2013-02-03 - Stáline - discurso de 26-12-1934 -O homem, o capital mais precioso (II)

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    Pelo Socialismo

    Questes poltico-ideolgicas com atualidade

    http://www.pelosocialismo.net

    ____________________________________________

    Publicado em: http://grachev62.narod.ru/stalin/t14/t14_09.htm

    Traduo do russo e edio por CN, em 2013/01/31

    Colocado em linha em: 2013/02/03

    O homem, o capital mais precioso (II)

    I.V. Stline

    [Interveno na recepo de uma delegao de metalrgicos em Moscovo

    em 26 Dezembro de 1934 1]

    Tnhamos muito poucas pessoas com preparao tcnica. Ante ns colocava-se odilema: comear pela formao tcnica das pessoas nas escolas, e adiar em dez anos aproduo e a utilizao em grande escala de mquinas, enquanto das escolas nosassem quadros tecnicamente preparados, ou iniciar de imediato a criao demquinas e promover a sua utilizao em grande escala na economia nacional, demodo a que, no prprio processo de produo e utilizao das mquinas, se desseformao tcnica s pessoas e se desenvolvessem quadros. Optmos pela segunda via.

    Aceitmos aberta e conscientemente os custos e gastos suplementares decorrentes dafalta de pessoas com preparao tcnica, capazes de lidar com as mquinas.

    verdade que durante este perodo se estragaram muitas mquinas. Em contrapartidaganhmos aquilo que mais valioso: tempo; e crimos o que mais precioso naeconomia: quadros. Em trs ou quatro anos crimos quadros tecnicamentepreparados tanto no domnio da produo de mquinas de todo o tipo (tractores,automveis, tanques, avies, etc.), como no domnio da sua utilizao em grandeescala. Conseguimos fazer em trs ou quatro anos, grosso modo e no essencial, o quena Europa foi feito ao longo de dcadas. Os custos e despesas suplementares, a perdade mquinas e outros prejuzos foram pagos com juros. Esta a base da rpidaindustrializao do nosso pas. Mas no teramos estes resultados se a siderurgia nose tivesse desenvolvido, se ela no tivesse florescido no nosso pas.

    1 I.V. Stline, Obras (em russo), t. 14, ed. Pisstel, Moscovo, 1997, pp. 48-50.

    Este discurso, publicado no Pravda em 29 de Dezembro de 1934, como relato jornalstico, foiincludo numa brochura editada pelas Editions Sociales (Paris, 1952), com o ttulo L'homme, le capitalle plus precieux, aqui utilizado. Como informa a pea jornalstica original, na data referenciada,assinalando a boa execuo do plano anual da siderurgia, uma delegao de metalrgicos, que inclua,directores de fbrica, pessoal tcnico e operrio, foi recebida em Moscovo por Stline, na presena de

    Mlotov, presidente do Conselho de Comissrios do Povo, e Ordjonikdze, comissrio do povo daIndstria Pesada. A interveno de Stline seguiu-se s palavras do acadmico Bardine, directortcnico da fbrica de Kuznietsk, que saudou o lder sovitico pela grande vitria alcanada pelasiderurgia em 1934. (N. Ed.)

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    Podemos falar de pleno direito dos grandes xitos da siderurgia, que constitui a forafundamental da economia nacional. Vencemos, verdade. Mas no devemos ufanar-noscom estes xitos. O mais perigoso quando nos regozijamos com os xitos e esquecemosas insuficincias e as tarefas seguintes.

    Em todos os pases desenvolvidos a produo de ao superior produo de ferro

    fundido. H pases em que a produo de ao 20 a 30 por cento superior produo deferro fundido. No nosso pas, pelo contrrio, a produo de ao inferior produo deferro fundido. Por quanto tempo isto vai manter-se? Hoje j no se pode considerar quesomos um pas feito de madeira, que no existe sucata de ferro no pas, etc. Hoje somosum pas do metal. No ser tempo de acabar com esta desproporo entre o ferro fundidoe o ao?

    O problema seguinte o atraso na assimilao e domnio da tecnologia dos fornosMartin2 e das linhas de laminao nas fbricas metalrgicas.

    Muitos compreenderam mal a consigna do partido: A tcnica no perodo dareconstruo decide tudo. Muitos compreenderam-na mecanicamente, isto ,compreenderam-na no sentido de que bastaria amontoar o maior nmero de mquinas,para que a consigna fosse inteiramente cumprida. Isto errado. No se pode separar atcnica das pessoas que a colocam em funcionamento. A tcnica sem pessoas est morta.A consigna: A tcnica no perodo da reconstruo decide tudo, subentende no atcnica apenas, mas a tcnica dirigida por pessoas que a dominam. Esta a nicainterpretao correcta desta consigna. E uma vez que j aprendemos a valorizar a tcnica,chegou a altura de declararmos abertamente que as pessoas que dominam a tcnica soagora o principal. Daqui se infere que, se antes colocvamos unicamente a tnica natcnica, nas mquinas, agora temos de colocar a tnica nas pessoas que dominam a

    tcnica. isto que exige a nossa consigna sobre a tcnica. Temos de cuidar de cadatrabalhador apto e com capacidade de compreenso, temos de cuidar dele e faz-locrescer. preciso tratar as pessoas com zelo e atenciosamente, como um jardineiro tratada sua rvore de fruto preferida. Educ-las, ajud-las a crescer, abrir-lhes umaperspectiva, promov-las a tempo, e transferi-las a tempo para outras funes quandono conseguem executar a sua tarefa, no esperando que fracassem completamente.Fazer crescer e qualificar as pessoas, coloc-las nos lugares certos e organiz-las naproduo, definir os salrios de modo a reforar os elos decisivos da produo eincentivar as pessoas a obterem uma qualificao superior eis o que precisamos paracriar um exrcito numeroso de quadros tcnicos da produo.

    Ora, neste aspecto, nem tudo est bem nas vossas fbricas. Nos altos-fornos conseguiramformar e organizar razoavelmente pessoas tecnicamente experientes, mas nos outrossectores da metalurgia ainda no conseguiram faz-lo. Precisamente por isso o ao e oslaminados continuam atrs do ferro fundido. A tarefa consiste em eliminar finalmenteesta lacuna. Tenham em conta que, a par do ferro fundido, precisamos de mais ao elaminados.

    Pravda, 29 de Dezembro de 1934 (Segundo o relato jornalstico)

    2 Trata-se do forno Siemens-Martin, inventado por Pierre-mile Martin, em 1864, que adaptou umprocedimento de Carl Wilhelm Siemens, patenteado em 1856, fundio de sucata de ferro. Ointeresse deste tipo de forno, muito utilizado at aos anos 60, residia na possibilidade utilizar ferro-velho na produo de ao de alta qualidade. (N. Ed.)