. Em Salvador,Pato acaba com jejum de gols

A vitória por 2 a 0 sobre o SãoPaulo, no Morumbi, tirou oSantos da zona de rebaixa-mento e criou um problemapara a diretoria do tricolorpaulista. Com um time repletode jogadores das divisões debase, o Santos conquistou a vi-tória com gols de Giva e Cíceroe, agora, ocupa a décima posi-ção, com oito pontos, mesmonúmero do São Paulo, em bus-ca de umnovo treinador. PauloAutuori, atualmente no Vasco,e Muricy Ramalho — amboscom boas passagens pelo clu-be — são os nomes mais cota-dos para o cargo.Outras equipes que deixa-

ram a zona de rebaixamentoforam o Goiás, que derrotou oVitória no Serra Dourada, comum gol do atacante Walter; e oAtlético Mineiro, que ganhoudoCriciúma por 3 a 2, no Inde-pendência, com gols de Rosi-nei, Alecsandro e Cláudio Le-leu. O meia Luan marcou con-tra, eWellington Paulista dimi-nuiu para a equipe catarinenseno fim do jogo.Em Salvador, Alexandre Pato

voltou a balançar as redes, de-pois de dez jogos, e marcou osgols da vitória do Corinthianssobre oBahia, por 2 a 0, naAre-na Fonte Nova. Porém, nem sóde boas notícias foi a tarde al-vinegra. No segundo tempo,Renato Augusto deixou o cam-po chorando, com suspeita defratura na face, e foi substituí-do por Ibson. l

Goiás, Santos e Atlético-MGfogem do fim da tabela

| Brasileiro |

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Page 28: 2013-OG-29190-08072013

4 l O GLOBO l Esportes l Segunda-feira 8 .7 .2013

REDE GLOBO12:50 Globo EsporteREDE BANDEIRANTES11:10 Jogo AbertoSPORTV10:00 Redação Sportv

11:45 É gol!13:20 Sportv News14:00 Arena Sportv18:00 Tá na área19:15 Liga Futsal: Florianópolis x Joinville21:00 Bem, Amigos!23:00 Sportv NewsFOX SPORTS20:30 A Última Palavra, com RenatoMaurício PradoESPN BRASIL10:00 Pontapé Inicial21:00 Linha de Passe

HojenaTV

OBS.: Horários e programação fornecidos pelas emissoras.

aaARBITRAGEM:Sem erros. Ricardo Marques Ribeiro, da Federação de Minas Gerais, acertou ao anular o gol deFabrício, logo no início do segundo tempo. No restante do jogo, acertou os principais lances eaplicou bem os cartões.

Michel Alves 6,5.Vítima. Levou cinco gols, mas por incrívelque pareça evitou cenário pior.

Elsinho 5.Espaços. Apareceu uma vez comeficiência no apoio. Atrás, foi mal.

Felipe Bastos 6,5.Melhorou. Entrou a 20 minutos do fim e,ao menos, fez um gol em cobrança de falta.

Luan 4.Inseguro. Batido em vários lances, não foibem.

Rafael Vaz 5.Bomba. Apesar do bonito gol, não deixouboa impressão no combate. Errou oposicionamento em pelo menos dois gols.

Nei 4.Contra. Sua atuação ficou marcada peloincrível gol contra que marcou, de cabeça.

Sandro Silva 7.Dedicado. Mesmo sem muito talento,mostrou esforço, fez desarmes e tentouajudar o ataque. Deu bela arrancada nosegundo tempo.

Abuda 4,5.Instável. Muita correria no meio-campo emuitos erros de passe.

Pedro Ken 6.Anulado. Tentou criar, mas acabou batidopela marcação. De um chute seu, surgiu olance do primeiro gol do Vasco.

Alisson 6,5.Aberto. Buscou as jogadas pelo ladoesquerdo do campo, mas poucas vezes tevecompanhia para tabelar. Fez alguns bonslances.

Edmílson 4,5.Sem ritmo. Visivelmente longe de formafísica ideal, tentou correr enquanto teve

fôlego, mas praticamente não criou lances deperigo para a zaga do Internacional.

Tenório 5.Marcado. Entrou no segundo tempo e ficoupreso entre os zagueiros adversários. Poucoparticipou do jogo.

André 6.Oportunista. Mostrou presença de área paraaproveitar o rebote e marcar o primeiro gol doVasco. No restante do tempo, teve apariçõesesparsas no jogo.

Paulo Autuori 5,5.Desafio. Sem peças, tem poucas chances demontar um Vasco competitivo.

ATUAÇÕES

aaVASCO

EDUANDRADE/FATOPRESS

Crise. Autuori pode ter se despedido

aa INTERNACIONALO goleiro Muriel se mostrou inseguro e falhou no gol de Felipe Bastos.Forlán fez boa partida, coroada com belo gol. Kléber e Fabrício, amboslaterais de origem, construíram boas jogadas pelo lado esquerdo.

-CAXIAS DO SUL-Oque será do Vas-co neste Brasileiro? A perguntaronda a cabeça da torcida. Pri-meiro, porque o time, além demodesto, carece de jogadoresque imponham respeito, quedeem ao Vasco a cara do clubegrande que é. Segundo, por-que falta dinheiro, salário e,com isso, pode faltar treinador.Paulo Autuori, insatisfeito coma falta de cumprimento decompromissos, pode ter suasaída confirmada hoje. En-quanto isso, a equipe se mos-tra abaixo da competição quedisputa e perdeu, ontem, por 5a 3 para o Internacional.O técnico, que obtivera do

clube a promessa de que em ju-lho a situação salarial estaria re-gularizada, chegou ao limite dapaciência. Ele informou à dire-toria sua decisão na última sex-ta-feira. Parece claro que sairá.— Vou estar com a diretoria

amanhã (hoje) e não vou retifi-carnada, vou ratificar. Eoanún-

cio será feito por quem é res-ponsável. Havia a esperança defuncionários que eu pudesseajudar. Não consegui. E tenhovergonha quando tenho umcompromisso enãoposso cum-prir — disse Autuori.Caso confirme a saída, Au-

tuori deixará o clube após trêsmeses e meio. Foram 13 jogos,com seis vitórias, cinco derro-tas e dois empates.

GOL CONTRA DESCONCERTANTEPode-se argumentar que perderpara o Internacional, fora de ca-sa, não é tão alarmante. Aindamais tendo feito três gols, porvezes encostando no placar.Mas os gols do Vasco parecemlances esporádicos, episódicos,e não resultado de uma imposi-ção de jogo. O Vasco nunca pa-receu estar à altura do rival.Nema forte neblina encobriu asdeficiências cruzmaltinas.Se os jogadores não sabem

quando verão o dinheiro e se

Autuori ficará, pouca gentetambém sabe o que será deCarlos Alberto, Wendel e ÉderLuís, sequer relacionados en-tre os 20 jogadores que viaja-ram para o jogo de ontem.— Todo trabalhador quer re-

ceber, mas jogamos pela honra— disse o lateral-direito Nei,autor de um inacreditável golcontra. — Eu me choquei comRafael Vaz e me desequilibrei.Em campo, o Vasco lutou,

mas perdeu com absoluta na-turalidade. Inesperada foi aforma como saiu o primeirogol. Aos 15 minutos, Fabríciocruzou, e Nei cabeceou comestilo, deslocando o goleiro. Sóque deslocou o goleiro errado,Michel Alves. Gol contra. Numjogo de poucas chances, o Vas-co não ameaçava. Restava sedefender. Foi o que fez até a za-ga falhar na marcação a Forlánque, esbanjando técnica, girouo corpo e acertou um lindochute aos 38, no ângulo: 2 a 0.

Quando o sumidoAndré, aos45, aproveitou rebote na áreapara fazer o primeiro gol doVasco, foi difícil para a torcidase animar. Entre outras coisasporque, em dezminutos de se-gundo tempo, o Internacionaljá marcara duas vezes. Na pri-meira, não valeu, pois Fabrícioestava impedido. Na segunda,valeu. De novo, falhou a mar-cação. Índio cabeceou e Mi-chel Alves salvou, mas, no re-bote, o próprio Índio marcou.O Vasco tentou atacar, mas

quase não criou. E, de novo,achou um gol improvável, numbelíssimo chute de longe de Ra-fael Vaz, aos 19. O Internacionalsentiu, e o Vasco viveu seu me-lhor momento. Mas cedeu umcontra-ataque e, aos 26, RafaelMoura fez o quarto, após cruza-mento de Kléber. Aos 30, apósoutra jogadapela esquerda,D’A-lessandro marcou o quinto. Aos39, Fellipe Bastos, de falta, dimi-nuiu com a falha deMuriel. l

CAMPEONATO BRASILEIRO

Derrota em Caxias do Sul

Inter Vasco

Internacional: Muriel, Gabriel, Índio, Juan eKléber (Jackson); Aírton, Josimar, Fabrício eD'Alessandro; Jorge Henrique (Rafael Moura)e Forlán (Dátolo). Vasco: Michel Alves,Elsinho (Fellipe Bastos), Luan, Rafael Vaz eNei; Sandro Silva, Abuda, Pedro Ken eAlison; Edmílson (Tenório) e André. Juiz:Ricardo Marques Ribeiro (MG). Cartõesamarelos: Jackson e Alisson.Renda: R$ 76.895. Público: 3.549.

35POSSE DE BOLA

INTER63%

VASCO37%

DOMÍNIO POR SETOR

Sent

ido

doat

aque

INTER VASCO

Menos Mais

INTER

VASCO

23

10

DRIBLES

DesarmesLançamentosCruzamentos

Faltas cometidasEscanteios

183327164

13261316

3

PASSESINTER

419 certos

34 errados

VASCO

228 certos

42 errados

INTER

VASCO

FINALIZAÇÕES

9 fora

9 no gol5 gols

8 fora

6 no gol3 gols

ndi Juaacional: Muriel, Gabr

FONTE: Footstats

EDU ANDRADE/FATOPRESS

Vasco sem talento, sem impor respeito, sem salário e perto de ficar sem Autuori

FUTURO INCERTO

Sem jeito. Forlán e Jorge Henrique vibram com o gol contra de Nei, do Vasco

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-BRASÍLIA-Quando o Flamengo abriu 2 a 0 sobre oCoritiba, Mano Menezes não poderia prever oque aconteceria depois. Além de ter cedido oempate, a rodada não favoreceu o rubro-negro,que, ontem, voltou à zona de rebaixamento.Com seis pontos em seis jogos, o time é 18º natabela,mas, por ora, vai deixar oBrasileiro de la-do. Hoje à tarde, o elenco começa a se prepararno centro de treinamento do Brasiliense para apartida de ida da Copa do Brasil contra o ASA,em Arapiraca, na quarta-feira. Apesar de reco-nhecer que a equipe precisa melhorar, Mano semostrou confiante com o futuro do time.— Eu não tenho a pretensão de chegar e fazer

com que o Flamengo, em curto espaço de tem-po, faça tudo aquilo que eu imagino que seja ocorreto para fazer. Essa é a evolução de um gru-po inteiro, de consciência, de trabalho, de quali-ficação técnica — afirmou.Depois de enfrentar o líder do Brasileiro, o

próximo adversário do Flamengo apresenta

menos armadilhas. Com apenas duas vitóriasem sete jogos na Série B, o ASA flerta com a zo-na de rebaixamento e está na 16ª posição na ta-bela. O elenco rubro-negro treinará em Brasíliaaté amanhã, quando viajará para Maceió. O ti-me vai se hospedar na capital alagoana e enca-rar a viagem de 125 km até Arapiraca somenteno dia do jogo. De lá,Mano pretende voltar coma vitória na bagagem.— Com resultados positivos, você consegue

evoluir mais rápido. Quando o resultado nãovem, você demora um pouco mais, porque éuma questão de confiança do grupo, que preci-sa acreditar mais nele — ponderou o treinador.Um dos pontos altos da estreia de Mano foi a

participação da torcida. Com mais de 52 mil pa-gantes, os rubro-negros empurraram o time emBrasília semdeixar o ladocrítico.Apagado,CarlosEduardo foi omais vaiado. A sintonia entre o timeeos torcedoresnoManéGarrinchaé consideradaimportante, já que será a principal casa do Fla-mengo enquanto o clube não acerta com o con-sórcio que administra o Maracanã. No domingo,o time enfrentará o Vasco no estádio. l

PRESSÃORodada não ajuda, e Flamengo volta ao Z-4. Apesar disso,Mano vê evolução e quer vitória para acelerar melhoraANDRÉDE SOUZA

[email protected]

JORGE WILLIAM/06-7-2013

Satisfeito. Apesar do empate, Mano gostou da postura do time na partida

CAMPEONATO BRASILEIRONa zona de rebaixamento

Segunda-feira 8 .7 .2013 l Esportes l O GLOBO l 5

Imagens do fim de semana

HANS VON MANTEUFFEL

1. Muralha. Jéfferson se estica paradefender a bola chutada por Bruno. Ogoleiro do Botafogo e da seleçãobrasileira teve bom desempenho noclássico em que o Botafogo venceu oFluminense na Arena Pernambuco.

BRIAN KERSEY/AP

3. Encontro. Júlio César, goleiro daseleção brasileira, cumprimentaLionel Messi durante a partidabeneficente disputada, no sábado,em Chicago, entre Amigos de Messie o Resto do Mundo.

EDU ANDRADE/FATOPRESS

2. Erro. Capitão do Vasco, Nei seconfunde com Rafael Vaz (18) ecabeceia contra as próprias redes,fazendo, contra, o primeiro gol daderrota do time carioca para oInternacional, em Caxias do Sul.

FutebolBrasileiro/Série B: 7ª rodada.Bragantino 0 x 1 América-RN,Paysandu 4 x 3 Guaratinguetá, ASA 0x 2 Chapecoense, América-MG 2 x 2Paraná, Figueirense 3 x 0 Boa Esporte,Icasa 1 x 0 Ceará, ABC 0 x 1Atlético-GO, Palmeiras 4 x 0 Oeste,São Caetano 0 x 0 Avaí, Joinville 2 x 3Sport. Classificação: 1. Chapecoense,19; 2. Joinville, 15; 3. Palmeiras, 15; 4.Figueirense, 13; 5. América-MG, 13; 6.Sport, 12; 7. Paraná, 11; 8.Icasa, 10; 9.Bragantino, 10; 10. Atlético-GO, 10; 11.São Caetano, 9; 12. Paysandu, 8; 13.Avaí, 8; 14. Boa Esporte, 8; 15. Oeste, 8;16. ASA, 7; 17. Ceará, 7; 8. América-RN,6; 19. Guaratinguetá, 4; 20. ABC, 2.Brasileiro/Série C: 3ª rodada.Fortaleza 3 x 0 CRB, Rio Branco1 x 3Baraúnas, Mogi Mirim 1 x 0 Vila Nova,CRAC-GO 1 x 2 Madureira, Barueri 1 x 1Betim, Macaé 1 x 0 Duque de Caxias,Caxias 0 x 0 Guarani. Classificação: 1.Fortaleza, 10; 2. Sampaio Correa, 4.Mundial Sub-20: Quartas de Final.França 4 x 0 Uzbequistão; Uruguai0x 0 Espanha (Uruguai 1 x 0 naprorrogação); Iraque 2 x 2 Coreia doSul (1 x 1 na prorrogação, Iraque 5 x 4nos pênaltis); Gana 2 x 2 Chile ( Chile2 x 1 na prorrogação). Semifinais:Uruguai x Iraque e França x Gana.

Futebolde7Mundialito: 3ª rodada. Espanha 1 x 1Argentina, Brasil 3 x 1 Itália, México 6 x2 Bolívia; Venezuela 3 x 0 Angola .

FutevôleiLiga Nacional: Final masculina:São Paulo 0 x 2 Flamengo. Finalfeminina: Fla 2 x 1 Flu.

UResultados

1

32

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MARCELO DOS SANTOS/DIVULGAÇÃO

De braços abertos. O baiano Giomar Pereira vibra ao cruzar a linha de chegada da maratona

-LAS VEGAS, EUA-Maior nomedoMMA, An-derson Silva foi muito vaiado na ma-drugada de ontem. O motivo não foiapenas a derrota para Chris Weidmanno UFC 162, quebrando sua invencibi-lidade que durava desde janeiro de2006, com17 vitórias seguidas e dez de-fesas de cinturão dos pesos-médios(até 84kg). Os torcedores no MGMGrand Arena não gostaram da formacomo aconteceu. Conhecido pelo seuexcesso de autoestima, Spider dançouna frente do adversário e pediu para seratingido no rosto. Foi atendido, nocau-teado com 1m18s do segundo round e,desorientado na lona, terminou a lutasegurando as pernas do árbitro HerbDean acreditando estar vivo no comba-te. Naquele momento, a autoconfiantedeclaração — repetida inúmeras vezes— de que só perderia para um cloneseu finalmente fez sentido. Ainda queestivesse diante de um rival de respeito,a impressão era que Anderson perderapara seu próprio ego.Na coletiva de imprensa, outra ima-

gem simbólica. Geralmentemonossilá-bico diante de jornalistas, Andersontentou, em vão, explicar a derrota:— As pessoas vão falar muitas coisas,

que ele teve sorte e que eumenosprezeio Chris. A gente tem que respeitar o no-vo campeão. Eu dei o meu melhor, eledeu o melhor dele. Ele venceu. É isso.Novo dono do cinturão, Weidman fez

apenas dez lutas profissionais e venceutodas. Aos 29 anos—nove amenos queo brasileiro—, ele estava parado há umano, por lesão. No fim de 2012, viveuum drama quando sua casa, em NovaJersey, ficou no caminho do FuracãoSandy. Com parte da casa inundada,não arredou pé do segundo andar daresidência para evitar que ela fosse víti-ma dos ladrões que se aproveitavam dafuga dos moradores.Lutador em ascensão meteórica no

UFC, o maior mérito de Weidman foinão ter desmoronado diante do rival.

Após um bom início no primeiroround, Anderson Silva reabilitou-se nomesmo assalto. Chamado para a brigadurante o intervalo dos rounds, o ame-ricanonão caiu nas teias do Spider. For-mado em Psicologia, Weidman mos-trou todas as suas forças.— Ele é um gênio, entra na cabeça

das pessoas. A gente esperava que fi-zesse isso. Não acho que ele estivessesendo desrespeitoso, é o estilo dele.Mas tentei não me importar com isso econtinuar fazendo o meu trabalho —comentou Weidman.

FIM DAS SUPERLUTAS?Ao fimda luta, Anderson fez umdiscur-so confuso no octógono. Falou sobresua carreira e agradeceu aos donos doUFC. Parecia um anúncio de aposenta-doria, negado em seguida. Pouco de-pois, avisou que não queria mais lutarpelo cinturão. Dessa vez, foi DanaWhi-te, presidente do UFC, que negou. Deolho na repercussão e nos consequen-tes ganhos financeiros, o dirigente jáantecipou a revanche. O plano frustraVítor Belfort. O brasileiro de 36 anos es-perava lutar pelo cinturão.—Anderson Silva já perdeu antes,mas

não sabe mais o que é perder. Ele vai terque lidar com isso por alguns dias, maseu garanto que não há nada que elequeira mais que uma revanche contraChris Weidman— disse DanaWhite.A derrota de Anderson temmais uma

consequência direta. Ao lado de Geor-ge St-Pierre, campeão dos pesos-meio-médio (até 77kg), de Jon Jones, campe-ão dos pesos-meio-pesados (até 93kg),Anderson formava a elite do MMA.Muito especulada, uma superluta entreestes lutadores—emumpeso interme-diário — pode nunca acontecer.— Esta luta custou a St-Pierre, Jon

Jones e Anderson Silva muito dinhei-ro, porque Anderson Silva era a cone-xão entre as duas superlutas— lamen-tou Dana White. l

Anderson Silva brinca na frente de Weidman, énocauteado e recebe muitas vaias do público

DAVID BECKER/AP

Novo campeão. Anderson Silva tenta se esquivar de golpe certeiro de Chris Weidman

NA LONASpider dança

MMA

6 l O GLOBO l Esportes l Segunda-feira 8 .7 .2013

UOUTROSBRASILEIROS

Anderson Silva não foi o únicobrasileiro derrotado no UFC162. Estreante na organização,Roger Gracie perdeu por decisãounânime para o americano TimKennedy. Assim como a lutaprincipal, a maior decepção foi aforma como aconteceu a derrota.Decacampeão mundial dejiu-jítsu, Roger mostrou falta depreparo e quase não castigou orival nos últimos dois assaltos.

Ainda no card principal, opeso-pena (até 66kg) Charles doBronx perdeu para o experienteFrankie Edgar também pordecisão unânime. Contra umex-campeão dos pesos-leves (até70kg), Charles se apresentoubem e perdeu numa luta francaem que abusou das joelhadas edas cotoveladas.

As duas vitórias brasileiras nanoite aconteceram no cardpreliminar. O peso-leve (até70kg) Edson Barboza venceu oigualmente brasileiro Rafaello“Trator” Oliveira por nocautetécnico. A luta foi interrompidano segundo round, após Barbozaacertar muitos chutes na pernado rival. Já o peso-pesado (até120kg) Gabriel Gonzagaprecisou de apenas 17 segundospara nocautear Dave Herman.

Além deles, o peso-médioamericano Mark Muñoz venceuo compatriota Tim Boetsch pordecisão unânime em lutamovimentada. Quem tambémvenceu em outro combateemocionante foi o peso-penaCub Swanson, que bateu oalemão Dennis Siver pornocaute, no terceiro assalto.

GRACIE ESTREIACOM DERROTA

-VICHY VAL D’ALLIER, FRANÇA- Maioresesperanças de medalha do Bra-sil no Mundial de EsportesAquáticos, em Barcelona, dodia 19 a 4 de agosto, Cesar Cieloe Thiago Pereira conquistaram,no fim de semana, três meda-lhas no Aberto da França.Ontem, Thiago venceu os

200m medley (1m58s92), àfrente do húngaro Laszlo Cseh(1m59s23) e do australiano Da-niel Tranter (1m59s61). Já Cieloficou com a prata nos 50m livre(21s78), prova na qual é campe-ão olímpico e bi mundial. Ovencedor foi o francês FlorentManaudou (21s64), que levou oouro nos Jogos de Londres. Oaustraliano James Magnussenterminou em terceiro (21s86).No sábado,Cielo conquistouo

ouro nos 50mborboleta (23s15),com Manaudou em segundo(23s61), e o russo Evgeny Ko-rotyshkin em terceiro (23s74). l

Cielo e ThiagoPereira vão aopódio no Abertoda França

NATAÇÃO

Sob sol forte, baiano virarei na Cidade MaravilhosaGiomar Pereira dos Santosvence a Maratona do Rio equebra jejum de três anos

De Jacobina, no interior da Bahia, parao topo do pódio da Maratona do Rio,montado ao lado da linha de chegada,no Aterro do Flamengo. Ontem, o baia-no Giomar Pereira dos Santos utilizouuma estratégia para vencer a prova de42km, aos 42 anos de idade, em2h18m03, quebrando um jejum de trêsanos sem vitória brasileira. Em segun-do e terceiro lugares ficaram, respecti-vamente, os quenianos Willy Kimutai,com 2h18m11, e Jonathan Kipkorir,com 2h19m40.— Corri no primeiro pelotão até o

quinto quilômetro. Depois, optei por fi-carmais atrás,me poupando. No quilô-metro 36, apertei novamente o ritmo ecolei nos líderes. Na reta final só haviaeu e mais um queniano (Kimutai). Co-

mo estava menos cansado, dei umsprint e foi a vez de ele ficar para trás—contou o campeão, comentando sobreo calor de 28 graus do inverno carioca.—Para umbaiano está bom até demaisesse clima para correr.Giomar começou tarde no esporte.

Sua primeira participação numa provafoi aos 25 anos. Especialista em 10km e21km, ontem ele estabeleceu sua me-lhor marca nos 42km. O baiano é pen-tacampeão do ranking nacional de cor-redores de rua da Confederação Brasi-leira de Atletismo.Entre as mulheres, a vitória foi da etí-

ope Letay Hadush, com 2h40m18. Asquenianas Rose Jepchumba, com2h41m34, e Pamela Anisomuk, com2h43m30, completaram o pódio. A me-lhor brasileira foiMarily dos Santos, emquarto lugar, com 2h46m07.—Meu objetivo era ser a melhor bra-

sileira. Vencer as africanas é pratica-mente impossível — disse Marily.Além dos 42km, a Maratona do Rio

contou commais duas provas, de 21kme 6km. No total, 22 mil corredores, de61 países, participaram do evento. l

ATLETISMO

VICTORCOSTA

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-NURBURG, ALEMANHA- Sebastian Vet-tel deu mais um passo rumo aotetracampeonato da Fórmula-1ao vencer o Grande Prêmio daAlemanha, ontem, no circuitode Nürburgring. Largando atrásdo inglês Lewis Hamilton, daMercedes, Vettel assumiu apon-ta logonaprimeira volta, ao ladodo australiano Mark Webber,seu companheiro na Red Bull, emanteve a liderança, apesar dasconstantes investidas dos pilo-tos da Lotus, Kimi Raikkonen eRomain Grosjean, que ficaramcom as outras vagas do pódio.Foi a primeira vitória de Vettelna corrida alemã.— Foi incrível. Estou muito

feliz — declarou Vettel, queconquistou a 30ª vitória de sua

carreira. — Kimi exerceu umagrande pressão, mas tivemosuma corrida bastante sólida, eeu forcei o carro em todas asvoltas. Ainda bem que a corri-da teve apenas 60 voltas.Embora o problema de

pneus estourados que marca-ramoGrande Prêmio da Ingla-terra não tenha se repetido,novos incidentes aconteceramna prova alemã. Um cinegra-fista fraturou um ombro e umacostela, após ser atingido poruma roda que se desprendeudo carro de Mark Webber nanona volta. O australiano aca-bou perdendo a vice-liderançae terminou a corrida na sétimaposição. Na 23ª volta, oMarus-sia de Jules Bianchi pegou fo-

go. O francês saiu do carro ra-pidamente e não se feriu, maso veículo desceu de ré, atraves-sando a pista e obrigando o sa-fety car a entrar em ação.

ALONSO PREOCUPADOCom a vitória, Vettel chegou a157 pontos, 34 a mais que Fer-nando Alonso, da Ferrari, queficou com o quarto lugar on-tem. A dez corridas do fim datemporada, o piloto espanhol,bicampeão em 2005 e 2006, dizque é hora de a Ferrari voltar avencer para lutar pelo título.— Para que nos recupere-

mos são necessárias duas outrês vitórias, e, no momento,parece que não somos capazesde vencer — afirmou Alonso.

— Temos três semanas até oGP da Hungria, e a Ferrari pre-cisa fazer algo imediatamentepara que possamos pensar emdisputar o campeonato.O brasileiro Felipe Massa,

companheiro de Alonso na es-cuderia italiana, foi o primeiroa abandonar a prova. Após lar-gar na sétima posição, Massavinha em sexto, quando per-deu o controle de seu carro naquarta volta. Segundo o piloto,o carro rodou depois que ospneus traseiros travaram.— É estranho que tenha

acontecido isso. Mas a equipenão enxergou nada no carroaté agora — afirmou Massa,que ocupa a sétima posição naclassificação, com 57 pontos. l

SEBASTIAN VETTELPiloto da RBR vence quarta corrida no ano e se mantém na liderança, 34 pontos à frente de Alonso

PATRIK STOLLARZ/AFP

FÓRMULA-1

Finalmente, a vitória em solo alemão

Inédita. Vettel celebra a primeira vitória no Grande Prêmio da Alemanha. Seu melhor resultado na prova até então havia sido o segundo lugar em 2009

Essa foi fácilS ebastian Vettel sentiu, logo nas primei-

ras voltas, que a corrida estava em suasmãos. Tinha um carro em excelentes

condições e, comodesejavamuito vencerpelaprimeira vez na suaAlemanha,mostrou friezasuficiente para manter as coisas sob controle,procurandoeconomizar combustível e pneus.Foi isso o que lhe permitiu continuar consis-tente até a última volta. A vantagem teria sidomuito maior não fosse a inesperada entradado carro de segurança na volta 25, quando oestouro domotor doMarussia fez Julian Bian-chi estacionar ao lado da pista. Ué, pergunta-ria com razão quemnão viu a corrida, por queessa precaução se o carro estava parado corre-tamente? Coisas do destino.SebVet assumiu a ponta na largada e fugiu.

Tinha 12 segundos de vantagem quando, derepente, o carro vermelho que estava paradona ladeira começou a se mover de ré e a atra-vessar o asfalto. Com tranquilidade, como seem busca de lugar mais seguro para descan-sar. Resultado: os rivais encostaram no Touro.Na retomada, o alemão voltou a construir

boa vantagem, que lhe poupou qualquer dis-puta direta pela vitória. A quarta na tempora-da.A30ªde suacarreira, fácil emerecidíssima.Tirou dez em técnica, dez em leitura de corri-da e dez na administração de carro e pneus.Os gritos de alegria dentro do cockpit me pa-receram justos depois da decepção com aquebra do câmbio em Silverstone. Seb sai deNurburgring de cabeça erguida, ciente da im-portância da vantagem de 34 pontos sobreAlonso e com a certeza de que o circuito da

Hungria, sede da próxima corrida, dia 28, é teori-camente favorável aos carros da Red Bull.Os Lotus voltaram a andar bem, depois da de-

cepção em Silverstone, e, se Kimi manteve o rit-mo, a surpresa ficou com Romain Grosjean, for-tíssimo na classificação e na corrida. Nas últimasvoltas fez bem em abrir o caminho para o finlan-dês, porque, se resistisse, só complicaria a equipe.Atrapalharia Kimi e poderia permitir a aproxima-çãodoFerrari deDonFernando.OsLotus estarãofortes na segundametade doMundial.

FERRARI NA MESMA. Se tem esperança que Alonsobrigue pelo título, a Ferrari precisa melhorar logo.Ela anuncia desenvolvimento atrás de desenvolvi-mento, mas não reduz a distância para os adversá-rios diretos. O que se viu emNurburgring foi um ti-me na defesa, que abdicou da luta pelas primeirasfilas do grid para largar com pneus mais duros etentar ganhar posições com uma troca a menos.QueButton fizesse issomepareceperfeito, aMcLa-ren lutapara ficarnaáreadospontos. AFerrari não,porque dela se esperam sonhosmais altos.O primeiro jogo de médios não funcionou co-

moeraprevisto, e a estratégiamilagrosa foi para o

espaço.Não fosse o carro de segurança na paradadeBianchi, terminaria longedos três primeiros. Amudança na estratégia manteve a crença de que,nas últimas dez voltas, Don Fernando, compneusmacios novos, voasse para cima dos rivais.Foi aí que o F138 não correspondeu. O ritmo erabom, mas não o suficiente para que o espanholsuperasse Grosjean e partisse para cima deRaikkonen e Vettel. A anunciada “explosão deadrenalina” foi apenas publicidade enganosa.Entendo a decepção do chefão Stefano Domeni-

cali. Ele esperava muito da estratégia e que o pri-meiro “stint”, com a mistura dura, fosse de 24/25voltas.Alonsoosurpreendeuaosequeixarde insta-bilidade antes de 12 voltas da corrida.Ficoumaisdoqueclaroquehámuito trabalhode

aerodinâmicapela frenteatéqueocarrosomevelo-cidade e consistência. Com34pontos amenos queVettel, só resta aDon Fernando das Astúrias adotaro lema do velho Fluminense: vencer ou vencer.

MASSA, OUTRA VEZ. A Ferrari está convencida queMassa errou pela quarta vez em quatro fins de se-mana. As três anteriores estão no livro de ativo epassivo do time: no treino livre de sábado emMô-

naco; no treinode classificação emMontreal; notreino livre de sexta-feira em Silverstone. Todasresultaram em prejuízos para os acertos. EmNurburgring, de novo é acusado pela Ferrari,mas, desta vez, não aceita a responsabilidade.O time italiano garante que o carro saiu da

pista porque Felipe errou o tempo de freada.O acionamento brusco do pedal fez as rodasbloquearem, a traseira perdeu aderência e,ao tentar corrigir, o piloto acabou rodando esaindo da pista. Até aí faz sentido. A perguntaé: por que o carro não voltou? Para fazê-lobastaria a redução de marcha caso ainda es-tivesse em movimento. Ou, então, engatar aprimeira, porque há um dispositivo que au-tomaticamente leva o câmbio ao ponto mor-to quando o carro fica imobilizado.Massadiz que tentouasduashipóteses,maso

câmbio ficou travado na quinta marcha. Comoúltima instância procurouacelerar forte,mesmoem quinta, para levar o carro de volta ao sair doboxe,mas omotormorreu. Rob Smedley, enge-nheiro responsável pelo carro, informou que ocâmbioestavaperfeitoquandoo reboquedevol-veuocarroparaaFerrari.Édifícildizerquemes-tá certo e estabelecer responsabilidades, mas oclima pesou para Felipe, porque o sentimentodo time é que ele errou de novo.O que isso quer dizer? Que, apesar de seu

ótimo desempenho nos treinos em Nurbur-gring, daqui para a frente Massa vai corrersob forte pressão. Pior: precisa de resultadosimediatos se quiser continuar na Ferrari em2014. Ainda bem que terá 20 dias de folga atéa corrida da Hungria.l

| Pit Stop |

CELSO ITIBERÊ[email protected]

Segunda-feira 8 .7 .2013 l Esportes l O GLOBO l 7

Hojenaweboglobo.com.br/esportes Iraque vence

Coreia do Sul nospênaltis e está nasemifinal doMundial Sub-20,na Turquia.Confira noPlaneta que Rola

lBlogAtacante da seleçãodeixa hospital apósoperar amígdalas enem assim larga asredes sociais:“Estou sem voz,mas tuitar euposso”, escreveu

lNeymar

Confira imagens deBotafogo xFluminense naArena Pernambuco

l Fotogaleria

CLÁSSICOCurta a páginajornaloglobo

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Estreante, parceiro de Ricardoé eleito o melhor jogador

da competição

-STARE JABLONKI, POLÔNIA- Juntos hápoucomais de trêsmeses, Ricar-do e Álvaro Filho conquistaram,ontem, o vice-campeonato noMundial de Vôlei de Praia, naPolônia.Na final, aduplaperdeupara os holandeses Brouwer eMeeuwsenpor 2 a 0 (18/21 e 18/21). Apesar da derrota, eles co-memoraram o feito. Afinal, estafoi apenas a sexta competiçãointernacional da dupla que, atéentão, tinha comomelhor resul-tado o terceiro lugar no GrandSlam de Xangai, na China.—Queríamoso título,mas sa-

bemos bem o tamanho destamedalha de prata. É uma con-quista importante para a nossadupla. Fizemos uma grandecampanha, chegamos à final etemos que comemorar muito asemanaque tivemos. Este resul-tadonosdá aindamais confian-ça para seguir na temporada —afirmou Ricardo, que foi cam-peão mundial em 2003, ao ladode Emanuel.

ALISON E EMANUEL EM QUARTOPara chegar à final, a duplavenceu os compatriotas Alisone Emanuel, que chegaramà se-mifinal invictos, por 2 sets a 0.Mesmo comovice-campeona-to, Álvaro Filho foi eleito o me-lhor jogador da competição.—Estou chateado pela derro-

ta, mas satisfeito pelo que fize-mos, pela luta e pela vontade—disse Álvaro, emocionado. —Foi o meu primeiro torneiomundial, é a minha primeiratemporada internacional e jo-gar ao lado do Ricardo é incrí-vel. Ainda vamos evoluir muito.Na briga pelo terceiro lugar,

Alison e Emanuel foram supe-rados pelos alemães Erdmann eMatysik por 2 a 0 (21/17 e 21/19) e terminaram em quarto. l

Ricardo e ÁlvaroFilho ficamcom a pratano Mundial

VÔLEI

MUNDIAL DE PILOTOS

PONTUAÇÃO

1 Sebastian Vettel (RBR) 1572 Fernando Alonso (Ferrari) 1233 Kimi Raikkonen (Lotus) 1164 Lewis Hamilton (Mercedes) 995 Mark Webber (RBR) 936 Nico Rosberg (Mercedes) 847 Felipe Massa (Ferrari) 578 Romain Grosjean (Lotus) 419 Paul Di Resta (Force India) 3610 Jenson Button (McLaren) 3311 Adrian Sutil (Force India) 2312 Sergio Pérez (McLaren) 1613 Jean-Éric Vergne (Toro Rosso) 1314 Daniel Ricciardo (Toro Rosso) 1115 Nico Hülkenberg (Sauber) 7

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-LONDRES- Acabou a espera. De-pois de 77 anos e pela primeiravez na Era Aberta (a partir de1968), um britânico é campeãona grama sagrada de Wimble-don (o último havia sido FredPerry, em1936). A tarefa de aca-bar com o jejum em casa coubeao número 2 do mundo, AndyMurray, que, ontem, venceu osérvio Novak Djokovic por 6/4,7/5 e 6/4, em 3h49m.Murray, que chegou à final

no ano passado e perdeu parao suíço Roger Federer, destavez não desperdiçou as chan-ces que teve. Diante de umDjokovic menos preciso e co-metendo mais erros não força-dos do que o normal (foram 40contra 21 do campeão), o bri-tânico soube frear um princí-pio de reação do adversário,assim como a ansiedade nahora de fechar o jogo.

DIA DE FAZER HISTÓRIAMurray conquistou o títuloinédito em Wimbledon, o se-gundo Grand Slam da carreira(o primeiro foi no ano passado,no US Open). Na quadra cen-tral do All England Club, ele jáconquistara o ouro nos JogosOlímpicos de 2012, comvitóriasobre Roger Federer.— Foi um dos momentos

mais incríveis da minha vida.Não sei como consegui fazeraqueles últimos três pontos. Jo-guei contraNovak várias vezes esei que, quando todos termi-nam de brigar, ele ainda está depé, lutando. E foi isso que acon-teceu hoje (ontem), tornando apartida tão difícil. Estou muitofeliz— comemorou o britânico,ovacionado pela torcida.O jogo começou favorável ao

número 2 do mundo que, noprimeiro set, quebrou o serviço

do sérvio duas vezes e confir-mou o saque para fechar a par-cial em6/4 emexatamenteumahora. No segundo, parecia queDjokovic iria dar o troco, abrin-do rapidamente 4/1, mas Mur-ray reagiu e, com mais duasquebras, fez 7/5no setmais lon-go da partida: 1h09m.O sérvio iniciou o terceiro set

em desvantagem, perdendo oprimeiro game. O que pareciao caminho para uma vitória fá-

cil de Murray, no entanto, co-meçou a ganhar ares dramáti-cos quando o número 1 domundo ganhou quatro gamesseguidos. Se, em outras situa-ções, seria o bastante paraMurray perder a concentração,desta vez não foi isso queaconteceu e ele virou a partidacom duas quebras de saque,fazendo 5/4.Sacando, o britânico chegoua

abrir 40 a 0, mas Djokovic sal-

vou todos os três pontos docampeonato antes de odonodacasa concretizar a vitória naquarta tentativa. Parecendonãoacreditar, Murray se ajoelhou,beijou a grama e, depois, sen-tou-se no banco com um olharincrédulo. Como diziam algunscartazes que se via na arquiban-cada, aquele era o momento defazer história.— Eu entendo o quanto as

pessoas esperaram para ver

um britânico vencer em Wim-bledon e espero que todos te-nhamgostado—disseMurray,antes de, mais uma vez, co-mentar os últimos momentosda partida. — Com certeza, es-te último game foi o mais difí-cil que já joguei.Campeão de Wimbledon em

2011, Djokovic teve que adiar osonho de vencer em Londresmais uma vez. Em um torneiomarcado por eliminações pre-coces e inesperadas, como asde Rafael Nadal, na primeirarodada, e Roger Federer e Ma-ria Sharapova, na segunda, onúmero 1 do mundo reconhe-ceu a importância da vitória deMurray em casa:— Andy mereceu, jogou de

forma incrível. Sei o que sig-nifica para todos vocês, nopaís inteiro (a vitória). Então,parabéns. É uma grande con-quista. Eu dei o meu melhor efoi uma honra participar des-ta partida, desta final.

BRASILEIRO É VICE NAS DUPLASE, se a Grã-Bretanha deu adeusao jejum de título em Wimble-don, omesmonão se podedizerdoBrasil, quecontinuasemven-cer na grama sagrada que con-sagrouMaria Esther Bueno comoito títulos (o último deles em1966, nas duplas).Ontem, nas duplas mistas,

Bruno Soares, ao lado da ame-ricana Lisa Raymond, perdeupara o canadense Daniel Nes-tor e a francesa Kristina Mla-denovic por 5/7, 6/2 e 8/6, eterminou como vice-campeãodo torneio após desperdiçardois match points seguidos.No sábado, MarceloMelo e o

croata Ivan Dodig tambémperderam na final de duplasmasculinas. l

MURRAYBritânico vence Djokovic e se tornao primeiro tenista do país campeãoemWimbledon após 77 anos

FOTOS DE KIRSTY WIGGLESWORTH/AP

Consagração.Murray com o troféu do Grand Slam inglês: “Eu entendo o quanto as pessoas esperaram para ver um britânico vencer emWimbledon”

TÊNIS

Fim do jejum

Vice. Lisa Raymond e Bruno Soares

8 l O GLOBO l Esportes l Segunda-feira 8 .7 .2013

Patrocínio master: aPoio: realização:

Campeãodeduascategoriasdobasqueteno In-tercolegial 2013, o Colégio Santa Mônica (CSM)

fez a melhor campanha da modalidade. A con-quista mais comemorada foi no duelo com o

Colégio Estadual Ed-mundo Peralta, con-hecido rival demuitas decisões nacategoriasub-18nãofederado masculino.No confronto entretécnicos FelipeAlexandre levou amelhor sobreFranklin Sholna, comvitória por 27 a 23.– É uma rivalidadesadia. Fui calouro do

Sholna e nos conhecemos há mais de 30 anos.Perdemostrêstitularesqueforamreprovadosnaescolaemesmoassimconseguimosotítulo.Nãopodemostirarospésnochãoeocaminhoéman-ter os valores, como humildade, respeito e per-severança. Somos uma família e por isso aarquibancada está repleta de familiares e ami-gos dos jogadores – afirma Felipe.Na final da sub-13 não federado, as meninas doCSM ergueram a outra taça depois de superarpor 18 a 8 o Independência, de Caxias. A camisa10,AngélicaMadeiro, liderouaequipeefoices-tinha da final com 12 pontos.–MinhamaioralegriaéjogarpeloColégioSantaMônica, com minhas amigas. É uma honra de-fender minha escola – comemora Angélica.

As finais do basquete, que apontaramoito equipes campeãs, sábado pas-sado, no ginásio da Universidade Está-

cio de Sá, no Rio Comprido, encerraram oprimeiro semestre do Intercolegial 2013, or-ganizado pela Abadai Produções. O maiorduelo do dia envolveu o Colégio Estadual Pro-fessor Antônio Maria Teixeira, do Leblon, quefaturou o título da categoria sub-18 federadomasculino, ao vencer por 54 a 28 o ColégioPedro II, da Tijuca.Formado por base sólida de jogadores do Fla-mengo, o Antônio Maria Teixeira enfrentou oPedro II – que conta com atletas de clubescomo Municipal, Fluminense e o próprio Fla-mengo – na final mais técnica da rodada.Após início bastante equilibrado, a escola doLeblon disparou no terceiro quarto a partir deuma cesta de três pontos do armador mineiroAlef Cesar Augusto, com passagem pela se-leção brasileira.– É sempre bom jogar pela escola. Fortalece aamizade com os companheiros. Chegamos deSão Sebastião do Paraíso na véspera da par-tida, depois de defender sub-22 do Flamengo,que venceu nove jogos pelo Brasileiro, e de-moramos a entrar no jogo – conta o canhotoAlef, de 18 anos, autor de 16 pontos.Com trabalho bastante diferente do AntônioMaria Teixeira, que conta com convênio como Rubro-Negro, o Pedro II, comandado por ÍtaloJunior e Bruno Gomes, forma equipes em suasescolinhas de basquete de suas unidades.

Muitas vezes osdestaques acabamfederados por clubescariocas.– Fizemos seis finais emsete anos de disputaentre federados. Temosuma boa equipe, masnosso banco é formadopor atletas de 14, 15anos. Nossos alas e ar-madores são equiva-lentes, mas perdemosnos pivôs, o ponto fortedo adversário – explicaBruno Gomes, o Peri.O Abeu Colégios, inscritopela unidade de BelfortRoxo, disputou duas fi-nais e se sagroucampeão da sub-15 não federado masculino,com vitória por 23 a 10 sobre a Escola Munic-ipal Princesa Isabel, de Santa Cruz. Na sub-13não federado masculino, não resistiu ao Colé-gio Estadual Edmundo Peralta, de Paty doAlferes, que marcou 36 a 6 na decisão.Sempre forte no basquete feminino, o ADNMaster, do Méier, teve a dupla da seleçãobrasileira, Mayara Leôncio e Letícia Soares,como destaque no título da sub-18 federado.A escola derrotou por 66 a 7 o Elpídio da Silva,de Padre Miguel.Em mais um duelo da rede pública, a Escola

Técnica Estadual Henrique Lage, de Niterói,conquistou a sub-15 não federado masculinosuperando por 11 a 5 a Escola Municipal Pro-fessor Álvaro da Fonseca Lontra, deMiracema.Na decisão da sub-18 não federado, as meni-nas do Lisam, de Nova Iguaçu, dedicaram otroféu de campeão à memória do professorJoão Luiz Gomes, criador do projeto de bas-quete da escola, que faturou seu décimo títulona categoria. Comandado por Victor Rogério,filho do ex-técnico, a escola ganhou por 32 a25 o Colégio Santa Mônica.

Basquete encerra primeiroBasquete encerra primeirosemestre do Intercolegialsemestre do Intercolegial

O ala/armador Alef, do Antônio Maria Teixeira, executa a bandeja

Fotos : Ari Gomes

CSM faz melhor campanhaCSM faz melhor campanha

O jogador do Colégio Santa Mônica arremessa diante da marcação do adversário

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OGLOBO

CADERNOSEGUNDO

A força da dança

Tradição é um conceito importantena Alvin Ailey American Dance Thea-ter. A portaria do edifício de oito pavi-mentos — o maior todo dedicado àdança em Nova York e onde, além dasduas companhias, funcionam uma es-cola de dança e cursos de extensão,com 75 aulas por semana—é decoradacom portentosos retratos do fundadordo grupo, de sua sucessora, Judith Ja-mison, e de Robert Battle, que a substi-tuiu em 2011. O atual diretor artístico,hoje com 40 anos, não chegou a conhe-cer Ailey, que morreu um ano antes deele se mudar para Nova York, em 1990.Mas o menino recém-chegado de Mia-mi para estudar na Juilliard School logose encantou por Judith, que espiavadando aulas na antiga sede da Alvin Ai-ley, não muito longe do prédio ondeagora estamos, na Rua 55, construídoem 2005 com US$ 54 milhões captadosbasicamente na iniciativa privada.Quando era bailarino da Parsons Dan-ce, entre 1994 e 2001, Battle teve duascoreografias encenadas pela Ailey II, osegundo braço da companhia. Em2003, Judith o convidou a elaborar umtrabalho para o elenco principal. Noano seguinte também.— Foi assim que nossa relação se de-

senvolveu. Um dia, ela me perguntouse eu estaria interessado em assumir oseu lugar. Quando penso que, aos 17anos, eu ligava paraminhamãe só paracontar que havia visto a Judith Jamison,e que anos depois elame escolheu paraliderar a companhia depois dela e deAlvin Ailey, é realmente impressionan-te. E inspirador. Há momentos em queando por esse edifício ou vejo um ban-ner com meu nome e penso: “Uau, oque aconteceu?” — confessa Battle,

que tocava sua própria companhia, ahoje extinta Battleworks, desde 2002,quando foi convidado para o cargo. —Judith estava pronta para parar. Ela en-trounaAlvinAiley em1965, saiu depoisde muitos anos para fazer carreira naBroadway, abriu a própria companhia,voltou para substituir Ailey antes desua morte e ficou nesse lugar por 21anos. Também acho que Judith viu no-vas possibilidades em mim e quis tercerteza de que elas aconteceriam.

CONEXÃO IMEDIATA COM ‘REVELATIONS’Desde que chegou, Battle — que tam-bém criou um laboratório de coreógra-fos no qual a cada ano quatro eleitosdesenvolvem um trabalho sob a super-visão de um conselheiro artístico —vem introduzindo novos trabalhos norepertório da companhia. É o caso dequatro coreografias que serão mostra-das no Brasil: “Petite mort”, de Jiri Kyli-án; “Minus 16”, de Ohad Naharin;“From before”, de Garth Fagan; e“Strange humors”, feita por ele próprionum hotel na Suíça, durante uma tem-porada da Parsons Dance nos anos1990. “Takademe”, outra coreografia desua autoria que selecionou para a tem-porada, já tinha sido adquirida e dan-çada pela Alvin Ailey.— Essa eu fiz na sala do apartamento

de um amigo no Queens, em 1996. Porisso ela ocupa pouco espaço do palco:estávamos, meu amigo e eu, num lugarmuito pequeno, sequer pensando quea dança sairia dali. É bem a minha his-tória — conta Battle.Sua história também se cruza com a

de “Revelations”. Ele nunca esqueceu aprimeira vez que viu a obra-prima dacompanhia:—Tinha uns 12 anos. Fomos umban-

do de jovens num ônibus amarelo emMiami, e lembro de ter sido golpeadopor aquele trabalho, que representavamuito do meu crescimento. Minhamãe, que era professora de inglês e atrizde um grupo com foco nos poetas ne-gros chamado Os Afro-Americanos, to-cava piano na igreja e praticava bastan-te em casa, então eu conhecia spiritu-als. Quando vi aquela coreografia, eume conectei imediatamente.

FOTOS DE DIVULGAÇÃO

“Revelations”.Peça-assinaturada companhia

A companhia Alvin Ailey volta aoRio, em setembro, com umtrabalho ainda vigoroso 55 anosdepois da criação do grupo

“Petite mort”. Trabalho de Jiri Kylián foi incluído recentemente no repertório do grupo Continua na página seguinte

ISABELDELUCA

Correspondente [email protected]

S entado no sofá de sua sala, noquarto andar do prédio envidra-çado da Alvin Ailey American

Dance Theater, Robert Battle balançaas mãos no ar.— Hoje de manhã eu estava ouvindo

Haydn e comecei a ver uma coreogra-fia. Eu não fazia isso há um tempo. Sen-tado no metrô e... (intensifica os movi-mentos). Está começando, estoume co-çando para fazer alguma coisa.O problema é que Robert Battle já

temmuita coisa para fazer. Em sua se-gunda temporada como diretor artís-tico da companhia — que radicalizoua dança moderna nos Estados Unidosao ser criada para expressar a culturaafro-americana, em 1958, e hoje éuma dasmais populares domundo—,ele não tem tido tempo nem cabeçapara coreografar. Battle começa porestes dias a ensaiar o novo espetáculoda Alvin Ailey, com estreia marcadapara dezembro em Nova York, comotem sido religiosamente todos os anos(ele só adianta que cinco das peças se-rão novas, nenhuma inédita dele). Ese prepara para levar a temporada2012-2013 ao Brasil e à Argentina emsetembro (no Rio, as apresentaçõesacontecerão entre os dias 11 e 15, naCidade das Artes). São dois programascom sete coreografias ao todo, entreelas duas antigas de Battle, uma de JiriKylián e uma de Alvin Ailey, a lendária“Revelations”, que encerra as celebra-ções do grupo ao som de spiritualsdesde que foi mostrada pela primeiravez, em 1960.

“Takademe”. Obra do diretor Robert Battle é uma das sete que serão dançadas no Rio

SEGUNDA-FEIRA 8.7.2013

oglobo.com.br

NA TELADANTONMELLO ESTÁEM TRÊSFILMESESTE ANO

pág. 12

Histórias dezumbis parecemter atingido umponto culminantenos últimos doisou três anos

pág. 2DANIEL GALERA

Product: OGloboSegundoCaderno PubDate: 08-07-2013 Zone: Nacional Edition: 1 Page: PAGINA_A User: Schinaid Time: 07-07-2013 17:45 Color: CMYK

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2 l O GLOBO l SegundoCaderno l Segunda-feira 8 .7 .2013

DANIELGALERA

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Zumbis mofadosÉ possível que o gênero narrativo conhecidocomo história de zumbis tenha atingido umponto culminante nos últimos dois ou trêsanos. Alguns sinais prematuros de que essaonda ia quebrar: os filmes “Extermínio” (2002),de Danny Boyle, e “Madrugada dos mortos”, deZack Snyder; a fase de Ravenholm novideogame “Half-Life 2” (2004); apopularização das “zombie walks”. Cerca dedez anos depois, com a consagração dafranquia “Walking dead” (série de TV,quadrinhos, videogame) e a enésimasuperprodução commortos-vivos invandindoos cinemas, me vejo obrigado a reconhecer acompetência narrativa e técnica de muitosdesses produtos e ao mesmo tempo resmungarcomigo mesmo: chega, né? Cansou.

N os filmes de George Romero, o zumbi babão,cambaleante e sedento de cérebros era comfrequência uma crítica à sociedade de consu-

mo—omorto-vivo, esses filmes insinuavam, é o bur-guesinho alienado e sedentário que se arrasta peloscorredores do hipermercado. Na última década, ozumbi passou a ser veículo de outras críticas e ansei-os: superpopulação, pesquisa genética, ecologia. Emtodos os casos, o que importa é que o zumbi é um serhumanodestituídode suahumanidade. Sendo assim,é um inimigo aomesmo tempo reconhecível e anôni-mo, próximo e distante. O drama se repete: o heróiprecisamatar umamigo ou familiar contaminado. Nofim tá tudo bemporque, em tese, não podemosmatarzumbis: eles já estãomortos. Sua hostilidade é apenasum reflexo pós-morte. Podemos dizimá-los emmassasem qualquer implicação moral ou ética. São menosque baratas ou micróbios. São uma desculpa para lu-tarmos pela sobrevivência e travar guerras sangrentascontra ninguém em especial. Um elemento narrativobastantemaleável, seja comometáfora social oumeropretexto para a carnificina estetizada.O jogo de Playstation3 “The last of us”, lançado há

poucas semanas, talvez seja vistono futurocomomar-co do esgotamento do zumbi como tropo narrativo.Promovido por meses como uma história de sobrevi-vêncianummundopósapocalíptico, ele é, comefeito,umahistóriade zumbique se recusa a ser rotulada co-mo tal. O termo “zumbi” não aparece nenhuma vez,mas é nisso que se transformam os humanos conta-minados por uma mutação de um fungo do gêneroCordyceps, aquele que controla a mente de vespas etarântulas, o “fungo zumbi”. As vítimasnão são apenaspessoas doentes ou condenadas a morrer. São pesso-as que jámorreramoudeixaramde ser humanas.Nãohá problema nenhum emmatá-las.Os humanos “mofados” se transformamemmáqui-

nas assassinas, praticamente erradicam a populaçãohumana e forçam os poucos sobreviventes a seremtambémassassinos, caso pretendamcontinuar sobre-vivendo. É nesse contexto, vinte anos após o fimda ci-vilização, que assumimos o controle de Joel, um ma-tador e contrabandista de rosto enrugado e cabelosgrisalhos que é contratado para levar umamenina decatorze anos, Ellie, até um um reduto de rebeldes queainda procuram a cura.No aspecto técnico e artístico, “The last of us” apre-

senta um virtuosismo de fazer cair o queixo. O jogo élindo e desolador ao mesmo tempo. Pilhas de ferro-velho e corpos humanos dividem espaço com poçasd’água espelhando alvoradas coloridas e prédiosabandonados invadidos por vegetação exuberante.A mecânica combina elementos de sobrevivência

(vasculhar os cenários em busca de remédios e equi-pamento), “stealth” (esgueirar-se para surpreender ounão ser notado) e tiro (dispensa explicações). Nessesentido, o jogoédesafiador e envolvente,mas seria es-tranho, no caso dele, falar emprazer ou diversão, poisos combates são marcados por uma violência realistae o clima todo é lento e sombrio. Há longos trechosemque Joel e Ellie apenas perambulampor vielas, tú-neis ou amplos cenários, recolhendo mantimentos ecriando novas rotas de acesso, enquanto conversamsobre banalidades ou traumas dopassado. São osme-lhores momentos, e em muitos casos fiz questão deandar devagar para absorver as imagens e silênciosentre uma sequência de ação e outra.Os momentos de beleza e sutileza narrativa são

quase arruinados por um desfile frustrante de cli-chês de histórias de zumbi. Digo quase, porque nashoras finais tudo muda. Há legítimas surpresas euma conclusão que não comentarei para não estra-gar a experiência de ninguém, mas que levantaquestões complexas, tanto do ponto de vista psico-lógico dos dois protagonistas quanto da perspecti-va ética sobre o valor da vida humana. É só nos últi-mosmomentos que “The last of us” revela o que es-tava em jogo o tempo todo, e a provocação teria ca-lado mais fundo se a epidemia letal tivesse deixadono planeta somente uns poucos humanos. O joga-dor mais crítico poderá se perguntar se os mortos-vivos não estavam sobrando nessa história. Se fos-sem retirados, restaria uma obra-prima. l

SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA SÁBADO DOMINGODANIELGALERA

Pelomundo

FRANCISCOBOSCO

Pelomundo

HERMANOVIANNA

JOSÉMIGUELWISNIK

CAETANOVELOSO

ANAPAULASOUSA

EDUARDOGRAÇANOVA YORK

LONDRES

EDUARDOLEVYLOS ANGELES

A FORÇA DADANÇACONTINUAÇÃO DA PÁGINA 1

O s 30 bailarinos da com-panhia participam dojá clássico grand finale

— cinco deles foram contrata-dos na gestão de Battle, nas fa-mosas (e disputadas) audiçõesanuais da Alvin Ailey. O públi-co reage com fervor, como seviu em junho, no Lincoln Cen-ter, em Nova York, nas últimasapresentações antes das datasno Brasil.— A recepção sempre emoci-

onada aos trabalhos da compa-nhia é um reflexo do próprioAiley e do seu espírito. Um es-pírito muito aberto, que vempelas suas coreografias, especi-almente em “Revelations”, e noseu legado como um todo. Acompanhia começou no tempodomovimentopelos direitos ci-vis, e Ailey e seus bailarinos ti-nham algo para comunicar. Is-so permaneceu no sangue dacompanhia. Podemos estar di-zendo coisas diferentes, maselas ainda vêm desse lugar dequerer se conectar com a audi-ência e falar de uma coisa queestá lá dentro. As pessoas têmuma relação com a companhianão só como espectadoras, e is-so está na cultura afro-america-na: sempre soubemos que pre-cisamos uns dos outros— diz odiretor, que já dançou duas ve-zes com a Parsons Dance noBrasil e chegou a fazer uma via-gem de barco na Amazônia. —Estou curioso para ver a reaçãoda plateia brasileira l

DIVULGAÇÃO/ANDREW ECCLES

Robert Battle. Fã se tornou diretor

Um Municipalpara o século XXIS aindo de Botafogo, no sá-

bado, às 18h, de carro,cheguei à Cidade das Ar-

tes às 19h15 (o concerto da Pe-trobras Sinfônica era às 20h).Moral da história: num sába-do, é viável (não me pergun-tem pelos dias de semana). Euestivera ali há quatro anos, nainauguração provisória. Senti amesma emoção: é um espaçoformidável. Pensandobem, es-tá para o século XXI como oTeatro Municipal estava para oRio da Belle Époque. Tem tudopara dar certo. Faltam algumasdefinições.À frente da Petrobras Sinfô-

nica, microfone na mão, IsaacKarabtchevsky estava em seusdias de grande comunicador.O discurso tinha tudo a vercom política musical e com aadministração municipal (eleé o “querido amigo” do prefei-to Eduardo Paes). Isaac, comtoda razão, mostrou-se como-vido com o concerto históricoque reinaugurava a sala (com aPetrobras, registre-se, e nãocom a OSB). Criticou os quequerem limitar o alcance daC.A. — segundo ele, espaçopara todas as artes.Não deixa de ter razão. Mas

fica no ar a questãoOSB—queestá sendo debatida por umgrupo de amantes da música.A Cidade das Artes foi feita pa-

ra ser a sede da OSB. Não háorquestra boa sem sede, semlugar para ensaio.Depois desse estágio inicial,

muita água rolou por debaixoda ponte. Apareceram os cus-tos altos de manter a então Ci-dade da Música. O atual ecle-tismo da programação reflete anecessidade de angariar recur-sos. E nesse meio tempo, aOSB quase cometeu harakiricom a grande crise de 2011.Mas ela continua precisando

de uma sede. A questão Cida-de das Artes não deveria serprematuramente encerrada.Antes que eu me esqueça, a

orquestra tocou bem, com umrepertório quemisturava satis-fatoriamente o nacional e ouniversal. A abertura ficoucomoPrelúdio das “Bachianasnº 4”, em que as cordas deramboa conta do recado. Era mes-mo emocionante ver Villa-Lo-bos inaugurando uma grandesala de concerto.

Veio depois o irresistível“Mourão”, de Guerra-Peixe,que John Neschling andou to-cando pela Europa com aOsesp. O Beethoven estavacorreto (“Leonora nº 3” e “Co-riolano”). E depois do “Pon-teio” de Claudio Santoro, doisgrandes Wagner (“Tristão” e“Tannhäuser”) completaram oque se poderia chamar de “aconsagração da casa”.Acústica boa;mas pode (pre-

cisa) melhorar. l

Karabtchevsky. À frente da orquestra, o maestro, comovido, defendeu o uso ilimitado do espaço para todas as artes

DIVULGAÇÃO/CINTIA PIMENTELLUIZ PAULOHORTA

[email protected]

A Orquestra Petrobras Sinfônica regida pelo maestro Isaac Karabtchevsky inaugura,com uma boa apresentação, a programação de música clássica da Cidade das Artes

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Segunda-feira 8 .7 .2013 l SegundoCaderno l O GLOBO l 3

A MARCA DE

CORTÁZARD epois de quatro anos de trabalho, em 28

de junho de 1963, o escritor argentinoJulio Cortázar finalmente publicou sua

obra mestra, “O jogo da amarelinha”, desde en-tão, traduzida em 30 idiomas e ainda um suces-so editorial no mercado hispânico, onde vende30mil exemplares por ano. A comemoração dos50 anos de um dos livros mais importantes dahistória da literatura latino-americana é o pri-meiro evento de uma série de homenagens queserão feitas a Cortázar em 2014, no centenáriode seu nascimento (26 de agosto de 1914) e,também, trigésimo aniversário de suamorte (12de fevereiro de 1984).A celebração começou com uma exposição

sobre as primeiras cinco décadas de existênciade “O jogo da amarelinha”, no canal de TV esta-tal, localizado no bairro portenho de Palermo.Segundo a diretora da Casa do Bicentenário,uma das instituições envolvidas no projeto, Li-liana Piñeyro, a mostra “é apenas uma pincela-da na vida de Cortázar”. Também participamdas iniciativas em torno do centenário a Secre-taria de Cultura do governoCristina Kirchner, aBiblioteca Nacional, o Museu Nacional de Be-las Artes, o Museu do Livro e da Língua e a TVPública.— Decidimos fazer uma apresentação do que

será o centenário de Cortázar, que incluirá dife-rentes atividades emBuenos Aires e tambémnacidade de Chivilcoy (província de Buenos Ai-res), onde o escritor trabalhou como professorantes de rumar para a França, na década de1950 — contou Liliana ao GLOBO.Na mostra recentemente inaugurada, os

amantes do escritor podem ver as fotografiasde Sara Facio (sua amiga pessoal e autora de

seus melhores retratos), 30 primeiras ediçõesde seus livros, todas as edições de “O jogo daamarelinha” e, também, ouvir áudios do escri-tor lendo sua obra mais famosa.—Sua voz era tão particular como seu aspecto

físico. A ideia é que os visitantes possam ler eouvir Cortázar— disse a diretora da Casa do Bi-centenário.Também foi destacada uma história em qua-

drinhos, descoberta há nove anos, “La raiz del

ombu”, que Cortázar fez em parceria com o ar-tista plástico Alberto Cedron, falecido em mar-ço de 2007.— Esse trabalho é muito interessante. Cortá-

zar e Cedron conversavam por telefone e cadaum fazia a sua parte. Somente no final se encon-traram para unir o material — lembrou Liliana.A editora Alfaguara lançou, mês passado,

uma edição especial e limitada de “ O jogo daamarelinha”, com uma breve explicação de

Cortázar sobre o processo de elaboração danovela que, para muitos críticos e colegas, re-volucionou a literatura latino-americana. Navisão do argentino Ricardo Piglia, “com o pas-sar do tempo, o que mais perdurou foi sua es-trutura de collage, de uma obra quase concei-tual”. Já o peruanoMario Vargas Llosa afirmouque “nenhum outro escritor deu ao jogo a dig-nidade literária que deu Cortázar, nem fez dojogo um instrumento de criação e exploraçãoartística tão proveitoso. A obra de Cortázarabriu portas inéditas”.

ORDEM RELATIVAO escritor contou, em entrevista publicada pelaimprensa argentina e lembrada este ano pelojornal “Clarín”, como foi a construção de “O jo-go da amarelinha”: “Somente quando tive todosos papéis em cima de uma mesa, toda essaenorme quantidade de capítulos e fragmentos,senti a necessidade de ter uma ordem relativa.Mas essa ordem nunca esteve emmim antes oudurante a execução de ‘O jogo da amarelinha’.Escrevia longos trechos, sem ter a menor ideiade onde iriam parar e a que respondiam”.A primeira edição do livro, de quatro mil

exemplares, esgotou-se no primeiro ano. O edi-tor foi Paco Porrúa, que era amigo de Cortázar.Após amorte do escritor, foramconhecidas car-tas enviadas por ele a Porrúa, nas quais fala so-bre “O jogo da amarelinha”: “O resultado seráuma espécie de almanaque, não encontro me-lhor palavra. Uma narração feita de múltiplosângulos, com uma linguagem às vezes tão bru-tal que eu mesmo sinto rejeição pela releitura eduvido que me atreva a mostrá-lo a alguém.Outras vezes, tão puro, tão pouco literário”.Biógrafos de Cortázar como Emilio Fernán-

dez Chico, autor de “El secreto de Cortázar”(“O segredo de Cortázar”, editora Universidadde Belgrano), abordaram a insegurança do es-critor, que chegou a queimar a novela “Solilo-quio”, na qual contava a história real de seuamor platônico por uma aluna, chamadaCoca.Fernández Chico relevou ainda que ele negou-se a publicar muitos textos, sobretudo anterio-res à década de 1940, quando ainda era umdesconhecido em seu país.No Natal de 2006, Aurora Benítez, viúva de

Cortázar (ela foi sua primeira esposa, mas este-ve ao seu lado até o final e foi escolhida sua her-deira) decidiu compartilhar com o editor ar-gentino Carlos Álvarez Garriga obras inéditasdo escritor, que terminaram se transformandono livro “Papéis Inesperados”. Para FernándezChico e outros especialistas em Cortázar, nãoestá e nunca ficará claro se o lançamento teriasido aprovado pelo escritor, cujos restos des-cansam no cemitério de Montparnasse, juntoaos de sua terceira mulher, Carol Dunlop.l

A celebração dos50 anos de ‘O jogoda amarelinha’, livroemblemático dacarreira do escritor,dá início a série dehomenagens pelocentenário deseu nascimento,em 2014

DIVULGAÇÃO

Buenos Aires. Na exposição, as edições de “O jogo da amarelinha” e áudios de Cortázar lendo a sua obra mais famosa

JANAINAFIGUEIREDO

Correpondente emBuenos [email protected]

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4 l O GLOBO l SegundoCaderno l Segunda-feira 8 .7 .2013

| Obraemprogresso |

Marilá DardotDIVULGAÇÃO

Cores, nomes. “Amarelo, João”, com verso de João Cabral

A mineiraMarilá Dardot colecionou versos depoetas brasileiros — João Cabral de MeloNeto, Manoel de Barros, Murilo Mendes e

Paulo Leminski — para seu novo trabalho. Os tre-chos que escolheu têm a cor como tema. De Ma-noel, pinçou: “O azul me descortina para o dia”. DeJoão Cabral, “amarelo vegetal, alegre de sol livre”.A série, batizada de “Cores, nomes” (tal qual o

disco de 1982, de Caetano Veloso), forma a primei-ra individual da artista na Silvia Cintra + Box 4, emsetembro. São, ao todo, seis trabalhos, com cores eversos, que serão distribuídos pelas paredes da ga-leria. Marilá manteve a tipologia original dos li-vros, escaneou as frases e ampliou em papel algo-dão. Cada folha recebe intervenção comguache damesma cor que o poeta eleito descreve. A tinta vaitransbordar do papel e alcançar a parde. l

Visões da acolhida

Se tomarmos o étimo latinode fora, fores significa “aporta da casa”; em grego,

“a soleira”. Mais do que o limiarde um lugar, é a exterioridadeque dá acesso, abertura àquiloou àquele que vem. Mas quemhabita a casa? Há uma terra na-tiva, originária, ontológica, doqual derivo e reconheço minhaface? Há um “onde” que nostraduza? Ou é essa impossibili-dade, esse desterro constitutivoque nos faz existir?“Visões do desterro”, com cu-

radoria deFelipe Scovino e Jor-ge Espinho, traz a produção re-cente de 11 artistas portugue-ses, de três gerações, que tra-balham com variados supor-tes. Dividida em quatro passos(Sonho, Viagem, Encontro eDesterro), a mostra, que a Cai-xa Cultural abre hoje, paraconvidados, e amanhã, para opúblico, temcomoquestão de-flagradora o impulso de partir,o desejo de outros lugares etempos, do encontro com o es-tranho próximo, do anseio pormundos distintos. Impulsoque fez, dos portugueses, gran-des navegantes e hóspedes domar — esse arquétipo de mo-bilidade e deriva, de descober-ta e extravio, tantas vezes de-cantado na poesia portuguesacomo um signo lusitano.“Sem associar este impulso

estritamente à relação Brasil/Portugal,mas aosprocessosmi-gratórios de deslocamento edesterritorialização”, os curado-res buscam “mapear simbolica-mente” esse impulso, pergun-tando-se sobre “o que é o des-terro, de que lado ele está, queestranheza aguarda o regresso”.

MAÇÃS MORDIDASA partida. Em “1/3”, de IsaquePinheiro, maçãs mordidas demármore rosa formam umenorme terço de um rosário.Entre a placidez feliz da origeme o desejo de experimentar oprazer de cair, o homem prefe-riu o segundo, por isso é indis-sociável do signo da queda e dodesvio: sempre esteve no lugarerrado, o desterro é a condiçãode sua humanidade. O reen-contro buscado e prometido —quecorrigiria a semelhançadis-torcida e devolveria a comuni-cabilidade entre seres e coisas— esteve sempre suspenso.DomSebastiãonunca retornou.Mas não é justamente a perple-xidade inesgotável em ummundo sempre a conhecer,sempre a situar, sempre a no-mear, que impulsionaria as via-gens e as artes? Por isso, talvez,João Ferro Martins nos põe aouvir as distâncias nas conchase a falar com as pedras, aindaque estas permaneçam em re-

soluta surdez e silêncio.O outro. “Não há nada menos

solipsista do que a arte”, dissecerta vez o filósofo Jean-LucNancy, já que ela demanda oolhar e o encontro com o outro.Mas estenãoéo reflexonegativode simesmo.Não se busca o ou-tropara se reconhecer, nemparase completar em substância,mas para existir, para ser com-posto com sua diferença, dissol-vido e reinventado, doce e feroz-mente. A existência é esta insufi-ciência, o excesso de uma faltaque transparece na paisagemdeAndré Cepeda, ou se exibe nasolidão das figuras exiladas dotempo e lugar reconhecíveis dasfotografias de JorgeMolder.A chegada. O estrangeiro po-

de corromper o costume, a or-dem familiar dos dias. Para re-duzir a ameaça de sua estra-nheza, é preciso uma violência

em sua acolhida: assemelhá-loe suprimir sua singularidade.Como o banco de praça envoltoem uma nuvem de arame far-pado, de Rui Calçada Bastos.À porta. Um lugar que não é

lugar. Nas soleiras, rodapés emolduras de portas de NunoSousa Vieira, desconstruídos etranspostos de outros sítios, étambém sua condição de pas-sagem e abertura que é deslo-cada e oferecida. Talvez o lugarnão deva pertencer nem àque-le que hospeda, nem ao convi-dado,mas ser “o gesto quepeloqual um oferece acolhida aooutro”, como postulou Derridaao propor uma hospitalidadeabsoluta e sem álibi, que cedacasa e lugar ao desconhecidoque chega, sem impor-lhe ne-nhuma condição. Toda umapoética e uma ética passampor esta porta. l

FOTOS DE DIVULGAÇÃO

“Visões dodesterro”. Obrade AndréCepeda da série“Ontem” (2006):o excesso deuma falta quetransparece napaisagem

Mostra que será aberta hoje, na Caixa Cultural, reúne, sob variados suportes, aprodução recente de 11 artistas portugueses, de três diferentes gerações

Obra de JorgeMolder. Nasérie “Não temque me contarseja o que for”(2006-2007), asolidão dasfiguras exiladasdo tempo e lugarestá estampadanas fotografias

“Visões do desterro”

Caixa Cultural

MARISAFLÓRIDO

[email protected]

Artes

Crítica

A mostra temcomo questãodeflagradora oimpulso de partir,o desejo de outroslugares e tempos,do encontro com oestranho próximo,do anseio pormundos distintos.

Artes VisuaisAUDREYFURLANETO

HojelObras de 11 artistas portuguesescompõem a exposição “Visões dodesterro” (leia mais na críticaacima), com abertura na CaixaCultural (3980-3815).

AmanhãlO Museu Nacional de Belas Artes(2219-8474) abre, às 19h, duasexposições: “Herança do Sagrado:obras-primas do Vaticano e demuseus italianos”, com 105 obras,e “Oratórios — Relíquias doBarroco Brasileiro”, com peças doMuseu do Oratório, de Ouro Preto.lA galeria Fotospaço (3576-9362)

dá início, às 19h30, ao seminário“Imagens de um terceiro gênero”,em torno da exposição de fotos deAna Carolina Fernandes, queregistrou a vida de travestis naLapa. Ela participa do encontrocom o curador Eder Chiodetto.Com inscrições a R$ 80, oseminário segue na quinta-feira enos dias 16 e 18 de julho.lOs fotógrafos Felipe Varanda eRoberto Rosa inauguram, às 19h,as mostras “Arqueologia de futurasruínas — primeiras evidências” e“Cidades inventadas”,respectivamente, na MansãoFigner (4002-2002), do Senac,

pela programação do FotoRio.

Quarta, dia 10lA Casa Daros (2138-0850) traz ocolombiano Rosemberg Sandovalpara curso gratuito sobre arte naColômbia, às 16h. As inscriçõespodem ser feitas pelo [email protected] Museu de Arte Moderna(3883-5600) promove, às 16h, osegundo debate da série “MAM narua”, sobre as manifestações quevem ocorrendo no Brasil. O debate,gratuito, será realizado naCinemateca do Museu e terá aparticipação do artista Carlos Zilio,

do crítico e curador de PauloSergio Duarte, do professor da UFFCezar Migliorin e do professor daPUC-Rio, Frederico Coelho.lO Oi Futuro (3131-3060) abre, às11h, a exposição de fotografia“Essas coisas verdes”, do fotógrafoamericano Pat Kilgore.

Quinta, dia 11lA exposição “Antanas Sutkus:um olhar livre”, em cartaz noCentro Cultural Correios(2253-1580), apresenta, às16h30m, no teatro da instituição,debate gratuito com com ofotógrafo Antanas Sutkus, o

curador Luiz Gustavo Carvalho e ocoordenador de fotografia doInstituto Moreira Salles, SergioBurgi.

Sábado, dia 13lO MAM inaugura, às 16h, aexposição “Tempo para Respirar”,da carioca Maria Nepomuceno. Elaocupa o chamado espaçomonumental do museu, com umagrande instalação, de 2012,apresentada pela primeira vez nagaleria Turner Contemporary, emLondres. A obra é feita com contasde colar, palha, cordas, cerâmica,fibra de vidro, madeira e móveis.

lAlexandre Dacosta abre aexposição “Percursos deCoexistências Improváveis”, às 17h,no Museu de Arte Contemporâneade Niterói (2620-2400). Sãopinturas, esculturas, objetos evídeos criados entre 2007 e 2013.

Domingo, dia 14lÚltimo dia para conferir “Elles:mulheres artistas na coleção doCentro Pompidou”, no CentroCultural do Banco do Brasil(3808-2020).lA exposição “O abrigo e oterreno” se despede do Museu deArte do Rio (2203-1235).

aAgenda

| Pinceladas |

A Christie’s fará emsetembro um leilãosó com obras quetenham a imagemde Kate Moss. Nolote, avaliado emUS$ 1,5 milhão, háde uma tapeçariaassinada pelobadalado artistaamericano ChuckClose a fotografiasfeitas por AnnieLeibovitz, MarioTestino, IrvingPenn, entre outros.Do inglês AllenJones, por exemplo, há um clique da musacoberta com purpurina dourada (na foto acima).

‘Então’ segueMariana Manhães foi uma das vencedoras daBolsa Funarte de Estímulo à Produção em ArtesVisuais. Receberá R$ 40 mil para seguir com asérie “Então”, que já teve exemplares expostos deSão Paulo a Xangai. “Artista-inventora”, ela criainstalações que são comomáquinas orgânicas.

REPRODUÇÃO

Quem dá mais por Kate Moss?

| Dicadeartista |

““Glauco Rodrigues.Acredito que a obra deleé de uma atualidadeferoz em vista dos

eventos que o Brasil está vivendo.Sua pintura coloca a questão dabrasilidade, do que pensamos quesomos e do que queremos ser. Suacarinhosa radiografia do Brasil podeser de grande utilidade às reflexõesque teremos que levar agora e nofuturo próximo”

Roberto Cabot

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Segunda-feira 8 .7 .2013 l SegundoCaderno l O GLOBO l 5

| GenteBoa |

CLEOGUIMARÃES (INTERINA)

[email protected], ISABELABASTOS ETHAMINELETA

Papa vira estátuaUma estátua em tamanho natural doPapa Francisco está guardada a setechaves no comitê da Jornada Mundialda Juventude, na Glória. Ela seráusada, segundo os organizadores doencontro, como “peça de divulgação”,num roteiro pela cidade que aindaserá definido.

Cerveja com a DilmaO Ibope foi às ruas perguntar comquem o brasileiro gostaria de “tomaruma cerveja.” Numa lista liderada peloapresentador Rodrigo Faro, com 8%das lembranças espontâneas, chamoua atenção o empate de Luciano Huckcom a presidente Dilma, ambos com6% dos votos. Foram ouvidas 1.956pessoas em todo o Brasil. Pelé teve 5%.

Batom cor de bocaO Senado Federal comprou R$2.061,75 em produtos de maquiagem.Segundo a nota de compra emitida noúltimo dia 2, a casa encomendou 25sprays de cabelo (extra forte), três lápispretos para os olhos, seis baseslíquidas, 15 pós compactos e seisbatons “cor de boca”. Em outracompra, vai gastar R$ 4.452 em setesecadores de cabelo. O levantamento éda ONG Contas Abertas.

Aconteceu em CopacabanaDepois de ter o celular roubado na Av.Nossa Sra. de Copacabana no velhogolpe do esbarrão — um casal trombana vítima e, quando a ajuda a levantar,aproveita para tirar sorrateiramentealguma coisa de sua bolsa — umavelhinha logo em seguida pegou umônibus rumo ao Centro. Quem entroudois pontos depois? Sim, o casal.

Final feliz“Vocês não vão sair daqui!”, disse asenhorinha, que, no Aterro doFlamengo, chamou, da janela doônibus, um policial na rua e lhecontou a história. Ela saiu aplaudida efoi, com o guarda e os ladrões, para a9ª DP, no Catete. Lá os bandidos foramrevistados e presos em flagrante pelodelegado Carlos Abreu.

João Pinheiro faz show hoje no TeatroRival Petrobras.Lidio Carraro criou vinho exclusivo paraPorcão e Garcia &Rodrigues.Tio Samba lança clipe com show gratuito,hoje, na Livraria da Cultura, Centro.Tarsila, marca de bolsas e sapatos de Va-nessa Reis, abriu loja no Quartier Ipanema.Jorge Salomão apresenta o espetáculo “ÉBandeira!”, com poemas de Manuel Bandeira,amanhã, 12h30m, no Teatro Sesi.Casa de Artes do Terreirão abriu inscriçõespara curso de Comunicação e Expressão.

UCurtinhas

“Cara, que vista é essa?”, des-lumbra-seDébora, na cobertu-ra, indecisa entre olhar o marou a Lagoa. Com seu celular,ela fotografa a piscina de umângulo em que a água parececair nomar. “Vai instagramar?”,pergunta Fernanda.l

Produzido por Augusto Casé,da Casé Filmes, “Muita calmanessa hora 2” segue o mesmoespírito do primeiro, com pe-quenos dramas pessoais entre-meados a zoações a cantoressertanejos, gente esotérica de-mais e chatos em geral.l

Estrella, personagem deDébo-ra, vai continuar andando pralá e pra cá com uma samam-baia. “Ando na rua e gritam:‘cadê a samambaia?’”, diz.

Os bastidores da filmagem comMarcelo Adnet em Ipanema

PRAIA DE PAULISTA, MEU!

Augusto Henrique, o per-sonagem paulistão queMarcelo Adnet interpre-

tou em “Muita calmanessa ho-ra”, está de volta ao Rio. Nacontinuação do filme, que tevecenas gravadas semana passa-da, em Ipanema, ele paga mi-cos clássicos de quem não estáacostumado ao mundo praia-no. Da farofada na areia ao cal-do no mar, não faltou nada.l

O set está montado na praia eAdnet, ou melhor, AugustoHenrique, é um corpo à mila-nesa, depois de uma vaca mo-numental no mar. “Ele chegade camisa social, mocassim eaquela pulseirinha do equilí-brio ridícula”, brinca o ator.l

“Meu! Mar é legal, mas respei-to, né,meu...”, diz ele, ainda en-gasgado por causa do caldo, àsua parceira de cena, AndreiaHorta. Ela veste um roupãobranco no intervalo das filma-gens para não ficar pagandobiquíni para o pessoal da areia.l

A próxima cena é no restau-rante do hotel, onde o quartetode protagonistas — Andreia,Gianne Albertoni, DéboraLamm e Fernanda Souza — sereencontra três anos depois daviagem a Búzios, cenário doprimeiro filme.

FOTOS DE MARCOS RAMOS

Sentada na canga. Andreia Horta grava uma cena em Ipanema, com um vendedor de biquínis e chapéus ao fundo

Vista para omar. Gianne Albertoni

Augusto Henrique.Marcelo Adnet volta a interpretar o paulista sem noção

Garçom com cara de azedoDJ Memê foi ao Sushi Leblon e contaque “o atendimento, estranhamenteamador, com pedidos não atendidos egarçons passando o braço na minhacara para tirar os copos” fez com queoptasse por não pagar os 12% deserviço. “O garçom então fez cara deazedo”, diz, “e não queria aceitarcartão de débito.” Depois de um bomtempo tentando convencer o DJ a sairdo restaurante para sacar o dinheiro,acabou aceitando o cartão. “Pra quetodo aquele teatrinho? Pra que criaressa situação?” pergunta Memê.

O outro ladoO Sushi Leblon confirma que nãotrabalha com cartões de débito,apenas crédito, “e que essa é umadecisão que cabe ao restaurante”.

Um carinho da FernandonaDe Fernanda Montenegro, sobre asgalinhas vivas com as quaiscontracena na nova versão de“Saramandaia”: “Elas ficam um poucoirrequietas e nervosas durante agravação. Mas eu as pego no colo, façoum carinho na cabeça, e pronto.”

Sabe aquele clássico casaquinhoamarrado na cintura para esconder ascelulites marcadas em calças de lycrae leggings? Foi substituído por umamalha feita especialmente para estafunção. É o “tapa bumbum”, que jápode ser visto nas academias dacidade e na mulherada que passeiapelo calçadão — da Barra,principalmente. Sites e lojas vendem opaninho por cerca de R$ 40.

Tapa bumbum. Pano esconde imperfeições

REPRODUÇÕES

Casaquinho é passado

Nem Bob Marley aguenta

“Se uma pessoa fumar isso tudo nãovolta nunca mais!”, brincouHugoCarvana diante deste supercigarro,nas gravações de “Casa da mãe Joana2”. Feito com artemísia — uma erva deuso medicinal, fumável e consumidacomo chá— o cigarro imita umbaseado e será fumado por José Wilkerno longa, dirigido por Carvana, e comestreia prevista para setembro.

DIVULGAÇÃO

De artemísia. Hugo Carvana e o cigarro

Vai deixar saudadesA coluna cumpre o doloroso dever deanunciar que, depois de 54 anos deatividades, a Plásticos Ipanema, naVisconde de Pirajá, fechará as portasem agosto. Último representante de umcomércio típico dos anos 60 no bairro,sucumbiu ao valor arrepiante doaluguel (de R$ 33mil passaria para odobro) e à falta de movimentoprovocada pelas lojas de R$ 1,99.

Gilberto Gil e a jornalista Regina Zappalançam o livro “Gilberto bem perto”(Nova Fronteira), hoje, às 19h, na Livra-ria da Travessa (3205-9002). A biografiaaborda a trajetória de Gil, desde a Tro-picália até os dias atuais, incluindo otempo em que ocupou o cargo de Mi-nistro da Cultura, entre 2003 e 2008, nogoverno Lula. A obra, escrita pela duplaem parceria, surgiu a partir do desejodo próprio artista, que completou 71anos em junho, emexpor, pela primeiravez, os detalhes de sua vida e seu traba-lho, incluindo seus dilemas e amores. l

Artista lança biografia naLivraria da Travessa

GilbertoGil

Morrissey (foto) vai lançar em agostoum DVD ao vivo em comemoração aosseus 25 anos de carreira. “Morrissey 25:Live” vai trazer o registro de uma apre-sentação do ex-cantor do The Smithsem Los Angeles em março deste ano,incluindo músicas como “Meat is mur-der” e “Everyday is like sunday”. O artis-ta britânico, que teve que cancelar umaturnê nos EUA no começo do ano porcausa de uma úlcera, vai se apresentarnovamente no Brasil, com shows mar-cados para São Paulo (30/07), Brasília(2/08) e Rio (4/08, no Citibank Hall). l

O ex-cantor do The Smithsvai lançar um DVD ao vivo

Morrissey

A cantora Teresa Cristina e sua mãe,Dona Hilda, iniciam a série “Filho depeixe”, na próxima quinta-feira, às 19h,no Teatro de Arena da Caixa Cultural(3980-3815). O evento vai reunir, até odia 14, gerações diferentes de artistasda MPB. Na sexta-feira, dia 12, vão seapresentar o compositor Ivo Lancellot-ti, ao lado do filho, Alvinho. No dia se-guinte, vai ser a vez de Monarco, quevai cantar ao lado da neta, a cantora Ju-liana Diniz. O encerramento, domingo,será com o encontro de Moraes Morei-ra e Davi Moraes. A entrada é franca. l

Série ‘Filho de peixe’começa quinta na Caixa

MPBemfamíliaDIVULGAÇÃO

EXPEDIENTE l EDITORA: FÁTIMA SÁ [email protected] l EDITORES ASSISTENTES: BERNARDO ARAUJO [email protected], CRISTINA FIBE [email protected], DEBORA GHIVELDER [email protected], NANI RUBIN [email protected], SUZANA VELASCO [email protected] l

DIAGRAMAÇÃO: ANDERSON BARBOZA E CRISTINA FLEGNER l TELEFONES: REDAÇÃO: 2534-5703 l PUBLICIDADE: 2534-4310 [email protected] l CORRESPONDÊNCIA: Rua Irineu Marinnho 35, 2º andar. CEP: 20233-900

Product: OGloboSegundoCaderno PubDate: 08-07-2013 Zone: Nacional Edition: 1 Page: PAGINA_E User: Schinaid Time: 07-07-2013 17:21 Color: CMYK

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RioShow

> 'Além da escuridão - Star Trek'. Ficção cien-tífica. "Um filme no qual a dinâmica em-polga." (Arnaldo Bloch)

> 'A caça'. Drama. "Montagem primorosa,elenco excepcional." (Susana Schild)

> 'César deve morrer'. Drama. "Uma obra vi-va e inconformada diante da exclusão."(Rodrigo Fonseca)

> 'Depois de maio'.Drama. "Uma história so-bre amadurecimento — do diretor e o detodos aqueles que compartilharam as pre-ocupações de sua geração." (André Miranda)

> 'A espuma dos dias'. Comédia dramática."Elogio surrealista à plenitude do amor." (Ro-drigo Fonseca)

> 'Tabu'.Drama. "O filme é uma porta de entra-da para um cinema mais expressivo." (AndréMiranda)

> 'Os amantes passageiros'. Comédia. Para Ro-drigo Fonseca, aplaude sentado: “A fotografiafaz o filme decolar”. Para André Miranda, dor-me: “Decepcionante para quem sempre es-pera algo surpreendente de Almodóvar.”

> 'Antes da meia-noite'. Drama. "Fruto de matu-ridade, em todos os níveis, do diretor Richard

Stuart Linklater." (Rodrigo Fonseca)

> 'A datilógrafa'. Comédia romântica. "Diverti-do retrato social de uma época." (André Miran-da)

> 'Dossiê Jango'. Documentário. "O filme é umconvite à reflexão." (Consuelo Lins)

> 'Elena'.Documentário. " Petra Costa faz lindofilme que é a expressão de sua reinvenção."(Consuelo Lins)

> 'Faroeste caboclo'. Drama. "Um filme repletode méritos." (Daniel Schenker)

> 'Ferrugem e osso'.Drama. "Filme une a dor e afrieza com naturalidade e sem apelação." (An-dré Miranda)

> 'Hannah Arendt'. Drama. "Um retrato fasci-nante dessa personagem." (Ely Azeredo)

> 'Amemória queme contam'.Drama. "As armasde Lúcia Murat, na tela, são lirismo, intensaafetividade e irresistíveis emoções." (Ely Azere-do)

> 'Minhamãe é uma peça'.Comédia. "No elenco,alinhado com a proposta, todos brilham."(Mario Abbade)

> 'Qual é o nome do bebê?'. Comédia. "Num fil-me de matriz teatral, o riso é uma força oni-presente." (Rodrigo Fonseca)

> 'O que traz boas novas'. Comédia dramática."Um filme em que os verbos ensinar e educarnão parecem pertencer à mesma conjuga-ção." (Marcelo Janot)

> 'Querida, vou comprar cigarros e já volto'.Comé-dia. "A performance do veterano Emilio Disi ea deliciosa narração fazem do filme no míni-mo uma divertida fantasia cômica." (MarceloJanot)

O BONEQUINHO VIU...

6 l O GLOBO l SegundoCaderno l Segunda-feira 8 .7 .2013

Continuação> ‘As horas entre nós’. Texto: Virginia Wolf.Adaptação e direção: Joelson Gusson. Com Caroli-na Ferman, Cristina Flores, Cris Larin e outros.Adaptação do romance “Mrs. Dalloway”, a peçatranspõe a ação do fim da Primeira Guerra Mundialpara o Brasil dos anos 70 e conta a história de umasocialite que repensa a vida após reencontrar seuprimeiro amor.Espaço Cultural Sérgio Porto: Rua Humaitá 163,Humaitá — 2535-3846. Sex, sáb e seg, às 21h.Dom, às 20h. R$ 30. 85 minutos. Não recomen-dado para menores de 12 anos. Até 15 de julho.

> ‘Maravilhoso’. Texto: Diogo Liberano. Direção:Inez Vianna. Com Carolina Pismel, Debora Lamm,Felipe Abib e outros.Inspirado em “Fausto”, de Goethe, a peça conta ahistóriadeumhomemquevênumbicheiroapossi-bilidade de dar outro rumo à sua vida.Teatro Glaucio Gill: Praça Cardeal Arcoverde s/nº,Copacabana — 2332-7904. Sex a dom, às19h30m. Seg, às 21h. R$ 30. 75 minutos. Não re-comendado para menores de 16 anos. Até 2 de se-tembro.

TEATRO

Abertura> LZ Arte. A mostra reúne peças dos designersLuiz Felipe Burdman e João Ricardo Ribeiro Couti-nho, que fazem uma homenagem ao Rio e, ainda,telas e fotografias de Peu Mello, Poe, Pedro Vas-concellos,MarcelloCavalcanti eAniCuenca.Aber-tura hoje. Até 8 de novembro.LZ Studio: Rua Barão de Jaguaripe 141, Ipanema— 3507-7554. Seg a sex, das 10h às 20h; sáb,das 10h às 16h.

Museus e Centrosculturais> Grátis Centro Cultural Banco do Brasil.RuaPrimeiro de Março 66, Centro — 3808-2020. Quaa seg, das 9h às 21h.‘Elles — Mulheres artistas na coleção do Centre Geor-ges Pompidou’:A exposição mostra o olhar contem-porâneo de mulheres pioneiras que, entre 1909 e2007, produziram arte em vários formatos. Entreas 120 obras, há trabalhos de Frida Kahlo, LouiseBourgeois e Valérie Belin, e das brasileiras LetíciaParente, Anna Maria Maiolino, Sônia Andrade, Ro-sângela Rennó, Rivane Neuenschwander e AnnaBella Geiger. Até 14 de julho.‘Charlotte Rampling — Álbuns secretos’: Um painelde 34 fotos de Charlotte Rampling, com registrosde viagem, família e amigos, além de imagens daartista feitas por importantes fotógrafos do séculoXX. Até 21 de julho.

> Grátis Escola de Artes Visuais do ParqueLage. Rua Jardim Botânico 414, Jardim Botânico— 3257-1800. Diariamente, das 10h às 17h.‘Dublês’: Duas videoinstalações de Celina Portel-la, que dialogam com a dança e a arquitetura, sãoapresentadas nas galerias 1 e 2. Até 14 de julho.‘Expo RioJovem’: Como parte da programação doFotoRio, a exposição, com curadoria de AndreasValentim, tem 80 imagens de alunos do CAP/ Uerj,que revelam o perfil do jovem carioca. Até 21 de ju-lho.‘Todo movimento é sempre circular’: Primeira ex-posição de 2013 no Espaço Cavalariças, a mos-tra reúne cinco trabalhos de Felipe Barbosa, quepartem de pequenos objetos resgatados do coti-diano e dialogam com o conceito de movimento etransformação. Até 14 de julho.

> Grátis Museu Bispo do Rosário. Estrada Ro-drigues Caldas 3400, Jacarepaguá — 3432-2402. Seg a sáb, das 10h às 17h.‘Ressuscita-me’: Na mostra, estão trabalhos doacervo da Casa de Saúde Dr. Eiras, de Paracam-bi. Entre os artistas, ex-internos da instituição,além de nomes consagrados como Artur Barrio,Francisco de Goya e outros. Até 14 de setembro.‘Sem fronteiras’: A coletiva reúne obras de arte deAdrianna Eu, Alexandre Navarro, Anna Maria Mai-olino, Arthur Bispo do Rosário, Cildo Meireles e ou-tros. Até 14 de setembro.

> Museu da Chácara do Céu.Rua Murtinho No-bre93,SantaTeresa—3970-1126.Quaaseg,domeio-dia às 17h. Grátis (às quartas-feiras) e R$ 2.‘Coleção Castro Maya: gravura estrangeira em des-taque’: A exposição é formada por 64 gravuras,entre serigrafias, litogravuras, xilogravuras e gra-vuras em metal do acervo de Castro Maya. Entreas obras, trabalhos de Debret, Picasso e Matisse.Até 28 de outubro.Hilal Sami Hilal:Mostra reúne duas obras da artis-ta capixaba, um múltiplo de cobre e uma instala-ção com 200 livros interligados. Até 12 de agos-to.

Coletivas> Grátis ‘Acervo geral’.Coletiva reúne obras dosartistas da galeria, entre eles, Afonso Tostes, Bru-no Miguel, Daniel Lannes, Ivan Grilo e Marcos Car-doso. Até 17 de julho.Luciana Caravello Arte Contemporânea: Rua Barãode Jaguaribe 387, Ipanema — 2523-4696. Seg asex, das 10h às 19h. Sáb, das 11h às 14h.

> Grátis ‘Dose tripla’. Sérgio Sister mostra umasérie de objetos pictóricos tridimensionais e duaspinturas. Suzana Queiroga pinta uma parede deazul e convida o público a interagir. Fábio Carvalhofaz uma instalação com o vídeo “Frequently secre-tly”, em que disseca a fragilidade do homem bruto.Até 13 de julho.Artur Fidalgo Galeria:Rua Siqueira Campos 143, 2ºandar, Copacabana — 2549-6278. Seg a sex, das10h às 19h. Sáb, das 10h às 14h.

> Grátis ‘Entrecruzamentos’. Integrando o cir-cuito FotoRio 2013, a mostra tem como tema ocorpo e apresenta trabalhos de nove fotógrafos, en-tre eles, Alaír Gomes, Eduardo Masini e Yuri Firme-za. Até 20 de julho.Galeria Athena Contemporânea: Shopping CassinoAtlântico. Av. Atlântica 4.240, lojas 210 e 211,Copacabana. Seg a sex, das 11h às 19h. Sáb, domeio-dia às 18h.

Individuais> Grátis Anita Schwartz Galeria de Arte. RuaJosé Roberto Macedo Soares 30, Gávea — 2274-3873. Seg a sex, das 10h às 20h. Sáb, do meio-diaàs 18h.Everardo Miranda: O artista apresenta uma instala-ção feita com óxido de ferro seco aplicado sobre asparedes. Até 27 de julho.‘Gustavo Speridião — Sobre fotografia e filme’: Ofotógrafo exibe as séries “Uma epopeia fotográfi-ca” e “Estudos superficiais”, ambas inéditas,produzidas entre 2006 e 2013. Parte do traba-lho também está em cartaz na Maison Européen-ne de La Photographie, em Paris. Até 27 de ju-lho.

> Grátis ‘Dedeísmo’.Maria Andréa Loyola exi-be 30 obras entre colagens com objetos e mate-riais tridimensionais e esculturas. Até 9 de agos-to.Galeria Candido Portinari (Uerj): Rua São Francis-co Xavier 524, Maracanã — 2334-0114. Seg asex, das 9h às 20h.

> Grátis ‘Dzi Croquettes — Te contei?’. A mos-tra, que se desdobra em livro homônimo, traz fotose depoimentos inéditos dos dançarinos da irreve-rente trupe que comemorou 40 anos em 2012. Até28 de julho.Teatro Glauce Rocha (Sala Aloísio Magalhães): Av.Rio Branco 179, Centro — 2220-0259. Seg e ter,das 10h às 18h. Qua a dom, das 10h às 20h.

> Grátis ‘O fantástico e colorido mundo deAnd-y!’. O artista plástico Anderson Thives apre-senta 15 obras inéditas, entre colagens e peças emformato 3-D, além de cinco obras de seu acervo,apresentado recentemente em Paris. Até 3 deagosto.Anderson Thives: Shopping Cassino Atlântico. Av.Atlântica 4.240, loja 223, Copacabana — 3591-6165. Seg a sáb, das 11h às 19h.

> Grátis ‘Marcos & marcas’. Responsável pelaprogramação visual do curso de alemão Baukurs,Guto Miranda apresenta série com fotos, cartazes,painéis e outros objetos. Até 28 de julho.Baukurs Cultural: Rua Goethe 15, Botafogo —2530-4847. Seg a sex, das 10h às 19h. Sáb, domeio-dia às 18h.

> Grátis Mercedes Viegas Arte Contemporâ-nea. Rua João Borges 86 — 2294-4305. Seg asex, do meio-dia às 20h. Sáb, das 15h às 19h.‘Contratempo’: A portuguesa Catarina Botelhoapresenta quatro fotografias da série “Projecto Lis-boa”. Até 13 de julho.‘Morada’: A carioca Daniela Antonelli reúne cincodesenhos em nanquim, uma escultura e objetosvariados. Até 13 de julho.

> Grátis ‘Olha geral’. A mostra apresenta pintu-ras produzidas por alunos do Instituto de Artes daUerj. Até 12 de julho.Centro Cultural da UERJ: Rua São Francisco Xavier524, Maracanã — 2334-0728. Seg a sex, das 9hàs 20h.

> Grátis Pedro Motta. Vencedor do BES Photodeste ano (maior prêmio da fotografia portuguesa),Pedro Motta expõe as séries “Espaço confinado”,com 19 imagens, e “Natureza das coisas” com 21fotos, todas impressas com tinta mineral em papelde algodão. Até 10 de agosto.Galeria Silvia Cintra + Box 4: Rua das Acácias 104,Gávea — 2521-0426. Seg a sex, das 10h às 19h.Sáb, do meio-dia às 19h.

> Grátis ‘O presente não é obsceno’. Individu-al da artista carioca Lívia Moura traz uma instala-çãonovidrodagaleria, trêsacrílicos,umlivrodear-te com pinturas e desenhos feitos com caneta eprodutos de limpeza. Até 13 de julho.Galeria Inox:Shopping Cassino Atlântico. Av. Atlânti-ca 4.240, subsolo 101, Copacabana — 2521-

9940. Seg a sex, das 10h às 20h. Sáb, das 11h às19h.

> Grátis ‘Rio de todos os santos’. Jota Batistaexibe telas com a temática religiosa na mostra quemarca a inauguração da galeria.Urban Arts: Rua Marquês de São Vicente 188, Gá-vea—3598-0438.Segasáb,das10hàs19h.Até27 de setembro.

> ‘Rota Raiz – Impressão emProcesso’.O fotó-grafo Pedro David apresenta 16 trabalhos em di-versos formatos de fotografias, textos e recortes.Até 6 de setembro.Ateliê da Imagem Espaço Cultural: Av. Pasteur 453,Urca — 2541-3314. Seg a sex, das 10h às 21h.Sáb, das 10h às 17h. Livre.

> Grátis ‘O ser urbano nos caminhos deNuno Portas’. Entre os destaques, estão caixasretroiluminadas, maquetes e vídeos com entre-vistas sobre o trabalho do urbanista. Até 31 dejulho.IAB-RJ: Rua do Pinheiro 10, Flamengo — 2557-4480. Seg a sex, das 10h às 20h. Sáb, das 10h às17h.

> Grátis ‘Tananan opera chanchada’. Emsua terceira individual no Rio, Leo Ayres apre-senta objetos, vídeos e uma performance. Até12 de julho.Galeria de Arte Ibeu:Av. Nossa Senhora de Copaca-bana 690, 2º andar, Copa cabana — 3816-9473.Seg a sex, das 13h às 19h.

> Grátis ‘Os tampinhas – Uma legião demascotes ecológicos’. Ana Velho dá vida atampinhas e embalagens plásticas reutilizadaspara a criação de seres reais e imaginários. Até16 de julho.GalpãodasArtesUrbanasHelio G.Pellegrino:RuaPa-dre Leonel Franca s/nº, Gávea — 3874-5148. Sega sex, das 10h às 16h30m.

> Grátis ‘Vem Memo Dalata’. O mineiro AndréGonzaga, conhecido como Dalata, mostra pintu-ras, desenhos e esculturas, de caráter surrealista,que misturam técnicas variadas. Até 27 de julho.Homegrown: Rua Maria Quitéria 68, Ipanema —2513-2160. Seg a sex, das 10h às 20h. Sáb, domeio-dia às 18h.

> Grátis ‘Vera Bernardes — Lembranças’. Adesigner gráfica Vera Bernardes apresenta 18trabalhos entre pinturas, bordados e uma gravu-ra, produzidos entre 2010 e 2013. Até 3 de agos-to.Galeria de Arte Maria de Lourdes Mendes de Almeida(Universidade Cândido Mendes): Rua Joana Angéli-ca 63, Ipanema — 2525-1000. Seg a sex, das14h às 20h. Sáb, das 16h às 20h.

Fotografia> Grátis ‘Os céus como fronteira: a vertica-lização no Brasil’. A mostra exibe 70 fotos quecontam a história do processo de verticalizaçãode seis cidades brasileiras, incluindo o Rio. Até10 de julho.Estação Carioca do Metrô:Centro. Seg a sáb, das 5hà meia-noite. Dom e feriados, das 7h às 23h.

> Grátis ‘Instante infinito’. Com série de ima-gens fotográficas feitas semcâmera, colocandoob-jetos de diferentes opacidades entre o papel foto-gráfico e a luz, Ana Freitas também integra o Foto-Rio 2013. Até 20 de julho.Jaime Portas Vilaseca: Av. Ataulfo de Paiva 1.079/109 (subsolo), Leblon. Seg a sex, das 11h às 19h.Sáb, das 11h às 14h.

> Grátis ‘Marcel Gautherot — Norte’. Per-tencentes ao Instituto Moreira Salles, 30 ima-gens do fotógrafo francês, feitas na Amazôniabrasileira entre os anos 1940 e 1970. Até 27 dejulho.Espaço Itaú de Cinema: Praia de Botafogo 316, Bo-tafogo — (11) 3371-4490 (informações). Diaria-mente, das 13h às 22h.

> Grátis ‘Melodia Concreta — Urbit’. SoniaMeilman apresenta cinco painéis fotográficos deskylines com horizontes de diversas cidades-paí-ses do mundo. Até 31 de julho.Midrash Centro Cultural:Rua General Venâncio Flo-res 184, Leblon — 2239-1800. Seg a qui, das14h às 22h. Dom, das 17h às 21h.

> Grátis ‘Retratos’. Fotos de personalidadesmarcantes, expressões da alma carioca, feitos porfotógrafos do GLOBO.Casa do Saber O GLOBO (lounge): Av. Epitácio Pes-soa 1.164, Lagoa — 2534-5652. Seg a sex, das11h às 22h.

> Grátis ‘Retorno à Amazônia’. A exposiçãofaz um comparativo entre a expedição do fran-cês Jean Michel Cousteau, em 1982, e a reali-zada pelo filho dele 25 anos depois. Até 2 deagosto.Jardim Botânico:Rua Jardim Botânico 1.008. Dia-riamente, das 8h às 19h.

Extras> Grátis ‘Centenário de Gonzagão’. Idealizadapelo pernambucano Reginaldo Silva, a exposição

reúne objetos pessoais de Gonzagão, como a últi-madas300sanfonasqueelepresenteouaamigos.Até 31 de agosto.Teatro Net Rio:Rua Siqueira Campos 143, sobrelo-ja, Copacabana — 2147-8060. Seg a sex, das14h às 19h. Sáb, dom e feriados, das 10h às 15h.Livre.

> Grátis ‘Quem não se comunica se trum-bica’. Serão expostos 150 fotografias de perso-nalidades que participaram dos programas doVelho Guerreiro, objetos usados por ele, como asua famosa buzina, e a roupa que vestiu no últi-mo programa, além de reproduções de vídeos edepoimentos. Até 21 de julho.Bangu Shoping:Rua Fonseca 240, Bangu — 2430-5130. Seg a sáb, das 10h às 22h. Dom e feriados,das 11h às 21h.

EXPOSIÇÃO

> Agnaldo Timóteo. No show “Agnaldo Timóteocanta Roberto Carlos”, o cantor resgata cançõesconsagradas, como “Emoções”, “Falando sério”,“Fera ferida” e “Como vai você”.Teatro Net Rio: Rua Siqueira Campos 143, 2º an-dar, Copacabana — 2147-8060. Seg, às 21h. R$110. Não recomendado para menores de 12 anos.

> Bossa Trio.Marcello Lessa (violão e voz), CésarMachado (bateria e voz) e Joe Lima (baixo e voz) to-cam clássicos da MPB e da bossa nova, como “Tris-te”, “Manhã de carnaval” e “Balanço Zona Sul”. Par-ticipação de Masé Sant’anna e Luciana Marinho.Vinicius Show Bar: Rua Vinicius de Moraes 39, 2ºandar, Ipanema — 2523-4757. Seg, às 21h30m.R$ 30. Não recomendado para menores de 18anos.

> Bruno Ribas. Intérprete oficial da Unidos da Ti-juca, o artista faz um passeio pelos grandes clássi-cos do samba-enredo. A abertura é às 19h30m,com Cristina Bhering.Carioca da Gema: Av. Mem de Sá 79, Lapa —2221-0043. Seg, às 21h30m. R$ 22. Não reco-mendado para menores de 18 anos.

> Chapéu de Palha. Lembrando músicas grava-dasporAngelaMariaeSilvioCaldas, ogrupoprestahomenagem a esses dois respeitados personagensda nossa MPB.Bar Cariocando: Rua Silveira Martins 139, Catete— 2557-3646 e 9707-8495 (informações). Seg,às 19h30m. R$ 14. Livre.

> João Pinheiro.O cantor e compositor lança seuterceiro CD, “Julho”, que tem “De fogo, luz e pai-xão” (Marcelo), “Muito romântico” (Caetano Velo-so), “I was born to love you” (Queen) e “Hoje” (Tai-guara).Teatro Rival: Rua Álvaro Alvim 33-37, Cinelândia— 2240-4469. Seg, às 19h30m. R$ 35 (os 100primeiros) e R$ 50. Não recomendado para meno-res de 16 anos.

> The Six.O projeto que reúne cinco vozes mascu-linas e uma banda é ambientado nos anos 50 e levao público de volta ao glamour e à rebeldia que mar-caram aquela época. O repertório tem sucessos deThe Platters, Nat King Cole, Elvis Presley, Frank Si-natra, Brenda Lee e Niel Sedaka.Solar de Botafogo:Rua General Polidoro 180, Bota-fogo — 2543 5411. Seg, às 21h. R$ 100. Não re-comendado para menores de 12 anos. Até 6 deagosto.

SHOW

> Grátis Flip-Flupp.Autores da Feira Literária In-ternacional de Paraty se unem com novos escrito-res lançados pela Feira Literária Internacional dasUPPs para debater a política de livros. Estão confir-madas as presenças do irlandês John Banville, queveio ao Brasil para lançar seu 16º romance, “Luzantiga”, além de Lydia Davis, Lila Azam Zanhaneh,Geoff Dyer, entre outros.Arena Carioca Dicró: Parque Ary Barroso s/nº, Pe-nha. Seg e ter, a partir das 14h. Livre.

EVENTOS

Todos os eventos não são recomendados para me-nores de 18 anos.

Casas noturnas> Casa da Matriz.Rua Henrique de Novaes 107,Botafogo — 2266-1014. Seg, às 23h. R$ 22.On the Rocks:Os DJs Kleber Tuma, Wilson Power eFlávio Quest tocam rock, electro e pop-rock.

> Le Boy.Rua Raul Pompeia 102, Copacabana —2513-4993. Seg, a partir das 23h. R$ 10 (até ameia-noite) e R$ 15.Show do Riso: O DJ Dablyo comanda as carrapetasna festa que tem strip-tease.

> Leviano. Av. Mem de Sá 47, Lapa — 2507-5779. Seg, a partir das 21h. R$ 15 (até a meia-noite) e R$ 20.Reggae4Life:Afesta reúneDJsebandasque tenhamtrabalhos com influências do ritmo jamaicano.

PISTA

> Grátis Música no Museu. O violonista AlvaroHenriques toca obras de Mussorgsky, Gottschalk eoutros.Biblioteca Nacional: Rua México s/nº, Centro —3095-3879. Seg, às 12h30m. Livre.

Redondezas> Grátis 13º Festival de Inverno de Petrópolis.O evento comemora o ano da Alemanha no Brasil eos 150 anos de Ernesto Nazareth, com cerca de 50apresentações de música clássica, filmes e pales-tras.Hoje, a flautista Geisa Felipe e o violonista LuizLeite tocam obras de Ernesto Nazareth, Bach, Pi-azzolla e outros. Até 21 de julho.Palácio Amarelo (Câmara Municipal): Praça Viscon-de de Mauá 89, Centro — (24) 2291-9200. Seg,às 18h. Livre.

MÚSICA

Jogos eKart> Hotzone. O parque conta com 90 novas atra-ções para crianças, entre ela a Twister Coaster,montanha- russa com com 175 metros de pista ecurvas de até 9,5 metros de altura.BarraShopping: Av. das Américas 4.666, Barra —3089-1216. Seg a sex, das 13h às 22h. Sáb, das13h às 23h. Dom, das 14h às 22h. Os brinquedosdo parque têm preços variados. R$ 9 (montanha-russa e torre em queda livre). Carregando o cartãocom R$ 100, o visitante ganha mais R$ 50 e 15%de desconto no valor de cada brinquedo. Livre.

> Philadélfia Park&Games.Espaço com quatropistas para até seis pessoas.West Shopping:Estrada do Mendanha 555, CampoGrande — 2418-8869. Seg a qui, das 14h às 22h.Sex, das 14h às 23h. Sáb, das 13h às 23h. Dom,13h às 22h. Preço por hora: R$ 40 (seg a qui), R$60 (sex a dom, véspera de feriados e feriados). Me-nores de 13 anos, só com responsável.

> Striker BarraShopping. O boliche do Bar-raShopping tem 20 pistas automáticas e no padrãointernacional, além de espaço para mesas de sinu-ca e boliche virtual.BarraShopping: Av. das Américas 4.666, Barra —2431-9566. Seg a sex e dom: do meio-dia às 24h.Sáb, véspera de feriado e feriados, do meio-dia à1h. R$ 40 (às segundas até 18h, para clientes ca-dastrados/cadastro gratuito), R$ 50 (às segundasapós 18h, para clientes cadastrados/cadastro gra-tuito), R$ 80 (ter a sexta, até 18h), R$ 100 (seg aqui, após 18h), R$ 135 (sex e véspera de feriadosapós18h; e sáb,dome feriados),R$3 (aluguel dossapatos). Livre.

> Striker Casual Bowling.Espaço com 26 pistasde boliche.

NorteShopping: Av. Dom Helder Câmara 5.080,Cachambi — 3979-5555. Seg a sex e dom, das17h à meia-noite. Sáb, véspera de feriado e feria-dos, das 14h à 1h. R$ 40 (às segundas, somentepara clientes cadastrados/cadastro gratuito), R$80 (ter a qui), R$ 105 (sex e véspera de feriados),R$ 115 (sáb, dom e feriados), R$ 2,80 (alugueldossapatos).Apartir das21h,menoresde13anossó com o responsável.

> Top Kart Indoor.Adultos e crianças podem dis-putar corrida nas pistas.Supermercado Extra 24h: Av. das Américas 1.510,subsolo, Barra — 2484-4545. Seg a sex, das 15hàs 23h. Sáb, dom, véspera de feriados e feriados,das 14h às 23h. Kart adulto: R$ 49 por piloto (mo-dalidade 6,5hp), em 20 minutos de bateria. Alturamínima de 1,45m. Kart infantil: R$ 39 por piloto(modalidade 5,5hp), em 15 minutos de bateria.Recomendado para crianças com altura mínima de1,20m e altura máxima 1,45m.Shopping Nova América: Av. Pastor Martin LutherKing Jr. 126, deck 2, subsolo, Del Castilho —2303-4545. Seg a sex, das 15h às 23h. Sáb a ter,das 14h às 23h. Kart adulto: R$ 49 por piloto (mo-dalidade 6,5hp), em 20 minutos de bateria. Alturamínima de 1,45m. Kart infantil: R$ 39 por piloto(modalidade 5,5hp), em 15 minutos de bateria.Recomendado para crianças com altura mínima de1,20m e altura máxima 1,45m.

Patinaçãono gelo> Barra On Ice.Pista para 120 pessoas.Supermercado Extra 24h: Av. das Américas 1.510,Barra — 2431-4602. Qui, das 15h às 20h. Ter,qua e sex, das 15h às 21h. Sáb e feriados, das14h30m às 22h. Dom, das 14h30m às 21h. R$35 (por uma hora de patinação, com equipamen-tos de segurança incluídos). O uso do par de meiasde cano longo é obrigatório, mas não é fornecidopela pista. Não recomendado para menores de 5anos.

> Fun On Ice.Pista para 100 pessoas.Shopping Barra Garden: Av das Américas 3.255,Barra — 3388-5810. Seg a sáb, das 14h às 22h.Dom e feriados, das 14h às 21h. R$ 35 (por umahora de patinação, com equipamentos de seguran-ça incluídos).Ousodopardemeiasdecano longoéobrigatório, mas não é fornecido pela pista. Não re-comendado para menores de 5 anos.

> Norte On Ice.Pista para 100 pessoas.NorteShopping (estacionamento Pedras Altas): Av.Dom Helder Câmara 5.474, Cachambi — 2178-4606. Seg a qui, das 15h às 21h. Sex, das 14h às22h. Sáb, das 13h às 22h. Dom e feriados, das13h às 21h.R$ 35 (por uma hora de patinação). Ouso do par de meias de cano longo é obrigatório,mas não é fornecido pela pista. Não recomendadopara menores de 5 anos.

INFANTIL

Os endereços das salas de exibição e os preços dassessões estão na seção Nos Bairros.

Pré-Estreia> ‘O cavaleiro solitário’. “The Lone Ranger”. DeGore Verbinski (EUA, 2013). Com Johnny Depp,Armie Hammer, Ruth Wilson.Ação. O índio Tonto salva da morte um delega-do pacifista, que passa a agir como um vigilan-te mascarado. Chamado de Cavaleiro Solitário,ele combate a conspiração que tenta extermi-nar uma tribo de olho em uma fortuna em prata.150 minutos. Não recomendado para menoresde 14 anos.Baixada:Multiplex Caxias 4 (dub): 21h15m.Barra da Tijuca/Recreio: Cinemark Downtown 01:22h40m (exceto seg). Cinesystem Recreio Shop-ping 3 (dub): 22h.Ilha do Governador:Cinesystem Ilha Plaza 2: 22h.Niterói/São Gonçalo: Cinemark Plaza Shopping6: 21h45m. CinEspaço Boulevard 2 (dub):21h.Z o n a N o r t e : C i n e m a r k C a r i o c a 7 ( d u b ) :22h20m. Cinesystem Via Brasil Shopping 2(dub): 21h30m. Kinoplex Madureira 4 (dub):16h10m. Kinoplex Nova América 3 (dub):20h10m. Mul t ip lex Jard im Guada lupe 1(dub): 21h15m. Shopping Iguatemi 6 (dub):20h50m. UCI Kinoplex 08 (dub): 21h10m.Zona Oeste:Cine 10 Sulacap 2 (dub): 21h20m.Cinesystem Bangu 4 (dub): 21h50m.Zona Sul: Kinoplex Fashion Mall 3: 20h50m. Le-blon 2: 21h.

CINEMA

Product: OGloboSegundoCaderno PubDate: 08-07-2013 Zone: Nacional Edition: 1 Page: PAGINA_F User: Schinaid Time: 07-07-2013 16:52 Color: CMYK

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> 'Truque de mestre'. Suspense. "Tem algo amais." (Marcelo Janot)

> 'Uma dama em Paris'. Drama. "Um elenco afi-ado, com destaque para Jeanne Moreau."(Mario Abbade)

> 'Adeus, minha rainha'.Drama. "O roteiro fragi-liza sua radiografia de época ao estereotiparpersonagens e ações." (Rodrigo Fonseca)

> 'O futuro'. Drama. "Tem méritos, mas nãodeixa marcas profundas no público." (DanielSchenker)

> 'O grande Gatsby'. Drama. "Com boas atua-ções, amarra bem a rede de intrigas." (AndréMiranda)

> 'Guerra Mundial Z'. Ação. "Um filme que deucerto no quesito espetáculo." (Mario Abbade)

> 'Jards'. Documentário musical. "Eryk Rochaconfirma a habilidade no manejo da lingua-gem cinematográfica." (Daniel Schenker)

> 'Meu malvado favorito 2'. Animação. "Não temo frescor do primeiro, mas é diversão garanti-da para todos." (Mario Abbade)

> 'Odeio o dia dos namorados'. Comédia. "Mar-celo Saback faz toda a diferença." (Mario Abba-de)

> 'Reino escondido'. Animação. "Semelhançacom “Avatar” impede que o filme tenha vidaprópria." (Ruy Gardnier)

> 'Segredos de sangue'. Suspense. "Park Chan-Wook concentra seus esforços mais nos ce-nários, menos nos personagens." (André Mi-randa)

> 'Uma garrafa no mar de Gaza'. Drama. "Buscaum equilíbrio na partilha de responsabilida-des, na linha 'ninguém tem razão nessa histó-ria'." (Consuelo Lins)

> 'Universidade Monstros'. Animação. "Não fal-tam atrativos ao público, mas peca pela men-sagem." (Daniel Schenker)

> 'Depois da Terra'. Ficção científica. "São 90minutos de melodrama exagerado." (Mario Ab-

bade)

> 'Juan e a bailarina'. Comédia. "Faltou acaba-mento a esse projeto potencialmente simpá-tico." (Daniel Schenker)

> 'Se beber, não case! - Parte 3'. Comédia. "O ba-rato estava naquele humor de situações quebeiravam o surreal." (André Miranda)

> 'Todo mundo em pânico 5'. Comédia. "DavidZucker esqueceu como é ser engraçado." (Ma-rio Abbade)

RioShowSegunda-feira 8 .7 .2013 l SegundoCaderno l O GLOBO l 7

Estreia> ‘Dossiê Jango’.De Paulo Henrique Fontenelle(Brasil, 2012).Documentário. Depois de eleito democratica-mente presidente do Brasil, João Goulart foi de-posto no Golpe de 1964 e passou a viver, exilado,na Argentina, onde morreu. As circunstâncias desua morte até hoje não foram explicadas. 102 mi-nutos. Não recomendado para menores de 12anos.Zona Sul: Espaço Itaú de Cinema 5: 14h, 16h,18h, 20h, 22h.

> ‘Hannah Arendt’. “Hannah Arendt”. De Mar-garethe Von Trotta (Alemanha/ França, 2012).Com Barbara Sukowa, Axel Milberg, Janet Mc-Teer.Drama. Cinebiografia da cientista política e filóso-fa alemã Hannah Arendt e seus relatos sobre a vi-da durante o Holocausto. 113 minutos. Não reco-mendado para menores de 14 anos.Barra da Tijuca/Recreio: Estação Barra Point 2:14h15m, 19h.Zona Su l : Es tação Ipanema 2: 14h30m,16h45m, 19h, 21h15m. Estação Rio 2:14h30m, 16h45m, 19h, 21h20m. Instituto Mo-reira Salles: 16h (exceto seg), 20h (ter e qui).

> ‘Meu malvado favorito 2’. “Despicable me2”. De Pierre Coffin, Chris Renaud (EUA, 2013).Vozes de Al Pacino, Steve Carell, Kristen Wiig.Animação. Depois que deixou para trás a vida decrimes para criar Margo, Agnes e Edith, Gru, dr.Nefário e os Minions levam uma vida tranquila,até que têm que descobrir o responsável por umcrime espetacular e levá-lo à Justiça. 98 minutos.Livre.Baixada: Cinemaxx Imperial (dub): 15h, 19h. Ci-nemaxx Unigranrio Caxias 1 (dub): 13h30m,15h20m, 17h10m, 19h. Cinesercla NilópolisSquare 1 (3-D/dub): 14h45m, 16h45m. Cine-sercla Nilópolis Square 2 (dub): 14h30m,16h30m,18h30m.KinoplexGrandeRio3 (dub):15h, 17h10m, 19h20m. Kinoplex Grande Rio 5(3-D/dub): 14h10m, 16h30m, 18h40m,20h50m. Kinoplex Topshopping 1 (3-D/dub):16h. Kinoplex Topshopping 2 (3-D/dub):14h30m, 16h40m, 18h50m. Multiplex Caxias 1(3-D/dub): 13h, 15h, 17h, 19h, 21h. MultiplexCax ias 2 (3-D/dub) : 13h15m, 15h15m,17h15m. Multiplex Caxias 4 (dub): 13h15m,15h15m, 17h15m, 19h15m.Barra da Tijuca/Recreio: Cinemark Downtown 03(3-D/dub): 12h, 14h40m, 17h20m, 19h50m(exceto seg). Cinemark Downtown 08 (3-D/dub):11h20m, 13h40m, 16h, 18h20m, 20h50m(ter, qua e qui). Cinemark Downtown 11 (dub):14h20m, 16h50m, 19h10m (exceto seg),

21h50m (ter e qua). Cinemark Downtown 12(dub):13h,15h20m,17h50m,20h30m(excetoseg). Cinemark VillageMall 1 (3-D/dub): 13h,15h30m, 18h, 20h30m. Cinesystem RecreioShopping 2 (3-D/dub): 14h30m, 16h40m, 19h,21h20m. Cinesystem Recreio Shopping 3 (dub):13h30m, 15h35m, 17h40m, 19h50m. EspaçoRio Design 1 (3-D/dub): 14h30m, 16h50m. StarCenter 1 (dub): 15h, 16h50m, 18h40m,20h30m. UCI New York City Center 02 (3-D/dub): 13h20m, 15h30m, 17h40m, 19h50m,22h. UCI New York City Center 12 (3-D/dub):14h40m, 16h50m, 19h, 21h10m. UCI NewYork City Center 17 (dub): 13h50m, 16h,18h10m, 20h20m, 22h30m. UCI New York CityCenter 18 (dub): 13h, 15h10m, 17h20m,19h30m, 21h40m.Ilha do Governador:Cinesystem Ilha Plaza 2 (dub):13h30m, 15h35m, 17h40m, 19h50m. Ci-nesystem Ilha Plaza 4 (3-D/dub): 14h20m,19h30m.Niterói/São Gonçalo: Bay Market 3 (3-D/dub):17h, 19h10m. Bay Market 4 (3-D/dub) :14h20m, 16h30m, 18h40m, 20h50m. Cine-mark Plaza Shopping 1 (dub) : 14h40m,17h10m, 19h45m. Cinemark Plaza Shopping 4(3-D/dub): 13h30m, 16h10m, 18h50m,21h30m. Cinépolis Box São Gonçalo 3 (dub):12h45m, 15h15m, 17h50m, 20h30m. Cinépo-lis Box São Gonçalo 7 (3-D/dub): 13h30m, 16h,18h30m, 21h. Cinépolis Box São Gonçalo 8(dub): 12h, 14h30m, 17h, 19h30m, 22h. Ci-nEspaço Boulevard 1 (dub): 13h40m, 15h40m,17h40m, 19h40m, 21h30m. CinEspaço Boule-vard 3 (3-D/dub): 14h, 16h30m.Zona Norte: CineCarioca Méier 1 (3-D/dub):14h50m, 17h, 19h15m, 21h25m. CineCariocaNova Brasília (3-D/dub): 13h30m, 15h30m. Ci-nemarkCarioca3 (3-D/dub):13h10m,15h30m,17h50m, 20h10m, 22h30m. Cinemark Carioca4 (dub): 12h30m, 14h50m, 17h05m, 19h20m,21h40m. Cinemark Carioca 8 (dub): 11h30m,13h50m, 16h10m, 18h30m, 20h50m. Ci-nesystem Via Brasil Shopping 2 (3-D/dub):17h10m, 19h20m. Cinesystem Via Brasil Shop-ping 4 (3-D/dub): 14h, 16h30m, 19h, 21h10m.Kinoplex Madureira 2/Evolution (3-D/dub):14h30m, 16h40m, 18h50m, 21h. Kinoplex No-va América 3 (dub): 13h15m, 15h40m, 18h. Ki-noplex Nova América 7 (3-D/dub): 14h30m,16h40m, 18h50m, 21h. Kinoplex Shopping Ti-juca 1 (3-D/dub): 13h, 15h10m, 17h20m,19h30m, 21h40m. Kinoplex Shopping Tijuca 3(dub): 14h, 16h10m. Multiplex Jardim Guadalu-pe 1 (dub): 13h15m, 15h15m, 17h15m,19h15m. Multiplex Jardim Guadalupe 4 (3-D/dub):13h,15h,17h,19h,21h.Multiplex JardimGuadalupe 5 (3-D/dub): 13h. Shopping Iguatemi1 (3-D/dub): 14h30m, 16h40m, 18h50m.Shopping Iguatemi 4 (dub): 13h, 15h10m,17h20m, 19h30m, 21h40m. UCI Kinoplex 02(dub): 13h30m, 15h40m, 17h55m, 20h05m,

22h15m. UCI Kinoplex 03 (3-D/dub): 14h50m,17h, 19h20m, 21h30m. UCI Kinoplex 10 (3-D/dub): 14h, 16h25m, 18h35m, 20h45m.Zona Oeste: Cine 10 Sulacap 1 (3-D/dub): 14h,19h10m. Cine 10 Sulacap 3 (dub): 14h30m,17h, 19h30m, 21h40m. Cine Sesc Freguesia 1(dub): 15h45m, 17h40m. Cinesercla PátioMix 2(dub): 14h30m, 16h30m, 18h30m. CineserclaPátioMix 3 (3-D/dub): 14h45m, 16h45m. Ci-nesys tem Bangu 1 (3-D/dub) : 14h20m,16h40m, 19h10m, 21h20m. Cinesystem Ban-gu 4 (dub): 15h, 17h20m, 19h40m. KinoplexWest Shopping 3 (dub): 16h40m, 18h50m. Ki-noplex West Shopping 5/Evolution (3-D/dub):14h , 16h10m, 18h20m, 20h30m. UCIParkShopping Campo Grande 3 (dub): 13h,15h10m, 17h20m, 19h30m. UCI ParkShop-ping Campo Grande 7 (3-D/dub): 12h20m,14h30m, 16h40m, 18h50m, 21h.Zona Sul: Cinemark Botafogo 1 (dub): 12h,14h20m, 16h50m, 19h10m. Cinemark Botafo-go 6 (3-D/dub): 11h, 13h20m, 15h30m,17h50m, 20h10m. Cinépolis Lagoon 4 (3-D/dub): 13h, 15h40m, 18h, 20h15m. CinépolisLagoon 6 (3-D/dub): 14h30m, 16h45m, 19h,21h15m. Espaço Itaú de Cinema 4 (3-D/dub):13h, 15h, 17h. Kinoplex Fashion Mall 2 (3-D/dub): 14h30m, 16h40m, 18h50m. Kinoplex Le-blon 3 (dub): 14h10m, 16h20m, 18h40m. Ki-noplex Leblon 4 (3-D/dub): 13h30m, 15h40m,18h, 20h25m. Kinoplex São Luiz 3 (3-D/dub):14h, 16h10m, 18h20m, 20h30m. Rio Sul 2 (3-D/dub): 14h20m, 16h30m. Rio Sul 4 (dub):13h40m, 18h20m, 20h30m. Roxy 3 (3-D/dub):14h, 16h10m.Redondezas: Cine Bauhaus 1 (dub): 14h30m,16h30m, 18h30m, 20h30m. Cine Itaipava(dub): 15h (exceto seg), 17h (exceto seg),19h10m(exceto seg).CineShowNovaFriburgo3(3-D/dub): 14h40m, 16h45m, 18h50m, 21h.Cine Show Teresópolis 3 (3-D/dub): 15h, 17h.Top Cine Hipershopping ABC 2 (dub): 14h30m,16h30m, 18h30m, 20h30m.

> ‘Truque de mestre’. “Now you see me”. DeLouis Leterrier (EUA, 2013). Com Jesse Eisen-berg, Mark Ruffalo, Woody Harrelson.Suspense. Um grupo de ilusionistas que assaltabancos durante as suas apresentações está na mi-ra de agentes do FBI. 115 minutos. Não recomen-dado para menores de 12 anos.Baixada:Multiplex Caxias 6 (dub): 17h, 19h15m,21h30m.Barra da Tijuca/Recreio: Cinemark Downtown 07:12h10m, 15h10m, 17h40m, 20h20m (excetoseg) . Cinemark Downtown 09: 10h40m,13h10m, 16h10m, 19h20m (exceto seg),22h10m (exceto seg). Cinemark VillageMall 4:13h30m, 16h20m, 19h, 21h40m. Espaço RioDesign Vip (dub): 14h, 19h, 21h30m. UCI NewYork Ci ty Center 05: 13h15m, 15h40m,18h05m, 20h30m. UCI New York City Center

08: 14h, 16h25m, 18h50m, 21h15m.Ilha do Governador: Cinesystem Ilha Plaza 3:16h50m, 19h20m, 21h50m.Niterói/São Gonçalo: Cinemark Plaza Shopping 2:12h40m, 15h30m, 18h20m, 21h. CinépolisBox São Gonçalo 4 (dub): 13h15m, 15h45m,18h15m, 20h50m. CinEspaço Boulevard 6(dub): 13h30m, 16h, 18h30m, 21h.Zona Norte: CineCarioca Nova Brasília (dub):19h20m. Cinemark Carioca 6 (dub): 11h,16h40m, 19h30m, 22h10m. Cinesystem ViaBrasil Shopping 3: dub, 14h15m, 16h45m,19h25m; leg, 21h50m. Kinoplex Madureira 4(dub): 13h40m, 19h10m, 21h40m. KinoplexNova América 4 (dub): 13h30m, 16h, 18h30m,21h. Kinoplex Shopping Tijuca 3: 18h30m, 21h.Multiplex Jardim Guadalupe 3 (dub): 17h,19h15m, 21h30m. Shopping Iguatemi 2 (dub):16h, 18h30m, 21h15m. UCI Kinoplex 07:13h40m, 16h05m, 18h30m, 20h55m.Zona Oeste:Cinesercla PátioMix 4 (dub): 14h20m,16h30m, 18h40m, 20h50m. Cinesystem Bangu3 (dub): 16h50m, 19h35m, 21h55m. KinoplexWest Shopping 4 (dub): 13h20m, 16h, 18h30m,21h. UCI ParkShopping Campo Grande 6 (dub):13h10m, 15h35m, 18h, 20h25m.Zona Sul : Cine Star Special Laura Alvim 1:14h20m, 16h40m, 19h, 21h30m. CinemarkBotafogo 2: 12h10m, 15h10m, 18h10m,20h30m. Cinépo l i s Lagoon 1: 13h40m,16h05m, 18h30m, 20h55m. Espaço Itaú de Ci-nema 6 (dub): 14h, 16h30m, 19h, 21h30m. Es-tação Vivo Gávea 5: 13h, 15h15m, 17h30m,19h45m, 22h. Kinoplex Fashion Mall 1: 14h,16h30m, 19h, 21h30m. Kinoplex Leblon 2:14h, 16h30m, 19h, 21h30m. Kinoplex São Luiz1: 14h10m, 18h40m, 21h10m. Rio Sul 3: 16h,18h30m, 21h. Roxy 2: 13h30m, 18h10m,20h40m.Redondezas: Cinemaxx Mercado Estação 3 (dub):14h10m, 16h30m, 18h50m, 21h10m.

> ‘Uma dama em Paris’. “Une estonienne à Pa-ris”. De Ilmar Raag (França/Bélgica/Estônia,2012). Com Jeanne Moreau, Laine Mägi, PatrickPineau.Drama. Anne deixa a Estônia para ir a Paris cuidarde Frida, uma estoniana idosa que vive na cidadehá muitos anos. 94 minutos. Não recomendadopara menores de 14 anos.Barra da Tijuca/Recreio: Estação Barra Point 1:14h, 19h40m.Zona Su l : Es tação Ipanema 1: 13h50m,15h50m, 17h45m, 19h40m. Estação Rio 3:14h15m, 16h10m, 18h, 19h50m, 21h40m.

Continuação> ‘Adeus,minha rainha’. “Lesadieuxà la reine”.

De Benoît Jacquot (França e Espanha, 2011).Com Léa Seydoux, Diane Kruger, Virginie Ledo-yen.Drama. Em 1789, quando a notícia da tomada daBastilha chega a Versalhes, o castelo fica vazio,mas Sidonie, uma jovem leitora inteiramente de-dicada à rainha, não quer acreditar nos rumoresque ouve. 104 minutos. Não recomendado paramenores de 14 anos.Zona Sul: Estação Botafogo 3: 15h30m.

> ‘Além da escuridão - Star Trek’. “Star Trekinto darkness”. De J.J Abrams (EUA, 2013). ComChris Pine, Zachary Quinto, Zoe Saldana.Ficção científica. Prestes a voltar para casa, a tri-pulação da Enterprise, sob o comando do CapitãoKirk, descobre que uma força do mal, dentro daprópria organização, ameaça o planeta. Exibiçãoem 3-D em algumas salas. 132 minutos. Não re-comendado para menores de 12 anos.Barra da Tijuca/Recreio:UCI New York City Center10: 13h15m, 16h, 18h45m, 21h30m.Zona Sul: Cinemark Botafogo 1: 21h20m (atéqua).

> ‘Os amantes passageiros’. “Los amantes pa-sajeros”. De Pedro Almodóvar (Espanha, 2013).Com Javier Cámara, Cecilia Roth, Carlos Areces.Comédia. A bordo de um avião fora de controle,passageiros e comissários desesperados come-çam a fazer confissões sobre seus pecados e suasúltimas vontades. 91 minutos. Não recomendadopara menores de 16 anos.Barra da Tijuca/Recreio: Espaço Rio Design Vip:17h30m. Estação Barra Point 1: 15h50m,21h30m.Zona Sul : Cine Star Special Laura Alvim 2:14h30m, 16h10m, 17h50m, 19h30m,21h10m.Espaço ItaúdeCinema1:14h50m(atéqua), 16h40m, 20h10m, 22h. Estação Ipanema1:21h30m.EstaçãoRio1:16h,20h.EstaçãoVi-vo Gávea 1: 13h15m, 15h, 16h45m, 18h30m,20h20m, 22h10m. Kinoplex Fashion Mall 3:14h10m, 16h10m. Kinoplex São Luiz 1:16h40m. Leblon 2: 15h, 17h, 19h. Roxy 2: 16h.

> ‘Antes da meia-noite’. “Before midnight”. DeRichard Linklater (EUA, 2013). Com EthanHawke, Julie Delpy.Drama. Continuação de ’Antes do amanhecer’(1995) e ’Antes do pôr do sol’ (2004). Jesse Wal-laceeCeline, agoracomfilhosparacriar eumaca-sa em Paris, viajam para a Grécia, onde fazem umbalanço de suas vidas. 108 minutos. Não reco-mendado para menores de 12 anos.Barra da Tijuca/Recreio: Estação Barra Point 1:17h35m.Centro:Cine Santa Teresa: 16h40m, 21h.Zona Sul: Estação Rio 1: 13h50m, 17h50m,21h50m. Estação Vivo Gávea 4: 14h, 19h10m.

> ‘A caça’. “Jagten”. De Thomas Vinterberg (Di-namarca, 2012). Com Mads Mikkelsen, ThomasBo Larsen, Alexandra Rapaport.Drama. Em uma pequena cidade da Dinamarca, avida de um professor entra em colapso depois queele é injustamente acusado de abuso sexual. 114minutos. Não recomendado para menores de 14anos.Zona Sul: Candido Mendes: 20h15m. Cine Joia:15h (exceto seg). Estação Botafogo 3: 19h40m.

> ‘A datilógrafa’. “Populaire”.DeRégisRoinsard(França, 2012). Com Romain Duris, DéborahFrançois, Bérénice Bejo.Comédia romântica. No interior da França, os ta-lentos em datilografia de uma jovem a levam aparticipar de um campeonato internacional. 111minutos. Não recomendado para menores de 12anos.Zona Sul: Estação Botafogo 3: 17h30m.

> ‘Depois da Terra’. “After earth”. De M. NightShyamalan (EUA, 2013). Com Will Smith, JadenSmith, Isabelle Fuhrman.Ficção científica. Depois de um pouso forçado naTerra, o general Cypher Raige e seu filho Kitai têmque lutar pela sobrevivência ao mesmo tempo emque exploram o planeta estranho. 100 minutos.Não recomendado para menores de 14 anos.Baixada:Cinemaxx Imperial (dub): 21h.

> ‘Depois de maio’. “Après mai”. De Olivier As-sayas (França, 2012). Com Clément Métayer, Lo-la Creton, Félix Armand.Drama. No início dos anos 70, um jovem estudan-te participa de uma manifestação política nos ar-redores de Paris. Assim como seus amigos, ele es-tá dividido entre um compromisso sério com acausa e suas questões pessoais. 122 minutos.Não recomendado para menores de 16 anos.Centro:Cine Santa Teresa: 18h45m.

> ‘Elena’.De Petra Costa (Brasil, 2012).Documentário. Elena viaja para Nova York com omesmo sonho da mãe: ser atriz de cinema. Deixapara trás uma infância passada na clandestinida-de dos anos de ditadura e Petra, sua irmã de 7anos. Duas décadas depois, Petra se torna atriz eembarca para Nova York em busca de Elena. 80minutos. Não recomendado para menores de 12anos.Zona Sul:Candido Mendes: 18h40m. Espaço Mu-seu da República: 16h, 20h.

> ‘A espuma dos dias’. “L'ecume des jours”. DeMichel Gondry (Bélgica/ França, 2013). Com Au-drey Tautou, Romain Duris, Gad Elmaleh.Comédia dramática. Adaptação do romance deBoris Vian. A história de Colin, um garoto belo, ri-co e desocupado, que se apaixona por Chloé, por-tadora de uma rara doença. 125 minutos. Não re-comendado para menores de 14 anos.Barra da Tijuca/Recreio: Estação Barra Point 2:16h30m, 21h15m.Zona Sul: Cine Joia: 17h15m (exceto seg). Esta-ção Botafogo 1: 14h, 16h30m, 19h, 21h30m.Estação Vivo Gávea 3: 13h50m, 16h20m, 19h,21h30m. Kinoplex Fashion Mall 3: 18h10m.

> ‘Faroeste caboclo’. “Faroeste Caboclo”. DeRené Sampaio (Brasil, 2013). Com Fabrício Boli-veira, Isis Valverde, Felipe Abib.Drama. Baseado na música de Renato Russo. Ahistória de João do Santo Cristo, que deixa sua ci-dadeevai paraBrasília embuscadeumavidame-lhor. Lá, ele encontra miséria e crime, mas tam-bémoamornosbraçosdeMariaLúcia.105minu-tos. Não recomendado para menores de 16 anos.Barra da Tijuca/Recreio:UCI New York City Center16: 13h, 15h15m, 17h30m, 19h45m, 22h.Centro:Cine Santa Teresa: 14h40m.Zona Sul:Cine Joia: 21h (exceto seg). Espaço Mu-seu da República: 14h, 18h.

> ‘Ferrugem e osso’. “De rouille et d’os”. De Jac-ques Audiard (França/Bélgica, 2012). Com Mari-on Cotillard, Matthias Schoenaerts, Armand Ver-dure.Drama. Ao deixar a Bélgica para viver com a irmãno vilarejo de Antibes, na França, Alain se envolvecom uma treinadora de baleias. 122 minutos.Não recomendado para menores de 14 anos.Zona Sul:Candido Mendes: 16h20m. Estação Bo-tafogo 3: 21h50m.

> ‘O futuro’. “The future”. De Miranda July (Ale-manha/EUA, 2011). Com Miranda July, HamishLinklater, David Warshofsky.Drama. Sophie e Jason são estranhos, como sãotodos os casais quando estão sozinhos. Vivemnum pequeno apartamento em Los Angeles, odei-am seus trabalhos e planejam adotar um gato. 91minutos. Não recomendado para menores de 14anos.Zona Sul:Espaço Itaú de Cinema 1: 13h (até qua),18h30m.

> ‘O grandeGatsby’. “ThegreatGatsby”.DeBazLuhrmann (EUA/Austrália,2013).ComLeonardoDiCaprio, Tobey Maguire, Carey Mulligan.Drama. Inspirado no romance de F. Scott Fitzge-rald. Nick Carraway se muda para Long Island,onde conhece e fica fascinado pelo estilo de vidadeJayGatsby, seunovovizinho,ummilionário ex-cêntrico. 143 minutos. Não recomendado paramenores de 14 anos.Zona Sul : Estação Vivo Gávea 4: 16h10m,21h20m.

> ‘Guerra Mundial Z’. “World War Z”. De MarcForster (EUA/Malta, 2013). Com Brad Pitt, Abi-gail Hargrove, Ann Ogbomo.Ação.Baseadono livrohomônimodeMaxBrooks.O mundo é invadido por zumbis e o repórter GerryLane é enviado para a zona do conflito. 116 minu-tos. Não recomendado para menores de 14 anos.Baixada: Cinemaxx Unigranrio Caxias 1 (dub):20h50m. Cinesercla Nilópolis Square 1 (3-D/dub): 18h40m, 20h50m. Kinoplex Grande Rio 1(3-D/dub): 13h30m, 16h, 18h30m, 21h. Kino-plex Grande Rio 3 (dub): 21h30m. KinoplexTopshopping 1 (3-D/dub): 13h30m, 18h10m,20h40m. Kinoplex Topshopping 2 (3-D): 21h.Mul t ip lex Cax ias 2 (3-D/dub) : 19h15m,21h30m. Multiplex Caxias 6 (dub): 14h45m.Barra da Tijuca/Recreio: Cinemark Downtown 02:19h (exceto seg), 22h20m (exceto seg). Cine-mark Downtown 10 (3-D): 12h50m, 15h30m,18h30m, 21h10m (exceto seg). Cinemark Villa-geMall 3 (3-D): 12h30m, 15h20m, 18h20m,21h. Cinesystem Recreio Shopping 1 (3-D): dub,14h20m, 19h20m; leg, 16h50m, 22h. EspaçoRio Design 1 (3-D): 19h, 21h30m. Star Center 4(dub): 14h, 16h20m, 18h40m, 21h. UCI NewYork City Center 04 (3-D): 13h45m, 16h15m,18h45m, 21h15m. UCI New York City Center 14(3-D): 14h15m, 16h45m, 19h15m, 21h45m.UCI New York City Center 15 (dub): 13h,15h30m, 18h, 20h45m.Ilha do Governador:Cinesystem Ilha Plaza 4 (3-D):16h30m, 21h40m.Niterói/São Gonçalo: Bay Market 2 (dub): 16h,18h30m. Bay Market 3 (3-D/dub): 14h30m,21h20m. Cinemark Plaza Shopping 1: 22h15m.Cinemark Plaza Shopping 7 (3-D): 12h50m,

15h40m, 18h30m, 21h15m (até qua). Cinépo-lis Box São Gonçalo 1: dub, 13h45m, 16h30m,19h; leg, 21h35m. Cinépolis Box São Gonçalo 6(dub): 16h15m, 21h20m. CinEspaço Boulevard3 (3-D/dub): 18h50m, 21h20m.Zona Norte: CineCarioca Méier 2: 19h10m,21h40m. CineCarioca Nova Brasília (3-D/dub):21h40m. Cinemark Carioca 2 (dub): 13h20m,16h, 18h40m, 21h20m. Cinemark Carioca 6(dub): 14h. Cinesystem Via Brasil Shopping 5 (3-D): dub, 14h30m, 17h, 19h30m; leg, 21h55m.Kinoplex Madureira 5 (3-D/dub): 13h50m,16h30m, 19h, 21h30m. Kinoplex Nova América2 (dub): 16h, 18h30m. Kinoplex Nova América 5(3-D): 18h20m, 20h50m. Kinoplex Shopping Ti-juca 5 (3-D): 13h40m, 16h15m, 18h45m,21h15m. Multiplex Jardim Guadalupe 5 (3-D/dub): 16h45m, 21h. Shopping Iguatemi 1 (3-D):21h. Shopping Iguatemi 3 (dub): 13h40m,16h20m, 18h50m, 21h20m. UCI Kinoplex 01(3-D): dub, 13h, 15h30m, 18h; leg, 20h30m.UCI Kinoplex 04 (dub): 14h30m, 17h, 19h30m,22h.Zona Oeste : Cine 10 Sulacap 1 (3-D/dub):16h20m, 21h10m. Cine 10 Sulacap 5 (dub):14h10m, 16h30m, 19h15m, 21h40m. CineSesc Freguesia 1 (dub): 19h40m, 21h45m. Ci-nesercla PátioMix 2 (dub): 20h30m. CineserclaPátioMix 3 (3-D/dub): 18h40m, 20h50m. Ci-nesystem Bangu 2 (3-D): dub, 14h30m,19h30m, 22h; leg, 17h. Cinesystem Bangu 5(dub): 16h30m, 21h45m. Kinoplex West Shop-ping 2 (3-D/dub): 13h50m, 19h, 21h35m. UCIParkShopping Campo Grande 4 (3-D): dub,13h30m, 16h, 18h30m; leg, 21h.Zona Sul: Cinemark Botafogo 3 (3-D): 13h, 16h,18h30m, 21h40m. Cinépo l i s Lagoon 2:19h30m, 22h20m. Cinépolis Lagoon 5 (3-D):14h, 16h30m, 18h55m, 21h30m. Espaço Itaúde Cinema 4: 19h, 21h30m. Kinoplex FashionMall 2 (3-D): 21h. Kinoplex Leblon 1 (3-D):18h30m, 21h. Kinoplex Leblon 3: 20h50m. Ki-noplex São Luiz 4 (3-D): 13h50m, 18h50m,21h20m. Rio Sul 2 (3-D): 18h40m, 21h10m.Rio Sul 4: 15h50m. Roxy 3 (3-D): 18h30m, 21h.Redondezas: Cine Bauhaus 2: 14h, 16h16m,18h20m, 20h40m. Cine Show Nova Friburgo 2(3-D): dub, 19h; leg, 21h15m. Cine Show Tere-sópolis 3 (3-D): dub, 19h; leg, 21h20m. Cine-maxx Mercado Estação 1 (dub): 14h, 16h20m,18h40m, 21h.

> ‘Jards’.De Eryk Rocha (Brasil, 2012).Documentário musical. A vida e obra do cantor,músico e ator carioca Jards Macalé. 93 minutos.Não recomendado para menores de 12 anos.Zona Sul: Espaço Itaú de Cinema 3: 22h10m.

> ‘Juan e a bailarina’. De Raphael Aguinaga(Brasil/Argentina, 2011). Com Marilu Marini, Ar-turo Goetz, Luis Margano.Comédia. Grupo de idosos que vive em asilo des-cobre, durante as férias da enfermeira, que a Igre-ja Católica clonou Jesus Cristo. Com isso, o localacaba ficando uma bagunça. 95 minutos. Não re-comendado para menores de 12 anos.Zona Sul:Cine Joia: 13h (exceto seg).

> ‘Amemória queme contam’.De Lucia Murat(Brasil, 2013). Com Simone Spoladore, Irene Ra-vache, Otávio Augusto.Drama. Último elo de um grupo de amigos que re-sistiram à ditadura militar, a ex-guerrilheira Anaestá morrendo. Na sala de espera da casa de saú-de, todos se reencontram, e suas histórias aflo-ram. 95 minutos. Não recomendado para meno-res de 14 anos.Zona Sul:Candido Mendes: 14h30m. Estação Bo-tafogo 2: 13h, 18h35m.

> ‘Minha mãe é uma peça’. De André Pellenz(Brasil, 2012). Com Paulo Gustavo, Ingrid Gui-marães, Herson Capri.Comédia. Adaptação da peça homônima. DonaHermínia, uma mulher de meia-idade e recém-se-parada, só sabe cuidar da vida dos filhos e fofocar.95 minutos. Não recomendado para menores de12 anos.Baixada:CinemaxxUnigranrioCaxias2:13h40m,15h40m, 17h20m, 19h10m, 21h. CineserclaN i lópo l i s Square 3: 14h45m, 16h45m,18h45m, 20h45m. Kinoplex Grande Rio 4:13h40m, 15h40m, 17h40m, 19h40m,21h40m. Kinoplex Grande Rio 6: 13h, 15h, 17h,19h, 21h10m. Kinoplex Topshopping 3:13h10m, 15h10m, 17h10m, 19h10m,21h10m. Multiplex Caxias 3: 13h, 15h, 17h,19h, 21h.Barra da Tijuca/Recreio: Cinemark Downtown 04:14h10m, 16h20m, 18h40m, 21h20m (excetoseg) . Cinemark Downtown 05: 13h30m,15h50m, 18h, 20h10m (exceto seg), 22h30m(exceto seg). Cinemark VillageMall 2: 19h50m,22h. Cinesystem Recreio Shopping 4: 18h,19h55m, 21h50m. Espaço Rio Design 2: 14h,16h, 18h, 20h, 22h. Star Center 2: 15h20m,17h10m, 19h, 20h50m. UCI New York City Cen-ter 03: 13h, 15h, 17h, 19h, 21h. UCI New YorkCity Center 13: 14h, 16h, 18h, 20h, 22h.Cent ro : Odeon: 13h10m, 15h, 16h50m,18h40m, 20h30m, 21h (seg, ter e qui).Ilha do Governador: Cinesystem Ilha Plaza 1:14h10m, 16h05m, 18h, 19h55m, 21h55m.Niterói/São Gonçalo: Bay Market 1: 13h30m,15h30m, 17h30m, 19h30m, 21h30m. BayMarket 2: 21h30m. Cinemark Plaza Shopping 3:13h45m, 15h50m, 18h10m, 20h40m. Cine-mark Plaza Shopping 5: 13h, 17h20m, 22h. Ci-népolis Box São Gonçalo 5: 13h, 15h30m,17h35m, 19h40m, 22h10m. Cinépolis Box SãoGonçalo 6: 14h, 18h50m. CinEspaço Boulevard2: 13h30m, 15h20m, 17h10m, 19h10m. Ci-nEspaço Boulevard 4: 14h, 16h, 18h, 20h,21h40m.Zona Norte: CineCarioca Méier 3: 15h30m,17h30m, 19h30m, 21h30m. CineCarioca NovaBras í l i a : 17h30m. Cinemark Car ioca 1:12h20m,14h30m,16h50m,19h,21h10m.Ci-nemark Carioca 5: 11h20m, 13h30m, 15h50m,18h, 20h, 22h. Cinesystem Via Brasil Shopping1: 14h15m, 16h10m, 18h05m, 20h, 22h. Ci-nesystem Via Brasil Shopping 6: 21h40m. Kino-plex Madureira 3: 13h30m, 15h30m, 17h30m,19h30m, 21h35m. Kinoplex Nova América 1:13h, 15h, 17h, 19h, 21h. Kinoplex Nova Améri-ca 6: 13h30m, 15h30m, 17h30m, 19h30m,21h30m. Kinoplex Shopping Tijuca 2: 13h50m,16h, 18h, 20h, 22h20m. Kinoplex Shopping Ti-juca 6: 13h05m, 15h05m, 17h10m, 19h10m,21h10m. Multiplex Jardim Guadalupe 2: 14h,15h50m, 17h40m, 19h30m, 21h20m. PontoCine: 14h (exceto seg), 16h (exceto seg), 18h (ex-ceto seg), 20h (exceto seg). Shopping Iguatemi 5:13h50m, 15h50m, 17h50m, 19h50m,21h50m. Shopping Iguatemi 7: 13h30m,15h30m, 17h30m, 19h40m, 21h45m. UCI Ki-noplex 05: 13h30m (ter), 15h50m, 17h45m,19h40m, 21h40m. UCI Kinoplex 06: 14h25m,16h20m, 18h15m, 20h10m, 22h05m.Zona Oeste : Cine 10 Sulacap 4: 13h35m,15h55m, 17h50m, 19h45m, 21h45m. CineSesc Freguesia 2: 14h45m, 16h30m, 18h20m,20h10m, 21h50m. Cinesercla PátioMix 1:14h50m, 16h50m, 18h50m. Cinesystem Ban-gu 6: 13h30m, 15h30m, 17h30m, 19h25m,21h30m. Kinoplex West Shopping 1: 13h30m,15h30m, 17h30m, 19h30m, 21h30m. UCIParkShopping Campo Grande 2: 14h25m,16h20m, 18h15m, 20h10m, 22h05m. UCIParkShopping Campo Grande 5: 13h50m,15h45m, 17h40m, 19h35m, 21h30m.Zona Sul: Cine Star Special Laura Alvim 3: 14h,15h50m, 17h40m, 19h30m, 21h20m. Cine-mark Botafogo 5: 11h40m, 14h, 16h20m,18h50m, 20h50m. Cinépo l i s Lagoon 3:13h20m, 15h20m, 17h30m, 19h50m, 22h.Espaço Itaú de Cinema 2: 14h, 16h, 18h, 20h,22h. Estação Vivo Gávea 2: 13h10m, 14h50m,16h30m, 18h10m, 19h55m, 21h40m. Kino-plex Fashion Mal l 4: 15h30m, 17h30m,19h30m, 21h30m. Kinoplex São Luiz 2:13h30m, 15h30m, 17h30m, 19h30m,21h30m. Leblon 1: 14h, 16h, 18h, 19h55m,21h50m. Rio Su l 1: 13h30m, 15h30m,17h30m, 19h30m, 21h30m. Roxy 1: 13h20m,15h20m, 17h20m, 19h20m, 21h20m.Redondezas : Cine Show Nova Fr iburgo 1:15h50m, 17h40m, 19h30m, 21h20m. CineShow Teresópol is 1: 15h50m, 17h40m,19h30m, 21h20m. Cinemaxx Mercado Estação2: 14h30m, 16h10m, 17h50m, 19h30m,21h20m.

> ‘Odeio o dia dos namorados’. De RobertoSantucci (Brasil, 2013). Com Heloisa Périssé,Daniel Boaventura, Danielle Winits.Comédia. A publicitária Débora precisa criar umacampanha romântica para o Dia dos Namorados,mas esbarra em dois problemas: é a pessoa me-nos sentimental do mundo e o cliente que têm queaprovar o trabalho é Heitor, um ex-namorado queela dispensou de forma humilhante. 101 minu-tos. Não recomendado para menores de 14 anos.Baixada:Cine-Teatro Oscarito: 14h, 16h, 18h.

> ‘Qual é o nome do bebê?’. “Le prénom”. DeAlexandre de la Patellière, Mathieu Delaporte(França/Bélgica, 2012). Com Patrick Bruel, Valé-rie Benguigui, Charles Berling.Comédia. Vincent é um quarentão às vésperas deserpai pelaprimeira vez.Duranteum jantar naca-sa da irmã, questões familiares afloram, e segre-dosconstrangedores são revelados.110minutos.Não recomendado para menores de 12 anos.Zona Sul: Estação Botafogo 3: 13h20m.

> ‘O que traz boas novas’. “Monsieur Lazhar”.De Philippe Falardeau (Canadá, 2011). Com Mo-hamed Fellag, Sophie Nélisse, Émilien Néron.Comédia dramática. Um imigrante argelinocontratado para substituir a professora que co-meteu suicídio provoca profundas mudançasnuma escola de ensino médio em Montreal. 94minutos. Não recomendado para menores de12 anos.Zona Sul: Estação Botafogo 2: 14h50m.

Product: OGloboSegundoCaderno PubDate: 08-07-2013 Zone: Nacional Edition: 1 Page: PAGINA_G User: Schinaid Time: 07-07-2013 16:52 Color: CMYK

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8 l O GLOBO l SegundoCaderno l Segunda-feira 8 .7 .2013

RioShowEste caderno não se responsabiliza por mudanças em preços e horários. Ambos são fornecidos pelos organizadores dos espetáculos.

Como nem todas as casas fornecem a classificação etária, é recomendável a pais e responsáveis a consulta prévia por telefone, fax ou e-mail.

Zona Sul> Candido Mendes— Rua Joana Angélica63, Ipanema — 2523-3663. (80 lugares): Amemória que me contam, 14h30m; Ferru-gem e osso, 16h20m; Elena, 18h40m; e Acaça, 20h15m. R$ 16 (seg a qui) e R$ 18(sex a dom e feriados).

> Cine Joia— Av. Nossa Senhora de Copaca-bana 680, subsolo H, Copacabana — 2236-5624. (87 lugares): Juan e a bailarina, 13h(exceto seg); A caça, 15h (exceto seg); A espu-ma dos dias, 17h15m (exceto seg); César devemorrer, 19h30m (exceto seg); e Faroeste ca-boclo, 21h (exceto seg). R$ 10 (seg a qui) e R$16 (sex a dom e feriados).

> Cine Star Special Laura Alvim— Av.Vieira Souto 176, Ipanema — 2522-3180.Sa la 1 (53 lugares) : Truque de mestre ,14h20m, 16h40m, 19h, 21h30m. Sala 2(29 lugares): Os amantes passageiros,14h30m, 16h10m, 17h50m, 19h30m,21h10m. Sala 3 (41 lugares): Minha mãe éu m a p e ç a , 1 4 h , 1 5 h 5 0 m , 1 7 h 4 0 m ,19h30m, 21h20m. R$ 18 (qua), R$ 20(seg, ter e qui) e R$ 24 (sex a dom e feriados).

> Cinemark Botafogo— Botafogo PraiaShopping, 8° piso, Praia de Botafogo 400,Botafogo — 2237-9485. Sala 1 (124 luga-res): Meu malvado favorito 2, dub, 12h,14h20m, 16h50m, 19h10m; e Além da es-curidão - Star Trek, 21h20m (até qua). Sala2 ( 1 3 9 l u g a r e s ) : T r u q u e d e m e s t r e ,12h10m, 15h10m, 18h10m, 20h30m. Sa-la 3 (219 lugares): Guerra Mundial Z, (3-D),13h, 16h, 18h30m, 21h40m. Sala 4 (186lugares): Universidade Monstros, dub,1 2 h 3 0 m , 1 5 h , 1 7 h 3 0 m , 1 9 h 5 0 m ,22h10m. Sala 5 (290 lugares): Minha mãe éu m a p e ç a , 1 1 h 4 0 m , 1 4 h , 1 6 h 2 0 m ,18h50m, 20h50m. Sala 6 (290 lugares):Meu malvado favorito 2, (3-D), dub, 11h,13h20m, 15h30m, 17h50m, 20h10m. R$15 (qua), R$ 16 (seg, ter e qui, até as 17h),R$ 18 (seg, ter e qui, após as 17h), R$ 20(sex a dom e feriados, até 17h), R$ 22 (sex adom e feriados, após as 17h), R$ 23 (qua, 3-D), R$ 24 (seg, ter e qui, 3-D) e R$ 28 (sex adom e feriados, 3-D). Toda semana, na Ses-são Desconto, um filme do horário das 15hcusta apenas R$ 6 (consulte o filme da se-mana por telefone, no site www.cinemark-.com.br ou no próprio cinema).

> Cinépolis Lagoon— Estádio de Remo daLagoa, Av. Borges de Medeiros 1.424, Lagoa— 3029-2544. Sala 1 (235 lugares): Truquede mestre, 13h40m, 16h05m, 18h30m,20h55m. Sala 2 (150 lugares): UniversidadeMonstros, dub, 14h50m, 17h10m; e GuerraMundial Z, 19h30m, 22h20m. Sala 3 (162 lu-gares): Minha mãe é uma peça, 13h20m,15h20m, 17h30m, 19h50m, 22h. Sala 4(173 lugares): Meu malvado favorito 2, (3-D),dub, 13h, 15h40m, 18h, 20h15m. Sala 5(161 lugares): Guerra Mundial Z, (3-D), 14h,16h30m, 18h55m, 21h30m. Sala 6 (232 lu-gares): Meu malvado favorito 2, (3-D), dub,14h30m, 16h45m, 19h, 21h15m. R$ 18(qua, exceto feriados), R$ 21 (seg, ter e qui),R$ 26 (qua, exceto feriados, salas 3-D; sex adom e feriados), R$ 27 (seg, ter e qui, salas 3-D) e R$ 32 (sex a dom e feriados, salas 3-D).

> Espaço Itaú de Cinema— Praia de Botafo-go 316, Botafogo — 2559-8750. Sala 1 (150lugares): O futuro, 13h (até qua), 18h30m; eOs amantes passageiros, 14h50m (até qua),16h40m, 20h10m, 22h.Sala 2 (126 lugares):Minha mãe é uma peça, 14h, 16h, 18h, 20h,22h. Sala 3 (109 lugares): Tabu, 13h30m,15h40m, 17h50m, 20h; e Jards, 22h10m.Sala 4 (165 lugares): Meu malvado favorito 2,(3-D), dub, 13h, 15h, 17h; e Guerra MundialZ, 19h, 21h30m. Sala 5 (136 lugares): DossiêJango, 14h, 16h, 18h, 20h, 22h. Sala 6 (250lugares): Truque de mestre, dub, 14h,16h30m, 19h, 21h30m. R$ 16 (qua, excetoferiados), R$ 21 (seg, ter e qui, exceto feria-dos), R$ 25 (sex a dom e feriados), R$ 28 (sega qui, exceto feriados, 3-D) e R$ 30 (sex a dome feriados, 3-D).

> Espaço Museu da República— Rua doCatete 153, Catete — 3826-7984. (90 lu-gares): Faroeste caboclo, 14h, 18h; e Ele-na, 16h, 20h. R$ 12 (seg a qui) e R$ 16 (sexa dom e feriados).

> Estação Botafogo— Rua Voluntários daPátria 88, Botafogo — 2226-1988. Sala 1(280 lugares): A espuma dos dias, 14h,16h30m, 19h, 21h30m. Sala 2 (41 luga-res) : A memória que me contam , 13h,18h35m; O que traz boas novas, 14h50m;Uma garrafa no mar de Gaza, 16h40m;Querida, vou comprar cigarros e já volto,20h25m; e Segredos de sangue, 22h. Sala 3(66 lugares) : Qual é o nome do bebê? ,13h20m; Adeus, minha rainha, 15h30m; Adatilógrafa, 17h30m; A caça, 19h40m; eFerrugem e osso, 21h50m. R$ 14 (qua), R$15 (seg a qui), R$ 16 (seg, ter e qui, salas 2 e3), R$ 18 (seg, ter e qui, sala 1), R$ 20 (sex adom e feriados, salas 2 e 3) e R$ 22 (sex adom e feriados, sala 1).

> Estação Ipanema— Rua Visconde de Pi-rajá 605, Ipanema — 2279-4603. Sala 1( 1 4 1 l u g a r e s ) : U m a d a m a e m P a r i s ,13h50m, 15h50m, 17h45m, 19h40m; eOs amantes passageiros, 21h30m. Sala 2(163 lugares): Hannah Arendt, 14h30m,16h45m, 19h, 21h15m. R$ 18 (qua), R$20 (seg, ter e qui) e R$ 24 (sex a dom e feria-dos).

> Estação Rio— Rua Voluntários da Pátria35, Botafogo — 2266-9952. Sala 1 (267 lu-gares): Antes da meia-noite, 13h50m,17h50m, 21h50m; e Os amantes passagei-ros, 16h, 20h. Sala 2 (228 lugares): HannahArendt, 14h30m, 16h45m, 19h, 21h20m.Sala 3 (104 lugares): Uma dama em Paris,1 4 h 1 5 m , 1 6 h 1 0 m , 1 8 h , 1 9 h 5 0 m ,21h40m. R$ 14 (qua), R$ 18 (seg, ter e qui)e R$ 22 (sex a dom e feriados).

> Estação Vivo Gávea— Shopping da Gá-vea, 4º piso, Rua Marquês de São Vicente52, Gávea — 3875-3011. Sala 1 (79 luga-res): Os amantes passageiros, 13h15m,1 5 h , 1 6 h 4 5 m , 1 8 h 3 0 m , 2 0 h 2 0 m ,22h10m. Sala 2 (126 lugares): Minha mãe éuma peça, 13h10m, 14h50m, 16h30m,18h10m, 19h55m, 21h40m. Sala 3 (91 lu-ga res ) : A espuma dos d ias , 13h50m,16h20m, 19h, 21h30m. Sala 4 (84 luga-res): Antes da meia-noite, 14h, 19h10m; eO grande Gatsby, 16h10m, 21h20m. Sala 5(156 lugares): Truque de mestre, 13h,15h15m, 17h30m, 19h45m, 22h. R$ 18(qua), R$ 22 (seg, ter e qui), R$ 26 (sex adom e feriados; qua, 3-D), R$ 27 (seg, ter equi, 3-D) e R$ 32 (sex a dom e feriados, 3-D).

> Instituto Moreira Salles — Rua Mar-quês de São Vicente 476, Gávea — 3284-7400. Sala 1 (120 lugares): pré-estreia de Abela que dorme, 14h (exceto seg), 18h (ter equi); e Hannah Arendt, 16h (exceto seg),20h (ter e qui). R$ 16 (ter, qua e qui) e R$ 18(sex a dom e feriados).

> Kinoplex Fashion Mall— Fashion Mall,2º piso, Estrada da Gávea 899, São Conrado— 2461-2461. Sala 1 (139 lugares): Truquede mestre, 14h, 16h30m, 19h, 21h30m.Sala 2 (195 lugares): Meu malvado favorito2 , ( 3 - D ) , d u b , 1 4 h 3 0 m , 1 6 h 4 0 m ,18h50m; e Guerra Mundial Z, (3-D), 21h.Sala 3 (114 lugares): Os amantes passagei-ros, 14h10m, 16h10m; A espuma dos dias,18h10m; e pré-estreia de O cavaleiro solitá-rio, 20h50m. Sala 4 (129 lugares): Minhamãe é uma peça , 15h30m, 17h30m,19h30m, 21h30m. R$ 21 (qua), R$ 23(seg, ter e qui), R$ 27 (sex a dom e feriados;qua, 3-D), R$ 29 (seg, ter e qui, 3-D) e R$ 33(sex a dom e feriados, 3-D).

> Kinoplex Leblon— Shopping Leblon, 4ºpiso, Av. Afrânio de Melo Franco 290, Le-blon — 2461-2461. Sala 1 (170 lugares):U n i v e r s i d a d e M o n s t r o s , ( 3 - D ) , d u b ,13h50m, 16h10m; e Guerra Mundial Z, (3-D), 18h30m, 21h. Sala 2 (171 lugares): Tru-q u e d e m e s t r e , 1 4 h , 1 6 h 3 0 m , 1 9 h ,21h30m. Sala 3 (172 lugares): Meu malva-do favorito 2 , dub, 14h10m, 16h20m,18h40m; e Guerra Mundial Z, 20h50m. Sa-la 4 (161 lugares): Meu malvado favorito 2,(3 -D ) , dub , 13h30m, 15h40m, 18h ,20h25m. R$ 19 (qua), R$ 23 (seg, ter equi), R$ 27 (sex a dom e feriados; qua, 3-D),R$ 29 (seg, ter e qui, 3-D) e R$ 33 (sex a dome feriados, 3-D).

> Kinoplex São Luiz— Rua do Catete 311,Flamengo — 2461-2461. Sala 1 (140 luga-res): Truque de mestre, 14h10m, 18h40m,21h10m; e Os amantes passage i r o s ,16h40m. Sala 2 (258 lugares): Minha mãe é

uma peça, 13h30m, 15h30m, 17h30m,19h30m, 21h30m. Sala 3 (267 lugares):Meu malvado favorito 2, (3-D), dub, 14h,16h10m, 18h20m, 20h30m. Sala 4 (149lugares): Universidade Monstros, (3-D),dub, 16h20m; e Guerra Mundial Z, (3-D),13h50m, 18h50m, 21h20m. R$ 17 (qua),R$ 18 (ter e qui, até as 17h), R$ 20 (seg, ter equi, após as 17h), R$ 23 (sex a dom e feria-dos, até as 17h), R$ 24 (sex a dom e feriados,após as 17h; qua, 3-D), R$ 25 (seg a qui, 3-D) e R$ 29 (sex a dom e feriados, 3-D).

> Leblon— Av. Ataulfo de Paiva 391, lojasA e B, Leblon — 2461-2461. Sala 1 (640 lu-gares): Minha mãe é uma peça, 14h, 16h,18h, 19h55m, 21h50m. Sala 2 (300 luga-res): Os amantes passageiros, 15h, 17h,19h; e pré-estreia de O cavaleiro solitário,21h. R$ 19 (qua), R$ 23 (seg, ter e qui, exce-to feriados), R$ 27 (sex a dom e feriados;qua, 3-D), R$ 29 (seg, ter e qui, exceto feria-dos, 3-D) e R$ 33 (sex a dom e feriados, 3-D).

> Rio Sul— Shopping Rio Sul, 4º piso, RuaLauro Müller 116, Botafogo — 2461-2461.Sala 1 (159 lugares): Minha mãe é uma peça,13h30m, 15h30m, 17h30m, 19h30m,21h30m. Sala 2 (209 lugares): Meu malvadofavorito 2, (3-D), dub, 14h20m, 16h30m; eG u e r r a M u n d i a l Z , ( 3 - D ) , 1 8 h 4 0 m ,21h10m. Sala 3 (151 lugares): Todo mundoem pânico 5, 14h; e Truque de mestre, 16h,18h30m, 21h. Sala 4 (156 lugares): Meum a l v a d o f a v o r i t o 2 , d u b , 1 3 h 4 0 m ,18h20m, 20h30m; e Guerra Mundial Z,15h50m. R$ 17 (qua), R$ 18 (seg, ter e qui,até as 17h), R$ 20 (seg, ter e qui, após as17h), R$ 23 (sex a dom e feriados, até as17h), R$ 24 (sex a dom e feriados, após as17h; qua, 3-D), R$ 25 (ter e qui, 3-D; seg aqui, 3-D) e R$ 28 (sex a dom e feriados, 3-D).

> Roxy— Av. Nossa Senhora de Copacaba-na 945, Copacabana — 2461-2461. Sala 1(304 lugares): Minha mãe é uma peça,13h20m, 15h20m, 17h20m, 19h20m,21h20m. Sala 2 (306 lugares): Truque demestre, 13h30m, 18h10m, 20h40m; e Osamantes passageiros, 16h. Sala 3 (309 luga-res): Meu malvado favorito 2, (3-D), dub,14h, 16h10m; e Guerra Mundial Z, (3-D),18h30m, 21h. R$ 17 (qua), R$ 18 (seg, tere qui, até as 17h), R$ 20 (seg, ter e qui, apósas 17h), R$ 23 (sex a dom e feriados, até as17h), R$ 24 (sex a dom e feriados, após as17h; qua, 3-D), R$ 25 (seg a qui, 3-D) e R$29 (sex a dom e feriados, 3-D).

Barra daTijuca/Recreio> Cinemark Downtown— Shopipng Down-town, bloco 17, 2º piso, Av. das Américas 500,BarradaTijuca—2494-5004.Sala01 (143 lu-gares):UniversidadeMonstros, dub,12h30m,15h, 17h30m, 20h (exceto seg); e pré-estreiade O cavaleiro solitário, 22h40m (exceto seg).Sala 02 (131 lugares): Universidade Monstros,dub, 11h30m, 14h, 16h30m; e Guerra Mun-dial Z, 19h (exceto seg), 22h20m (exceto seg).Sala 03 (261 lugares): Meu malvado favorito 2,(3-D), dub, 12h, 14h40m, 17h20m, 19h50m(exceto seg).Sala 04 (286 lugares): Minha mãeé uma peça, 14h10m, 16h20m, 18h40m,21h20m (exceto seg). Sala 05 (159 lugares):Minha mãe é uma peça, 13h30m, 15h50m,18h, 20h10m (exceto seg), 22h30m (excetoseg). Sala 07 (172 lugares): Truque de mestre,12h10m, 15h10m, 17h40m, 20h20m (exce-to seg).Sala 08 (297 lugares):Meumalvado fa-vorito 2, (3-D), dub, 11h20m, 13h40m, 16h,18h20m, 20h50m (ter, qua e qui). Sala 09(154 lugares): Truque de mestre, 10h40m,13h10m, 16h10m, 19h20m (exceto seg),22h10m (exceto seg). Sala 10 (172 lugares):Guerra Mundial Z, (3-D), 12h50m, 15h30m,18h30m, 21h10m (exceto seg). Sala 11 (145lugares): Meu malvado favorito 2, dub,14h20m, 16h50m, 19h10m (exceto seg),21h50m (ter e qua).Sala 12 (267 lugares): Meumalvado favorito 2, dub, 13h, 15h20m,17h50m, 20h30m (exceto seg). R$ 13 (qua),R$ 16 (seg, ter e qui, até as 17h), R$ 18 (seg,ter e qui, após as 17h; sex a dom e feriados, atéas 17h), R$ 21 (sex a dom e feriados, após as17h), R$ 22 (qua, 3-D), R$ 23 (seg, ter e qui,3-D) e R$ 25 (sex a dom e feriados, 3-D). Todasemana, na Sessão Desconto, um filme do ho-rário das 15h custa apenas R$ 6 (consulte ofilme da semana pelo telefone, no site www.ci-nemark.com.br ou no próprio cinema).

> Cinemark VillageMall— Av. das Améri-cas, Barra da Tijuca. Sala 1 (86 lugares): Meumalvado favo r i t o 2 , (3 -D ) , dub , 13h ,15h30m, 18h, 20h30m. Sala 2 (86 luga-res): Universidade Monstros, (3-D), dub,12h, 14h30m, 17h10m; e Minha mãe éuma peça, 19h50m, 22h. Sala 3 (86 luga-res): Guerra Mundial Z, (3-D), 12h30m,15h20m, 18h20m, 21h. Sala 4 (72 luga-res): Truque de mestre, 13h30m, 16h20m,19h, 21h40m. R$ 42 (seg, ter e qui, até as17h), R$ 43 (qua), R$ 44 (seg, ter e qui,após as 17h), R$ 45 (sex a dom e feriados,até as 17h), R$ 46 (qua, 3-D), R$ 47 (seg,ter e qui, 3-D), R$ 50 (sex a dom e feriados,após as 17h) e R$ 56 (sex a dom e feriados,3-D).

> Cinesystem Recreio Shopping— Av.das Américas 19.019, Recreio dos Bandei-rantes — 4003-7049. Sala 1 (286 lugares):Guerra Mundial Z, (3-D), dub, 14h20m,19h20m; leg, 16h50m, 22h. Sala 2 (286 lu-gares): Meu malvado favorito 2, (3-D), dub,14h30m, 16h40m, 19h, 21h20m. Sala 3(212 lugares): Meu malvado favorito 2, dub,13h30m, 15h35m, 17h40m, 19h50m; epré-estreia de O cavaleiro solitário, dub,22h. Sala 4 (212 lugares): UniversidadeMonstros, dub, 13h50m, 15h50m; e Minhamãe é uma peça, 18h, 19h55m, 21h50m.R$ 17 (seg e qua), R$ 18 (qui), R$ 19 (sex adom e feriados, até 17h; ter), R$ 21 (sex adom e feriados, após 17h), R$ 23 (seg e qua,3-D), R$ 24 (ter, 3-D), R$ 25 (qui, 3-D) e R$26 (sex a dom e feriados, 3-D). PromoçãoTerça Mais Cinema: ingressos a R$ 9 (salas2-D) e R$ 11,50 (salas 3-D). Promoção LadyQuarta: toda segunda quarta-feira do mês,mulheres pagam meia-entrada (inclusivenas salas 3-D). Promoção do Beijo: às quin-tas-feiras, o casal que der um beijo na bilhe-teria paga R$ 15 (o casal) ou R$ 22 (o casal,3-D). Promoções por tempo indeterminadoe não válidas para feriados.

> Espaço Rio Design— Rio Design Barra, 3ºpiso, Av. das Américas 7.777, Barra da Tijuca— 2438-7590. Sala 1 (149 lugares): Meu mal-vado favor i to 2 , (3-D) , dub, 14h30m,16h50m; e Guerra Mundial Z, (3-D), 19h,21h30m. Sala 2 (88 lugares): Minha mãe éuma peça, 14h, 16h, 18h, 20h, 22h. Sala Vip(116 lugares): Truque de mestre, dub, 14h,19h, 21h30m; e Os amantes passageiros,17h30m.R$21(segaqui),R$26(sexadomeferiados), R$ 28 (seg a qui, 3-D), R$ 30 (sex adom e feriados, 3-D), R$ 36 (seg a qui, SalaVIP) e R$ 44 (sex a dom e feriados, Sala VIP).

> Estação Barra Point — Barra PointShopping, 3º piso, Av. Armando Lombardi350, Barra da Tijuca — 3419-7431. Sala 1(165 lugares): Uma dama em Paris, 14h,1 9 h 4 0 m ; O s a m a n t e s p a s s a g e i r o s ,15h50m, 21h30m; e Antes da meia-noite,17h35m. Sala 2 (165 lugares): HannahArendt, 14h15m, 19h; e A espuma dos dias,16h30m, 21h15m. R$ 18 (qua), R$ 20(seg, ter e qui) e R$ 24 (sex a dom e feriados).

> Star Center Shopping Rio— Av. Gere-mário Dantas 404, Tanque, Jacarepaguá —3312-5232. Sala 1 (208 lugares): Meu mal-v a d o f a v o r i t o 2 , d u b , 1 5 h , 1 6 h 5 0 m ,18h40m, 20h30m. Sala 2 (148 lugares):Minha mãe é uma peça, 15h20m, 17h10m,19h, 20h50m. Sala 3 (148 lugares): Univer-sidade Monstros, dub, 14h10m, 16h20m,18h30m, 20h40m. Sala 4 (148 lugares):Guerra Mundial Z, dub, 14h, 16h20m,18h40m, 21h. R$ 14 (seg, qua e qui) e R$16 (ter; sex a dom e feriados). Às terças equarta-feiras, todos pagam meia-entrada.Promoção por tempo indeterminado e nãoválida para feriados e salas 3-D.

> UCI New York City Center— Av. das Amé-ricas 5.000, Barra da Tijuca — 2461-1818.Sala 01 (168 lugares): Universidade Monstros,dub, 14h, 16h20m, 18h40m, 21h. Sala 02(238 lugares): Meu malvado favorito 2, (3-D),dub, 13h20m, 15h30m, 17h40m, 19h50m,22h. Sala 03 (383 lugares): Minha mãe é umapeça, 13h, 15h, 17h, 19h, 21h. Sala 04/IMAX(383 lugares): Guerra Mundial Z, (3-D),13h45m, 16h15m, 18h45m, 21h15m. Sala05 (299 lugares): Truque de mestre, 13h15m,15h40m, 18h05m, 20h30m.Sala 06 (173 lu-gares): Todo mundo em pânico 5, dub, 14h,16h, 18h; leg, 20h, 22h. Sala 07 (158 luga-

res): Se beber, não case! - Parte 3, 13h10m,15h20m, 17h30m, 19h40m, 21h50m. Sala08/De Lux (297 lugares): Truque de mestre,14h, 16h25m, 18h50m, 21h15m. Sala 09/De Lux (159 lugares): Universidade Monstros,(3-D), dub, 13h, 15h20m, 17h40m, 20h;leg, 22h20m. Sala 10 (166 lugares): Além daescur idão - Star T rek , 13h15m, 16h,18h45m, 21h30m.Sala 11 (215 lugares): Uni-versidade Monstros, dub, 14h20m, 16h40m,19h, 21h20m. Sala 12 (252 lugares): Meumalvado favorito 2, (3-D), dub, 14h40m,16h50m, 19h, 21h10m. Sala 13 (383 luga-res): Minha mãe é uma peça, 14h, 16h, 18h,20h, 22h. Sala 14 (252 lugares): Guerra Mun-dial Z, (3-D), 14h15m, 16h45m, 19h15m,21h45m. Sala 15 (215 lugares): Guerra Mun-dial Z, dub, 13h, 15h30m, 18h, 20h45m. Sa-la 16 (166 lugares): Faroeste caboclo, 13h,15h15m, 17h30m, 19h45m, 22h. Sala 17(297 lugares): Meu malvado favorito 2, dub,13h50m, 16h, 18h10m, 20h20m, 22h30m.Sala 18 (277 lugares): Meu malvado favorito 2,dub, 13h, 15h10m, 17h20m, 19h30m,21h40m. R$ 13 (qua), R$ 15 (seg, ter e qui,até as 17h), R$ 19 (seg, ter e qui, após as17h), R$ 20 (sex a dom e feriados, até as 17h),R$ 22 (sex a dom e feriados, após as 17h), R$23 (qua, IMAX), R$ 24 (seg, ter e qui, 3-D), R$25 (qua, IMAX, 3-D), R$ 26 (IMAX), R$ 27(sex a dom e feriados, 3-D), R$ 35 (exceto qua,IMAX, 3-D), R$ 44 (seg a qui, DeLux), R$ 46(sex a dom e feriados, DeLuxe, até as 17h; sega qui, DeLux, 3-D), R$ 50 (sex a dom e feria-dos, DeLuxe, após as 17h), R$ 51 (sex a dom eferiados, DeLuxe, 3-D, até as 17h) e R$ 56(sex a dom e feriados, DeLux, 3-D, após as17h). Sessão Família: ingressos a R$ 15 (sáb,dom e feriados, até 13h55m). Ticket Família:nacompradequatro ingressos—2adultose2crianças de até 12 anos —, a família paga R$46 (salas 2-D), R$ 60 (salas 3-D), R$ 58(IMAX 2-D), R$ 78 (IMAX 3-D). Promoçõespor tempo indeterminado.

ZonaNorte> CineCarioca Méier— Rua Dias da Cruz,Méier — 24612461. Sala 1 (164 lugares):Meu malvado favorito 2, (3-D), dub, 14h50m,17h,19h15m,21h25m.Sala 2 (116 lugares):Universidade Monstros, dub, 14h30m,16h50m; e Guerra Mundial Z, 19h10m,21h40m. Sala 3 (114 lugares): Minha mãe éuma peça, 15h30m, 17h30m, 19h30m,21h30m. R$ 14 (qua), R$ 15 (seg a qui), R$19(sexadome feriados; segaqui,3-D;qua,3-D) e R$ 23 (sex a dom e feriados, 3-D).

> CineCarioca Nova Brasília — PraçaNossa Senhora de Fátima, Rua Nova Brasílias/nº, Bonsucesso. (93 lugares): Meu malva-d o f a v o r i t o 2 , ( 3 - D ) , d u b , 1 3 h 3 0 m ,15h30m; Truque de mestre, dub, 19h20m;Guerra Mundial Z, (3-D), dub, 21h40m; eMinha mãe é uma peça, 17h30m. R$ 4,50(moradores da região, estudantes e profes-sores) e R$ 9.

> Cinemark Carioca— Carioca Shopping,Av. Vicente Carvalho 909, Vicente de Carva-lho — 3688-2340. Sala 1 (282 lugares): Mi-nha mãe é uma peça, 12h20m, 14h30m,16h50m, 19h, 21h10m. Sala 2 (188 luga-res): Guerra Mundial Z, dub, 13h20m, 16h,18h40m, 21h20m. Sala 3 (188 lugares):Meu ma l vado fa vo r i t o 2 , (3 -D ) , dub ,13h10m, 15h30m, 17h50m, 20h10m,22h30m. Sala 4 (312 lugares): Meu malva-do favorito 2, dub, 12h30m, 14h50m,17h05m, 19h20m, 21h40m. Sala 5 (312lugares): Minha mãe é uma peça, 11h20m,13h30m, 15h50m, 18h, 20h, 22h. Sala 6(228 lugares): Truque de mestre, dub, 11h,16h40m, 19h30m, 22h10m; e GuerraMundial Z, dub, 14h. Sala 7 (188 lugares):Universidade Monstros, dub, 12h10m,15h, 17h30m, 19h55m; e pré-estreia de Ocavaleiro solitário, dub, 22h20m. Sala 8(282 lugares): Meu malvado favorito 2, dub,11h30m, 13h50m, 16h10m, 18h30m,20h50m. R$ 12 (seg, ter e qui, até as 17h;qua), R$ 13 (seg, ter e qui, após as 17h), R$15 (qua, 3-D), R$ 16 (seg, ter e qui, 3-D),R$ 17 (sex a dom e feriados, até as 17h), R$19 (sex a dom e feriados, após as 17h) e R$22 (sex a dom e feriados, 3-D). Toda sema-na, na Sessão Desconto, um filme do horá-rio das 15h custa apenas R$ 6 (consulte ofilme da semana pelo telefone, no site www-.cinemark.com.br ou no próprio cinema).

> Cinesystem Via Brasil Shopping —Rua Itapera 500, Vista Alegre — 4003-7049. Sala 1 (143 lugares): Minha mãe éuma peça, 14h15m, 16h10m, 18h05m,20h, 22h. Sala 2 (192 lugares): Todo mundoem pânico 5, dub, 15h; Meu malvado favo-rito 2, (3-D), dub, 17h10m, 19h20m; e pré-es t r e i a de O cava le i r o so l i t á r i o , dub ,21h30m. Sala 3 (161 lugares): Truque demestre, dub, 14h15m, 16h45m, 19h25m;leg, 21h50m. Sala 4 (267 lugares): Meumalvado favo r i t o 2 , (3 -D) , dub , 14h,16h30m, 19h, 21h10m. Sala 5 (213 luga-r e s ) : G u e r r a M u n d i a l Z , ( 3 - D ) , d u b ,14h30m, 17h, 19h30m; leg, 21h55m. Sala6 (184 lugares): Universidade Monstros, (3-D), dub, 14h20m, 17h, 19h20m; e Minhamãe é uma peça, 21h40m. R$ 15 (seg equa, exceto feriados), R$ 16 (qui, exceto fe-riados), R$ 17 (ter, exceto feriados), R$ 18(sex a dom e feriados, até as 17h), R$ 20(sex a dom e feriados, após as 17h), R$ 21(seg, ter e qua, exceto feriados, 3-D), R$ 23(qui, 3-D) e R$ 24 (sex a dom e feriados, 3-D). Promoção Terça Mais Cinema: ingressosa R$ 9 (salas 2-D) e R$ 11,50 (salas 3-D).Promoção Lady Quarta: toda segunda quar-ta-feira do mês, mulheres pagam meia-en-trada (inclusive nas salas 3-D). Promoçãodo Beijo: às quintas-feiras, o casal que derum beijo na bilheteria paga R$ 15 (o casal)ou R$ 22 (o casal, 3-D). Promoções portempo indeterminado e não válidas para fe-riados.

> Kinoplex Madureira— Estrada do Por-tela 222, Madureira — 2461-2461. Sala 1(197 lugares): Universidade Monstros, (3-D), dub, 14h, 16h20m, 18h40m; e Todomundo em pânico 5, dub, 21h10m. Sala 2/Evolution (222 lugares): Meu malvado favo-r i to 2 , (3-D), dub, 14h30m, 16h40m,18h50m, 21h. Sala 3 (183 lugares): Minhamãe é uma peça , 13h30m, 15h30m,17h30m, 19h30m, 21h35m. Sala 4 (183lugares): Truque de mestre, dub, 13h40m,19h10m, 21h40m; e pré-estreia de O cava-leiro solitário, dub, 16h10m. Sala 5 (225 lu-gares) : Guerra Mundial Z , (3-D), dub,13h50m, 16h30m, 19h, 21h30m. R$ 14(qua), R$ 16 (seg, ter e qui; qua, Sala KinoE-volution), R$ 18 (sex a dom e feriados, até17h; seg, ter e qui, Sala KinoEvolution; qua,3-D), R$ 20 (sex a dom e feriados, após 17h;seg, ter e qui, 3-D; qua, Sala KinoEvolution3-D; sex a dom e feriados, KinoEvolution2-D, até 17hs; sex a dom e feriados, 3-D/ até17h), R$ 22 (sex a dom e feriados, KinoEvo-lution 3-D, até 17h; sex a dom e feriados, Sa-la KinoEvolution/ após 17h; sex a dom e feri-ados, 3-D/ após 17h; seg, ter e qui, Sala Ki-noEvolution 3-D) e R$ 24 (sex a dom e feria-dos, Sala KinoEvolution 3-D, após 17h).

> Kinoplex Nova América — ShoppingNova América, Av. Martin Luther King Jr.126, Del Castilho — 2461-2461. Sala 1(206 lugares): Minha mãe é uma peça, 13h,15h, 17h, 19h, 21h. Sala 2 (144 lugares):Universidade Monstros, dub, 13h20m;Guerra Mundial Z, dub, 16h, 18h30m; e To-do mundo em pânico 5, dub, 21h. Sala 3(183 lugares): Meu malvado favorito 2, dub,13h15m, 15h40m, 18h; e pré-estreia de Ocavaleiro solitário, dub, 20h10m. Sala 4(155 lugares): Truque de mestre, dub,13h30m, 16h, 18h30m, 21h. Sala 5 (274lugares): Universidade Monstros, (3-D),dub, 13h40m, 16h; e Guerra Mundial Z, (3-D), 18h20m, 20h50m. Sala 6 (311 luga-res): Minha mãe é uma peça, 13h30m,15h30m, 17h30m, 19h30m, 21h30m. Sa-la 7 (285 lugares): Meu malvado favorito 2,(3-D), dub, 14h30m, 16h40m, 18h50m,21h. R$ 14 (qua), R$ 16 (seg, ter e qui, atéas 17h), R$ 18 (seg, ter e qui, após as 17h),R$ 20 (sex a dom e feriados, até as 17h; qua,3-D), R$ 22 (sex a dom e feriados, após as17h; seg, ter e qui, 3-D, até 17h), R$ 24(seg, ter e qui, 3-D, após as 17h), R$ 25 (sexa dom e feriados, 3-D, até 17h) e R$ 27 (sexa dom e feriados, 3-D, após 17h).

> Kinoplex Shopping Tijuca— Av. Mara-canã 987, Tijuca — 2461-2461. Sala 1 (340lugares): Meu malvado favorito 2, (3-D),dub, 13h, 15h10m, 17h20m, 19h30m,21h40m. Sala 2 (264 lugares): Minha mãe é

u m a p e ç a , 1 3 h 5 0 m , 1 6 h , 1 8 h , 2 0 h ,22h20m. Sala 3 (197 lugares): Meu malvadofavorito 2, dub, 14h, 16h10m; e Truque demestre, 18h30m, 21h. Sala 4 (264 lugares):U n i v e r s i d a d e M o n s t r o s , ( 3 - D ) , d u b ,13h20m, 15h45m, 18h10m, 20h45m. Sa-la 5 (340 lugares): Guerra Mundial Z, (3-D),13h40m, 16h15m, 18h45m, 21h15m. Sa-la 6 (405 lugares): Minha mãe é uma peça,13h05m, 15h05m, 17h10m, 19h10m,21h10m. R$ 19 (qua; ter e qui, até as 17h),R$ 21 (ter e qui, após as 17h), R$ 22 (sex adom e feriados, até as 17h), R$ 24 (sex a dome feriados, após as 17h), R$ 28 (seg a qui, 3-D) e R$ 32 (sex a dom e feriados, 3-D).

> Multiplex Jardim Guadalupe— Shop-ping Jardim Guadalupe, loja 301, Av. Brasil22.155, Guadalupe — 3178-8600. Sala 1(271 lugares): Meu malvado favorito 2, dub,13h15m, 15h15m, 17h15m, 19h15m; epré-estreia de O cavaleiro solitário, dub,21h15m. Sala 2 MAX Screen (392 lugares):Minha mãe é uma peça, 14h, 15h50m,17h40m, 19h30m, 21h20m. Sala 3 (242lugares): Universidade Monstros, dub, 13h;Todo mundo em pânico 5, dub, 15h; e Tru-q u e d e m e s t r e , d u b , 1 7 h , 1 9 h 1 5 m ,21h30m. Sala 4 MAX Screen (392 lugares):Meu malvado favorito 2, (3-D), dub, 13h,15h, 17h, 19h, 21h. Sala 5 (316 lugares):Meu malvado favorito 2, (3-D), dub, 13h;U n i v e r s i d a d e M o n s t r o s , ( 3 - D ) , d u b ,14h45m, 19h; e Guerra Mundial Z, (3-D),dub, 16h45m, 21h. R$ 7 (qua, exceto feria-dos), R$ 8 (seg), R$ 10 (qua, salas 3-D), R$11 (ter e qui), R$ 12 (seg), R$ 14 (sex a dome feriados, até 18h), R$ 15 (ter e qui, salas 3-D), R$ 16 (sex a dom e feriados, após 18h),R$ 17 (sex a dom e feriados, até 18h, salas 3-D) e R$ 19 (sex e sáb e feriados, após 18h,salas 3-D).

> PontoCine—GuadalupeShopping,1ºpiso,Estrada do Camboatá 2.300, Guadalupe —3106-9995. (73 lugares): Minha mãe é umapeça, 14h (exceto seg), 16h (exceto seg), 18h(exceto seg), 20h (exceto seg). R$ 6.

> Shopping Iguatemi— Rua Barão de SãoFrancisco 236, 3º piso, Vila Isabel — 2461-2461. Sala 1 (240 lugares): Meu malvado fa-vorito 2, (3-D), dub, 14h30m, 16h40m,18h50m; e Guerra Mundial Z, (3-D), 21h.Sala 2 (156 lugares): Todo mundo em pânico5, dub, 14h; e Truque de mestre, dub, 16h,18h30m, 21h15m. Sala 3 (156 lugares):Guerra Mundial Z, dub, 13h40m, 16h20m,18h50m, 21h20m. Sala 4 (188 lugares):Meu malvado favorito 2, dub, 13h, 15h10m,17h20m, 19h30m, 21h40m. Sala 5 (155lugares): Minha mãe é uma peça, 13h50m,15h50m, 17h50m, 19h50m, 21h50m. Sa-la 6 (152 lugares): Universidade Monstros,dub, 13h45m, 16h10m, 18h30m; e pré-es-treia de O cavaleiro solitário, dub, 20h50m.Sala 7 (146 lugares): Minha mãe é uma peça,13h30m, 15h30m, 17h30m, 19h40m,21h45m. R$ 13 (qua), R$ 15 (seg, ter e qui),R$ 18 (sex a dom e feriados, até as 17h), R$20 (sex a dom e feriados, após as 17h; seg aqui, 3-D) e R$ 22 (sex a dom e feriados, 3-D).

> UCI Kinoplex — Pátio NorteShopping,Av. Dom Helder Câmara 5.474, Cachambi —2461-0050. Sala 01 (244 lugares): GuerraMundial Z, (3-D), dub, 13h, 15h30m, 18h;leg, 20h30m. Sala 02 (182 lugares): Meum a l v a d o f a v o r i t o 2 , d u b , 1 3 h 3 0 m ,15h40m, 17h55m, 20h05m, 22h15m. Sa-la 03 (170 lugares): Meu malvado favorito 2,( 3 -D ) , dub , 14h50m, 17h , 19h20m,21h30m. Sala 04 (178 lugares): GuerraMundial Z, dub, 14h30m, 17h, 19h30m,22h. Sala 05 (471 lugares): Minha mãe éu m a p e ç a , 1 3 h 3 0 m ( t e r ) , 1 5 h 5 0 m ,17h45m, 19h40m, 21h40m. Sala 06 (471lugares): Minha mãe é uma peça, 14h25m,16h20m, 18h15m, 20h10m, 22h05m. Sa-la 07 (165 lugares): Truque de mestre,13h40m, 16h05m, 18h30m, 20h55m. Sa-la 08 (159 lugares): Se beber, não case! -Parte 3, dub, 19h; e pré-estreia de O cavalei-ro solitário, dub, 21h10m. Sala 09 (166 lu-gares): Universidade Monstros, (3-D), dub,13h40m, 16h, 18h20m, 20h35m. Sala 10(230 lugares): Meu malvado favorito 2, (3-D), dub, 14h, 16h25m, 18h35m, 20h45m.R$ 13 (qua), R$ 15 (seg, ter e qui, até as17h), R$ 17 (seg, ter e qui, após as 17h), R$19 (sex a dom e feriados, até as 17h; qua, 3-D), R$ 21 (seg, ter e qui, 3-D, ate as 17h; sexa dom e feriados, após as 17h), R$ 23 (seg,ter e qui, 3-D, após as 17h), R$ 24 (sex a dome feriados, 3-D, até as 17h) e R$ 26 (sex adom e feriados, 3-D, após as 17h). SessãoFamília: R$ 13 (sáb, dom e feriados, até13h55m). Ticket Família: na compra dequatro ingressos — 2 adultos e 2 crianças deaté 12 anos —, a família paga R$ 44 (salas2-D) ou R$ 55 (salas 3-D). Promoção portempo indeterminado.

Centro> Cine Santa— Largo dos Guimarães, RuaPaschoal Carlos Magno 136, Santa Teresa —2222-0203. (54 lugares): Faroeste cabo-c l o , 1 4 h 4 0 m ; A n t e s d a m e i a - n o i t e ,16h40m, 21h; e Depois de maio, 18h45m.R$ 16 (seg a qui) e R$ 18 (sex a dom e feria-dos). Segunda Santa: toda segunda, meia-entrada para todos. Promoção por tempo in-determinado e não válida para feriados.

> Odeon Petrobras— Praça Floriano 7, Cen-tro — 2240-1093. (600 lugares): Minha mãeé uma peça , 13h10m, 15h, 16h50m,18h40m, 20h30m, 21h (seg, ter e qui). R$14.

Ilha doGovernador> Cinesystem Ilha Plaza — Ilha PlazaShopping, 3º piso, Av. Maestro Paulo e Silva400, Jardim Carioca — 4003-7049. Sala 1(292 lugares): Minha mãe é uma peça,1 4 h 1 0 m , 1 6 h 0 5 m , 1 8 h , 1 9 h 5 5 m ,21h55m. Sala 2 (206 lugares): Meu malvadof a v o r i t o 2 , d u b , 1 3 h 3 0 m , 1 5 h 3 5 m ,17h40m, 19h50m; e pré-estreia de O cava-leiro solitário, 22h. Sala 3 (206 lugares):Universidade Monstros, dub, 14h30m; eTruque de mestre , 16h50m, 19h20m,21h50m. Sala 4 (292 lugares): Meu malvadofavorito 2, (3-D), dub, 14h20m, 19h30m; eG u e r r a M u n d i a l Z , ( 3 - D ) , 1 6 h 3 0 m ,21h40m. R$ 15 (seg e qua, exceto feriados),R$ 16 (qui), R$ 17 (ter), R$ 18 (sex a dom eferiados, até 17h), R$ 20 (sex a dom e feria-dos, após as 17h), R$ 21 (ter, 3-D; seg e qua,exceto feriados, 3-D), R$ 23 (qui, 3-D) e R$24 (sex a dom e feriados, 3-D). PromoçãoTerça Mais Cinema: ingressos a R$ 9 (salas2-D) e R$ 11,50 (salas 3-D). Promoção LadyQuarta: toda segunda quarta-feira do mês,mulheres pagam meia-entrada (inclusivenas salas 3-D). Promoção do Beijo: às quin-tas-feiras, o casal que der um beijo na bilhe-teria paga R$ 15 (o casal) ou R$ 22 (o casal,3-D). Promoções por tempo indeterminadoe não válidas para feriados.

ZonaOeste> Cine 10 Sulacap— Av. Marechal Fonte-nelle 3.555, Jardim Sulacap. Sala 1 (406 lu-gares): Meu malvado favorito 2, (3-D), dub,14h, 19h10m; e Guerra Mundial Z, (3-D),dub, 16h20m, 21h10m. Sala 2 (235 luga-res): Universidade Monstros, dub, 14h,16h40m, 19h; e pré-estreia de O cavaleirosolitário, dub, 21h20m. Sala 3 (255 luga-res): Meu malvado favorito 2, dub, 14h30m,17h, 19h30m, 21h40m. Sala 4 (239 luga-res): Minha mãe é uma peça, 13h35m,15h55m, 17h50m, 19h45m, 21h45m. Sa-la 5 (137 lugares): Guerra Mundial Z, dub,14h10m, 16h30m, 19h15m, 21h40m. Sa-la 6 (101 lugares): Todo mundo em pânico 5,d u b , 1 3 h 3 0 m , 1 5 h 2 5 m , 1 7 h 2 0 m ,19h20m, 21h20m. R$ 12 (seg e qui), R$ 14(ter e qua), R$ 16 (sex a dom), R$ 18 (seg equi, salas 3-D), R$ 20 (ter e qua, salas 3-D) eR$ 22 (sex a dom, salas 3-D). Promoção Ter-ça Mais Cinema: ingressos a R$ 8 (salas 2-D) e R$ 10 (salas 3-D). Promoção por tempoindeterminado e não válidas para feriados.

> Cine Sesc Freguesia Rioshopping— Ri-oShopping, salas 205-207, Rua Gabinal 313,Freguesia — 2189-8481. Sala 1 (158 lugares):Meu malvado favorito 2, dub, 15h45m,17h40m; e Guerra Mundial Z, dub, 19h40m,

21h45m. Sala 2 (94 lugares): Minha mãe éuma peça, 14h45m, 16h30m, 18h20m,20h10m, 21h50m. Sala 3 (92 lugares): Uni-versidade Monstros, dub, 14h30m, 16h40m,19h, 21h20m. R$ 10 (qua, exceto feriados),R$ 12 (seg, ter e qui, exceto feriados) e R$ 16(sex a dom e feriados).

> Cinesercla PátioMix Costa Verde—Shopping PátioMix Costa Verde, 1° piso, Rodo-via Rio-Santos s/nº, lote B, Zona Industrial —3781-8794.Sala 1 (116 lugares): Todo mundoem pânico 5, dub, 20h50m; e Minha mãe éuma peça, 14h50m, 16h50m, 18h50m. Sala2 (171 lugares): Meu malvado favorito 2, dub,14h30m, 16h30m, 18h30m; e Guerra Mun-dial Z, dub, 20h30m. Sala 3 (175 lugares):Meu malvado favorito 2, (3-D), dub, 14h45m,16h45m; e Guerra Mundial Z, (3-D), dub,18h40m, 20h50m. Sala 4 (119 lugares): Tru-que de mestre, dub, 14h20m, 16h30m,18h40m, 20h50m. R$ 8 (ter e qui, até 17h),R$ 10 (ter e qui, após 17h), R$ 12 (sex a dom eferiados, até 17h), R$ 14 (ter e qui, 3-D; sex adom e feriados, após 17h; seg e qua), R$ 18(sex a dom e feriados, 3-D, até 17h) e R$ 20(seg e qua, 3-D; sex a dom e feriados, 3-D, após17h). Às segundas e quartas-feiras, meia-en-trada para todos (por tempo indeterminado,exceto em feriados).

> Cinesystem Bangu Shopping — RuaFonseca, Bangu — 4003-7049. Sala 1 (371lugares): Meu malvado favorito 2, (3-D),d u b , 1 4 h 2 0 m , 1 6 h 4 0 m , 1 9 h 1 0 m ,21h20m. Sala 2 (368 lugares): Guerra Mun-dial Z, (3-D), dub, 14h30m, 19h30m, 22h;leg, 17h. Sala 3 (197 lugares): Todo mundoem pânico 5, dub, 14h40m; e Truque demestre, dub, 16h50m, 19h35m, 21h55m.Sala 4 (187 lugares): Meu malvado favorito2, dub, 15h, 17h20m, 19h40m; e pré-es-treia de O cavaleiro solitário, dub, 21h50m.Sala 5 (211 lugares): Universidade Mons-tros, dub, 14h, 19h15m; e Guerra MundialZ, dub, 16h30m, 21h45m. Sala 6 (201 lu-gares): Minha mãe é uma peça, 13h30m,15h30m, 17h30m, 19h25m, 21h30m. R$11,50 (ter, 3-D), R$ 15 (seg e qua), R$ 17(qui), R$ 18 (ter), R$ 19 (sex a dom e feria-dos, até 17h), R$ 21 (sex a dom e feriados,após 17h), R$ 22 (seg e qua, 3-D), R$ 23(ter, 3-D), R$ 24 (qui, 3-D) e R$ 25 (sex adom e feriados, 3-D). Promoção Terça MaisCinema: ingressos a R$ 9 (salas 2-D) e R$11,50 (salas 3-D). Promoção Lady Quarta:toda segunda quarta-feira do mês, mulhe-res pagam meia-entrada (inclusive nas sa-las 3-D). Promoção do Beijo: às quintas-fei-ras, o casal que der um beijo na bilheteriapaga R$ 15 (o casal) ou R$ 22 (o casal, 3-D). Promoções por tempo indeterminado enão válidas para feriados.

> Kinoplex West Shopping— West Shop-ping, loja 401-E, Estrada do Mendanha 550,Campo Grande — 2461-2461. Sala 1 (223 lu-gares): Minha mãe é uma peça, 13h30m,15h30m, 17h30m, 19h30m, 21h30m. Sala2 (221 lugares): Guerra Mundial Z, (3-D), dub,13h50m, 19h, 21h35m; e UniversidadeMonstros, (3-D),dub,16h25m.Sala 3 (202 lu-gares): Todo mundo em pânico 5, dub,14h40m, 21h10m; e Meu malvado favorito 2,dub, 16h40m, 18h50m. Sala 4 (133 lugares):Truque de mestre, dub, 13h20m, 16h,18h30m, 21h. Sala 5/Evolution (285 lugares):Meu malvado favorito 2, (3-D), dub, 14h,16h10m, 18h20m, 20h30m. R$ 12 (qua),R$ 16 (ter e qui), R$ 18 (sex a dom e feriados,até as 17h), R$ 20 (sex a dom e feriados, apósas 17h), R$ 21 (qua, 3-D), R$ 22 (ter e qui, 3-D) e R$ 25 (sex a dom e feriados, 3-D).

> UCI ParkShopping Campo Grande—Estrada do Monteiro 1.200, Campo Grande.Sala 1 (347 lugares): Universidade Mons-tros, (3-D), dub, 13h, 15h20m, 17h40m,20h, 22h20m. Sala 2 (182 lugares): Minhamãe é uma peça , 14h25m, 16h20m,18h15m, 20h10m, 22h05m. Sala 3 (170lugares): Meu malvado favorito 2, dub, 13h,15h10m, 17h20m, 19h30m; e Todo mun-do em pânico 5, dub, 21h40m. Sala 4 (321lugares): Guerra Mundial Z, (3-D), dub,13h30m, 16h, 18h30m; leg, 21h. Sala 5(184 lugares): Minha mãe é uma peça,13h50m, 15h45m, 17h40m, 19h35m,21h30m. Sala 6 (124 lugares): Truque demestre , dub, 13h10m, 15h35m, 18h,20h25m. Sala 7 (325 lugares): Meu malva-d o f a v o r i t o 2 , ( 3 - D ) , d u b , 1 2 h 2 0 m ,14h30m, 16h40m, 18h50m, 21h. R$ 12(qua), R$ 16 (seg, ter e qui), R$ 18 (sex adom e feriados, até as 17h), R$ 20 (sex adom e feriados, após as 17h), R$ 21 (qua, 3-D), R$ 22 (seg, ter e qui, 3-D), R$ 25 (seg,ter e qui, Sala 1 Atmos, 3-D; seg a qui, Sala 1Atmos; sex a dom e feriados, 3-D) e R$ 28(sex a dom e feriados, Sala 1 Atmos, 3-D).

Baixada> Cine-Teatro Oscarito— Rua Santo Eli-as, quadra 9, lote 13, Parque Fluminense,Duque de Caxias — 3134-7338. (126 luga-res): Odeio o dia dos namorados, 14h, 16h,18h. R$ 2.

> Cinemaxx Imperial— Rua DominiqueLevel 30, Centro, Paracambi. (272 lugares):Meu malvado favorito 2, dub, 15h, 19h;Universidade Monstros, dub, 17h; e Depoisda Terra, dub, 21h. R$ 10 (seg a qui, excetoferiados, até 17h59m), R$ 12 (seg a qui, ex-ceto feriados, após 18h; sex a dom e feria-dos, até 17h59m) e R$ 14 (sex a dom e feria-dos, após 18h).

> Cinemaxx Unigranrio Caxias — RuaMarquês de Herval 1.216, loja A, box 306,Jardim 25 de Agosto, Duque de Caxias —2672-2875. Sala 1 (120 lugares): Meu mal-vado favorito 2, dub, 13h30m, 15h20m,17h10m, 19h; e Guerra Mundial Z, dub,20h50m. Sala 2 (195 lugares): Minha mãe éuma peça, 13h40m, 15h40m, 17h20m,19h10m, 21h. R$ 8 (seg a qui) e R$ 10 (sexa dom e feriados). Às segundas, quartas edomingos, todos pagam meia-entrada . Pro-moção por tempo indeterminado e não váli-da para feriados e salas 3-D.

> Cinesercla Nilópolis Square — RuaProfessor Alfredo Gonçalves Filgueiras 100,Centro, Nilópolis — 2792-0824. Sala 1 (172lugares): Meu malvado favorito 2, (3-D),dub, 14h45m, 16h45m; e Guerra MundialZ, (3-D), dub, 18h40m, 20h50m. Sala 2(102 lugares): Meu malvado favorito 2, dub,14h30m, 16h30m, 18h30m; e Todo mun-do em pânico 5, dub, 20h30m. Sala 3 (102lugares): Minha mãe é uma peça, 14h45m,16h45m, 18h45m, 20h45m. R$ 8 (ter equi, até 17h), R$ 10 (ter e qui, após 17h),R$ 12 (sex a dom e feriados, até 17h), R$ 14(ter e qui, 3-D; sex a dom e feriados, após17h; seg e qua), R$ 18 (sex a dom e feriados,3-D) e R$ 20 (seg e qua, 3-D). Às segundas equartas-feiras, meia-entrada para todos.Promoção por tempo indeterminado e nãoválida para feriados e salas 3-D.

> Kinoplex Grande Rio— Rodovia Presi-dente Dutra 4.200, Jardim 25 de Agosto,Duque de Caxias — 2461-2461. Sala 1 (304lugares): Guerra Mundial Z, (3-D), dub,13h30m, 16h, 18h30m, 21h. Sala 2 (305lugares): Universidade Monstros, (3-D),dub, 13h50m, 16h10m, 18h35m, 21h. Sa-la 3 (231 lugares): Todo mundo em pânico 5,dub, 13h; Meu malvado favorito 2, dub,15h, 17h10m, 19h20m; e Guerra MundialZ, dub, 21h30m. Sala 4 (232 lugares): Mi-nha mãe é uma peça, 13h40m, 15h40m,17h40m, 19h40m, 21h40m. Sala 5 (304lugares): Meu malvado favorito 2, (3-D),d u b , 1 4 h 1 0 m , 1 6 h 3 0 m , 1 8 h 4 0 m ,20h50m. Sala 6 (305 lugares): Minha mãe éuma peça, 13h, 15h, 17h, 19h, 21h10m.R$ 12 (qua), R$ 15 (seg, ter e qui), R$ 17(sex a dom e feriados, até as 17h), R$ 20 (sexa dom e feriados, após as 17h; qua, 3-D), R$21 (seg, ter e qui, 3-D) e R$ 24 (sex a dom eferiados, 3-D).

> Kinoplex Topshopping — Top Shop-ping, 2º piso, Rua Governador Roberto Sil-veira 540, Centro, Nova Iguaçu — 2461-2461. Sala 1 (222 lugares): Guerra MundialZ, (3-D), dub, 13h30m, 18h10m, 20h40m;e Meu malvado favorito 2, (3-D), dub, 16h.Sala 2 (234 lugares): Meu malvado favorito2 , ( 3 - D ) , d u b , 1 4 h 3 0 m , 1 6 h 4 0 m ,18h50m; e Guerra Mundial Z, (3-D), 21h.Sala 3 (200 lugares): Minha mãe é uma pe-ça, 13h10m, 15h10m, 17h10m, 19h10m,21h10m. R$ 13 (qua), R$ 15 (seg, ter equi), R$ 17 (sex a dom e feriados, até as17h), R$ 20 (sex a dom e feriados, após as17h; seg a qui, 3-D) e R$ 23 (sex a dom e feri-ados, 3-D).

> Multiplex Caxias Shopping— CaxiasShopping, 2º piso, Rodovia Washington Luiz2.895, Parque Duque, Duque de Caxias —

2784-2240. Sala 1 (392 lugares): Meu mal-vado favorito 2, (3-D), dub, 13h, 15h, 17h,19h, 21h. Sala 2 (273 lugares): Meu malvadofavorito 2, (3-D), dub, 13h15m, 15h15m,17h15m; e Guerra Mundial Z, (3-D), dub,19h15m, 21h30m. Sala 3 (254 lugares): Mi-nha mãe é uma peça, 13h, 15h, 17h, 19h,21h.Sala 4 (204 lugares): Meu malvado favo-rito 2, dub, 13h15m, 15h15m, 17h15m,19h15m; e pré-estreia de O cavaleiro solitá-rio, dub, 21h15m. Sala 5 (193 lugares): Uni-versidade Monstros, dub, 13h, 15h, 17h,19h; e Todo mundo em pânico 5, dub, 21h.Sala 6 (193 lugares): Guerra Mundial Z, dub,14h45m; e Truque de mestre, dub, 17h,19h15m, 21h30m. R$ 7 (qua, exceto feria-dos), R$ 8 (seg, exceto feriados), R$ 10 (qua,exceto feriados, 3-D), R$ 11 (ter e qui, excetoferiados), R$ 12 (seg, exceto feriados, 3-D),R$ 14 (sex a dom e feriados, até as 17h59m),R$ 15 (ter e qui, exceto feriados, 3-D), R$ 16(sex a dom e feriados, a partir das 18h), R$ 17(sex a dom e feriados, 3-D, até as 17h59m) eR$ 19 (sex a dom e feriados, 3-D, a partir das18h).

Niterói/SãoGonçalo> Bay Market— Av. Visconde do Rio Bran-co 360, loja 3, Centro — 2461-2461. Sala 1(221 lugares): Minha mãe é uma peça,13h30m, 15h30m, 17h30m, 19h30m,21h30m. Sala 2 (221 lugares): Todo mundoem pânico 5, dub, 14h; Guerra Mundial Z,dub, 16h, 18h30m; e Minha mãe é uma pe-ça, 21h30m. Sala 3 (207 lugares): GuerraMundial Z, (3-D), dub, 14h30m, 21h20m;e Meu malvado favorito 2, (3-D), dub, 17h,19h10m. Sala 4 (207 lugares): Meu malva-d o f a v o r i t o 2 , ( 3 - D ) , d u b , 1 4 h 2 0 m ,16h30m, 18h40m, 20h50m. R$ 13 (qua),R$ 14 (sex a dom e feriados, até as 17h; tere qui), R$ 17 (qua, 3-D; sex a dom e feria-dos, após as 17h), R$ 18 (ter e qui, 3-D) eR$ 20 (sex a dom e feriados, 3-D).

> Cinemark Plaza Shopping — PlazaShopping, 3º piso, Rua Quinze de Novem-bro 8, Centro — 2722-3926. Sala 1 (207 lu-gares) : Meu malvado favor i to 2 , dub,14h40m, 17h10m, 19h45m; e GuerraMundial Z, 22h15m. Sala 2 (301 lugares):Truque de mestre, 12h40m, 15h30m,18h20m, 21h. Sala 3 (345 lugares): Minhamãe é uma peça , 13h45m, 15h50m,18h10m, 20h40m. Sala 4 (345 lugares):Meu malvado favo r i t o 2 , (3 -D) , dub ,13h30m, 16h10m, 18h50m, 21h30m.Sala 5 (195 lugares): Minha mãe é uma pe-ça, 13h, 17h20m, 22h; e Todo mundo empânico 5, 15h, 19h30m. Sala 6 (225 luga-res): Universidade Monstros, dub, 14h,16h30m, 19h10m; e pré-estreia de O cava-leiro solitário, 21h45m. Sala 7 (317 luga-res): Guerra Mundial Z, (3-D), 12h50m,15h40m, 18h30m, 21h15m (até qua). R$15 (seg, ter e qui, das 14h às 17h), R$ 17(seg, ter e qui, das 14h às 17h; qua), R$ 19(sex a dom e feriados, das 14h às 17h; seg,ter e qui, após as 17h), R$ 21 (qua, 3-D),R$ 22 (sex a dom e feriados, após as 17h),R$ 23 (seg, ter e qui, 3-D) e R$ 25 (sex adom e feriados, 3-D). Toda semana, na Ses-são Desconto, um filme do horário das 15hcusta apenas R$ 6 (consulte o filme da se-mana pelo telefone, no site www.cinemark-.com.br ou no próprio cinema).

> Cinépolis Box São Gonçalo— RodoviaNiterói-Manilha, Km 8,5, Boa Vista — 2461-2090.Sala 1 (169 lugares): Guerra Mundial Z,dub, 13h45m, 16h30m, 19h; leg, 21h35m.Sala 2 (159 lugares): Universidade Monstros,dub, 12h30m, 15h, 17h40m, 20h. Sala 3(169 lugares): Meu malvado favorito 2, dub,12h45m, 15h15m, 17h50m, 20h30m. Sala4 (169 lugares): Truque de mestre, dub,13h15m, 15h45m, 18h15m, 20h50m. Sala5 (169 lugares): Minha mãe é uma peça, 13h,15h30m, 17h35m, 19h40m, 22h10m. Sala6 (169 lugares): Guerra Mundial Z, dub,16h15m, 21h20m; e Minha mãe é uma pe-ça, 14h, 18h50m. Sala 7 (215 lugares): Meumalvado favorito 2, (3-D), dub, 13h30m,16h, 18h30m, 21h. Sala 8 (215 lugares):Meu malvado favorito 2, dub, 12h, 14h30m,17h, 19h30m, 22h. R$ 9 (seg), R$ 10 (qua),R$ 12 (ter e qui), R$ 16 (sex a dom e feriados;qua, 3-D), R$ 18 (seg, ter e qui, 3-D) e R$ 21(sex a dom e feriados, 3-D).

> CinEspaço Boulevard — BoulevardShopping, 3º piso, Av. Presidente Kennedy425, Centro — 2606-4855. Sala 1 (271 lu-gares) : Meu malvado favor i to 2 , dub,13h40m, 15h40m, 17h40m, 19h40m,21h30m. Sala 2 (272 lugares): pré-estreiade O cavaleiro solitário, dub, 21h; e Minhamãe é uma peça , 13h30m, 15h20m,17h10m, 19h10m. Sala 3 (194 lugares):Meu malvado favorito 2, (3-D), dub, 14h,16h30m; e Guerra Mundial Z, (3-D), dub,18h50m, 21h20m. Sala 4 (118 lugares):Minha mãe é uma peça, 14h, 16h, 18h,20h, 21h40m. Sala 5 (143 lugares): Uni-ve r s i dade Mons t r o s , dub , 13h30m,15h30m, 17h30m, 19h30m; e Todo mun-do em pânico 5, dub, 21h30m. Sala 6 (137lugares): Truque de mestre, dub, 13h30m,16h, 18h30m, 21h. R$ 10 (seg), R$ 12(ter, qua e qui), R$ 16 (sex a dom e feria-dos), R$ 18 (seg a qui, 3-D) e R$ 22 (sex adom e feriados, 3-D).

Redondezas> Cine Bauhaus— Shopping Bauhaus, lo-jas 8 e 12, Rua Dr. Nelson de Sá Earp 88,Centro, Petrópolis — (0xx24) 2237-0312.Sala 1 (155 lugares): Meu malvado favorito2 , dub, 14h30m, 16h30m, 18h30m,20h30m. Sala 2 (130 lugares): Guerra Mun-dial Z, 14h, 16h16m, 18h20m, 20h40m.R$ 10 (seg a qui, exceto feriados, até as15h59m), R$ 12 (seg a qui, exceto feriados,após as 16h; sex a dom e feriados, até as15h59m) e R$ 14 (sex a dom e feriados,após as 16h).

> Cine Itaipava— Shopping Estação Itai-pava, loja 102-C, Estrada União e Indústria11.000, Centro, Itaipava — (0xx24) 2222-3424. (84 lugares): Meu malvado favorito2, dub, 15h (exceto seg), 17h (exceto seg),19h10m (exceto seg). R$ 6 (ter e qua, excetoferiados) e R$ 14 (sex a dom e qui e feriados).

> Cine Show Nova Friburgo— FriburgoShopping, 3º piso, Praça Getúlio Vargas,139, Centro, Friburgo — (0xx22) 2523-1626. Sala 1 (188 lugares): Minha mãe éuma peça, 15h50m, 17h40m, 19h30m,21h20m. Sala 2 (198 lugares): Universida-d e M o n s t r o s , ( 3 - D ) , d u b , 1 4 h 4 0 m ,16h50m; e Guerra Mundial Z, (3-D), dub,19h; leg, 21h15m. Sala 3 (190 lugares):Meu malvado favo r i t o 2 , (3 -D) , dub ,14h40m, 16h45m, 18h50m, 21h. R$ 11(seg e ter), R$ 14 (qua e qui), R$ 16 (sex adom e feriados; seg e ter, 3-D), R$ 20 (qua equi, 3-D) e R$ 24 (sex a dom e feriados, 3-D).

> Cine ShowTeresópolis— Rua EdmundoBittencourt 202, loja 201, Várzea, Teresó-polis — (0xx21) 2641-4961. Sala 1 (174 lu-gares): Minha mãe é uma peça, 15h50m,17h40m, 19h30m, 21h20m. Sala 2 (127lugares): Universidade Monstros, dub,15h20m, 19h20m; e Todo mundo em pâni-co 5, dub, 17h30m, 21h30m. Sala 3 (200lugares): Meu malvado favorito 2, (3-D),dub, 15h, 17h; e Guerra Mundial Z, (3-D),dub, 19h; leg, 21h20m. R$ 12 (seg e ter),R$ 16 (qua e qui), R$ 18 (sex a dom e feria-dos; seg e ter, 3-D), R$ 22 (qua e qui, 3-D) eR$ 26 (sex a dom e feriados, 3-D).

> CinemaxxMercado Estação— Rua Pau-lo Barbosa 296, Centro, Petrópolis — (0xx24)2249-9900. Sala 1 (113 lugares): GuerraMundial Z, dub, 14h, 16h20m, 18h40m,21h. Sala 2 (117 lugares): Minha mãe é umap e ç a , 1 4 h 3 0 m , 1 6 h 1 0 m , 1 7 h 5 0 m ,19h30m, 21h20m. Sala 3 (93 lugares): Tru-que de mestre, dub, 14h10m, 16h30m,18h50m, 21h10m. R$ 10 (ter, qua e qui, atéas 15h59m), R$ 12 (sex a dom e feriados, atéas 15h59m; ter, qua e qui, após as 16h) e R$14 (sex a dom e feriados, após as 16h).

> Top Cine Hipershopping ABC— Hi-perShopping ABC, 2° Piso, Rua Teresa1.415, Alto da Serra, Petrópolis — (0xx24)2249-9900. Sala 1 (210 lugares): Universi-dade Monstros, dub, 14h50m, 16h50m,18h50m; e Todo mundo em pânico 5, dub,20h50m. Sala 2 (208 lugares): Meu malva-do favorito 2, dub, 14h30m, 16h30m,18h30m, 20h30m. R$ 10 (ter, qua e qui,exceto feriados, até as 15h59m), R$ 12 (ter,qua e qui, após as 16h; sex a dom e feriados,até as 15h59m) e R$ 14 (sex a dom e feria-dos, após as 16h).

NOS BAIRROS

Product: OGloboSegundoCaderno PubDate: 08-07-2013 Zone: Nacional Edition: 1 Page: PAGINA_H User: Schinaid Time: 07-07-2013 16:57 Color: CMYK

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Segunda-feira 8 .7 .2013 l SegundoCaderno l O GLOBO l 9

RioShow> ‘Querida, vou comprar cigarros e já volto’.“Querida, voy a comprar cigarrillos y vuelvo”. DeMariano Cohn, Gastón Duprat (Argentina, 2011).Com Emilio Disi, Darío Lopilato, Eusebio Poncela.Comédia. Ernesto recebe uma proposta bizarra deuma criatura misteriosa: um milhão de dólares pa-ra viver novamente dez anos de sua vida com o co-nhecimento que tem hoje. 80 minutos. Não reco-mendado para menores de 10 anos.Zona Sul: Estação Botafogo 2: 20h25m.

> ‘Se beber, não case! - Parte 3’. “The hangover- Part 3”. De Todd Phillips (EUA, 2013). ComBradley Cooper, Zack Galifianakis, Ed Helms.Comédia. Terceiro filme da franquia. Nesta novaaventura, a turma que compõe o ’bando de lobos’está às voltas com um mafioso. 100 minutos. Nãorecomendado para menores de 14 anos.Barra da Tijuca/Recreio: UCI New York City Center07: 13h10m, 15h20m, 17h30m, 19h40m,21h50m.Zona Norte:UCI Kinoplex 08 (dub): 19h.

> ‘Segredos de sangue’. “Stoker”. De Park Chan-wook (EUA/Reino Unido, 2012). Com Mia Wa-sikowska, Nicole Kidman, Matthew Goode.Suspense. Em pleno luto por causa da morte de seupai, India tem que lidar com o novo comportamen-to agressivo de sua mãe e com a chegada inespera-da de seu tio, Charlie, que ela nem sabia que exis-tia. 99 minutos. Não recomendado para menoresde 16 anos.Zona Sul: Estação Botafogo 2: 22h.

> ‘Tabu’. De Miguel Gomes (França/Portugal/Bra-sil/Alemanha, 2012). Com Teresa Madruga, LauraSoveral, Ana Moreira.Drama. Quando uma idosa, que divide o andar deum prédio em Lisboa com sua empregada cabo-verdiana e uma vizinha dedicada a causas sociais,morre, as outras duas descobrem uma história deamor e crime vivida na África. 110 minutos. Nãorecomendado para menores de 14 anos.Zona Sul: Espaço Itaú de Cinema 3: 13h30m,15h40m, 17h50m, 20h.

> ‘Todo mundo em pânico 5’. “Scary movie 5”.De Malcolm D. Lee (EUA, 2013). Com Ashley Tis-dale, Simon Rex, Regina Hall.Comédia. O quinto longa da franquia é ambientadono universo de uma companhia de balé e faz umaparódia com o thriller psicológico ’Cisne negro’, tra-zendo personagens como uma veterana diva dadança, uma mãe controladora e sua filha bailarina.89 minutos. Não recomendado para menores de14 anos.Baixada: Cinesercla Nilópolis Square 2 (dub):20h30m. Kinoplex Grande Rio 3 (dub): 13h. Mul-tiplex Caxias 5 (dub): 21h.Barra da Tijuca/Recreio: UCI New York City Center06: dub, 14h, 16h, 18h; leg, 20h, 22h.Niterói/São Gonçalo: Bay Market 2 (dub): 14h. Ci-nemark Plaza Shopping 5: 15h, 19h30m. CinEs-paço Boulevard 5 (dub): 21h30m.Zona Norte: Cinesystem Via Brasil Shopping 2(dub): 15h. Kinoplex Madureira 1 (dub): 21h10m.Kinoplex Nova América 2 (dub): 21h. Multiplex

Jardim Guadalupe 3 (dub): 15h. Shopping Iguate-mi 2 (dub): 14h.Zona Oeste: Cine 10 Sulacap 6 (dub): 13h30m,15h25m, 17h20m, 19h20m, 21h20m. Cineser-cla PátioMix 1 (dub): 20h50m. Cinesystem Bangu3 (dub): 14h40m. Kinoplex West Shopping 3(dub): 14h40m, 21h10m. UCI ParkShoppingCampo Grande 3 (dub): 21h40m.Zona Sul:Rio Sul 3: 14h.Redondezas: Cine Show Teresópolis 2 (dub):17h30m, 21h30m. Top Cine Hipershopping ABC1 (dub): 20h50m.

> ‘Uma garrafa nomar de Gaza’. “Une bouteilleà la mer”. De Thierry Binist (França/Canadá/Israel,2011). Com Agathe Bonitzer, Mahmud Shalaby,Hiam Abass.Drama. Adaptação do livro de Valerie Zenatti. Umagarrafa jogada no mar aproxima Tal e Naim. Elatem17anos, é francesa, judiaeviveemJerusalém.Ele tem 20, é palestino e vive em Gaza. 99 minu-tos. Não recomendado para menores de 12 anos.Zona Sul: Estação Botafogo 2: 16h40m.

> ‘Universidade Monstros’. “Monsters Univer-sity”. De Dan Scanlon (EUA, 2013). Vozes de BillyCrystal, John Goodman.Animação. Mike Wazowski e James P. Sullivan for-mam um dupla inseparável, mas nem sempre foiassim. Na universidade, eles se detestavam eaprenderam a superar as diferenças até se torna-rem grandes amigos. 107 minutos. Livre.Baixada: Cinemaxx Imperial (dub): 17h. KinoplexGrande Rio 2 (3-D/dub): 13h50m, 16h10m,18h35m, 21h. Multiplex Caxias 5 (dub): 13h,15h, 17h, 19h.Barra da Tijuca/Recreio: Cinemark Downtown 01(dub): 12h30m, 15h, 17h30m, 20h (exceto seg).Cinemark Downtown 02 (dub): 11h30m, 14h,16h30m. Cinemark VillageMall 2 (3-D/dub): 12h,14h30m, 17h10m. Cinesystem Recreio Shopping4 (dub): 13h50m, 15h50m. Star Center 3 (dub):14h10m, 16h20m, 18h30m, 20h40m. UCI NewYork City Center 01 (dub): 14h, 16h20m,18h40m, 21h. UCI New York City Center 09 (3-D): dub, 13h, 15h20m, 17h40m, 20h; leg,22h20m. UCI New York City Center 11 (dub):14h20m, 16h40m, 19h, 21h20m.Ilha do Governador: Cinesystem Ilha Plaza 3 (dub):14h30m.Niterói/São Gonçalo: Cinemark Plaza Shopping 6(dub): 14h, 16h30m, 19h10m. Cinépolis Box SãoGonçalo 2 (dub): 12h30m, 15h, 17h40m, 20h.CinEspaçoBoulevard5 (dub):13h30m,15h30m,17h30m, 19h30m.Zona Norte: CineCarioca Méier 2 (dub): 14h30m,16h50m. Cinemark Carioca 7 (dub): 12h10m,15h, 17h30m, 19h55m. Cinesystem Via BrasilShopping 6 (3-D/dub): 14h20m, 17h, 19h20m.Kinoplex Madureira 1 (3-D/dub): 14h, 16h20m,18h40m. Kinoplex Nova América 2 (dub):13h20m. Kinoplex Nova América 5 (3-D/dub):13h40m, 16h. Kinoplex Shopping Tijuca 4 (3-D/dub): 13h20m, 15h45m, 18h10m, 20h45m.Multiplex Jardim Guadalupe 3 (dub): 13h. Multi-plex Jardim Guadalupe 5 (3-D/dub): 14h45m,19h. Shopping Iguatemi 6 (dub): 13h45m,

16h10m, 18h30m. UCI Kinoplex 09 (3-D/dub):13h40m, 16h, 18h20m, 20h35m.Zona Oeste : Cine 10 Sulacap 2 (dub): 14h,16h40m, 19h. Cine Sesc Freguesia 3 (dub):14h30m, 16h40m, 19h, 21h20m. CinesystemBangu 5 (dub): 14h, 19h15m. Kinoplex WestShopping 2 (3-D/dub): 16h25m. UCI ParkShop-ping Campo Grande 1 (3-D/dub): 13h, 15h20m,17h40m, 20h, 22h20m.Zona Sul: Cinemark Botafogo 4 (dub): 12h30m,15h, 17h30m, 19h50m, 22h10m. Cinépolis La-goon 2 (dub): 14h50m, 17h10m. Kinoplex Leblon1 (3-D/dub): 13h50m, 16h10m. Kinoplex SãoLuiz 4 (3-D/dub): 16h20m.Redondezas: Cine Show Nova Friburgo 2 (3-D/dub): 14h40m, 16h50m. Cine Show Teresópolis2 (dub): 15h20m, 19h20m. Top Cine Hipershop-ping ABC 1 (dub): 14h50m, 16h50m, 18h50m.

Reapresentação> ‘César deve morrer’. “Cesare deve morire”. DePaolo Tavianni, Vittorio Tavianni (Itália, 2012).Com Cosimo Rega, Salvatore Striano, Giovanni Ar-curi.Drama. Os paralelos entre a história do clássico’Julio César’ e os problemas do grupo de detentosque monta o espetáculo numa prisão de segurançamáxima. 76 minutos. Livre.Zona Sul:Cine Joia: 19h30m (exceto seg).

Extra> ‘Jacques Rivette — Já não somos inocen-tes’.Amostra, emcartazde25de junhoa15de ju-lho no CCBB, exibe 26 títulos, entre longas e cur-tas, do cineasta considerado um dos pioneiros domovimento Nouvelle Vague. Seg, às 12h, “Céline eJulie vão de barco”, de Jacques Rivette (França,1974). Às 16h, “A história de Marie e Julien”, deJacques Rivette (França, 2003). Às 19h, “O morrodos ventos uivantes”, de Jacques Rivette (França,1985). Todos os filmes não são recomendados pa-ra menores de 16 anos.Centro: Centro Cultural Banco do Brasil/Sala 1(Rua Primeiro de Março 66, Centro — 38008-2020). R$ 6.

Com base em romance de Emily Brontë (1818–1848), “O morro dos ventosuivantes” (1985), que o CCBB (3808-2020) exibe hoje, às 19h, ilustra as reflexõesdo diretor Jacques Rivette sobre exclusão social. Lucas Belvaux (na foto comFabienne Babe) estrela o longa, integrante da mostra “Já não somos inocentes”

OS UIVOS DERIVETTE

DIVULGAÇÃO

classificadosdorio.com.br534-43332

ANUNCIE NOSCLASSIFICADOS DO RIO.

TODOMUNDO VÊ.

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10 l O GLOBO l SegundoCaderno l Segunda-feira 8 .7 .2013

Apesar de toda a limitaçãoestética de “Até que a sortenos separe”, pela carência deacabamento na fotografia ena edição, o filme nacionalrecordista popular de 2012conta com a ajuda de umaforça da natureza chamadaLeandro Hassum. Sua vozhoje corre cinemas de todo opaís nas cópias dubladas de“Meu malvado favorito 2”, noqual dubla Gru. Em agosto,ele será visto ao lado de LuizFernando Guimarães em “Sepuder... dirija!” (uma delíciade comédia). Em seguida, oator carioca de 39 anos serávisto em “Eu não faço amenor ideia do que eu tôfazendo com a minha vida”,uma espécie (das boas) de“(500) dias com ela” versão

brasileira. De quebra, ele roda“Os caras-de-pau” este ano, aolado de Marcius Melhem, seuparceiro na peça “Nós na fita”e vários sucessos. Com seujeitão “varejão”, gritado, quetraduz sua inteligência cênicafarta, Hassum ajudou “Até quea sorte nos separe”, a vender3.435.824 ingressos.Tendo por base o livro “Casaisinteligentes enriquecemjuntos”, de Gustavo Cerbasi, aprodução de R$ 5 milhõesrodada por Roberto Santuccipõe Hassum na pele de Tino,

ex-professor de educaçãofísica cuja rotina vira peloavesso ao ganhar ummar dedinheiro na loteria. Mas aogastar mais do que pode, elevai para o buraco, sem abriro jogo para sua mulher, Jane(Danielle Winits). MaurícioSherman faz o filme crescerna pele de um tio ricaço.

Filmesdehoje

CRAQUE DO RISOCOM TALENTOTAMANHO GG

DIVULGAÇÃO/ DAVI DE ALMEIDA

Cifra. Tino (Leandro Hassum) se deixa empapuçar pelo sabor da falência

RODRIGOFONSECA

[email protected]

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Até que a sorte nos separeDe Roberto Santucci(Brasil, 2012)Telecine Pipoca, 22h

Nice é uma singela babá namansão dos Medeiros. Defamília humilde, a moçavislumbra ascendersocialmente a qualquercusto. Para isso, ela nãomede esforços paraconquistar RodrigoMedeiros (Kadu Moliterno),filho do abastado Eduardo(José Lewgoy), usando dedissimulação e calculismotravestido de doçura. O anjomau de Gloria Pires,protagonista da versão deMaria Adelaide Amaral paraa novela de Cassiano GabusMendes, volta hoje ao Viva.Essa foi a primeira obra quea autora assinou sozinha.“Silvio de Abreu me deusupervisão durante os 30primeiros capítulos, tudo

que sei de TV aprendi comele, que foi meu terapeuta.Mas a novela foi reescritainteiramente: mantive o nomede alguns personagens, só quemudei totalmente a situação”,conta Maria Adelaide. Maistarde, no “Reviva”, nomescomo Gloria Pires, KaduMoliterno e Susana Vieira,que viveu Nice na primeiraversão, falam sobre o trabalho.“A questão social era muitodiscrepante nos anos 1970,quando a novela original foiproduzida. Naquela época, era

impensável uma babá ou umaempregada doméstica teralguma relação com o patrão”,comenta Gloria. Já Susanalembra que morreu no últimocapítulo: “Fui castigadaporque era uma época derepressão”, observa a atriz.

Programasdehoje

TUDO PELAASCENSÃOSOCIAL

FOTOS DE DIVULGAÇÃO

Direta. Nice (Gloria Pires) conquista Rodrigo (Kadu Moliterno) em “Anjo mau”

NATÁLIABOERE

[email protected]

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AnjomauNovelaViva, 15h30mRevivaEntrevistaViva, 23h

Na estreia de “Os diamantessão eternos”, em 1971, o atorThomas Sean Connery juroujamais viver James Bond denovo. Mas mudou de ideiaao levantar esta adaptaçãodo romance “Thunderball”,já filmado em 1965 como“007 contra a chantagematômica”. Aqui, Bond tentatirar duas ogivas nuclearesdas mãos do milionárioMaximilian Largo (KlausMaria Brandauer). MárcioSeixas dubla Connery.

NUNCA MAIS OUTRA VEZ- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

De Irvin Kershner (Reino Unido, 1983)SPACE, 13h- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Mário Jorge, um dos maioresdubladores do país, tornadigna esta comediota ao darvoz a Eddie Murphy, aqui embusca do sucesso perdido. Elevive ummilitar alienígena quecria uma nave espacial com“formato” humano, a fim deconquistar a Terra. Algo saierrado quando ele se misturacom terráqueos. Orçado emUS$ 60 milhões, o filme foi umfiasco de bilheteria nos EUA,onde faturou apenas US$ 11milhões em cartaz.

O GRANDE DAVE- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

De Brian Robbins (EUA, 2008)REDE GLOBO, 15h40m- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Falando em fracasso, estacomédia canina horrorizouos exibidores americanos aoamontoar poltronas vazias,sem dar conta de lucro paraarcar com seu orçamento deUS$ 50 milhões. Ettore Zuimé o dublador brasileiro docão Marmaduke, criado nasHQs em 1954, em forma detiras, desenhadas por BradAnderson. Aqui, o cachorrãoapronta mil confusões ao semudar para uma nova casa ese apaixonar.

MARMADIKE- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

De Tom Dey (EUA, 2010)REDE GLOBO, 22h10m- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Samanta Schmutz, CacauProtásio e Fiorella Matheissão algumas das estrelas quecompõem o time de “Vaique cola”. O humorístico,que estreia hoje, éprotagonizado por PauloGustavo, que interpreta ofugitivo da Polícia FederalValdomiro. Também édestaque Fernando Caruso,que vive o misteriosoWilson. O sitcom se passaem uma pensão , onde há derolar muitas confusões...

VAI QUE COLA- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

HumorísticoMULTISHOW, 22h30m- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Julho émês de férias e deestreias no Discovery Kids. Hojeé o dia da série “Hi-5”, queestimula o aprendizado infantilatravés demúsicas, histórias,movimentos e linguagemcorporal. O programa foi criadoem 1998 na Austrália porHelena Harris e PosieGraeme-Evans, para “salvar” asfilhas de Helena, então crianças,do "Bananas de Pijamas". Oelenco da produção, compostopor cinco atores, já está naterceira geração.

HI-5- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

InfantilDISCOVERY KIDS, 17h- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

O autor de livros policiaisRichard Castle (NathanFillion) andava sofrendobloqueios criativos. Mas naquinta temporada da série,que estreia hoje, não vai faltarinspiração: o escritor e suamusa, a detetive Kate Beckett(Stana Katic), finalmenteselam o romance. A nova levade episódios da produçãoconta com participaçõesespeciais de nomes comoCarlos Bernard, o agenteAlmeida de “24 horas”.

CASTLE- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

SérieSONY, 21h- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

PATRÍCIAKOGUT

[email protected]

ONDE HÁ FUMAÇA...Um princípio de incêndio no hotelmovimentou a rotina da equipe quegravou “Joia rara”, semana passada noChile. A produção precisou procurar,às pressas e no meio da noite, outrolugar para hospedar Carmo DallaVecchia, Bruno Gagliasso e o diretorPaulo Silvestrini.

-Para a volta ao ar do “Namoral”, programa de PedroBial na Globo. A edição deestreia já disse tudo: vempela frente uma sériecriativa, ardida, que faz todaa diferença na televisão.

10-

Para a cena de“Saramandaia” com Zélianum milharal em chamas.Ela não parecia encurralada(não havia focos de fogo naslaterais), o que tornou oresultado meio ridículo.

0

Depois queDonaRedondaexplodir, nocapítulo 45 de“Saraman-daia”, VeraHoltz nãosairá danovela. Elavoltará àcena, magra,como DonaBitela, irmãgêmea dapersonagem.Na versãooriginal, deDias Gomes, acontrário doqueaconteceráagora, aexplosão erano início dahistória.

GORDA EMAGRA

Futebol em altaRecordes na final Brasil xEspanha, entre outrosíndices, colaboraram paraque a audiência da Copa dasConfederações fosse a maiorda história da competição(dados da Fifa). O jogo atraiu42 milhões no Brasil, amaior audiência de umevento esportivo este ano nopaís e 50% acima dosnúmeros da final da Copa de2010 na África do Sul. NaEspanha, 10,7 milhõesassistiram, apesar de atransmissão ter sido no meioda noite. Informação do“The Hollywood Reporter”.

... E mais“Flor do Caribe” sebeneficiou da competição. Na16ª semana, no Rio, em BeloHorizonte e em Curitiba, anovela chegou a ter quasequatro pontos a mais do quesuamédia. Até aqui, aliás, oPNT da trama é de 25 pontos.

Passageiro...O futuro de Mário Friasna RedeTV! é incerto.Como a emissoraresolveu extinguir “Oúltimo passageiro”depois de cincotemporadas, oapresentador, queencerrou os trabalhos nodia 27 e esperava voltar agravar no próximo mês,entrou de férias acontragosto, sem datapara voltar a trabalhar.

... Em trânsitoO contrato de Frias coma RedeTV! vai até 2015 eas negociações com oSBT continuam. Eleaproveitará para passar12 dias em Fernando deNoronha com a família.

Carlos Burle e Pedro Scooby na Praia Pico Alto, no Peru. A dupla, craqueem ondas gigantes, gravou para o programa “Desejar profundo”, doCanal OFF. A nova temporada estreia no próximo dia 24

MARGRANDE

DIVULGAÇÃO

COMFLORENÇAMAZZA, ANNALUIZASANTIAGO,CLARAPASSI ERAFAELASANTOS

BOLANA ÁSIA

ARQUIVO PESSOAL

NAWEBpatriciakogut.com

Omundo da televisão passapor aqui. Visite.

Estêvão Ciavatta, Rodrigo Magalhāes, Gustavo Hadba eFernando Acquarone, filmando o chinlone, esporte deMyanmar, para a série “A bola”, do “Esporte espetacular”

Longe de “Zorratotal” há maisde um ano paracuidar dasaúde, AgildoRibeiroretornou aobatente. Elevoltará ao arnum quadroprevisto paraestrear no fimdeste mês,como oprofessorAquilesArquelau

O MESTREVOLTOU

RAFAEL SORIN

Toc toc tocDiante de boatos em torno deseu suposto retorno àsnovelas da Record, BiancaRinaldi não apenas negaveementemente. A atrizafirma que no dia 1º deagosto de manhã vai “baterna porta da Globo”: ocontrato dela com a Recordtermina na véspera.

Parceria eternaAutora da trama das 18h quevai ao ar na Globo depois de“Meu pedacinho de chão”,Elizabeth Jhin já temconversado“informalmente” sobre oprojeto com Rogério Gomes,que dirigiu “Amor eternoamor” e “Escrito nasestrelas”, ambas dela.

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Segunda-feira 8 .7 .2013 l SegundoCaderno l O GLOBO l 11

Foram encontradas 45 palavras: 28de 5 letras, 11 de 6 letras e 6 de 7letras, além da palavra original. Coma sequência de letras ÇA foramencontradas 10 palavras.

Instruções: Encontrar a palavraoriginal utilizando todas as letrascontidas apenas no quadro maior.Com estas mesmas letras formar omaior número possível de palavrasde 5 letras ou mais. Achar outraspalavras (de 4 letras ou mais) com oauxílio da sequência de letras doquadro menor. As letras só poderãoser usadas uma vez em cadapalavra. Não valem verbos, plurais enomes próprios.

Solução:Aleia,apara,ápice,areal,areia,calha,cárie,caril,carpa,chapa,épica,harpa,lacre,laica,leira,lepra,léria,palha,parca,pária,pecha,piche,pilar,pilha,placa,placê,praia,racha;álacre,alheia,alpaca,apache,capela,capilé,laicra,paelha,pelica,percal,placar;capilar,lacraia,parcela,parcial,parelha,réplica;CHAPELARIA.ComasequênciadeletrasÇA:açaí,alça,araçá,caça,caçapa,calça,carapaça,chalaça,praça,raça.

LogodesafioPORSÔNIAPERDIGÃO

Passatempo

ÁRIES

(21/3 a 20/4)Elemento: Fogo. Modalidade:Impulsivo. Signo complementar:Libra. Regente: Marte.É possível que a intuição lhe avi-

se para não seguir por determinadocaminho, e o mais sensato a se fa-zer é acatá-la. É tempo de prestaratenção ao que diz o coração e nãoassumir riscos desnecessários.

TOURO

(21/4 a 20/5)Elemento: Terra. Modalidade: Fixo.Signo complementar: Escorpião.Regente: Vênus.Este pode ser um momento em

que tudo conspira rumo a uma me-lhora na qualidade das suas rela-ções. É tempo de não desperdiçar aoportunidade de fazer modifica-ções nos seus relacionamentos.

GÊMEOS

(21/5 a 20/6)Elemento: Ar. Modalidade: Mutável.Signo complementar: Sagitário.Regente: Mercúrio.É possível que você sinta que a

única forma legítima para externarsuas emoções é através das pala-vras. No entanto, existem outrasformas. É tempo de ser criativo aoexpressar seus sentimentos.

CÂNCER

(21/6 a 22/7)Elemento: Água. Modalidade:Impulsivo. Signo complementar:Capricórnio. Regente: Lua.Se este for um momento em que

energia da preguiça predomina, assuas forças diminuem e a tendên-cia é você se recolher. É tempo deencontrar soluções para os proble-mas emocionais que o afligem.

LEÃO

(23/7 a 22/8)Elemento: Fogo. Modalidade: Fixo.Signo complementar: Aquário.Regente: Sol.É possível que você reconheça

os limites da realidade. Superarobstáculos pode ser necessário,mas saber aonde pisa é uma vanta-gem. É tempo de persistir nas bus-cas que dão sabor especial à vida.

VIRGEM

(23/8 a 22/9)Elemento: Terra. Modalidade:Mutável. Signo complementar:Peixes. Regente: Mercúrio.É possível que o seu mal-estar

seja devido ao excesso de conside-rações sobre prós e contras das si-tuações. É tempo de encontrar ummodo mais leve e menos estres-sante de analisar as possibilidades.

LIBRA

(23/9 a 22/10)Elemento: Ar. Modalidade:Impulsivo. Signo complementar:Áries. Regente: Vênus.Se você sentir que há uma divi-

são entre as suas emoções, essaé uma boa oportunidade paraquestionar os sentimentos quepareciam estáveis. É tempo dedefinir o que você realmente quer.

ESCORPIÃO

(23/10 a 21/11)Elemento: Água. Modalidade: Fixo.Signo complementar: Touro.Regente: Plutão.Dificuldades emocionais preci-

sam ser compreendidas para sersolucionadas. Por isso, talvez sejahora de acolher a ansiedade. Étempo de conter excessos causa-dos por emoções descontroladas.

SAGITÁRIO

(22/11 a 21/12)Elemento: Fogo. Modalidade:Mutável. Signo complementar:Gêmeos. Regente: Júpiter.Você percebe que existem ma-

neiras mais afetuosas de expres-sar sua alegria, mas atenção aoslimites impostos pelas circunstân-cias. É tempo de saber o momen-to de expor os seus desejos.

CAPRICÓRNIO(22/12 a 20/1)

Elemento: Terra. Modalidade:Impulsivo. Signo complementar:Câncer. Regente: Saturno.As boas oportunidades sim-

plesmente aparecem, e você per-cebe que elas são fruto do que foiplantado. É tempo de não deixarque as obrigações o impeçam deaproveitar o que a vida oferece.

AQUÁRIO

(21/1 a 19/2)Elemento: Ar. Modalidade: Fixo.Signo complementar: Leão.Regente: Urano.É possível que você sinta que

suas emoções estão confusas eos sentimentos, dispersos, e issopode impedir sua clareza ao falar.É tempo de olhar para dentro ecompreender suas inseguranças.

PEIXES

(20/2 a 20/3)Elemento: Água. Modalidade:Mutável. Signo complementar:Virgem. Regente: Netuno.Pessoas diferentes pensam de

forma diferente, e você admira oque difere de si para depois terparâmetros para decidir o que de-ve ser transformado. É tempo decompartilhar sua singularidade.

| Horóscopo |PORCLAUDIALISBOA

Os 80 músicos da Orquestra Sinfônica Brasileira,seusmaestros e funcionários estão há setemesessem receber seus vencimentos. Alguns dos inte-grantes da orquestra afirmaram que têm vistocompanheiros levando para empenhar tapêtes,liquidificadores e outros objetos de uso caseiro,simplesmente para nãomorrerem de fome.

MúsicosdaOSBsemsalário há7mesesCêrca de 1.500 pessoas assistiram, sábado, ao casa-mento do ex-tenente Alberto Jorge Franco Bandei-ra, que chegou a ser condenado como o assassinodo caso do Crime do Sacopã, com a professôra Te-resa Gomes Pereira, na Igreja de São Judas Tadeu,no Cosme Velho. A assistência, cujamaioria era dosexo feminino, lotou a igreja e as proximidades.

TenenteBandeira se casadiantede fãs

Há50anos 8 de julho de 1963POR JOSÉFIGUEIREDO

Com a prisão, sexta-feira, do marechal MagessiPereira e demais sete oficiais, foi encerrada a pri-meira etapa da crise militar gerada pelos aconte-cimentos da assembléia dodia 3noClubeMilitar.Hoje serão conhecidas as repercussões dos dis-cursos pronunciados na assembléia de solidarie-dade aos oficiais presos realizada na noite de sex-ta-feira.Oministro JairDantasRibeiropoderáde-terminar o agravamento das punições já impos-tas aos militares, que, mesmo cientificados dassuas punições disciplinares, interferiram nos de-bates, fazendo declarações de natureza política.

Crisemilitar pode ter nova etapa hoje

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Quando éA VEZ DO IRMÃORODRIGOFONSECA

[email protected]

M enino-prodígio em telenovelas da dé-cada de 1980, herói juvenil na primei-ra temporada de “Malhação”, em 1995,

e dublador de Leonardo DiCaprio na era “Tita-nic” (1997), Danton Mello experimenta pelaprimeira vez, em seus 33 anos de carreira, umafase blockbuster no cinema brasileiro. “O con-curso”, comédia com fôlego que estreia no dia19, será o terceiro longa-metragem do ator aser lançado em 2013. Em março, ele foi vistocomoumdos protagonistas de “Vai que dá cer-to”, um dos recordistas nacionais de bilheteriado ano, com 2,7 milhões de ingressos vendi-dos. E em junho, um telefilme com duas horasde duração, derivado da minissérie “Comoaproveitar o fim do mundo”, exibido pela RedeGlobo em 2012, chegou às locadoras, em for-mato DVD, com Danton à frente de uma lovestory apocalíptica.— É engraçado estar à frente de projetos ci-

nematográficos cercados de grande expectati-va como “O concurso”, que rodei em janeiro. Éalgo novo porque sempre fiz poucos filmes.Passei anos dedicado ao teatro, oferecendo otempo livre que tinha à TV. Mas com o sucessode “Vai que dá certo” e a boa recepção a “Comoaproveitar o fim do mundo”, estão chegandoconvites do cinema que eu não esperava. Qua-se todos têm o registro da comédia, gênero queaprendi a fazer nos palcos, mas que nunca ex-plorei muito na televisão — diz o ator de 38anos, cuja presença na telona costumava sersazonal, ao contrário de seu irmão mais velho,Selton Mello, uma figura recorrente nos setsnacionais.Em cartaz desde sexta-feira no Teatro Sérgio

Cardoso, em São Paulo, com a peça “39 de-graus”, Danton começou a atuar aos 5 anos em

comerciais. Estreou em novelas aos 10, em “Agata comeu” (1985). Desde então, atuou emsucessos da TV como “Vale Tudo” (1988) e“Hilda Furacão” (1998). No cinema, seu traba-lho mais famoso foi “Benjamim” (2003), deMonique Gardenberg, cujo papel dividia comPaulo José.— Demorou para descobrirem que meu ir-

mão é um artista imenso, mas, como tudotem seu tempo, agora é a vez dele — afirma(todo coruja) Selton, que escalou Danton pa-ra uma participação em seu premiado “O pa-lhaço” (2011).De estilos diferentes, os dois nunca se rivali-

zaram. Em “O concurso”, Danton chega a fazeruma homenagem ao irmão ao repetir a frasemais famosa de Selton em “Meu nome não éJohnny” (2008): “O Rio de Janeiro é nosso”.— Selton é uma referência em tudo o que

eu faço, sempre. E ele vem me cobrando hátempos que eu tenha uma experiência comoprodutor ou diretor. Essa vontade existe e es-tá chegando a hora de ela se concretizar —diz Danton, que este mês entra para o elencoda série “A grande família”, na Globo, no pa-pel do bandido Caveira.

DESASTRE AÉREO EM 1998Nascido em Passos (MG), mas criado em SãoPaulo, Danton é o eixo da trama de “O concur-so”, título que marca a estreia do ator e diretorde TV Pedro Vasconcelos como cineasta. Napele de Caio, um concorrente a um cargo dejuiz federal, ele convence três outros candida-tos, o gaúcho Rogério Carlos (Fábio Porchat), opaulista do interior Bernardo (Rodrigo Pandol-fo) e o cearense Freitas (Anderson Di Rizzi), aroubar o gabarito da prova. Na produção, Dan-ton é a síntese da malandragem carioca, com-pondouma figura oposta aos perdedores natosencarnados por ele em “Vai que dá certo” e“Como aproveitar...”.—Por não ser um comediante de ofício e sim

um ator de escopo mais amplo, Danton é umprofissional que levanta para os outros, os hu-moristas, cortarem — define Maurício Farias,diretor de “Vai que dá certo”.Hoje afastado da dublagem, atividade na

qual militou nos anos 1980 e 90, Danton foiapresentador do “Globo Ecologia” em 1998,quando sofreu um desastre aéreo. Numa expe-dição, o helicóptero em que o ator e a equipedo programa viajavam caiu noMonte Roraima(na fronteira do Brasil com Venezuela e Guia-na), e ele passou 25 horas perdido namata, atéser resgatado. O choque fez dele um homemmais ligado às filhas: Luísa, 12 anos, e Alice, 10.—Priorizo a minha família antes de tudo. E

levo a minha carreira como uma obra emconstrução. l

Ator desde os 5 anos, Danton Mello, hoje com 38, emplaca três longas seguidos este ano,entre eles, ‘O concurso’, comédia cercada de expectativa, que chega ao circuito no dia 19

ELIÁRIA ANDRADE

DIVULGAÇÃO/ GUILHERME MAIA

Ação. Depois de “Vai que dá certo”, ator estará em “O Concurso” e no telefilme “Como aproveitar o fim do mundo”

171. Na comédia“O concurso”,Danton viveadvogadotrambiqueiroconcorrente aum cargo dejuiz federal:eixo da trama

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