2013-01-14 Teoria Clássica da Administração - Seminário

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Universidade Federal de Alagoas Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes Curso de Biblioteconomia ADMINISTRAÇÃO DE UNIDADES DE INFORMAÇÃO Profa. Dra. Virgínia Alves TEORIA CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO Antonio Porfírio Marco Aurélio Luciana Rocha Maceió, 2013

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Universidade Federal de AlagoasInstituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes

Curso de Biblioteconomia

ADMINISTRAÇÃO DE

UNIDADES DE INFORMAÇÃO

Profa. Dra. Virgínia Alves

TEORIA CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO

Antonio PorfírioMarco AurélioLuciana Rocha

Maceió, 2013

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Introdução

Nossa sociedade é composta de organizações, que exercem atividades de produção de bens ou produtos e prestação de serviços, de forma:

Coordenada, dirigida e controlada.

As organizações, são constituídas de pessoas e de recursos não humanos, podendo ser tipadas como lucrativas e não lucrativas.

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Introdução

A administração trata de realizar as atividades das organizações, através das pessoas, de maneira eficiente e eficaz.

A eficiência e eficácia das pessoas que trabalham em conjunto dependem diretamente da capacidade daqueles que exercem função administrativa.

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Introdução: conceitos

A Teoria das Organizações (TO) é o campo de estudo das organizações em geral.

A Teoria Geral da Administração (TGA) é o campo de estudo da administração em geral.

Administrar é conduzir racionalmente as atividades de uma organização.

A Administração trata do planejamento, da organização (estruturação), da direção e do controle das diversas atividades de uma organização.

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Introdução: conceitos

A TGA se propõe a desenvolver a habilidade conceitual, sem deixar de lado às humanas e técnicas.

Ênfase na estrutura é o foco das teorias que consideram a administração uma ciência que cuida da configuração e estruturação das organizações, como no caso da Teoria Clássica.

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A influência dos filósofos

Desde os tempos da Antiguidade a Administração recebeu influência da filosofia.

Antes de Cristo, o filósofo grego Sócrates (470 a.C. 399 a.C) em sua discussão com Nicomaquis, expõe o seu ponto de vista sobre a administração: “Sobre qualquer coisa que um homem possa presidir, ele será, se souber do que precisa e se for capaz de provê-lo, um bom presidente, quer tenha a direção de um coro, uma família, uma cidade ou um exército. Não é também uma tarefa punir os maus e honrar os bons? Portanto, Nicomaquis, não desprezeis homens hábeis em administrar seus haveres...”

Platão (429 a.C. 347 a.C.), também filósofo grego, discípulo de Sócrates, preocupou se profundamente com os problemas políticos inerentes ao desenvolvimento social e cultural do povo grego.

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A influência dos filósofos

Aristóteles, também filósofo grego, discípulo de Platão, do qual bastante divergiu, deu enorme impulso à Filosofia principalmente à Cosmologia, Nosologia, Metafísica, Ciências Naturais, abrindo as perspectivas do conhecimento humano na sua época. Foi o criador da Lógica.

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A influência dos filósofos

Francis Bacon (1561-1626), filósofo e estadista inglês, considerado o fundador da Lógica Moderna,

baseada no método experimental e indutivo

René Descartes (1596-1650), um filósofo, matemático e físico francês, considerado o fundador da filosofia moderna. Em seu livro O Discurso do Método, qual descreve os preceitos do seu método filosófico, hoje denominado o método cartesiano, que serviu de fundamento para a tradição cientifica do ocidente.

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A influência dos filósofos

Thomas Hobbes (1588-1679) desenvolveu a teoria da origem contratualista do estado, segundo o qual o homem primitivo, vivendo em estado selvagem, passou lentamente à vida social, através de um pacto entre todos.

Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) desenvolveu a teoria do Contrato Social: O Estado surge de um acordo de vontades.

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A influência dos filósofos

Kal Marx (1818-1883) e seu parceiro Friedrich Engels (1820-1895) propõem uma teoria da origem econômica do Estado. O surgimento do poder político e do Estado nada mais é do que o fruto da dominação econômica do homem pelo homem. Com o surgimento da Filosofia Moderna, deixa a Administração de receber contribuições e influências, uma vez que o campo de estudo filosófico afasta-se enormemente dos problemas organizacionais.

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Influências

Igreja Católica

Exército

Revolução Industrial

Economistas Liberais

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A Teoria Clássica da Administração foi idealizada pelo engenheiro francês Jules Henri Fayol. Nasceu em 1841 em Istambul. Formou-se em Engenharia de Minas pela École Nationale Supérieure des Mines em Saint-Étienne.

- Com 19 anos iniciou sua jornada como engenheiro de minas em uma empresa à beira da falência. - Como gestor levou a empresa a um novo patamar de resultados, tornando-a uma das maiores da França em sua época.

Teoria Clássica da Administração

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Teoria Clássica da Administração

Em 1916 publicou o livro "Administration Industrielle et Générale" um dos marcos da história do pensamento administrativo.

Fayol foi pioneiro em analisar a natureza empresarial e a definir as principais atividades do gestor: planejar; organizar; comandar; coordenar; controlar

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Teoria Clássica da Administração

Ênfase na estrutura organizacional, pela visão do Homem Econômico e pela busca da máxima eficiência.

Enfoque na organização formal, princípios gerais da administração, funções da administração.

Sofreu críticas pelos seguintes motivos: manipulação dos trabalhadores através dos

incentivos materiais e salariais; excessiva unidade de comando e

responsabilidade.

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Teoria Clássica da Administração

Fayol defendia a seguinte noção de proporcionalidade das funções administrativas: Ao operário interessa excelente capacidade

técnica, acima de qualquer outra; Ao alto executivo, grande capacidade

administrativa.

Fayol, afirmou:“A administração não é nem privilégio exclusivo, nem encargo pessoal do chefe ou dos dirigentes da empresa; é uma função que se reparte, como as outras funções essenciais, entre a cabeça e os membrosdo corpo social.”

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Teoria Clássica da Administração

Elementos de administração para Fayol Administrar é prever, organizar, comandar, coordenar e

controlar.

• prever : visualizar o futuro e traçar o programa de ação;• organizar : constituir o duplo organismo material e social da empresa;• comandar : dirigir e orientar o pessoal;• coordenar : ligar, unir, harmonizar todos os atos e esforços coletivos;• controlar : verificar que tudo corra de acordo com o estabelecido.

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TCA – Princípios Gerais

1º Divisão do trabalho especialização das tarefas e das pessoas visando aumentar o rendimento. “Produzir mais e melhor, com o menor esforço.”

2º Autoridade e responsabilidade direito de mandar e ter o poder de ser obedecido. A responsabilidade é uma conseqüência da autoridade.

3º Disciplina obediência, assiduidade, comportamento e respeito às convenções estabelecidas entre a empresa e seus agentes.

4º Unidade de comando o empregado deve receber ordens de somente um chefe

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TCA – Princípios Gerais

5º Unidade de direção um só chefe e um só programa para cada grupo de atividades que tenham o mesmo objetivo;

6º Subordinação do interesse particular ao interesse geral os interesses de uma pessoa ou de um grupo de pessoas não devem prevalecer sobre os da empresa.

7º Remuneração do pessoal prêmio sobre o serviço prestado; deve ser justa, satisfazendo simultaneamente empregador e empregado.

8º Centralização convergência da autoridade na direção da empresa;

9º Hierarquia (ou cadeia escalar) linha de autoridade do escalão mais alto ao mais baixo, dos chefes aos subordinados.

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TCA – Princípios Gerais

10º Ordem um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar. Ordem material e humana.

11º Eqüidade resultante da combinação da benevolência com a justiça, para obter a boa vontade e dedicação do pessoal.

12º Estabilidade a permanência no cargo favorece o bom desempenho, a rotação de pessoal é prejudicial para a eficiência da organização.

13º Iniciativa a liberdade de conceber e assegurar o sucesso de um plano gera satisfação e deve ser estimulada.

14º União do pessoal o espírito de equipe, a harmonia e união do pessoal são essenciais para o bom funcionamento da empresa.

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REFERÊNCIAS

ABNT, NBR 10520. Associação Brasileira de Normas Técnicas. 2002

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração. 7. ed. rev. e atual. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. 6. reimpressão. 634p.

HOUAISS, A. Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva. Versão monousuário 3.0 [CD-ROM]. 2009.

MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Introdução à Administração. 7. Ed rev. e ampl. São Paulo: Atlas, 2009. 3 reimpr.

OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Teoria Geral da Administração: uma abordagem prática. São Paulo: Atlas, 2008. 428 p.

SOUZA, Edson Miranda de; AGUIAR, Afrânio Carvalho. Publicações póstumas de Henri Fayol: revisitando sua teoria administrativa. Rev. Adm. Mackenzie, v. 12, n. 1. São Paulo, 2011. P. 204-227.